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AGROECOLOGIA E SISTEMAS AGROFLORESTAIS

 
Pensar agroecologia significa perpassar a condição produtivista de alimentos, mesmo que esta seja puramente
do pensamento sobre a atitude de agricultar. É compreender que a vida em sua dinâmica é consolidada
relacionando-se com o único propósito: consolidar mais vida. Uma temática transversal nas dimensões do u
político, que se propõe a restabelecer os laços rompidos pelo cartesianismo produtivo.
 

Nas relações que nos são colocadas pela sociedade moderna capitalista, vimos a agroecologia como resistênci
desenvolvimento que desapropria os saberes tradicionais, impõe sua lógica mercantil e, dotados de extrema a
destroem os recursos naturais. O que para agroecologia é visto como insustentável, para a agricultura modern
científicos e tecnológicos.

A tecnologia na agroecologia em suma é simples, impregnada de saberes e tradições, de traços de uma cultur
harmônica no que diz respeito à produção de alimentos. Agroecologizar é problematizar a agricultura “daninha
milhões de seres humanos no mundo inteiro. É romper com antigas e novas formas de aprisionamento que, d
processo de dormência, tornam o povo ainda mais submisso às ilusões de uma agricultura que o oprime.

Não podemos conceber uma agroecologia que se volte apenas para os aspectos técnicos e científicos, assim co
que, aliada a interesse corporativistas e mercenários, ignore o processo histórico cultural das populações tradi
processo pedagógico de compreender a vida através do trabalho, o diálogo é condição fundamental de sucess
pensamento crítico, numa reflexão contínua de sua ação e reflexão sobre a ação, construindo um conhecimen
que o promovem.

A agrofloresta, como diria o guru, é o topo da cadeia agroecológica. Através de sistemas produtivos sucession
envolvimento de saberes. O diálogo agroflorestal é rico, biocrático e permeia o universo do conhecimento pop
formas, ciclagem de nutrientes e equilíbrio dinâmico análogo à vegetação original do ecossistema onde se pre

Sua composição multi-estratificada e biodiversificada, associada aos benefícios gerados pela tendência a um e
agrofloresta. Quintais são, na maioria dos casos, sistemas biodiversos o que vem confirmar o interesse popula
criar condições progressivas para autonomia da classe trabalhadora que atua no campo agroecológico, assegu
com o trabalho e a vida, espaços produtivos de alimentos saudáveis e conhecimento autogestivo.

 
Wilkson Gondim
Técnico Educado de SAF
 

Manual Agroflorestal para Mata Atlântica


 
Publicada em: 23/03/2007 Seção: Políticas públicas  
Desde dezembro de 2006, a REBRAF vem elaborando o Manual agroflorestal para
Mata Atlântica, através de uma discussão participativa e interativa sobre o conteúdo do
livro, em conjunto com mais 17 entidades não-governamentais na Mata Atlântica
localizadas desde o Ceará até o Rio Grande do Sul. Este trabalho é desdobramento de
atividades desenvolvidas por estas entidades dentro
do CONSAFs(www.rebraf.org.br/consafs) e do grupo de trabalho GT/AS da RMA
(www.rma.org.br), e vem sendo viabilizado a partir do projeto de “Capacitação
participativa de agricultores familiares e formação de agentes de
desenvolvimento agroflorestal para difusão de experiências com práticas agroflorestais
no bioma da Mata Atlântica”, financiado pelo MDA – Ministério do Desenvolvimento
Agrário, e como subsídio ao debate participativo sobre o conteúdo do Manual, o
primeiro encontro entre estas 18 entidades (incluindo a REBRAF), ocorreu nos dias 28,
29 e 30 de março de 2007, no âmbito de uma capacitação entre os técnicos
representantes de cada entidade que será realizada no CBBC - Centro Brasileiro de
Biologia da Conservação, da entidade parceria IPÊ, em Nazaré Paulista/SP.

A pré-elaboração do conteúdo técnico foi finalizada com versões preliminares para


discussão em conjunto, estruturado com referência aos 3 principais elementos que foram
definidos como prioritários para o Manual, na perspectiva do CONSAFs:

1. Práticas e Modelos de SAFs;


2. Experiências com SAFs das entidades participantes; e
3. Espécies para SAFs na Mata Atlântica. 

Assim, o detalhamento do conteúdo na forma de apostilas privilegiou:

 a apresentação de práticas agroflorestais,


 modelos de plantio, e
 métodos de diagnóstico e desenho,
 no contexto jurídico/institucional em que os produtores e entidades de ATER
atuam.

As experiências (derivadas das fichas de sistematização a serem elaboradas por cada


entidade colaboradora como seu principal aporte no projeto) serão apresentadas em Box
ao longo das apostilas para ilustrar os modelos sugeridos.

Uma listagem preliminar de espécies apropriadas para SAFs na Mata


Atlântica vem sendo trabalhado por Jean Dubois, para conferência por especialistas
locais ao longo do projeto, que no decorrer será necessário buscar parcerias para
assegurar uma ampla revisão e conferência das espécies sugeridas por especialistas.

Em princípio, quatro apostilas são a base para discussão do conteúdo e tem um formato
distinto para o Manual, em que:

1.  Os aspectos de definição, caracterização de modelos e práticas tanto tradicionais


como comerciais, ficarão restritos à primeira apostila - Introdução Geral,
Classificação e Breve Caracterização de SAFs e Práticas Agroflorestais;
2. A segunda apostila - Viabilidade financeira, renda familiar e serviços
gerados por SAFs - dá mais ênfase a estas questões (uma apostila integrada);
3. A terceira apostila - Diagnóstico, Monitoramento e Extensão Agroflorestal,
está focada na monitoria de experiências e indicadores. Os aspectos de
diagnóstico e monitoria foram fundidos em uma apostila unificada, em vez de
separados, privilegiando as metodologias participativas de diagnóstico e
monitoria aplicadas no bojo do CONSAFs, divulgados através da rede.
4. Finalmente, a quarta apostila - Políticas públicas como condicionantes à
implantação de SAFs na Mata Atlântica, trata da relação entre a política de
ATER e SAFs, apresentando um material para discussão sobre a  integração
entre o marco regulatório, incentivos e crédito, e assistência técnica, como
condicionantes à implantação de SAFs na região.

Para a Metodologia de Construção do Manual Agroflorestal da Mata Atlântica, foram


definidos os seguintes passos no projeto encaminhado e aprovado pelo MDA/SAF:

1. Durante os 4 meses iniciais do projeto (de dezembro de 2006 a março de 2007):


foi elaborado, portanto, 04 apostilas (capítulos) técnico-didáticas pela equipe
técnica do projeto, e distribuídas aos técnicos de cada entidade colaboradora. 
2. 28, 29 e 30 de março de 2007: Encontro Técnico em Nazaré Paulista para
discussão e validação das apostilas técnicas;
3. Após esta etapa, as apostilas serão levadas para aplicação em sessões locais de
capacitação com as populações-alvo de cada entidade (com apoio da equipe do
projeto e das entidades colaboradoras locais), para testar e criticar a sua
aplicabilidade, no período de abril a junho de 2007;
4. Até final de setembro de 2007: a equipe de elaboração finaliza o material para
publicação nos últimos meses do projeto.

Mais esclarecimentos serão divulgados no site CONSAFs (www.rebraf.org.br/consafs)


e possíveis contribuições ao trabalho podem ser encaminhadas à equipe técnica do
Projeto, em contato com a entidade executora Rebraf, através do email:
consafs@rebraf.org.br / telefone: (21) 2224 8577 r: 223.

Por REBRAF

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