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1. O MERCADO DE CAPITAIS
antes uma criação moeda, representada pela emissão do papel-moeda pelo Banco
Central.
O simples ato de depositar não significa a criação de meios de pagamento, uma
vez que os indivíduos estarão simplesmente trocando um ativo monetário (dinheiro) por
outro (depósito à vista). Contudo, por uma questão de probabilidade, o banco sabe que
pode emprestar parte desses depósitos, porque nem todos sacam seus recursos ao
mesmo tempo.
Assim, parte desses depósitos ele mantém em caixa (como encaixe) para
atender aos saques dos depositantes, parte ele recolhe compulsoriamente ao Banco
Central e o restante ele emprestará a tomadores, que poderão depositá-lo em outros
bancos, os quais por sua vez, usarão o mesmo processo.
Desse modo, pelo efeito multiplicador, depósito inicial de $100.00,00 transforma-
se em vários outros de menor porte. Este é, em essência, o mecanismo básico de
criação de moeda escritural.
Por esse processo, os bancos comerciais, mantendo encaixes inferiores aos
seus depósitos, tornam os meios de pagamento várias vezes superiores ao saldo do
papel-moeda emitido. Isso porque, quando o banco concede um empréstimo com base
em seus depósitos à vista, o dinheiro passa a pertencer ao tomador do empréstimo sem
que o depositante, perca seu direito de saque.
As instituições financeiras não-bancárias (ou não-monetárias) não possuem a
faculdade de criar moeda, no conceito de meios de pagamentos. A emissão da moeda
legal é monopólio do Banco Central, e o recebimento de depósitos à vista é uma
concessão deste Banco aos bancos comerciais.
Dentre as não-bancárias distinguem-se as instituições de crédito daquelas cuja
função principal é a distribuição de títulos e valores mobiliários. A estas últimas
denominam-se instituições auxiliares e compreendem, basicamente, as Sociedades
Corretoras de câmbio, títulos e valores mobiliários e as Distribuidoras.
Dentre as não-bancárias que operam crédito tem-se os Bancos de Investimentos;
as Financeiras (Sociedades de crédito financiamento e investimento); as Sociedades de
crédito Imobiliário; as Associações de Poupança e Empréstimo, as Companhias de
Arrendamento Mercantil (leasing) e as empresas de “factoring”.
Os instrumentos financeiros podem também ser classificados em ativos
financeiros monetários e ativos financeiros não-monetários. No caso brasileiro:
a) ativos financeiros monetários — são o papel-moeda em poder do público,
mais depósitos à vista nos bancos comerciais, inclusive no Banco do Brasil e nas
Caixas Econômicas.
b) ativos financeiros não-monetários — são todos os demais: ações,
duplicatas, letras imobiliárias, depósitos de poupança, certificados de depósitos a
prazo, etc.
Enquanto os instrumentos monetários só podem ser emitidos pelas instituições
monetárias (Banco Central e bancos comerciais), os não-monetários são
predominantemente emitidos por instituições financeiras não-monetárias e empresas de
um modo geral. Todavia, podem também ser emitidos por pessoas físicas ou instituições
financeiras monetárias. Assim, por exemplo, um certificado de depósito a prazo (ativo
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financeiro não-monetário) tanto pode ser emitido por um banco comercial (instituição
monetária) como por um banco de investimento (instituição não- monetária).
Ativos financeiros, portanto, são todos os instrumentos financeiros emitidos
diretamente pelos tomadores de recursos ou pelas instituições financeiras que exercem a
conexão entre esses tomadores e os ofertadores.
Dada a existência de conflitos de interesses entre as atividades de crédito e
aquelas ligadas à distribuição de títulos e valores mobiliários, vale ressaltar que, apesar
de inúmeras superposições dessas funções, destacadamente devido a crescente
conglomeração das instituições financeiras, os limites institucionais, por este critério,
resultam claramente demarcados.
As instituições que operam crédito somente participam da distribuição de valores
mobiliários na fase de lançamento público (mercado primário). Por outro lado, as
instituições que operam, basicamente, a distribuição de títulos e valores mobiliários nos
mercados secundários somente trabalham com uma modalidade específica de crédito a
seus clientes, hoje consubstanciada nas operações de “conta margem”.
Mercado de crédito
É onde são efetuados os financiamentos a curto e médio prazos, do consumo
corrente e dos bens duráveis, e do capital de giro das empresas. No Brasil, atuam
basicamente neste mercado os bancos comerciais, as companhias financeiras e os
bancos múltiplos.
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Mercado de capitais
É onde são efetuados os financiamentos do capital de giro e do capital fixo das
outras empresas e das construções habitacionais. É neste mercado que está
concentrada a maior parte das operações das instituições financeiras não-monetárias; os
financiamentos são, basicamente, de médios e longos prazos, e até mesmo de prazo
indeterminado, como as operações do mercado de ações que se constitui em um
segmento deste mercado.
Mercado monetário
É onde se realizam as operações de curto e curtíssimo prazo. Nele são
financiados os desencaixes monetários dos agentes econômicos, especialmente as
necessidades momentâneas de caixa dos bancos comerciais e do Tesouro Nacional.
Nele ocorrem as operações de “mercado aberto”, inclusive as operações de um dia,
chamadas “over-night”.
Este mercado existe como um instrumento de política monetária: através dele o
Banco Central atua sobre o nível de liquidez da economia. Quando pretende reduzir a
liquidez, vende títulos de sua emissão ou de emissão do Tesouro Nacional, retirando,
assim, moeda do sistema. Quando pretende expandir a liquidez, recompra esses títulos,
ampliando o volume de moeda em circulação na economia.
Mercado cambial
É onde são realizadas operações que envolvem a necessidade de conversão de
moedas estrangeiras em moedas nacionais e vice-versa. Basicamente, são operações
de curto prazo e as instituições que nele atuam são os bancos comerciais e as firmas
autorizadas, com a intermediação das Corretoras.
As operações do mercado cambial são basicamente de compra e venda de
moeda estrangeira, com a intermediação de instituições financeiras autorizadas. O
intermediário financeiro compra divisas dos exportadores e vende para os importadores.
A compra dos exportadores pode ser feita a prazo (curto prazo), isto é, com o
pagamento em moeda nacional antecipadamente ao recebimento da moeda estrangeira.
Funciona, portanto, como um financiamento. As vendas de divisas aos importadores
podem, por sua vez, ser feitas a prazo, em operações a futuro ou à vista.
Além disso, as instituições financeiras negociam divisas entre si para fechamento
de suas posições. Estas operações são semelhantes às do mercado aberto, com a
diferença, naturalmente, que o dinheiro não é nacional e sim divisas (dólar, marco, etc.).
Embora sejam perfeitamente distintos quanto as suas características não resta
dúvida de que esses mercados se inter-relacionam, e determinadas operações podem
afetar, simultaneamente, vários deles.
No quadro não estão explicitadas as origens dos recursos que fluem através de
cada mercado. É bom esclarecer que os financiamentos provenientes do exterior
(empréstimos de instituições financeiras internacionais, empréstimos de bancos
estrangeiros, etc.) ingressam no mercado financeiro interno via mercado de crédito ou via
mercado de capitais, segundo suas finalidades e prazos.
O mercado cambial refere-se a operações de compra e venda de divisas
internamente. No Brasil, tais operações são feitas sob o controle do Banco Central.
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Comissão de Valores
Mobiliários Bolsas de Mercadorias e de Futuros
Bolsas de Valores
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Fundos Mútuos
Clubes de Investimento
Entidades Administradoras de Carteiras de Investidores Estrangeiros
Recursos de Terceiros Administradoras de Consórcio
Secretaria de
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MERCADO
FINANCEIRO
recursos dos fornecedores de fundos para aqueles que deles necessitam, tanto para
investimentos como para consumo.
É ainda no mercado primário onde ocorre a colocação de ações ou outros
valores mobiliários, provenientes de novas emissões. As empresas recorrem ao mercado
primário para complementar os recursos que necessitam, visando financiamento de seus
projetos ou seu emprego em outras atividades produtivas.
O mercado secundário é onde os títulos já existentes se transferem de um
proprietário para outro. O valor transacionado nesse mercado não é canalizado para a
empresa ou para o banco, etc. Sob o ponto de vista econômico, não significa aumento ou
diminuição de recursos para financiar novos empreendimentos.
A função deste mercado é dar liquidez aos papéis (ativos financeiros),
negociados no mercado primário.
Esse mercado é, pois, tão importante quanto o primário, uma vez que sua
existência é condição para o funcionamento do outro. Os ativos financeiros não
encontram colocação no mercado primário se não contarem com um mercado
secundário organizado capaz de dar liquidez a esses papéis.
Como exemplo de mercados secundários podemos citar: o “open market”
(mercado aberto) onde se transacionam, após a sua emissão e primeira venda, títulos
como os de emissão do Tesouro Nacional, as Letras de Câmbio, Certificados de
Depósitos Bancários (CDB), etc.; e as Bolsas de Valores, onde se transacionam, no caso
brasileiro, predominantemente ações cuja emissão, muitas vezes, já ocorreu há décadas
atrás.
O mercado secundário é onde ocorre a negociação dos valores mobiliários
adquiridos no mercado primário.
MERCADO DE BOLSA DE
BALCÃO VALORES
Por outro lado, ainda de acordo com essa orientação, o “mix” de recursos a ser
canalizado para os investimentos é fixado através da política de financiamento.
Violadas as condições que caracterizam um mercado perfeito e completo, ela
terá como objetivo, otimizar o nível de utilização das várias fontes (próprias e de
terceiros), no intuito de promover a maximização do retorno dos proprietários.
