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INTRODUÇÃO
Conceito de mol
Mol representa uma quantidade de matéria.
1 mol corresponde a 6,02 X 1023 unidades N= 6,02 X 1023 ( nº de Avogadro )
Assim podemos escrever que 1 mol de moléculas de qualquer substância
conterá 6,02 X 1023 moléculas ou que 1 mol de átomos corresponde a 6,02 X
1023 átomos.
Para acharmos o nº de moléculas em qualquer quantidade de nº de mol de
uma substância, podemos utilizar a equação:
1
1mol ------------------- (MM) g ------------------ 6,02 X 1023 moléculas
n mol ------------------ mg ------------------ N moléculas
Exemplo1:
Determinar o nº de mol e o nº de moléculas correspondente a 3600 g de H2O.
Resolução
1mol de H2O ------------------- 18 g ------------------ 6,02 X 1023 moléculas
n mol ------------------ 3600 g ------------------ N moléculas
Densidade
Densidade de uma substância é a relação entre a sua massa e o seu volume
Densidade = massa / volume
d=m/V
Exemplo 2:
Calcular a massa e o nº de moléculas num galão contendo 20 litros de etanol
anidro,C2H6O .
densidade do etanol, C2H6O = 0,79 g / mL
Resolução
massa de C2H6O = 0,79 g / mL X 20000 mL =15800 g
Massa molecular do C2H6O = 2 X 12 + 6 X 1 + 1 X 16 = 46 uma
Então,
1mol de C2H6O ------------------- 46 g ------------------ 6,02 X 1023 moléculas
n mol ------------------ 15800g ------------------ N moléculas
2
N= 343,48 X 6,02 X 1023 = 2.07 X 1026 moléculas
XA = nA / nT XB = nB / nT , em que nA e nB representam o
nº de mol de “A” e “B”, e nT o nº de mol da mistura
Fração Volumétrica(Y)
YA = VA / VT YB = VB / VT
Desta forma, 250 mL de uma solução aquosa de etanol contendo 100 mL deste
líquido e 150 mL de água, apresentará as seguintes frações volumétricas:
YE ------- fração volumétrica do etanol
3
YA ------- fração volumétrica da água
YM = VM / VT YM = 40 mL / 50 mL YM = 0,8
YE = VE / VT YE = 10mL / 50 mL YE = 0,2
% v/v = Y X 100
Para uma mistura gasosa, a fração molar(X) de um gás é igual a sua fração
volumétrica(Y).
X=Y
Considerando uma mistura de dois gases, “A” e “B” ocupando um volume total
(VT) à uma temperatura “T” e pressão “P”, podemos afirmar que o volume
parcial de cada gás (VA e VB) pode ser expresso pelas equações abaixo:
4
VA = nA . RT / P (1) VB = nB . RT / P (2)
“R” representa a constante geral dos gases e nA e nB representam o n° de mol
de cada gás.
Considerando que nT representa o nº total de mol, e aplicando-se a lei dos
gases ideais, podemos escrever que:
VT = nT . RT / P (3)
VA = nA . RT / P / VT = nT . RT / P VA / VT = nA / nT
VB = nB . RT / P / VT = nT . RT / P VB / VT = nB / nT
E como, XA = nA / nT e YA = VA / VT ,
Fração Mássica(W)
W A = mA / mT W B = mB / mT
% m/m = W X 100
5
Relação entre Fração Mássica e Fração Volumétrica
Considerando uma mistura homogênea de dois líquidos ou de dois gases (A e
B) podemos relacionar a fração mássica com a fração volumétrica através da
densidade conforme proposto a seguir.
mA / mT = dA. VA / dT. VT ou WA = ( dA / dT ) . VA / VT
WA = ( dA / dT ) . YA
E, por analogia,
WB = ( dB / dT ) . YB
Massa molar de uma mistura é a média ponderada das massas molares dos
componentes da mistura.
Vamos supor uma mistura formada pelas substâncias A e B.
6
nA-------nº de mol de A Massa molar de A---------------------MA
nT = nA + nB
MM = ( nA . MA + nB . MB ) / n A + nB
MM = ( nA . MA + nB . MB ) / nT
MM = nA / nT . MA + nB / nT . MB
XA = nA / nT e, a fração molar de B é;
XB = nB / nT
Temos que:
MM = XA . MA + XB . MB
X = Y
MM = YA . MA + YB . MB
Exercícios
7
(C) 1,25 x 10-6 %
(D) 1,25 x 10-7 %
A) 50.
B) 75. X
C) 100.
D )120.
E) 156.
(A) 44 kg/kmol
(B) 42 kg/kmol
(C) 39 kg/kmol
(D) 35 kg/kmol X
(E) 32 kg/kmol
8
4- Um balão contém 96 g de O2(g) e 128 g de SO2(g) . Determinar :
a) fração molar de cada gás
b) fração volumétrica de cada gás
c) fração mássica de cada gás
R- a) XO2(g) = 0,6 XSO2(g) = 0,4
b) YO2(g) = 0,6 YSO2(g) = 0,4
c) W O2(g) = 0,4286 W SO2(g) = 0,5714
R- 3,714
9
a) 1
b) 2/3
c) 3
d) 1/3 X
e) 3/ 2
R= 1.228 g.mol-1
R- 1,68 g.L-1
10
R- a) XO2(g) = YO2(g) = 0,21 XN2(g) = YN2(g) = 0,78
b) PO2(g) = 0,21 atm PN2(g = 0,78 atm
11
Unidade II
A + B C + D
1º ) balancear a equação
xA + yB z C + w D
A partir deste passo, as relações entre os nos de mol podem ser substituídas
por seus valores correspondentes em massa ou em volume de gás como nos
exemplos a seguir.
