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1 - INTRODUÇÃO
2 – HISTÓRICO
2.1 - A EMPRESA
A Indústria Química Mascia Ltda, está situada na Rua Honorato Bazei, nº 100,
Bairro Desvio Rizzo, distrito industrial de Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul.
A Indústria Química Mascia Ltda foi fundada no dia 31 de março de 1972. Desde a
sua fundação a empresa está voltada para o ramo de tratamento de águas industriais, com
desenvolvimento de tecnologia própria, que foram iniciadas nos primeiros anos da década
de 70.
é adequar produtos químicos aos diversos tipos de águas de alimentação para que não
DIRETOR
PRESIDENTE
SETOR DEPARTAMENTO
SECRETARIA PESSOAL
FINANCEIRO
ASSESSORIA
CONTÁBIL
ASSISTÊNCIA CONTROLE
VENDAS TÉCNICA QUALIDADE LABORATÓRIO
MANUTENÇÃO PRODUÇÃO
Os diversos tipos de águas encontrados na natureza nunca são puros, pois todos
químico puro a água é um líquido incolor, insípido e inodoro, representada pela fórmula
a) ferro - o ferro é encontrado nas águas sob a forma de bicarbonato ferroso. Sua
concentração varia de acordo com a região, podendo chegar a concentração de até 100
ppm. Possui tendência à formação de depósitos sobre as superfícies dos tubos da caldeira,
ferro facilita o acúmulo de substâncias corrosivas sob esta camada, criando um ambiente
propício à corrosão. O ferro pode ser removido das águas por aeração, cloração,
cálcio e magnésio. Suas concentrações variam de 10 a 200 ppm. A dureza total contida na
água é devida a bicarbonatos (HCO3-), sulfatos (SO4-), cloretos (Cl-) e nitratos (NO3-). Os
troca térmica. Podem ocasionar um superaquecimento nos tubos, que levará a ruptura do
presentes num sistema de geração de vapor. Além de causar as incrustações, liberam gás
carbônico que dissolve-se na água, sendo altamente corrosivo. A alcalinidade pode ser
com concentrações que variam de 5 a 200 ppm, dependendo da região proveniente. São
concentração pode variar de 2 a 100 ppm. Juntamente com a dureza, a sílica ocasiona
térmica. Em caldeiras que operam a uma pressão superior a 28 kgf/cm2 pode ocorrer a
cálcio e magnésio, em uma concentração que varia de 3 a 1.000 ppm. Na água do mar sua
concentração pode chegar a 25.000 ppm. Os cloretos se não removidos da água por
caldeira;
g) gás carbônico - o gás carbônico é encontrado dissolvido nas águas brutas, numa
partes metálicas da caldeira. Está presente na água sob a forma de O2 e sua concentração
concentração que pode atingir 20 ppm. Pode ser encontrado na forma de compostos
concentrações ataca o cobre e suas ligas mesmo sem a presença de O2. O amoníaco é
retirado das águas por cloração, desmineralização ou deaeração. Sua presença numa água
problemas referenciados para o ferro. Sua presença ocorre na forma de bicarbonatos numa
concentração de até 5 ppm. Pode ser removido por precipitação durante o processo cal
coloidal são avaliadas pela turbidez e cor. Encontram-se em grandes quantidades nas águas
suspensão e a coloidal são constituídas de argila, lama, areia, óleos, matéria orgânica,
sílica, ácidos húmicos e fúlvicos, bactérias e esporos. Turbidez de uma água é o termo
valores de turbidez que podem chegar a 2.000 ppm como SiO2. O desenvolvimento de cor
caldeiras. Além disto a coloração de uma água pode influir no processo industrial de
determinados produtos. Filtros de carvão ativado são usados para eliminar a cor,
conforme o resultado viabiliza ou não o uso da água para produção de vapor. Caso a água
apresente um alto valor de s.t.d., sua desmineralização para posterior uso em caldeira será
concentração de sólidos existente. A remoção deste constituinte na água pode ser feita pela
3.2.1 - Pré-Decantação
do processo de floculação.
