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Níquel
Histórico________________________________________________________3
Propriedades_____________________________________________________3
Reservas_________________________________________________________4
Mineração_______________________________________________________5
Extração_________________________________________________________6
Beneficiamento___________________________________________________6
Processamento____________________________________________________7
Formas finais_____________________________________________________10
Aplicações_______________________________________________________10
O Níquel e a Agroindústria__________________________________________13
Dados estatísticos_________________________________________________13
Referencias______________________________________________________15
HISTÓRICO
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Os primeiros indícios de níquel ocorrem antes da era cristã. Moedas
japonesas de 800 anos A.C. e gregas de 300 anos A.C. continham níquel,
resultado de uma liga natural com o cobre. Nos anos 300 ou 400 A.C.
fabricavam-se armas em ferro, com conteúdo de níquel variando de 5 a 15%.
Somente no século XVII o metal passou a ser chamado de níquel derivado
de “kupfernickel”, referência dada a nicolita pelos mineiros alemães quando a
identificaram.
No entanto apenas em 1751, Axel Frederich Cronstedt tentando extrair o
cobre da nicolita obteve níquel metálico. O minério teve pouca importância real
na economia industrial até 1820, quando Michael Faraday, com a colaboração de
seu associado Stodard, foram bem sucedidos fazendo uma liga sintética de ferro-
níquel, sendo o início da liga níquel-aço que tem uma grande contribuição para o
desenvolvimento industrial do mundo.
Em 1838, a Alemanha produziu o primeiro níquel metálico refinado, tendo
iniciado o refinamento com umas poucas centenas de toneladas de minério
importado.
PROPRIEDADES
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RESERVAS
TOTAL 100,00
Fonte: Mineral commodity Summaries – 2010
Reservas Brasileiras
MINERAÇÃO
O níquel é encontrado em minerais sulfuretos, silicatados, arsenetos e
oxidados. O teor de níquel no mineral e a concentração desse mineral em uma
área bem definida e relativamente pequena na crosta terrestre definem os
depósitos minerais que são explorados de acordo com suas reservas, e dessa
forma constituem fontes de suprimento das demandas existentes.
As reservas mundiais de níquel em 2009 foram definidas por depósitos
minerais que ocorrem em vários países. Neste contexto Austrália, Nova
Caledônia e Rússia representam a maior parcela do total das reservas mundiais
atualmente conhecidas. Segue a esses, países como Brasil, Colômbia, China,
Indonésia, Canadá e África do Sul, Quadro 1.
Quadro 1- Reservas e Produção Mundial
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United States — — —
Australia 200,000 167,000 26,000,000
Botswana 38,000 36,000 490,000
Brazil 58,500 56,700 4,500,000
Canada 260,000 181,000 4,100,000
China 68,400 84,300 1,100,000
Colombia 76,400 93,000 1,700,000
Cuba 67,300 65,000 5,500,000
Domi. Rep. 31,300 — 840,000
Greece 18,600 14,000 490,000
Indonesia 193,000 189,000 3,200,000
Nova 103,000 107,000 7,100,000
Caledonia 83,900 85,000 940,000
Philippines 277,000 266,000 6,600,000
Russia 31,700 34,000 3,700,000
South Africa 8,140 7,800 57,000
Spain 13,000 12,000 490,000
Venezuela 46,000 28,600 3,800,000
Outros Países
Fonte: Mineral commodity Summaries – 2010
Projeto Onça-Puma
EXTRAÇÃO
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Existem dois tipos de fontes de níquel: os minérios lateríticos
(normalmente encontrados em regiões tropicais e predominantemente próximos
à superfície) e os minérios sulfuríticos (presente em regiões mais temperadas e
freqüentemente em profundidade).
A extração do níquel de seus minérios é dificultada pela presença de
outros metais. Minérios do grupo dos sulfetos são hoje a principal fonte do níquel
produzido. O minério é concentrado por flotação e por métodos magnéticos, e a
seguir aquecido com SiO2 . O FeS se decompões a FeO, que reage com o SiO2
formando FeSiO3 como escória de fácil remoção. A mate dos sulfetos é resfriada
lentamente, com formação de uma camada prateada superior de Cu 2S e uma
camada preta inferior de Ni2S3, que pode ser separada mecanicamente ( também
se forma uma pequena quantidade de uma liga metálica Cu/Ni ) O Ni 2S3 é então
aquecido com ar e convertido em NiO. Este último pode ser utilizado diretamente
na indústria do aço. O NiO também pode ser reduzido ao metal pelo carbono,
num forno. O metal é fundido em eletrodos, que são purificados por eletrólise
numa solução aquosa de Sulfato de níquel.