12
Equação química não balanceada: P4O10 + H2O H3PO4
1 mol de CH4 --------- 2 mol de O2 ---------- 1 mol de CO2 ---------- 2 mol de H2O
13
Como a relação entre CH4 e CO2 é:
1 mol de CH4 ---------- 1 mol de CO2 ou substituindo convenientemente
concluímos que
16 g de CH4 ---------- 1 mol de CO2
14
1 mol de C3H8 ---------- 5 mol de O2 -------- 3 mol de CO2 --------- 4 mol de
H2O
Como volumes iguais de gases diferentes nas mesmas condições de
temperatura e pressão encerram o mesmo n° de mol, concluímos que, se a
relação entre nº de mol de C3H8 e O2 é 1:5 será também em volume.
n = 0,1165 mol
Concentração de HCl
15
V = 0,0583 L V = 58,3 mL
5º exemplo: Rendimento
n = 14000 mol
Massa de Fe2O3
16
Rendimento de 90 % = 0,9 X 0,56 = 0,504 t
n = 1030,44 mol
V = n.R.T / P
2-Exercícios propostos
17
Quantos gramas de H2 podem ser produzidos por uma carga de 50g de CaH2?
R- 4,8 g de H2
2- Que quantidade de KClO3 deve ser aquecida para se obter 3,50 kg de gás
oxigênio (O2) ?
2 KClO3 2 KCl + 3 O2
R- 8,94 Kg
R- 50 mL
R- 96 g
R- 97,2%
18
C2H2(g) + 5/2 O2 2 CO2(g) + H2O
R – 17,92 kL
7 – Calcular o volume de Cl2(g) a 25°C e 1 atm de pressão necessário para
reagir com 1900g de CS2.
R – 1832,7 L
8 – Calcular o volume de ar a 325°C e 2,5 atm de pressão necessário para
queimar completamente 2 kg de gás metano(CH4).
R- 1751,56 L
R- 60233,5 L
19
11 – 5 litros de gás etano, C2H6, submetido a temperatura de 27°C e 1atm de
pressão sofre combustão completa. Calcular o volume de O2 necessário nestas
condições para a queima completa do C2H6.
R- 17,5 L
R- 105,39 L
(A) 6
(B) 16 X
C) 26
20
(D) 36
(E) 46
(B) 5
(C) 6
(D) 7
(E) 8 x
A) 0,16.
B) 0,20.
C) 0,28.
D) 0,36. X
21
E) 0,50.
(A) 1.600
(B) 7.400
(C) 9.800
(D) 15.600
(E) 96.000 X
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Unidade III
SOLUÇÕES
Soluções moleculares
Quando o soluto for de natureza molecular. Neste caso, as partículas
dissolvidas são as moléculas.
Exemplo: solução aquosa de sacarose. As partículas dissolvidas são as
moléculas de sacarose, C12H22O11.
Nº de partículas dissolvidas (P) = Nº de moléculas (N)
P=N
Soluções iônicas
Quando o soluto for um composto iônico ou que se ionize em solução. As
partículas dissolvidas são os íons.
Exemplo: solução aquosa de NaCl. As partículas dissolvidas são os íons Na+ e
Cl- . No processo da dissolução ocorre uma dissociação conforme a equação
NaCl Na+ + Cl-
Neste caso, o nº de partículas dissolvidas é dado pela equação:
P = N.i
23
Em que “i” é um fator de correção denominado coeficiente de Van’Hoff. Este
coeficiente é função do nº de íons por fórmula(q) e do grau de dissociação e ou
ionização do soluto(α)
i = 1 + α (q – 1)
No caso de uma solução de NaCl, q é igual a 2 e α é igual a 1( 100%
dissociado). Portanto, o fator de correção i pode ser determinado substituindo-
se os valores q = 2 e α = 1na expressão acima
i = 1 + 1 (2 – 1) i=2
Soluções sólidas
Quando o solvente for sólido. O soluto pode se encontrar em qualquer estado
físico.
Soluções líquidas
Quando o solvente for líquido. As soluções líquidas são as mais comuns.
O soluto pode ser sólido, líquido ou gás.
Soluções gasosas
Quando o solvente for um gás. As misturas gasosas são sempre homogêneas,
e portanto, soluções.
Soluções saturadas
São soluções em que a quantidade de soluto dissolvida é máxima em uma
certa quantidade de solvente, ou seja, são aquelas que atingem o limite
máximo de solubilidade a uma dada temperatura.
A solubilidade do NaCl é 36,5 g por 100g de água à temperatura de 20ºC.
24
1- Soluções diluídas
São soluções em que a quantidade do soluto é pequena em relação a
quantidade do solvente.
2 - Soluções concentradas
São soluções em que a quantidade do soluto é relativamente grande em
relação à quantidade do solvente.
Coeficiente de solubilidade
È a quantidade máxima de um soluto que pode ser dissolvida numa certa
quantidade de solvente a uma determinada temperatura, geralmente expressa
em gramas de soluto por 100 gramas de solvente.
R- 945 g
R- 300 g
25
quantidade de solvente? Qual a % em massa do NaNO3 numa solução
saturada?