3.2.2 - Clarificação
aluminato de sódio, sulfato ferroso, cloreto férrico, sulfato férrico, óxido de cálcio, etc. Os
coagulantes são mais eficientes economicamente quando se ajusta o pH, isto é, a acidez ou
alcalinidade da água para melhor coagulação. Os produtos normalmente usados para esta
finalidade são o carbonato de sódio e a cal, para elevar o pH, e ácido sulfúrico para baixar
o pH.
Como coadjuvantes dos coagulantes são usados polieletrólitos que podem ser
coloidal ficaram agregadas na forma de flocos, é bombeada para um decantador que tem
água dependerá da fonte de captação, podendo esta apresentar lama, argila, óxido de ferro,
3.2.3 - Neutralização
tratamento de coagulação. Normalmente usa-se para tal função a soda barrilha ou água de
cal.
3.2.4 - Desinfecção
A cloração geralmente é feita com hipoclorito de sódio e cloro gasoso, que devem
ser posteriormente removidos se esta água for utilizada como alimentação de caldeiras à
vapor.
sistemas geradores de vapor, necessitamos fazer um tratamento externo antes que a água
o custo do mesmo.
3.2.5.1 - Desaeração
Este processo tem como objetivo a retirada de O2 e CO2 dissolvidos na água. Para
a cal sob forma de hidróxido de cálcio, e esta reagirá com o CO2 livre formando:
e hidróxido de magnésio.
magnésio.
constituinte de dureza.
sedimentação.
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magnésio por sódio. Como os zeolitos não eram resistentes ao ácido foram desenvolvidas
3.2.5.4 - Desmineralização
separadamente.
logo após a troca catiônica para poupar as resinas aniônicas. As águas que sofrerão
desmineralização devem estar isentas de cloro e matéria orgânica, para não deteriorarem as
resinas aniônicas.
quais removem a sílica solúvel, sílica coloidal e polímeros de baixo peso molecular. Os
Uma água perfeita para alimentar sistemas geradores de vapor é aquela que não
Encontrar uma água com estas características é extremamente difícil, portanto toda
a água que será utilizada na caldeira deve sofrer uma purificação artificial, onde as
Considera-se como impurezas toda e qulquer substância presente na água que não
possua a fórmula H2O. Os diferentes tipos de impurezas presentes na água causam uma
A pressão em que vai se operar a caldeira é de suma importância, pois é ela que vai
troca iônica.
possivelmente desmineralização.
desaeração.
3.4.1 - Incrustações
substâncias sólidas na água. Porém existem substâncias que apresentam difícil dissolução e
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as que com um aumento da temperatura tornam-se cada vez menos solúvel, como é o caso
das caldeiras.
2,0 mm
Espesura
da incrustação
1,5 mm
c
1,0 mm
d a
b
17
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
% de perda de calor
inadequadamente.
químico adequado visa obter sólidos insolúveis na água da caldeira sob a forma de lama
mostra a Tabela 3.
Ferro doce 40 a 60
passagem de calor da chama para a água no tubo da caldeira, como observa-se no Anexo 1.
TEMPERATURA
50
40
Temperatura
de 30
Escoamento
(kg/m2) 20
10
fluxo de água.
3.4.2 - Corrosão
Um processo de corrosão pode ser definido como a oxidação dos metais que
compõe o sistema gerador de vapor, geralmente provocado pela água e suas impurezas. O
geradores de vapor.
