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AVE MARIA
(1ª parte)
(2ª parte)
INTRODUÇÃO:
"E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe
disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também
João ensinou aos seus discípulos. E ele lhes disse: Quando orardes, dizei:
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu
reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu. Dá-nos cada
dia o nosso pão cotidiano; e perdoa-nos os nossos pecados, pois também
nós perdoamos a qualquer que nos deve, e não nos conduzas em tentação,
mas livra-nos do mal". (Lucas 1:1-4) [grifos meus]
Vemos que a oração deve ser dirigida ao Pai, em nome do Filho, pois não
temos nenhuma “mãe” no céu.
Maria não é nossa “mãe no céu” e a única “Rainha dos Céus” à qual a Bíblia
faz referências é um terrível ídolo, conforme lemos em: Jeremias 7:18; 44:17;
Salmos 21:13; 47:9; 57:5; Filipenses 2:9-10; Apocalipse 5:12, dentre outros.
Na Palavra de Deus, lemos ainda uma clara exortação para não orarmos da maneira
errada, pois Deus não ouve este tipo de oração:
“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que
por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles;
porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes”.
(Mateus 6:7-8)
Importante lembrarmos que Deus não é surdo e sabe o que precisamos antes
de pedirmos qualquer coisa a Ele e, portanto, condena as vãs repetições e orações
decoradas como as novenas, terços, rosários, etc.
Está escrito que não devemos ficar repetindo orações a Deus (como os hindus
em seus mantras) e nem a própria oração que ficou conhecida como “Pai nosso” (A
Oração do Senhor) deve ser repetida, haja vista que esta foi apenas uma
forma/maneira de se dirigir a Deus, ensinada por Jesus Cristo e não algo que
deveria ser repetido, ipsis litteris, (como uma fórmula mágica) para recebermos o
favor de Deus.
A própria “The Catholic Encyclopedia” diz: “Não existe qualquer traço da Ave
Maria como uma fórmula devocional aceita antes de em torno de 1050”. [retirado
do Livro: Babilônia: a Religião dos Mistérios, de Ralph Woodrow].
Aí pergunto: se Maria é uma divindade, por que durante 1050 anos
ela foi “esquecida” pelos cristãos?
ANÁLISE BÍBLICA:
Agora, analisemos cada frase dessa oração católica conhecida como “Ave
Maria”, lembrando-nos que a 1ª parte da oração é baseada na Bíblia, mas a 2ª parte
foi inserida pela própria igreja católica, conforme vemos na afirmação de um site
católico (universo católico): “A segunda parte da Ave Maria foi um grito de socorro
dos fiéis pela mãe, ainda quando a Igreja nascia e muitos ficavam a esperar o
momento de suas mortes”.
Tendo em vista que a igreja católica surgiu em meados do 3º ou 4º séculos, com o
imperador Constantino (que reuniu o paganismo com o Cristianismo), creio que
esses “muitos fiéis” aos quais se refere o site católico deviam ser católicos, e
pediam socorro à “mãe” (deles) e faziam essa oração.
Porém, isto não tem nenhuma fundamentação bíblica e, portanto, tais “fiéis” (se de
fato existiram e assim o fizeram) estavam desesperados e completamente iludidos
por essa igreja! Infelizmente, clamaram em vão!
Se, pelo menos eles tivessem acesso à Bíblia (que era proibida aos leigos)
saberiam que bastava terem clamado ao Senhor:
Pobres almas!
1ª PARTE:
“E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é
contigo; bendita és tu entre as mulheres”. (Lucas 1:28)
Tanto ela também era pecadora e carecia de salvação que, em seu cântico
conhecido pelos católicos como Magnificat, ela diz:
Só Jesus Cristo nasceu imaculado (e Adão e Eva antes de pecarem), pois Ele é Deus
encarnado. Maria não é Deus e, portanto, é um criatura e careceu de um Salvador.
“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade
da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem,
cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria”.
(Lucas 1:26-27)
Vemos que não foi uma escolha aleatória feita por Deus e, muito menos,
Maria não era alguém “sem pecado” ou superior às outras mulheres. Mas, para que
se cumprisse a profecia do A. T., o Messias viria da descendência de Davi (sendo
Maria e José, ambos, da linhagem de Davi), conforme vemos em 2 Sm 7:12-16, 1 CR
17:11-14 e Rm 1:3.