R- 1 g ; 37,50 %
26
Assim , uma solução à 15 % m/v apresenta 15 g de soluto dissolvidos em 100 g
de solução.
15 g do soluto ----------- 100 mL de solução
Exemplo:
Que volume de solução de NaCl a 0,9 % m/v contém 3,6 g deste soluto?
0,9 g do soluto ----------- 100 mL de solução
3,6 g do soluto ------------ V mL de solução
V = 400 mL
Exemplo:
10 g de soda cáustica(NaOH) foram dissolvidos em 100 g de água. Determinar
a % em massa da solução.
Massa de soluto = 10g (NaOH)
Massa de solvente = 100 g (água)
Massa da solução = massa do soluto + massa do solvente = 10+100 = 110 g
10 g do soluto ------- 110 g de solução
x g do soluto ---------100 g de solução
x = 9,09 % m/m
27
C = m (g) / V(L)
Exemplo:
Dissolve-se 25 g de nitrato de potássio, KNO3, em água suficiente para 200 ml
de solução num balão volumétrico. Determinar a concentração comum em g /
L.
C = 125 g / L
Exemplo:
Dissolve-se 17,1g de sacarose(C12H22O11) em água suficiente para 250 ml de
solução. Calcular a molaridade da solução.
M = 0,2 mol.L-1
5º) Molalidade ( M )
Indica o nº de mol do soluto em 1 kg de solvente. Assim, uma solução 1 molal
de sacarose, C12H22O11 , contém 1 mol de sacarose dissolvida em 1000 g de
28
água. Como 1 mol de sacarose corresponde a 342 g desta substância, esta é a
massa dissolvida em 1000 g de água
Exemplo:
Calcular a molalidade de uma solução de glicose, C6H12O6, cuja percentagem
em massa é 36 % .
Massa molar de C6H12O6 = 180 g/mol
36 % de glicose corresponde a 36 g de glicose dissolvida em 100g de solução
Então, a massa de água é igual a 64 g
36 g de C6H12O6 ----------------64g de água
Como o nº de mol de C6H12O6 = 36 / 180 = 0,2 mol
Tem –se que:
n ---------------------------------1000 g de água
n = 3,125 mol
M = 3,125 molal
M = 3,125 molal
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Diluição de soluções
Normalmente a diluição de uma solução é realizada através de um aumento
do solvente. Considerando-se uma solução concentrada, c, cujos parâmetros
são:
Mc ------molaridade da solução concentrada
Vc ------volume da solução concentrada
nc -------nº de mol do soluto na solução concentrada
c { Mc , Vc e nc
d { Md , Vd e nd
c { Mc , Vc e nc + Vsolvente d { Md , Vd e nd
Como a molaridade é :
M = n / V então,
Para a solução concentrada Mc = nc / Vc e,
Para a solução diluída Md = nd / Vd
Mas, como o nº de mol do soluto não varia com a adição de solvente,
nc = nd
concluímos que:
Mc .Vc = Md .Vd
Exemplo:
50 mL de um ácido 0,1 mol/L são diluídos com 150 ml de água destilada.
Calcular a molaridade da solução final.
30
Vd = Vc + Vágua = 50 mL + 150 mL = 200 mL
Md = Mc .Vc / Vd
Md = 0,1 . 50 / 200
Md = 0,025 mol / L
Exemplo:
5,3 g de carbonato de sódio puro, Na2CO3, foram dissolvidos em 250 mL de
uma solução 0,8 mol.L-1 deste soluto. Admitindo-se que não haja variação de
volume, determinar a molaridade da solução final.
31
m = M X MM X V(L) MM do Na2CO3 = 106 g / mol
m = 21,2 g
Adicionando-se 5,3 g de Na2CO3 aos 250 mL da solução inicial, e admitindo-se
que o volume final seja, também, 250 mL, a molaridade da solução final pode
ser determinada como mostramos a seguir:
M1 V1 + M2 V2 = Mf Vf
Exercícios propostos
1) Dissolve-se 4,2 g de bicarbonato de sódio, NaHCO3, em água suficiente
para 250 mL de solução. Calcular a % m/v e a molaridade. Na = 23 C = 12
32
2) Uma solução de nitrato de potássio, KNO3, apresenta concentração igual a
202 g.L-1. Calcular a % m/v e a molaridade da solução. K = 39 N = 14
R- 0,04 mol
33
R- 0,5 mol / L
R- 35 mL
R- 0,42 mL
(B) 98
(C) 110 X
(D) 196
(E) 200
34
(D) todos os sólidos têm sua solubilidade aumentada pela elevação da
temperatura.
(E) o processo exotérmico de dissolução favorece o aumento da solubilidade
com a temperatura.
(B) 3,36
(C) 0,43
(D) 1,0
(E) 7,33 X
(B) 102
(C) 103
(D) 104 X
(E) 105
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Unidade IV
FUNÇÕES INORGÂNICAS
ÓXIDOS
São compostos binários que apresentam o elemento oxigênio ligado a um outro
elemento.
Formula geral: Ex Oy
I – Anidridos
São óxidos geradores de ácidos.