superfície corroída de maneira uniforme em toda a sua extensão, conforme Anexo 2. Este
tipo de corrosão pode ser verificado quando as partes metálicas da caldeira estão em
contato com uma água de alimentação que apresenta características ácidas. Nas caldeiras
fumutubulares a corrosão uniforme pode ser observada em volta dos tubos perto dos
pelo ataque puntiforme do metal, podendo ser observada no Anexo 3. O processo corrosivo
pode ocorrer em pequenas áreas, por perfurações em pontos discretos, podendo perfurar
uma chapa metálica em um período de tempo bastante reduzido. Nos pites a corrosão
apresenta-se com profundidade maior do que seu diâmetro. Já nos alvéolos a profundidade
da corrosão é menor que seu diâmetro. As causas mais prováveis desse tipo de corrosão
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são:
tensões no metal;
dissolvidos;
e) corrosão por fadiga - a corrosão por fadiga ocorre quando o material sofre
ruptura sob a ação de tensão, calor e processo corrosivo. Normalmente é encontrado nos
domos e tubos principais de vapor, apresentando fissuras difíceis de serem verificadas por
g) corrosão galvânica - este tipo de corrosão pode ser encontrada em locais onde se
presença de um eletrólito, geram um processo corrosivo onde o metal menos nobre torna-
A corrosão galvânica pode ser observada em caldeiras quando usa-se tubos de ferro novos
h) fragilidade cáustica - ocorre quando a soda cáustica fica depositada sobre a parte
ou inserções;
i) corrosão sob tensão - a corrosão sob tensão, também conhecida como corrosão
tipo ″stress″, ocorre quando for criada uma tensão no metal e este for exposto à água que
contém eletrólitos dissolvidos. Neste tipo de corrosão as áreas sob tensão se tornam áreas
caldeiras podem ser identificados como sais e gases dissolvidos, ácidos minerais, material
em suspensão e microorganismos;
gerar vapor em caldeiras apresentam na sua composição química ácidos como o clorídrico,
sulfúrico, nítrico, acético, entre outros. Estes ácidos normalmente provém da poluição
hídrica industrial. O ataque ácido causará uma corrosão localizada nas caldeiras,
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caldeiras são os de caráter ácido, sulfatos, sais hidrolizáveis, sais oxidantes e bicarbonatos.
Na corrosão por cloretos de caráter ácido, os mais importantes são: cloreto de magnésio
(MgCl2) e o cloreto de cálcio (CaCl2), porque estes reagem com a água formando ácido
clorídrico (HCl). O cloreto ferroso (FeCl2) rompe a magnetita, debilitando sua resistência e
permitindo a difusão de íons através de sua película enfraquecida. Neste ponto, devido a
seguintes reações:
Fe + 2HCl FeCl2 + H2
Como parte do hidróxido de magnésio ficou em solução, havendo uma reação com
o cloreto ferroso:
quantidade de ácido clorídrico formada é cada vez menor, visto que o hidróxido de
hidrogênio, conforme veremos mais adiante. O mesmo fenômeno que ocorre com o cloreto
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uma corrosão menor que a dos cloretos de cálcio e magnésio. Sendo o cloreto de sódio um
eletroquímico da corrosão;
m) corrosão por álcalis - o processo de corrosão por álcalis pode ser observado
calor;
água quando se ioniza forma íon hidrogênio H+ (na realidade íon oxônio H3O) e íon
hidroxila OH-.
H2O H+ + OH-
O ferro em contato com a água se dissolve em íon ferroso (Fe+2) e o íon hidrogênio
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perde a sua carga fazendo que ocorra uma deposição sobre a superfície de ferro. O ferro ao
O íon ferroso com a carga positiva é atraído pelo íon hidroxila, o qual está
Este hidróxido, que tem baixa solubilidade deposita-se sobre as partes metálicas da
caldeira como uma película. O hidrogênio formado na dissociação da água pode polarizar
o qual exerce uma ação despolarizante, as reações tendem a limpar a área catódica de
2H +1/2 O2 H2O
(Cátodo) 4H+ + 4e 4H
4H + O2 2H2O
Neste caso ocorre a existência de áreas mais e menos aeradas. Assim a área menos
porque os elétrons da área menos aerada passam para a área mais aerada, devido a
diferença de potencial existente. Outro caso em que o oxigênio é responsável por corrosão
Ainda, como a terceira maneira do oxigênio ser responsável por corrosão podemos
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O composto formado se desprende das partes metálicas da caldeira por ser uma
película porosa, não aderente, ficando o metal exposto a um novo ataque corrosivo;
tem fator importante em um processo de corrosão. Este normalmente provoca corrosão por
pontos, tanto em caldeiras, quando o pH da água está baixo, como nas seções pré e pós-
Fe Fe2+ + 2e
atrairão os dois elétrons da reação ocorrida com o ferro, fazendo com que o íon ferroso
entre em solução até atingir um novo equilíbrio. Logo, quanto maior for a introdução de
Fe + H2S FeS + H2
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Na presença de oxigênio o gás sulfídrico pode ser oxidado a ácido sulfúrico, dentro
Fe + H2SO4 FeSO4 + H2
s) corrosão pela amônia - a amônia não ataca o ferro, porém as ligas de cobre e
Cu + 4NH3 Cu(NH3)4+2
Zn + 4NH3 Zn(NH3)4+2 + 2e
t) corrosão por cloro - os compostos à base de cloro são muito utilizados para a
desinfecção em águas, sendo estas usadas para alimentar caldeiras. O cloro livre presente
chapa metálica da caldeira, fará com que a ebulição da água ocorra sob forma de película.
