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1 INTRODUÇÃO

“O Brasil hoje é um jovem país de cabelos brancos”, o envelhecimento da


população é bastante evidente no Brasil, e isso se dá por um processo demográfico:
o rápido e sustentado declínio da fecundidade. (Lima, et al, 2010).

O Instituto Brasileiro de Geografia estatística estima que em 2050 o Brasil


tenha 63 milhões de idosos, serão 172 idosos para cada 100 jovens, e isso ocorrerá
por dois fatores: o aumento da expectativa de vida e a grande diminuição na taxa de
fecundidade, levando a inversão da pirâmide populacional.

O número de idosos atualmente no Brasil já é grande, muitos com doenças


crônicas e limitações funcionais, e o que se observa é o aumento da esperança de
vida, o idoso passou a ter cuidados e atenção especiais, que antigamente não
existiam. O avanço tecnológico da medicina também possibilita à melhora na
qualidade de vida e devido aos programas de atenção à saúde implantados nos país
as doenças crônicas passaram a ser enfrentadas com mais tranquilidade,
aumentando a população idosa. (Lima, et al, 2010)

1.2 Fatos Históricos

A criação de políticas para idosos no país é influenciada pelo índice de


morbidade apresentado nesta faixa etária. É muito comum a população idosa
apresentar mais doenças, aumentando os gastos em saúde por dependerem mais
dos serviços de saúde.

A principal função das políticas de saúde é a de contribuir para que mais


pessoas alcancem idades avançadas com melhor estado de saúde possível. O que
acontece em países em desenvolvimento é que o processo de envelhecimento
ocorre de forma rápida, sem que haja tempo para organizar e melhorar os serviços
de saúde para proporcionar atendimento de qualidade às novas demandas
emergentes.
A Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e regulamentada em 1996,
assegurou direitos sociais à pessoa idosa criando condições para promover sua
autonomia, integração e participação efetiva na sociedade reafirmando o direito à
saúde nos diversos níveis de atendimento do Sistema Único de Saúde – SUS.
(Brasil. Lei n. 8.842, 1994).
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A Portaria Ministerial nº 1.395/99 estabeleceu a Política Nacional de Saúde do


Idoso, na qual determinou que os órgãos do Ministério da Saúde relacionados ao
tema promovam a elaboração ou a adequação de planos, projetos e ações em
conformidade com as diretrizes e responsabilidades nela estabelecidas. Em 2002 é
proposta a organização e implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde
do Idoso (Portaria GM/MS nº 702/2002) sendo então criados os critérios para
cadastramento dos Centros de Referência em Atenção à Saúde do Idoso.
Em 2003 foi aprovado e sancionado o Estatuto do Idoso, o capitulo VI desta
Lei fala sobre o papel do SUS na garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de
forma integral e em todos os níveis de atenção. (ANEXO A)
Em fevereiro de 2006 foi publicado o Pacto pela Saúde, onde a Saúde do
Idoso aparece como uma das seis prioridades pactuadas norteando para a
reformulação da Política Nacional de Atenção à Saúde do Idoso. Foi assinada em
outubro de 2006 a portaria nº 2.528 do Ministério da Saúde, que aprova a Política
Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, esta Portaria afirma ser indispensável incluir a
condição funcional ao serem formuladas políticas para a saúde da população idosa,
considerando as diferenças em relação as necessidades das pessoas idosas, sendo
assim, as ações devem ser pautadas de acordo com as especificidades. Também
faz parte das diretrizes dessa política a promoção do Envelhecimento Ativo e
Saudável, de acordo com as recomendações da Organização das Nações Unidas,
em 2002. Em 2009, por meio do Decreto nº 6.800, a Coordenação da Política
Nacional do Idoso passa a ser de responsabilidade da Secretaria Especial dos
Direitos Humanos.
Sabe-se atualmente que o governo brasileiro investe em programas de
atenção a saúde no Brasil dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), e entre esses
programas se destaca o programa Saúde do Idoso. Segundo o Ministério da Saúde,
o programa Saúde do Idoso se classifica como: “a política que objetiva, no Sistema
Único de Saúde (SUS), garantir atenção integral à Saúde da população idosa, com
ênfase no envelhecimento saudável e ativo.”
O que se fundamenta como diretrizes importantes para atenção integral à
saúde do idoso é, em primeiro lugar, a promoção do envelhecimento ativo e
saudável, que consiste em buscar qualidade de vida através da alimentação
adequada, prática de atividades físicas e atividades prazerosas que atenuem o
estresse, convivência social estimulante e redução de danos causados por vícios
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(como álcool e cigarro) e redução da automedicação, uma prática muito comum em


todas as faixas etárias, que muito preocupa os profissionais da saúde. Em segundo
lugar a manutenção e reabilitação da capacidade funcional do idoso, e em terceiro,
apoio ao desenvolvimento de cuidados informais. (Ministério da Saúde)

1.2 Principais patologias que acometem a população idosa

Primeiramente se fala em doenças crônicas, como hipertensão arterial e


dislipidemias (cardiovasculares), diabetes mellitus (endócrinas), doenças que são
importantes causas de morbidade e mortalidade, tanto na população idosa, como na
população em geral. Os fatores de risco para essas doenças são: sedentarismo,
obesidade, alta taxa de colesterol, vícios (fumo e álcool), entre outros. Pode-se
destacar também o Acidente Vascular Encefálico (AVE).

Em segundo lugar ficam as doenças relacionadas à insuficiência respiratória


(pneumonias, bronquite, asma - muitas vezes em decorrência de complicações de
gripes e resfriados).

As que se seguem são as doenças relacionadas ao aparelho digestivo, as


neoplasias, doenças infecciosas e parasitárias, doenças geniturinárias, e as fraturas
(muitas vezes pela grande freqüência de quedas na população idosa), sendo as
causas mais frequentes de morbidade na população idosa. (GÓIS, VERAS, 2010)

1.3 Farmacêutico

Voltado para a Assistência Farmacêutica, o profissional farmacêutico é o mais


adequado para prestar informações sobre medicamentos, como o seu uso correto,
efeitos adversos, interações medicamentosas, entre outros. Sendo o idoso,
geralmente, usuário de vários medicamentos e com um metabolismo às vezes
limitado, torna-se indispensável à presença do farmacêutico no que diz respeito à
saúde do idoso.

Nesse contexto, se encaixa a Atenção Farmacêutica, uma prática na qual o


profissional tem um papel a desempenhar no que tange ao atendimento das
necessidades dos pacientes idosos e crônicos, com relação aos medicamentos,
podendo colaborar tanto com outros profissionais da saúde, como com os pacientes,
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visando uma terapia efetiva, por meio da prevenção, detecção e resolução dos
problemas relacionados a medicamentos, além da melhoria da qualidade de vida.

O profissional farmacêutico também estabelece um importante elo entre a


prescrição e a administração, identificando na dispensação os riscos ao paciente
podendo ressaltar a importância da monitorização da farmacoterapia e controle
frequente das doenças.

A automedicação também é um grande problema, os níveis de


morbimortalidade associados ao uso incorreto de medicamentos são muito grandes.
Portanto, o farmacêutico tem um papel fundamental na atenção à saúde do idoso,
pois esta apto a esclarecer dúvidas sobre medicamentos, bem como seu uso
correto, e a identificar problemas que podem acontecer como uso de muitos
medicamentos.
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2 JUSTIFICATIVA

O grande numero de profissionais na área da saúde não estão preparados


para fornecer informações adequadas sobre os temas relacionados à saúde pública,
isto leva a necessidade de adquirir informações continuamente e ter capacidade de
repassar essas informações com clareza.
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3 OBJETIVOS

• Conhecer o programa Saúde do Idoso, e poder repassar as informações obtidas


para a população idosa e população em geral.

• Conseguir conhecimentos necessários para aprovação na disciplina de Saúde


Pública.

• Obter mais informações sobre o programa, para que possamos esclarecer


duvidas atuais, e futuramente como profissionais.
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4 MATERIAL E MÉTODOS

1ª Parte – Projeto

• Tema escolhido aleatóriamente.

• Baseado na busca de artigos referentes ao programa Saúde do Idoso e


desenvolvimento de textos (revisão bibliográfica).

2ª Parte – Apresentação

• Obtenção de fotos para a apresentação.

• Adequação dos textos do projeto para o trabalho áudio visual.

• Apresentação de trabalho áudio visual, com auxilio de data show.


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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, M. A.; SILVA, M. V. S.; FREITAS, O. Assistência Farmacêutica como


estratégia para o uso racional de medicamentos em idosos. Disponível em: <
http://www.crf-rj.org.br/crf/arquivos/file/AtencaoFarmaceutica/AF2.pdf>. Acesso em:
08. Abr. 2011

GÓIS, A. L. B., VERAS, R. P. Informações sobre a morbidade hospitalar em


idosos nas internações do Sistema Único de Saúde do Brasil. Ciênc. saúde
coletiva [online]. 2010, vol.15, n.6, pp. 2859-2869.

IBGE. Sobre a condição de saúde dos idosos: indicadores selecionados.


Disponível
em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_sociosaude/2009/com_
sobre.pdf>. Acesso em: 08. Abr. 2011.

LIMA, T. J. V. de; et al. Humanização na Atenção à Saúde do Idoso. Saude soc.


[online]. 2010, vol.19, n.4, pp. 866-877.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção a Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento.


Brasília: [s.n.], 2010. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_pessoa_idosa_envelhe
cimento_v12.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2011.
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6 ANEXO A
Art 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do
Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o acesso universasl e igualitário, em
conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para prevenção, promoção,
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que
afetam preferencialmente os idosos.
§ 1º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por
meio de:
I - cadastramento da população idosa em base territorial;
II - atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
III - unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas
de geriatria e gerontologia social;
IV - atgendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que
dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos
abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e
eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural;
V - reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das
sequelas decorrentes do agravo da saúde;
§ 2º Inclumbre o Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente,
medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses
e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
§ 3º É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança
dos valores diferenciados em razão da idade.
§ 4º Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão
atendimento especializado, nos termos da lei.
Art. 16 Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a
acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas
para a sua permanência em tempo integral, segundo critério médico.
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo
tratamento conceder autorização para o acompanhamento do idoso ou, no caso de
impossibilidade, justificá-la por escrito.
Art 17. Ao idoso que esteja no domínio de duas faculdades mentais é
assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais
favorável.
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Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder á opção,


esta será feita:
I - pelo curador, quando o idoso for interditado;
II - pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser
contactado em tempo hábil;
III - pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo
hábil para consulta a curador ou familiar;
IV - pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido,
caso em que deverá comunicar ao Ministério Público.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o
atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação
dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-
ajuda.
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra o idoso
serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos
seguintes órgãos:
I - autoridade policial;
II - Ministério Público;
III - Conselho Municipal do Idoso;
IV - Conselho Estadual do Idoso;
V - Conselho Nacional do Idoso.
Em fevereiro de 2006, foi publicado, por meio da Portaria/ GM nº 399, o Pacto
pela Saúde, no qual se inclui Pacto pela Vida. Neste documento, a Saúde do Idoso
aparece como uma das seis prioridades pactuadas entre as três esferas de gestão,
desencadeando ações de implementação de diretrizes norteadoras para
reformulação da Política Nacional de Atenção à Saúde do Idoso.

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