36
OSO - menor número de oxidação
ICO - maior número de oxidação
Exemplos:
S+4O2 - anidrido sulfuroso
S+6O3 - anidrido sulfúrico
P4+3O6 - anidrido fosforoso
P4+5O10 - anidrido fosfórico
N2+3O3 - anidrido nitroso
N2+5O5 - anidrido nítrico
37
anidrido hipocloroso ácido hipocloroso
38
Cℓ2+7O7 + Ba(OH)2 → Ba(ClO4)2 + H2O
anidrido perclórico perclorato de bário
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ÓXIDO + NOME DO ELEMENTO + OSO - MENOR NÚMERO DE
ÓXIDAÇÂO
ICO - MAIOR NÚMERO DE
ÓXIDAÇÂO
Fé+2O-2 - óxido ferroso
Fe2+3O3-2 - óxido férrico
Cu2+1 O-2 - óxido cuproso
Cu+2O-2 - óxido cúprico
Propriedades
1ª) Reação com a água.
40
Fe2+3O3-2 - óxido férrico
Cr2+3O3-2 - óxido crômico
Al2+3O3-2 - óxido de alumínio
Mn+4O2-2 - dióxido de manganês
IV - Óxido Salinos
São óxidos que apresentam a fórmula geral M3O4.
Formam óxidos salinos, os elementos ferro, cobalto, manganês e chumbo.
Fe3O4 - óxido salino de ferro
Co3O4 - óxido salino de cobalto
Mn3O4 - óxido salino de manganês
Pb3O4 - óxido salino de chumbo
V – Peróxidos
São óxidos que apresentam o íon peróxido cuja estrutura é : ( O-O )-2. Neste
íon, o oxigênio apresenta nº de oxidação -1
O mais importante é o peróxido de hidrogênio (H2O2).
H-O-O-H
A solução aquosa deste peróxido é conhecida comercialmente por água
oxigenada.
Outros exemplos:
Na2O2 - peróxido de sódio
K2O2 - peróxido de potássio
41
CaO2 - peróxido de cálcio
BaO2 - peróxido de bário
VI – Óxidos Neutros
São óxidos que não reagem com os óxidos nem com as bases.
São apenas quatro.
CO - monóxido de carbono
H2O - água
N2+1O-2 - óxido nitroso
+2 -2
N O - óxido nítrico
ÁCIDOS
H . A
KA
HA
Os ácidos se classificam em :
1º) quanto a presença de oxigênio na molécula.
a) Oxiácidos.
Possuem oxigênio na molécula. H2SO3 ; HNO3 ; HNO2 ; HCℓO2 e H2SO4
Nomenclatura dos oxiácidos .
Dá-se a palavra ácido + nome do elemento + ico, quando o elemento
forma apenas um ácido.
H2CO3 - ácido carbônico.
42
Quando o elemento forma dois ácidos utiliza-se os sufixo “OSO” e “ICO”
correspondendo, respectivamente, a um menor e maior número de oxidação do
elemento central.
H2S+4O3 - ácido sulfuroso
H2S+6O4 - ácido sulfúrico
HN+3O2 - ácido nitroso
HN+5O3 - ácido nítrico
No caso do elemento formar mais de dois oxiácidos, podem-se utilizar os
prefixos “HIPO” e “PER” como nos exemplos a seguir.
HCℓ+1O - ácido hipocloroso
HCℓ+3O2 - ácido cloroso
HCℓ+5O3 - ácido clórico
HCℓ+7O4 - ácido perclórico
HBr+1O - ácido hipobromoso
HBr+3O2 - ácido bromoso
HBr+5O3 - ácido brômico
HI+1O - ácido hipoiodoso
HI+5O3 - ácido iódico
HI+7O4 - ácido periódico
b) Hidrácidos
Não possuem, oxigênio na molécula. A nomenclatura receberá o sufixo
“IDRICO” ao nome do elemento (raiz do nome latino).
Ácido + Nome do elemento + IDRICO
H F - ácido fluorídrico
HCℓ - ácido clorídrico
HBr - ácido bromídrico
HI - ácido iodidrico
H2S - ácido sulfidrico
HCN - ácido cianídrico
43
Apresentam apenas um hidrogênio ionizável. A equação de ionização é dada a
seguir:
HA ↔ H+ + A-
Exemplos:
HCℓ ; HNO2 ; HC2H3O2
HCℓ ↔ H+ + Cℓ-
ácido clorídrico anion cloreto
H NO2 ↔ H+ + NO2-
ácido nitroso anion nitrito
HC2H3O2 ↔ H+ + C2H3O2-
ácido acético anion acetato
b) Diácidos.
Apresentam dois hidrogênios ionizáveis. São duas etapas de ionização.
H2A ↔ H+ + HA-
HA- ↔ H+ + A-2
Exemplos:
H2S ↔ H+ + HS-1
ácido sulfuroso hidrogenossulfeto
HS- ↔ H+ + S-2
Sulfeto
H2SO4 ↔ H+ + HSO4-1
ácido sulfúrico hidrogenossulfato
HSO4- ↔ H+ + SO4-2
Sulfato
c) Triácidos.
Apresentam três hidrogênios ionizáveis. São três etapas de ionização
H3A ↔ H+ + H2A-1
H2A- ↔ H+ + HA-2
44
H2A-2 ↔ H+ + A-3
Exemplo:
H3PO4 ↔ H+ + H2PO4-1
ácido fosfórico dihidrogenofosfato
H2PO4-1 ↔ H+ + HPO4-2
monohidrogenofosfato
HPO4-2 ↔ H+ + PO4-3
fosfato
c) Quanto à força
Ácidos fortes se encontram fortemente ionizados e os ácidos fracos,
fracamente ionizados. A força de um ácido é determinada em função da sua
constante de ionização, KA. Os ácidos fortes apresentam constante de
ionização elevada e os ácidos fracos por estarem pouco ionizados, apresentam
valores de KA baixos. O quadro abaixo, mostra os valores de KA que servem de
referência para estabelecer a força de um ácido. A força de um ácido, também,
pode ser determinada em função do seu grau de ionização, , em uma solução
do ácido de concentração igual a 0,1 mol.L-1.