Lucros Retidos
Planejamento Fiscal e
Tributário
INTERNAS
Desimobilização
Outras
Debêntures
Commercial Paper
FONTES
Empréstimos Bancários
RECURSOS
DE Crédito Subsidiado
TERCEIROS
Empréstimos Externos
EXTERNAS
Fornecedores
RECURSOS Outras
PRÓPRIOS
• Sociedade Anônima
Modelo jurídico que visa permitir a operacionalização de uma companhia, sem
maiores responsabilidades para seus sócios do que o capital investido.
Características:
• Existência autônoma, com personalidade jurídica e patrimônio distintos;
• Responsabilidade de seus sócios limitada ao aporte de capital;
• Capital dividido em ações de livre transferência.
Tipos:
• de Capital Aberto: registrada na Comissão de Valores Mobiliários e portanto
autorizada a distribuir valores mobiliários de sua emissão junto ao público.
• de Capital Fechado: sem registro junto a Comissão de Valores Mobiliários; os
títulos de sua emissão só podem ser objetos de transações privadas.
VALORES MOBILIÁRIOS
Não tem prazo para Têm prazo para resgate Têm prazo para resgate
resgate (curto e médio prazo) e/ou conversão em
ações (longo prazo)
Representam menor Representam
fração do capital da empréstimos tomados Representam
empresa emitente no mercado empréstimos tomados
no mercado
Renda variável Rendem juros
Rendem juros, além
Geram benefícios aos das atualizações
acionistas monetárias
2. AÇÕES
2.1 Definição
Ordinárias Preferenciais
• Dividendos; • Prioridade nos dividendos
• Conferem o direito de voto; (mínimos);
• Normalmente a cada ação • Prioridade no reembolso do
corresponde um voto. capital;
• Geralmente não têm direito
de voto.
A classe deve ser tratada como uma especificação adicional da ação, indicando,
principalmente, direitos particulares associados a determinada ação. Esses direitos
particulares são indicados por especificações do tipo: Ação preferencial normativa classe
A. O acionista deverá se informar junto a Bolsa ou à empresa que se refere esta classe.
2.3.1 Dividendos
Parcela do lucro apurado pela empresa, que é distribuída aos acionistas por
ocasião do encerramento do exercício social (balanço). Pela lei das S/A’s, deverá ser
distribuído um dividendo de no mínimo 25% do lucro líquido apurado, e sempre em
dinheiro. Os dividendos podem ter periodicidade diversa: mensal, trimestral, semestral,
anual, etc., desde que conste no estatuto da empresa o período determinado. A
Assembléia Geral Ordinária (AGO) é quem vai determinar o percentual a ser distribuído
como dividendo, de acordo com os interesses da empresa, através da manifestação de
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seus acionistas. O montante a ser distribuído deverá ser dividido pelo número de ações
emitidas pela empresa, desta forma, ficando garantida a proporcionalidade da
distribuição.
O Estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do lucro ou do
capital social, ou fixar critérios para determiná-lo, desde que sejam regulados com
precisão e minúcia e não sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de
administração ou da maioria.
O dividendo previsto não será obrigatório no exercício social que os órgãos da
administração informar à assembléia geral ordinária ser ele incompatível com a situação
financeira da companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer
sobre essa informação e, na companhia aberta, seus administradores encaminharão à
Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembléia
geral, exposição justificativa da informação transmitida à assembléia.
Os lucros que deixarem de ser distribuídos serão registrados como reserva
especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser
pagos como dividendos assim que o permitir a situação financeira da companhia.
2.3.3 Bonificações
Por exemplo: uma empresa com capital de $100 milhões, divididos em 50 milhões de
ações ao valor nominal de $2,00 cada uma, resolve promover um aumento de capital de
50% mediante a incorporação de reservas. Ela pode distribuir bonificação de uma ação
para cada duas possuídas, ou , então, aumentar o valor nominal das ações para $3,00.
Ambas as formas correspondem ao aumento de capital de 50%.
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2.3.4 Split
Nos casos dos itens “a” e “b”, somente terão direito os titulares das ações
prejudicadas. Já nos casos dos itens “d” e “e” somente terão direito os titulares de ações
que não integrem índices de ações negociados em mercados de valores mobiliários e/ou
titulares de ações de companhias abertas nas quais mais da metade de suas ações
pertençam ao acionista controlador.
Nos casos de cisão da companhia, somente haverá direito de retirada se a cisão
implicar em:
a) mudança de objeto social;
b) redução do dividendo obrigatório;
c) participação em grupo de sociedades.
2.4.1 Underwriting
emissão ser colocada através de underwriting firme oferece uma garantia adicional ao
investidor, porque, se as instituições financeiras do consórcio estão dispostas a assumir
o risco da operação, é porque confiam no êxito do lançamento, uma vez que não há
interesse de sua parte em imobilizar recursos por muito tempo.
2.5 Participantes
• Compete à CVM:
I. Regular, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional,
as matérias expressamente previstas na Lei das sociedades por ação (lei
6.404/76);
II. Administrar registros instituídos pela lei que a criou: registro de empresas para
negociação de suas ações no mercado, registro de auditores independentes e
consultores e analistas de Valores Mobiliários etc;
III. Fiscalizar a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; a
negociação e intermediação de valores mobiliários; a negociação e funcionamento
das Bolsas de Valores; a administração e custódia de títulos e valores mobiliários;
a auditoria das companhias abertas; os serviços de consultor e analista de valores
mobiliários; a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que
dele participem e aos valores nele negociados;
IV. Propor ao CMN limites máximos de preços, emolumentos e qualquer outro
rendimento cobrado pelos intermediários financeiros;
V. Fiscalizar as companhias abertas.
3. BOLSAS DE VALORES
3.1 Histórico
4.2.1 Custódia
“D+0”
• Dia da operação no Pregão (Viva Voz ou Eletrônico)
• Único dia para especificação de opções e termo
• Cobertura
• Depósito de margem de garantia (ativos)
“D+1”
• Prazo para especificação/reespecificação de operações (a vista)
• Depósito de margem (espécie)
• Liquidação Financeira (termo, opções, futuro)
“D+2”
• Entrega física dos títulos na custódia (liquidação física)
• Relatório de potenciais inadimplentes
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“D+4”
• Último dia para regularização da liquidação física da operação.
Caso estes prazos não sejam obedecidos pela Corretora Vendedora ou pela
Corretora Compradora, serão tomadas as seguintes providências:
“D+5”
• Emissão de ordem de recompra das ações e início do prazo para execução da
recompra
“D+6”
• Prazo para a execução da recompra e confirmação
“D+7”
• Prazo para confirmação e término do prazo para execução da recompra
“D+8”
• Confirmação da Recompra - Prazo Final
“D+9”
• Reversão da operação.
Obs.: Todos os dias “D” acima citados são considerados como dias úteis.
Exemplo:
Compra de 1.000 ações do ativo “X” por $1.000,00
Venda de 1.000 ações do ativo “X” por $1.100,00
Liquidação:
O comprador tem que pagar $ 1.000,00, e, receber $ 1.100,00, como vendedor.
Logo: o investidor tem a receber $ 100,00 como saldo financeiro da operação.
Entrega Recebe
Títulos D+2 Custódia Títulos D+3
Crédito em R$ Débito em R$
na Conta da na Conta da
Corretora Corretora
• Oferta e procura
• Fatores determinantes:
- Desempenho histórico
- Perspectivas futuras
• Obtenção de um ganho
• Lucratividade é determinada por:
- Direitos e Proventos
- Valorização das cotações das ações
As bolsas somente permitem que sejam realizados negócios com ações que
estejam com seu “estado de direito” totalmente atualizado, ou seja, que não tenha
nenhum dividendo ou bonificação / desdobramento a receber.
Essa medida é adotada para evitar que existam diferentes formações de preço
para as mesmas ações. Dessa forma, quando uma empresa comunica que irá distribuir
algum provento a seus acionistas, as Bolsas estabelecem um prazo até o qual as ações
de emissão dessa empresa irão ser negociadas na forma “Com – Direito”, e a partir do
qual somente serão transacionadas na forma “Ex-Direito” (ações que já receberam e/ou
não tem direito ao provento).
O mercado, por sua vez, quando do primeiro dia de negociação “ex-direito” ajusta
as cotações das ações, de maneira a “descontar os efeitos da distribuição de proventos”
no preço dos títulos.
• Corretagem
• Emolumento
• Taxa de liquidação
4.2.9 Tributação
4.2.10 Negociação
Dow-Jones Industrial
O índice Dow Jones foi criado em 1897 por Charles H. Dow, editor do Wall Street
Journal e fundador da agência de Notícias Econômicas Dow & Jones Company. Sua
publicação era diária sob a forma de um índice geral de preços para o mercado de ações
“industriais” e outro para as ações de companhias “ferroviárias”. Charles H. Dow foi o
primeiro a observar que as ações do mercado se movem juntamente, seguindo a
trajetória das mais representativas, sendo assim possível medir através de uma média a
intensidade das oscilações.
Na sua construção inicial o índice Dow-Jones-lndustrial tinha uma formulação
extremamente simples, pois se constituía de uma média aritmética aos preços de 30
ações do setor industrial que eram consideradas as mais representativas entre as
listadas na New York Stock Exchange.
A medida que as ações deste índice foram sofrendo “splits” (aumento do n° de
ações) tornou-se necessário um ajuste ao divisor da média. Este ajuste, entretanto, vem
dando origem a algumas imperfeições na representatividade do índice, pois as ações
que pouco ou nunca usaram split tornaram mais influentes que as outras que
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regularmente “se racharam”, além do seu critério de seleção das ações do grupo ser
extremamente conservador.
