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Introdução ao Tratamento de

Efluentes Líquidos

¾ Noções Básicas
¾ Aspectos Legais

Tecg.º Jair Fernandes de Macedo – Prolab Ambiental Ltda.

Conselho Regional de Química IV Região (SP/MS)

Usos da Água e Geração de Efluentes


Abastecimento Doméstico

Água potá
potável Impurezas Efluentes
+ devido ao uso = domé
domésticos

Abastecimento Industrial
Água consumo Impurezas Efluentes
industrial + devido ao uso = Industriais

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Principais constituintes dos Efluentes Domésticos
ƒ Água (99,9%)
ƒ Sólidos (0,1%)
– Sólidos Suspensos
– Sólidos Dissolvidos
– Matéria Orgânica
– Nutrientes (N, P)
– Organismos Patogênicos (vírus, bactérias,
protozoários, helmintos)

LODO
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Caracterização Qualitativa dos Efluentes Domésticos


ƒ Contribuição “per capita” de matéria orgânica
– 45 a 55 g DBO/hab.dia
– 90 a 110 g DQO/hab.dia
DBO (Definição): Quantidade de oxigênio requerida por microrganismos
aeróbios para a oxidação de compostos orgânicos presentes na fase líquida.
Importância Sanitária: Avaliação da eficiência de sistemas de tratamento de
esgotos sanitários e efluentes industriais

ƒ Conceito de carga orgânica


– C.O. (kg/d) = H (hab)x CpcDBO,DQO (g/habxd)
– C.O. (kg/d) = Q (m3/dia) x Concentração (mg/L) x 0,001

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Remoção de
matéria orgânica
e inorgânica

Remoção de Por que


Remoção de
sólidos em tratar os
nutrientes
suspensão efluentes?

Remoção de
organismos
patogênicos
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Resolução CONAMA 357/05


Padrões do corpo d’água e de lançamento

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Efeito do Lançamento de Matéria Orgânica nos
Cursos d´água
Lanç
Lançamento (efluente sem tratamento)
Lanç
Lançamento (efluente tratado – 70% remoç
remoção) Rio

10
9
Oxigênio Dissolvido (mg/L)

8
7
6
O D m í n im o (rio C la s s e 2 )
5
4
Oxigênio

3
2
1
0
0 2 4 6 8 10 12

T e m p o (d ia s )

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Níveis do Tratamento de Efluentes

Tratamento Tratamento Tratamento


preliminar primário secundário

Tratamento
terciário ou
pós-
tratamento

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Tratamento Preliminar

Objetivo: remoção de sólidos grosseiros e areia

medidor
grade caixa de areia
de vazão

adaptado de VON SPERLING, 1996

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Finalidades da remoção de sólidos grosseiros


• proteger as unidades subseqüentes;
• proteger as bombas e tubulações;
• proteger os corpos receptores.

Finalidades da remoção de areia

• evitar abrasão nas bombas e tubulações;


• evitar obstrução em tubulações;
• facilitar o transporte do líquido.

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Tratamento Preliminar

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Tratamento Primário
Objetivo: remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais
flutuantes (óleos e graxas) e parte da matéria orgânica em suspensão

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Tratamento Secundário
Objetivo: remoção de matéria orgânica dissolvida e da matéria orgânica
em suspensão não removida no tratamento primário

contato entre os
participação de microrganismos e o
microrganismos material orgânico
contido no esgoto

matéria mais
orgânica + bactérias H2O + CO2 +
bactérias

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Sistemas Anaeróbios

Sistema anaeróbios são adequados para industrias que geram


efluentes sem grandes variações em suas características, ex:
– Cervejeiras
– Molho de Tomate
– Refrigerantes

• Em geral, no que diz respeito a remoção de carga orgânica,


tem eficiência média e devem ser complementados.
• Tem custos de implantação e operação inferiores aos
sistemas aeróbios

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Sistemas Aeróbios

Sistema são adequados a quase todos os tipos de efluentes, e


dentre os tipos de sistemas aeróbios podemos citar:

– Lagoas Aeradas
– Valos de Oxidação
– Dispositivos de Lodos Ativados

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Lodos Ativados

É o método mais utilizado mundialmente para remoção de carga


orgânica dos efluentes.

– Foi desenvolvido na Inglaterra por Arden e Lockett em


1914 sendo composto basicamente por duas unidades:
tanque de aeração e decantador

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Esquema Ilustrativo Clássico de Sistema de Lodos Ativados
EFLUENTE
TRATADO

EFLUENTE A
SER TRATADO
TANQUE DE AERAÇÃO
DECANTADOR

DESCARTE
RECIRCULAÇÃO DE LODO DE LODO

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Pós-tratamento

Objetivo: remoção de poluentes específicos e/ou


remoção complementar de poluentes não
suficientemente removidos no tratamento secundário.
Ex: nutrientes ou organismos patogênicos

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O que preconiza a Resolução
CONAMA 357 aos Responsáveis
Técnicos e Legais?

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Resolução CONAMA 357

Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes


ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências.

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Está em vigor, desde o dia 17 de março de 2005, a Resolução
n° 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
que, ao revogar a Portaria 020/86, reclassificou os corpos
d’água e definiu novos padrões de lançamento de efluentes.
A Resolução aperta o cerco contra atividades industriais
potencialmente poluidoras e prevê, com base na Lei de Crimes
Ambientais (nº 9605), pena de prisão para os administradores
de empresas e Responsáveis Técnicos que não observarem os
padrões das cargas poluidoras.

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Art. 46. O responsável por fontes potencial ou efetivamente poluidoras das águas deve
apresentar ao órgão ambiental competente, até o dia 31 de março de cada ano, declaração de
carga poluidora, referente ao ano civil anterior, subscrita pelo administrador principal da
empresa e pelo responsável técnico devidamente habilitado, acompanhada da respectiva
Anotação de Responsabilidade Técnica.
§ 1o A declaração referida no caput deste artigo conterá, entre outros dados, a caracterização
qualitativa e quantitativa de seus efluentes, baseada em amostragem representativa dos
mesmos, o estado de manutenção dos equipamentos e dispositivos de controle da poluição.
§ 2o O órgão ambiental competente poderá estabelecer critérios e formas para apresentação
da declaração mencionada no caput deste artigo, inclusive, dispensando-a se for o caso para
empreendimentos de menor potencial poluidor.

Art. 47. Equiparam-se a perito, os responsáveis técnicos que elaborem estudos e pareceres
apresentados aos órgãos ambientais.

Art. 48. O não cumprimento ao disposto nesta Resolução sujeitará os infratores, entre outras,
às sanções previstas na Lei no 9.605, de 12/02/1998 – Lei de Crimes Ambientais.

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REFERÊNCIAS

¾Tecg°. Jair Macedo – Especialista em Meio Ambiente –


Prolab Ambiental Ltda

¾Carlos Augusto de Lemos Chernicharo - Departamento


de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFMG

¾Prof. Dr. Roque Passos Piveli – Departamento de


Engenharia Hidráulica e Sanitária - USP

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Muito Obrigado !

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