Ácido ----------------------- constante de ionização (KA)
45
Ácido fluorídrico HF 6,5 X 10-4
Ácido nitroso HNO2 4,5 X 10-4
Ácido fórmico HCHO2 1,8 X 10-4
Ácido acético HC2H3O2 1,8 X 10-5
Ácido hipocloroso HClO 3,1 X 10-8
Ácido cianídrico HCN 4,9 X 10-10
Exemplos:
Li OH hidróxido de lítio
NaOH hidróxido de sódio
KOH hidróxido de potássio
CsOH hidróxido de césio
RbOH hidróxido de rubídio
M(OH)2 → M+ + 2 OH-
Exemplos:
Ca(OH)2 → Ca+2 + 2 OH-
46
Ca(OH)2 hidróxido de cálcio
Sr(OH)2 hidróxido de estrôncio
Ba(OH)2 hidróxido de bário
IV- Sais
Sais são compostos resultantes da reação de neutralização total ou parcial de
um ácido por uma base.
Neutralização total
HCℓ + NaOH → Na+ Cℓ- + H2O
Cloreto de sódio
47
K+NO3- - nitrato de potássio
Na2SO3 - sulfito de sódio
NaHSO3 - hidrogenossulfito de sódio
Na2+2SO4 - sulfato de sódio
NaHSO4 - hidrogenossulfato de sódio
Mg+2S-2 - sulfeto de magnésio
Mg+2 (HS)2-1 - hidrogenossulfeto de magnésio
Ca+2(HCO3)2-1 - hidrogenocarbonato de cálcio
Ca+2CO3-2 - carbonato de cálcio
K3 +1PO4-3 - fosfato de potássio
+1
K H2PO4-1 - dihidrogenofosfato
K2+1HPO4-2 - monohidrogenofosfato
LiCl - cloreto de lítio
BaCl2 - cloreto de bário
AlCl3 - cloreto de alumínio
KCN - cianeto de potássio
NaC2H3O2 - acetato de sódio
CaBr2 - brometo de cálcio
KF - fluoreto de potássio
Mg(ClO3)2 - clorato de magnésio
NaClO - hipoclorito de sódio
Ba(ClO4)2 - perclorato de bário
KBrO3 - bromato de potássio
NaI - iodeto de sódio
K2CrO4 - cromato de potássio
K2Cr2O7 - dicromato de potássio
48
Unidade V
OXIDAÇÃO - REDUÇÃO
OXIDAÇÃO.
Significa perda de elétrons ou aumento do número de oxidação de um átomo
ou íon.
REDUÇÂO.
Ao contrário de oxidação, redução significa ganho de elétrons ou diminuição do
número de oxidação de um átomo ou íon.
O número de oxidação representa a carga real ou aparente de um átomo.
Os números de oxidação normalmente variam desde -4 até +7.
→ oxidação
0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7
-4 -3 -2 -1
← redução
REAÇÃO DE OXI-REDUÇÃO
Uma reação é de oxi-redução quando ocorre uma variação no número de
oxidação dos elementos.
Por exemplo, a reação entre zinco metálico e sulfato de cobre, CuSo4, pode ser
expressa pela equação.
49
Por outro lado, o íon Cu+2 sofreu redução passando para Cu0(s)
Como o número de elétrons perdidos tem que ser igual ao número de elétrons
ganhos multiplica-se as semi-reação de oxidação por 2 e a de redução por 3 e
soma-se estas semi-reações para se achar a reação global.
2 Cr(s)0 - 6e- → 2 Cr+3
3 Ni+2 + 6e- → 3 Ni(s)0
____________________________________________________
50
red: N+5 + 3 e-1 → N+2
Ajustando-se os elétrons
Cℓ0 - 5 e- → Cℓ+5
5 Cℓ0 + 5 e- → Cℓ-1
51
Balanceando a equação global a partir dos dados acima, temos que:
Redução parcial
Cu0 + H+1N+5O3-2 → Cu+2(N+5O3-2)2 + N+2O-2 + H2O
Como observamos, nem todo o nitrogênio sofre redução.
oxidação: Cu0 - 2 e- → Cu+2
redução: N+5 + 3 e- → N+2
Ajustando-se os elétrons
3 Cu0 - 6 e- → 3 Cu+2
2 N+5 + 6 e- → 2 N+2
________________________________
3 Cu0 + 2 N+5 → 3 Cu+2 + 2 N+2
Balanceando os elementos que variaram de nº de oxidação, tem-se que:
3 Cu0 + 2 H+1N+5O3-2 → 3 Cu+2(N+5O3-2)2 + 2 N+2O-2 +
H2O
Observa-se que o nitrogênio balanceado é somente o que variou de nº de
oxidação.
Em seguida, procede-se ao balanceamento final pelo processo das tentativas.
52
Oxidação parcial
K+1Mn+7O4-2 + H+1Cl-1 → K+1 Cl-1 + Mn+2Cl2-1 + H2O +
Cl20
Como observamos, nem todo o cloro sofre oxidação.
Ajustando-se os elétrons
10 Cl-1 - 10 e- → 5 Cl20
2 Mn+7 + 10 e- → 2 Mn+2
____________________________________________
10 Cl-1 + 2 Mn+7 → 2 Mn+2 + 10 Cl20
Balanceando a equação global a partir da reação redoxi acima, podemos
escrever:
Exercício:
Faça o balanceamento pelo método de oxi-redução das equações abaixo:
53
6) KMnO4 + H2SO4 + H2C2O4 MnSO4 + K2SO4 + H2O +
CO2
54
Equilíbrio Químico
Nesta unidade estudaremos os sistemas químicos reversíveis.
Uma reação química é reversível quando ela se processa nos dois sentidos da
equação levando a um equilíbrio dinâmico. Existem dois tipos de equilíbrio
químico. Quando o equilíbrio apresenta todas as substâncias no mesmo estado
físico, denomina-se equilíbrio homogêneo e quando uma delas encontra-se
num estado físico diferente, é chamado de equilíbrio heterogêneo.
1- Equilíbrio Químico Homogêneo
Para exemplificar este caso, vamos considerar um sistema em que todas as
substâncias participantes se encontram no estado gasoso. Assim , podemos
considerar a reação química entre os gases A e B formando os produtos
também, gasosos C e D
A equação da reação pode ser expressa conforme descrita abaixo, em que a,
b, c e d são os coeficientes de balanceamento desta equação genérica.
1
aA + bB cC + dD
2
v1 v2
Admitindo-se que as velocidades das reações direta e inversa são funções das
concentrações das substâncias e podem ser expressas pelas equações 1 e 2
a b c d
v 1 k 1 A .B (1) v2 k2 C .D (2)
Então, igualando-se as equações 1e 2 temos que:
55
a b c d
k1A .B k2C .D
Rearranjando,
k1 C .D
c d
k 2 Aa .B b
e, como a relação entre constantes, ,também é uma constante, tem-se que,
Kc
C .D
c d
Aa .B b
em que,Kc , representa a constante de equilíbrio em função das concentrações
molares de reagentes e produtos. A partir do instante em que o sistema entra
em equilíbrio, as concentrações molares dos reagentes e produtos , numa
mesma temperatura não mais variam e coexistirão num equilíbrio dinâmico.
Para ilustrar o exposto acima, vamos considerar os equilíbrios químicos abaixo
e as suas expressões das constantes de equilíbrio ,Kc :
2
NH 3
Kc 3
N2 .H2
2
NO 2
Kc
N 2O 4
COCl 2
Kc
CO . Cl 2
56
IV) 2 NO(g) + Br2(g) 2 NOBr(g)
2
NOBr
Kc 2
NO . Br2
2
PNH
1) Kp 3
PN .PH32
2
2
PNO
2)
Kp 2
PN 2O 4
2
PNH
Kp 3
3) PN .PH32
2
2
PNOBr
4) Kp
PNO .PBr2
Relação entre Kc e Kp
Supondo-se o equilíbrio químico abaixo
57
caso ele ocupasse sozinho todo o volume da mistura gasosa, podemos
escrever a equação da pressão parcial de gás :
PA = nART / V PC = nCRT / V
PB = nBRT / V PD = nDRT / V
nA / V = PA / RT nC / V = PC / RT
nB / V = PB / RT nD / V = PD / RT
| A | = PA / RT | C | = PC / RT
| B | = PB / RT | D | = PD / RT
Kc
C .D
c d
Aa .Bb
P c /( RT ) c .P d /( RT ) d
Kc a
P ( RT ) a .P b /( RT ) b
P c .P d /( RT ) c d
Portanto, Kc
P a .P b /( RT ) a b
58
PCc .PDd
K c a b .( RT ) ( a b ) ( c d )
PA .PB
mas como, n (c d ) (a b) e
PCc .PDd
Kp a b
PA .PB
vem que:
Kc K p.(RT)n ou Kp Kc.(RT)n
Assim em relação aos equilíbrios químicos anteriores,I, II, III e IV, podemos
estabelecer as seguintes relações entre Kc e Kp
I - n (c d ) (a b) n (2) (1 3) 2
Kp Kc.(RT)n Kp Kc.(RT)2
Kp Kc.(RT)n Kp Kc.(RT)1
Kp Kc.(RT)n Kp Kc.(RT)1
IV - n (c d ) (a b) n (1 2) (2) 1
59
Kp Kc.(RT)n Kp Kc.(RT)
Exemplo 1
Num recipiente colocou-se uma certa quantidade de PCl5 a uma determinada
temperatura. Ao ser atingido o equilíbrio, PCl5(g) PCl3(g) + Cl2(g)
constatou-se as seguintes concentrações das espécies gasosas encontradas.
| PCl5| = o, 348 mol.L-1
| PCl3| = o, 250 mol.L-1
| Cl2 | = o, 250 mol.L-1
Calcular Kc
Kc = 0, 250 X 0,250 / 0,348
Kc = 1,80 X 10-1
Exemplo 2
Determinar, Kc, para o equilíbrio numa dada temperatura
60
Determinação da constante de equilíbrio em função das
pressões parciais em equilíbrio.
Exemplo 1
O iodeto de hidrogênio gasoso é colocado num recipiente fechado a 425ºC,
onde se decompõe parcialmente em hidrogênio e iodo:
2 HI(g) H2(g) + I2(g)
No equilíbrio encontra-se que PHI = 0202 atm, PH2 = 0,0274 atm e PI2 = 0,0274
atm. Calcular o valor de Kp e Kc para essa temperatura.