Sendo José o pai adotivo de Jesus, para o Messias ser da linhagem de Davi, era
necessário que também Maria fosse da linhagem sangüínea de Davi. Vejamos:
No evangelho segundo Mateus, temos a descendência de José:
“E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama
o Cristo”. (Mateus 1:16)
Não há aqui nenhuma contradição. Vimos em Mateus 1:16 que José era filho
de Jacó. Então, o mesmo não poderia ser também filho de Heli. No evangelho de
Lucas, a linha genealógica mostra a descendência de Maria, que é filha de Heli e,
como a mesma já estava desposada com José (= casada), este é mencionado na
genealogia de Lucas e não ela.
Na wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria%2C_m%C3%A3e_de_Jesus),
justamente na página que lemos sobre Maria, encontramos o seguinte: “A
genealogia fornecida por Lucas alista o marido de Maria, José, como ‘filho de Heli’.
A Cyclopædia (Ciclopédia) de M'Clintock e Strong (1881, Vol. III, p. 774) diz: “É bem
conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em
conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era
transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho
do avô materno (Números 26:33, Números 27:4-7)". Possivelmente por este motivo
Lucas diz que José era «filho de Heli» (Lucas 3:23).”
Já vimos que a Bíblia nos mostra que Maria era filha de Heli e não de Joaquim,
conforme consta na tradição católica.
b) o Senhor é convosco:
Este trecho faz parte da saudação do anjo Gabriel, mostrando que Maria
“achou graça” diante de Deus:
“Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante
de Deus”. (Lucas 1:30) [grifos meus]
Vemos que Maria é bendita (abençoada, por ter sido agraciada) “entre” as
mulheres e não “acima” das mulheres, como que ocupando um lugar privilegiado.
Maria seria feliz por gerar o Salvador (inclusive Salvador dela mesma, como lemos
em Lucas 1:47).
Aliás, ela mesma afirmou, em seu cântico, não ser melhor que nenhuma outra
mulher:
“Porque atentou na baixeza de sua serva; pois eis que desde agora
todas as gerações me chamarão bem-aventurada”. (Lucas 1:48)
Jesus mostra que a posição de Maria não é superior a de nenhum outro ser
humano.
Bem-aventurado é alguém “feliz”. Maria disse:
“Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-
aventurada; e chamou-lhe Aser”. (Gênesis 30:13)
Acabamos de ver um outro exemplo de mulher “feliz” (nada mais que isso...).
Portanto, a Bíblia nos mostra que quem desejar ser “feliz” (bem-aventurado)
como Maria o foi, basta fazer as coisas que lemos em Mateus 5:3-11, onde temos a
lista de todas as pessoas que são “bem-aventuradas”.
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Considerar Maria como “santa”, no sentido de separada para Deus, como todas as
pessoas salvas, isso não é mais que obrigação de todos os salvos, pois a Palavra de
Deus nos diz:
E, ainda, a Bíblia nos diz que, como todos pecaram (inclusive Maria), todos precisam
se converter ao Filho de Deus:
Saibamos que foi no ano de 1931 que o Papa Pio XI reafirmou a doutrina
segundo a qual Maria era "a Mãe de Deus". Esta doutrina foi primeiramente
inventada pelo Concílio de Éfeso, no ano de 431. Isto é uma heresia, que contradiz
as próprias palavras de Maria. (Leia Lucas 1:46-49; João 2:1-5).
Afirmar que um ser humano, que teve um início de existência, possa ser “mãe” de
Deus, que é ETERNO (sem princípio nem fim) é um absurdo!
Maria só foi mãe de Jesus considerando que Jesus ao se encarnar foi também 100%
Homem. Em um dado momento da história, ele se encarnou como homem:
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. (João 1:14)
“Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim
de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece
sacerdote para sempre”. (Hebreus 7:3) [grifos meus]
Mas, sendo Jesus também 100% Deus, e UM com o Pai [“Eu e o Pai somos um”
(João 10:30)], Ele é ETERNO, sem princípio nem fim.
