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Phorte: São
Paulo, 2009.
Uma análise mais cuidadosa, tanto dos meios empregados quanto das
promessas feitas pelo currículo saudável, permite verificar não só o neo-
higienismo camuflado sob o discurso do "sentir-se bem", como também as
intenções de uma sociedade que procura apropriar-se ao máximo dos parcos
recursos da população (físicos e financeiros) e, portanto, necessita de um povo
bem treinado e condicionado, sem que sejam necessários muitos investimentos
sociais, como programas de saúde coletiva, oportunidades de lazer, melhoria nas
condições de habitação e esporte etc. Por meio da intensa difusão de códigos, o
currículo da Educação para a Saúde, com o apoio dos meios de comunicação e
seus auxiliares, inculca formas de comportamento que reverterão em gigantescos
lucros para os setores privilegiados da sociedade.
PRESSUPOSTOS
HEGEMONIA E RESISTÊNCIA.
PRESSUPOSTOS.
O que é, afinal, "pós" ?
O CURRÍCULO "PÓS"
CONTEXTO.
O PÓS-MODERNISMO.
CARACTERÍSTICAS DO PÓS-MODERNISMO.
O PÓS-ESTRUTURALISMO.
O ESTRUTURALISMO.
O estruturalismo dos anos 1950-1960 analisou diversos campos e
fenômenos sociais em acordo com o modelo lingüístico desenvolvido por
Saussure. No campo da educação, o sociólogo crítico Basil Bernstein foi quem
desenvolveu uma perspectiva estruturalista da pedagogia e do currículo. O
documento PCN+ do Ensino Médio ( Brasil, 2002), disponibilizou uma análise
estruturalista no campo da Educação Física, embora não haja qualquer menção a
esse campo filosófico no seu referencial histórico.
O PENSAMENTO PÓS-ESTRUTURALISTA.
OS ESTUDOS CULTURAIS.
Contribuíram para abalar a concepção de que a produção do conhecimento
é fruto da continuidade natural da história ou de embates acadêmicos e
epistemológicos que buscam uma explicação mais eficaz da realidade.
Questionaram a simplicidade dessa explicação e alertaram para a complexidade
das relações sociais a que todos atravessam.
O MULTICULTURALISMO.
O PÓS-COLONIALISMO.
PÓS-COLONIALISMO E EDUCAÇÃO.
Por fim, "rigor". O rigor é essencial para que o currículo não caia no
relativismo. Adota como fundamentos a indeterminância e a interpretação. A
indeterminância implica a dúvida radical do ironista liberal e a investigação das
concepções ocultas que fundamentam as certezas. A indeterminância é essencial
para a investigação das formas pelas quais as verdades foram
sobredeterminadas. Diante dos princípios formulados por Doll, a vivência curricular
possibilita a instauração da dúvida e da incerteza acerca das verdades assentadas
em um modelo de escola transmissora de conteúdos.
SUGERINDO CAMINHOS.
Para superar essas questões, ao trabalhar com uma dança folclórica, jogos
de cartas, tabuleiro ou brincadeiras regionais, os alunos devem, mediado pelo
professor, trazer à tona os elementos que identifiquem as raízes culturais. Outro
princípio recomendado diz respeito à descolonização do currículo. Ao articular a
descolonização e a justiça, o currículo tratará com a mesma dignidade tanto as
experiências relacionadas ao futebol, handebol (práticas corporais brancas,
masculinas e oriundas da elite econômica) como as provenientes de outros povos
e segmentos sociais: peteca, skate, street ball, capoeira, possibilitando aos alunos
o questionamento de experiências corporais divulgadas como as únicas válidas
para a aprendizagem social. Por último, outro princípio básico, ancoragem social
dos conteúdos. Nos dizeres de Grant e Wieczorek (2000), isso significa tomar
como objeto de estudo e ponto de partida a "prática social".
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
QUESTÕES.
1E 2A 3E 4D 5C