Kp =2,02 X 10-1
n (2) (1 1) 0
Kp = Kc = 2,02 X 10-1
Exemplo 2
A 500 K o seguinte equilíbrio é estabelecido:
2 NO(G) + Cl2(g) 2 NOCl(g)
Uma mistura em equilíbrio dos três gases tem pressões parciais de 0,095 atm,
0,171 atm e 0,28 atm para o NO(G), Cl2(g) e NOCl(g), respectivamente. Calcular
Kp e Kc
Kp = (PNOCl)2 / (PNO)2 X PCl2
Kp = (0,28)2 / (0,095)2 X 0,171
Kp = 5,08 X 10
n (2) (2 1) 1
Kc K p.(RT)n
Kc = 50,8 (0,082 X 500)-(-1)
Kc = 2,08 X 103
61
Determinação das concentrações e das pressões parciais em
equilíbrio a partir da constante de equilíbrio.
Exemplo 1
A 100 ºC, Kp = 2,39 para a seguinte reação:
SO2Cl2(g) SO2(g) + Cl2(g)
Em u ma mistura em equilíbrio dos três gases as pressões parciais de SO2Cl2(g)
e SO2(g) são 3,31 atm e 1,59 atm, respectivamente. Qual é a pressão parcial de
Cl2 na mistura em equilíbrio?
PSO2Cl2 = 3,31 atm PSO2 = 1,59 atm
Kp = PSO2 X PCl2 / PSO2Cl2
PCl2 = PSO2Cl2 X Kp / PSO2
PCl2 = 3,31 X 2,39 / 1,59
PCl2 = 4,98 atm
Exemplo 2
A 2000 ºC a constante de equilíbrio para a reação
2 NO(g) N2(g) + O2(g) é Kp = 2,4 X 103
Introduz-se uma determinada quantidade de NO num reator e após ser
estabelecido o equilíbrio, a pressão parcial deste gás é 10 atm. Quais são as
pressões parciais de N2 e O2 ?
A pressão parcial do N2 é igual a do O2 PN2 = PO2
2
Kp = PN2 X PO2 / (PNO)
2,4 X 103 = (PN2)2 / 102
PN2 = 2,4 X 103 X 102
PN2 = 4,90 X 102 atm
Exemplo 3
A 25 ºC, Kp = 7,04 X 10-2 para a reação
2 NO2(g) N2O4(g)
No equilíbrio, a pressão parcial do NO2 num recipiente é de 15 kPa. Qual a
pressão parcial do N2O4 na mistura?
62
PN 2O 4
Kp 2
PNO 2
PNO2 = 15 kPa
7,04 X 10-2 = PN2O4 / (15)2
PN2O4 = 7,04 X 10-2 X (15)2 = 15,8 kPa
Exemplo 4
A 500 ºC, a constante de equilíbrio, Kc , para a reação de produção de amônia,
N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g)
é igual a 6,0 X 10-2. Se, em um reator a esta temperatura, há 0,250 mol.L-1 de
H2 e 0,050 mol.L-1 de NH3 presentes no equilíbrio, qual é a concentração de
N2?
Kc = 6,0 X 10-2
Exemplo 5
A 460 ºC, a reação
SO2(g) + NO2(g) SO3(g) + NO(g)
possui Kc = 85,0 . Se,1 mol de SO2 e 1 mol de NO2 forem introduzidos num
reator de capacidade igual a 1,0 litro nesta temperatura, quais as
concentrações em mol.L-1 de todos os gases quando o equilíbrio for atingido?
Neste tipo de exercício, podemos construir uma tabela, que servirá como
modelo na resolução de problemas semelhantes.
SO2(g) + NO2(g) SO3(g) + NO(g)
Inicial 1 1 - -
Variação x x x x
Equilíbrio 1-x 1-x x x
63
A primeira linha da tabela corresponde ás concentrações iniciais. No início, não
existem produtos.
A segunda linha corresponde às quantidades que reagiram e se formaram até
o equilíbrio ser estabelecido. Observe, sempre, a estequiometria da reação
A terceira linha corresponde às concentrações em equilíbrio.
A expressão da constante de equilíbrio é:
Kc = [SO3] . [NO] / [SO2] . [NO2]
Kc = x . x / (1-x) . (1-x)
Kc = x2 / (1-x)2
85,0 = x2 / (1-x)2
Poderíamos resolver essa equação quadrática em x, mas, neste caso, é mais
indicada a resolução, extraindo-se as raízes quadradas nos dois membros da
equação, o que nos conduz a equação
9,22 = x / (1-x)
Resolvendo essa equação para x , obtém-se x= 0,902 e, portanto, 1-x= 0,098
Assim ,no equilíbrio, as concentrações são:
[SO2] = [NO2] = 0,098 mol.L-1
[SO3] = [NO] = 0,902 mol.L-1
Exemplo 6
Para o equilíbrio, Br2(g) + Cl2(g) 2 BrCl(g)
a 400 K, Kc = 7,0 . Se 0,30 mol de Br2 e 0,30 mol de Cl2 são introduzidos em
um recipiente de 1,0 L a 400K, qual será a pressão parcial de BrCl no
equilíbrio?
Este problema pode ser resolvido da mesma forma que o anterior e
determinando-se, por fim, a pressão parcial de BrCl no equilíbrio.
