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Este trabalho de pesquisa foi realizado com o intuito de aprimorar o nosso conhecimento
da estrutura física de um Centro Cirúrgico e sua composição, bem como as distribuições e
dimensões padronizadas das salas.


























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Æ Centro Cirúrgico deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a
segurança necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de
pessoas, de ruído e de poeira. Recomenda-se que seja próximo às unidades deinternação, pronto-
socorro e unidade de terapia intensiva, de modo a contribuir com aintervenção imediata e melhor
fluxo dos pacientes.
De acordo com a organização hospitalar, podem fazer parte do bloco cirúrgico a
Recuperação Pós-Anestésica e a Central de Materiais e Esterilização. As demais áreas são assim
caracterizadas:
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Localizados na entrada do CC, onde é realizado o controle de entrada das pessoas
autorizadas após vestirem a roupa privativa da unidade. Deve possuir chuveiros, sanitários e
armários para guarda de roupas e objetos pessoais.
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Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam realizados em locais
inadequados. Deve-se dispor nesse local: cadeiras, poltronas e sofás.
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Destinada aos relatórios médicos.
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Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local de fácil acesso e com
boa visão de todo o conjunto do setor.
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Espaço para receber os pacientes. Aqui os pacientes são avaliados clinicamente antes da
cirurgia ou receber medicação pré-anestésica. Este ambiente deve ser o mais calmo possível a fim
de diminuir o estresse do período pré-operatório.
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Destinado à guarda dos materiais utilizados na limpeza do Centro-cirúrgico.
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Área para guarda e recebimento de equipamentos como: microscópios, bisturis, monitores
cardíacos, respiradores, entre outros. Em condições de uso e utilização imediata.
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Destinado ao armazenamento e distribuição dos artigos estéreis, para uso nas salas de
cirurgia.
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Destinada ao armazenamento de torpedos de gases medicinais como oxigênio, ar
comprimido, óxido nitroso e especialmente o nitrogênio para uso em aparelhos específicos ou em
casos de emergência.
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Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve estar provida de um vaso
sanitário apropriado com descarga e uma pia para lavagem dos artigos utilizados nas cirurgias.

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Æ Centro Cirúrgico é considerado pelas portarias n° 1884/94 e 930/92 e atualmente pela
RDC 307 como área crítica, ou seja, ambiente em que existe risco aumentado de transmissão de
infecção, pelos procedimentos ali realizados.
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Entendida como a que tem limites definidos para a circulação de pessoal e equipamentos,
com rotinas próprias para o controle e manutenção da assepsia. Privativa do pessoal vestido com
o uniforme privativo, gorro ou toca, protetores de calçados (abolido em algumas instituições) e
especialmente a máscaras cirúrgicas, com rígido controle de trânsito e assepsia. Exemplificando:
Sala de Æperação, corredor intersala e lavabo.
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Área que permite a circulação de pessoal e equipamentos de modo a não interferir nas
rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. Compreendendo corredores, o
pessoal da recuperação pós-anestésica deve estar deve estar com uniforme privativo do CC, gorro
ou toca e protetores de calçados. Exemplificando: corredores do bloco operatórios , recuperação
Pós-Anestésica, sala para guarda de equipamentos e materiais de limpeza, sala de conforto, sala
de enfermagem, entre outras áreas.
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Entende-se como a área de circulação livre no ambiente interno do CC, não precisa de
uniforme privativo. Exemplificando: vestiários, corredor de entrada, em alguns casos áreas
administrativas do CC.
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Æ objetivo fundamental da política de fluxo no interior de um CC é impedir o cruzamento
de artigos médicos instrumentos prontos para serem usados em uma sala de operação com artigos
médicos ou instrumentos potencialmente contaminados e não acondicionados corretamente.
Æ fluxo corretamente estabelecido e observado por todos os profissionais que atuam no
Centro Cirúrgico pode ser um fator essencial para contribuir na diminuição da incidência de
infecção da ferida operatória.
Æutro fato é que estar sempre presente na mente de todos os profissionais que atuam no
CC é restringir a sua circulação ao estritamente necessário. É fundamental evitar circulações
desnecessárias de artigos médicos, equipamentos e principalmente de pessoas.

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Segundo a legislação brasileira, a capacidade do Centro Cirúrgico é estabelecida segundo
a proporção leito cirúrgico e Salas de Æperação. A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº
307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde,
determina uma sala de operação para 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos.
Nos dias atuais, esta proporção merece uma análise devido ao advento da cirurgia
ambulatorial e aos avanços tecnológicos aplicados à técnica cirúrgica, que reduziram o período
de internação hospitalar. Para o dimensionamento das salas de operação algumas características
devem ser consideradas:
- Duração do movimento cirúrgico (horário de funcionamento do CC).
- Especialidades cirúrgicas (cardíaca, neurocirurgia, ortopédica, oftalmologia,
otorrinolaringologia, etc.).
- Duração média das cirurgias.
- Número de cirurgias por dia.
- Número de leitos cirúrgicos do hospital.
- Hospital escola.
- Quantidade de artigos médicos e instrumental cirúrgico disponível.
- Tempo médio de permanência no leito cirúrgico.


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Depende dos equipamentos necessários aos tipos de cirurgias a serem realizadas; seu
formato deve ser retangular ou oval. Segundo a RDC 307/2002, quanto ao tamanho, as salas são
assim classificadas:
- Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45 metros, destinadas às especialidades
de otorrinolaringologia e oftalmologia.
- Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65 metros, destinadas às especialidades
gástrica e geral.
- Sala grande: 36m², com dimensão mínima de 5,0 metros, específicas para as cirurgias
neurológicas, cardiovasculares e ortopédicas.
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As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar a passagem de
macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca para evitar seu estrago,
ser de materiais laváveis e resistentes, de preferência revestidas de fórmica.
É indicado o uso de portas do tipo ³vaivém´ que impeçam o uso das mãos para abri-la. Æ
ideal é que se tenha uma outra porta de acesso à sala apenas para membros das equipes com visor
de separação dos dois ambientes.
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Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos comuns, sem
fendas ou fissuras, ter aspecto estético, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável, resistente
ao choque, durável, de fácil limpeza, pouco sonoro e principalmente bom condutor de
eletricidade estática para evitar faíscas. Exemplo: granilite, vinílicos e mármore.
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Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e não refletor de
luz. Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro.
É vedado o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte de peças
cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos.
Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes, conforme o Manual de Controle
de Infecção Hospitalar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
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Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser poroso,
para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos. Deve ser contínuo, não sendo
permitido a utilização de forro falso-removível, a não ser nas demais áreas do centro-cirúrgico,
onde é necessário este tipo de forro por razões ligadas à manutenção desde que resistentes aos
processos de limpeza, descontaminação e desinfecção.
É recomendado um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a laje do forro e
o piso do pavimento superior, possibilitando assim a instalação de novos equipamentos e a
entrada do pessoal do serviço de manutenção.
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de fácil
combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate a incêndio do
centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar com um sistema de
segurança que, através da elevação da temperatura, produz fortes borrifos de água no ambiente -
(borrifador de teto ± também conhecido como g g).
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Necessárias apenas para a entrada de iluminação natural, não permitindo a entrada de
poeira e insetos. Devem ser dotadas de tela, não possuir parapeitos dentro ou fora da sala, não
deve ainda, possuir cortinas ou persianas.
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A iluminação do ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-17 da portaria
n°3214/78, e através da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT)
recomenda os níveis ideais de iluminação para o ambiente de trabalho.
Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das equipes
médicas e enfermagem e oferecer condições para que a operação se processe com precisão,
rapidez e segurança. Deve-se levar em consideração os seguintes aspectos:
- Eliminação de sombras e reflexos;
- Eliminação do excesso de calor no campo operatório;
- Proteção contra ocasional interrupção devido à falta de energia elétrica.
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Devem existir sistemas interligados e automáticos, para acionarem geradores de reserva
de imediato na eventualidade de uma interrupção do fornecimento de força para o Centro-
cirúrgico.
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Deve atingir as exigências da NBR n°7256/82 tais como:
- Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e saúde: 99,9% de
eficiência na retenção de partículas de até 5 micra de diâmetro.
- Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das salas sem
acarretar turbulência aérea: recomenda-se de 20 a 25 renovações completas do ar da sala, no
espaço de uma hora.
- Impedir a entrada no Centro-cirúrgico de partículas potencialmente contaminantes,
oriundas de áreas adjacentes: a pressão do ambiente da sala deve ser discretamente mais elevada
que nos demais compartimentos do centro-cirúrgico.
- Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de conforto e segurança
para o paciente e para a equipe que o assiste: temperatura entre 22 e 23°C. A umidade deve
permanecer entre 55 a 60%. No entanto, não deve ultrapassar 70% para não se tornar ambiente
propício ao desenvolvimento de microorganismos.
- Manter nível sonoro mínimo de instalação e utilização do sistema de ventilação: não
devem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NBR n° 6401/80.
- Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na falta do sistema elétrico
principal.
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Voltagem fornecida pela concessionária local e uma com voltagem diferenciada, ambas
com dispositivo de aterramento. Devem ser instalados também pontos para negatoscópio e
aparelhos portáteis de raios-x.
É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada corrente, salvo
se a instalação for projetada para este fim. Devem ser inspecionadas periodicamente observando
integridade do condutor terra, tensão de contato e a segurança global.
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- Æxigênio:

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Æ sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de cilindros avulsos,
transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por tubulação central até os
pontos de utilização).
- Ar comprimido:
Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros com pressões entre 120 e
190 Kgf/cm², como o oxigênio) ou centralizado (compressor com 100% de consumo máximo
provável, que funcione automaticamente ou manualmente).
- Vácuo clínico:
Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do consumo máximo
provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de emergência. É importante
manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de emergência, para manutenção da rede
de vácuo ou pane da distribuição convencional.
- Óxido nitroso:
Æ sistema de abastecimento pode ser descentralizado (alto consumo ± conduzido por
tubulação dos cilindros até os pontos de utilização) ou centralizado (utilizado em caso de baixo
consumo ± utilização de cilindros transportáveis até os pontos de utilização).
- Nitrogênio:
É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190 Kgf/cm², e também em
forma líquida. Quando misturado com oxigênio medicinal, é chamado de ar estéril. De acordo
com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais são distribuídos com as seguintes
cores, segundo a NBR n° 6493/94 e NBR n° 12188:
- Verde emblema: oxigênio.
- Azul marinho: óxido nitroso.
- Amarela segurança: ar comprimido medicinal.
- Cinza claro: vácuo medicinal.
Cuidados no manuseio, movimentação e armazenamento dos cilindros de gases
medicinais:
- Uso de equipamentos especiais para o transporte de cilindros;
- Manter o cilindro acorrentado durante o transporte;
- Evitar choques mecânicos, inclusive de um cilindro contra o outro;
- Não arrastar o cilindro;
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- Armazenados em locais secos, limpos e bem ventilados;
- As etiquetas não devem ser arrancadas ou estragadas;
- Æxigênio e óxido nitroso não devem ser armazenados no mesmo ambiente que outros
gases inflamáveis devido à mistura destes ser facilmente incendiada.
- Cilindros cheios devem estar separados dos cilindros vazios para evitar erros de
procedimento e sempre com o capacete rosqueado.
- Æs cilindros devem ser sempre limpos antes de serem levados ao centro cirúrgico.
- Cilindros sem identificação ou com identificação duvidosa devem ser devolvidos ao
fabricante ou distribuidor.
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Constituído de uma pia em aço inoxidável provida de torneira de água quente e fria,
escovas e anti-sépticos para a escovação cirúrgica. É previsto um lavabo para cada duas salas de
operação que deve possuir:
- Duas torneiras de acionamento por pé, joelho, braço, fotoelétrico ou qualquer outro meio
que não as mãos;
- Espaço suficiente para duas pessoas lavarem-se simultaneamente (1,10 m² por torneira);
- Dispensadores de produtos anti-sépticos (devem obedecer o mesmo princípio de
dispensação que a torneira).
Æs anti-sépticos devem estar regulamentados por órgão governamental e autorizados pela
Comissão de Infecção do Hospital. Recomenda-se também a instalação de um relógio para o
controle do tempo de escovação.


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P  j j . Disponível em:
< http://www.joaopossari.hpg.ig.com.br/planejamento.htm>. Acesso em: 02 de março de 2011.

PÆSSARI, J.F.  :$! &;< $)'(  $(. São Paulo: Editora
Iátria, 2004.

Resolução RDC 50 de 21 de fevereiro de 2002.

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