BENEFICIAMENTO
A extração do níquel de seus minérios é dificultada pela presença de
outros metais. Minérios do grupo dos sulfetos é hoje a principal fonte do níquel
produzido. O minério das reservas será britado, a alimentação do britador
primário é feita com minério abaixo de 50 cm. Para tanto, uma grelha com
abertura retangular 50X100 mm classifica a alimentação do britador abaixo
dessa granulometria. Os blocos fragmentados são por meio de martelete
mecanizado. O minério é britado a uma taxa de 140 t/h, também ocorrem
britagens secundárias e terciárias, ele é então peneirado e misturado para
produzir uma alimentação consistente para a planta de processo dentro das
especificações projetadas.
A granulação do minério ainda se constitui em fator limitante para a
utilização de processos de concentração densitária, especialmente para
tamanhos de partículas inferiores a 25 μm.
A separação ocorre por meio de um processo de flotação, com reagentes
projetados para atrair e separar minerais da rocha. Os xantatos e ditiofosfatos
são os surfatantes mais comumente utilizados, sendo que o consumo dos
xantatos é incomparavelmente maior.
Esta nova geração de equipamentos tem por princípio a utilização da ação
centrífuga e da fluidização do leito de partículas. Tais equipamentos baseiam-se
na geração de grandes campos de aceleração através da utilização da rotação
dos respectivos dispositivos. Os campos assim gerados podem proporcionar uma
maior seletividade na separação de partículas de minerais com pequenas
diferenças de densidade.
Já a separação magnética é um método consagrado na área de
processamento de minérios para concentração e/ou purificação de muitos
minerais. O processo está baseado nos comportamentos que partículas minerais
apresentam quando submetidas a um campo magnético Quando um campo
magnético uniforme é aplicado a uma partícula, as forças que atuam sobre dois
pólos da mesma são iguais e opostas, portanto a resultante dessas forças é nula.
Se o campo aplicado apresentar um gradiente, a atração ou repulsão do mesmo
a campos convergentes. Nos equipamentos modernos tanto o campo quanto o
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gradiente são os responsáveis pelo processo de concentração. E a seguir
aquecido (900 0C) com SiO2. O FeS se decompõe a FeO, que reage com o SiO 2
formando FeSiO3 como escória de fácil remoção. A mate dos sulfetos é resfriada
lentamente, com formação de uma camada prateada superior de Cu 2S e uma
camada preta inferior de Ni2S3 , que pode ser separada mecanicamente (também
se forma uma pequena quantidade de uma liga metálica Cu/Ni) O Ni2S3 é então
aquecido com ar e convertido em NiO. Este último pode ser utilizado diretamente
na indústria do aço. O NiO também pode ser reduzido ao metal pelo carbono,
num forno. O metal é fundido m eletrodos, que são purificados por eletrólise
numa solução aquosa de Sulfato de níquel.
O minério misturado passará por secagem em um forno de calcinação
rotativo a carvão, antes de ser carregado nos fornos elétricos onde ocorrerá a
redução, até a graduação desejada do ferro-níquel (FeNi), e as fases de
separação do metal e escória.As impurezas do ferro-níquel cruas derretidas e
vazadas do forno serão removidas na galeria de refino antes do minério ser
granulado, secado e acondicionado para transporte.
Um outro tratamento para a separação do minério de níquel é o ‘ultra-high
frequency heating’, ou seja aquecimento a uma freqüência muito alta (utilizando
pequenas quantidades de cloreto de sódio), para que isso ocorra é desejado que
o material apresente um alto coeficiente de absorção de radiação
eletromagnética na faixa de freqüência desejada. No entanto se o material for
muito condutor elétrico, grande parte do calor será dissipado na superfície.