NYSE
O índice NYSE foi criado pela própria New York Stock Exchange em 1966,
composto por 1200 ações, de modo que se aproxime do valor médio das ações no
mercado. A New York Stock Exchange tentou convencer durante anos a Dow-Jones a
dividir seu índice para aproximá-lo do preço médio das ações na Bolsa, e evitar, desta
forma, as manchetes de jornal, anunciando grandes variações de pontos na média das
ações em um único dia; não conseguindo a NYSE decidiu passar a publicar seu próprio
índice.
Índice BOVESPA
O índice BOVESPA foi criado em 1968, a partir da construção de uma carteira
teórica de ações que em conjunto representam 80% do volume transacionado à vista nos
doze meses anteriores à formação da carteira, sua função é ser indicador de
desempenho médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São
Paulo.
Este índice não sofreu modificações metodológicas desde sua implantação,
tendo apenas sofrido divisões do seu valor (por 100 e por 10), unicamente para efeito de
divulgação. O número de ações que o compõe altera-se quadrimestralmente em função
da participação relativa de cada ação nos últimos 12 meses, atualmente ela soma 57
papéis.
ÍNDICE Nº DE AÇÕES
Ações de Empresas Industriais negociadas
Dow Jones Industrial 30 na Bolsa de Valores de Nova York
Momento 2
Amostra de ações que irão compor o Índice:
Part. %
Ação Ind. (Neg. / Vol.) Part. %
Acumul. Part. % Part. %
B 34,3 34,9 34,9 Ajustada Acumul.
D 24,5 24,9 59,8 43,6 43,6
A 20,0 20,3 80,1 31,1 74,7
C 14,9 15,2 95,3 25,3 100,0
E 4,.6 4,7 100,0
Momento 3
Montagem da Carteira, supondo Índice = 10.000 pontos.
Part. % (Ajustada) Peso Preço Fech. Qtde. Teórica
Ação
(1) (1) * 10.000 = (2) (3) (2) / (3) = (4)
B 43,6 4.360 20,00 218
D 31,1 3.110 31,10 100
A 25,3 2.530 2,00 1.265
100,0 10.000
Momento 4
Cálculo do Índice no pregão seguinte (D + 1):
Qtde. Teórica Preço Ação (D + 1) Pontos do Índice Variação
Ação
(1)100 (2) (1) * (2) = (3) (%)
B 218 21,00 4.578 + 5,0
D 100 33,45 3.345 + 7,6
A 1.265 1,80 2.277 - 10,0
Índice 10.200 + 2,0
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4.4.1 Prazos
4.4.5 Tributação
4.4.6 Proventos
O Comprador a Termo tem a expectativa de que o preço que ele vai pagar no dia
do vencimento do contrato (Preço Contratado) será menor do que o preço das ações no
Mercado à Vista no dia do vencimento da operação a Termo.
O Vendedor a termo tem a expectativa de que o preço que ele vai receber no dia
do vencimento do contrato (Preço Contratado) será maior do que o preço das ações no
dia do vencimento da operação a Termo.
Por exemplo:
O financiador compra ações no Mercado à Vista do financiado, que recebe os
recursos que necessita. Simultaneamente o financiador vende as mesmas ações para o
próprio financiado no mercado a Termo, por exemplo, por 30 dias, que se obriga a pagar
a operação ao final do prazo.
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Definições
É a compra e venda de ações, a um preço negociado entre as partes, para
liquidação em uma data futura, previamente determinada.
Diferentemente do Mercado a Termo, o preço do contrato futuro não é fixo até o
vencimento da operação, sendo alterado diariamente, em função das negociações
ocorridas nesse segmento (ver procedimentos de ajuste, na seqüência deste texto).
Modalidade
A modalidade de futuro transacionada na BOVESPA é conhecida como “futuro
com ajuste diário de resultados”, ou seja, diariamente os preços de todas as posições em
aberto são comparados a um preço de referência, chamado preço de ajuste, que é
calculado para cada ação/vencimento.
Se o preço de ajuste do dia for inferior, por exemplo, R$ 50,60, o valor de ajuste
será de - R$ 1,40 (50,60-52,00), e portanto:
• comprador será debitado em R$ 1,40
• vendedor creditado em R$ 1,40
Vencimento
É o último dia em que um contrato futuro pode ser encerrado por meio da
realização de uma operação oposta no próprio Mercado Futuro.
Ocorre na terceira segunda-feira do mês de vencimento do contrato.
Liquidação Física
Os contratos que permanecerem em aberto após o fechamento do dia do
vencimento terão obrigatoriamente liquidação física.
Preço de Liquidação
Será o preço médio a vista da ação no período da tarde do dia do vencimento.
Codificação
Têm sete posições, sendo as 4 primeiras relativas ao código do ativo no mercado
a vista; a quinta posição é uma letra de “A” a “L” que indica o mês de vencimento (igual
ao procedimento adotado para as opções de compra); a sexta posição é numérica e
utilizada para indicar o tipo da ação; a sétima posição é a letra “X” como indicação de
mercado futuro.
Por exemplo:
TNLPL4X
TNLP : código da empresa TELEMAR
L: mês de vencimento, no caso dezembro
4: indica o tipo (PN)
X: indica que é Mercado Futuro
Garantias
São exigidas tanto do comprador como do vendedor, podem ser cobertura ou
margem.
Proventos
Em dinheiro e direitos de preferência — o valor liquido recebido e/ou o valor
teórico do direito é descontado do último preço de ajuste “com-direito”.
Em ações — os contratos passam a ser negociados na forma “com-direito” até o
vencimento.
Custos de Negociação
• Emolumentos
• Taxa de Registro
• Taxa de Liquidação
• Corretagem
Tributação
IR — Incide à alíquota de 15% sobre o resultado positivo da soma algébrica dos
ajustes diários ocorridos no mês.
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É o mercado onde não se negociam ações e sim direitos sobre elas. São direitos
de uma parte comprar ou vender a outra, até determinada data, uma quantidade de
ações a um preço preestabelecido. Neste mercado podem ser negociadas Opções de
Compra de Ações e Opções de Venda de Ações.
Exemplo 1
TELEMAR PN TNLP H 38
Opção de
Indicador
Nome do Código da Compra/Venda
+ Tipo da Ação do Preço de
Pregão Empresa +
Exercício
Mês de Vcto.
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Exemplo:
1) Vamos supor que, faltando 35 dias para o vencimento das opções, você
adquiriu opções de compra sobre ações XYZK com preço de exercício a $32,00,
pagando um prêmio de $4,00.
Considerando que o preço à vista de XYZK no dia da compra das opções era de
$34,50, como podemos descrevera composição do prêmio pago por você?
Resposta
Em primeiro lugar devemos verificar se no momento da sua aquisição a posse da
opção trouxe alguma vantagem econômica. Como a ação adquirida lhe assegurou o
direito de comprar por $32,00 (o preço de exercício) uma ação que já estava cotada no
mercado à vista por $34,50, concluímos que essa vantagem/benefício econômico foi de
$2,50. Esse é o chamado valor intrínseco da opção. Como você pagou $ 4,00 pela
opção, logo a diferença, ou seja $ 1,50, é o chamado valor tempo.
Porque pagou esses $ 1,50 adicionais?
Ora, não se esqueça que ainda faltam 35 dias para o vencimento e você acha
que XYZK até o vencimento estará sendo negociada por mais de $36,00.
Esquematicamente a situação pode ser descrita assim:
• Ação XYZK
Prêmio: $ 4,00
$ 2,50 $ 1,50
Valor Intrínseco = = Valor Tempo
Max (O, PV - Pex) Max (O, Pr – V. Intr.)
2) Considere que, faltando 35 dias para o vencimento das opções, você adquiriu
opções de compra sobre ações XYZK com preço de exercício a $38,00, pagando $0,90
de prêmio. Dado que o preço a vista de XYZK no momento da compra era de $34,50,
sua opção tinha algum valor intrínseco?
Resposta:
A questão proposta, em outros termos, é se existia alguma vantagem econômica,
no momento da aquisição da opção, de se ter o direito de comprar por $38,00 uma ação
que estava sendo negociada a $ 34,50. Analisando dessa maneira, fica fácil concluir que
não. Todo o valor do prêmio pago, portanto, é composto pelo chamado valor tempo.
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Prêmio: $ 0,90
0 $ 0,90
Valor Intrínseco = = Valor Tempo
Max (O, PV - Pex) Max (O, Pr – V. Intr.)
4.6.2 Garantias
• Lançador Coberto
Deposita os títulos relativos a Opção.
• Lançador Descoberto
Deposita margem em dinheiro ou em outros ativos aceitos no mercado a termo,
conforme cálculo efetuado pela Bolsa. A margem depositada é o resultado da soma dos
seguintes componentes: margem de prêmio (prêmio de fechamento do dia) e margem de
risco (maior prejuízo potencial projetado para o dia seguinte).
• Titular da Opção
D+O = Abertura da Posição
D+1 = Débito do Prêmio a ser Pago
• Emolumentos
• Taxa de Registro
• Taxa de Liquidação
• Taxa de Corretagem
4.6.5 Tributação
4.6.6 Proventos
5. NEGOCIAÇÃO
Ofertas limitadas
É a oferta colocada no terminal que especifica um preço acima do qual a ação
não pode ser comprada ou abaixo do qual a ação não pode ser vendida.
Ofertas a Mercado
É a oferta colocada no terminal sem especificar um preço limite, será executada
ao melhor preço ofertado na ponta oposta do mercado, no momento em que é aceita no
sistema.