As concentrações no início de Br2 e de Cl2, são:
[Br2] = 0,30 mol.L-1
[cl2] = 0,30 mol.L-1
A concentração inicial do BrCl é zero
64
Br2(g) + Cl2(g) 2 BrCl(g)
Exemplo 7
Para o equilíbrio, COCl2(g) CO(g) + Cl2(g)
a 395 ºC, Kp =5,0 . Se COCl2 for introduzido em um recipiente com uma
pressão de 2 kPa nesta temperatura, quais serão as pressões parciais dos
gases no equilíbrio?
Este problema pode ser resolvido da mesma forma que o anterior e
determinando-se, por fim, a pressões parciais no equilíbrio.
A pressão parcial inicial de COCl2 = 2 kPa
As pressões parciais de CO(g) e Cl2(g) no início são iguais a zero
65
COCl2(g) CO(g) + Cl2(g)
Inicial 2 - -
Variação x x x
Equilíbrio 2-x x x
Exemplo 1
1 mol de H2(g) e 1 mol de CO2(g) são colocados num reator de capacidade igual
a 1 litro numa determinada temperatura e deixados reagir. Ao ser atingido o
equilíbrio constatou-se a presença de 0,4 mol de CO(g). Determinar Kc para o
equilíbrio.
H2(g) + CO2(g) CO(g) + H2O(g)
As concentrações iniciais H2(g) e CO2(g) são iguais a 1 mol.L-1 e a concentração
final de CO(g) é igual a 0,4 molL-1. Portanto, para resolver este problema, o
preenchimento do quadro abaixo, facilita a resolução.
H2(g) + CO2(g) CO(g) + H2O(g)
66
Kc = 0,4] . 0,4 / 0,6 . 0,6
Kc = 0,44
Exemplo 2
4 mol de PCl5 foram introduzidos num reator de capacidade igual a 5 litros e
aquecidos a uma determinada temperatura. Ao ser atingido o equilíbrio,
constatou-se que o PCl5 se encontrava 40 % dissociado em PCl3(g) e Cl2(g).
Calcular Kc .
A concentração inicial do PCl5 é igual a 4/5 mol.L-1 ou seja, 0,8 mol.L-1
Sabendo que 40 % do PCl5 se dissociou, a concentração de PCl5 dissociada é
0,4 x 0,8 mol.L-1 que é igual a 0,32 mol.L-1
Novamente , o preenchimento do quadro facilita a resolução.
PCl5(g) PCl3(g) + Cl2(g)
Exemplo 3
Numa determinada temperatura o HI gasoso se encontra 20% dissociado em
H2 e I2. Determinar Kc para o equilíbrio.
Para este tipo de equilíbrio, mesmo não sendo dadas as concentrações iniciais
ou finais, Kc, pode ser determinado conforme mostraremos a seguir:
A concentração inicial de HI pode ser considerada igual a x, e portanto, a
parcela dissociada é 20% de x, ou seja 0,2x.
Num equilíbrio em que o nº de mol de reagentes é igual ao nº de mol de
produtos, como neste exemplo, em que para cada 2 mol de HI formam-se 2
mol de produtos ( 1 mol de H2 e 1 mol de I2 ), Kc, não dependerá das
concentrações iniciais ou finais
67
2 HI(g) H2(g) + I2(g)
Inicial x - -
Variação 0,2 x 0,1 x 0,1 x
Equilíbrio 0,8 x 0,1 x 0,1 x
2º) Temperatura
Quando se aumenta a temperatura de um sistema em equilíbrio, o equilíbrio se
desloca no sentido da reação endotérmica, ou seja, que absorve calor.
O exemplo abaixo ilustra este fator.
N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g) + 92,0 kJ
A reação direta é exotérmica e a inversa é endotérrmica.
68
Se aumentarmos a temperatura, o equilíbrio se desloca para a esquerda, no
sentido da reação endotérmica.
3º) Pressão
Quando se aumenta a pressão total de um equilíbrio químico, o equilíbrio se
desloca no sentido da reação que se processa com diminuição do n° de mol.
Para o equilíbrio abaixo,
N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g),
se aumentarmos a pressão total o equilíbrio se desloca no sentido direto ou
seja, no sentido da reação direta( diminuição do nº de mol ).
A produção de NH3 por este processo deve ocorrer em pressões elevadas.
Em relações as pressões parciais, o aumento ou diminuição causará um
deslocamento igual ao provocado pela variação da concentração.
69
ELETROQUÍMICA
3- Determine a ddp das pilhas de concentração abaixo, indicando em que meias células
ocorrem oxidação e redução.
a) Cr(s)º / Cr+3 0,001 M // Cr(s)º / Cr+3 0,1M
b) Mn(s)º / Mn+2 0,005 M // Mn(s)º / Mn+2 0,5 M
9- Uma reação de célula voltaica tem uma força eletromotriz padrão de 0,17 V. A
constante de equilíbrio para a reação da célula é 5,5 X 105. Qual o valor de n para a
reação da célula?
70
10- Considere a célula voltaica que utiliza a seguinte reação, Fe(s)º + Cu+2
Fe+2 + Cu(s)º em condições padrão:
a) qual a força eletromotriz da célula?
b) quando se dilui 10 vezes a solução do catodo, qual a força eletromotriz da célula?
11- Uma tensão de 1,09 V a 25ºC foi obtida para a seguinte célula: Sn(s)º / Sn+2 //
Ag+1 0,5 M / Ag(s)º .
Qual a concentração molar Sn+2 nesta célula?
Tabela de potenciais
H20(g) - 2e 2 H+ 1 Eºoxi = 0
71
2 I-1 - 2e- I20 Eºoxi = - 0,54
72