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Neste ponto o vapor da água se dissocia, fazendo com que o ferro se combine com o
hidrogênio nascente que se forma penetra nos espaços intercristalinos de aço, reagindo
com os óxidos, nitretos, carbetos, formando produtos gasosos dentro do metal, originando
Também pode ocorrer quando se tem óxidos de cobre e ferro que se depositam
O óxido vermelho de ferro não protege o ferro e o vapor entra em contato com
vimos anteriormente.
análise a descarbonetação.
matéria orgânica.
tendo nos dias de hoje uma intensa aplicação. Para este propósito, emprega-se uma grande
tanto interna como externamente, visando a produção de vapor. Anteriormente não havia
tecnologia para o tratamento químico da água que seria usada na caldeira, os equipamentos
retirados das caldeiras. A partir deste momento começou-se a abrandar a água pelo
com que reduzisse os problemas operacionais nos equipamentos. Ainda nesta época
na água de alimentação.
Com o passar do tempo notou-se que águas que apresentavam uma certa
temperaturas ele sofria decomposição, liberando gás carbônico, que é um agente altamente
corrosivo.
O uso de fosfatos para precipitar íons cálcio e magnésio foi demonstrado em 1922,
por R.E. Hall, obtendo bons resultados em caldeiras que operavam numa pressão de 530
psi.
alcalinidade a fim de manter as borras amolecidas. Passou-se então a usar soda cáustica, e
convencional, o fosfato e a soda cáustica tem suas concentrações variando de acordo com a
água de alimentação de alta pureza, o que fez diminuir a concentração de fosfatos usada no
Em 1978 Whirll e Purcell notaram que a soda cáustica concentrava-se debaixo dos
depósitos desencadeando um processo corrosivo na caldeira. Isto fez com que propusessem
processo que recebeu o nome de tratamento de Coordenação pH-PO4. Mas este tratamento
nem sempre estava livre de NaOH, pois em altas temperaturas os fosfatos sofriam o
água de alimentação sem que houvesse a presença de NaOH, além daquela obtida pela
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tubulão, o que não permitia sólidos em seu interior, sugeriu-se que nenhum produto
químico sólido fosse injetado na água da caldeira. Foi criado então o tratamento Zero
borras dentro das caldeiras, porém tem um custo mais elevado. Seu uso é restringido à
O tipo de tratamento a ser adotado depende das características da água que vai ser
cálcio e ao magnésio, sendo que o composto mais utilizado para realizar esta precipitação é
o fosfato trissódico. Podem ser usados ainda o fosfato dissódico, monossódico, metafosfato
protege o aço, pois a reação entre o vapor e o aço é controlada pelo pH do meio.
é denominada hidroxiapatita.
8NaHCO3
serpentina usa-se silicatos de sódio nas águas, mas estes devem ser adequadamente
que são polímeros de origem natural ou sintética, como por exemplo: o tanino, o amido, a
dito Conjugado.
dispersar a borra (lodo) formada devido a precipitação dos sais de cálcio e magnésio, a
qual dispersa tem menor tendência a aderir as partes metálicas da caldeira. Esta borra é
retirada da caldeira por meio de descargas de fundo. Este tipo de tratamento produz bons
de incrustações nos tubos da caldeira. Este tipo de tratamento visa complexar os íons
de caldeira são o etileno diamino tetracetato de sódio (Na4EDTA) e o sal sódico de nitrilo
acidotriacético (Na3NTA). O agente quelante NTA é mais estável que o EDTA em altas
química, onde o íon metálico é preso dentro da estrutura do complexo Na4EDTA. O agente
quelante atua como um sequestrante, captando o íon metálico que é dito sequestrado.
formados pelos quelantes perdem suas atividades químicas e podem ser facilmente
quantidade de depósitos na caldeira é pequena, isto faz com que se dispense o uso de
dispersantes.
pois sabe-se que 1 ppm de oxigênio dissolvido inativa de 50 a 100 ppm de quelato,
sendo que para o tratamento ser eficiente esta água deve apresentar uma dureza total de no
máximo 5 ppm.
podem causar corrosão no metal formando um complexo com o óxido de ferro (magnetita),
dissolvendo-o.
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incrustação e dispersantes, possuem uma atuação diferenciada dos quelatos, pois não
penetrando nos seus espaços intercristalinos formando uma estrutura distorcida e de forma
irregular. A tensão criada pelas distorções na estrutura do cristal evitam que ocorram
O uso de polímeros no tratamento de água deve ser bem controlado e deve atender
eletrolíticas, peso molecular e grupo funcional. Cada polímero deve ser estudado a fim de
suspensão na água da caldeira, dando-lhes uma certa carga elétrica. Quando as partículas
dispersão.
molecular e para o controle de agentes incrustantes usa-se polímeros com elevado número
Como vimos cada polímero exerce uma função específica no tratamento de água
para caldeiras, portanto não existe um composto que sirva ao mesmo tempo como
dispersante e como inibidor de incrustação. Por exemplo, um acrilato que é indicado para
evitar incrustação não pode ser usado como agente dispersante. Fica evidenciado que para
termos um tratamento adequado à base de polímeros devemos usar dois ou mais tipos de
compostos.
entre 2 a 15 ppm. O valor de pH deve ser ajustado na faixa de 10 a 12, com o uso de
NaOH, e ainda deve utilizar sulfito de sódio ou hidrazina como auxiliar no tratamento.
Caldeiras de até 57 kgf/cm2 que possuam boa qualidade de água para alimentação
sofrer um estudo minucioso para que se possa encontrar um quelato ou fosfato adequado a
formas, como foi citado anteriormente. Porém nota-se que as principais causas de corrosão
em sistemas geradores de vapor são devidas ao oxigênio e ao gás carbônico, quando estes
tubulação. Com o uso de álcalis pode-se controlar o pH da água das seções pré-caldeira,
Para a eliminação do gás carbônico na rede de vapor usa-se compostos voláteis que
controlarão a corrosão. Tal função é exercida pelas aminas, sendo que as mais empregadas
Quando usa-se aminas para o tratamento da seção pós-caldeira, deve-se cuidar para
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corrosão, pois formam filmes resistentes que repelem a água não deixando que ocorra o
equipamentos auxiliares ao tratamento químico, que reduzem o teor destes gases na água
de alimentação.
extremamente corrosivos.
oxigênio deve ser bem equilibrada pois aumenta o ter de sólidos na água, e que em
caldeiras que operam a uma pressão superior a 40 kgf/cm2 o seu uso é desaconselhável.
N2H4 + O2 2H2O + N2
ferro) que age como protetor. O fenômeno pode ser observado também para o cobre onde o
3N2H4 4NH3 + N2
Na caldeira deve-se manter praticamente nulo o teor de hidrazina e esta deve ser
Anteriormente foi visto que o arraste pode ser causado por razões mecânicas ou
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corrige problemas de arraste mecânico, pois estes são devidos a falhas no projeto do
gerador de vapor.
deve-se manter o nível da água da caldeira controlado pelo visor e evitar o excesso de
produção de vapor.
0 a 0,02 ___________
no superaquecedor.
Este tratamento pode ser adotado em caldeiras de média e alta pressão, geralmente
tem sido aplicado em pressões que variam de 600 a 1.500 psi. Em condições especiais
desmineralizada ou destilada.
necessita-se elevadas concentrações de fosfato para precipitar a dureza existente. Por volta
magnésio. Exames posteriores em caldeiras que operam com uma concentração menor de
fosfato mostraram que o magnésio precipitava quase que totalmente como silicato de
magnésio, que é menos duro e aderente em relação ao fosfato de magnésio. Devido a isto,
as concentrações de fosfato nas águas das caldeiras foram reduzidas para concentrações de
2 a 4 ppm.
(máx)
(máx)
estes dados devem ser desprezados, porque as caldeiras de alta pressão são alimentadas
com água desmineralizada ou destilada. No máximo, uma caldeira de alta pressão terá 50
casos extremos onde necessita-se de um valor alto de pH. Neste caso poderá ocorrer
Criado em 1942 por Whirrl e Purcell, o controle de coordenação pH-PO4 tem como
objetivo manter alcalinas as águas de caldeiras, inibindo o cálcio e o magnésio, sem que
ocorra excesso de soda cáustica na água além do obtido pela hidrólise dos fosfatos.
caldeira torna os depósitos menos aderentes. Porém o uso da soda cáustica com função de
equipamento.
11,4
11,2
11,0
10,8
Valor 10,6
pH Para evitar presença de Soda Cáustica, o pH
10,4 deve ser mantido abaixo desta curva
10,2
10,0
9,8
9,6
9,4
O pH da água para caldeiras acima de 2.000 psi deve ser mantido acima de dez
mas para caldeiras de alta pressão os problemas devidos a soda cáustica não foram
condições hide-out não atacam os tubos da caldeira, pelo contrário, formam uma película
apresentavam uma fase líquida e outra fase sólida. A fase líquida continha fosfato
trissódico e soda cáustica enquanto que a fase sólida apresentava fosfato cristalizado, numa
proporção de PO4 maior que 3:1 em relação ao Na3PO4. Já na fase líquida ocorria maior
conclusão de que a relação Na:PO4 deveria ser de 2,65:1 respectivamente, para que as
fases líquida e sólida fossem iguais à uma temperatura de 365°C. Para a temperatura de
300°C a relação obtida foi de 2,8:1. Respeitando estas relações não averia presença de soda
para cada temperatura de trabalho, que garantiria a igual proporção de Na:PO4 nas duas
desenvolvendo em laboratório uma série de curvas para avaliar a relação entre Na:PO4,
5 10 5 10 5 10 5 10
progressivas de NaOH.
acondicionamento de águas de caldeiras de alta pressão, livres de NaOH, desde que sejam
como água pura. Este tipo de tratamento foi criado devido ao desenvolvimento tecnológico
produto é adicionado.
este existir, e de 7,5 a 8,0 na zona de geração de vapor. Jamais deve-se aplicar este
tratamento zero sólido não protege o equipamento contra nenhum tipo de poluição,
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externo deve ser rigoroso e muito bem aplicado para que a água possa ser utilizada na
se extremamente difícil.
material.
adequado, às vezes não impede que ocorra uma certa quantidade de depósitos na
Principal
Silicato de magnésio
Magnetita Fe3O4
que comprovam a necessidade de uma limpeza química para a remoção dos mesmos.
prazos até mais curtos. O boletim do Instituto Brasileiro de Petróleo recomenda que se faça
Podemos observar no Anexo 6, uma caldeira incrustada que sofreu uma limpeza química
Os geradores de vapor devem sofrer uma preparação especial antes que inicie sua
pode ficar sujeito a chuvas, umidade, poeira, barro, exposição ao ar, entre outros fatores de
deterioração. As caldeiras ainda podem conter óleo e graxa sobre a tubulação, resíduos de
A remoção de óleos, graxas e sujeiras em geral deve ser efetuada antes da lavagem
concentração fica em torno de 0,3%, é o ácido mais utilizado em limpezas químicas e tem
mistura de compostos orgânicos, os quais são adicionados a solução ácida evitando que o
ácido clorídrico ataque o metal base, mas não minimizando o ataque do ácido sobre o
como por exemplo: sais de bário, gelatina, anilina, piridina, formoldeído, tiouréia, amido e
óxidos de arrênio.
circulação.
Tempo
Ácido clorídrico 5%
60 cm/seg P C C __ __ __ __ __
160 - 170 °F
Ácido Fosfórico 3%
60 cm/seg __ __ __ U U C __ __
212 °F
Citrato de amônio 3%
60 cm/seg __ __ __ __ U U P C
53
200 - 220 °F
60 cm/seg __ __ __ U P C __ __
200 - 220 °F
Etilenodiaminotetra-acetato de
amônio 3%
60 cm/seg __ __ __ U U P C C
275 - 300 °F
O ácido fosfórico não possui uma eficiência tão grande como a do ácido clorídrico
na limpeza química de caldeiras, mas seu emprego em tempos mais longos oferecem uma
boa eficácia na remoção de óxidos. Geralmente o ácido fosfórico é usado em caldeiras que
apresentam partes de aço inoxidável, o que impede a utilização do ácido clorídrico por ser
corrosivo ao material.
cítrico mais a presença de um inibidor conferem uma boa eficiência na remoção de óxidos
de ferro. Sua utilização é frequente, porém a solução deve circular por um tempo maior e
com velocidade mais alta quando comparado com o uso de uma solução de ácido
clorídrico.
54
Cerca de 2,5 a 3,0% de citrato de amônio em solução resultam uma boa remoção
citrato de ferro um composto solúvel. O citrato de amônio tem grande poder de remoção de
dissolvendo óxido de ferro. Após elevar o pH da solução com amônia a solução deve ser
alcalino possue grande emprego em lavagens químicas de caldeiras. Foram obtidas efetivas
solução em questão ser alcalina, e portanto não necessitar neutralização após a lavagem.
quando o material a sofrer limpeza química trata-se de aço inoxidável, o que inviabiliza o
O uso do ácido sulfúrico é reduzido a casos onde o ácido clorídrico não pode ser
empregado por atacar o metal base. Quando utilizado para limpeza química ácida o ácido
de cálcio, sulfatos de sódio, silicatos, óxidos de ferro e hidróxido de magnésio entre outros.
Geralmente a remoção destes depósitos é feita por meio de uma solução ácida que
química ácida, com a função de amolecer e tornar porosos os depósitos facilitando a reação
ácida.
Para uma operação de limpeza química devem ser removidas todas as conexões e
válvulas que possuam cobre, bronze, latão e alumínio. Devem ser abertas as bocas de
inspeção, válvulas de segurança e demais aberturas da caldeira para a eliminação dos gases
caldeiras.
Caldeira
Serpentina Tanque
de vapor
2 6 5
3 4
Bomba
O processo consiste em fazer uma lavagem alcalina à quente para a remoção das
solução alcalina deve ser feito fora da caldeira, por meio de um aquecedor. Para tal função
57
deve ser utilizado um tanque de capacidade adequada, o qual receberá a solução através de
uma mangueira e uma bomba de circulação especial. O nível deve ser mantido constante e
Após efetuada a lavagem alcalina a solução deve ser esgotada totalmente, lavando-
e espessura, normalmente está entre 12 horas até 48 horas quando as crostas são espessas e
de difícil remoção.
constituintes dos depósitos (crostas) e retirar amostras em diversos pontos para se estimar
uma espessura média. Se possível a concentração do ácido deverá ser mantida constante.
Após a limpeza ácida a solução no interior da caldeira deverá ser esgotada, abertas todas as
janelas de inspeção, flanges, coletores, etc., e lavar a caldeira internamente com jato de
3.6.2.3 - Neutralização
Após a lavagem com jato de água sob pressão a caldeira deverá ser enchida com
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água limpa e adicionada uma solução alcalina com inibidor para neutralização, mantendo-
Portanto ao realizar uma limpeza química ácida deve-se ventilar o máximo possível a casa
de caldeira.
consertos, etc., deve-se esperar que a caldeira esfrie totalmente, evitando assim problemas
Devemos cuidar também para que após efetuada a limpeza química não sejam
vapor dependemos de muitos fatores, que devem ser controlados e interpretados de forma
efluente de desmineralizadores.
efluentes de desmineralizadores.
Os aparelhos para medir o teor de oxigênio dissolvido são colocados nas descargas
operação para contorno de alguma variação nos parâmetros. Cabe ainda ao laboratório
60
verificar o desempenho dos instrumentos, das resinas de troca iônica, dos equipamentos de
tratamento do sistema.
gerador de vapor são: determinação da dureza, fosfatos, pH, alcalinidades, ferro, sílica,
As faixas de controle que devem ser mantidas na água da caldeira são mostradas na
Tabela 9.
de controle
de controle
4 - CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo mostrar a fundamentação teórica existente sobre o
Foi verificado que quando não se aplica o tratamento a uma água, esta pode
Pode-se salientar que para um tratamento químico preventivo ser eficiente numa
fosfatos, coadjuvado por álcalis, dispersantes e polímeros é o método que mais se ajusta à
ou média pressão. Já para caldeiras que trabalham à alta pressão, devem-se ser observados
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS