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A Oração de Noé
A história de Noé começa em Gn 5.28-37, quando o seu pai Lameque lhe põe o nome
com um significado e uma esperança: “este nos consolará dos nossos trabalhos e das
fadigas de nossas mãos, nesta terra que o Senhor amaldiçoou”.
O primeiro milênio da história da humanidade foi muito atribulado por causa do pecado.
Adão e Eva foram expulsos do maravilhoso jardim, que fora plantado por Deus
especialmente para eles. Seu filho Abel foi cruelmente assassinado pelo irmão Caim e, a
partir daí, a maldade tomou conta da sua descendência. A Bíblia nos diz que Caim saiu
da presença do Senhor, e isto é muito sério: sua consequência é tremendamente forte.
Quando uma pessoa resolve sair da presença do Senhor ela passa a viver totalmente sob
a direção das trevas. E o inimigo não brinca, mas o seu propósito é destruir as vidas
humanas. A sociedade, então, começou a experimentar a licensiosidade, a anarquia… E
a violência tomou conta dos corações. As famílias se desestruturaram com a poligamia,
com a falta de respeito aos mais velhos e a insegurança gerada pelos maus costumes
passou a dominar os corações. E foi nesse contexto que Noé nasceu. Era preciso um
“basta!” Era preciso um recomeço, uma esperança celestial para os corações sofridos.
Então o Senhor deu-lhe o desenho e as medidas de um grande barco, uma arca, com três
compartimentos enormes. Ali se acomodariam os alimentos para o tempo de
“hibernação”, dentro da arca, os animais ficariam no andar do meio e as pessoas salvas
do dilúvio, que foram os componentes da família de Noé, estariam no andar de cima.
A construção levou mais de cem anos. Uma pregação ao vivo e a cores… Seus filhos
nasceram debaixo da promessa extraordinária do Senhor. Entretanto todos os
contemporâneos de Noé não criam que Deus faria o que Noé anunciava. Viram a arca
sendo construída passo a passo. Viram o trabalho ser concluído. Viram os animais vindo
a Noé, aos pares, dois a dois. Viram Noé entrar na arca e a porta ser fechada por fora,
pelo próprio Deus. E não creram, até que a chuva começou a cair.
Nestes últimos dias, temos sofrido com as centenas de mortes na região serrana do Rio
de Janeiro. Vimos como horas incessantes de chuva provocaram tanta dor e tanto
sofrimento. A lama acumulada, os corpos, a sujeira. Ah, quanto trabalho para colocar
novamente tudo em ordem… Quanta soliariedade para tornar a trazer a alegria, apagar o
pranto, para reconstruir…
E Noé com sua família saíram da arca. Estavam salvos. A terra estava vazia. Seria um
novo começo, um novo tempo…
A primeira atitude de Noé foi importantíssima, nessa hora. Como deveria começar a
nova geração de seres humanos, após a catástrofe mundial?
Noé, então, adorou ao Senhor. Junto com os filhos e a família, preparou um altar, tomou
animais limpos e os ofereceu a Deus. Sua comunhão permaneceu inalterada dentro da
arca. Deus estivera com ele antes do dilúvio, durante e depois. E o Senhor aspirou o
cheiro suave de sua oferta. E Deus gostou do que veio do coração de Noé: ele tomara
dos animais limpos, de aves e reconhecera a soberania de Deus.
Noé orou. Adorou. E buscou a direção dos céus para o novo tempo.
Em cada fase de nosso viver, devemos buscar ao Senhor. A oração e a adoração fazem
parte de uma vida salva, de um coração que agrada a Deus. E, ao receber a oferta de
Noé, ao checar a sua intenção de servi-lo e adorá-lo, Deus trouxe uma palavra de
bênção sobre a terra, uma nova aliança, uma promessa: “…enquanto durar a terra, não
deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite”. A
fidelidade de Noé e sua vida de oração trouxeram bênçãos para toda a humanidade que
viria de sua descendência.
Assim como Noé, em sua geração, você pode ser uma bênção para o mundo todo
através de sua vida de oração. Pense nisso… E ore. Separe tempo para buscar a Deus.