Afinal, a Bíblia nos diz que todas as coisas vieram a existir através de Jesus Cristo:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez”. (João 1:1-3)
A Bíblia nos mostra que Jesus Cristo deve ser lembrado como “Filho de Deus” e não
como “Filho de Maria”. Leiamos a Bíblia:
“Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe
dará o trono de Davi, seu pai”. (Lucas 1:32) [grifos meus]
“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo,
e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o
Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus”. (Lucas 1:35)
[grifos meus]
Portanto, afirmar que Maria, um ser humano criado por Deus, é “mãe do
próprio Criador” é, no mínimo, uma blasfêmia!
“Maria não é mãe de Deus no sentido de que ela trouxe à luz a existência de
Deus. Nós normalmente usamos a palavra “mãe” para nos referirmos a alguém que
nos trouxe à luz como indivíduos, e de quem derivamos nossa natureza humana.
Todavia, a Pessoa divina que se tornou Jesus, o eterno Filho de Deus (Colossenses
1:13-17), o Logos (João 1:1-14), já existia desde toda a eternidade e é o Criador de
Maria. Ela foi usada para trazer o Encarnado ao mundo, mas ela não adicionou algo
ou trouxe à luz o Filho Eterno que veio ao mundo através dela. Seu filho era
totalmente divino (por conseguinte, ela é theotokos = Portadora de Deus), mas ela
mesma não produziu a divindade de seu Filho. Por esta razão, não há nada sobre o
termo theotokos que de alguma forma exalte Maria, mas somente Cristo”. (Retirado
do artigo: Maria - Outra Redentora? Por James R. White)
Importante frisarmos, ainda, que Maria não é nem mãe de Deus e muito
menos mãe da humanidade, pois no céu nós só temos Pai, o Senhor. Deus é Senhor
e se identifica no gênero masculino (assim como o Filho e o Espírito Santo). O
próprio Jesus o chama de Pai.
Não vemos ninguém em toda a Bíblia orando a Maria ou a qualquer outra
pessoa, a não ser ao próprio Deus.
Equivocadamente, a igreja católica se apóia na passagem bíblica onde Jesus
Cristo pede ao apóstolo amado (João) para cuidar de Sua mãe como se fosse dele
também (João 19:26-27). Com isso, dizem que Maria tornou-se a mãe de todos nós.
Ora, por que ninguém nunca chamou Maria de mãe, em qualquer relato do Novo
Testamento?
Vemos que, antes do Pentecoste, os discípulos, Maria e os irmãos de Jesus
estavam reunidos e Maria é chamada de “mãe de Jesus” e não “mãe deles”:
Maria foi a mãe física de Jesus (como Homem que Ele foi), sendo Ele o seu
“primogênito” (primeiro filho – Mateus 1:25) além de seus outros filhos com José
(Mateus 13:55; Marcos 6:3 e Gálatas 1:19) e de mais ninguém.
“E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos
os viventes”. (Gn 3:20) [grifos meus]
OBS: Nem por isso a chamamos de “Santa Eva” e nem lhe dirigimos
orações!
Leia ainda: Romanos 8:27, 34; Efésios 2:18; 3:11-12; Hebreus 9:24.
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo
depois disso o juízo”. (Hebreus 9:27)
E que não há outra possibilidade de salvação, senão pela própria decisão da pessoa
por Jesus Cristo e isto deverá ser feito em vida:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna”. (João 3:16) [grifos meus]
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CONCLUSÃO:
Se Maria não é divina, não é Deus (e muito menos Sua mãe), portanto, ela não é
onipotente, onisciente e nem onipresente (pois estes são atributos exclusivos do
Deus Triúno).
(Vide Isaías 33:2; Jeremias 33:3; Salmos 37:39; 50:15; 55:22; 91:15; 145:18 e
Filipenses 4:6, dentre outras).
“A cada dia católicos no mundo inteiro recitam a Ave Maria, o Rosário, o
Ângelus, as Litanias da Bendita Virgem e outras rezas semelhantes. Multiplicando o
número dessas orações, vezes o número de católicos que as recitam cada dia,
alguém tem calculado que Maria teria que escutar 46.296 petições por segundo!
Obviamente ninguém a não ser Deus mesmo poderia fazer isto.” [retirado do Livro:
Babilônia: a Religião dos Mistérios, de Ralph Woodrow].
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Humberto R. Fontes
Maio/2007
taniaehumberto@ig.com.br
Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC
idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas
que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente
traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma,
como o Textus Receptus).