Ofertas On Stop
É a oferta colocada no terminal que especifica um nível de preço (preço de
disparo) a partir do qual a oferta deve ser ativada. Ela é aceita pelo sistema, mas é
mantida em suspenso, isto é, registrada em separado.
Direto
O negócio direto é aquele em que uma mesma corretora representa o comprador
e o vendedor. Um direto pode ser colocado no sistema através de uma única oferta
“Oferta de Direto” caracterizando o que se denomina Direto Intencional. Um direto pode
também resultar do fechamento de uma oferta da própria corretora que já se encontrava
registrada no sistema; este é denominado Direto não Intencional.
48
Ao entrar com uma oferta o operador pode especificar diferentes validades para
sua permanência no sistema. Essas opções de validade são colocadas no instante da
entrada da oferta ou durante a alteração da oferta.
As ofertas ficam expostas no monitor permitindo ao operador ser avisado das
modificações ocorridas no mercado para suas diversas ofertas registradas no sistema.
5.4 As Ordens
5.5 As Negociações
A negociação eletrônica via Home Broker somente poderão ser realizadas por:
• Sociedades Corretoras que operam diretamente na BOVESPA, Membros e
Permissionárias, que desenvolvam sistemas de acesso ao MEGA BOLSA via Internet,
seguindo os conceitos, características e limitações em vigor;
• Tanto as Corretoras Membros quanto as Permissionárias estão admitidas nos
sistemas de negociação da BOVESPA (eletrônico e internet) a partir do cumprimento de
requisitos estabelecidos pela Bolsa;
49
Existem várias maneiras de fazer esta análise, mais duas possuem mais
seguidores: a análise técnica e a análise fundamentalista.
Embora ambas tentem resolver o mesmo problema da direção do preço, elas
diferem na sua forma de avaliação. A escola fundamentalista, estuda as causas do
movimento do preço, enquanto a escola técnica estuda os efeitos. O analista técnico
argumenta que os efeitos são tudo que ele quer ou necessita saber e que as razões
pelas quais os preços se movimentam são desnecessárias. O analista fundamentalista,
por outro lado, sempre tem de saber o porquê. A escola fundamentalista trabalha com
dados provenientes do estudo econômico-financeiro da empresa dentro do cenário micro
e macro econômico, eventualmente, associado ao cenário internacional, enquanto a
escola técnica trabalha com dados disponibilizados pela movimentação dos preços e
volumes, utilizando gráficos, teorias e indicadores matemático-estatístico a eles
relacionados.
Pay-out e Yeld
Pay-out é a taxa de distribuição do lucro da empresa para o acionista na forma
de dividendos ou juros sobre capital próprio. A legislação exige que seja distribuído, no
mínimo, 25% do lucro líquido após as deduções legais. Exemplificando, se uma empresa
51
tem lucro de R$ 1,00/ação e distribui R$ 0,35/ação como dividendos, seu pay-out seria
de 35%.
Yeld é calculado tendo como numerador o dividendo distribuído por ação e como
denominador o preço atual da ação. Torna-se especialmente relevante se visto para o
futuro, sendo neste caso necessário que tenhamos uma projeção de lucro e seja
estabelecido um pay-out realista. Assim, se uma ação custa hoje R$ 100,00 e esperamos
receber R$ 10,00 em dividendos, o yield seria de 10%, podendo ser visto como um
rendimento da ação, independentemente da valorização em Bolsa.
O Valor de Mercado
O valor de mercado de uma empresa é representado pela cotação das suas
ações em Bolsa, multiplicada pelo número total de ações que compõe seu capital. Para o
cálculo adequado do valor de mercado, deveriam ser consideradas as cotações em
Bolsa de cada tipo de ação (ordinárias e preferenciais) e ponderadas pelas quantidades
de cada tipo no capital da empresa. Entretanto, na maioria dos casos, não há negócios
com os dois tipos em Bolsa, motivo pelo qual é freqüente utilizar-se como referência a
cotação da ação mais líquida (com mais negócios em Bolsa) e efetuar a multiplicação
pelo número total de ações.
Noções de Contabilidade
Os principais itens das demonstrações financeiras são o Balanço Patrimonial e a
Demonstração dos Resultados do Exercício.
Balanço Patrimonial
No Balanço Patrimonial são registrados os bens, direitos e obrigações da
empresa num determinado momento, agrupados em contas dispostas em ordem
decrescente de liquidez.
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Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidade Fornecedores
Clientes Empréstimos Bancários
Estoques Impostos e Outros
Outros Passivo Exigível a Longo Prazo
Ativo Realizável a Longo Prazo Empréstimos Bancários
Ativo Permanente Resultados de Exercícios Futuros
Investimentos Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital
Diferido Reservas
Lucros Acumulados
A soma de todos os itens do Ativo será sempre igual à soma dos itens do
Passivo.
No Ativo Circulante estão contabilizadas as disponibilidades (caixa, valores
depositados em bancos, aplicações financeiras de curto prazo, etc.) e os direitos
realizáveis no prazo de um ano (contas a receber de clientes, estoques, etc.)
O Realizável a Longo Prazo também registra direitos e obrigações, porém
aqueles que somente têm expectativa de realização após um ano a partir da data do
balanço (exemplos: vendas com prazo superior a um ano, empréstimos concedidos a
empresas do mesmo grupo controlador, dentre outras operações consideradas de longo
prazo).
O Ativo Permanente é dividido em três parcelas básicas: Investimentos,
Imoblizado e Diferido. Em investimentos classificam-se as participações societárias de
caráter permanente em outras empresas (como já foi visto, os investimentos em
aplicações financeiras que têm outro sentido e são mantidos no Ativo Circulante). No
Imobilizado estão os bens destinados às operações da companhia, como suas fábricas,
equipamentos, instalações, etc. Com relação ao Diferido, registra as aplicações de
recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um
exercício social, assim como despesas pré-operacionais.
No Passivo Circulante estão classificadas as obrigações de curto prazo da
companhia, como dívida com fornecedores, impostos, instituições financeiras, etc.
O Exigível a Longo Prazo, da mesma forma, registra dívidas e obrigações, com a
única diferença situada no prazo de pagamento, ou seja, aqui se incluem aquelas com
prazo superior a um ano.
Finalmente, chegamos ao Patrimônio Líquido, que representa o capital próprio da
empresa. Nele estão incluídas as contas de Capital, Reserva de Capital, Reserva de
Lucros e outras, além dos Lucros Acumulados. Em outras palavras, este grupo se
caracteriza pela diferença entre o valor total dos ativos (bens e direitos) e dos passivos
(obrigações).
53
EBITDA
Quando o assunto em questão é análise de empresa, a geração de caixa é de
extrema importância, pois é através dela que se mede a capacidade de produzir
recursos. Vale lembrar que o lucro é um importante indicador. Contudo, na maioria das
vezes, o lucro é afetado por valores exógenos à atividade da empresa, tais como
variações cambiais e resultados não operacionais (Ex.: vendas de ativos).
Neste sentido, a geração de caixa, que trata do desempenho da empresa
levando em consideração somente os ganhos gerados em sua atividade principal, é de
extrema importância, o que nos leva a um estudo mais aprofundado do balanço. Sendo
assim, destacamos a forma mais habitual para o cálculo da geração de caixa, que é a
55
Margens
Nos relatórios de empresas elaborados pela ótica da Análise Fundamentalista é
muito comum encontrar a comparação dos resultados através das margens, conforme
aparece nos trechos abaixo, retirados dos relatórios da Belgo Mineira e Telemar.
Belgo Mineira: "A margem bruta foi 3 pontos percentuais maior que à verificada em jan-
set/03, alcançando 42%, apesar da evolução dos insumos de produção (sucata e gusa)".
Telemar: "Neste contexto, destacamos que a margem Ebitda ficou em 42,0%,
aumentando 1,3 p.p. nesse período".
Para melhor explicar o assunto, de maneira bastante resumida, podemos dividir a
análise de balanço em análise vertical e horizontal. Na análise horizontal comparam-se
os resultados entre os períodos. Neste sentido, confronta-se, por exemplo, o balanço de
dezembro de 2003 contra dez/04. Desta forma, pode-se avaliar a evolução da receita,
lucro e demais contas entre os períodos.
Já à análise vertical, onde o conceito de margem está inserido, consiste na
divisão de algumas contas por uma principal. As principais margens, em forma de
porcentagem, são:
Margem bruta: é a relação existente entre o lucro bruto e a receita líquida;
Margem Ebitda: é a relação existente entre o Ebitda e a receita líquida;
Margem da atividade: é a relação existente entre o lucro da atividade e a receita líquida;
Margem líquida: é a relação existente entre o lucro líquido e a receita líquida;
Análise
Empresa X 2003 2004
Horizontal
Principais Indicadores
Quanto aos indicadores que medem a performance da empresa, vamos começar
mostrando aqueles ligados a uma avaliação estática, que são os Indicadores de
Liquidez, Endividamento e Rentabilidade.
Indicadores de Liquidez
Liquidez Corrente
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Indica quanto a empresa tem a receber no curto prazo em relação a cada unidade
monetária que deve no mesmo período.
Liquidez Seca
Ativo Circulante (-) Estoques
Passivo Circulante
Tem o mesmo significado que a liquidez corrente, com exceção do fato de que os
estoques não são considerados como recebíveis, ou seja, não conta com a realização
imediata dos estoques.
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Liquidez Geral
Ativo Circulante (+) Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante (+) Exigível a Longo Prazo
Indicadores de Endividamento
Endividamento Geral
Passivo Circulante (+) Exigível a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Indica quanto a empresa tem captado junto a terceiros em relação ao seu capital próprio.
