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PRIMEIROS SOCORROS

Que fazer em caso de acidente


• Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais.
• Afastar os feridos dos locais onde estes possam correr perigo (ex. estradas, fogo).
Quando não fôr estritamente necessário nunca se deverá mover um ferido!
• Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local
bem visível e usar o colete de sinalização.
• Caso haja necessidade de chamar uma ambulância deverá mandar-se um terceiro.
Nunca se deve deixar um ferido sozinho.
• Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do
ferido.
• Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo.
A - Paragem respiratória - desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial.
B - Hemorragias - colocar o ferido numa posição correta; aplicar atadura que impeça a
hemorragia.
C - Estado de choque - tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; proteção do
frio.

Na maioria das situações, exceto nos casos de suspeita de fratura da coluna vertebral ou
do pescoço, deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS).

Posição Lateral de Segurança

1 Vire o corpo da vítima inconsciente, mas ainda a respirar, para


- a posição lateral de segurança, o que impedirá que sangue,
saliva ou a língua obstruam as vias respiratórias.
2 Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais
- perto de si. Cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna
mais afastada sobre a que está mais próxima.

3 Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra a


- agarre pela anca mais afastada.

4 Vire a vítima de bruços, puxando-a rapidamente para si e


- amparando-a com os joelhos.

5 Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta


- fique direita. Assim, as vias respiratórias manter-se-ão
desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.
6- Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o
tronco. Dobre a perna mais próxima para servir de apoio ao
abdômen. Retire o outro braço de debaixo do corpo.

Quando há fratura de um braço ou de uma perna ou por


qualquer motivo esse membro não puder ser utilizado como
apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um
cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que
elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias
desimpedidas.

Os 10 mandamentos do socorrista

1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando
socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os
transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser
contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao
chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no
acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-
se-ão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida
como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam sangrando
muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento).

PARAGEM CARDÍACA

Sinais e sintomas
Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado
algum desses sinais a ação deve ser imediata e não será possível esperar o médico para
iniciar o atendimento.

O que fazer
Aplique a massagem cardíaca externa.
Como fazer a massagem cardíaca
Colocar a vítima deitada de costas em superfície
plana e dura. As mãos do atendente de
emergência devem sobrepor a metade inferior
do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o
tórax. A partir daí deve-se pressionar
vigorosamente, abaixando o esterno e
comprimindo o coração de encontro a coluna
vertebral. Em seguida, descomprima.
Repetições: quantas forem necessárias até a
recuperação dos batimentos. É recomendável a
média de 60 compressões por minuto.

Cuidados
Em jovens a pressão deve ser feita com apenas
uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa
medida evita fraturas ósseas no esterno e
costelas. Se houver parada respiratória
juntamente com a cardíaca ambas devem ser
realizadas, reciprocamente.

O que pode causar


Choque elétrico Estrangulamento Sufocação
Reações alérgicas graves Afogamento.

Ataque cardíaco
Sinais e sintomas
Dor, respiração, suores, vômitos e outros sinais.

O que fazer
Mantenha a pessoa sentada ou deitada, desaperte-lhe as roupas, cubra-o se sentir frio,
não tente transportá-lo sem ajuda ou supervisão médica. Somente dê algum
medicamento se a vítima se ela já faz uso e costuma tomar em emergências.

ESTADO DE CHOQUE

Sinais e sintomas
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta, rápida e irregular, visão turva,
pulso rápido e fraco, semi-consciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas ou vômitos.

O que fazer
1 - Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades.
2 - Colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) se possível com as pernas
elevadas.
3 - Afrouxar as roupas e agasalhar a vítima.
4 - Lembre-se de manter a respiração. Fornecer ar puro, ou oxigênio, se possível.
5 - Se possível dê-lhe líquidos como água, café ou chá.

O que pode causar


Queimaduras, ferimentos graves ou externos Esmagamentos Perda de sangue
Envenenamento por produtos químicos Ataque cardíaco Exposições extremas ao calor
ou frio Intoxicação por alimentos Fraturas

Desmaio

Pode ser considerado um leve estado de choque.

Sinais e sintomas
Palidez, enjôo, suor constante, pulso e respiração fracos.

O que fazer
1 - Colocar a vítima em Posição lateral de segurança com as pernas elevadas.
2 - Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a nuca.
3 - Desapertar as roupas que estejam apertadas.
4 - Nunca se deve dar de beber a uma pessoa desmaiada! Apenas quando recuperar o
conhecimento (quando for capaz de segurar o copo por ela própria).

O que pode causar


Emoções súbitas, fadiga, ar sufocante, dor, fome ou nervosismo.

AFOGAMENTO

Sinais e sintomas
Agitação, dificuldade respiratória, inconsciência, parada respiratória, parada cardiaca.

O que fazer

1 Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com


- a cabeça fora d’água

2 Procurar retirar os objetos estranhos que possam estar na boca e


- Iniciar imediatamente a respiração de socorro BOCA-A-BOCA,
ainda com a vitima dentro d’água.

3 Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a


- cabeça mais baixa que o corpo, quando fora d’água;
4 INSISTA na respiração de socorro BOCA-A-BOCA, se
- necessário
5 EXECUTE a massagem cardíaca externa, se a vitima apresentar
- ausência de pulso e pupilas dilatadas
6 Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado,
- estimulando a circulação
7 Remova IMEDIATAMENTE a vitima para o SERVIÇO DE
- SALVAMENTO ou o hospital mais próximo.

Advertência
Se a pessoa que se afogar conservar o conhecimento, corre-se o perigo de se deixar
dominar pelo pânico e arrastar o socorrista.
O melhor será atirar-lhe alguma coisa a que possa agarrar-se, por exemplo, um
remo.Em caso contrário, segura-se a cabeça por trás e puxa-se pelas costas até terra.

Explicação científica
Entende-se por afogamento a asfixia em meio líquido

A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando um encharcamento dos alvéolos
pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente
obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas.

No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre a paralisação da troca gasosa, devido
o líquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente
sanguínea, e impedindo, também, que o CO2 saia do organismo. A partir daí as células
que produziam energia com a presença de O2 (aerobicamente), passarão a produzir
energia sem a presença dele (anaerobicamente) causando várias complicações no corpo,
como por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo
proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2).

Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2 causam vários distúrbios no


organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do
O2. Soma-se também aesses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de
adrenalina na corrente sanguínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo
acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível
aumento da frequência cardíaca, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos
cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração. A adrenalina provoca ainda
uma constriçãodos vasos sanguíneos da pele que se torna fria podendo ficar azulada. Tal
coloração é chamada de cianose.

A água aspirada e deglutida provoca uma pequena alteração no sangue, tais como:
aumento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição
do volume de sangue (hiper ou hipovolemia) - dependendo do tipo de água (doce ou
salgada) em que ocorreu o acidente - e destruição das hemáceas. Com o início da
produção de energia pelo processo anaeróbico, o cérebro e o coração não resistem muito
tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte
desses órgãos.

ASFIXIA

Se o objeto está preso no nariz


1. Peça para que a pessoa respire pela boca.
2. Observe a localização do objeto. Se ele não tiver sido introduzido até o fundo, tente
pressionar a base do nariz (no alto, próximo aos olhos) e empurrar o objeto para baixo.
3. Se isso não funcionar ou o objeto estiver alojado no fundo, procure socorro médico.
Não tente forçar: você pode machucar a pessoa ou, pior, pressionar o objeto ainda mais
para dentro.

Se a pessoa engasgou e respira sem dificuldades


1. Espere a pessoa tossir. A própria pressão do ar pode expulsar a comida para fora.

2. Você pode ajudar a expelir o objeto dando tapas nas costas da pessoa: coloque-se
atrás dela e faça a pessoa se curvar para frente. Dê algumas pancadas no alto das costas
entre as omoplatas. Cuidado com a força aplicada. No caso de crianças as pancadas
deverão ser ligeiras.

3. Uma manobra de compressão também pode ajudar. Coloque-se por trás e junte suas
mãos entre a cintura e fim das costelas do engasgado. Aplique pressão rápida e
seguidamente.

4. Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a saída do objeto (uma bala
engolida por uma criança, por exemplo). Isso pode piorar o engasgo, especialmente se
ocorrer vômito.

Se a pessoa engasgou e não consegue respirar


1. Observe se a vítima começa a sentir falta de ar. Ela ficará desesperada e começará a
ficar roxa. Se isso acontecer, o caso é grave, pois o objeto está obstruindo a passagem
de ar.

2. Se o objeto for pontiagudo, não se deve fazer nada: apenas procurar socorro médico
imediato.

3. Em outro caso, a solução é provocar o vômito, forçando com isso a saída do objeto.
Isto é conseguido colocando seu dedo na garganta da vítima.

4. Se isso não funcionar, procure socorro médico imediato.

5. A dificuldade em respirar pode causar parada respiratória e desmaio. Tente fazer a


respiração boca-a-boca, que pode forçar a movimentação do objeto e permitir que o ar
volte a circular.

ELETROCUÇÃO

O que fazer
1. O mais rapidamente possível, fazer cessar a passagem de corrente elétrica através
do corpo da vítima:
a) Cortando a tensão se o aparelho de corte estiver suficientemente acessível.
b) Com os indispensáveis cuidados, provocando um curto-circuito a fim de fazer
funcionar os aparelhos de protecção.
c) Afastando os condutores da vítima ou esta daqueles. (O socorrista deve isolar-se para
o lado da tensão - com luvas isolantes - e para o lado da terra com um estrado ou tapete
de pretecção).
2. Se a vítima estiver inanimada, libertá-la da dentadura ou óculos eventualmente
existentes, desapertar-lhe o vestuário e iniciar imediatamente uma técnica de respiração
artificial. Pedir a presença de um médico ou transportar a vítima para um posto de
socorros mantendo a respiração artificial, mesmo durante o transporte, até que a vítima
retome o conhecimento ou o médico tome conta do caso.
a) Se a vítima se encontrava suspensa pelo cinto de segurança no momento do acidente
(sobre um apoio de linha aérea, por exemplo) o socorrista deve executar uma dezena de
insuflações boca a boca antes de iniciar a descida e a meio desta.
b) No momento da reanimação a vítima pode apresentar movimentos convulsivos e
tornar a perder o conhecimento. Nesse caso é necessário retomar a respiração artificial.
c) Não dar qualquer bebida à vítima enquanto estiver inanimada. Depois de reanimada
não lhe dar qualquer bebida alcoolica mesmo que ela o peça.
d) Evitar o arrefecimento da vítima tapando-a com uma manta.
e) Se a vítima além de inanimada não tem pulso, fazer além de respiração artificial
massagem cardíaca externa (2 soorristas) ou 15 compressões do coração seguidas de 4
insuflações de ar (1 socorrista).

3. Se a tensão causadora do choque fôr superior a 500 V e a vítima perdeu o


conhecimento deve proceder-se inicialmente como se disse.
a) Dar-lhe de beber uma solução de 1 colher de café de bicarbonato de sódio em 3
decilitros de água.
b) Transportar a vítima para o hospital mais próximo e tentar recolher as urinas que
eventualmente surjam durante o transporte para posterior análise.

4. Se a vítima apresentar queimaduras, não aplicar quaisquer drogas de ocasião.


Desembaraça-las de eventuais corpos estranhos e protegê-las com gase esterelizada.
Acção mais completa deverá ser tomada por pessoal médico habilitado.Informe o
hospital sobre o período de tempo que a vítima esteve em contacto com a fonte de
energia eléctrica.

EXPOSIÇÃO AO CALOR

São mais vulneráveis ao calor, necessitando, por essa razão, de maior atenção:
- As crianças nos primeiros anos de vida
- As pessoas idosas
- Os portadores de doenças crónicas, nomeadamente os que sofrem de afecções
cardíacas, respiratórias, renais, diabetes e doença mental
- As pessoas acamadas
- As pessoas obesas
O que fazer: de uma forma geral, tentar reduzir a temperatura do corpo. Retirar a
vítima do local, humedeçer a cabeça e o tronco com água fria, ofereçer líquidos à
vontade.

Ingestão de líquidos
Em condições normais, quando a temperatura ambiente sobe, o corpo, para manter a sua
temperatura dentro de parâmetros compatíveis com um estado saudável, transpira.
Mas se essa transpiração for excessiva, o corpo pode desidratar e dar origem a uma
situação grave de saúde.
Pode também acontecer que o mecanismo da sudação não cause o abaixamento da
temperatura corporal e, nesse caso, uma alta temperatura corporal, a par de um grau
excessivo de desidratação, pode provocar danos irreversíveis no cérebro ou em outros
orgãos.
É por isso fundamental aumentar a ingestão de líquidos, de preferência água ou sumos
de fruta natural, ainda que não tenha sede, pois com frequência a sede é inferior às
necessidades hídricas do indivíduo.
Esta situação torna-se mais preocupante nas pessoas idosas que, muitas vezes, não
sentem sede, apesar de terem graus diversos de desidratação.
Se, devido a algum problema, estiver a seguir uma dieta com restrição de líquidos deve
aconselhar-se com o seu médico sobre como proceder nestas situações.
Algumas bebidas, como as alcoólicas podem aumentar a desidratação, pelo que são
desaconselhadas, o mesmo acontecendo com as bebidas gaseificadas, com cafeína, ricas
em açúcar ou quentes.

Sal e Minerais
Com a sudação perde-se uma quantidade importante de sal e minerais do organismo,
podendo essa falta ser responsável por diversos sintomas como fraqueza, cansaço,
dificuldade de concentração, cãibras, entre outras. É por isso, muito importante que,
para além de garantir a hidratação, se reponham os sais minerais e o sal.
Esta reposição pode ser feita através de sumos de frutas, que contêm sais minerais no
seu estado natural, ou, caso não seja possível, através de substâncias contenham esses
minerais.
Com essa finalidade existem produtos vendidos nas farmácias ou em supermercados,
como é o caso das denominadas bebidas dos desportistas.
Se houver indicação médica de dieta hipossalina (com pouco sal), ou se tiver
insuficiência renal é aconselhável consultar o médico sobre a utilização destes
suplementos e bebidas.

No domicílio
Se a sua habitação for muito quente e houver possibilidade, é conveniente, em especial
nas horas de mais calor, visitar um local com ar condicionado, por exemplo, museu,
biblioteca, centro comercial, cinema.
Nos momentos de calor mais intenso, recomenda-se também, sempre que possível, um
duche de água tépida ou fria.
Reduzir a roupa da cama ao mínimo, sobretudo no caso dos bebés e doentes acamados.
Evitar os esforços físicos.
Baixar as persianas e abrir as janelas para diminuir a temperatura dentro de casa.
O uso de ventoinhas pode ser uma forma de baixar um pouco a temperatura, ao fazer
circular o ar.
Em casa, especialmente quando se é portador de determinadas doenças crónicas do foro
cardiovascular, aconselha-se a estar, durante alguns períodos de tempo, com os
membros inferiores elevados

Comida
Evitar comer muito às refeições e evitar, também, a comida “pesada” ou picante.Depois
de comer, esperar/descansar um pouco antes de começar com tarefas que exijam esforço
físico.
Pessoas em risco
As pessoas em risco, por sofrerem de doença grave ou outra situação que as debilite nas
situações de calor, devem ser vigiadas amiudadamente, para que possam ser socorridas,
se for necessário.

Dentro de edifícios
Se precisar de se deslocar a edifícios sem ar condicionado e onde possam existir
aglomerados de pessoas, tente fazê-lo fora das horas de maior calor, idealmente logo de
manhã, especialmente se sofrer de doença cardiovascular ou se for idoso.

O que foi explicado anteriormente diz também respeito, por exemplo, à hora que
escolher para ir à missa. É de todo conveniente que vá logo de manhã, em vez de ir à
hora do almoço ou ao fim da tarde, porque a essas horas, devido ao calor e ao número
de pessoas presentes, acontece com alguma frequência sobretudo aos mais fragilizados,
pela doença ou idade, sentirem-se mal ou até desmaiarem.

FERIDAS

Ferimentos Leves ou
Superficiais

O que fazer
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio
cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao
pronto Socorro ou UBS.

Cuidados
Não tente tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.

Ferimentos profundos (caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores)

Ferimentos abdominais abertos


Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa húmida e
fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.

Ferimentos profundos no tórax


Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar
para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa
em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

Ferimentos na cabeça
Procedimentos: afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e
agasalhada. Faça compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde
mais próximo.
Não dar de beber ou comer a um ferido. Não será aconselhável se tiver de ser operado.
Os alimentos sólidos podem piorar o seu estado.

Ferimentos Perfurantes
O que são:
Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc.

O que fazer:
Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho -
Como fazer. Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura
ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.

Cuidados:
A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos
membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor
ou arroxeamento na região deve ser afrouxado imediatamente.

Ferimentos na Cabeça

O que fazer:
Quando se suspeita que existe comoção cerebral (perda de conhecimento durante 1
hora, indisposição e vômitos
- Deverá evitar-se todo o esforço corporal.
- Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas
roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.
- Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um
pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras.
- Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o
lado que está sangrando.
- Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a
cabeça de lado.
- Deverá recorrer a tratamento médico.

No caso de feridas graves:


- Deverá praticar-se uma atadura protetora de uma eventual lesão traumática.
- Se o ferido tiver perdido o conhecimento deverá ser colocado em posição lateral de
segurança (PLS)
- Deverá ser transportado ao hospital de preferência em ambulância.
Nunca se deverá tentar tirar lascas de osso.

Ataduras:
Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter
provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use
tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha.

Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:


A região deve estar limpa
Os músculos relaxados
Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, Ex: nos membros superiores, no
sentido da mão para o braço
Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida
Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na pele
local

HEMORRAGIAS

A perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo - veia ou artéria.


Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em minutos. Não perca
tempo!

Estanque a hemorragia
- Use uma compressa limpa e seca: de gaze, de pano ou mesmo um lenço limpo
elevando a parte do corpo que sangra.
- Coloque a compressa sobre o ferimento
- Pressione com firmeza
- Use atadura, uma tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha a mão para amarrar
a compressa e mantê-la bem firme no lugar
- Caso não disponha de uma compressa, feche a ferida com o dedo ou comprima com a
mão evitando uma hemorragia abundante
- Pontos de pressão - calque fortemente, com o dedo ou com a mão de encontro ao osso,
nos pontos onde a veia ou a artéria são mais fáceis de encontrar. Esses pontos são fáceis
de decorar, desde que você os observe com atenção.
- Se o ferimento for nos braços ou nas pernas, sem fratura, a hemorragia
será¡ controlada mais facilmente levantando-se a parte ferida.
- Se o ferimento for na perna - dobre o joelho. Se o ferimento for no antebraço - dobre o
cotovelo. Mas sempre tendo o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem
junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.

Atenção
Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de amputação ou esmagamento de
membros e só podem ser colocados no braço ou na coxa.

Como fazer um torniquete


- Use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda, barbante ou outos materiais
muito finos ou estreitos que possam ferir a pele.
- Enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna, logo acima do
ferimento.
- Dê um meio nó
- Coloque um pequeno pedaço de madeira no meio nó
- Dê um nó completo sobre a madeira.
- Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia. Fixe o pedaço de madeira.
- Marque com lápis, batom ou carvão na testa ou em qualquer lugar visível da vítima, as
letras "TQ" (torniquete) e a hora.
- Não cubra o torniquete.
- O torniquete só deve ser usado quando outro método não for eficiente ou se houver
somente um socorrista e a vítima necessitar de outros cuidados importantes.
- Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemorragia não
voltar, deixe o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado em
caso de necessidade.
Atenção
A qualquer tempo se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas,
afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para reestabelecer a circulação, reapertando
a seguir caso prossiga a hemorragia. Ao afrouxar o torniquete, comprima o curativo
sobre a ferida.

Enquanto estiver controlando a hemorragia, proceda da seguinte forma: Mantenha a


vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando seu contato com o chão frio.

INTOXICAÇÕES

Envenenamento

O que é: Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo, como drogas,
gases, ervas venenosas, produtos químicos, comidas diferentes, etc.

Observe os sinais e sintomas Hálito característico, observar cor das mucosas, dor
abdominal, dor ou sensação de queimadura na boca e garganta, tonturas, etc. Verifique
se há possíveis produtos químicos ou drogas, nas proximidades da vítima. Ou vestígios
de folhas venenosas nas extremidade bucal

Venenos Ingeridos

O que fazer: Provoque o vômito. Dê o Antídoto Universal: duas partes de torradas


queimadas, uma parte de leite de magnésia, uma parte de chá forte. Mantenha a vítima
agasalhada. Respiração de Socorro (método Sylvester). Leve ao médico ou hospital o
recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar para a assistência médica, tenha
todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da vítima, como ela se encontra
no momento e se possível o nome do produto ingerido não se esquecer de caneta e um
papel para anotar possíveis condutas imediatas a serem feitas.

Cuidados: Não provoque vômito se a vítima tiver ingerido: soda cáustica, derivados de
petróleo, como querosene, gasolina, líquido de esqueiro, removedores, ou ainda ácidos,
água de cal, amônia, alvejantes de uso doméstico, tira-ferrugem, desodorante de
banheiro. Não deixe o indivíduo ingerir álcool, azeite ou óleo. Evite que ele ande.

Casos particulares
Medicamentos
Dar de beber - provocar o vómito, a não ser que a vítima tenha perdido o conhecimento
ou tenha cãibras.
Dar-lhe um preparado à base de carvão vegetal.
Levar ao médico.

Derivados do petróleo, lixívia ou ácidos


Não se deve provocar o vómito.
Dar nata, leite ou gelado à vítima.
Levar ao médico

Venenos Aspirados
Observe os sinais: Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.

O que fazer: Arejar o ambiente e aplicar respiração pelo método de Sylvester.


Remova imediatamente para um hospital.

Casos particulares
Intoxicação por monóxido de carbono
Pode ser produzido por gás de iluminação ou pelos gases de escape dos motores. É uma
asfixia produzida pela combinação do monóxido de carbono com a hemoglobina, a qual
não pode efetuar o seu transporte normal de oxigênio através do sangue.
O intoxicado deve ser removido para o ar livre e despoluído e deve-se facilitar-lhe a
respiração.
Intoxicação por gás
Levar a vítima imediatamente para o ar livre
Fechar a torneira de passagem de gás.
Abrir portas e janelas.
Em caso de paragem respiratória, praticar respiração boca a boca.
A vítima deverá repousar e ser transportada para o hospital.
Neste caso o socorrista deverá usar, se possível, uma máscara de gás e ter o cuidado de
evitar explosões.

Envenenamento através da pele

O que fazer: Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente. Poderá usar
sabão.

Contaminação dos olhos

O que fazer: Lavar com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até
chegar ao Hospital.

Em qualquer suspeita de intoxicação deverá:

1 - Ligar (CIAV) Centro de Informação Anti-veneno (21 795 01 43 / 21 795 01 44 / 21


795 01 46 )
A qualquer hora do dia ou da noite será atendido por pessoal médico que lhe indicará as
medidas a tomar em cada caso
2 - Manter a calma e preparar-se para responder às questões que lhe forem colocadas.

3 - Procure sempre saber


Quem? (homem, mulher, criança)
O quê? (qual o produto em causa : medicamento, pesticida, detergente, planta etc.)
Como? (foi ingerido, inalado, atingiu a pele, olhos,...)
Quando? (há quanto tempo aconteceu?)
Quanto? (qual a quantidade?)
Estado do doente? (consciente, sonolento, vómitos, dor, etc.)
3 - Siga rigorosamente as instruções que lhe foram dadas pelo médico.
QUEIMADURAS

O que são: Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma
queimadura.

Gravidade: Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de
queimadura" e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros.

O que pode causar: Corpo em contato com: chama, brasa ou fogo, vapores quentes,
líquidos ferventes, sólidos super-aquecidos ou incandescentes, substâncias químicas,
emanações radioativas, radiações infra-vermelhas e ultra-violetas e eletricidade.

Classificação das queimaduras:


1º Grau – lesões das camadas superficiais da pele. Ex: raios solares.
2º Grau - formação de bolhas na área atingida
3º Grau - atinge tecidos mais profundos até o osso.

Gravidade: O risco de vida está na extensão da superfície atingida devido ao estado de


choque e contaminação da área (infecção bacteriana).

O que fazer: Prevenir o estado de choque. Controlar a dor e evitar contaminação.

Pequenas queimaduras

Atingem menos de 10% do corpo.


O que fazer: Lavar com água em abundância.

Grandes queimaduras (atingem mais de 10% do corpo)

O que fazer:
Colocar um pano bem limpo e umedecido (não fure as bolhas, evite tocar a área
queimada).
Prevenir o estado de choque
Levar a hospital.

Queimaduras químicas (Ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos)

O que fazer: Pequenas - Lavar o local com água corrente. Extensas - Retirar toda a
roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.

Cuidados: Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias


em queimaduras. Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Não fure as bolhas
existentes, nem toque com as mãos a área afetada.

Queimaduras nos olhos


O que pode causar: Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis,
água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.

O que fazer: Lavar os olhos com soro fisiológico. vendá-los com gaze umedecida e
levar ao médico com urgência.

Nota sobre incêndios nas pessoas


O fogo deve ser extinto imediatamente. Se não houver extintor à mão, deve-se usar um
cobertor ou algo semelhante. A água é boa extintora salvo nos incêndios de produtos
que contenham óleos ou derivados do petróleo. Se as roupas contiverem óleos ou
derivados devem ser retiradas assim que possível.
Quando se incendeiam as roupas: devem apagar-se rapidamente com água. Quando não
houver água à mão, a vítima deve rebolar-se pelo chão, apagando-lhe o fogo com um
cobertor ou algo semelhante. Deve proteger-se o rosto das chamas. Nunca se deve
correr com as roupas a arder.

RESFRIAMENTO

Observe os sinais: Limitação dos movimentos dos membros, palidez facial, pele fria,
cianose, lábios e extremidades, dores articulares semiconsciência e vertigens. A vitima
começa a tiritar e sente-se cansada, deixando-se dominar pela apatia, fica tensa, o sono
torna-se leve e ofusca-se-lhe o conhecimento. Abaixo dos 30º , a temperatura do corpo
influi na respiração e na atividade do coração e constitui uma ameaça direta contra a
vida.

O que fazer: Deve manter-se a vítima activa tentando aquecer a parte atingida com um
banho morno, roupas quentes, exercícios, etc. O calor do corpo deverá ser recuperado
lentamente, por exemplo, usando mantas.
Dar bebidas quentes como chá, café ou leite se a vítima tiver consciente.
Se a vítima perder o conhecimento deverá ser colocada na posição lateral de
segurança (PLS).
No caso de paragem respiratória praticar respiração artificial boca a boca
imediatamente.
Procurar auxílio médico rapidamente.

TRANSPORTE DA VÍTIMA

Antes de providenciar a remoção da vítima


Controle hemorragias e respiração.
Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas.
Evite e/ou controle o estado de choque.
Providencie uma maca.

Durante a remoção ou transporte


Em caso de ter que levantar o indivíduo, todo o seu corpo deve ser imobilizado e em
particular a cabeça.
Para conduzir a um local seguro, puxe a vítima pelos pés, protegendo a cabeça ou pela
cabeça.
Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a
integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas
presentes.
No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os métodos
de apoio, de cadeirinha, em cadeira, em braço, nas costas, ou pela extremidade,
conforme as condições do local.
Poderá usar-se uma manta para servir de maca. Nesse caso, ao levantá-la terá de se
manter a cabeça da vítima em cima e esticar-lhe as articulações das ancas e dos joelhos
para lhe manter as costas e os braços direitos.

Como fazer uma maca: Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões
resistentes.

Nota: não sendo estritamente necessário não deverá transportar a vítima

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