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CONTESTAÇÃO INTERNACIONAL
E REAÇÃO INTERESTATAL
Abril de 2004
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Cf. Eddy Fouguier. “Le mouvement de contestation de la mondialisation.” Annuaire français de relations
internationales. Bruylart, Bruxelles, 2002., p. 843.
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Segundo Keck e Sikkink, os movimentos de contestação antiglobalização compartilham algumas características
em comum, tais como o de serem movidos por princípios, acreditarem que ação dos indivíduos podem ser
fundamentais para atingir os resultados almejados, utilizarem a informação como um de seus principais meios de
luta e aplicarem estratégias políticas para atingirem seus objetivos. Ver Margaret Keck e Kathryn Sikkink.
Activists beyond borders, International Advocacy Networks in International Politics, Cornell University
Press, 1997.
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Ainda na perspectiva aberta por estes autores, Rosenau elabora seu paradigma
das “relações transnacionais”, que preconiza um enfraquecimento das prerrogativas
dos estados, de sua soberania e do controle de sua territorialidade, numa política
mundial “multicentrada” composta por inúmeros atores transnacionais (1990). Os
autores ligados à “sociologia das relações internacionais”, como Bertrand Badie,
igualmente referem-se ao declínio do Estado e da ordem Westphaliana (BADIE,
1995). Os institucionalistas neoliberais, por seu turno, argumentam que as regras e
instituições internacionais facilitam as relações entre os Estados, ao reduzirem a
incerteza e definirem critérios para a resolução de conflitos, normas estas que
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Cf. Joseph Nye, « Take Globalization Protests Seriously », Independent Herald Tribune, 25 de novembro de
2001, e Jérôme Montès. “Mouvements anti-mondialisation: la crise de la démocratie representative”. Etudes
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6
Ver para uma discussão atuaçlizada sobre a teoria das relações internacionais Marcos Faro de Castro. « De
Westphalia a Seattle: a teoria das relações internacionais em transição ». Cadernos do REL [Brasília], n. 20,
2001/1.
7
Ver Charles Tilly. Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo, EdUSP, 1996.
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8
Ver Michael Hardt e Antonio Negri. Império. Rio de Janeiro : Record, 2001.
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constatou no interior dos estados nacionais nas últimas décadas,9 podem também
ocorrer em escala internacional, entre agências e instituições de vários estados;
colaboração mais ou menos organizada, mais ou menos formal, conforme cada
caso.
9
Cf. Marco Cepik. Sistemas Nacionais de Inteligência: origens, lógica de expansão e configuração atual.
DADOS, Rio de Janeiro, Vol. 46, n.1, 2003, pp.75-127, pp. 96-98.
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10
Cf. Percy Kemp em entrevista concedida à revista Esprit, n. 10, outubro de 2003, p. 26-27
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A cronologia apresentada nos parágrafos seguintes foi elaborada pelo graduando em História da UFRGS e
bolsista de iniciação científica (CNPq) Mathias Seibel Luce, que auxilia o autor na pesquisa.
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As sessões do último dia da reunião são suspensas, deixando de acontecer, diante da pressão dos protestos
que visavam a barrar a chegada dos delegados participantes ao Centro de Convenções do encontro.
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Cf. François D’Arcy. União Européia. Instituições, políticas e desafios. Rio de Janeiro, Konrad Adenauer
Stiftung, 2002, pp. 163-164.
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14
Cf. Observatório Social de América Latina. Cronología de la protesta internacional 2002. Revista del OSAL,
n.9, enero 2003, pp. 42-43.
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Ver http://register.consillium.eu.int/pdf/em/01/st10/10916en1-pdf). Esta mesma diretiva é implementada na
elaboração de listas dos manifestantes “perigosos”, prática denunciada por resolução do Parlamento Europeu
(Resolução 2001/2167 (INI). “Recomendation du Parlament européen au Conseil sur um espace de sécurité, de
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liberte et de justice: securité lors des réunions du Conseil européen et autres événements internationaux
comparables. http://www3europarl.eu.int/omk/omnsapir.so/pv2?PRG=CALDOC&FILE=011212&LANGU).
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Cf. Nathalie Bayon et Jean-Pierre Masse. « Petites impressions génoises. Chroniques quotidiennes d’une
mobilisations antimondialisation ». Cultures & Conflits, n. 46, été 2002, p.143
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Considerações Finais
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Ver Jean-Claude Paye. « Europol, une police autonome”. Maniére de Voir, Janvier-Février 2002, pp. 68-70).
Paye (op. cit.) e Endika Zulueta. Política interior comun de la Unión Europea: El llamado espacio de libertad,
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BIBLIOGRAFIA