Endividamento Oneroso
Dívida Onerosa Total
Patrimônio Líquido
Indicadores de Rentabilidade
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Lucro Líquido
Patrimônio Líquido
Indicadores de Mercado
Lucro por Ação (L.P.A.)
LUCRO LÍQUIDO DISPONÍVEL (após I.R.)
Número de Ações da Empresa
O Índice Lucro por Ação (L.P.A.), procura estabelecer quantos reais ou centavos cabe a
cada ação emitida pela empresa de lucros líquidos e disponíveis em determinado
exercício. O lucro apurado por uma empresa em determinado exercício pode ser
conceituado de diversas formas: Lucro Bruto, Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda
etc. O Lucro Líquido Disponível aos Acionistas corresponde ao resultado final da
empresa, o qual está destinado aos seus acionistas, sob a forma de dividendos, ou sob a
forma de aumento das reservas de empresa. Na realidade é indiferente para o acionista
se o lucro final da empresa é distribuído em dividendos, ou reinvestido na empresa. De
qualquer forma, ele está recebendo este resultado: em dinheiro (se for distribuído em
dividendos), e/ou por aumento do Patrimônio Líquido e, mais tarde, por bonificações ou
alterações do valor nominal das suas ações (caso o resultado fique retido na empresa
para ser reaplicado).
O Lucro por Ação é, na realidade, uma expressão da capacidade que a empresa tem em
remunerar o acionista, devendo ser examinadas as séries temporais deste indicador para
se avaliar inclusive as possibilidades futuras de geração de lucros dessa ação.
Para o investidor estas duas variáveis (lucro/ação previsto e preço atual de mercado) são
centrais em seu processo decisório, uma vez que a cotação atual representa o seu custo
(caso decida pela compra da ação) e o lucro/ação previsto representa o seu benefício
esperado. Assim, nada mais racional do que supor que suas decisões se baseiem numa
relação “custo/benefício”, ou seja, no índice P/L (Preço/Lucro).
Suponhamos, por exemplo, que a ação “B” esteja cotada a $10,00. Como o seu
lucro/ação previsto é, por hipótese, $2,00, o seu índice (5) tem duas interpretações
básicas.
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Em primeiro lugar, poderíamos considerar que quem investir $10,00 na aquisição de uma
ação “B”, demorará 5 anos para recuperar este investimento, através dos lucros
previstos, os quais, por hipótese, seriam distribuídos em dividendos anuais de $2,00.
Em segundo lugar e numa ótica mais objetiva, quem investe $10,00 na aquisição da
ação “B” e espera auferir um lucro/ação de $ 2,00/ano, está projetando uma lucratividade
anual de 20% ($2,00/$10,00=0,20 ou 20%). Como pode ser observado, a taxa de
lucratividade prevista (20% ou 0,20) corresponde ao inverso do P/L (I:P/L1/5=0,2 ou
20%).
Como o postulado fundamental da análise de investimento estabelece que a
lucratividade esperada das alternativas de aplicação tem que estar relacionada
diretamente com os níveis de riscos respectivos, segue-se que quanto maior for a
incerteza que envolve o retorno de uma determinada ação, menor deverá ser o seu
índice P/L justo ou razoável.
Agora que já tem uma noção do que representa uma ação e de algumas das
suas principais características, podemos seguir adiante.
Imagine que hoje se dará a estréia da ação Ganhar.com no pregão. Para efeito de
acompanhamento registraremos a evolução dos negócios através de um gráfico em que
o eixo vertical representa uma escala dos preços de negociação e o eixo horizontal a
seqüência temporal dos negócios, conforme representado a seguir:
Assim, por exemplo, um investidor que tenha acesso a algum tipo de informação
privilegiada sobre uma determinada empresa e decidir tirar partido dessa informação,
dificilmente não terá sua atuação detectada pelo analista técnico, muito embora este não
saiba o motivo nem quem está agindo. Mas, para o técnico, o que importa não é o motivo
e sim o seu reflexo no preço.
Assim como num jogo de xadrez ou de dama, o nosso jogo também será jogado
num tabuleiro. Só que o nosso tabuleiro será limitado por um eixo vertical de preço e
outro horizontal de tempo, onde as linhas horizontais imaginárias serão obstáculos a
serem transpostos e as diagonais nossas vias de locomoção. Nossas peças serão
sempre as mesmas: barras de preços. Elas poderão se mover para cima, para baixo ou
lateralmente, sempre em direção à direita.
62
O que é uma barra de preços? Uma barra de preços, simbolizada por uma barra
vertical, é o registro pictográfico da atividade do preço de um ativo financeiro durante um
período, onde cada preço é um consenso momentâneo de valor de todos os
participantes do mercado, expresso em movimento. Voltemos ao primeiro dia de
negócios com as ações da Ganhar.com
Com origem no Japão, foi desenvolvido através do Yadoya Keian e, mais tarde,
complementado por Munehisa Homma, que, por suas extraordinárias habilidades em
negociar arroz futuro na bolsa de Dojima, foi considerado o “Deus dos Mercados” do
século XVII.
Semelhante ao gráfico de barras, cada candle apresenta quatro informações: os
valores de abertura, fechamento, máxima e mínima. A diferença fundamental é que toda
ênfase é dada aos preços de abertura e fechamento, cuja amplitude entre tais
parâmetros é denominada corpo. Existem, ainda, linhas que se estendem acima e abaixo
do corpo, e que são chamadas respectivamente de sombra superior e inferior. Um
exemplo do gráfico de candlestick segue abaixo.
63
Note que existem dois tipos de candles. O de corpo vazado, quando o preço de
fechamento está acima do valor de abertura e o preenchido que mostra o contrário, ou
seja, o preço de fechamento abaixo do preço de abertura.
Agora que já sabe o que é uma barra e um candle, aprenda sobre as
periodicidades mais comuns em que são construídas, porque serão elas que
determinarão a abrangência do que estiver observando num gráfico, de modo a poder
determinar os níveis de suporte e resistência mais significativos. Para que possa
entender melhor ainda o significado de uma barra, de como se processa a luta entre
compradores e vendedores ao longo de um dia de pregão, vamos inventar uma barra
com as seguintes informações: abertura = 4,20, máxima = 13,00, mínima = 1,50 e
fechamento = 11,50. Agora, vamos dissecá-la, criando um desdobramento hipotético.
Faça de contas que o pregão é dividido em 18 períodos de 15 minutos com intervalos de
1 minuto entre eles e que cada barra de 15 minutos seja construída de maneira idêntica
à barra diária, com o valor da abertura, o valor da máxima, o valor da mínima e o valor do
fechamento. No final do dia, utilizando dois eixos perpendiculares (o horizontal
representando uma escala de tempo e o vertical de valor), é possível visualizar, através
da movimentação das barras de 15 minutos, como foi o movimento interno do pregão
daquele dia.
64
Do que foi visto até agora podemos concluir que a máxima de uma barra é um
ponto em que a presença dos vendedores impõe uma pressão denominada
resistência que impede que o preço prossiga subindo e que a mínima de uma barra é
um ponto em que a presença dos compradores impõe uma pressão denominada
suporte que impede que o preço continue caindo. Ou seja, um preço sobe pela ausência
de vendedores e cai pela ausência de compradores. Quando a força contrária ao
movimento em andamento passa a predominar cria uma barreira que impede, ao menos
temporariamente, que o preço prossiga evoluindo na direção prévia.
São estas pressões que vão criar os pontos de retorno de um gráfico. Se o ponto
de retorno ocorrer após uma sucessão de duas ou mais barras ascendentes, este nível é
classificado como um topo; se ocorrer após a sucessão de duas ou mais barras
descendentes é classificado como um fundo. Portanto, topos são níveis de resistência e
fundos são níveis de suporte. Os diagramas que se seguem esclarecerão melhor o que
são pontos de retorno e níveis de suporte e resistência.
66
Topo é o nível de preço mais alto atingido por uma sucessão de duas ou mais
barras de preço antes da ocorrência de um ponto de retorno, conforme exemplo da figura
1, acima.
Fundo é o nível de preço mais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais
barras de preço antes da ocorrência de um ponto de retorno, conforme exemplo da figura
2, acima.
a) Suportes são níveis de preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes o
suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo
de queda, gerando um ponto de retorno;
b) Resistências são níveis de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes
o suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um
processo de subida, gerando um ponto de retorno.
Assim, topos são zonas de resistência e fundos são zonas de suporte. Uma
vez definida uma região de suporte ou resistência, seus papéis podem se alternar, isto
é, uma região de resistência recente, uma vez rompida para cima pode transformar-se
numa área de suporte e um suporte recente, uma vez rompido para baixo, transformar-se
numa área de resistência, conforme ilustra o diagrama cima.
67
Observe agora os gráficos acima, você verá quatro janelas de um mesmo ativo
apresentado em quatro periodicidades diferentes, a saber: mensal, semanal, diária e de
15 minutos. Poderá identificar os topos e os fundos, bem como os níveis de
suporte/resistência. Responda: quais são os topos e fundos e os níveis de
suporte/resistência mais importantes?
Os topos/fundos e suportes/resistências mais importantes são a da maior
periodicidade examinada. Os topos e fundos contidos no interior de uma longa perna de
alta ou de baixa são denominados topos e fundos secundários e os dos extremos são
denominados topos e fundos principais. Porém, quando passa a examinar um gráfico de
uma ou mais periodicidades acima da que vinha observando, poderá notar que um topo
ou fundo principal na periodicidade em que examinava, numa periodicidade acima
poderá ser um topo ou fundo secundário. Assim quanto maior a periodicidade
examinada, mais significativo seus topos fundos principais e por conseqüência os níveis
de suporte e resistência.
