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-1 REFLEXÃO E EDUCAÇÃO

O primeiro objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não
simplesmente repetir o que outras gerações fizeram - pessoas criativas, inventivas e
descobridoras. O segundo objetivo da educação é formar mentes que possam ser
críticas, possam verificar e não aceitar tudo o que lhes é oferecido. O maior perigo,
hoje, é dos "slogans", opiniões coletivas, tendências de pensamento "ready-made".
Temos que estar aptos a resistir, [...] a criticar, a distinguir o que está demonstrado e o
que não está. Portanto, precisamos de discípulos ativos, que aprendam cedo a
encontrar as coisas por si mesmos, em parte por sua atividade espontânea e, em parte,
pelo material que preparamos para eles. (Jean Piaget).

-1.1 O PROFESSOR REFLEXIVO

Para falar do professor reflexivo, precisamos entender que a introspecção é a única


forma de proporcionar, a cada um, as condições necessárias à análise do seu próprio
grau de amadurecimento e de comprometimento. Trata-se de um processo individual,
único, que não se aprende na escola. Por isso, nossas Universidades buscam despertar
nos alunos uma consciência crítica, analítica e reflexiva para que, depois de formados,
sejam capazes de difundir, como profissionais, essa prática e estabelecer uma outra
época para as novas gerações.

Reflexibilidade é uma arte que deve estar incutida no ser humano e, independente de
seu querer, fazer parte da sua responsabilidade como cidadão que quer transformar o
mundo. Sabemos que a educação não é o instrumento que irá modificar as coisas e
proporcionar um novo modelo de mundo. É tão-somente, um recurso próprio para forjar
indivíduos capazes, prontos a decidir e optar por uma nova concepção de sociedade.

Na epígrafe, Jean Piaget nos leva a parar e refletir sobre a responsabilidade do educador
na preparação do material para o aprendizado do aluno. Porém, quando se fala em
material, quase nunca se imagina que a preparação do próprio educador é uma prática
inerente a esse conceito, pois a ele está afeta a responsabilidade de formar. E isso
corresponde a proporcionar ao indivíduo a capacidade de distinguir entre o que lhe é
posto à frente e aquilo que, de fato, lhe interessa.

-O professor, fechado em si mesmo e confinado à sala de aula, às vezes, não percebe o


mundo lá fora. Não tem tempo ou condições de acompanhar. Daí, quando fala ao aluno,
este não entende, mostra-se alheio e desinteressado diante de uma linguagem esquisita e
arcaica.

-A velocidade das mudanças, as exigências da tecnologia e do mercado de trabalho são


tantas e tão rápidas que o profissional pode ser pego de surpresa em sua prática
cotidiana. Notícias, fatos, mudanças podem chegar à sala de aula pela boca dos alunos,
sem que o professor tome conhecimento. Quantas vezes, em alguns casos, o aluno
supera o professor! Está melhor informado, conhece palavras e expressões modernas,
sabe do último fato social ou político, não apresenta mais certos costumes e exigências.

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