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DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

N Ú C L E O N O E S T A D O D E RO R A I M A

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL


DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA

Processo nº: 2007.42.00.002225-6

MARIA DA CONCEIÇÃO SOUSA LIMA, já qualificada nos autos do


processo em epígrafe, vem, por intermédio da DEFENSORIA PÚBLICA DA
UNIÃO, com supedâneo no artigo 500 do Código de Processo Civil, no prazo e na
forma legal, apresentar

R E C U R S O DE APELAÇÃO A D E S I V O,

Requerendo seja o mesmo recebido e, após a intimação e o decurso do prazo do


recorrido para apresentar suas contrarrazões, seja remetido ao E. Tribunal
Regional Federal da 1ª Região para regular julgamento

Termos em que pede deferimento.


Boa Vista, 04 de março de 2011.

Thiago Tavares de Queiroz


Defensor Público Federal

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

Rua Coronel Pinto, nº 248, Centro, Boa Vista – RR


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DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
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Processo nº : 2007.42.00.002225-6
Apelante(adesivo): MARIA DA CONCEIÇÃO SOUSA LIMA
Apelado(adesivo): FUNASA
Origem : 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima

RAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO ADESIVO

Eméritos Julgadores,

I- BREVE RELATÓRIO
Trata-se de ação ordinária, ajuizada em face da Fundação Nacional
de Saúde - FUNASA, com pedido condenação em danos morais, em decorrência
da morte da filha da Autora, Joselene Lima da Silva, em acidente de trânsito, em
que o funcionário da Ré, dirigindo automóvel da Ré, atropelou a filha da Autora,
que trafegava de bicicleta no local.
Em contestação, a Ré alegou que não foi devidamente identificado o
condutor do veículo e que o inquérito policial não foi concluído, razão pela qual
não se pode atribuir responsabilidade à Ré, por possibilidade de existência de
causa de exclusão de responsabilidade.
Em réplica, a Autora alegou que o dever investigatório compete à
autoridade policial, que foi juntado aos autos boletim de ocorrência policial e que
a responsabilidade da Ré independe da culpa do condutor, posto que se trata de
responsabilidade objetiva. Assim, cumpre à Ré comprovar a existência de causa
excludente de responsabilidade.
O MM. Juiz julgou parcialmente procedente os pedidos contidos na
exordial para, condenar A FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA, a indenizar
a autora na quantia de R$ 15.000,00(quinze mil reais), atualizados a partir da
data da sentença e ainda, por decair de parte mínima diante do pedido julgado

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parcialmente procedente, deixou de condenar a parte promovida em honorários


de sucumbência e custas processuais.
A FUNASA não se conformando a decisão, interpôs o seu recurso de
apelação, razão pela qual a autora, através da Defensoria Pública da União,
ofereceu as suas contrarrazões ao apelo do réu e concomitantemente, por
somente se conformar inicialmente com a sentença, interpõe o presente recurso
de apelação adesivo.
São os fatos no que há de essencial.

II- DOS FUNDAMENTOS

Inicialmente, mister se faz esclarecer que no recurso de


apelação adesivo o apelante não fica restrito as matérias alegadas na
apelação da parte contrária, podendo rediscutir o mérito em pontos no
qual estava apenas, inicialmente, conformado com a sentença. Porém,
com o apelo da autarquia ré, abre-se a oportunidade de demonstrar
pontos insatisfação com referida sentença, que deverão ser analisados
pelo E. TRF da 1ª Região.

Resumidamente, o Douto Juiz julgou parcialmente procedente os


pedidos, condenando A FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA, a indenizar a
autora a quantia de R$ 15.000,00(quinze mil reais), atualizados a partir da data
da sentença e ainda, por decair de parte mínima diante do pedido julgado
parcialmente procedente, deixou de condenar a parte promovida em honorários
de sucumbência e custas processuais.
Com efeito, alguns pontos merecem reforma na guerreada
sentença, senão vejamos:
Inicialmente, merece reforma o quantum arbitrado na sentença de
R$ 15.000,00(quinze mil reais) para morte de uma filha, da forma como se

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verificou nos autos, atropelamento sem qualquer auxílio a vitima após o evento
danoso. Nesses casos, o STJ e TRF da 1ª Região aumentam os valores em caso de
responsabilização por morte, veja-se:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ACIDENTE AÉREO. MORTE DE


FILHA. VALOR DA PENSÃO. REDUÇÃO A PARTIR DA DATA EM QUE A VÍTIMA
COMPLETARIA 25 ANOS. QUANTIFICAÇÃO DOS DANOS MORAIS. HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA. PARCELAS VENCIDAS E UM ANO DAS VINCENDAS. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. INTUITO PROCRASTINATÓRIO QUE NÃO SE COADUNA COM O
EXPLÍCITO CARTÉR PREQUESTIONADOR DO RECURSO. MULTA AFASTADA. SÚMULA

98/STJ. APLICAÇÃO. – (...)- A jurisprudência do STJ indica que as


hipóteses de morte, em especial de filho, vêm sendo
compensadas com o valor de até 500 salários mínimos para
cada familiar afetado. Precedentes. - Considerando as
peculiaridades da hipótese sob análise, é razoável a fixação de
quantia equivalente a aproximadamente R$ 190.000,00 (cento e
noventa mil reais) como apta a compensar os danos morais
causados a cada um dos três autores (pais e irmão da vítima) pelo
acidente aéreo em questão. - Não há que se falar em sucumbência recíproca
quando os autores decaem de parte mínima de seu pedido. - Os honorários de
sucumbência, quando há necessidade de pensionamento, devem ser fixados em
percentual sobre o somatório dos valores das prestações vencidas mais um ano das
vincendas. Precedentes. - Merece reforma o acórdão que, ao julgar embargos de
declaração, impõe multa com amparo no art. 538 do CPC, se o recurso foi
interposto com expressa finalidade de prequestionar. Inteligência da Súmula 98/STJ.
Recursos especiais parcialmente providos. (RESP 200900823220, NANCY ANDRIGHI,
STJ - TERCEIRA TURMA, 06/11/2009).

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. MPF. REQUERIMENTO DE PROVAS. LEGITIMIDADE.


INTELIGENCIA DO ART.82,II DO CPC. PROVAS NÃO INDICADAS NA INICIAL. RITO
SUMÁRIO. POSSIBILIDADE. CONVERSÃO DO RITO. ART.277,§§4º E 5º DO CPC.
AGRAVO RETIDO IMPROVIDO. ATUAÇÃO LEGAL DO MPF. FEITO DE INTERESSE DE
INCAPAZES. DOCUMENTOS. AUSENCIA DE INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRARIA.
CONTRARIEDADE AO ART.398 DO CPC NÃO COMPROVADA. PRELIMINARES

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REJEITADAS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA UNIÃO. NEXO CAUSAL E AUTORIA


COMPROVADOS. SENTENÇA CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO. INCIDENCIA DA
REGRA DO ART. 935 DO CÓDIGO CIVIL. PENSIONAMENTO DEVIDO NOS TERMOS DO
ART. 948,II DO CC DE 1916 VIGENTE NA DATA DO FATO. REDUÇÃO DA PENSÃO EM
1/3. TERMO FINAL MODIFICADO. DANOS MORAIS DEVIDOS. EFEITOS FINANCEIROS

DA CONDENAÇÃO. APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 43 E 186 DO STJ. 1(...). 8. Danos


morais mantidos em 100 (cem) salários mínimos no total
para a viúva e os dois filhos que se mantêm, valor razoável e
compatível com a situação demonstrada nos autos. 10. Efeitos
financeiros e correção monetária devidos na forma como fixados, em prestígio ao
enunciado das súmulas 43 e 186 do STJ. 11. Apelação da União e remessa oficial
parcialmente providas.
(AC 199930000005788, JUÍZA FEDERAL MÔNICA NEVES AGUIAR DA SILVA (CONV.),
TRF1 - QUINTA TURMA, 29/10/2009)

Dessa forma, induvidosa que a quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil


reais), atualmente, cerca de 27 salários mínimos, torna-se valor irrisório
considerando as peculiaridades do caso, qual seja: morte de uma filha, a forma
da morte(inclusive com omissão de socorro) e a parte ré sendo autarquia federal
no âmbito da saúde. Portanto, merece reforma o capitulo da sentença ora
recorrida na forma adesiva.

Outro capítulo que merece reforma é data da incidência dos juros


moratórios no caso de responsabilidade extracontratual do Estado. O MM. Juiz,
condenou a FUNASA, a indenizar a autora na quantia de R$ 15.000,00(quinze mil
reais), atualizados a partir da data da sentença. Ora Douto Relator, o
magistrado a quo simplesmente desconsiderou a Súmula 54/STJ. Nesses
caso, a jurisprudência é pacífica em se determinar a aplicação de juros
moratórios desde da data do evento danoso, veja-se:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ARGUMENTOS
INSUFICIENTES PARA ALTERAR A DECISÃO AGRAVADA. OFENSA À SÚMULA Nº
596/STF. INVIABILIDADE DE ANÁLISE. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. CAPITALIZAÇÃO

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MENSAL DE JUROS. IMPOSSIBILIDADE. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO.


REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº
07/STJ. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REVISÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 282/STF. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.
INAPLICABILIDADE. SÚMULAS Nº S 30, 294 E 296 DO STJ. FIXAÇÃO DOS JUROS DE
MORA. TERMO INICIAL. DATA DO EVENTO DANOSO. SÚMULA Nº 54/STJ. ACÓRDÃO
RECORRIDO. CONSONÂNCIA COM ENTENDIMENTO DESTA CORTE. SÚMULA Nº

83/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. OMISSÃO. NÃO OCORRÊNCIA. 1(...) 8. Em


casos de responsabilidade extracontratual, o termo inicial
para a incidência dos juros de mora é a data do evento
danoso, nos termos da Súmula 54/STJ. 9. O acórdão recorrido
harmoniza-se com o entendimento dominante deste Superior Tribunal de Justiça.
Incidente ao caso, portanto, a Súmula nº 83 desta Corte Superior, aplicável por
ambas as alíneas autorizadoras (AgRg no Ag 135.461/RS, Rel. Min. Antônio de
Pádua Ribeiro, DJ 18.08.97). 10. Estando o acórdão recorrido em consonância com o
entendimento desta Corte não há que se analisar dissídio jurisprudencial, nos
termos da jurisprudência pacificada deste Superior Tribunal de Justiça. Precedente.
11. Agravo regimental desprovido. (AGA 200901105300, VASCO DELLA GIUSTINA
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), STJ - TERCEIRA TURMA, 11/02/2011).

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. ALEGAÇÃO


GENÉRICA. SÚMULA 284/STF. ANÁLISE DE DIREITO LOCAL. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. JUROS MORATÓRIOS. TERMO A

QUO. EVENTO DANOSO. SÚMULAS 54/STJ. 1.(...). 3. Está consolidada a


orientação deste Tribunal Superior o entendimento de que
para as hipóteses de condenação em ações de
responsabilidade extracontratual os juros de mora incidem
desde a data do evento danoso, nos termos da Súmula
54/STJ. 4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido.
(RESP 200901107319, MAURO CAMPBELL MARQUES, STJ - SEGUNDA TURMA,
08/02/2011).

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Portanto, no capítulo da sentença em que se determinou a


incidência dos juros moratórios a partir da sentença em caso envolvendo
responsabilidade extracontratual do Estado deve ser reformada pelo E. TRF1
para fazer incidir juros moratórios desde o EVENTO DANOSO, conforme súmula
54/STJ.
Por fim, oportuno registrar a necessidade de reforma do capítulo da
sentença no tocante a não condenação de honorários de sucumbência por,
segundo o magistrado sentenciante, os pleitos não decaírem em parte mínima,
mas porém a autora é beneficiária da justiça gratuita.
Mais uma vez, em que pese o brilhantismo costumeiro do MM. Juiz a
quo, desta feita equivocou-se ao deixar de condenar em honorários de
sucumbência a parte ré, por ser a autora beneficiaria de “justiça
gratuita”(expressão aqui empregada como assistência jurídica integral
pela Defensoria Pública).
Com efeito, o esse argumento de que, por ser a parte é beneficiária
de justiça gratuita não lhe são devidos honorários de sucumbência, é totalmente
rechaçado pelo STJ. Nesse toar, de acordo com o art. 4º, XXI, da Lei
Complementar nº 80/94, há a previsão de fundos geridos pela Defensoria Pública
para o devido aparelhamento da Instituição, in verbis:

Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:


(...)
XXI – executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes de sua
atuação, inclusive quando devidas por quaisquer entes públicos,
destinando-as a fundos geridos pela Defensoria Pública e destinados,
exclusivamente, ao aparelhamento da Defensoria Pública e à capacitação
profissional de seus membros e servidores.

Inclusive o STJ, recentemente, já reconhece a inexistência de


confusão para pagamento de honorários entre a pessoa jurídica de direito público
e autarquia com personalidade jurídica diversa, veja-se:

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"PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DEFENSORIA PÚBLICA. ART. 381 DO CC/02.
CONFUSÃO INEXISTENTE. ENTE RECORRENTE DIVERSO DO ESTADO DA
FEDERAÇÃO. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. RESP. REPETITIVO. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO.
1. Não há falar-se em confusão quando a Defensoria Pública
integra pessoa jurídica de direito público diversa daquela contra
qual a atua (REsp. 1.108.013/RJ, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJe
22.6.2009).
2. No caso concreto, verifica-se que a parte recorrida, com o
patrocínio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, litiga
contra a RIOPREVIDÊNCIA, autarquia que possui personalidade
jurídica diversa do Estado do Rio de Janeiro.
3. Agravo Regimental desprovido." (grifei)
(STJ, AgRg no Ag 1075810 / RJ, 5ª Turma, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia
Filho, unânime, DJ 24/05/2010).

É o caso idêntico dos autos. A Defensoria Pública no âmbito


federal é órgão da União, totalmente diverso da FUNASA, que é autarquia
federal, pessoa jurídica diversa da União, inclusive com patrimônio e orçamento
próprios.

III- DO PEDIDO RECURSAL

Diante do exposto, almeja a Apelante, na forma adesiva, que o


recurso ora interposto seja provido e que a sentença seja alterada nos seus
termos esposados.

Boa Vista, 04 de março de 2011.

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