Mas, nesta visão o alcance da sua análise fica restrito à observação da árvore.
Para que possa ter uma visão mais ampla dos níveis de suporte e resistência será
preciso que se afaste deforma que possa visualizar a floresta.
Observe na próxima imagem (gráfico semanal) se num cenário mais amplo, o
topo e o fundo principal definidos no gráfico diário continuam sendo os principais níveis
de suporte e resistência:
6.2.4 Ziguezagues
A observação de uma barra, como vimos, permite que você extraia alguns
pedaços de informações sobre o equilíbrio das forças entre compradores e vendedores,
mas por si só, ela não é suficiente para nos fornecer a direção do mercado.
O ziguezague é o padrão básico da direção dos preços e de alguns indicadores.
Como podem observar no quadro da página anterior, os preços de um ativo negociado
nas bolsas, quando se movimentam, geralmente, não o fazem em linha reta, mas sim em
forma de raio.
Para que tenhamos uma sinalização da direção de um preço (ou de um mercado)
é preciso que ele se movimente até um nível qualquer, formando um extremo (topo ou
fundo) e que este movimento seja seguido por dois pontos de retorno, o primeiro na
direção oposta e o segundo na direção inicial rompendo (ou penetrando) o extremo do
topo ou fundo prévio. O diagrama abaixo ajudará na compreensão do texto:
70
6.2.5 Tendências
movimento (perna) de alta precedente. Isto é o que definido, pela Teoria de Dow, como
Mercado de Baixa.
De maneira idêntica podemos afirmar que uma Tendência Secundária de Alta é
formada por uma sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada movimento
(perna) de alta ultrapassa o topo do movimento (perna) de alta precedente e cada
movimento (perna) de baixa volta a subir (reverte) de um nível mais alto que o fundo do
movimento (perna) de baixa precedente. Inversamente, Tendência Secundária de Baixa
é formada por uma sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada movimento
(perna) de baixa ultrapassa o fundo do movimento (perna) de baixa precedente e cada
movimento (perna) de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo que o topo do
movimento (perna) de alta precedente.
As Tendências Secundárias geralmente duram de três semanas a alguns meses,
raramente mais. Costumam retroceder (corrigir) de um terço a dois terços da Tendência
Primária precedente.
As Tendências Terciárias seguem o mesmo padrão das duas anteriores, mas
formadas por flutuações que em si mesmas são pouco significativas. Estes movimentos
são de curta duração, em geral menos de seis dias, raramente mais do que três
semanas.
Com o intuito de facilitar o entendimento da classificação das tendências, segue-
se um diagrama. Esclareço, entretanto, que no mundo real, os ziguezagues raramente se
desdobram de maneira tão certinha assim. Muitas vezes, terá que lançar mão de
recursos complementares para melhor identificá-las. Alguns desses recursos podem ser:
traçar linhas de tendência ou marcar o canal, visualizar o gráfico em linha utilizando
apenas os preços de fechamento, subir de periodicidade, o uso de indicadores
complementares (médias móveis), etc. Tudo isto será visto mais para frente.
73
Parece um quadro do Volpi, mas não é. É o uso das cores com objetivo didático.
A linha preta contínua é o gráfico de preços computados apenas pelo valor dos
fechamentos. Todo o desdobramento incluso na área azul mais escura até o topo mais
alto é o que chamamos de uma tendência primária de alta. Todo desdobramento incluso
na área cinza a partir do topo mais alto (à sua direita) é o que chamamos de uma
tendência primária de baixa.
Reforçando, ambas são formadas por tendências secundárias de alta (área azul
claro) e de baixa (área vermelha). Estas, por sua vez, são formadas por tendências
terciárias de alta (área verde) e de baixa (área amarela). Com estes esclarecimentos
acredito que não fique nenhuma dúvida sobe a classificação das tendências. Mas, se
ainda restou alguma, entenda deste modo: As tendências secundárias são subdivisões
das Tendências Primárias (um grau abaixo); as Tendências Terciárias são subdivisões
das Tendências Secundárias (um grau abaixo). As tendências terciárias são subdivisões
da Tendência primária (um grau abaixo da secundária e dois graus abaixo da primária).
Finalmente, resta comentar que, algumas vezes as pernas das tendências
secundárias e terciárias se confundem, isto é, devido à velocidade do movimento e à sua
extensão, podem ser a mesma. Um exemplo pode ser visto na última secundária de
baixa da Tendência primária de baixa, onde as setas vermelha e amarela estão
superpostas no mesmo movimento.
Dica: Quando for classificar a Tendência Primária de um ativo qualquer terá seu
trabalho facilitado se utilizar o gráfico de periodicidade mensal. De modo idêntico, o
gráfico semanal facilitará na percepção da Tendência Secundária e o diário a da
Tendência terciária.
Veja a seguir um gráfico mensal do BOVESPA onde pode observar sua evolução
durante um período de 12 anos. Poderá constatar que em alguns níveis, a seqüência dos
topos e fundos ascendentes passam por períodos de difícil identificação, interrompendo
o padrão anterior (ficando indefinidos). Aproveitando o exemplo abaixo, marque os topos
principais e intermediários e, em seguida, verifique quantas tendências primárias de alta
e de baixa consegue identificar:
74
Linha de Tendência
Embora muitos investidores possam desprezar a importância das linhas de
tendência, elas são uma das ferramentas mais importantes da análise técnica. Na
metodologia que estamos desenvolvendo, como disse anteriormente, são básicas.
As pessoas marcam as linhas de tendência de muitos modos diferentes, mas de
um modo geral, a chave para plotar as linhas de forma correta é traçá-las conectando
dois fundos com um topo intermediário entre eles ou dois topos com um fundo
intermediário entre eles.
A linha de tendência pode ser de baixa ou de alta: uma linha de tendência de
alta é representada graficamente por uma linha reta conectando as correções (os fundos)
numa tendência de alta. A linha de tendência de baixa é o inverso; conecta as correções
(os topos) numa tendência de baixa. São usadas para identificar a direção das
tendências. Quando dois topos ou dois fundos estão horizontalmente nivelados, também
é possível conectá-los com linhas horizontais, mas, ao invés de linha de tendência, a
linha é denominada respectivamente de linha de resistência ou linha de suporte. O
diagrama abaixo facilitará a compreensão do texto.
Reforçando, para que se possa traçar uma linha de tendência de alta, será
necessário a existência de, pelo menos, dois fundos (F e F1) intercalando um topo (T1) e
que o segundo fundo (F1) esteja num nível mais alto do que o primeiro (F). A linha de
tendência de baixa é o inverso. Você precisa ter dois topos (T e T1) intercalando um
fundo (F1) e o segundo topo (T1) tem que estar num nível inferior ao primeiro (T). A
confirmação da validade dessas linhas ocorre quando o terceiro toque se confirmar (F2 E
T2 respectivamente), isto é, respeitar essa linha e reverter seu movimento na direção
oposta. A projeção dessas linhas para frente nos ajudará a antecipar futuros pontos de
compra e venda. Além do diagrama acima, encontrará nos gráficos analisados na revista
e nas análises diárias uma série de exemplos reais de linhas de tendência em
andamento. Só com treinamento alcançará o grau de “olho de águia”. Brincadeira à
parte, treine bastante a colocação das linhas de tendência. Como já disse, será um
elemento essencial na definição das estratégias.
Ângulo de Inclinação
É o aspecto mais importante da linha de tendência ¾ se estiver inclinada para
cima, mostra que os compradores são a força dominante nesse momento e procurará
operar do lado mais forte; se estiver inclinada para baixo, mostra que os vendedores
são a força dominante e operará com eles. Assim, se estivermos acompanhando, por
76
exemplo, uma linha de tendência de alta, toda vez que os preços retrocederem para essa
linha, poderemos tentar uma compra, evidentemente com um estope de entrada (estope
de entrada ou inicial é o nível definido simultaneamente com o ponto de compra para, se
a compra que tiver feito não evoluir favoravelmente, limitar sua perda) um pouco abaixo
da linha. Para uma linha de tendência de baixa o raciocínio é o inverso. Veja nos
desenhos abaixo alguns exemplos representativos da inclinação das linhas de
tendências de alta e de baixa.
Linha de retorno
É uma linha traçada paralelamente à linha de tendência original, que liga os
extremos opostos. Isto é, se tivermos uma linha de tendência de alta (traçada pela
conexão dos fundos), a paralela estará conectando os topos e os preços ficarão contidos
dentro dessas paralelas, criando um corredor denominado canal de alta. Se estivermos
diante de uma tendência de baixa (traçada pela conexão dos topos), a linha de retorno
paralela estará conectando os fundos, formando um corredor conhecido por canal de
baixa.
Se estivesse analisando
apenas o gráfico diário,
poderia pensar que a linha
de tendência de baixa
(LTB1) fosse a resistência
principal rumo ao teste do
topo de 4,17. Entretanto,
subindo da periodicidade
diária para a semanal,
perceberá que a linha de
tendência principal, aquela
que tem que ser realmente
rompida, rumo novas
máximas é a LTB.
• Quanto mais longa for (em tempo, mas na mesma periodicidade), mais válida:
uma linha de tendência de curta duração reflete o comportamento da massa
durante um curto período de tempo. Uma, de prazo mais longo, reflete o
comportamento da massa durante um longo período de tempo.
