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DE CAMPO GRANDE-MS
BIOQUÍMICA – PRÁTICA
TRABALHO PRÁTICO
IDENTIFICAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
No final desse trabalho prático, o estudante deverá saber:
a.Formação de sais com ácidos e bases devido à natureza de íon dipolar dos aminoácidos
OH- OH-
+ + -
R-CH( NH3)-COOH R-CH( NH3) COO R-CH(NH2)-COO-
+ +
H H
[ A-]
Sabendo-se que: pH = pK1 + log -------- onde HA é um ácido qualquer
[ HA]
PK, 1 + pK,2
pI = ----------------------
2
Procedimento experimental
TIROSINA
• Qual é o pI da tirosina?
• Se em lugar da tirosina tivesse sido empregada a glicina, os mesmos resultados seriam
observados? Por que?
HO
O
O O
+
H + 3 H2O + N
-
O O
Complexo
Como a intensidade da coloração do complexo colorido
formado é proporcional à concentração de
aminoácidos ou peptídeos pequenos, esta reação é freqüentemente utilizada para determinação
quantitativa de aminoácidos em solução.
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Procedimento experimental
Tubo Amostra/Concentração Volume - mL Ninhidrina 0,1% - (gotas)
1 Água 1,0 5
2 Glicina 0,5 mM 1,0 5
3 Prolina 0,5 mM 1,0 5
4 Leucina 0,5 mM 1,0 5
5 Aspartame 0,19%* 1,0 5
6 Solução protéica 1,0 5
* Aspartame (L-aspartil-fenilalanina metil éste ), adoçante 200 vezes mais potente do que o açúcar.
Dissolver o conteúdo de um envelope em 20 mL de água destilada.
hipoclorito de sódio (NaClO) passa a avermelhado. Identifique o (s) aminoácidos (s) contendo o
grupo guanidina.
Procedimento experimental
Tubos Amostra/Concentração Volume NaOH 2,5 N α – Naftol NaClO - 0,5% mL
mL gotas gotas
1 Água 1,0 3 3 1
2 Arginina 0,5 mM 1,0 3 3 1
3 Glicina 0,5 mM 1,0 3 3 1
4 Triptofano 0,5 mM 1,0 3 3 1
5 Solução Protéica 1,0 3 3 1
Misturar e observar a cor, que desaparece após alguns minutos, usando o tubo 1 como
controle. Anote os resultados e explique-os.
b. Reação xantoprotéica
Específica para aminoácidos que apresentam anel aromático. O precipitado branco que se
forma é devido à ação do HNO3 (ácido mineral forte), e o desenvolvimento da cor amarela ocorre
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Procedimento experimental
*** OBSERVAÇÃO: Para que se garanta a segurança, os experimentos a seguir deverão ser
efetuados na capela.
Aminoácidos que contém enxofre, em meio alcalino e, à quente, liberam o enxofre que
aparece na forma de sulfeto de sódio (Na2S). Este reage com acetato de chumbo (CH3COO)2 Pb,
formando o PbS, que escurece a reação:
H H
R S R C NH2 + NaOH Na2S + R C NH2
COOH Sulfeto de sódio COOH
Aminoácido com enxofre Aminoácido sem enxofre
Cite os aminoácidos que contém enxofre, com suas respectivas fórmulas estruturais.
Procedimento experimental
Tubos Amostras Volume - mL NaOH 2 N 100º C (CH3COO)2Pb mL
mL
1 Água 2 1 0,5
2 Cisteína 2 1 0,5
3 Glicina 2 1 0,5
4 Solução Protéica 2 1 0,5
I – INTRODUÇÃO
As proteínas, que são macromoléculas de peso molecular definido, são eletrólitos cujo
comportamento se ajusta aos mesmos princípios físicos de eletrólitos de massa molecular menor.
A natureza química dos radicais R (cadeias laterais) dos aminoácidos que compõe a estrutura
primária das proteínas determina a sua estrutura secundária e/ou terciária.
O comportamento físico-químico das proteínas está relacionado a vários fatores. A
solubilidade por exemplo, depende pH, força iônica do meio, constante dielétrica do solvente e
temperatura. Em geral as proteínas são menos solúveis no ponto isoelétrico. Neste pH as
proteínas não apresentam carga efetiva (as cargas positivas são iguais às negativas) e portanto
não atuam como forças eletrostáticas entre as outras moléculas presentes no meio. De ambos os
lados do pH isoelétrico todas as moléculas terão carga efetiva positiva ou negativa. Nestes
casos,pelo fato das moléculas de proteínas se repelirem, haverá menor tendência para agregação
e precipitação.
II – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
No final deste trabalho prático o aluno estará familiarizado com as propriedades físico-
químicas das proteínas, bem como as técnicas e reações de identificação das mesmas.
HN NH
R CH HC R
Cu
O C C O
HN NH
3.2 – Procedimento
Observar que em alguns tubos haverá formação de uma coloração violeta, característica de reação
positiva, enquanto que no tubo contendo apenas água e os reagentes verificar-se-á uma cor azul
escura característica do cobre em meio alcalino (formação de Cu (OH)2 e de óxidos de Cu).
Procedimento
• Colocar em tubos de ensaio soluções contendo proteínas (ovo, soro, etc);
• Aquecer, e observar a coagulação.
Fundamento
Os ácidos minerais fortes desnaturam as proteínas, transformando-as em metaproteínas,
insolúveis. A reação de Heller (reação de proteínas com HNO 3 concentrado) é freqüentemente
utilizada para a pesquisa de albumina na urina e permite a dosagem semi-quantitativa. Esta
reação é sensível a concentração da ordem 1:30.000.
Procedimento Experimental
***OBSERVAÇÃO: Para que se garanta a segurança, o experimento a seguir deverá ser efetuado
na capela, pelo professor, de maneira demonstrativa.
Alguns sais de metais pesados precipitam as proteínas, por exemplo: HgCl2, AgNO3
CuSO4, FeCl3, (CH2COO)2Pb (acetato de chumbo), etc. Outros somente precipitam proteínas em
meio ácidos. Por exemplo: Na2WO4 (tungstato de sódio).
Procedimento A
Tubo Solução Protéica - mL CuSO4 0,5% FeCl3 1% (CH2COO)2 Pb 1%
1 2
2 2 *gotas
3 2 *gotas
4 2 *gotas
* Adicionar gotas das soluções de metais pesados à solução protéica, até observar a formação de
precipitado.
Procedimento B
Colocar em um tubo de ensaio:
• 2 mL de solução protéica;
• 1 mL de solução de Na2WO4 10%
• Agitar. Notar que não ocorre precipitação;
•
Então Juntar:
• 0,5 mL de H2SO4 10%. Forma-se imediatamente um precipitado.
Os reagentes alcalóides (ácido pícrico, cítrico, tânico, etc...), agem pelo seu âniom e
reagem com as proteínas formando sais (proteinados) insolúveis. Esta reação só é possível se a
proteína apresentar carga positiva, portanto, no lado ácido do seu pI. Quando adicionamos base,
re-dissolve o precipitado formado.
Reação de Esbach
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Procedimento Experimental
Colocar em tubo de ensaio:
• 2 mL de solução protéica;
• 1 mL do reativo de esbach (ácido pícrico – 1,0g / ácido cítrico – 2,0g em 100 mL de H 2O).
Forma-se um precipitado amarelo.
• Juntar:
• 1 mL de NaOH 10%. Observar a dissolução do precipitado. Explicar.
ENZIMAS I
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Objetivos Específicos
Ao final deste trabalho prático o estudante deverá saber:
• Manipular experimentalmente soluções de enzimas;
• Identificar experimentalmente as propriedades de termolabilidade e especificidade;
• Manipular reações catalisadas por enzimas com a finalidade de determinar
semiquantitativamente a influência da concentração de enzima, temperatura e do pH na
atividade enzimática.
Procedimento Experimental
1. Atividade da Catalase
b. Note a formação de espuma abundante. Procure uma explicação para o fato. Esquematize a
reação ocorrida.
2. Atividade da Peroxidase
b. Note o aparecimento imediato de cor rosa, que se intensifica, lentamente, no tubo que
contém sangue.
OBS.: O reativo de Kastle-Meuer é uma solução alcalina de fenolftaleína reduza (AH 2), que oxida
diidroxifenóis na presença de H2O2, formando a quinona correspondente. Não sendo oxidada pelo
peróxido de hidrogênio (H2O2), nem pelo oxigênio molecular (O2). O sangue contém peroxidase,
que transfere dois átomos de hidrogênio do substrato (AH2) para H2O2, que é convertido em H2O,
oxidando assim a fenolftaleína, que adquire coloração rósea, em meio alcalino.
IDENTIFICAÇÃO DE CARBOIDRATOS
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Introdução
Os carboidratos podem ser identificados por meio de várias reações. Algumas dessas
reações envolvem a formação de complexos corados, e a especificidade da identificação depende
da estrutura dos carboidratos. Assim, há reações gerais e outras para estruturas mais específicas,
como aquelas, para aldoses, cetoses, mono e dissacarídeos redutores, etc.
Objetivos Específicos
1. Reação de Molich
O
O C
H α -naftol
C5H10O 5 + H2SO 4 Composto violeta
furfural
O
HOH2C O C
H α -naftol
C6H12O 6 + H2SO 4
Composto violeta
hidroximetilfurfural
Procedimento experimental
Preparar os seguintes 8 tubos de reação:
O teste de Molisch serve para identificar carboidratos. Estes, pela ação desidratante do
ácido sulfúrico, transformam-se em furfural no caso de pentoses, ou hidroximetilfurfural no caso de
hexose. Estes, por sua vez, reagem com os fenóis (timol, natol), dando origem a um composto de
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cor roxa. A coloração verde que às vezes se forma, deve ser desprezada. Para o bom êxito desta
reação é necessário que o tubo esteja seco, e que haja a menor agitação possível.
2. Reação de Barfoed
Através desta reação se distingue um mono de um dissacarídeo, pela velocidade com que
se forma Cu2O, a partir da reação entre acetato cúprico e o carboidrato. Oreativo de Barfoed oxida
os monossacarídeos ( a mono-ácidos ) mais rapidamente que os dissacarídeos permitindo,
portanto, a diferenciação entre ambos ( mon e dissacarídeos ).
Cu+2 (aq) + CH3COO- (aq) + carboidrato → Cu2O (prec.) + CH3COO- (aq) + carboidrato oxidado
3. Reação de Seliwanoff
O
Aquecimento O C
Cetose + HCl H resorcinol
Composto violeta
furfural
Procedimento experimental
Preparar 5 tubos de ensaio:
Após misturar o conteúdo dos tubos, colocar em banho de água fervente, e acompanhar o
desenvolvimento da cor a cada 2 ou 3 minutos, até no máximo 15 minutos.
Quando notar o aparecimento da cor vermelha acompanhada ou não de precipitado de cor
marrom avermelhado, retirar o tubo do banho. Para dissolver o precipitado eventualmente formado,
acrescente algumas gotas de etanol absoluto, agitando o tubo. Anotar os resultados obtidos,
lembrando-se sempre de usar o tubo 1 (controle) como referência.
4. Reação de Benedict
Utilizada para identificação de carboidratos redutores. Íons de metais como, cobre, prata,
ferro, mercúrio, etc, são reduzidos por grupos aldeídos ou cetônicos livres de vários carboidratos.
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Colocando-se hidróxido de cobre II, Cu (OH)2, de cor azul, em meio alcalino, forma-se uma
suspensão que, sob aquecimento, se precipita como óxido de cobre II, CuO de cor preta. Mas se
compostos redutores forem acrescentados à suspensão, o Cu (OH)2 é reduzido a Cu2O, que se
precipita e cuja cor se situa entre o amarelo e o vermelho. As reações abaixo mostram o que
ocorre o Cu (OH)2 na presença e na ausência de agentes redutores, em meio alcalino e a quente.
Meio alcalino
Cu(OH)2 CuO + H2O
(azul) Aquecimento (preto)
Meio Alcalino
Cu (OH)2 Cu2O + H2O
(azul) Aquecimento (amarelo/vermelho)
Como não é prático utilizar uma suspensão de Cu2+, e também para evitar que o CuO
(preto) mascare o resultado da reação, acrescenta-se ao meio da reação um composto orgânico
solubilizador que, em meio alcalino adequado, reage com os íons metálicos, formando um
complexo iônico solúvel. Este complexo se dissocia em grau suficiente para que haja, nomeio da
reação, íons metálicos disponíveis para se reduzirem. No caso do reagente de Felihling, emprega-
se CuSO4 à 2%, solubilizado por tartarato de Na + e de K+ 10%, dissolvido em NaOH 2 M; no caso
de reagente de Benedict (qualitativo), emprega-se CuSO4 2% solubilizado por citrato de Na+ 20%,
dissolvidos em Na2CO3 2 M.
Os testes de carboidratos redutores são positivos para compostos com grupamento – OH
glicosídico livre, mas negativos para polímeros de cadeias longas. Assim, amido não dá reação
positiva, a não ser após a sua hidrólise, e a reação é tanto mais positiva quanto maior a extensão
da hidrólise.
Até alguns anos atrás, o teste de substâncias redutoras, sobretudo na urina, era
empregado no diagnóstico de pacientes diabéticos, ou suspeito de sê-lo, de modo rotineiro.
Atualmente, há testes mais sensíveis para dosagem rápida de glicose, baseadas em ensaio
enzimático (glicofita/glicose-oxidase) e que são muitos mais práticos, por não exigirem a
disponibilidade dos reagentes mencionados.
Procedimento experimental
IDENTIFICAÇÃO DE POLISSACARÍDEOS
Objetivos Específicos
No final deste trabalho prático o estudante deverá saber:
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Procedimento experimental
A. Extração do amido
1. Raspar integralmente uma batata, com uma lâmina de vidro, transferindo as raspas para um
béquer de 250 mL
2. Adicionar aproximadamente 50 mL de água destilada e agitar com bastão de vidro
3. Filtrar em gaze, recolhendo o filtrado em um béquer de 500 mL. Espremer a gaze
4. Extrair novamente o amido da raspa com 50 mL de água, filtrando em gaze e recolhendo o
filtrado no béquer de 500 mL
5. Deixar o amido se depositar no béquer aproximadamente 20 minutos
6. Descartar, cuidadosamente, o líquido sobrenadante.
Procedimento experimental:
Transferir 25 mL de amido para um elenmyer e adicionar 1 mL de HCl
concentrado, aquecer em banho maria fervente por 30 minutos.
Sendo que deve retirar, logo que adiciona o HCl, 1 mL da solução e
transferir 0,5 mL para um tubo e 0,5 mL para outro tubo de ensaio. Adicionar em
um dos tubos 3 gotas de lugol, observar a coloração, e no outro adicionar 1 mL do
reativo de Benedict e aquecer em banho maria fervente, observar a coloração.
Repetir o processo em intervalos de 5 a 5 minutos.
Eritrodextrina + maltose
Acrodextrina + maltose
Maltose
Glicose
Procedimento experimental
a. Extração
• Em copo de 100 mL pesar 10 g de soja moída e seca
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• Adicionar 25 mL de álcool
• Agitar por 5 minutos
• Filtrar através de papel de filtro, para um béquer
• Lavar o resíduo com 10 mL de álcool por duas vezes
• Evaporar o filtrado em banho de areia, com agitação constante até diminuição total do álcool
• Observar o resíduo amarelo e oleoso. Esse óleo será utilizado como material para as provas
seguintes.
b. Caracterização
1. Solubilidade
Em uma bateria de 9 tubos de ensaio numerados, colocar 3 gotas de óleo
vegetal em cada um e adicionar 3 mL de:
1º- Água
2º- HCl a 4%
3º- Na2CO3 a 2%
4º- NaOH a 10%
5º- Etanol
6º- Éter Sulfúrico
7º- Clorofórmio
8º- Benzeno
9º- Acetona
• Éter
• Clorofórmio
• Benzeno
• Acetona
Observar a grande solubilidade do óleo nesses solventes.
I – DOSAGEM DE GLICOSE
Vários métodos foram propostos para a determinação de glicose. No início, era utilizado o
seu poder redutor, várias técnicas neste sentido foram desenvolvidas. Os oxidantes mais
empregados foram os íons cobre e os íons ferricianeto; ambos, em meio alcalino. Naturalmente,
estes métodos sofrem interferências de outros agentes redutores, presentes na amostra, o que
determina a falta de especificidade para a análise em questão.
Outros métodos, aonde a glicose reage diretamente com certas substâncias orgânicas,
foram desenvolvidos. Destas substâncias, a ortotoluidina é a mais utilizada.
