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Golpe da Maioridade

• No fim do período regencial, várias revoltas ameaçavam a unidade territorial do


país.
• Alguns grupos políticos consideravam que para contê-las era necessário pôr
Pedro de Alcântara no poder, uma vez que as rebeliões eram contra a regência e
queria a volta de um imperador no poder.
• Enquanto os liberais pretendiam criar governos regionais mais autônomos com a
eleição de assembleias legislativas, os conservadores mantinham a rígida
posição de que a monarquia centralizadora era a solução mais apropriada para
conter e evitar as possíveis revoltas que surgiriam posteriormente.
• Apesar de distintos motivos, Liberais e Conservadores apóiam a mesma idéia:
Os liberais apoiaram a antecipação da maioridade para conseguirem cargos mais
elevados durante seu governo e consolidar uma força política mais sólida,
enquanto os conservadores estavam mais preocupados em garantir a seguridade
de um território brasileiro sem revoltas populares e mudanças no sistema
hierárquico. Ambos os interesses só podiam ser atingidos com a força de uma
monarquia centralizadora, refletida no jovem imperador D. Pedro II.
• No entanto, ele tinha apenas 14 anos e a Constituição permitia ao rei governar
somente aos 18 anos. Para resolver este problema, foi feita uma alteração na
Constituição, declarando a maioridade de Pedro de Alcântara, que recebeu o
título de D. Pedro II. Esta alteração é denominada Golpe da Maioridade.
Iniciando-se assim o segundo Reinado.
• Duque de Caxias (Balaiada e Farroupilha)

Política Interna
• Instituição do Poder Moderador, que dava autoridade ao Imperador a poder
intervir nas decisões dos demais poderes.
• A alternância de poderes entre Liberais e Conservadores permitiram a
estabilididade política, por incrível que pareça. Por saberem que seriam os
próximos a ocupar, nenhum dos grupos políticos atrapalharam nem
reivindicavam não estar no poder no momento. O parlamentarismo criou uma
certa harmonia entre os dois partidos do Brasil, que passaram a revezar o poder,
trazendo certa estabilidade política. O imperador nomeava um presidente
conservador ou liberal de acordo com a conjutura política. Por isso, Oliveira
Viana chegou a afirmar que “nada mais conservador que um liberal no poder.
Nada mais liberal que um conservador na oposição...”
• Contudo, as rivalidades entre liberais e conservadores que deram origem a essas
mudanças de gabinete, como já mencionamos, não eram profundas porque os
partidos se entendiam no essencial: ambos eram escravistas. Discordavam
apenas quanto à forma da organização administrativa: os conservadores eram
acentuadamente centralistas, ao passo que os liberais inclinavam-se pela
descentralização. Graças a essa identidade de princípios, através de um acordo,
liberais e conservadores começaram a governar juntos, inaugurando a era da
conciliação em 1853, que perdurou até 1868. (Gabinete da conciliação)
• Parlamentarismo ás avessas: o novo governo imperial buscou reestruturar as
regras do jogo político daquela época instaurando um sistema, em tese, inspirado
no parlamentarismo britânico. O povo inglês votava para escolher os membros
do parlamento, que dependendo de sua maioria de grupo político, escolhia um
representante, o primeiro-ministro, que era apresentado ao rei. Na ilha inglesa, o
monarca possui uma função política meramente decorativa e deixa as principais
decisões nas mãos de um primeiro-ministro escolhido pelo poder legislativo. Já
o parlamentarismo brasileiro funcionava desta forma (dava poder ao imperador):

Política Externa
• A Inglaterra pediu o fim da escravidão no Brasil. Isso se deveu pelo fato de a
Inglaterra ter Fábricas na África, em que usavam mão de obra negra assalariada,
desejando assim manter os negros na África.
• Mas até que D. Pedro II chegasse ao cargo, nada havia sido feito. Com a
assinatura da tarifa Alves Branco (1844), que aumentava taxas sobre
importações e exportações (30% para produtos não produzidos no Brasil e 60%
para os produzidos), a coroa britânica decidiu reagir, assinando a lei Bill
Aberdeen. Esta lei permitia aos navios britânicos apreender navios negreiros que
cruzassem o Atlântico. De fato, vários navios negreiros foram abordados.
• Dom Pedro II se viu em uma situação delicada. Ou tomava uma atitude contra a
escravidão ou entraria em guerra contra a Inglaterra. Assim, em 1850, foi
aprovada a lei Eusébio de Queirós pelo próprio, Ministro da Justiça Eusébio de
Queirós, a qual proibia o tráfico negreiro no Brasil. Com a nova lei a situação no
Brasil muda, pois se torna muito difícil adquirir mão-de-obra escrava. Assim, o
preço para comprar escravos de outros latifúndios se torna muito alto, e os que
mais sentem este golpe são os barões de café, no sudeste. Como seus cafezais
estavam em franca expansão, eles precisavam de mais escravos para continuar
sua produção. Assim, passaram a adquirir milhares de escravos dos produtores
de cana no nordeste.
• Questão Christie: Em 1862, alguns marinheiros ingleses foram detidos na cidade
do Rio de Janeiro, pois, embriagados e em trajes civis, promoviam arruaça nas
ruas da então Capital. Constatada a sua condição de militares britânicos, foram
imediatamente soltos. O embaixador Christie, não satisfeito, aproveitou a
ocasião para exigir a pronta indenização pela carga do navio Prince of Wales,
naufragado na costa do Albardão (então Província do Rio Grande do Sul)
(1861), a demissão dos policiais brasileiros que tinham efetuado a detenção e um
pedido formal de desculpas do governo imperial à Inglaterra. Christie, acerca do
naufrágio do navio britânico afirmou ainda que os seus tripulantes foram
assassinados por brasileiros antes do afundamento, que teriam procedido o saque
da carga.

Aspectos Econômicos
-O café era o principal produto.
-Plantation: monocultura, latifundiária, para exportação, mão-de-obra escrava.
-Lei de Terras: Estabelecia a compra como o único meio de se obter terras.
-Devido a proibição do tráfico de escravos, ex traficantes que perderam seu comércio
usaram -seu capital para investir na indústria, principalmente de tecidos, chapéu, sabão
e cerveja.
- Barão de Mauá: grandes investimentos no RJ, tentou industrializar a economia. Teve
várias fábricas e fez várias obras públicas. Ele era contra a escravidão. Mas sua visão
industrializadora bateu de frente com os interesses agroexportadores(cafeicultura era
nos campos, elite desagradada com a idéia de industrialização). A sua empresa Ponta da
Areia foi alvo de um terrível incêndio. O império causou várias dificuldades para ele.
Pouco tempo depois, a vantajosas taxas alfandegárias da Tarifa Alves Branco foram
abandonadas, tendo agora concorrências mais fortes, os produtos importados. Volta para
RS, morre “bem de vida

- Industrialização: protecionismo devido as taxas aos produtos estrangeiros e o


desenvolvimento cafeeiro
Café Rio de Janeiro x São Paulo
- No Rio de Janeiro não se tinha muito cuidado com o solo. Já em São Paulo, era
usado adubo e a terra era fértil, de qualidade, a Terra Roxa.
- No Rio de Janeiro eram usadas ferramentas rudimentares, antigas e de pouca
eficiência em larga escala. Já em SP, eram usadas novas técnicas de cultivo.
- No RJ(Vale do Paraíba) o transporte do café se dava em portos e estradas ruins.
Já em SP(Oeste Paulista), eram utilizadas ferrovias.
- No RJ a elite do café eram os Barões de Café e em SP era a burguesia cafeeira

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