Observe na linha de
tendência de alta,
traçada no gráfico de
Embraer on, quantas
oportunidades de
compra, com estopes
iniciais curtíssimos,
foram proporcionadas
nas vezes em que o
preço retornou próximo
à linha, a partir do
terceiro toque
assinalado pela
segunda seta.
Como diz o próprio nome são padrões que se formam durante a movimentação
de uma tendência. De tempos em tempos, quando em tendência, o preço de um ativo
qualquer dá uma parada para retomada de fôlego e depois continuar se movimentando
na direção em que vinha se movendo. Essas interrupções momentâneas assumem
diferentes formas, no geral denominadas de áreas de congestão. As principais são os
triângulos, retângulos, cunhas, bandeiras e flâmulas, sendo que apenas os dois últimos
81
6.2.6.1.1.1 Triângulos
São áreas de congestão cujos limites superior e inferior convergem para a direita.
Para poder traçar um triângulo precisa-se de, pelo menos, quatro pontos de retorno: dois
de fundo e dois de topo. Um triângulo pequeno, cuja altura corresponda a 10 ou 15% do
movimento precedente, provavelmente será um triângulo de continuação. Na maioria das
tendências de alta e de baixa se encontram muitos destes triângulos. Grandes triângulos,
cuja altura corresponde a um terço ou mais do movimento precedente, provavelmente
funcionarão como padrão de reversão. Dependendo do seu ângulo, o triângulo pode ser
classificado em três tipos: simétrico, ascendente e descendente.
Triângulo Simétrico: é aquele cujo limite superior e inferior convergem para a direita
num mesmo ângulo de inclinação. Normalmente reflete um equilíbrio de forças entre
compradores e vendedores e sua resolução usualmente são de continuação. Durante
sua formação, os preços vão caminhando para a direita através de flutuações cada vez
mais estreitas, na direção do vértice, com sensível redução do volume, até que sem
nenhum aviso, rompe o triângulo com grande impulso com notável aumento do volume.
Raramente, durante a formação de um triângulo, se obtém qualquer indício da direção
em que será perfurado, até que finalmente o seja. Algumas vezes, pode-se ter uma boa
idéia observando-se o que está acontecendo nos gráficos de outras ações, mas
freqüentemente, só lhe resta aguardar até que se defina. Tudo, neste padrão, indica
vacilação ou dúvida.
Uma observação que vale para todos os tipos de triângulos é que normalmente,
logo após o rompimento da linha, ocorre uma volta rápida em sua direção, seguida de
aceleração na direção do corte. Outro aspecto importante é o tempo de resolução dos
triângulos. Os três tipos, geralmente se definem num prazo que varia de três semanas a
três meses, podendo, entretanto, durar um pouco mais.
Seguem-se alguns exemplos reais de triângulos ascendentes como padrão de
continuação e de reversão, um triângulo descendente como padrão de reversão e outro
triângulo simétrico de continuação.
Tudo que foi visto aqui sobre os triângulos, dos padrões às características e
estratégias, aplicam-se em qualquer periodicidade. Triângulos podem se formar nos
gráficos de 15 minutos, semanal, mensal, etc. Seu significado será sempre o mesmo, isto
é vacilação ou dúvida, na periodicidade em que estiver se desenvolvendo.
em vez de continuar subindo (ou caindo) como seria de se esperar, ao chegar nas
proximidades do ponto mais alto (ou mais baixo) do padrão, a formação deriva para um
retângulo. Deste modo, quando estiver iniciando uma operação de compra ou de venda,
vale a pena verificar a distância do ponto de corte até o extremo da base para verificar
se, antes de ultrapassar a última resistência, a relação risco/recompensa vale a pena. Se
não for, será mais seguro esperar pela confirmação da penetração do extremo da base
do padrão para iniciar uma operação. Escrito de uma outra forma tem o mesmo sentido
que: suponha que o topo de um triângulo seja 20. Se o corte da linha superior ocorrer em
torno de 19, será melhor esperar romper a resistência dos 20 para comprar. Porém, se o
corte da linha superior se der em torno de 15, com espaço para um lucro razoável antes
de atingir a resistência de 20, vale à pena comprar no corte.
6.2.6.1.1.2 Retângulos
São formações que consistem de uma séria de flutuações de preços que vão se
estendendo para a direita, ora para cima, ora para baixo, contidas entre duas linhas
horizontais (de topo e de fundo), raramente paralelas, formando uma área de congestão.
Esta formação, diferentemente dos triângulos que indicam vacilação ou dúvida, reflete
um grande equilíbrio entre as forças oponentes do mercado.
Costumam surgir com mais freqüência como padrão de continuação, mas
também surgem como padrão de reversão. Tanto podem ocorrer como padrão de
continuação de alta ou de baixa, como padrão de reversão de topo e fundo.
nas quedas e a diminuir nas subidas e estas características podem nos auxiliar quando
estivermos verificando qual o lado mais provável de ser perfurado.
6.2.6.1.1.3 Cunhas
São formações gráficas, em que as flutuações dos preços ficam contidas entre
duas linhas convergentes, mas que se diferenciam dos triângulos por serem ambas,
simultaneamente, inclinadas para cima ou para baixo. O padrão do volume é similar aos
dos triângulos e retângulos, diminuindo substancialmente durante seu desdobramento.
Seu tempo de formação e resolução é similar ao dos triângulos, de um a três meses,
mas pode demorar mais.
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A resolução dessa congestão pode levar de cinco dias a três semanas, sendo
que, quando são rápidas, não chegam a ficar inclinadas, assemelhando-se a pequenos
quadrados. Quanto maior a distância entre as linhas que a formam, maior o tempo gasto.
Quando surgem em tendências de baixa, suas características são as mesmas, só que no
sentido inverso e com propensão a uma definição mais rápida.
As flâmulas diferem das bandeiras apenas pelo seu formato, mantendo todas as
demais características. Seu aspecto está muito mais para um triângulo inclinado ou uma
pequena cunha. Elas também se formam após um rápido avanço (ou declínio) dos
preços e, durante sua construção, o volume diminui de forma sensível, mais rapidamente
ainda do que durante a construção das bandeiras. As projeções dos objetivos mínimos
são idênticas às das bandeiras.
Bandeiras e flâmulas são consideradas pelos grafistas, como padrões dos mais
confiáveis, tanto na indicação da direção do mercado, como nas projeções de medida.
Ocasionalmente podem falhar, mas nunca sem antes dar um sinal que o padrão tenha se
completado. Para que possa se prevenir dessas falhas, basta que observe atentamente
para três aspectos:
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Como pode ver nos gráficos acima, estas formações surgem uma atrás da outra
somente quando um ativo ou um índice entra em tendência. Embora sejam padrões
facilmente perceptíveis, são os mais difíceis de serem seguidos, se não for
acompanhado de um sólido critério analítico e operacional.
Para a maioria dos investidores, principalmente aqueles menos experientes que
ainda se encontram na fase oral (das dicas), é muito difícil realizar quando um papel já
subiu um bom pedaço, que se deve comprar (adicionar) mais alguns lotes na medida em
que forem surgindo novos pontos de compra. Em geral, após comprar e obter algum
lucro ele passa a ficar preocupado em proteger aquilo que já ganhou e dificilmente
resiste comprado após um ou dois dias consecutivos de queda.
Quando o papel volta a subir, após uma breve respirada (a bandeira ou flâmula),
ele não tem mais coragem para recomprar e deixa de obter os benefícios de uma
tendência. Acho que é por isto que dizem que o investidor menos experiente não deixa o
lucro crescer.
Daqui para frente, quando observar um ativo qualquer rompendo uma resistência
ou um suporte importante e começar a subir/cair de forma acelerada, lembre-se que
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melhor do que esperar pela ultrapassagem do topo do padrão, no caso de ter de repetir a
compra no corte da linha de tendência de baixa retraçada. Algumas vezes, fazer uma
operação num nível de compra mais baixo, ser estopado e repetir o procedimento, custa
menos do que esperar pela penetração do topo.
Com isto encerramos nossa viagem pelos padrões de continuação e
examinaremos a partir de agora os padrões de reversão.
São padrões que quando aparecem indicam que a tendência em andamento está
em vias de mudar de direção. Na maioria dos casos, quando uma tendência de preços
entra num processo de reversão, seja de alta para baixa ou de baixa para alta, uma área
ou padrão característico toma forma no gráfico, tornando-se reconhecido como padrão
de reversão. Algumas dessas formações gráficas são construídas e completadas muito
rapidamente, mas na sua maioria necessitam de várias semanas para atingir um estágio
em que alguém possa dizer, com segurança, que uma reversão de tendência está
definitivamente assinalada.
Genericamente falando, quanto maior a área de reversão ¾ quanto mais largas
as flutuações dentro dela, quanto mais tempo demorar a se formar, quanto mais ações
trocarem de mãos durante sua construção ¾ mais importantes suas implicações. Assim,
grosseiramente falando, uma grande formação de reversão sugere um grande
movimento a seguir e um pequeno padrão, um pequeno movimento.
Dentre os padrões de reversão mais comuns, veremos a formação de Cabeça e
Ombros.
Veja a seguir alguns exemplos reais e note como todos os objetivos mínimos não
só foram atingidos, como ultrapassados:
Quanto à sua forma podem surgir com dois ombros de cada lado e uma cabeça;
podem surgir com duas cabeças e um ombro de cada lado; podem ter três cabeças e
dois ombros simples; podem ter três ombros de cada lado e uma cabeça, enfim, podem
assumir vários aspectos dentro do padrão e são mais conhecidas como formações
complexas. O padrão tem uma forte tendência à simetria, principalmente quanto ao
número de ombros. Assim, se de um lado ocorrerem dois ombros, pode-se esperar que o
mesmo aconteça no lado direito da cabeça.