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1 – MÉTODO DA ORTOTOLUIDINA
AMOSTRA
Soro, plasma, urina, líquor e outras. O soro deve ser colhido em jejum e livre de hemólise.
REATIVOS
A – Reativo cromogênico
Num frasco de 2.000 mL, colocar 1 g de tiouréia, acrescentar 940 mL de ácido acético
glacial e 60 mL de ortotoluidina. Misturar até completa dissolução e guardar em frasco escuro. A
temperatura ambiente, é estável por 12 meses e, em geladeira, por 24 meses.
Procedimento
a. Tomar 3 tubos, e proceder como a seguir:
Branco Amostra Padrão
Água destilada 0,05mL - -
Soro - 0,05 mL -
Padrão - - 0,05 mL
Reativo cromogênico 2,5 mL 2,5 mL 2,5 mL
Misturar e colocar os tubos, em banho fervente, durante 10 minutos. Esfriar em água
corrente por 2 a 3 minutos e ler as absorvâncias, em 630 nm.
CÁLCULO
Glicose (mg/dL) + Absorvância da amostra / Absorvância do padrão x 100
NOTAS
a. A urina e o líquor podem seguir a metodologia direta para o soro ou plasma.
b. A hemoglobina até 350 mg/dl e a bilirrubina até 20 mg/dl não interferem no método sem
desproteinização. Quantidades maiores dão erros positivos.
c. A lactose e a galactose, presentes em casos de gravidez e durante a lactação ou em casos raros
de galactosemia infantil, podem reagir com a ortotoluidina, manose também.
d. É importante o uso de ortotoluidina, a mais incolor possível. A adição de tiouréia como
antioxidante confere ao reativo uma cor ligeiramente amarelada. A absorbância desta solução
frente a um branco de ácido acético não deve ser superior a 0,015
e. É recomendaável não desproteinizar com ácido perclórico. O resfriamento, em água muita fria,
pode provocar turvação.
f. A reação segue a lei de Beer até 1.500 mg/dl. Quando os valores forem maiores que 300 mg/dl,
diluir a solução final com reativo de cor, efetuar novamente as leituras e calcular, multiplicando o
resultado final pelo fator de diluição, até 1.500 mg/dl.
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VALORES DE REFERÊNCIA
Soro e plasma – 70 a 110 mg/dL
Sangue total – 60 a 100 mg/dL
Líquor – 40 a 70 mg/dL
Urina – até 30 mg/dL ou até 0,25 g/24 horas.
2 – GLICOSE ENZIMÁTICA
Finalidade
Sistema enzimático para a determinação de Glicose no sangue, líquor e líquidos ascíticos,
pleural e senovial em método cinético. Somente para uso diagnóstico in vitro.
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Princípio
A glicose oxidase catalisa a oxidação da Glicose de acordo com a seguinte reação:
GOD
Glicose + O2 + H2O Ácido Glucônico + H2O2
H2O2 formado reage com 4-aminoantipirina e fenol, sob ação catalisadora da peroxidase,
através de uma reação oxidativa formando um antipirilquinonimina vermelha cuja intensidade de
cor é proporcional à concentração da glicose na amostra.
POD
2H2O2 + 4 – Aminoantipirina + fenol Antipirilquinonimina + 4H2O
REAGENTES
Enzimas – conservar entre 2 – 8 ºC
Tampão – Conservar entre 2 – 8 ºC. Tampão fosfato – pH 7,4
Padrão – 100 mg/dl – Estável entre 15 – 25 ºC. Após o manuseio armazenar, bem vedado, entre 2
– 8 ºC, para evitar evaporação.
INFLUÊNCIAS PRÉ-ANALÍTICAS
Ácido ascórbico em concentrações acima de 100 mg/L interferem na reação diminuindo os
resultados.
Nas 24 horas que sucedem à ingestão aguda de álcool, ocorre significativa redução na
glicemia. As reduções podem também ser significativas nos indivíduos submetidos a jejum
prolongado ou em obesos tratados com dieta com baixo valor calórico.
AMOSTRA
A amostra de sangue deve ser obtida após jejum de no mínimo 8 horas ou de acordo com
recomendação médica.
Usar plasma ou soro tomando as precauções a seguir. Realizar a colheita do sangue
utilizando um anticoagulante contendo um inibidor da glicólise. As amostras de sangue não
contendo um antiglicolítico, devem ser centrifugadas imediatamente após a colheita e o plasma ou
soro, separados das células ou coágulo. O mesmo procedimento deve ser realizado na colheita de
líquor e líquidos ascítico, pleural e senovial.
Nas amostras com antiglicolítico, a concentração da glicose permanece estável por até 24
horas. No plasma, soro e outros líquidos separados das células, a glicose permanece estável por 3
dias entre 2 – 8 ºC, quando não ocorre contaminação bacteriana.
INTERFERÊNCIAS
Bilirrubina até 16 mg/dL, Hemoglobina até 160 mg/dL e Triglicérides até 750 mg/dL não
produzem interferências significativas.
PROCEDIMENTO
Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir:
Padrão - - 0,02 mL
Reagente de cor 2,0 mL 2,0 mL 2,0 mL
CÁLCULOS
LINEARIDADE
A reação é linear até 400 mg/dl. Diluir a amostra com NaCl mol/L (0,85%), dosar
novamente e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição.
VALORES DE REFERÊNCIA
Plasma: 70 a 110 mg/dL
Líquor: 2/3 da glicemia – em amostras colhidas simultaneamente.
SIGNIFICADO CLÍNICO
Valores elevados ocorrem nos vários tipos de diabetes primárias, nos estados de
intolerância à glicose e nas diabetes secundárias a várias doenças (hipertiroidismo,
hiperpituitarismo, hipoadrenocorticismo, etc).
Valores diminuídos ocorrem nas hipoglicemias que podem ser devidas a várias causas.
Quando a ocorrência de sintomas de hipoglicemia é relacionada à alimentação, duas formas de
hipoglicemia podem ser definidas: hipoglicemia do jejum e pós-prandial.
Causas mais comuns de hipoglicemia do jejum: hiperinsulinismo, tumores
extrapancreáticos, síndrome auto-imune (formação espontânea de anticorpos para receptores da
insulina), insuficiência supra-renal e/ou hipofisária, doença hepática grave e alcoolismo.
A hipoglicemia pós-prandial é classificada em hipoglicemia alimentar, hipoglicemia do
diabético tipo II e do paciente com intolerância à glicose.
A redução da concentração de glicose nos líquidos corporais encontra-se relacionada a
processos inflamatórios ou infecciosos. A concentração de glicose no líquor representa um dos
parâmetros para a distinção entre meningite bacteriana e virótica.
OBSERVAÇÕES
COLESTEROL
Principio
O colesterol no soro é quantificado através das seguintes reações
enzimáticas:
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Amostra
Soro ou plasma isentos de hemólise (anticoagulante - heparina).
Jejum de 12 a 16 h. Amostra quando refrigerada de 2 a 8ºC se conserva por 7
dias, se mantida a 10ºC conserva-se por 3 meses.O uso de anticoagulantes como:
citrato, EDTA e Oxalato, provocam resultados ligeiramente diminuídos.
Procedimento
Identificar três tubos com B (branco), T (teste) e P (padrao)
B T P
Reagente de cor 2,0 mL 2,0 mL 2,0 mL
Solução padrão - - 20 µ L
Amostra - 20 µ L -
Calculo
absorvancia do teste
Colesterol (mg/dL) = ---------------------------- x 200
absorvancia do padrao
Valores de referencia
Colesterol (mg/dL)
Desejável < 200
Risco moderado 200 – 239
Alto risco (DCI) > 240
TRIGLICERIDES
Principio
Os triglicérides são determinados de acordo com as seguintes reações:
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Amostra
A amostra deve ser obtida após jejum de 12 a 14 h. Soro. O analito e
estável por 2 - 8ºC. O armazenamento prolongado da amostra não e
recomendado porque varias substancias podem ser hidrolisadas liberando glicerol,
levando a obtenção de resultados falsamente elevados.
Procedimento
Tomar três tubos de ensaio e proceder como a seguir
Branco Teste Padrão
Amostra - 0,01 mL -
Padrão - - 0,01 mL
Reagente de cor 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL
Calculo
absorvancia do teste
Triglicérides (mg/dL) = ---------------------------- x 200
absorvancia do padrao
Valores de referencia
Triglicérides
Desejável < 200
Limiar alto 200 – 400
Elevado 400 – 1000
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LDL - COLESTEROL
Fundamento
Amostra
Soro
a) Coleta: o paciente deve estar em jejum (de 12 a 16 h)
b) Aditivos: não são necessários
c) Substâncias interferentes conhecidas: os soros hipertrigliceridemicos (com
quilomicrons) produzem sobrenadantes turvos; a bilirrubina interfere nos
níveis maiores de 50 mg/L
Procedimento
Amostra 200 µ L
Reagente precipitante 100 µ L
Homogeneizar agitando (sem inverter) durante 20 segundos e deixar 15 minutos no
banho Maria a 20-25ºC. Centrifugar 15 minutos a 3000 rpm. Separar rapidamente o
sobrenadante. Vide limitações do procedimento. Utilizar o sobrenadante como
amostra para o ensaio colorimetrico.
Em três tubos de fotocolorimetros marcados B (branco), P (padrão) e D
(desconhecido), colocar:
B P D
Sobrenadante - - 100 µ L
Padrão - 20 µ L -
Reagente de 2 mL 2 mL 2 mL
trabalho
Misturar e incubar 5 minutos a 37ºC quando seja utilizado o reagente de trabalho
de Colestat enzimático AA/liquida ou 15 minutos a 37ºC quando seja utilizado
aquele de Colestat enzimático. Tirar do banho Maria e esfriar. Ler em
espectofotometro a 505 nm.
Calculo do resultado
f = 0,624
P
(*) valor obtido com Colestat enzimático ou Colestat enzimático AA liquida.
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Valores esperados
HDL COLESTEROL
Principio
Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e muita baixa densidade (VLDL),
são precipitadas seletivamente por polietilenoglicol tamponado. No sobrenadante,
resta apenas a fração de alta densidade HDL. O teor de colesterol da fração HDL
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Amostra
Soro. Estável por 4 dias, sob refrigeração de 2-8ºC. Após a precipitação, o
sobrenadante, permanece estável por 15 dias se mantido a - 20ºC. o paciente
deve estar em jejum obrigatório de 12 h.
Procedimento
Identificar três tubos com B (branco), T (teste) e P (padrao)
B T P
Reagente de cor 2,0 mL 2,0 mL 2,0 mL
Solução padrão - - 50 µ L
Sobrenadante - 50 µ L -
Calculo
Absorvancia do teste
Colesterol HDL (mg/dL) = ---------------------------- x 50 x 2
Absorvancia do padrao
Valores de referencia
desejável risco moderado Alto risco
Col. LDL(mg/dl) < 130 130 - 159 > 160
Col. HDL fem (mg/dl) > 65 45 - 65 < 45
Col. HDL masc (mg/dl) > 55 35 – 55 < 35
ÁCIDO ÚRICO
Principio
Amostra
Usar soro, úrina e líquidos (aminiotico e sinovial). O analto e estável por 3
dias entre 2 – 8ºC e por 6 meses a –10ºC.
Procedimento
Tomar três tubos de ensaio e proceder como a seguir :
Branco Teste Padrão
Amostra - 0,02 mL -
Padrão - - 0,02 mL
Reagente de trabalho 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL
Calculo
absorvancia do teste
Ácido úrico (mg/dL) = ---------------------------- x 6
absorvancia do padrao
Valores de referencia
PROTEINAS TOTAIS - PP
Fundamento
As ligações peptídicas das proteínas (-HN-CO-) reagem com íons cúpricos
em meio alcalino (reagente do biureto), formando um complexo de coloração
violeta, cuja absorbância medida em 545 nm e diretamente proporcional a
concentração de proteína na amostra.
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Amostra
Soro ou plasma (heparinizados). O analito e estável por 8 dias entre 2-8ºC.
Procedimento
Pipetar em tubos de ensaio identificados:
Tubos Branco Teste Padrão
Água destilada 20 µ L - -
Amostra - 20 µ L -
Padrão - - 20 µ L
Biureto 1000 µ L 1000 µ L 1000 µ L
Calculo
Cp
Fc = -------
Ap
Ct = Fc x At, onde:
Cp = concentração do padrão
Ct = concentração do teste
Ap = absorbância do padrão
At = absorbância do teste
Valores de referencia
Proteínas totais
Soro 6,0 a 8,0 g/dL
Plasma 6,8 a 8,3 g/dL