Processamento
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O processo mais utilizado para o beneficiamento de minérios sulfetados
consiste em duas principais etapas. Na primeira, o minério é submetido a uma
concentração ( ou via flotação) que eleva o teor do minério alimentado na planta
em até 10 vezes. Em seguida, ocorre a oxidação do enxofre em fornos flash ou
fornos retangulares, proporcionando a obtenção do matte (composto metálico de
sulfetos em geral). A escória resultante segue para tratamento separado em
forno elétrico para deposição de sulfetos. O matte produzido pode ser então
comercializado ou seguir para o refino (segunda etapa do processo). O refino
consiste no ataque com ácido sulfúrico para obtenção dos sulfatos solúveis,
seguido da extração por solventes (SX) e finalmente a eletrólise, para obtenção
dos catodos de níquel e cobalto. Os metais valiosos são precipitado para
tratamento em separado.
No caso do processamento dos minérios lateríticos , muitas opções
apresentam-se disponíveis para aplicação. Entretanto, a seleção do melhor
processo a ser implantando em determinada planta depende inicialmente do
minério disponível.
O processo pirometalúrgico ( Ferro-Níguel Smelting), destina-se à produção
do ferro–níquel, em que os minérios após britados, sofrem fusão em fornos
elétricos e em seguida passam por um processo de refino e eliminação das
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impurezas como o enxôfre e o fósforo. Entretanto, o enxôfre pode ser
aproveitado para a produção do matte que será tratado de forma semelhante ao
utilizado para minérios sulfetados.
O processo hidrometalúrgico (Caron/Lixiviação Amoniacal), usado
tradicionalmente pela CNT é destinado à produção de níquel eletrolitíco. Este
processo os minérios são britados, moidos, secos e reduzidos em fornos verticais,
após isso, são formados os carbonatos que passam por filtragens e pela eletrólise
para a obtenção dos catodos.
O processo PAL inicia-se com a preparação do minério que é levado a um
funil de carga, passando em seguida por um lavador e finalmente conduzido para
a britagem. Após esta fase, o minério britado e molhado é levado para a seção
de lixiviação, onde é condensado e lixiviado a uma temperatura de 250 0C, para
em seguida passar por sete estágios de decantação onde se obtém o licor
clarificado, sendo o refugo levado para locais adequados como depósito. Em
seqüência, o licor clarificado entra em contato com solventes para a recuperação
do cobalto. Uma vez feito isso, o licor recebe uma nova dose de novos solventes
para, finalmente, recuperar o níquel. Este níquel recuperado passa por um novo
processo de eletrólise que gera os produtos finais níquel eletrolítico e o catodo de
níquel. O cobalto recuperado sofre um novo processo através de solventes a
base de sódio e enxofre, gerando o cobalto refinado. Na seqüência, utilizando o
processo SX obtém finalmente o catodo de cobalto.
Comparando-se as características destes três processos, em evidência,
para o tratamento do minério laterítico, temos:
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FORMAS FINAIS
Os produtores mundiais de níquel o vendem em muitas formas, como
folhas, pós, pellets, lingotes, etc.
APLICAÇÕES
O NÍQUEL E A AGROINDÚSTRIA
A descoberta do valor micronutriente do níquel nas lavouras vem gerando
grande perspectiva para o setor da agricultura mundial, e já passa a ser
classificado como elemento essencial aos cultivos, chegando ao ponto de estar
presente na Instrução Normativa nº 5, do Ministério da Agricultura, sendo,
inclusive, recomendado pela American Association of Plant Food Control Officiais.
O níquel pode incrementar a produtividade da lavoura, diminuir a
ocorrência de doenças como a ferrugem asiática, e pode ainda melhorar a
sustentabilidade da atividade agrícola. Ele é importante na ativação enzimática,
sendo indispensável para a formação da urease, enzima responsável por
desdobrar a uréia em outras formas de nitrogênio.
A aplicação de sulfato de níquel (NiSO4) na soja ajuda a fixação biológica
de nitrogênio (FBN), a principal forma de obtenção de nitrogênio pela planta.
Através da pulverização foliar de níquel na lavoura, os pesquisadores
conseguiram aumentar a produtividade em diversos campos, diminuindo
consideravelmente o controle de doenças na lavoura.
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ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS
Produção Mundial de Níquel
Fonte: USGS/DNPM
Valor do Metal
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Fonte: USGS/DNPM
REFERENCIAS
http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00000043.pdf
http://www.seplan.go.gov.br/sepin/pub/conj/conj5/03.htm
http://www.nickelinstitute.com/index.cfm?ci_id=15794&la_id=1
http://www.vale.com/pt-br/o-que-fazemos/mineracao/niquel/paginas/default.aspx
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Publicacoes/Co
nsulta_Expressa/Tipo/Relatos_Setoriais/200005_8.html
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