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LP = LINHA DO PESCOÇO.
Quando estiver examinando seus gráficos e perceber que, após uma grande
subida, os preços começaram a ratear, perfurando inicialmente a linha de tendência de
alta e, no próximo movimento de subida, começarem a cair antes de ultrapassar o topo
anterior, com um padrão crescente do volume durante a formação do ombro esquerdo e
da cabeça, independente de qual dos dois tenha sido maior, a probabilidade de que
esteja diante de uma formação de cabeça e ombros é muito grande. Neste caso, existem
três pontos relativamente seguros para iniciar uma venda:
1) A partir do momento que o
ombro esquerdo e a cabeça de
uma possível formação de
C&Os puderem ser vista no
gráfico e começar a se formar
o ombro direito, trace uma
linha de tendência de alta e
quando ela for cortada para
baixo, venda e coloque um
estope de entrada um pouco
acima da máxima da perna de
alta anterior ao corte da linha
de tendência. Se o seu estope
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for atingido, encerre sua operação, retrace a linha de tendência de baixa e, até que o
topo da cabeça tenha sido ultrapassado, venda no corte da linha de tendência de baixa.
2) Quando o movimento de queda que vai completar o ombro direito penetrar a linha de
pescoço venda e coloque um estope de entrada um pouco acima do topo anterior. Se
perceber que a distância do topo do ombro direito implica num pedágio muito caro, em
vez de usar o topo anterior como referência de estope, use a máxima da barra em que se
deu a penetração. Neste caso, se for estopado, venda novamente quando a mínima
atingida antes de ter sido estopado for penetrada e coloque um estope de entrada um
pouco acima do novo topo anterior. Se não entendeu, é exatamente a mesma
abordagem da próxima estratégia de venda, apenas num nível um pouco mais alto.
3) Se após o rompimento da linha de pescoço, os preços voltarem ao seu encontro e dali
voltarem a cair, venda quando o fundo anterior for penetrado numa base de fechamento
e coloque o seu estope um pouco acima do novo topo anterior formado pela tentativa de
volta à linha de pescoço.
Observações:
a) Durante o curso, quando eu mencionar “numa base de fechamento”, estou me
referindo ao “preço de fechamento”, o último negócio do dia ou da periodicidade em que
estiver trabalhando.
b) “Se tiver sido estopado”, tem o sentido de: se o nível previamente definido
para interromper sua operação, caso ela estivesse saindo fora do previsto, tiver sido
atingido.
Onde:
U = média das variações de preço para cima (altas)
D = média das variações de preço para baixo (baixas)
Em geral estes valores médios são calculados num período fixo de tempo.
Quando Wilder introduziu o RSI recomendou o uso de 14 dias que foi otimizado para o
DJIA.
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compra, para outra é ponto de venda e vice-versa, ambas as técnicas funcionam quando
complementadas por indicadores de tendência. Quando o mercado está sem uma
tendência definida utilizamos a técnica de suporte/resistência. Se houver uma ruptura de
um destes níveis indica que o mercado pode ter assumido uma tendência.
No gráfico indicamos dois pontos (setas brancas), um de compra (buy) e outro de
venda (sell), resultantes do rompimento das retas de 30 e 70 respectivamente e após
respectivas divergências altistas e baixistas (retas amarelas).
Alguns analistas não consideram os níveis de exaustão para interpretar o RSI.
Baseiam-se exclusivamente nas divergências ou no fato do indicador estar acima ou
abaixo do nível 50. Assim a interpretação seria simplesmente comprar quando o
indicador ficar acima de 50 e vender quando o indicador estiver abaixo de 50.
Existem entretanto momentos em que não podemos determinar perfeitamente a
operação mais adequada, o que nos obriga a complementar a análise com outros
indicadores.
O ponto marcado com uma interrogação (?) não satisfaz aos critérios de compra
se nos baseamos apenas no RSI mais outros indicadores indicam o ponto como sendo
um ponto de compra.
É claro que dependendo do ativo que está sendo analisado o número de dias
ideal par ao cálculo do RSI pode ser maior ou menor que 14 dias e os níveis de atuação
diferentes de 30 e 70. Recomendamos a otimização para cada ativo analisado e uma
periódica reavaliação com o objetivo de maximizar o retorno em sua aplicação.
6.2.8 GAP’s
A figura abaixo ilustra os referidos GAP’s e demonstra que todos foram fechados
após um período curto de tempo.
GAPS’s são áreas no gráfico na qual não ocorreu negociação. Um GAP numa
tendência de alta é formado quando os preços abrem acima da cotação do dia anterior e
este hiato (“GAP”) não é fechado durante o pregão. Numa tendência de baixa ocorre o
inverso: os preços abrem num nível mais baixo do dia anterior e este hiato não é fechado
posteriormente.
“GAP’s” para cima são mostras de vitalidade do mercado, enquanto “GAP’s” para
baixo são demonstrações da sua fraqueza. “GAP’s” aparecem mais em gráficos de
barras diários mas podem também aparecer (embora raros) em gráficos semanais e
mensais.
Acreditou-se durante muito tempo na máxima de que “GAP’s devem ser sempre
fechados, ou seja, que após um GAP ser criado o mercado deve sempre voltar para
fecha-lo, mais na verdade isto nem sempre ocorre.
Existem quatro tipos de GAP:
1 – O GAP COMUM
O GAP comum é formado geralmente em mercados de pouca liquidez ou então
em faixas de congestão. Neste caso o GAP é pouco significativo e demonstra mais uma
falta de interesse por parte de um dos lados de negociação do que qualquer outra coisa.
Os GAP’s comuns são em sua grande maioria prontamente fechados, não sendo
relevantes na determinação do estágio em que se encontra a tendência analisada.
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Vê-se neste exemplo (café – Nova Iorque) o GAP de Exaustão (5) e Midways
GAP’s (1) e (2) com seu objetivo técnico tendo sido atingido. Notar que o Midway GAP
serviu de supor posteriormente no ponto (3). Notar também o Breakway GAP (4) formado
quando da quebra do topo atingido no começo de Novembro/85.
4 – GAP DE EXAUSTÃO
Este último tipo de GAP que ocorre no final de uma tendência, ocorre
normalmente depois de um rápido avanço ou declínio dos preços o que faz confundi-lo
com o “Midway GAP”. Na maioria dos casos as tendências começam acelerando-se cada
vez mais até que pouco a pouco perdem força quando resistências (ou suportes) cada
vez mais fortes começam a diminuir-lhes o seu “ímpeto”. Entretanto, existem casos nos
quais tendências com grande força não mostram evidências de perder “momento” mas,
ao contrário, vão acelerando-se cada vez mais até que em um determinado ponto
revertem radicalmente de direção.
Os GAP’s de Exaustão são formados exatamente no final da tendência quando
esta, num “último suspiro”, forma um GAP, negocia um ou poucos dias neste nível de
preços, e depois reverte de direção fechando-o prontamente.
Há um velho ditado que diz que o mercado tem horror aos GAP’s e que eles
serão preenchidos. Embora isso possa ser verdade para os GAP’s comum e de
exaustão, manter posição a espera de fechamento do GAP pode ser perigoso e você
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7. OS AXIOMAS DE ZURIQUE
I – DO RISCO
Preocupação não é doença, mas sinal de saúde. Se você não está preocupado, não está
arriscando o bastante.
1 – Só aposte o que vale a pena;
2 – Resista à tentação das diversificações;
II – DA GANÂNCIA
Realize o lucro sempre cedo demais.
3 – Entre no negócio sabendo quanto quer ganhar; quando chegar lá caia fora;
III – DA ESPERANÇA
Quando o barco começar a afundar, não reze. Abandone-o.
4 – Aceite as pequenas perdas com um sorriso, como fatos da vida. Conte incorrer em
vários, enquanto espera um grande ganho;
IV – DAS PREVISÕES
O comportamento do ser humano não é previsível. Desconfio de quem afirmar que
conhece uma nesga que seja do futuro.
V – DOS PADRÕES
Até começar a parecer ordem, o caos não é perigoso.
5 – Cuidado com a armadilha do historiador;
6 – Cuidado com a ilusão do grafista;
7 – Cuidado com a ilusão de correlação e a ilusão da causalidade;
8 – Cuidado com a falácia do jogador;
VI – DA MOBILIDADE
Evite lançar raízes. Tolhem seus movimentos.
9 – Numa operação que não deu certo, não se deixe apanhar por sentimentos como
lealdade ou saudade;
10 – Jamais hesite em sair de um negócio se algo mais atraente aparecer à sua frente;
VII – DA INTUIÇÃO
Só se pode confiar num palpite que possa ser explicado.
11 – Jamais confunda palpite com esperança;
IX – DO OTIMISMO E DO PESSIMISMO
O otimismo significa esperar o melhor, mas confiança significa saber como se lidar com o
pior. Jamais uma jogada por otimismo apenas.
X – DO CONSENSO
Fuja da opinião da maioria. Provavelmente está errada.
14 – Jamais embarque nas especulações na moda. Com freqüência, a melhor hora de se
comprar alguma coisa é quando ninguém a quer.
XI – DA TEIMOSIA
Se não deu certo da primeira vez, esqueça.
15 – Jamais tente salvar um mau investimento fazendo “preço médio”;
XII – DO PLANEJAMENTO
Planejamentos a longo prazo geram a perigosa crença de que o futuro está sob o
controle. É importante jamais levar muito a sério os seus planos a longo prazo, nem os
de quem quer que seja.
16 – Fuja de investimentos a longo prazo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS