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RITUAL ROMANO

reformado por decreto do concílio


ecuménico vaticano ii e promulgado por
autoridade de s. s. o papa paulo vi

INICIAÇÃO C R I S TÃ
DO S ADUL TOS

SEGUNDA EDIÇÃO

conferência episcopal portuguesa


INICIAÇÃO CRISTÃ

PRELIMINARES GERAIS

1. Pelos sacramentos da iniciação cristã, os homens, libertos do


poder das trevas, mortos com Cristo, e com Ele sepultados e ressus-
citados, recebem o Espírito de adopção filial e celebram, com todo o
povo de Deus, o memorial da morte e ressurreição do Senhor.1
2. Com efeito, unidos a Cristo pelo Baptismo, eles são constituídos
em povo de Deus e, depois de recebido o perdão de todos os pecados,
libertos do poder das trevas, passam ao estado de filhos adoptivos,2
feitos nova criatura pela água e pelo Espírito Santo, pelo que são
chamados e são de verdade filhos de Deus.3
Assinalados na Confirmação com o dom do mesmo Espírito,
são mais perfeitamente configurados ao Senhor e repletos do Espírito
Santo, para levarem o Corpo de Cristo, o mais depressa possível, à
plenitude, dando testemunho d’Ele no mundo.4

1
 Conc. Vat. II, Decr. sobre a actividade missionária da Igreja, Ad gentes, n. 14.
2
  Cf. Col 1, 13; Rom 8, 15; Gal 4, 5; cf. Conc. Trid., Sess. VI, Decr. de iustifi-catione,
cap. 4: Denz. 796 (1524).
3
 Cf. 1 Jo 3, 1.
4
 Cf. Conc. Vat. II, Decr. sobre a actividade missionária da Igreja, Ad gentes, n. 36.
10 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Finalmente, participando na assembleia eucarística, comem a


carne do Filho do homem e bebem o seu sangue, para receberem a
vida eterna 5 e exprimirem a unidade do povo de Deus; oferecendo-se
a si mesmos com Cristo, participam no sacrifício universal, que é toda
a cidade redimida,6 oferecida a Deus pelo sumo Sacerdote; e fazem
com que, por uma efusão mais plena do Espírito Santo, todo o género
humano chegue à unidade da família de Deus.7
Por isso, os três sacramentos da iniciação de tal modo estão
unidos entre si, que, por eles, os fiéis chegam ao seu pleno desenvol-
vimento, e exercem a missão de todo o povo cristão na Igreja e no
mundo.8

I. DIGNIDADE DO BAPTISMO

3. O Baptismo, porta da vida e do reino, é o primeiro sacramento


da nova lei, que Cristo propôs a todos para terem a vida eterna, 9
e, em seguida, confiou à sua Igreja, juntamente com o Evangelho,
quando mandou aos Apóstolos: “Ide e ensinai todos os povos,
baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.10 Por
essa razão, o Baptismo é, em primeiro lugar, o sacramento daquela
fé pela qual os homens, iluminados pela graça do Espírito Santo,
respondem ao Evangelho de Cristo. A Igreja não considera nada mais
importante nem mais próprio da sua missão do que despertar a todos,

 5
Cf. Jo 6, 55.
 6
S. Agostinho, De Civitate Dei, X, 6: PL 41, 284; Conc. Vat. II, Const. dogm. sobre a
Igreja, Lumen gentium, n. 11; Decr. sobre o ministério e a vida dos presbíteros, Pres-
byterorum ordinis, n. 2.
 7
Cf. Conc. Vat. II, Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, n. 28.
 8
Cf. ibid., n. 31.
 9
Cf. Jo 3, 5.
10
Mt 28, 19.
PRELIMINARES 11

catecúmenos, pais das crianças a baptizar e padrinhos, para esta fé


verdadeira e activa pela qual, aderindo a Cristo, iniciam ou confirmam
o pacto da nova aliança. A esse fim se ordenam, de facto, quer a
formação pastoral dos catecúmenos e a preparação dos pais, quer a
celebração da palavra de Deus e a profissão de fé baptismal.
4. Além disso, o Baptismo é o sacramento pelo qual os homens
se tornam membros do corpo da Igreja, edificados uns com os outros
em morada de Deus no Espírito,11 e em sacerdócio real e povo santo;12
é também o vínculo sacramental da unidade que existe entre todos os
que são assinalados por ele.13 Em razão desse efeito imutável, que a
própria celebração do sacramento na liturgia latina manifesta, quando
os baptizados são ungidos com o Crisma na presença do povo de
Deus, o rito do Baptismo é tido na maior estima por todos os cristãos,
e a ninguém é lícito repeti-lo uma vez celebrado, validamente, ainda
que pelos irmãos separados.
5. O Baptismo, banho de água acompanhado da palavra da vida,14
limpa os homens de toda a mancha de culpa, tanto original como
pessoal, e torna-os participantes da natureza divina  15 e da adopção
de filhos.16 Com efeito, o Baptismo, como se proclama nas orações da
bênção da água, é o banho de regeneração dos filhos de Deus 17 e do
seu nascimento do alto. A invocação da Santíssima Trindade sobre os
baptizandos faz com que estes, marcados pelo seu nome, Lhe sejam
consagrados e entrem em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Para essa dignidade tão sublime preparam e a ela conduzem as
leituras bíblicas, a oração da assembleia, e a tríplice profissão de fé.

11
Cf. Ef 2, 22.
12
Cf. 1 Pe 2, 9.
13
Conc. Vat. II, Decr. sobre o ecumenismo, Unitatis redintegratio, n. 22.
14
Cf. Ef 5, 26.
15
Cf. 2 Pe 1, 4.
16
Cf. Rom 8, 15; Gal 4, 5.
17
Cf. Tit 3, 5.
12 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

6. Superando de longe as purificações da antiga lei, o Baptismo


produz estes efeitos pela força do mistério da Paixão e Ressurreição
do Senhor. Na verdade, os que são baptizados, são configurados
com Cristo por morte semelhante à sua, sepultados com Ele na
morte,18 também n’Ele são restituídos à vida e juntamente com Ele
ressuscitam.19 No Baptismo, nada mais se comemora e realiza senão o
mistério pascal, enquanto nele os homens passam da morte do pecado
para a vida. Por isso, na sua celebração, sobretudo quando esta se
realiza na Vigília pascal ou em dia de domingo, é necessário que se
torne manifesta a alegria da ressurreição.

II. FUNÇ Õ ES E MINISTÉRIOS


NA CELE B RA Ç Ã O DO BAPTISMO

7. A preparação do Baptismo e a formação cristã são grande


dever do povo de Deus, isto é, da Igreja, que transmite e alimenta
a fé recebida dos Apóstolos. Pelo ministério da Igreja, os adultos
são chamados pelo Espírito Santo ao Evangelho, e as crianças são
baptizadas e educadas na fé da mesma Igreja.
Importa muito, pois, que, já na preparação do Baptismo,
os catequistas e outros leigos cooperem com os sacerdotes e
diáconos. Além disso, é de toda a conveniência que o povo de
Deus, representado não só pelos padrinhos, pais e parentes mais
próximos, mas também, na medida do possível, pelos amigos e
familiares, vizinhos e alguns membros da Igreja local, tome parte
activa na celebração do Baptismo, para que deste modo se manifeste
a fé comum e se exprima comunitariamente a alegria com que os
neobaptizados são recebidos na Igreja.

18
Cf. Rom 6, 5. 4.
19
Cf. Ef 2, 5. 6.
PRELIMINARES 13

8. Segundo costume antiquíssimo da Igreja, o adulto não deve


ser admitido ao Baptismo sem um padrinho, escolhido de entre os
membros da comunidade cristã, o qual o ajudará pelo menos na última
preparação para o sacramento e, após o Baptismo, contribuirá para a
sua perseverança na fé e na vida cristã.
Também no Baptismo de uma criança deve haver um padrinho,
que represente a família do baptizando espiritualmente ampliada e a
Igreja, de novo Mãe, e que, oportunamente, ajude os pais, para que a
criança venha a professar a fé e a exprimi-la na vida.
9. O padrinho intervém pelo menos nos últimos ritos do catecume-
nado e na própria celebração do Baptismo, quer para testemunhar a fé
do baptizando adulto, quer para professar, juntamente com os pais, a
fé da Igreja na qual a criança é baptizada.
10. Por isso, a fim de realizar os actos litúrgicos que lhe são
próprios, dos quais se falou no n. 9, é conveniente que o padrinho,
escolhido pelo catecúmeno ou pela família, reúna, a juízo do pastor de
almas, as qualidades seguintes:
1) tenha sido designado pelo próprio baptizando, pelos pais
ou por quem as vezes destes fizer ou, na falta deles, pelo pároco ou
pelo ministro, e possua a capacidade e intenção de desempenhar este
múnus;
2) tenha maturidade suficiente para desempenhar esta função,
o que se presume se já completou os dezasseis anos de idade, a não
ser que tenha sido determinada outra idade pelo Bispo diocesano ou,
por justa causa, o pároco ou o ministro entendam que deve admitir-se
excepção;
3) tenha sido iniciado pelos três sacramentos do Baptismo, da
Confirmação e da Eucaristia, e leve vida de acordo com a fé e a função
que vai desempenhar;
4) não seja o pai ou a mãe do baptizando;
5) haja um só padrinho ou uma só madrinha, ou então um
padrinho e uma madrinha;
14 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

6) pertença à Igreja católica e não esteja impedido, pelo direito,


de exercer esta função. Todavia, um baptizado que não pertença
à comunidade católica, e possua a fé de Cristo, pode, se os pais o
desejarem, ser admitido juntamente com um padrinho católico (ou
uma madrinha católica) como testemunha cristã do Baptismo. 19 bis No
que se refere aos orientais separados tenha-se em conta, se for preciso,
a disciplina particular para as Igrejas orientais.
11. Os ministros ordinários do Baptismo são os Bispos, os presbíte-
ros e os diáconos.
1) Em qualquer celebração deste sacramento, lembrem-se que
actuam, na Igreja, em nome de Cristo e pelo poder do Espírito Santo.
Sejam, por isso, diligentes na transmissão da palavra de Deus e na
realização do mistério.
2) Evitem também qualquer atitude que possa, com fundamento,
ser interpretada pelos fiéis como discriminação de pessoas.20
3) Excepto em caso de necessidade, não confiram o Baptismo
em território alheio, sem a devida licença, nem mesmo aos seus
súbditos.
12. Os Bispos, como principais dispensadores dos mistérios
de Deus e ordenadores de toda a vida litúrgica na Igreja que lhes
foi confiada,21 regulam a administração do Baptismo, pelo qual é
concedida a participação no sacerdócio real de Cristo.22 Não deixem
de celebrar pessoalmente o Baptismo, sobretudo na Vigília pascal.
De modo particular lhes estão confiados o Baptismo dos adultos e o
cuidado da preparação dos catecúmenos.

19 bis
Cf. CIC, Can. 873 e 874 § 1 e § 2.
20
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 32;
Const. past. sobre a Igreja do nosso tempo, Gaudium et spes, n. 29.
21
Conc. Vat. II, Decr. sobre o múnus pastoral dos Bispos, Christus Dominus, n. 15.
22
Conc. Vat. II, Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, n. 26.
PRELIMINARES 15

13. Compete aos pastores que são párocos prestar auxílio ao Bispo
na formação e no Baptismo dos adultos a si confiados, a não ser
que ele organize as coisas de outro modo. Pertence-lhes, também,
auxiliados por catequistas e por outros leigos competentes, preparar
e ajudar com meios pastorais adequados os pais e os padrinhos das
crianças que vão ser baptizadas, e, por fim, conferir o Baptismo a estas
crianças.
14. Os outros presbíteros e os diáconos, como cooperadores do
ministério do Bispo e dos párocos, preparam para o Baptismo e confe-
rem-no quando o Bispo ou o pároco para tal os convidam ou lhes dão
consentimento.
15. O celebrante pode ser ajudado por outros presbíteros ou
diáconos, e também por leigos no que a estes diz respeito, sobretudo
quando os baptizandos forem muitos, como se prevê nas respectivas
partes do rito.
16. Na ausência de sacerdote ou diácono, em perigo iminente
e sobretudo em artigo de morte, qualquer fiel ou mesmo qualquer
pessoa animada da intenção devida, pode e por vezes até deve
conferir o Baptismo. Se, porém, se tratar apenas de perigo de morte,
o sacramento deve ser conferido, quanto possível, por um fiel, e
segundo o Rito Breve que se encontra mais adiante (nn. 157-164,
pp. 92-96). Convém, todavia, mesmo neste caso, que se reúna uma
pequena comunidade ou que haja, pelo menos, se for possível, uma ou
duas testemunhas.
17. Todos os leigos, como membros que são do povo sacerdotal,
e sobretudo os pais e, em razão das suas funções, os catequistas, as
parteiras, as assistentes familiares e sociais, as enfermeiras, os médicos
e cirurgiões, procurem conhecer bem, segundo a própria capacidade, a
maneira correcta de baptizar em caso de necessidade. Sejam para isso
ensinados pelos párocos, diáconos e catequistas; e dentro da diocese,
prevejam os Bispos meios adequados para a sua formação.
16 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

III . O Q UE SE REQUER
PARA A CELE B RA Ç Ã O DO BAPTISMO

18. A água para o Baptismo deve ser natural e limpa, quer para
exprimir a verdade do sinal, quer por razões de higiene.
19. A fonte baptismal ou o recipiente em que, quando for o caso,
se prepara a água para a celebração do Baptismo no presbitério, há-de
brilhar pelo asseio e bom gosto artístico.
20. Pode prever-se também, segundo as necessidades locais, a
possibilidade de aquecer a água.
21. A não ser em caso de necessidade, o sacerdote ou o diácono
não baptize senão com água benzida para este fim. Se a consagração
da água tiver sido feita na Vigília pascal, conserve-se e utilize-se
esta água, na medida do possível, durante todo o Tempo Pascal, para
afirmar mais claramente a união do sacramento com o mistério pascal.
Mas fora do Tempo Pascal, é preferível que se benza a água para cada
uma das celebrações, a fim de significar claramente, pelas próprias
palavras da consagração, o mistério da salvação que a Igreja recorda e
proclama.
Se o baptistério estiver construído em forma de fonte de água
corrente, a bênção será dada à água jorrando da fonte.
22. Podem usar-se legitimamente quer o rito de imersão, que é mais
apto para significar a participação na morte e ressurreição de Cristo,
quer o rito de infusão.
23. As palavras pelas quais, na Igreja latina, se confere o Baptismo,
são estas: “Eu te baptizo em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo».
24. Para a celebração da palavra de Deus prepare-se um lugar
adequado no baptistério ou na igreja.
PRELIMINARES 17

25. O baptistério, ou lugar onde está a fonte baptismal com água


corrente ou não, é reservado ao sacramento do Baptismo e deve ser
verdadeiramente digno, pois ali renascem os cristãos pela água e pelo
Espírito Santo. Seja em capela situada dentro ou fora da igreja, seja
em outro lugar dentro da igreja à vista dos fiéis, de futuro construir-se-
-á por forma a corresponder a uma numerosa participação.
Terminado o tempo da Páscoa, é conveniente conservar o círio
pascal em lugar de honra no baptistério, para se acender na celebração
do Baptismo e nele se poderem acender facilmente as velas dos bapti-
zandos.
26. Os ritos que, na celebração do Baptismo, devem ser realizados
fora do baptistério, celebrem-se nos lugares da igreja que mais
adequadamente respondam ao número das pessoas presentes e às
diversas partes da liturgia baptismal. Para aqueles ritos que costumam
realizar-se no baptistério, também podem escolher-se outros lugares
mais aptos na igreja, se a capela do baptistério for demasiado pequena
para conter todos os catecúmenos ou todas as pessoas presentes.
27. Para todas as crianças recém-nascidas deve realizar-se, na
medida do possível, uma celebração comum do Baptismo no mesmo
dia. Mas, na mesma igreja e no mesmo dia, não deve celebrar-se duas
vezes o sacramento, a não ser por justa causa.
28. Sobre o tempo da celebração do Baptismo, tanto dos adultos
como das crianças, serão dados outros pormenores mais adiante.
Mas a celebração do sacramento deverá manifestar sempre o carácter
pascal que lhe é próprio.
29. Os párocos devem registar cuidadosamente e sem demora,
no livro dos baptismos, os nomes dos baptizados, fazendo menção
do ministro, dos pais e dos padrinhos, do lugar e do dia em que o
Baptismo foi celebrado, e de tudo o mais que em matéria de registo
paroquial a legislação diocesana prescrever.
18 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

IV. ADAPTAÇ Õ ES Q UE COMPETEM


ÀS CONFERÊNCIAS EPISCOPAIS

30. Compete às Conferências Episcopais, por força da Constituição


sobre a Sagrada Liturgia (art. 63 b), preparar nos Rituais particulares
um título que corresponda a este título do Ritual Romano, adaptado às
necessidades de cada região, para que, depois de confirmado pela Sé
Apostólica, seja usado nas regiões a que diz respeito.
Neste assunto, compete às Conferências Episcopais:
1) Definir as adaptações de que se fala no art. 39 da Constitui-
ção sobre a Sagrada Liturgia.
2) Considerar com atenção e prudência o que pode ser aceite
dos costumes e da índole de cada povo, e propor à Sé Apostólica
outras adaptações que forem julgadas úteis ou necessárias e introduzi-
-las com o consentimento da mesma.
3) Manter ou adaptar os elementos próprios dos Rituais particu-
lares já existentes, desde que possam conciliar-se com a Constituição
sobre a Sagrada Liturgia e com as necessidades do tempo actual.
4) Preparar as traduções dos textos de modo a adaptá-los à
índole das várias línguas e culturas, e acrescentar, sempre que parecer
oportuno, melodias aptas para serem cantadas.
5) Adaptar e completar os Preliminares do Ritual Romano, de
modo que os ministros entendam bem o significado dos ritos e os
realizem com perfeição.
6) Nas edições dos livros litúrgicos que hão-de ser preparados
pelas Conferências Episcopais, ordenar a matéria da maneira que
parecer mais apropriada para o uso pastoral.
PRELIMINARES 19

31. Tendo em consideração sobretudo as normas dadas nos nn.


37-40 e 65 da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, pertence às
Conferências Episcopais, nas terras de missão, julgar se os elementos
de iniciação, em uso nalguns povos, podem ser acomodados ao rito do
Baptismo cristão, e decidir se nele devem ser admitidos.
32. Quando o Ritual Romano do Baptismo propõe várias fórmulas à
escolha, os Rituais particulares podem acrescentar outras fórmulas do
mesmo género.
33. Como a celebração do Baptismo recebe grande ajuda do canto,
na medida em que este desperta a unanimidade das pessoas presentes,
favorece a sua oração comum e, enfim, exprime a alegria pascal que o
rito deve manifestar, procurem as Conferências Episcopais estimular e
ajudar os compositores musicais a comporem melodias para os textos
litúrgicos, dignas de serem cantadas pelos fiéis.

V . ACOMODAÇÕES QUE COMPETEM


AO MINISTRO

34. O ministro, tendo em conta as circunstâncias e outras necessi-


dades, bem como os desejos dos fiéis, usará livremente das faculdades
concedidas no rito.
35. Além das adaptações previstas no Ritual Romano para o
diálogo e para as bênçãos, pertence ao ministro, atentas as diversas
circunstâncias, introduzir algumas acomodações, das quais se tratará
mais em pormenor nos Preliminares particulares da iniciação dos
adultos e do baptismo das crianças.
I NI CI A Ç Ã O C R I S T Ã D OS ADULTOS

PRELIMINARES

1. O Ritual da iniciação cristã que adiante se descreve destina-se


àqueles adultos que, depois de terem escutado o anúncio do mistério
de Cristo, movidos pelo Espírito Santo que lhes abre o coração,
consciente e livremente buscam o Deus vivo e tomam o caminho
da fé e da conversão. Mediante os ritos que o integram, vão sendo
espiritualmente ajudados na sua preparação para, na devida altura,
receberem com fruto os próprios sacramentos.
2. O Ritual não consta só da celebração dos sacramentos do
Baptismo, Confirmação e Eucaristia, mas também de todos os ritos
do catecumenado. Em uso na Igreja desde tempos antiquíssimos,
adaptado em nossos dias ao trabalho missionário em muitas re-giões,
por toda a parte se pedia a sua restauração. Por isso o Concílio
Vaticano II decretou que ele fosse restaurado e revisto, adaptando-o às
tradições locais.1
3. A fim de melhor se adaptar à actividade da Igreja e à situação
concreta dos indivíduos, das paróquias e das missões, o Ritual da
iniciação apresenta, em primeiro lugar, a forma completa ou comum,
própria para a preparação de muitos candidatos (cf. nn. 68-239, pp. 45-
-149); a partir desta é fácil aos pastores, com uma simples adaptação,
obter a forma que convenha a um só. Depois, para casos particulares

1
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn.
64-66; Decr. sobre a actividade missionária da Igreja, Ad gentes, n. 14; Decr. sobre o
múnus pastoral dos Bispos, Christus Dominus, n. 14.
22 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

apresenta-se uma forma simples, para ser usada quando a celebração


se faz toda de uma só vez (cf. nn. 240-273, pp. 151-173), ou por várias
vezes (cf. nn. 274-277, pp. 173-174), e uma forma abreviada, para o
caso daqueles que se encontram em perigo de morte (cf. 278-294, pp.
175-187).

I
ESTRUTURA DA INICIA Ç ÃO DOS ADULTOS

4. A iniciação dos catecúmenos faz-se à maneira de uma


caminhada progressiva, dentro da comunidade dos fiéis. Esta,
juntamente com os catecúmenos, medita no valor do mistério pascal
e renova a sua própria conversão; e deste modo, com o seu exemplo,
leva-os a seguirem generosamente o Espírito Santo.
5. O Ritual da iniciação acomoda-se ao caminho espiritual dos
adultos, caminho diferente consoante a multiforme graça de Deus,
a livre cooperação de cada qual, a acção da Igreja e as condições de
tempo e de lugar.
6. Nesta caminhada, além de um tempo de procura e amadureci-
mento (cf. infra, n. 7, p. 23), há vários «degraus» ou «passos», pelos
quais o catecúmeno, ao caminhar, como que passa uma porta ou sobe
um degrau:
a) o primeiro é quando alguém, que chegou à conversão inicial,
quer tornar-se cristão, e é recebido pela Igreja como catecúmeno;
b) o segundo é quando, já adiantado na fé e quase no fim do
catecumenado, é admitido a uma preparação mais intensa para os
sacramentos;
c) o terceiro é quando, completada a preparação espiritual,
recebe os sacramentos pelos quais o cristão é iniciado.
Temos assim três «degraus», «passos» ou «portas» que devem
ser tidos como momentos maiores ou mais densos da iniciação. Estes
degraus são assinalados por três ritos litúrgicos: o primeiro pelo rito da
instituição dos catecúmenos; o segundo pela eleição; e o terceiro pela
celebração dos sacramentos.
PRELIMINARES 23

7. Os degraus conduzem a «tempos» de procura e de amadureci-


mento ou são por eles preparados:
a) o primeiro tempo, que da parte do catecúmeno exige
uma procura, é destinado à evangelização por parte da Igreja e
ao «pré-catecumenado», e conclui-se pela entrada na «ordem dos
catecúmenos»;
b) o segundo tempo, que começa com esta entrada na ordem dos
catecúmenos, e pode durar vários anos, é consagrado à catequese e aos
ritos a ela anexos, e termina no dia da eleição;
c) o terceiro tempo, mais breve, que habitualmente coincide
com a preparação para as solenidades pascais e para os sacramentos, é
destinado à purificação e à iluminação;
d) o último tempo, que se prolonga por todo o tempo pascal, é
destinado à «mistagogia», isto é, por um lado à recolha da experiência
e dos frutos da vida cristã e, por outro, à entrada no convívio da
comunidade dos fiéis, estabelecendo com ela relações profundas.
Assim, temos quatro tempos seguidos: o do «pré-catecumena-
do», caracterizado pela primeira evangelização; o do «catecumenado»,
destinado a uma catequese completa; o da «purificação e iluminação»,
para obter uma preparação espiritual mais intensa; e o da «mista-
gogia», marcado por uma nova experiência dos sacramentos e da
comunidade.
8. Além disso, uma vez que a iniciação cristã não é senão uma
primeira participação sacramental na morte e ressurreição de Cristo, e
dado que o tempo da purificação e iluminação coincide normalmente
com o tempo da Quaresma 2 e a «mistagogia» com o tempo pascal,
toda a iniciação deve revestir carácter pascal. Por conseguinte, a
Quaresma deve conservar o seu vigor em ordem a uma preparação
mais intensa dos eleitos, e a Vigília pascal deve ser tida como o tempo
legítimo da iniciação cristã. Não se proíbe, todavia, que estes mesmos
sacramentos, em razão das necessi-dades pastorais, sejam celebrados
fora destes tempos.3

2
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 109.
3
Nota eliminada.
24 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

A. A evangelização e o «pré-catecumenado»

9. O Ritual da iniciação cristã começa com a admissão no


catecumenado; o tempo que o precede, ou seja o «pré-catecumenado»,
tem, no entanto, uma grande importância e habitualmente não se deve
omitir. Nele se faz a primeira evangelização em que é anunciado
com firmeza e constância o Deus vivo e Aquele que Ele enviou
para a salvação de todos, Jesus Cristo, de modo que os não cristãos,
movidos pelo Espírito Santo que lhes abre o coração, abracem a
fé e se convertam ao Senhor, em adesão sincera àquele que, sendo
o caminho, a verdade e a vida, é capaz de satisfazer todos os seus
anseios espirituais e até de infinitamente os superar.4
10. Da evangelização, levada a cabo com o auxílio de Deus,
nascem a fé e a conversão inicial, pelas quais cada um se sente
chamado a afastar-se do pecado e inclinado a abraçar o mistério da
divina caridade. Todo o tempo do pré-catecumenado se destina a esta
evangelização, a fim de que amadureça com sinceridade o desejo de
seguir a Cristo e de pedir o Baptismo.
11. Neste período de tempo, uma exposição adequada do Evange-
lho será feita aos candidatos pelos catequistas, diáconos e sacerdotes,
ou até por leigos. Tenha-se para com eles particular desvelo, de modo
que, com intenção purificada e esclarecida, cooperem com a graça
divina e assim se tornem mais fáceis as reuniões com as famílias e os
grupos de cristãos.
12. Além da evangelização a fazer nesta fase do pré-catecumenado,
compete às Conferências Episcopais, segundo os casos e atentas as
circunstâncias de cada região, estabelecer uma primeira forma de
acolher os «simpatizantes», ou seja, aqueles que, não a possuindo
ainda plenamente, revelam todavia propensão para abraçar a fé cristã.

4
Conc. Vat. II, Decr. sobre a actividade missionária da Igreja, Ad gentes, n. 13.
PRELIMINARES 25

1) Este acolhimento, que se fará como melhor se entender e sem


qualquer rito, manifesta a recta intenção dos candidatos, não porém
ainda a sua fé.
2) Terá em conta as condições do lugar e o que for mais
conveniente. A uns candidatos, mostrar-se-á de preferência o espírito
cristão que eles desejam conhecer e experimentar; a outros, a quem
por este ou aquele motivo se entende dever adiar o catecumenado,
talvez convenha mais um primeiro acto externo, quer deles mesmos
quer da comunidade.
3) Este acolhimento será feito dentro das reuniões e assembleias
da comunidade local, aproveitando, por exemplo, as reuniões de ami-
zade ou de convívio. Apresentado por um amigo, o «simpatizante» é
saudado com palavras informais e recebido pelo sacerdote ou por um
membro respeitável da comunidade.
13. É dever dos pastores ajudar os «simpatizantes», durante todo o
tempo do pré-catecumenado, por meio de orações apropriadas.

B. O Catecumenado

14. É da maior importância o rito da «admissão dos catecúmenos»,


porque, nesta altura, os candidatos, reunidos pela primeira vez em pú-
blico, manifestam à Igreja a sua vontade, e a Igreja, desempenhando
o seu múnus apostólico, admite aqueles que querem tornar-se seus
membros. Deus concede-lhes a sua graça, uma vez que, nesta celebra-
ção, se manifesta publicamente o desejo dos candidatos e por parte da
Igreja é significada a recepção deles e a sua primeira consagração.
15. Para que os candidatos dêem este passo, é necessário que neles
tenham sido lançados os primeiros fundamentos da vida espiritual
e da doutrina cristã: 5 um princípio de fé concebida durante o tempo

5
Cf. Ibid., n. 14.
26 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

do «pré-catecumenado», um começo de conversão e uma primeira


vontade de mudar de vida e de estabelecer relações pessoais com Deus
em Cristo e, consequentemente, um primeiro sentido de penitência, a
prática incipiente de invocar a Deus e de oração e ainda uma primeira
experiência de vida da comunidade e do espírito cristão.
16. Compete aos pastores, auxiliados pelos «garantes» (cf. adiante
n. 42, p. 35), catequistas e diáconos, julgar dos indícios externos destas
disposições.6 A eles compete igualmente, tendo em conta o valor
dos sacramentos já validamente recebidos (cf. Preliminares gerais
da iniciação cristã, n. 4, p. 11), impedir que alguém, já baptizado,
pretenda receber de novo o Baptismo, seja a que pretexto for.
17. Depois da celebração do rito, registem-se, em devido tempo, no
livro próprio, os nomes dos catecúmenos, com a indicação do ministro
e «garantes», do dia e do lugar em que foi feita a sua admissão.
18. A partir deste momento, os catecúmenos, que a Mãe Igreja
agora trata como seus com todo o amor e carinho e que a ela ficam
ligados, passam a fazer parte da casa de Cristo:7 da Igreja recebem o
alimento da Palavra de Deus e os auxílios da liturgia. Devem, por isso,
ter a peito participar na liturgia da palavra e receber as bênçãos e os
sacramentais. Quando dois catecúmenos ou um catecúmeno e um não
baptizado contraem matrimónio entre si, segue-se o rito próprio.8 Se
falecerem durante o tempo do catecumenado, terão exéquias cristãs.
19. O catecumenado é um tempo prolongado, durante o qual
os candidatos recebem formação cristã e se submetem a uma
adequada disciplina.9 Com estes auxílios, as disposições de espírito,

6
Ibid., n. 13.
7
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a Igreja, Lumen gentium, n. 14; Decr. sobre a activida-
de missionária da Igreja, Ad gentes, n. 14.
8
Celebração do Matrimónio, nn. 152-157.
9
Decr. sobre a actividade missionária da Igreja, Ad gentes, n. 14.
PRELIMINARES 27

que manifestaram à entrada, atingem a maturidade. São quatro os


caminhos para o conseguir:
1) A catequese adequada, adaptada ao ano litúrgico e baseada
em celebrações da palavra, dada por sacerdotes, diáconos ou
catequistas e outros leigos, leva os candidatos a uma conveniente
instrução sobre os dogmas e preceitos, e a um conhecimento íntimo
dos mistérios da salvação que desejam aplicar à sua vida.
2) No exercício diário da vida cristã, os candidatos, amparados
com o exemplo e ajuda dos garantes e padrinhos, e ainda dos fiéis de
toda a comunidade, habituam-se a orar a Deus com mais facilidade,
a dar testemunho da fé, a procurar Cristo em tudo, a seguir em seus
actos a inspiração do alto, a entregar-se ao amor do próximo até à
renúncia de si mesmos. Munidos destes recursos, «os neoconvertidos
iniciam o caminho espiritual, através do qual, comungando já pela
fé no mistério da morte e ressurreição, passam do homem velho ao
homem novo que em Cristo atinge a sua perfeição. Esta passagem,
que implica progressiva mudança de mentalidade e de costumes,
deve manifestar-se com suas consequências sociais e desenvolver-se
pouco a pouco ao longo do catecumenado. E, dado que o Senhor, em
quem acredita, é sinal de contradição, não raro o homem convertido
experimentará rupturas e separações, a par de alegrias sem conta que
Deus também lhe concede».10
3) Por meio de ritos litúrgicos apropriados, a Mãe Igreja ajuda-os
na sua caminhada e assim eles vão sendo desde já progressivamente
purificados e ao mesmo tempo sustentados pela bênção divina.
Para eles se organizam oportunamente celebrações da palavra e até
podem ter acesso à liturgia da palavra juntamente com os fiéis, a fim
de melhor se prepararem para a futura participação na Eucaristia.
Todavia, quando tomam parte na assembleia dos fiéis, devem
habitualmente ser despedidos de maneira afável antes de começar a
celebração eucarística, a não ser que obstem verdadeiras dificuldades.
Efectivamente, os catecúmenos devem aguardar o Baptismo, pelo qual
serão agregados ao povo sacerdotal e deputados para tomarem parte
no novo culto de Cristo.

10
Cf. Ibid., n. 13.
28 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

4) Como a vida da Igreja é apostólica, devem também os


catecúmenos aprender a cooperar activamente na evangelização e na
edificação da Igreja pelo testemunho da vida e pela profissão da fé.11
20. A duração do catecumenado depende quer da graça de Deus,
quer de várias circunstâncias, designadamente: da forma como está
organizado o catecumenado, do número de catequistas, diáconos e
sacerdotes, da colaboração do próprio catecúmeno, dos meios de
acesso à sede do catecumenado e de aí permanecer, e também do
apoio da comunidade local. Nada, portanto, se pode estabelecer
previamente. Compete ao Bispo fixar a duração e regulamentar a
disciplina do catecumenado. Também as Conferências Episcopais
darão oportunamente normas mais concretas, tendo em conta as
condições de cada povo e de cada região.12

C. O t em p o d a p u rifi cação e d a i l u mi n a çã o

21. O tempo da purificação e da iluminação dos catecúmenos


coincide habitualmente com a Quaresma, porque esta, tanto na liturgia
como na catequese litúrgica, por meio da recordação ou da preparação
do Baptismo e pela Penitência,13 renova a comunidade dos fiéis,
juntamente com os catecúmenos, e dispõe-nos para a celebração do
mistério pascal que os sacramentos da iniciação cristã aplicam a cada
um.14
22. Com o segundo degrau da iniciação cristã começa o tempo da
purificação e da iluminação destinado a preparar mais intensivamente
o espírito e o coração dos candidatos. Neste degrau é feita pela

11
Ibid., n. 14.
12
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 64.
13
Ibid., n. 109.
14
Cf. Conc. Vat. II, Decr. sobre a actividade missionária da Igreja, Ad gentes, n. 14.
PRELIMINARES 29

Igreja a «eleição» ou escolha e a admissão daqueles catecúmenos


que, pelas suas disposições são idóneos para, na próxima celebração,
tomarem parte nos sacramentos da iniciação. Chama-se «eleição»,
porque a admissão feita pela Igreja se funda na eleição de Deus, em
nome de quem ela actua; chama-se «inscrição do nome», porque os
candidatos escrevem o seu nome no livro dos «eleitos», como penhor
de fidelidade.
23. Antes de celebrar a «eleição», requere-se da parte dos
catecúmenos a conversão da mente e dos costumes, um conhecimento
suficiente da doutrina cristã e o sentido da fé e da caridade; requere-
-se, além disso, o exame sobre a sua idoneidade. Depois, na própria
celebração do rito, os catecúmenos manifestam a sua vontade, e o
Bispo ou o seu delegado o seu parecer, diante da comunidade. Assim
fica patente que a «eleição», que se reveste de tão grande solenidade,
é o momento decisivo de todo o catecumenado.
24. A partir do dia da sua «eleição» e admissão, os catecúmenos
passam a ser designados pelo nome de «eleitos». Também se dizem
«competentes», porque caminham em conjunto para receberem os
sacramentos de Cristo e o dom do Espírito Santo. Chamam-se também
«iluminandos», porque o próprio Baptismo se chama «iluminação»
e porque por ele os neófitos são iluminados pela luz da fé. Contudo,
em nossos dias, podem usar-se também outros termos que, segundo a
diversidade das regiões e culturas, estejam mais ao alcance de todos, e
sejam mais conformes ao génio das diferentes línguas.
25. Durante este tempo, os catecúmenos são objecto de uma
preparação interior mais intensa. Esta tem mais em vista o
recolhimento espiritual do que a catequese, e destina-se à purificação
do coração e da mente, através do exame de consciência e da
penitência, e à sua iluminação por meio do conhecimento mais
aprofundado de Cristo Salvador. Tudo isto se faz por meio de vários
ritos, sobretudo pelos «escrutínios» e pelas «tradições».
1) Os «escrutínios», que devem ser celebrados solenemente
ao domingo, têm em vista o duplo fim acima referido, a saber: pôr
a descoberto o que no coração dos eleitos possa haver de fraqueza,
enfermidade ou malícia, para que seja curado, e o que há de bom,
válido e santo, a fim de o fortalecer. Os escrutínios destinam-se a
30 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

libertar do pecado e do demónio e ao fortalecimento em Cristo que é o


caminho, a verdade e a vida dos eleitos.
2) As «tradições», pelas quais a Igreja entrega aos eleitos os
antiquíssimos documentos da fé e da oração – o Símbolo e a Oração
dominical –, têm como finalidade a sua iluminação. No Símbolo, em
que se proclamam as maravilhas de Deus para salvação dos homens,
os olhos dos eleitos são inundados de fé e de alegria. Na Oração
dominical, reconhecem em toda a sua profundeza o novo espírito de
filhos, pelo qual chamam a Deus seu Pai, sobretudo na assembleia
eucarística.
26. Como preparação próxima para os sacramentos:
1) Aconselhem-se os eleitos a que, no Sábado Santo, se
abstenham, na medida do possível, das suas ocupações habituais,
consagrem o tempo à oração e ao recolhimento espiritual e observem
o jejum, segundo as suas forças.15
2) Neste mesmo dia, no caso de se fazer alguma reunião dos
eleitos, podem celebrar-se alguns dos ritos de preparação próxima,
por exemplo: a «redição» do Símbolo, o «Effathá», a escolha do nome
cristão e, se ela se fizer, a unção com o Óleo dos catecúmenos.

D. O s s acr amentos da in ic iação

27. Os sacramentos da iniciação – Baptismo, Confirmação e


Eucaristia – são o último degrau. Os eleitos que deles se aproximam
e recebem por seu intermédio a remissão dos pecados, são agregados
ao povo de Deus, recebem a adopção dos filhos de Deus, são
introduzidos, pelo Espírito, na prometida plenitude dos tempos e, mais
ainda, participam desde já no reino de Deus pelo sacrifício e banquete
eucarístico.

15
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 110.
PRELIMINARES 31

a) A celebração do Baptismo dos adultos


28. A celebração do Baptismo, que atinge como que o seu ponto
culminante na ablução da água com a invocação da Santíssima
Trindade, é preparada pela bênção da água e pela profissão da fé,
intimamente ligadas ao rito da água.
29. Pela bênção da água, em que se proclama a economia do
mistério pascal e a escolha que o Senhor fez da água para o realizar
de modo sacramental e em que se faz já uma primeira invocação da
Santíssima Trindade, o elemento da água recebe uma significação
religiosa, e manifesta-se aos olhos de todos o mistério de Deus que já
desde longe começara a ser revelado.
30. Pelos ritos da renunciação e da profissão da fé, o mesmo
mistério pascal, já comemorado sobre a água e que em seguida vai
ser proclamado, de forma concisa, pelo celebrante, nas palavras do
Baptismo, manifesta-se na fé activa dos baptizandos. Efectivamente,
os adultos não se salvam, a não ser que venham de livre vontade,
acreditem e queiram receber o dom de Deus. A fé, cujo sacramento
recebem, não é própria só da Igreja, mas deles também, fé que se
espera venha a tornar-se neles activa. Ao serem baptizados, longe de
receberem o sacramento de maneira somente passiva, estabelecem por
um acto da sua vontade, aliança com Cristo, renun-ciando aos erros e
aderindo ao verdadeiro Deus.
31. Imediatamente depois de terem confessado com fé viva o misté-
rio pascal de Cristo, os eleitos aproximam-se e recebem esse mistério,
agora expresso na ablução da água; e, depois de terem professado a
sua fé na Santíssima Trindade, a mesma Trindade, invocada pelo ce-
lebrante, por sua própria acção, junta os seus eleitos ao número dos
filhos da adopção e agrega-os ao seu povo.
32. A ablução da água significa a participação mística na morte e
ressurreição de Cristo; por ela, aqueles que acreditam no seu nome
morrem para os pecados e ressuscitam para a vida eterna. Esta
significação é plenamente conseguida na celebração do Baptismo.
Escolha-se, por isso, conforme os casos, ou o rito da imersão, ou o da
infusão, de modo que, segundo as várias tradições e circunstâncias,
32 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

melhor se compreenda que esta ablução não é simples rito de


purificação, mas sacramento de união com Cristo.
33. A unção com o Crisma depois do Baptismo significa o
sacerdócio régio dos baptizados e a sua inserção na comunidade do
povo de Deus. A veste branca é o símbolo da sua nova dignidade. O
círio aceso ilustra a sua vocação de caminharem como convém a filhos
da luz.

b) A celebração da Confirmação dos adultos


34. De acordo com o antiquíssimo uso, conservado na própria
liturgia romana, não se baptize o adulto sem que, imediatamente
depois do Baptismo, receba a Confirmação, a não ser que obstem
motivos graves (cf. n. 44, p. 36). Por esta conexão é significada a
unidade do mistério pascal, a íntima relação entre a missão do Filho
e a efusão do Espírito Santo e a estreita ligação dos sacramentos,
pelos quais as duas pessoas divinas, juntamente com o Pai, vêm aos
baptizados.
35. Por isso, depois dos ritos complementares do Baptismo, omitida
a unção pós-baptismal (n. 224, p. 143), confere-se a Confirmação.

c) A primeira participação dos neófitos na Eucaristia


36. Finalmente vem a celebração da Eucaristia. É este o dia em
que os neófitos nela participam pela primeira vez de pleno direito
e encontram a consumação da sua iniciação. Nesta celebração
os neófitos, uma vez elevados à dignidade do sacerdócio régio,
tomam parte activa na oração dos fiéis e, quanto possível, no rito da
apresentação das oblatas ao altar; participam com toda a comunidade
na acção do sacrifício e dizem pela primeira vez a Oração dominical,
na qual manifestam o espírito de adopção de filhos recebido no
Baptismo. Finalmente, comungando no Corpo entregue e no Sangue
derramado, confirmam os dons recebidos e saboreiam antecipa-
damente os eternos.
PRELIMINARES 33

E . O t em po d a «mistagogia»
37. Dado este último passo, a comunidade, juntamente com os
neófitos, aprofunda mais o mistério pascal e procura traduzi-lo cada
vez mais na vida pela meditação do evangelho, pela participação na
Eucaristia e pelo exercício da caridade. É este o último tempo da
iniciação, isto é, o tempo da «mistagogia» dos neófitos.
38. Na verdade, o novo modo de enunciar os sacramentos recebidos
e, sobretudo, a experiência dos mesmos vão dar um conhecimento
mais completo e mais frutuoso dos «mistérios». Com efeito, os
neófitos foram renovados no seu espírito, saborearam as íntimas
delícias da palavra de Deus, entraram em comunhão com o Espírito
Santo e descobriram como o Senhor é bom. Desta experiência, própria
do homem cristão e aumentada com a prática da vida, tiram novo
sentido da fé, da Igreja e do mundo.
39. A frequência dos sacramentos, a partir de agora, assim como
lhes dá luz para compreenderem as Sagradas Escrituras, aumenta-
-lhes igualmente o conhecimento dos homens e vem a reflectir-se na
sua vida dentro da comunidade, tornando mais fácil e proveitosa a
convivência dos neófitos com os outros fiéis. Por isso, o tempo da
«mistagogia» é da máxima importância para que os neófitos, ajudados
pelos padrinhos, entrem em relações mais íntimas com os fiéis e lhes
proporcionem uma visão renovada das coisas e um novo alento.
40. O sentido e o valor deste tempo vêm da experiência, pessoal e
nova, tanto dos sacramentos como da comunidade. Por isso, o lugar
principal da «mistagogia» são as «Missas dos neófitos», ou seja, as
Missas dos domingos da Páscoa, porque nelas os neófitos, além da
assembleia da comunidade e da participação nos mistérios, encontram
leituras especialmente apropriadas à sua condição, sobretudo no
Leccionário do ano «A». Toda a comunidade local deve, por isso,
ser convidada para estas Missas, juntamente com os neófitos e seus
padrinhos. Os textos destas Missas podem ser usados também quando
a iniciação é celebrada fora dos tempos próprios.
34 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

II
MINISTÉRIOS E OFÍCIOS

41. Além do que ficou dito nos Preliminares gerais da iniciação


cristã (n. 7, p. 12), o povo de Deus, representado pela Igreja local,
há-de considerar sempre a iniciação dos adultos como coisa sua e que
diz respeito a todos os baptizados, e manifestá-lo concretamente.16
Mostre-se, portanto, o mais pronto possível a dar a sua ajuda àqueles
que procuram a Cristo, cumprindo assim a sua missão apostólica.
Nas várias circunstâncias da vida quotidiana, como no apostolado, o
discípulo de Cristo, seja ele quem for, tem o dever de propagar a fé,
conforme as suas possibilidades.17 Consequentemente, ele deve ajudar
os candidatos e os catecúmenos ao longo de toda a iniciação, no
pré-catecumenado, no catecumenado e no tempo da mistagogia. Em
particular:
1) No tempo da evangelização e do pré-catecumenado, recor-
dem os fiéis que o apostolado da Igreja e de todos os seus membros se
ordena, antes e acima de tudo, a revelar ao mundo, por palavras e por
obras, a mensagem de Cristo, e a comunicar-lhe a sua graça.18 Neste
sentido, mostrem-se disponíveis para ajudar a descobrir o espírito da
comunidade dos cristãos, para receber os candidatos nas suas casas em
conversas privadas ou mesmo em certas reuniões colectivas.
2) Na medida em que for julgado oportuno, assistam às celebra-
ções do catecumenado, tomando parte activa nas respostas, na oração,
no canto e nas aclamações.

16
Cf. Conc. Vat. II, Decr. sobre a actividade missionária da Igreja, Ad gentes, n. 14.
17
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a Igreja, Lumen gentium, n. 17.
18
Cf. Conc. Vat. II, Decr. sobre o apostolado dos leigos, Apostolicam actuositatem,
n. 6.
PRELIMINARES 35

3) No dia da eleição procurem, na medida em que for oportuno,


dar o seu testemunho, justo e prudente, sobre os catecúmenos, uma
vez que se trata do crescimento da própria comunidade.
4) No tempo da Quaresma, isto é, no tempo da purificação e da
iluminação, sejam assíduos aos ritos dos escrutínios e das «tradições»,
e tragam aos catecúmenos o exemplo da própria renovação em espírito
de penitência, de fé e de caridade. Na Vigília pascal tenham a peito
renovar as promessas do Baptismo.
5) No tempo da «mistagogia» participem nas Missas dos neó-
fitos e rodeiem-nos de caridade e prestem-lhes a sua ajuda, de modo
que eles se sintam bem na comunidade dos baptizados.
42. O candidato que pede para ser admitido entre os catecúmenos
seja acompanhado por um “garante”, homem ou mulher, que o
conheça, o tenha ajudado e possa dar testemunho dos seus costumes,
da sua fé e da sua vontade. Pode acontecer que este garante não venha
a desempenhar, no tempo da purificação e da iluminação e no da
mistagogia, o ofício de padrinho, mas então seja substituído por outro
nesta função.
43. O padrinho, 19 escolhido pelo catecúmeno em razão do
exemplo, das qualidades e da amizade que nele encontra, representa
a comunidade cristã local, e, aprovado pelo sacerdote, acompanha o
candidato no dia da eleição, na celebração dos sacramentos e durante o
tempo da mistagogia. Compete-lhe mostrar ao catecúmeno, de modo
familiar, a prática do Evangelho na vida particular e na convivência
social, ajudá-lo nas suas dúvidas e inquietações, dar testemunho
acerca dele e velar pelo crescimento da sua vida baptismal. Escolhido
antes da «eleição», exerce publicamente o seu múnus a partir do dia
da eleição, quando, perante a comunidade, dá o seu testemunho a
respeito do catecúmeno; e a sua função de padrinho conserva toda a
sua importância, quando o neófito, uma vez recebidos os sacramentos,
precisa de ser ajudado para se manter fiel às promessas do Baptismo.

19
Preliminares gerais da iniciação cristã, n. 8.
36 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

44. Compete ao Bispo,20 por si mesmo ou por um seu delegado,


criar, dirigir e fomentar a instituição pastoral dos catecúmenos e
também admitir os candidatos à eleição e aos sacramentos. É para
desejar que, na medida do possível, presida à liturgia quaresmal,
celebre ele próprio o rito da eleição e, na Vigília pascal, administre os
sacramentos da iniciação pelo menos àqueles que tiverem completado
os catorze anos de idade. Finalmente, ao seu múnus de pastor
compete entregar aos catequistas, que sejam realmente dignos e
estejam convenientemente preparados, a deputação para celebrarem os
exorcismos menores.21
45. Compete aos presbíteros, além do ministério que habitualmente
desempenham em qualquer celebração do Baptismo, da Confirmação
e da Eucaristia, 22 atender à situação pastoral e pessoal dos
catecúmenos, 23 sobretudo daqueles que pareçam hesitantes e
desanimados; providenciar pela catequese dos mesmos, com a ajuda
dos diáconos e catequistas; aprovar a escolha dos padrinhos e dispor-
-se de boa vontade a ouvi-los e a ajudá-los; finalmente diligenciar pela
perfeita e ajustada execução dos ritos no decurso de todo o ritual da
iniciação (cf. adiante n. 67, p. 43).
46. O presbítero que, na ausência do Bispo, baptiza um adulto ou
uma criança na idade da catequese, confere também a Confirmação,
a não ser que este sacramento deva ser conferido noutra altura (cf.
adiante n. 56, p. 39).24 Quando o número dos confirmandos for
muito grande, o ministro da Confirmação pode associar a si outros
presbíteros para administrar o sacramento. É necessário que estes
presbíteros:
a) ou desempenhem, na diocese, algum cargo ou ofício especial,
a saber: que sejam Vigários Gerais, ou Vigários ou Delegados

20
Cf. Ibid., n. 12.
21
Nota eliminada.
22
Preliminares gerais da iniciação cristã, nn. 13-15.
23
Cf. Conc. Vat. II, Decr. sobre o ministério e vida dos presbíteros, Presbyterorum
Ordinis, n. 6.
24
Cf. Celebração da Confirmação, Preliminares, n. 7 b.
PRELIMINARES 37

episcopais, ou Vigários da Vara, ou Arciprestes, ou que, por mandato


do Ordinário, sejam equiparados a estes;
b) ou sejam párocos dos lugares em que é conferida a Confir-
mação, ou párocos dos lugares a que pertencem os confirmandos, ou
presbíteros que tenham tido trabalho especial na preparação catequética
dos confirmandos.25
47. Se houver diáconos, recorra-se à sua ajuda. Se a Conferência
Episcopal julgar oportuno instituir diáconos permanentes, providen-
ciará por que sejam em número conveniente, de modo que, em todos
os lugares onde as necessidades pastorais o exigirem, possa haver todos
os degraus, tempos e exercícios do catecumenado.26
48. Os catequistas, cuja função é importante no progresso dos
catecúmenos e no crescimento da comunidade, tenham, sempre que
possível, parte activa nos ritos. Quando ensinam, procurem que a
sua doutrina seja impregnada do espírito evangélico, acomodada aos
símbolos da liturgia e ao ano litúrgico, adaptada aos catecúmenos
e, quanto possível, enriquecida com as tradições locais. Além disso,
os catequistas podem receber delegação do Bispo para fazer os
exorcismos menores (cf. adiante n. 54, p. 39) e dar as bênçãos 27 que
se encontram no Ritual nn. 113-124, pp. 69-76.

III
TEMPO E LUGAR DA INICIAÇÃO

49. Os pastores devem usar o Ritual da iniciação de tal modo que os


sacramentos sejam celebrados na Vigília pascal e a eleição se faça no
primeiro domingo da Quaresma. Os outros ritos devem ser repartidos

25
Cf. Ibid., n. 8.
26
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a Igreja, Lumen gentium, n. 26; Decr. sobre a activi-
dade missionária da Igreja, Ad gentes, n. 16.
27
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 79.
38 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

conforme o que acima fica disposto (nn. 6-8, pp. 22-23 e nn. 14-40,
pp. 25-33). Contudo, em razão de graves necessidades pastorais, é
lícito ordenar de outra maneira o desenrolar de todo o Ritual, conforme
mais adiante se dirá (nn. 58-62, pp. 39-40).

A. Tem po le gítimo ou ordin ár io

50. No que se refere ao tempo em que há-de celebrar-se o rito da


admissão dos catecúmenos, notar-se-á o seguinte:
1) Não deve ser prematuro: espere-se até que os candidatos,
segundo as disposições e condições de cada um, tenham tido o tempo
necessário para adquirirem a fé inicial e darem os primeiros sinais de
conversão (cf. acima n. 20, p. 27).
2) Onde costuma haver grande número de candidatos, espere-se
até se constituir um grupo suficientemente grande para a catequese e
os ritos litúrgicos.
3) Estabeleçam-se ao longo do ano dois ou, se for necessário,
três dias ou tempos mais oportunos, nos quais normalmente serão
celebrados esses ritos.
51. O rito da «eleição» ou da «inscrição do nome» celebra-
-se, habitualmente, no primeiro domingo da Quaresma. Se houver
conveniência, pode antecipar-se um pouco ou celebrar-se até durante
a semana.
52. Os «escrutínios» fazem-se no III, IV e V domingo da Quaresma
e, em caso de necessidade, podem fazer-se noutros domingos da
mesma Quaresma ou até nos dias feriais da semana que se julguem
mais indicados. Celebrem-se três escrutínios; contudo, se houver grave
impedimento, o Bispo pode dispensar de um ou até, em circunstâncias
extraordinárias, de dois escrutínios. Se faltar o tempo, antecipando-se a
eleição, antecipe-se, também, o primeiro escrutínio; atenda-se, porém,
a que, neste caso, o tempo da «purificação e da iluminação» não se
prolongue para além de oito semanas.
53. Desde a antiguidade que as «tradições» pertencem a este tem-
po da purificação e da iluminação, uma vez que se fazem depois dos
PRELIMINARES 39

escrutínios. Celebrem-se, porém, ao longo da semana. A «tradição»


do Símbolo faz-se depois do primeiro escrutínio; a tradição da Oração
dominical, depois do terceiro. Contudo, se do ponto de vista pastoral
se julgar mais oportuno, para que se torne mais rica a liturgia do tempo
do catecumenado, as tradições podem transferir-se para o tempo do
catecumenado e serem celebradas à maneira de «rito de transição» (cf.
nn. 125-126, p. 77).
54. No Sábado Santo, quando os eleitos, que se abstêm do trabalho
(cf. acima n. 26, p. 30), se entregam à meditação, podem realizar-se os
vários ritos imediatamente preparatórios: a «redição» do Símbolo, o
rito do «Effathá», a escolha do nome cristão e mesmo a unção com o
Óleo dos catecúmenos (cf. nn. 193-207, pp. 118-125).
55. Os sacramentos da iniciação dos adultos celebrem-se na
própria Vigília pascal (cf. n. 8, p. 23 e n. 49, p. 37). Se o número dos
catecúmenos for muito grande, dão-se os sacramentos à maior parte
deles nesta mesma noite, e os restantes podem ficar para os dias dentro
da oitava da Páscoa e ser renovados pelos sacramentos nas igrejas
principais ou até nas estações secundárias. Neste caso, toma-se a Missa
própria do dia ou a Missa ritual da iniciação cristã, usando mesmo as
leituras da Vigília pascal.
56. Em certos casos, a celebração da Confirmação pode diferir-se
para perto do fim da mistagogia, v. g. o domingo de Pentecostes (cf. n.
237, p. 149).
57. Em todos e cada um dos domingos depois do primeiro da
Páscoa celebrem-se as chamadas «Missas dos neófitos». Para estas
Missas são convidados, com todo o empenho, tanto a comunidade
como os recém-baptizados e seus padrinhos.

B . Fora do temp o or d inário

58. Embora o Ritual da iniciação se deva ordenar habitualmente


de modo que os sacramentos sejam celebrados na Vigília pascal,
todavia, por motivos imprevistos e por razões de ordem pastoral, é
permitido celebrar os ritos da eleição e os do tempo da purificação e
40 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

da iluminação fora da Quaresma, e os próprios sacramentos fora da


Vigília pascal e do dia de Páscoa. Mesmo nos casos ordinários, mas só
por graves razões de ordem pastoral, por exemplo, se for muito grande
o número dos baptizandos, é permitido escolher, além do curso normal
da iniciação ao longo da Quaresma, outro tempo para a celebração
dos sacramentos da iniciação, principalmente o tempo pascal. Nestes
casos, uma vez que se altera a inserção dos diversos momentos no ano
litúrgico, mantenha-se idêntica a própria estrutura de todo o Ritual,
observando os intervalos convenientes. As adaptações serão feitas
conforme a seguir se indica.
59. Os sacramentos da iniciação, celebrem-se, quanto possível, ao
domingo, usando, como for mais oportuno, ou a Missa do domingo ou
a Missa ritual própria (cf. acima n. 55, p. 39).
60. O rito da admissão dos catecúmenos celebre-se no devido
tempo, como ficou dito no n. 50, p. 38.
61. A «eleição» celebre-se cerca de seis semanas antes dos
sacramentos da iniciação, de modo que haja tempo suficiente para
os «escrutínios» e as «tradições». A celebração da eleição nunca se
fará numa solenidade do ano litúrgico. No rito, usem-se as leituras
indicadas no Ritual. Os formulários da Missa serão ou os do dia ou os
da Missa ritual.
62. Os «escrutínios» não devem celebrar-se nas solenidades, mas
nos domingos ou até mesmo durante a semana, guardando entre eles
os intervalos do costume e fazendo as leituras que vêm indicadas no
Ritual. Os formulários da Missa serão os do dia ou os da Missa ritual,
como adiante se indica no n. 374 bis, p. 244.

C . Lugare s d a iniciaç ão

63. Os ritos celebrem-se em lugares convenientes, conforme se


indica no Ritual. Tenham-se em conta as necessidades particulares
que possam ocorrer nos centros secundários das terras de missão.
PRELIMINARES 41

IV

ADAPTAÇ Õ ES
Q UE AS CONFERÊNCIAS EPISCOPAIS
PODEM FA Z ER AO UTILI ZAREM
ESTE RITUAL ROMANO

64. Além das adaptações previstas nos Preliminares gerais da


iniciação cristã (nn. 30-33, pp. 18-19), o Ritual da iniciação dos
adultos deixa às Conferências Episcopais a faculdade de introduzirem
outras.
65. À decisão destas Conferências é deixado o seguinte:
1) Antes do catecumenado, instituir, onde se julgar oportuno,
uma certa forma de acolher os «simpatizantes» (cf. acima n. 12, p.
24-25).
2) Onde estiverem em uso ritos gentílicos, inserir no rito da
admissão dos catecúmenos (nn. 79-80, pp. 50-51), um primeiro
exorcismo e uma primeira renunciação.
3) Determinar que o gesto da signação na fronte se faça sem
tocar na testa, quando, em alguns lugares, este contacto não parecer
conveniente (n. 83, p. 52-53).
4) Determinar que um novo nome seja dado aos candidatos no
rito da admissão dos catecúmenos, nos lugares em que, segundo a
prática das religiões não cristãs, for costume dar um nome novo aos
iniciados.
5) Aceitar no mesmo rito (n. 89, p. 59), em conformidade
com os costumes locais, ritos auxiliares para significar a recepção na
comunidade.
6) No tempo do catecumenado, além dos ritos costumados (nn.
106-124, p. 68-76), instituir um «rito de transição», antecipando, por
42 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

exemplo, as «tradições» (nn. 125-126, pp. 77), o rito do «Effathá», a


«redição» do Símbolo ou até a unção com Óleo dos catecúmenos (nn.
127-129, pp. 77).
7) Determinar a omissão da unção dos catecúmenos (n. 218, p.
140) ou a sua transferência para os ritos imediatamente preparatórios
(nn. 206-207, pp. 124) ou a sua inserção no tempo do catecumenado, à
maneira de «rito de transição» (nn. 127-132, pp. 77-79).
8) Dar às fórmulas de renunciação uma redacção mais rica e
incisiva (cf. n. 217, p. 138, e n. 80, p. 50).

V
COMPETÊNCIA DO BISPO

66. Compete ao Bispo, na sua diocese:


1) Instituir o catecumenado e estabelecer as normas oportunas
consoante as necessidades (cf. n. 44, p. 36).
2) Determinar, atentas as circunstâncias, se e quando podem ser
celebrados os ritos da iniciação fora dos tempos ordinários (cf. n. 58,
p. 39-40).
3) Dispensar, em caso de grave impedimento, de um dos escru-
tínios, ou até, em circunstâncias extraordinárias, de dois (cf. n. 240, p.
151).
4) Permitir que se use, no todo ou em parte, o Ritual simplifi-
cado (cf. n. 240, p. 151).
5) Delegar nos catequistas que sejam de facto dignos e estejam
devidamente preparados a faculdade de fazerem os exorcismos e as
bênçãos (cf. n. 44, p. 36, e n. 47, p. 37).
6) Presidir ao rito da «eleição» e confirmar, por si ou por dele-
gado seu, a admissão dos eleitos (cf. n. 44, p. 36).
7) Determinar a idade dos padrinhos segundo o direito 28 (cf.
Preliminares gerais da iniciação cristã n. 10, § 2, p. 13).

28
Cf. C.I.C., can. 874, 1, 2.
PRELIMINARES 43

VI

ACOMODAÇ Õ ES
Q UE COMPETEM AO MINISTRO

67. Compete ao celebrante usar plenamente e com inteligência da


liberdade que lhe é atribuída, quer nos Preliminares gerais da iniciação
cristã (n. 34, p. 19), quer em seguida nas rubricas do Ritual. Foi para
isso que, em muitos momentos, intencionalmente, não se determinou
o modo de proceder e de orar, ou se propõem duas soluções, para
que o celebrante possa adaptar o rito à condição dos candidatos e das
pessoas presentes, segundo o seu prudente juízo pastoral. Deixou-se
a máxima liberdade nas admonições e nas súplicas, que, segundo as
circunstâncias, podem sempre ser abreviadas ou modificadas ou até
enriquecidas com intenções, para poderem corresponder à situação
particular dos candidatos (por exemplo, luto ou alegria da família de
algum deles) ou das pessoas presentes (por exemplo, luto ou alegria
comum da paróquia ou da cidade). Ao celebrante compete, igualmente,
adaptar os textos, mudando o género e o número conforme os casos.
CAPÍTULO I

RITUAL DO CATECUMENADO
EM VÁRIOS DEGRAUS

PRIMEIRO DEGRAU
RITO DA ADMISSÃO DOS CATECÚMENOS

68. O rito pelo qual aqueles que desejam tornar-se cristãos são
admitidos entre os catecúmenos celebra-se quando, depois de terem
recebido um primeiro anúncio do Deus vivo, têm já o início da fé
em Cristo Salvador. Pressupõe-se, portanto, realizada a primeira
«evangelização», o começo da conversão e da fé e do sentido da
Igreja, o contacto prévio com o sacerdote e com alguns membros da
comunidade e ainda a preparação para celebrar este rito litúrgico.
69. Antes de os candidatos serem admitidos entre os catecúmenos,
deixar-se-á passar o tempo suficiente, segundo os casos, para indagar
os motivos da conversão e os purificar, se for necessário. A admissão
far-se-á em dias determinados, no decurso do ano, de harmonia com as
condições locais.
70. É para desejar que toda a comunidade cristã ou ao menos alguma
parte dela, amigos e parentes, catequistas e sacerdotes, tomem parte
activa na celebração.
71. Estejam também presentes os «garantes» que trouxeram os
candidatos e agora os apresentam à Igreja.
72. O rito que consta da recepção dos candidatos, da liturgia da
palavra e da despedida, pode ser também seguido da Eucaristia.
46 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

RITOS INICIAIS

73. Os candidatos, acompanhados dos seus «garantes» e da


comunidade dos fiéis, reúnem-se fora da porta da igreja ou no átrio
ou na entrada, ou ainda num lugar apropriado da mesma igreja ou,
finalmente, conforme os casos, noutro lugar adequado fora da igreja.
O sacerdote ou o diácono, revestido de alva ou sobrepeliz e estola, ou
até de pluvial de cor festiva, chega enquanto os fiéis, se for oportuno,
cantam um salmo ou um hino apropriado, por exemplo:

Antífona
Vós abris, Senhor, a vossa mão e saciais a nossa fome.
Salmo 144 (145)
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos


e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

Admonição prévia

74. O celebrante saúda os candidatos com afabilidade. Dirige-lhes a


palavra, a eles, aos seus garantes e a todos os presentes, para exprimir
a alegria e o contentamento da Igreja e recorda aos garantes e amigos
a experiência e os sentimentos religiosos que levaram os candidatos,
pelo seu caminho espiritual, a dar hoje este passo.
Em seguida, convida os garantes e os candidatos a aproximarem-se.
Enquanto eles vão ocupando os seus lugares em frente do sacerdote,
pode cantar-se um cântico apropriado, v.g. o salmo 62 (63), 1-9.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 47

Antífona
A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.
Salmo 62 (63)
Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-Vos no santuário,


para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida:
por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.

Quando no leito Vos recordo,


passo a noite a pensar em Vós.
Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.

Diálogo

75. O celebrante começa por perguntar a cada um dos candidatos,


se for necessário, o seu nome civil ou o de família, a não ser que,
por serem poucos os candidatos, os seus nomes já sejam conhecidos.
Poderá fazê-lo deste modo ou de outro semelhante:
Como te chamas?
Candidato:

N.

Cada qual responde sempre de per si, ainda que, em razão do número
dos candidatos, a pergunta seja feita uma só vez pelo celebrante.
48 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

________________________________________________________

Se se julgar preferível, o celebrante chama cada um pelo seu nome.

Celebrante:

N.

E cada qual responde:


Presente.
________________________________________________________

As perguntas que vêm a seguir, quando os candidatos forem muitos,


podem ser feitas a todos ao mesmo tempo.

Celebrante:
Que vens (vindes) pedir à Igreja de Deus?
Candidato(s):
A fé.
Celebrante:
Para que te (vos) serve a fé?
Candidato(s):
Para alcançar a vida eterna.
O celebrante também pode usar outras palavras para interrogar o(s)
candidato(s) acerca da sua intenção, como também deixar-lhe(s) a
liberdade de responder por outra forma. Assim, por exemplo, depois
da primeira interrogação: Que vens (vindes) pedir? Que pretendes
(pretendeis)? Que vens (vindes) procurar? pode aceitar-se a resposta:
A graça de Cristo, ou Ser admitido na Igreja, ou A vida eterna, ou
outra que venha a propósito, às quais o celebrante adaptará, depois, as
suas perguntas.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 49

Primeira adesão

76. Em seguida o celebrante, adaptando, se for necessário, uma vez


mais as suas palavras às respostas recebidas, dirige-se de novo aos
candidatos com estas palavras ou outras semelhantes:
Caríssimos candidatos:
Deus comunica a sua luz a todo o homem que vem a este
mundo, e a partir das coisas criadas manifesta-lhe as suas
perfeições invisíveis, para que o ser humano saiba dar graças ao
seu Criador.
Vós seguistes a luz de Deus, e por isso, agora, abre-se diante de
vós o caminho do Evangelho. Já reconheceis o Deus vivo que
fala verdadeiramente aos homens, e este é o ponto de partida de
tudo o mais. Guiados pela luz de Cristo, começastes a descobrir
a sua sabedoria. Se apoiardes cada vez mais n’Ele a vossa vida,
acabareis por acreditar n’Ele de todo o coração.
Aqui tendes traçado, em breves palavras, o caminho da fé. Por
esse caminho Cristo vos há-de conduzir, na caridade, à posse da
vida eterna.
E agora dizei-me: estais dispostos, guiados pela sua mão, a
seguir de hoje em diante por este caminho?
Candidatos:
Sim, estou disposto.
Outras fórmulas à escolha, mais adaptadas para outras circunstâncias,
n. 370, p. 235.

77. Em seguida, dirigindo-se aos garantes e a todos os fiéis, interro-


ga-os com estas palavras ou outras semelhantes:
Vós, que nos apresentais estes candidatos, e vós todos, irmãos,
aqui presentes, estais dispostos a ajudá-los a encontrar Cristo e a
segui-l’O?
Todos:
Sim, estamos dispostos a ajudá-los.
50 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

________________________________________________________

Exorcismo e renunciação aos cultos gentílicos

[78.] Onde estiver generalizada a prática de cultos gentílicos - culto


dos espíritos, culto dos mortos, magia - pode, a juízo das Conferências
Episcopais, introduzir-se, no todo ou em parte, um primeiro exorcismo
e uma primeira renunciação, como a seguir se indica. Neste caso,
omitir-se-á o n. 76, p. 49.

[79.] Depois de uma brevíssima admonição, acomodada às circunstân-


cias, o celebrante sopra levemente sobre o rosto de cada candidato e
diz:
Com o sopro da vossa boca
expulsai, Senhor, os espíritos malignos:
ordenai que se retirem porque chegou o vosso reino.
Se o sopro, ainda que leve, parecer menos conveniente, omite-se; o
celebrante diga a fórmula acima indicada com a mão direita estendida
em direcção aos candidatos, ou de outro modo mais de acordo com os
usos da região, ou até sem qualquer gesto.
Se os candidatos forem em grande número, o celebrante diga a
fórmula uma só vez, para todos, omitindo a exsuflação.

[80.] Se a Conferência Episcopal julgar oportuno que os candidatos


renunciem expressamente, neste momento, aos cultos de uma religião
não cristã, à invocação dos espíritos ou à magia, a ela compete encon-
trar as fórmulas para o interrogatório e a renunciação, de harmonia
com as condições locais, tendo o cuidado de evitar que essas fórmulas
encerrem algo de ofensivo para aqueles que praticam esses cultos. As
palavras dessas fórmulas podem ser estas ou outras semelhantes:
Caríssimos amigos, se aqui vos encontrais neste momento é
porque Deus vos chamou. Ajudados pela sua graça, decidistes
adorá-l’O e servi-l’O só a Ele e a seu Filho Jesus Cristo. É
chegado o momento de renunciardes publicamente às coisas
que não são Deus e aos cultos que não são o culto de Deus.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 51

Doravante não vos afasteis de Deus e do seu Cristo para servir


outros deuses.
Candidatos:
Sim, não nos afastaremos.
Celebrante:
Renunciais a prestar culto a N. e N.?
Candidatos:
Sim, renunciamos.
E assim, de igual modo, para cada culto a que devem renunciar.

Outras fórmulas à escolha no n. 371, p. 236.

[81.] Em seguida, o celebrante, dirigindo-se aos garantes e a todos os


fiéis, interroga-os com estas palavras ou outras semelhantes:
Vós, que nos apresentais estes candidatos,
e vós todos, irmãos, aqui presentes,
ouvistes como eles responderam,
e sois testemunhas de que eles escolheram o Senhor Jesus Cristo
e de que só a Ele querem servir?
Todos:
Sim, somos testemunhas.
Celebrante:
Estais dispostos a ajudá-los a encontrar Cristo e a segui-l’O?
Todos:
Sim, estamos dispostos.
________________________________________________________
52 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

82. O celebrante, de mãos juntas, diz:


Graças Vos damos, Pai clementíssimo,
por estes vossos servos,
porque de muitas maneiras os preparastes
e lhes batestes à porta,
levando-os a procurar-Vos,
e porque hoje os chamastes
e eles Vos responderam diante de nós.
Por isso nós Vos louvamos e Vos bendizemos, Senhor.
Todos:

É conveniente que esta e as outras aclamações ao longo do Ritual, na


medida do possível, sejam cantadas.

Signação da fronte e dos sentidos

83. Então o celebrante convida os candidatos (se forem poucos) e os


seus garantes com estas palavras ou outras semelhantes:
Agora, caríssimos amigos,
aproximai-vos com os vossos garantes
para receberdes o sinal dos discípulos de Jesus Cristo.
Os candidatos aproximam-se do celebrante, um por um, acompanha-
dos dos respectivos garantes.

O celebrante traça uma cruz com o polegar na fronte de cada um dos


catecúmenos (ou diante da fronte, se a Conferência Episcopal, atentas
as circunstâncias, julgar menos conveniente o contacto directo),
dizendo:
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 53

N., recebe a cruz na tua fronte.


Cristo te fortalece
com o sinal do seu amor (ou: da sua vitória).
Aprende agora a conhecê-l’O e a segui-l’O.
Cada signação, pode concluir-se, se for oportuno, com uma aclamação
de louvor a Cristo, por exemplo:
Todos:

Depois de o celebrante ter feito o sinal da cruz sobre todos os cate-


cúmenos, o mesmo fazem, se parecer oportuno, os catequistas e os
garantes, a não ser que o devam fazer depois, como se indica no n. 85,
p. 54.

________________________________________________________

[84.] Se o número dos candidatos for muito grande, o celebrante diri-


ge-se a eles com estas palavras ou outras semelhantes:
Caríssimos amigos: Ao juntar-vos a nós (se antes fizeram a
renunciação, acrescenta: e ao renunciardes aos falsos cultos),
aceitastes a nossa vida e a nossa esperança em Cristo. Agora,
para serdes catecúmenos, vou marcar-vos com o sinal da cruz de
Cristo, juntamente com os vossos catequistas e garantes, e toda a
comunidade vos vai receber com amizade e ajudar-vos na vossa
caminhada.
O celebrante faz seguidamente o sinal da cruz sobre todos os candida-
tos ao mesmo tempo, enquanto os catequistas ou os garantes o fazem
sobre cada um.
54 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Entretanto o celebrante diz:


Recebei a cruz na vossa fronte.
Cristo vos fortalece
com o sinal do seu amor (ou: da sua vitória).
Aprendei agora a conhecê-l’O e a segui-l’O.
Todos:

________________________________________________________

85. Em seguida, faz-se a signação dos sentidos (que, a juízo do cele-


brante, pode ser omitida em parte ou mesmo totalmente).

As signações são feitas pelos catequistas ou pelos garantes (e,


em casos particulares, se for necessário, podem ser feitas por vários
presbíteros ou diáconos). A fórmula, porém, é sempre proferida pelo
celebrante que diz:

Na signação dos ouvidos:


Recebei o sinal da cruz nos ouvidos,
para ouvirdes a voz do Senhor.
Cada signação, pode concluir-se, se for oportuno, com uma aclamação
de louvor a Cristo, por exemplo:

Todos:
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 55

Na signação dos olhos:


Recebei o sinal da cruz nos olhos,
para verdes a luz de Deus.
Todos:

Na signação da boca:
Recebei o sinal da cruz na boca,
para responderdes à Palavra de Deus.

Todos:

Na signação do peito:
Recebei o sinal da cruz no peito,
para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração.
Todos:
56 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Na signação dos ombros:


Recebei o sinal da cruz nos ombros,
para levardes o jugo de Cristo, que é suave.
Todos:

Depois o celebrante faz, sozinho, a signação sobre todos os catecúme-


nos ao mesmo tempo, sem os tocar, mas traçando o sinal da cruz sobre
eles, enquanto diz:

Candidatos:
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 57

Quando é recitado, o celebrante diz:


Sobre todos vós eu faço o sinal da cruz,
em nome do Pai, e do Filho, @ e do Espírito Santo,
para terdes a vida pelos séculos sem fim.
Candidatos:
Amen.
O rito da signação, sobretudo se os catecúmenos forem poucos,
pode ser feito sobre cada um pelo celebrante, que diz as fórmulas no
singular.

86. Cada signação (n. 83, p. 52, n. 84, p. 53, e n. 85, p. 54), pode
concluir-se, se for oportuno, com uma aclamação de louvor a Cristo,
por exemplo:
Glória a Vós, Senhor.

87. Em seguida o celebrante diz:


Oremos.
Atendei, Pai de bondade,
as nossas humildes súplicas
e defendei, com o poder da cruz do Senhor,
estes catecúmenos N. e N.
marcados com o sinal da mesma cruz,
para que, observando os vossos mandamentos,
conservem as primícias do vosso dom
e mereçam chegar à glória do renascimento baptismal.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
58 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Ou
Deus eterno e omnipotente,
que pela morte e ressurreição do vosso Filho
nos fizestes renascer para a vida eterna,
fazei que os vossos servos N. e N.,
por nós marcados com o sinal da cruz,
sigam os passos de Cristo
e mostrem na vida o poder salvador
que da mesma cruz lhes vem.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

________________________________________________________

Imposição do nome novo

[88.] Nos lugares onde existem religiões não cristãs que impõem
logo aos iniciados um nome novo, a Conferência Episcopal pode
determinar que seja imposto, neste momento, aos novos catecúmenos,
o nome cristão ou um nome usado nas culturas locais, desde que seja
compatível com os sentimentos cristãos (neste caso omitem-se, a seu
tempo, os nn. 203-205, pp. 123-124).

Celebrante:
N., doravante chamar-te-ás também N.
Catecúmeno:
Amen (ou outra palavra adequada).
Nalguns casos, bastará explicar a significação cristã do nome que lhe
foi dado por seus pais.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 59

Ritos auxiliares

[89.] A juízo das Conferências Episcopais, podem admitir-se costumes


que porventura existam para significar a entrada na comunidade, por
exemplo a entrega do sal ou outro acto simbólico, ou a entrega de uma
cruz ou de uma medalha de Cristo. Estes ritos podem fazer-se antes
ou depois da entrada na igreja.

________________________________________________________

Introdução dos catecúmenos na igreja

90. Terminados estes ritos, o celebrante convida os catecúmenos


a entrar com os seus garantes na igreja ou noutro lugar apropriado,
dizendo estas palavras ou outras semelhantes:
N. e N., entrai agora na igreja,
e tomai parte connosco na mesa da palavra de Deus.
E, com um gesto, convida-os a entrar. Entretanto canta-se o Salmo 33
(34), 2-3. 6 e 9. 10-11. 13 e 16, ou outro cântico apropriado.
Antífona
Vinde, filhos, escutai-me,
vou ensinar-vos o temor do Senhor.
Ou
Provai e vede
como o Senhor é bom.
Salmo 33 (34)
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
ouçam e alegrem-se os humildes.
60 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,


o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,


porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.

Qual é o homem que ama a vida,


que deseja longos dias de felicidade?
Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 61

CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

91. Depois de os catecúmenos ocuparem os seus lugares, o cele-


brante dirige-lhes breves palavras para lhes fazer compreender a
importância da palavra de Deus que na igreja é anunciada e escutada.
Em seguida, o livro das Sagradas Escrituras é trazido em pro-
cissão, colocado respeitosamente no lugar a ele destinado, podendo
mesmo ser incensado.
Segue-se a celebração da palavra de Deus.

Leituras e Homilia

92. Escolha-se uma ou várias leituras mais apropriadas aos novos


catecúmenos, de entre as que vêm indicadas no Leccionário das
Missas Rituais. Podem também escolher-se outros textos apropriados
e outros salmos responsoriais, propostos no n. 372, p. 238.
Segue-se a homilia.

Entrega dos Evangelhos

93. Em seguida, se o celebrante assim o entender, pode distribuir-se


a cada catecúmeno, de maneira digna e respeitosa, o livro dos Evan-
gelhos. Este gesto será eventualmente acompanhado de uma fórmula
apropriada, por exemplo:
Recebe o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo,
Filho de Deus.
Catecúmeno:
Amen.
62 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

________________________________________________________

[93 bis.] Podem também distribuir-se pequenas cruzes ou medalhas


de Cristo, a não ser que já tenham sido distribuídas anteriormente
como sinal de acolhimento. Os catecúmenos responderão de maneira
apropriada à oferta e às palavras do celebrante.

Celebrante:
Recebe esta cruz (ou: esta medalha),
sinal do amor de Cristo e da nossa fé.
Catecúmeno:
Amen (ou outra palavra adequada).
________________________________________________________

Preces pelos catecúmenos

94. Em seguida, toda a assembleia dos fiéis, juntamente com os ga-


rantes, faz estas preces ou outras semelhantes pelos catecúmenos:

Celebrante:
Irmãos caríssimos: Estes nossos irmãos catecúmenos fizeram já
uma longa caminhada, e nós alegramo-nos com eles pela bon-
dade de Deus que os fez chegar até este dia. Oremos agora ao
Senhor, para que possam percorrer o grande caminho que ainda
lhes resta, até entrarem na plena comunhão de vida connosco.

Leitor:
Para que o Pai celeste lhes revele cada dia mais o seu Filho Jesus
Cristo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 63

Leitor:
Para que eles aceitem a vontade de Deus com todo o coração e
espírito generoso, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que sejam amparados pela nossa ajuda constante e sincera
ao longo da sua caminhada, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que encontrem sempre, no meio de nós, a unidade, a
concórdia e a caridade, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que o nosso coração e o deles seja cada vez mais sensível
às necessidades dos homens, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que, a seu tempo, sejam encontrados dignos de receber o
Baptismo que os fará nascer de novo e ser renovados no Espírito
Santo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

A estas preces deve acrescentar-se a habitual súplica pelas necessi-


dades da Igreja e do mundo inteiro, no caso de, após a despedida dos
catecúmenos, se omitir a Oração universal na celebração eucarística
(cf. n. 97, p. 65).
64 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Oração conclusiva

95. Terminadas as preces, o celebrante, de mãos estendidas sobre os


catecúmenos, conclui com esta oração:
Oremos.
Senhor nosso Deus, criador do universo,
humildemente Vos pedimos
que olheis com bondade para estes vossos servos N. e N.,
para que Vos procurem com grande desejo,
vivam na alegria da esperança
e Vos sirvam com fidelidade.
Conduzi-os, Senhor,
ao Baptismo do novo nascimento
para que tenham vida próspera na comunidade dos fiéis
e alcancem, para sempre,
os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
Ou
Oremos.
Deus eterno e omnipotente,
criador de todas as coisas,
que formastes o homem à vossa imagem,
acolhei com amor os catecúmenos N. e N.,
que estão diante de Vós
e connosco escutaram a Palavra do vosso Filho.
Pela força desta Palavra
renovai-os em seu coração,
e pela vossa graça
conduzi-os até à perfeita semelhança
com Nosso Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 65

Despedida dos catecúmenos

96. Em seguida, o celebrante recorda em breves palavras a alegria da


Igreja por ter acolhido os catecúmenos e exorta-os a que, doravante,
procurem viver em conformidade com as palavras que ouviram e
despede-os com estas palavras ou outras semelhantes:
Catecúmenos, ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Catecúmenos:

Convém que os catecúmenos se não dispersem logo depois de sair


mas permaneçam juntos, com alguns fiéis, para poderem partilhar
fraternalmente uns com os outros a sua alegria e a sua experiência
espiritual.
Se houver razões bastante graves para não saírem (cf. Preliminares
particulares da iniciação dos adultos, n. 19, § 3, p. 27) e tiverem,
por isso, de ficar com os fiéis, embora assistam à Eucaristia, não
participem nela como se já fossem baptizados.
No caso de se não celebrar a Eucaristia, canta-se, se for oportuno,
um cântico apropriado e despedem-se os fiéis juntamente com os
catecúmenos.

Celebração da Eucaristia

97. Depois de os catecúmenos se retirarem, se houver Eucaristia,


começa imediatamente a Oração universal pelas necessidades da
Igreja e do mundo inteiro. Depois diz-se o Credo, se houver de se
dizer, e faz-se a preparação dos dons. Por motivos de ordem pastoral,
pode, no entanto, omitir-se a Oração universal e o Credo.
66 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

O TEMPO DO CATECUMENADO E OS SEUS RITOS

98. O catecumenado, ou seja a disciplina pastoral dos catecúmenos,


deverá prolongar-se o tempo necessário para que a sua conversão
e a sua fé possam adquirir a conveniente maturidade e até, se for
necessário, por vários anos. Com efeito, através da instrução e da
aprendizagem da vida cristã durante um período suficientemente
prolongado, os catecúmenos são iniciados nos mistérios da salvação,
na prática dos costumes evangélicos e nos ritos sagrados que a seu
tempo se hão-de celebrar e são introduzidos na vida de fé, na vida
litúrgica e na vida de caridade do povo de Deus.
Em casos especiais, tendo em conta a formação espiritual dos
candidatos, o tempo do catecumenado pode ser abreviado, a juízo do
Ordinário do lugar, e até, em circunstâncias absolutamente singulares,
ser feito todo de uma só vez (cf. n. 240, p. 151).

99. Durante este tempo, os catecúmenos serão instruídos na doutrina


católica em todos os seus aspectos, de modo que neles a fé seja
iluminada, o coração orientado para Deus, fomentada a participação
no mistério litúrgico, desenvolvido o seu espírito de apostolado e toda
a sua vida alimentada segundo o espírito de Cristo.

100. Realizem-se celebrações da palavra de Deus adaptadas ao tempo


litúrgico, que sirvam tanto para a instrução dos catecúmenos, como
para responder às necessidades da comunidade (cf. adiante nn. 106-
-108, p. 68).

101. Os primeiros exorcismos, ou exorcismos menores, redigidos em


forma deprecativa e positiva, põem diante dos catecúmenos a verda-
deira condição da vida espiritual, a luta entre a carne e o espírito, a
importância da renúncia para alcançarem as bem-aventuranças do rei-
no de Deus e a necessidade contínua do auxílio divino (cf. adiante nn.
109-118, p. 69).
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 67

102. Ofereçam-se também aos catecúmenos as bênçãos, sinal do amor


de Deus e da solicitude da Igreja para com eles, para que, enquanto
ainda estão privados da graça dos sacramentos, recebam da Igreja o
encorajamento, a alegria e a paz, para continuarem o seu trabalho e o
seu caminho (cf. adiante nn. 119-124, pp. 74-76).

103. Durante os anos do catecumenado, quando os catecúmenos,


à medida que vão avançando, passam de um grupo catequético
para outro, estas passagens podem ser, por vezes, assinaladas com
determinados ritos. Assim, se for conveniente, pode antecipar-se
a «tradição» do Símbolo e até da Oração dominical, e o rito do
«Effathá», que às vezes não haverá tempo para fazer na última
preparação dos «competentes» (nn. 125-126, p. 77). Prevê-se
igualmente a possibilidade de celebrações do rito da unção com o Óleo
dos catecúmenos, se em determinado lugar isso for útil ou desejado
(cf. adiante nn. 127-132, pp. 77-79).

104. Durante este tempo, os catecúmenos devem pensar na escolha


dos padrinhos pelos quais serão apresentados à Igreja no dia da eleição
(cf. Preliminares gerais da iniciação cristã, nn. 8-10, pp. 13, e Prelimi-
nares particulares da iniciação dos adultos, n. 43, p. 35).

105. Ter-se-á o cuidado de, algumas vezes no ano, reunir, para


algumas celebrações do catecumenado e também para os ritos de
transição (cf. nn. 125-132, pp. 77-79), toda a comunidade que toma
parte na iniciação dos catecúmenos, a saber, os presbíteros, diáconos,
catequistas, garantes e padrinhos, amigos e parentes.
68 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

CELEBRAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS

106. Organizem-se celebrações da palavra de Deus especialmente


destinadas aos catecúmenos, que terão por finalidade:
a) gravar no espírito a doutrina ensinada, v. g. a moral específica
do Novo Testamento, o perdão das injúrias e dos agravos, o sentido do
pecado e da penitência, os deveres do cristão no mundo, etc.;
b) ensinar a saborear os aspectos e os caminhos da oração;
c) explicar aos catecúmenos os sinais, as acções e os tempos do
mistério litúrgico;
d) introduzi-los pouco a pouco no culto de toda a comunidade.

107. Como já desde o tempo do catecumenado se deve dar uma certa


formação em ordem à santificação do domingo:
a) as celebrações indicadas no n. 106, e destinadas aos cate-
cúmenos, sejam feitas frequentemente neste dia, para que eles se
habituem a tomar parte nelas, de maneira activa e correcta;
b) ofereça-se-lhes, pouco a pouco, a possibilidade de partici-
parem na primeira parte da Missa dominical; os catecúmenos são
despedidos depois da liturgia da palavra, e na Oração universal acres-
centam-se preces por eles.

108. As celebrações da palavra de Deus podem fazer-se depois da


catequese e nelas se podem incluir os exorcismos menores; podem
igualmente terminar com as bênçãos, como adiante se dirá (cf. n. 110,
p. 69, e n. 119, p. 74).
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 69

EXORCISMOS MENORES

109. Os exorcismos menores são celebrados pelo sacerdote ou pelo


diácono, ou até por um catequista digno e competente, deputado pelo
Bispo para realizar este ministério. O que presidir à celebração, esten-
dendo a mão sobre os catecúmenos inclinados ou ajoelhados, diz uma
das orações adiante indicadas (nn. 113-118, pp. 69-73).

110. Estes exorcismos serão feitos numa igreja ou capela ou na sede


do catecumenado, dentro de uma celebração da palavra de Deus; ou
ainda, se for oportuno, no princípio ou no fim das reuniões de cate-
quese; ou até, por motivos especiais, em particular a cada um dos
catecúmenos.

111. Mesmo antes do catecumenado, no tempo da evangelização, se


podem fazer os exorcismos menores, para o bem espiritual dos «sim-
patizantes».

112. Nada obsta a que os formulários indicados para os exorcismos


menores sejam usados, mais de uma vez, em circunstâncias diferentes.

Orações do exorcismo

113.
Oremos.
Deus eterno e omnipotente,
que por meio de vosso Filho Unigénito
nos prometestes o Espírito Santo,
atendei à oração que Vos dirigimos
por estes catecúmenos que em Vós confiam.
Afastai deles todo o espírito do mal,
todo o erro e todo o pecado,
para que possam tornar-se templos do Espírito Santo.
70 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Fazei que a palavra que procede da nossa fé


não seja dita em vão,
mas confirmai-a com aquele poder e graça
com que o vosso Filho Unigénito
libertou do mal este mundo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Todos:

Amen.
________________________________________________________

Ou

114.
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que revelais a verdadeira vida,
purificais tudo o que é corrupção,
fortaleceis a fé,
despertais a esperança e aumentais a caridade,
nós Vos suplicamos, em nome do vosso amado Filho,
Nosso Senhor Jesus Cristo,
e pela força do Espírito Santo,
que afasteis destes vossos servos
a incredulidade e a dúvida
(a idolatria e a magia,
a feitiçaria e o falso culto dos mortos),
a avidez do dinheiro e a sedução das paixões,
as inimizades e discórdias
e toda a espécie de maldade;
e porque os chamastes
para serem santos e imaculados na vossa presença,
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 71

criai neles o espírito de fé e de piedade,


de paciência e de esperança,
de temperança e de pureza,
de caridade e de paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

Ou

115.
Oremos.
Senhor Deus todo-poderoso,
que criastes o homem à vossa imagem e semelhança
na santidade e na justiça,
e depois do pecado o não abandonastes,
antes com sábia providência cuidastes da sua salvação
pela encarnação do vosso Filho,
salvai estes vossos servos
e libertai-os de todo o mal e da escravidão do inimigo.
Afastai deles o espírito de mentira, de cupidez e de maldade,
iluminai-lhes o coração para entenderem o vosso Evangelho
e recebei-os no vosso reino,
para que, tornando-se filhos da luz,
sejam membros da vossa Igreja santa,
dêem testemunho da verdade
e pratiquem as obras da caridade
segundo os vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
72 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Ou

116.
Oremos.
Senhor Jesus Cristo,
que subindo ao monte ensinastes os vossos discípulos
a fugir do caminho do pecado
e lhes revelastes as bem-aventuranças do reino dos céus,
fazei que os vossos servos,
que escutam a palavra do Evangelho,
se conservem livres do espírito de avareza e de ganância,
de impureza e de soberba.
Como vossos verdadeiros discípulos,
sintam-se felizes em ser pobres,
em ter fome e sede de justiça,
em ser misericordiosos e puros de coração:
sejam obreiros da paz
e sofram na alegria as perseguições,
para se tornarem participantes do vosso reino
e, pela misericórdia que lhes está prometida,
gozem, no céu, da alegria de ver a Deus.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Ou

117.
Oremos.
Senhor nosso Deus,
Criador e Salvador de todos os homens,
que em vossa bondade concedestes a vida
a estes catecúmenos que muito amais,
com misericórdia os acolhestes
e com tanto amor chamastes para Vós,
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 73

ponde hoje à prova o seu espírito;


defendei-os, pois esperam o vosso Filho,
e guardai-os com a vossa providência.
Levai até ao fim o vosso desígnio de amor,
fazendo que eles se unam firmemente a Cristo,
para serem contados na terra entre os seus discípulos
e terem a alegria de ouvir proclamar o seu nome nos céus.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Ou

118.
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que sabeis ler no íntimo dos corações
e recompensar todas as nossas obras,
olhai com bondade
para os esforços e progressos destes vossos servos.
Tornai-os firmes no seu caminho,
aumentai a sua fé, aceitai a sua penitência,
e abri-lhes largamente
as portas da vossa justiça e da vossa bondade,
para poderem participar dos vossos sacramentos na terra
e viverem em vossa companhia no céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Outras orações de exorcismo no n. 373, p. 238.
________________________________________________________
74 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

BÊNÇÃOS DOS CATECÚMENOS

119. As bênçãos indicadas no n. 102, p. 67, podem ser dadas pelo


sacerdote, pelo diácono ou ainda por um catequista (cf. Preliminares
particulares da iniciação dos adultos, n. 48, p. 37); estes, estendendo
as mãos sobre os catecúmenos, dizem uma das orações adiante indica-
das (nn. 121-124, pp. 74-76). Terminada a oração, os catecúmenos, se
tal puder fazer-se sem dificuldade, aproximam-se do celebrante, e este
impõe a mão a cada um deles. Depois retiram-se.

As bênçãos serão dadas habitualmente no fim da celebração da


palavra de Deus; ou ainda, se for oportuno, no fim das reuniões de
catequese; ou até, por motivos especiais, em particular, a cada um dos
catecúmenos.

120. Mesmo antes do catecumenado, no tempo da evangelização, se


podem dar do mesmo modo as bênçãos, para o bem espiritual dos
«simpatizantes».

121.
Oremos.
Concedei, Senhor, que os nossos catecúmenos,
instruídos nos santos mistérios,
sejam renovados na fonte baptismal
e acolhidos entre os membros da vossa Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 75

________________________________________________________
Ou
122.
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que outrora, pelos vossos profetas,
dissestes àqueles que se aproximam de Vós:
«Lavai-vos, purificai-vos»,
e nos últimos tempos, por Cristo, instituístes o Baptismo,
olhai, agora, para estes vossos servos
que se dispõem para o sacramento da regeneração espiritual;
abençoai-os, santificai-os e preparai-os
segundo as vossas promessas,
para se tornarem vossos filhos
e entrarem na vossa Igreja santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

Ou

123.
Oremos.
Senhor Deus omnipotente,
olhai para estes vossos servos
que estão a ser instruídos no Evangelho de Cristo:
dai-lhes a graça de Vos conhecerem e amarem
e fazerem sempre a vossa vontade com alegria de coração;
iniciai-os nos vossos santos mistérios
e agregai-os à vossa Igreja,
para se tornarem dignos de participar da vossa vida divina
no tempo e na eternidade.
76 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,


que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

Ou

124.
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que, pela vinda de Jesus Cristo, vosso Filho Unigénito,
libertastes do erro este mundo,
escutai a nossa oração:
dai aos vossos catecúmenos
a graça de compreenderem a vossa palavra,
a firmeza na fé e o conhecimento da verdade,
para caminharem, todos os dias, de virtude em virtude,
até à perfeição da vida cristã;
e, quando chegar o tempo, conduzi-os ao Baptismo,
para que, livres dos seus pecados,
connosco dêem glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Outras orações de bênção no n. 374, p. 241.

________________________________________________________


CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 77

RITOS DURANTE O TEMPO DO CATECUMENADO

125. As «tradições», que podem ser antecipadas quer por ser mais útil
fazê-las no «tempo do catecumenado» quer em razão da brevidade
do «tempo da purificação e da iluminação», só devem ser celebradas
quando os catecúmenos se mostrarem suficientemente amadurecidos;
de contrário, não se façam.

126. A celebração faz-se pela forma adiante descrita: tradição do


Símbolo, nn. 183-187, pp. 110-114; tradição da Oração dominical,
nn. 188-192, pp. 115-117. Depois de feita a tradição, a celebração
pode concluir-se com o rito do «Effathá» (cf. nn. 200-202, pp. 122-
123), a não ser que a «redição» do Símbolo se faça dentro do rito
de «transição» (cf. nn. 194-199, pp. 118-121). Essa redição começa
pelo rito do «Effathá». Nestes casos, não deve empregar-se a palavra
«eleitos»; diga-se simplesmente «catecúmenos».

127. Se parecer oportuno confortar os catecúmenos com uma primeira


unção, esta deve ser ministrada por um sacerdote ou por um diácono.

128. A unção dá-se a todos os catecúmenos e é feita no fim da


celebração da palavra de Deus. Por motivos particulares, pode também
ser dada a cada um em forma privada. Além disso, se for conveniente,
é lícito ungir os catecúmenos mais do que uma vez.

129. Neste rito deve usar-se o Óleo dos catecúmenos, benzido pelo
Bispo na Missa crismal ou, por motivos de ordem pastoral, pelo sacer-
dote, imediatamente antes da unção.
78 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Rito da unção

130. No caso de se usar o Óleo anteriormente benzido pelo Bispo, o


celebrante dirá primeiro uma das fórmulas dos exorcismos menores
(nn. 113-118, pp. 69-73). Em seguida diz:
O poder de Cristo Salvador vos fortaleça.
Em sinal desse poder vos fazemos esta unção,
em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,
que vive e reina por todos os séculos.
Catecúmenos:
Amen.
Cada um dos catecúmenos é ungido com o Óleo dos catecúmenos no
peito, ou em ambas as mãos, ou ainda, se parecer oportuno, noutras
partes do corpo. Se os catecúmenos forem muito numerosos, pode
recorrer-se a vários ministros.

________________________________________________________

[131.] Se o Óleo tiver de ser benzido pelo sacerdote, este benze-o,


dizendo esta oração:
Senhor nosso Deus,
fortaleza e protecção do vosso povo,
que fizestes do óleo o sinal do vigor,
dignai-Vos abençoar @ este óleo;
concedei a fortaleza
aos catecúmenos que serão com ele ungidos,
a fim de que, recebendo a sabedoria e a força do alto,
compreendam melhor o Evangelho de vosso Filho,
defrontem com grandeza de ânimo
os trabalhos da vida cristã,
e, tornados dignos da adopção de filhos,
se alegrem com a graça de renascer e viver
na vossa Igreja santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 79

Todos:
Amen.

[132.] Depois, o celebrante, voltando-se para os catecúmenos, diz:


O poder de Cristo Salvador vos fortaleça.
Em sinal desse poder vos fazemos esta unção,
em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,
que vive e reina por todos os séculos.
Catecúmenos:
Amen.
Cada um dos catecúmenos é ungido com o Óleo dos catecúmenos no
peito, ou em ambas as mãos, ou ainda, se parecer oportuno, noutras
partes do corpo. Se os catecúmenos forem muito numerosos, pode
recorrer-se a vários ministros.

________________________________________________________
80 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

SEGUNDO DEGRAU
RITO DA ELEIÇÃO OU DA INSCRIÇÃO DO NOME

133. No princípio da Quaresma, que é a preparação próxima da


iniciação sacramental, celebra-se a «eleição» ou «inscrição do nome».
Os padrinhos e os catequistas dão o seu testemunho, os catecúmenos
confirmam a sua determinação e a Igreja emite o seu juízo sobre
o estado de preparação dos mesmos e decide se podem ou não
aproximar-se dos sacramentos pascais.

134. Com a celebração da «eleição» encerra-se o catecumenado


propriamente dito, e portanto a longa disciplina que forma o espírito e
o coração dos catecúmenos. Por consequência, para que alguém possa
ser inscrito entre os «eleitos», requere-se que tenha fé esclarecida
e a vontade deliberada de receber os sacramentos da Igreja.
Feita a eleição, o eleito será incitado a seguir a Cristo com maior
generosidade.

135. Em relação à Igreja, a eleição é como que o centro da sua atenta


solicitude para com os mesmos catecúmenos. O Bispo, os presbíteros,
os diáconos e os catequistas, os padrinhos e toda a comunidade local,
cada um à sua maneira e dentro das suas funções, dêem o parecer,
após madura reflexão, a respeito da formação e do progresso dos cate-
cúmenos. Finalmente, ajudem os eleitos com a oração, para que seja a
Igreja toda a conduzi-los consigo ao encontro de Cristo.

136. Neste momento, os padrinhos, previamente escolhidos pelos


catecúmenos com a aprovação do sacerdote e, na medida do possível,
a aceitação pela comunidade local, exercem pela primeira vez,
publicamente, o seu ministério: são nomeados no princípio do rito
e apresentam-se juntamente com os catecúmenos (n. 143, p. 82),
dão testemunho deles diante da comunidade (n. 144, p. 83) e, se for
oportuno, inscrevem o seu nome juntamente com o deles (n. 146, p.
85).
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 81

137. Para que as coisas correspondam à verdade, é necessário que,


antes do rito litúrgico, haja uma deliberação sobre a idoneidade dos
candidatos, da parte daqueles a quem isso diz respeito, isto é, em
primeiro lugar dos responsáveis pelo catecumenado, presbíteros,
diáconos e catequistas, e bem assim dos padrinhos e representantes
da comunidade local e ainda, se as circunstâncias o exigirem, com a
participação da própria assembleia dos catecúmenos. Esta deliberação
poderá revestir várias formas, segundo as circunstâncias do lugar e as
exigências pastorais. Por sua vez a aceitação dos eleitos é tornada pú-
blica pelo celebrante dentro do rito litúrgico.

138. Compete ao celebrante, o Bispo ou aquele que fizer as suas


vezes, qualquer que tenha sido a sua participação, remota ou próxima,
na deliberação prévia, manifestar, na homilia ou no decurso do próprio
rito, o sentido religioso e eclesial da «eleição». A ele pertence expor,
diante de todos os presentes, o sentir da Igreja e ouvir, se for oportuno,
o seu parecer, pedir aos catecúmenos que manifestem a sua vontade
pessoal e concluir, agindo em nome de Cristo e da Igreja, a admissão
dos «eleitos». Exponha, além disso, a todos, o mistério divino contido
no chamamento que a Igreja faz e na celebração litúrgica do mesmo e
lembre aos fiéis que se preparem para as solenidades pascais, em união
com os eleitos, a quem devem dar o exemplo nesta preparação.

139. Como os sacramentos da iniciação são celebrados nas


solenidades pascais e a sua preparação constitui característica
própria da Quaresma, o rito da eleição far-se-á, normalmente, no
primeiro domingo da Quaresma e a última fase da preparação dos
«competentes» deve coincidir com o Tempo da Quaresma; com
efeito, tanto pela sua estrutura litúrgica como pela participação da
comunidade cristã, este tempo é de grande utilidade para os eleitos.
Se, todavia, urgirem motivos de ordem pastoral (particularmente
nos centros secundários das missões), este rito da eleição pode
ser celebrado na semana que antecede ou na que segue o primeiro
domingo.
82 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

140. O rito celebra-se na igreja ou, em caso de necessidade, num


outro lugar conveniente. Celebrar-se-á na Missa do primeiro domingo
da Quaresma, a seguir à homilia.

141. Se o rito da eleição for celebrado fora deste domingo, começa-se


pela liturgia da palavra. Neste caso, se as leituras do dia não forem
adaptadas, escolham-se leituras de entre as que estão indicadas para o
primeiro domingo da Quaresma (cf. Leccionário Dominical), ou outras
que sejam mais adaptadas. Pode celebrar-se sempre a Missa ritual
própria (n. 374 bis, p. 241). Se não for celebrada a Eucaristia, o rito
conclui-se com a despedida de todos, juntamente com os catecúmenos.

142. A homilia, adaptada às circunstâncias, tenha em conta não só os


catecúmenos, mas também toda a comunidade dos fiéis, de modo que
estes procurem dar bom exemplo aos eleitos e, juntamente com eles,
entrem pelo caminho do mistério pascal.

Apresentação dos candidatos

143. Terminada a homilia, o sacerdote encarregado da iniciação dos


catecúmenos ou o diácono, um catequista ou um delegado da comuni-
dade faz a apresentação dos candidatos, com estas palavras ou outras
semelhantes:
Senhor Padre, ao aproximarem-se as solenidades pascais,
os catecúmenos aqui presentes, confiados na graça divina e
ajudados pela oração e exemplo da comunidade, vêm pedir para
serem admitidos aos sacramentos do Baptismo, da Confirmação
e da Eucaristia, depois de feita a preparação e de celebrados os
escrutínios.
O celebrante responde:
Aproximem-se os que vão ser eleitos e também os seus padri-
nhos (e madrinhas).
Faz-se então a chamada de cada candidato pelo seu nome. Ele
aproxima-se, acompanhado pelo padrinho (e madrinha), e coloca-se
diante do celebrante.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 83

Se os catecúmenos forem muito numerosos, faz-se a apresentação de


todos ao mesmo tempo, por exemplo, apresentando cada catequista os
seus. Neste caso, sugere-se que os catequistas, numa celebração pré-
via, façam a chamada individual de cada candidato, antes de tomarem
parte no rito comunitário.

144. O celebrante, se não tiver tomado parte na deliberação prévia (cf.


n. 137, p. 81), dirige-se aos presentes, com estas palavras ou outras
semelhantes:
A santa Igreja de Deus deseja ter a certeza de que estes
catecúmenos estão preparados para serem admitidos no número
dos eleitos que vão celebrar a iniciação cristã nas próximas
festas pascais.
E, dirigindo-se aos padrinhos:
Neste sentido me dirijo a vós, padrinhos (e madrinhas), para
pedir o vosso testemunho: Sabeis se estes catecúmenos foram
fiéis em escutar a palavra de Deus que a Igreja lhes anunciou?
Padrinhos:
Sim, foram fiéis.

Celebrante:
Começaram a pôr em prática a palavra que escutaram vivendo
sob o olhar de Deus?

Padrinhos:
Sim, começaram.

Celebrante:
Viveram em comunhão fraterna e entregues à oração?

Padrinhos:
Sim, viveram.
84 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Depois, se as circunstâncias o justificarem, o celebrante pergunta a


toda a assembleia se está ou não de acordo, dizendo estas palavras ou
outras semelhantes:
E vós, irmãos, estais de acordo com a admissão destes candida-
tos aos sacramentos da iniciação cristã?
Todos:
Sim, estamos de acordo.

________________________________________________________

[145.] Se o celebrante tiver tomado parte na deliberação prévia sobre a


idoneidade dos catecúmenos (cf. n. 137, p. 81), pode dizer estas pala-
vras ou outras semelhantes:
Irmãos caríssimos, os catecúmenos aqui presentes pediram para
ser admitidos aos sacramentos da iniciação cristã nas próximas
solenidades pascais. As pessoas que os conhecem manifestaram
a opinião de que o seu desejo é realmente sincero. Desde há
muito que têm ouvido a palavra de Cristo e se têm esforçado
por seguir os seus mandamentos; têm vivido em comunhão
fraterna e entregues à oração. Por isso devo comunicar a toda
a assembleia que os responsáveis da comunidade decidiram
admiti-los aos sacramentos. Ao dar-vos conhecimento desta
decisão peço aos padrinhos (e madrinhas) que queiram
apresentar de novo, diante de vós, o seu testemunho.
E, dirigindo-se aos padrinhos:
Julgais, diante de Deus, que estes candidatos são dignos de ser
admitidos aos sacramentos da iniciação cristã?
Padrinhos:
Sim, julgamos que eles são dignos.
Depois, se as circunstâncias o justificarem, o celebrante pergunta a
toda a assembleia se está ou não de acordo, dizendo estas palavras ou
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 85

outras semelhantes:
E vós, irmãos, estais de acordo com a admissão destes candida-
tos aos sacramentos da iniciação cristã?
Todos:
Sim, estamos de acordo.
________________________________________________________

Interrogação dos candidatos e inscrição do nome

146. O celebrante, voltando-se para os catecúmenos, faz-lhes uma


admonição e interroga-os com estas palavras ou outras semelhantes:
A vós me dirijo agora, caros catecúmenos. Os vossos padrinhos
(e madrinhas), catequistas (e toda a comunidade) deram bom
testemunho a vosso respeito. Confiando nesse testemunho, a
Igreja, em nome de Cristo, chama-vos aos sacramentos pascais.
Desde há muito que tendes escutado a voz de Cristo. Respondei
agora perante a Igreja e manifestai os vossos sentimentos,
dizendo-me:
Quereis receber os sacramentos da iniciação cristã,
isto é, o Baptismo, a Confirmação e a Eucaristia?
Catecúmenos:
Sim, queremos.

Celebrante:
Fazei então a inscrição do vosso nome.
Os candidatos, ou se aproximam do celebrante com os padrinhos, ou
permanecem nos seus lugares e inscrevem o seu nome. Esta inscrição
pode fazer-se de várias maneiras. O nome ou é inscrito pelo próprio
candidato ou, depois de pronunciado em voz alta, é registado pelo
padrinho ou pelo sacerdote. Se os candidatos forem muito numerosos,
a lista dos nomes pode ser apresentada ao celebrante com estas
palavras ou outras semelhantes: São estes os nomes dos competentes.
86 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Enquanto se faz a inscrição dos nomes, pode cantar-se um cântico


apropriado, por exemplo, o salmo 15 (16).

Admissão ou eleição

147. Terminada a inscrição dos nomes, o celebrante, depois de expli-


car aos presentes, em breves palavras, a significação do rito que acaba
de ser realizado, volta-se para os candidatos e diz estas palavras ou
outras semelhantes:
N. e N., fostes eleitos
para receber os sacramentos da iniciação cristã
na próxima Vigília pascal.
Catecúmenos:

E o celebrante continua:
Agora é vosso dever, como aliás de todos nós, oferecer a vossa
fidelidade a Deus, que vos chamou e é fiel a esse chamamento,
e com generosidade viver plenamente de acordo com a vossa
eleição. Haveis de consegui-lo com a ajuda de Deus.
Voltando-se, depois, para os padrinhos, o celebrante fala-lhes com es-
tas palavras ou outras semelhantes:
Tomai ao vosso cuidado, no Senhor, os catecúmenos a respeito
dos quais destes testemunho. Acompanhai-os com a vossa ajuda
fraterna e com o vosso exemplo, até chegarem aos sacramentos
da vida eterna.
E convida-os a porem a mão no ombro dos candidatos que tomam ao
seu cuidado ou a fazerem outro gesto que tenha a mesma significação.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 87

Preces pelos eleitos

148. Em seguida, a comunidade ora pelos eleitos com estas palavras


ou outras semelhantes:

Celebrante:
Caríssimos irmãos, começamos hoje a Quaresma, tempo de
preparação para os mistérios da paixão e ressurreição do Senhor
que nos salvou. Estes eleitos vão ser acompanhados por nós
até aos sacramentos pascais; por isso eles esperam de nós o
exemplo da nossa própria renovação. Oremos por eles e por nós
ao Senhor, para que, ajudando-nos mutuamente, nos tornemos
dignos das graças da Páscoa.

Leitor:
Pelos catecúmenos, para que recordando sempre o dia da sua
eleição, vivam em contínua acção de graças por esta bênção do
céu, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que, aproveitando este tempo que lhes é oferecido, aceitem
com alegria as práticas de penitência e connosco se entreguem
às obras de santificação, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Pelos catequistas destes catecúmenos, para que mostrem a
suavidade da palavra de Deus àqueles que a procuram, oremos
ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
88 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Leitor:
Pelos padrinhos (e madrinhas), para que dêem aos catecúmenos
o exemplo da prática do Evangelho, tanto na vida privada como
social, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Pelas famílias dos catecúmenos, para que lhes não levantem
qualquer obstáculo, antes os ajudem a seguir as inspirações do
Espírito Santo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Pela nossa assembleia, para que neste Tempo da Quaresma viva
plenamente em caridade e seja perseverante na oração, oremos
ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Por todos os que ainda vivem na dúvida, para que se entreguem
confiadamente a Cristo e entrem sem hesitação na nossa
comunhão fraterna, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
A estas preces deve acrescentar-se a habitual súplica pelas
necessidades da Igreja e do mundo inteiro, no caso de, após a
despedida dos catecúmenos, se omitir a Oração universal na
celebração eucarística (cf. 151, p. 90).

Outra fórmula de preces à escolha no n. 375, p. 245.


CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 89

149. Terminadas as preces, o celebrante, de mãos estendidas sobre os


eleitos, conclui com esta oração:
Senhor nosso Deus,
que sois o criador e o restaurador do género humano,
olhai com bondade para aqueles que chamais à filiação divina,
e juntai estes novos membros ao povo da nova Aliança,
para que também eles se tornem filhos da promessa
e, assim, o que não conseguiram por natureza
tenham a alegria de o alcançar pela graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

________________________________________________________

Outra oração conclusiva à escolha:


Deus todo-poderoso,
que em vosso infinito amor
quereis restaurar todas as coisas em Cristo
e atrair para Ele todos os homens,
assisti com a vossa graça a estes eleitos da Igreja;
fazei que se mantenham fiéis ao vosso chamamento,
para merecerem ser pedras vivas na Igreja do vosso Filho
e serem marcados pelo Espírito Santo que Ele prometeu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
________________________________________________________
90 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Despedida dos eleitos

150. Em seguida o celebrante despede os eleitos com esta admonição


ou outra semelhante:
Caríssimos eleitos:
Começastes connosco esta caminhada da Quaresma.
Cristo será para vós o Caminho, a Verdade e a Vida,
sobretudo quando, nos próximos escrutínios,
estivermos todos de novo reunidos.
Agora ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Eleitos:

Os eleitos retiram-se. Se houver razões graves para não saírem (cf.


Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 19, § 3, p. 27) e
tiverem, por isso, de ficar com os fiéis, embora assistam à Eucaristia,
não participem nela como se já fossem baptizados.

No caso de se não celebrar a Eucaristia, canta-se, se for oportuno, um


cântico apropriado, e despedem-se os fiéis juntamente com os eleitos.

Celebração da Eucaristia

151. Depois de os eleitos se retirarem, celebra-se a Eucaristia.


Começa imediatamente a Oração universal pelas necessidades da
Igreja e do mundo inteiro. Depois diz-se o Credo, se houver de se
dizer, e faz-se a preparação dos dons. Por motivos de ordem pastoral,
pode, no entanto, omitir-se a Oração universal e o Credo.
O TEMPO DA PURIFICAÇÃO E DA ILUMINAÇÃO
E OS SEUS RITOS

152. Este tempo coincide normalmente com a Quaresma e começa


pela «eleição». Enquanto decorre, os catecúmenos, juntamente com
a comunidade local, entram em recolecção espiritual, em ordem à
preparação para as festas pascais e à iniciação pelos sacramentos.
Para tanto se lhes oferecem os escrutínios, as tradições e os ritos
imediatamente preparatórios.

ESCRUTÍNIOS E TRADIÇÕES

153. Durante a Quaresma que precede os sacramentos da iniciação,


celebram-se os escrutínios e as tradições. Com estes ritos completa-
-se a preparação espiritual e catequética dos eleitos ou «competentes»,
preparação esta que se estende a todo o Tempo da Quaresma.

I. ESCRUTÍNIOS

154. Os escrutínios têm uma finalidade sobretudo espiritual e


realizam-se por meio dos exorcismos. A finalidade dos escrutínios é
purificar a mente e o coração, ser defesa contra as tentações, rectificar
as intenções, despertar as vontades, para que os catecúmenos se unam
mais estreitamente a Cristo e se empenhem mais fortemente no amor
de Deus.

155. O que se exige dos «competentes» é a vontade de alcançar o


sentido íntimo de Cristo e da Igreja e deles se espera que progridam
no sincero conhecimento de si mesmos, no exame sério da consciência
e na penitência verdadeira.
92 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

156. No rito do exorcismo, celebrado pelos sacerdotes ou pelos


diáconos, os eleitos, já instruídos pela Igreja sobre o mistério de Cristo
que salva do pecado, são libertados das consequências do pecado e
da influência diabólica, são robustecidos para prosse-guirem a sua
caminhada espiritual, e abrem o coração para receberem os dons do
Salvador.

157. Para despertar o desejo de purificação e de redenção que vem


de Cristo, celebram-se três escrutínios. Assim os catecúmenos vão
pouco a pouco sendo instruídos sobre o mistério do pecado, do qual o
mundo inteiro e cada homem em particular anseia por ser remido, para
se libertar das suas consequências presentes e futuras; e por outro lado
para que o espírito se vá impregnando do sentido de Cristo Redentor,
que é a água viva (cf. Evangelho da samaritana), a luz (cf. Evangelho
do cego de nascença), a ressurreição e a vida (cf. Evangelho da
ressurreição de Lázaro). É necessário que do primeiro ao último
escrutínio, haja um progresso no conhecimento do pecado e no desejo
da salvação.

158. Os escrutínios serão celebrados pelo sacerdote ou pelo diácono


com a presença da comunidade à qual preside, para que os próprios
fiéis possam aproveitar da liturgia dos escrutínios e tomar parte nas
orações pelos eleitos.

159. Os escrutínios fazem-se nas Missas próprias dos escrutínios,


que se celebram nos domingos III, IV e V da Quaresma; escolham-se
as leituras do ano «A», com os respectivos cânticos, como vêm no
Leccionário da Missa. Se, por motivos de ordem pastoral, não puderem
ser celebrados nestes domingos, escolham-se outros domingos da
Quaresma ou até os dias feriais mais convenientes. A primeira Missa
dos escrutínios será, no entanto, sempre a da samaritana, a segunda a
do cego de nascença, a terceira a de Lázaro.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 93

PRIMEIRO ESCRUTÍNIO

160. O primeiro escrutínio celebra-se no III domingo da Quaresma,


com os formulários que vêm indicados no Missal e no Leccionário (cf.
também mais adiante, nn. 376-377, pp. 246-247).

Homilia

161. Na homilia, o celebrante, apoiando-se nas leituras da Sagrada


Escritura, explica o sentido do primeiro escrutínio, tendo em conta
tanto a liturgia quaresmal como a caminhada espiritual dos eleitos.

Oração em silêncio

162. Depois da homilia, os eleitos aproximam-se com os padrinhos e


as madrinhas e ficam de pé diante do celebrante.

O celebrante, dirigindo-se primeiro aos fiéis, convida-os a


orarem em silêncio pelos eleitos, implorando para eles o espírito de
penitência, o sentido do pecado e a verdadeira liberdade dos filhos de
Deus.

Em seguida, voltando-se para os catecúmenos, convida-os


igualmente a orarem em silêncio e exorta-os a que manifestem
também os seus sentimentos de penitência por uma atitude corporal,
inclinando-se ou ajoelhando. Por fim conclui com estas palavras ou
outras semelhantes:
Eleitos de Deus, inclinai-vos (ou: ajoelhai) e orai.
Os eleitos inclinam-se ou ajoelham. E todos oram durante algum
tempo em silêncio. Em seguida, se for oportuno, todos se levantam.
94 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Preces pelos eleitos

163. Seguem-se as preces pelos eleitos. Enquanto decorrem, os


padrinhos e as madrinhas põem a mão direita sobre o ombro de cada
eleito.

Celebrante:
Oremos por estes eleitos, que a Igreja, cheia de confiança,
escolheu depois de um longo caminho, para que, ao completarem
a preparação, encontrem a Cristo nos seus sacramentos nas
próximas festas pascais.

Leitor:
Para que estes eleitos meditem em seu coração na palavra divina
e a saboreiem sempre cada vez mais, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que reconheçam em Cristo Aquele que veio salvar os que
estavam perdidos, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Leitor:
Para que humildemente se confessem pecadores, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que sinceramente rejeitem tudo o que na sua vida desagra-
dou a Cristo e a Ele se opõe, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 95

Leitor:
Para que o Espírito Santo que conhece os corações de todos, os
robusteça com a sua força, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que aprendam do mesmo Espírito Santo a conhecer o que é
de Deus e do seu agrado, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que as famílias destes eleitos ponham a sua esperança em
Cristo e n’Ele encontrem a paz e a santidade, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que também nós, que preparamos as festas pascais, purifi-
quemos a nossa mente, elevemos o nosso coração e pratiquemos
as obras de caridade, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que no mundo inteiro os fracos encontrem força, ganhem
ânimo os abatidos, os que andam perdidos sejam encontrados e
os que forem encontrados sejam reunidos, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Conforme as várias circunstâncias, assim se hão-de adaptar a
admonição do celebrante e as invocações. Além disso, a estas preces
deve acrescentar-se a habitual súplica pelas necessidades da Igreja e
do mundo inteiro, no caso de, após a despedida dos catecúmenos, se
omitir a Oração universal na celebração eucarística (cf. n. 166, p. 98).
Outra forma de preces à escolha no n. 378 , p. 249.
96 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Exorcismo

164. Depois das preces, o celebrante, voltado para os eleitos, diz, com
as mãos juntas:
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que nos enviastes o vosso Filho como Salvador,
olhai para estes catecúmenos
que, como a Samaritana,
desejam a água viva.
Convertei-os pela vossa palavra
e levai-os a confessarem-se prisioneiros
dos seus próprios pecados e fraquezas.
Não permitais que eles,
levados por falsa confiança em si próprios,
se deixem enganar pela astúcia do demónio,
mas livrai-os do espírito da mentira,
para que, reconhecendo os seus pecados,
sejam purificados no seu espírito
e entrem pelo caminho da salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 97

Em seguida, o celebrante, se o puder fazer sem incómodo, impõe a


mão, em silêncio, sobre cada um dos eleitos. Depois, estendendo as
mãos sobre os eleitos, continua:
Senhor Jesus,
Vós sois a fonte de que estes eleitos têm sede
e o mestre que eles procuram.
Só Vós sois verdadeiramente santo
e na vossa presença eles não ousam proclamar-se inocentes,
antes abrem confiadamente o seu coração,
para mostrarem as suas manchas
e descobrirem as feridas ocultas.
Por vosso amor,
libertai-os das suas enfermidades,
dai-lhes saúde, que estão doentes,
dessedentai-os, que têm sede,
e dai-lhes a vossa paz.
Pelo poder do vosso nome, que nós invocamos com fé,
vinde, Senhor, e dai-lhes a salvação.
Exercei o vosso poder sobre o espírito do mal,
que vencestes com a vossa ressurreição.
No Espírito Santo mostrai o caminho aos vossos eleitos,
para caminharem para o Pai,
e O poderem adorar em verdade.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Outra forma de exorcismo à escolha no n. 379, p. 250.

Se for oportuno, canta-se um cântico apropriado, escolhido, por


exemplo, de entre os salmos 6, 25 (26), 31 (32), 37 (38), 38 (39), 39
(40), 50 (51), 114 (115), 129 (130), 138 (139), 141 (142).
98 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Despedida dos eleitos

165. Depois o celebrante despede os eleitos, dizendo:


Eleitos, voltareis a reunir-vos para o próximo escrutínio.
O Senhor esteja sempre convosco.
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Eleitos:

Os eleitos retiram-se. Se houver razões para não saírem (cf.


Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 19, § 3, p. 27) e
tiverem, por isso, de ficar com os fiéis, embora assistam à Eucaristia
não participem nela como se já fossem baptizados.

No caso de se não celebrar a Eucaristia, canta-se, se for oportuno, um


cântico apropriado, e despedem-se os fiéis juntamente com os eleitos.

Celebração da Eucaristia

166. Depois de os eleitos se retirarem, celebra-se a Eucaristia.


Começa imediatamente a Oração universal pelas necessidades da
Igreja e do mundo inteiro. Depois diz-se o Credo e faz-se a preparação
dos dons. Por motivos de ordem pastoral, pode, no entanto, omitir-se
a Oração universal e o Credo. Na Oração Eucarística faz-se memória
dos eleitos e dos padrinhos (cf. n. 377, p. 247, e n. 391, p. 278).
SEGUNDO ESCRUTÍNIO

167. O segundo escrutínio celebra-se no IV domingo da Quaresma,


com os formulários que vêm indicados no Missal e no Leccionário (cf.
também mais adiante, nn. 380-381, p. 251).

Homilia

168. Na homilia, o celebrante, apoiando-se nas leituras da Sagrada


Escritura, explica o sentido do segundo escrutínio, tendo em conta
tanto a liturgia quaresmal como a caminhada espiritual dos eleitos.

Oração em silêncio

169. Depois da homilia, os eleitos aproximam-se com os padrinhos e


as madrinhas e ficam de pé diante do celebrante.
O celebrante, dirigindo-se primeiro aos fiéis, convida-os a
orarem em silêncio pelos eleitos, implorando para eles o espírito de
penitência, o sentido do pecado e a verdadeira liberdade dos filhos de
Deus.
Em seguida, voltando-se para os catecúmenos, convida-os
igualmente a orarem em silêncio e exorta-os a que manifestem
também os seus sentimentos de penitência por uma atitude corporal,
inclinando-se ou ajoelhando. Por fim conclui com estas palavras ou
outras semelhantes:
Eleitos de Deus, inclinai-vos (ou: ajoelhai) e orai.
Os eleitos inclinam-se ou ajoelham. E todos oram durante algum
tempo em silêncio. Em seguida, se for oportuno, todos se levantam.
100 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Preces pelos eleitos

170. Seguem-se as preces pelos eleitos. Enquanto decorrem, os


padrinhos e as madrinhas põem a mão direita sobre o ombro de cada
eleito.

Celebrante:
Oremos por estes eleitos, a quem Deus chamou, para que sejam
santos na presença do Senhor e dêem testemunho da palavra de
Deus, fonte de vida eterna.

Leitor:
Para que estes eleitos ponham a sua confiança na verdade de
Cristo, alcancem e conservem sempre a liberdade de espírito e
de coração, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que, contemplando a sabedoria da cruz, ponham a sua
glória em Deus que confunde a sabedoria deste mundo, oremos
ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que a força do Espírito Santo os liberte e os faça passar do
temor à confiança, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que se tornem homens espirituais que em tudo procuram o
que é justo e santo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 101

Leitor:
Para que todos os que são perseguidos por causa do nome de
Cristo sintam a sua ajuda e protecção, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que às famílias e aos povos que são impedidos de abraçar a
fé seja dada a liberdade de acreditarem no Evangelho, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que todos nós, presentes no meio do mundo, permaneçamos
fiéis ao espírito do Evangelho, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que todos os homens descubram que o Pai os ama, e
cheguem à plena liberdade de espírito na Igreja, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Conforme as várias circunstâncias, assim se hão-de adaptar a


admonição do celebrante e as invocações. Além disso, a estas preces
deve acrescentar-se a habitual súplica pelas necessidades da Igreja
e do mundo inteiro, no caso de, após a despedida dos catecúmenos,
se omitir a Oração universal na celebração eucarística (cf. n. 173, p.
103).

Outra forma de preces à escolha no n. 382, p. 253.


102 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Exorcismo

171. Depois das preces, o celebrante, voltado para os eleitos, diz, com
as mãos juntas:
Oremos.
Pai de infinita misericórdia,
que destes ao cego de nascença a fé em vosso Filho
para que entrasse no reino da vossa luz,
fazei que os vossos eleitos aqui presentes
sejam libertados das ilusões que os envolvem e os cegam
e concedei-lhes a graça
de se enraizarem firmemente na verdade
para se tornarem filhos da luz
e assim permanecerem para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Em seguida, o celebrante, se o puder fazer sem incómodo, impõe a
mão, em silêncio, sobre cada um dos eleitos. Depois, estendendo as
mãos sobre os eleitos, continua:
Senhor Jesus,
luz verdadeira que iluminais todos os homens,
pelo vosso Espírito de verdade
libertai todos aqueles que estão dominados pelo demónio,
pai da mentira,
e nestes eleitos, que escolhestes para os vossos sacramentos,
despertai o amor do bem,
para que, inundados pela vossa luz,
se tornem, como o cego a quem outrora restituístes a vista,
firmes e corajosas testemunhas da fé.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 103

Outra forma de exorcismo à escolha no n. 383 , p. 254.

Se for oportuno, canta-se um cântico apropriado, escolhido, por


exemplo, de entre os salmos 6, 25 (26), 31 (32), 37 (38), 38 (39), 39
(40), 50 (51), 114 (115), 129 (130), 138 (139), 141 (142).

Despedida dos eleitos

172. Depois o celebrante despede os eleitos, dizendo:


Eleitos, voltareis a reunir-vos para o próximo escrutínio.
O Senhor esteja sempre convosco.
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Eleitos:

Os eleitos retiram-se. Se houver razões para não saírem (cf.


Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 19, § 3, p. 27) e
tiverem, por isso, de ficar com os fiéis, embora assistam à Eucaristia
não participem nela como se já fossem baptizados.
No caso de se não celebrar a Eucaristia, canta-se, se for oportuno, um
cântico apropriado, e despedem-se os fiéis juntamente com os eleitos.

Celebração da Eucaristia

173. Depois de os eleitos se retirarem, celebra-se a Eucaristia.


Começa imediatamente a Oração universal pelas necessidades da
Igreja e do mundo inteiro. Depois diz-se o Credo e faz-se a preparação
dos dons. Por motivos de ordem pastoral, pode, no entanto, omitir-se
a Oração universal e o Credo. Na Oração Eucarística faz-se memória
dos eleitos e dos padrinhos (cf. n. 377, p. 247, e n. 391, p. 278).
104 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

TERCEIRO ESCRUTÍNIO

174. O terceiro escrutínio celebra-se no V domingo da Quaresma,


com os formulários que vêm indicados no Missal e no Leccionário (cf.
também mais adiante, nn. 384-385, pp. 255-256).

Homilia

175. Na homilia, o celebrante, apoiando-se nas leituras da Sagrada


Escritura, explica o sentido do terceiro escrutínio, tendo em conta
tanto a liturgia quaresmal como a caminhada espiritual dos eleitos.

Oração em silêncio

176. Depois da homilia, os eleitos aproximam-se com os padrinhos e


as madrinhas e ficam de pé diante do celebrante.
O celebrante, dirigindo-se primeiro aos fiéis, convida-os a ora-
rem em silêncio pelos eleitos, implorando para eles o espírito de
penitência, o sentido do mistério do pecado e da morte e a esperança
dos filhos de Deus na vida eterna.
Em seguida, voltando-se para os catecúmenos, convida-os
igualmente a orarem em silêncio e exorta-os a que manifestem
também os seus sentimentos de penitência por uma atitude corporal,
inclinando-se ou ajoelhando. Por fim conclui com estas palavras ou
outras semelhantes:
Eleitos de Deus, inclinai-vos (ou: ajoelhai) e orai.
Os eleitos inclinam-se ou ajoelham. E todos oram durante algum
tempo em silêncio. Em seguida, se for oportuno, todos se levantam.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 105

Preces pelos eleitos

177. Seguem-se as preces pelos eleitos. Enquanto decorrem, os


padrinhos e as madrinhas põem a mão direita sobre o ombro de cada
eleito.

Celebrante:
Oremos por estes eleitos de Deus, para que, ao tornarem-se
semelhantes a Cristo na morte e na ressurreição, alcancem a
vitória sobre a morte pela graça dos sacramentos.

Leitor:
Para que estes eleitos sejam fortes na fé contra os enganos do
mundo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que se mostrem agradecidos a Deus que os escolheu, lhes
deu a conhecer a esperança da vida eterna e os introduziu no
caminho da salvação, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que, pelo exemplo e pela intercessão daqueles catecúmenos
que derramaram o seu sangue por Cristo, sintam cada vez mais
firme em si próprios a esperança da vida eterna, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que todos detestem o pecado que destrói a vida, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
106 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Leitor:
Para que os que se sentem tristes pela morte dos seus, encontrem
em Cristo a sua consolação, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que nós próprios, ao vermos chegar as solenidades pascais,
tenhamos a firme esperança de ressuscitar com Cristo, oremos
ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que o mundo inteiro, que Deus criou por amor, se renove
continuamente na fé e na caridade, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Conforme as várias circunstâncias, assim se hão-de adaptar a
admonição do celebrante e as invocações. Além disso, a estas preces
deve acrescentar-se a habitual súplica pelas necessidades da Igreja
e do mundo inteiro, no caso de, após a despedida dos catecúmenos,
se omitir a Oração universal na celebração eucarística (cf. n. 180,
p. 108).

Outra forma de preces à escolha no n. 386, p. 257.

Exorcismo

178. Depois das preces, o celebrante, voltado para os eleitos, diz, com
as mãos juntas:
Oremos.
Senhor, Pai santo, fonte da vida eterna,
Deus dos vivos e não dos mortos,
que enviastes o vosso Filho a anunciar a vida aos homens
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 107

para os libertar do reino da morte


e os conduzir à ressurreição,
livrai estes vossos eleitos
do poder da morte que vem do espírito maligno,
para que recebam a vida nova de Cristo ressuscitado
e dela possam dar testemunho.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Em seguida, o celebrante, se o puder fazer sem incómodo, impõe a
mão, em silêncio, sobre cada um dos eleitos. Depois, estendendo as
mãos sobre os eleitos, continua:
Senhor Jesus Cristo,
que, ao ressuscitar Lázaro de entre os mortos,
nos destes um sinal de que tínheis vindo
para que os homens tivessem a vida,
e a tivessem em abundância,
livrai da morte os que buscam a vida nos vossos sacramentos,
libertai-os do espírito do mal,
e, pelo vosso Espírito que dá a vida,
comunicai-lhes a fé, a esperança e a caridade,
para que vivam eternamente convosco
e participem da glória da vossa ressurreição.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Outra forma de exorcismo à escolha no n. 387, p. 259.

Se for oportuno, canta-se um cântico apropriado, escolhido, por


exemplo, de entre os salmos 6, 25 (26), 31 (32), 37 (38), 38 (39), 39
(40), 50 (51), 114 (115), 129 (130), 138 (139), 141 (142).
108 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Despedida dos eleitos

179. Depois o celebrante despede os eleitos, dizendo:


Eleitos, o Senhor esteja sempre convosco.
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Eleitos:

Os eleitos retiram-se. Se houver razões para não saírem (cf. Prelimi-


nares particulares da iniciação dos adultos, n. 19, § 3, p. 27) e tiverem,
por isso, de ficar com os fiéis, embora assistam à Eucaristia não parti-
cipem nela como se já fossem baptizados.
No caso de se não celebrar a Eucaristia, canta-se, se for oportuno, um
cântico apropriado, e despedem-se os fiéis juntamente com os eleitos.

Celebração da Eucaristia

180. Depois de os eleitos se retirarem, celebra-se a Eucaristia.


Começa imediatamente a Oração universal pelas necessidades da
Igreja e do mundo inteiro. Depois diz-se o Credo e faz-se a preparação
dos dons. Por motivos de ordem pastoral, pode, no entanto, omitir-se
a Oração universal e o Credo. Na Oração Eucarística faz-se memória
dos eleitos e dos padrinhos (cf. n. 377, p. 247, e n. 391, p. 278).
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 109

II. TRADIÇÕES *

181. Se as «tradições» não tiverem ainda sido celebradas anterior-


mente (cf. nn. 125-126, p. 77) celebram-se depois dos escrutínios.
Completada a instrução dos catecúmenos ou decorrido um tempo
conveniente depois de começada, a Igreja entrega-lhes, num gesto de
grande amor, os documentos que, desde os tempos antigos, são consi-
derados como o compêndio da sua fé e da sua oração.

182. É para desejar que as «tradições» se façam na presença de toda


a comunidade dos fiéis a seguir à liturgia da palavra de uma Missa
ferial, com leituras condizentes com essas mesmas «tradições».

* A cada uma das «tradições» – pelas quais a Igreja entrega aos eleitos os documentos
da fé e da oração – corresponde uma «redição» ou proclamação pública do Símbolo e
da Oração dominical por parte dos mesmos eleitos.
Na versão portuguesa deste Ritual, optou-se pelo uso destes termos por serem ex-
pressões já consagradas.
110 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

TRADIÇÃO DO SÍMBOLO

183. A primeira é a «tradição do Símbolo», que os eleitos devem


aprender de cor, para depois o dizerem publicamente (cf. nn. 194-199,
pp. 118-120), antes de professarem a sua fé, de acordo com ele, no dia
do Baptismo.

184. A tradição do Símbolo faz-se dentro da semana que se segue ao


primeiro escrutínio. Se for conveniente, pode também celebrar-se du-
rante o tempo do catecumenado (cf. nn. 125-126, p. 77).

Leituras e homilia

185. Em vez das leituras indicadas para o dia ferial, escolham-se


outras mais apropriadas, por exemplo: (cf. Leccionário das Missas Ri-
tuais).

I Leitura Deut 6, 1-7


«Escuta, Israel: Amarás o Senhor com todo o teu coração»

Salmo responsorial Salmo 18 (19), 8.9.10.11


Refrão: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna.

II Leitura Rom 10, 8-13


Profissão de fé dos que crêem em Deus

Ou 1 Cor 15, 1-8a (forma longa)

Ou 1 Cor 15, 1-4 (forma breve)


«Sereis salvos pelo Evangelho se o conservais como vo-lo anunciei»
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 111

Aclamação antes do Evangelho Jo 3, 16


R. Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor.
V. Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna.

Evangelho Mt 16, 13-18


«Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»
@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe
e perguntou aos seus discípulos:
«Quem dizem os homens que é o Filho do homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista,
outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse:
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe:
«Feliz de ti, Simão, filho de Jonas,
porque não foram a carne e o sangue que to revelaram,
mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro;
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela».
Palavra da salvação.
Ou Jo 12, 44-50
«Eu vim como luz do mundo»

Segue-se a homilia, na qual o celebrante, apoiando-se nas leituras da


Sagrada Escritura, explica o sentido e a importância do Símbolo, quer
em relação à catequese já transmitida, quer em ordem à profissão de fé
que há-de ser feita no Baptismo e guardada no coração durante toda a
vida.
112 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Tradição do Símbolo

186. Depois da homilia, o diácono diz:


Aproximem-se os eleitos
para receberem da Igreja o Símbolo da fé.
Então o celebrante dirige-se aos eleitos com estas palavras ou outras
semelhantes:
Caríssimos eleitos, escutai as palavras da fé, daquela fé que vos
dará a justificação. São poucas essas palavras, mas encerram
grandes mistérios. Recebei-as com sinceridade e guardai-as no
coração.

Depois o celebrante começa o Símbolo, dizendo:


Creio em Deus,
e continua, sozinho ou juntamente com a comunidade dos fiéis:
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus;
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo;
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna.
Amen.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 113

________________________________________________________

Se for conveniente, pode usar-se também o Símbolo Niceno-Constan-


tinopolitano:
Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só baptismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há-de vir.
Amen.
________________________________________________________
114 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Oração sobre os eleitos

187. Depois o celebrante convida os fiéis a orar, com estas palavras


ou outras semelhantes:
Oremos, irmãos, pelos nossos eleitos,
para que Deus, nosso Senhor,
lhes ilumine o coração e lhes dê o seu amor,
de modo que, renascidos no Baptismo,
e recebendo o perdão de todos os pecados,
se tornem membros do corpo de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Todos oram em silêncio.

Em seguida o celebrante, com as mãos estendidas sobre os eleitos, diz:


Senhor, fonte da luz e da verdade,
invocamos a vossa eterna e justíssima misericórdia
para estes vossos servos N. e N.:
purificai-os e tornai-os santos,
dai-lhes a ciência verdadeira,
a esperança firme e a santa doutrina,
para que se tornem dignos
de chegarem à graça do Baptismo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 115

TRADIÇÃO DA ORAÇÃO DOMINICAL

188. Faz-se também a «tradição da Oração dominical» aos eleitos.


Desde a antiguidade a Oração dominical é oração própria daqueles
que, pelo Baptismo, receberam o espírito de filhos adoptivos. Os
neófitos dizem-na, juntamente com os outros baptizados, na primeira
celebração da Eucaristia em que tomam parte.

189. A tradição da Oração dominical faz-se dentro da semana que


se segue ao terceiro escrutínio. Se for conveniente, pode também
celebrar-se durante o tempo do catecumenado (cf. nn. 125-126, p. 77).
Se for necessário, pode ainda ser diferida juntamente com os ritos
imediatamente preparatórios (cf. nn. 193 ss., pp. 118 ss.).

Leituras e homilia

190. Em vez das leituras indicadas para a féria, escolham-se outras


mais apropriadas, por exemplo: (cf. Leccionário das Missas Rituais).

I Leitura Os 11, 1b.3-4.8c-9


«Atraía-os com vínculos de amor»

Salmo responsorial Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6


Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me pode faltar.
Ou: Salmo 102 (103), 1-2. 8 e 10. 11-12. 13 e 18
Refrão: Como um pai se compadece de seus filhos,
assim o Senhor Se compadece dos que O temem.
II Leitura Rom 8, 14-17. 26-27
«Recebestes o Espírito da adopção filial,
pelo qual exlamais ‘Abba! Pai!’»
116 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Aclamação antes do Evangelho Rom 8, 15


R. Louvor a Vós, Rei da eterna glória.
V. Vós não recebestes um espírito de escravidão,
para recair no temor,
mas o Espírito de adopção filial,
pelo qual chamamos a Deus nosso Pai.

Evangelho Mt 6, 9-13

191. O diácono diz:


Aproximem-se os que vão receber a Oração dominical.
Então o celebrante dirige-se aos eleitos com estas palavras ou outras
semelhantes:
Escutai agora como o Senhor ensinou os seus discípulos a orar.
@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Quando orardes, dizei assim:
Pai nosso, que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino;
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação;
mas livrai-nos do mal».
Palavra da salvação.
Segue-se a homilia, na qual o celebrante explica o sentido e a impor-
tância da Oração dominical.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 117

Oração sobre os eleitos

192. Depois o celebrante convida os fiéis a orar, com estas palavras ou


outras semelhantes:
Oremos, irmãos, pelos nossos eleitos,
para que Deus, nosso Senhor,
lhes ilumine o coração e lhes dê o seu amor,
de modo que, renascidos no Baptismo,
e recebendo o perdão de todos os pecados,
se tornem membros do corpo de Cristo, nosso Senhor.
Todos oram em silêncio.

Em seguida o celebrante, com as mãos estendidas sobre os eleitos, diz:


Deus eterno e omnipotente,
que fazeis crescer continuamente a vossa Igreja
com o nascimento de novos filhos,
aumentai a fé e a compreensão dos nossos eleitos,
para que, uma vez renascidos na fonte baptismal,
sejam contados entre os vossos filhos adoptivos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
118 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

RITOS IMEDIATAMENTE PREPARATÓRIOS

193. Para os casos em que for possível reunir os eleitos no Sábado


Santo, a fim de se prepararem, no recolhimento e na oração, para rece-
berem os sacramentos, propõem-se os ritos seguintes que, segundo as
circunstâncias, poderão ser utilizados no todo ou em parte.

I. REDIÇÃO DO SÍMBOLO

194. Por meio deste rito, os eleitos preparam-se para a profissão de fé


baptismal e por ele se lhes ensina o dever de anunciarem a palavra do
Evangelho.

195. Se não for possível, por alguma circunstância, fazer a tradição do


Símbolo, também se não fará a sua «redição».

Leituras e homilia

196. No princípio, canta-se um cântico apropriado. Depois, faz-se


uma das leituras que a seguir se indicam ou outra que venha a
propósito.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 119

Evangelho Mt 16, 13-17


«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo»
@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe
e perguntou aos seus discípulos:
«Quem dizem os homens que é o Filho do homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista,
outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse:
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe:
«Feliz de ti, Simão, filho de Jonas,
porque não foram a carne e o sangue que to revelaram,
mas sim meu Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.
________________________________________________________

Ou
Jo 6, 35. 63-71: «Para quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de
vida eterna».

Mc 7, 31-37: «Effathá, quer dizer, abre-te» (no caso de se celebrar


conjuntamente o rito do «Effathá».
________________________________________________________

Segue-se uma breve homilia.

197. No caso do rito do «Effathá» se celebrar conjuntamente, a


celebração começa como vai indicado mais adiante (nn. 200-202,
p. 123).
120 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Oração para a redição do Símbolo

198. O celebrante, com os braços abertos, diz a seguinte oração:


Oremos.
Concedei, Senhor,
a estes vossos eleitos
a quem foram revelados os desígnios do vosso amor
e os mistérios da vida de Cristo,
a graça de os professarem por palavras e guardarem com fé,
e de cumprirem por obras a vossa vontade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

Redição do Símbolo

199. Em seguida os eleitos fazem a redição do Símbolo, recitando-o:


Creio em Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus;
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo;
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 121

na ressurreição da carne;
na vida eterna.
Amen.
________________________________________________________
Se na tradição do Símbolo se usou o Símbolo Niceno-Constantino-
politano, é este mesmo que se diz na redição:
Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só baptismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há-de vir.
Amen.
________________________________________________________
122 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

II. RITO DO «EFFATHÁ»

200. Por meio deste rito, em virtude do seu simbolismo próprio,


inculca-se a necessidade da graça, para que alguém possa escutar a
palavra de Deus e professá-la em ordem à salvação.

Leitura

201. Depois de um cântico apropriado, lê-se Mc 7, 31-37, que o cele-


brante comenta em breves palavras.

Evangelho Mc 7, 31-37
«Faz que os surdos oiçam e que os mudos falem»
@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo,
Jesus deixou de novo a região de Tiro
e, passando por Sidónia, veio para o mar da Galileia,
atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-Lhe então um surdo que mal podia falar
e suplicaram-Lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Jesus, afastando-Se com ele da multidão,
meteu-lhe os dedos nos ouvidos
e com saliva tocou-lhe a língua.
Depois, erguendo os olhos ao Céu,
suspirou e disse-lhe:
«Effathá», que quer dizer «Abre-te».
Imediatamente se abriram os ouvidos do homem,
soltou-se-lhe a prisão da língua
e começou a falar correctamente.
Jesus recomendou que não contassem nada a ninguém.
Mas, quanto mais lho recomendava,
tanto mais intensamente eles o apregoavam.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 123

Cheios de assombro, diziam:


«Tudo o que faz é admirável:
faz que os surdos oiçam e que os mudos falem».
Palavra da salvação.
Rito do «Effathá»

202. Em seguida, o celebrante, toca com o polegar no ouvido direito


e no esquerdo e também na boca, fechada, de cada um dos eleitos,
dizendo:
«Effathá», quer dizer, abre-te,
para professares a fé que ouviste,
em louvor e glória de Deus.
Se os eleitos forem muito numerosos, diz-se a fórmula completa
somente para o primeiro; para os outros diz-se apenas:
«Effathá», quer dizer, abre-te.

III. ESCOLHA DO NOME CRISTÃO

203. Nesta altura, a não ser que já antes tenha sido feito, conforme
o n. 88, p. 58, pode pôr-se um nome novo, cristão ou um de entre
os usados nos costumes civis da região desde que possa revestir um
sentido cristão. Por vezes, se for caso disso e os eleitos forem pouco
numerosos, será suficiente explicar ao eleito a significação cristã do
nome que lhe foi dado por seus pais.

Leituras
204. Depois de um cântico apropriado, se for conveniente, faz-se uma
leitura, que o celebrante comenta em breves palavras, v. g.:
Gen 17, 1-7: «Abraão será o teu nome».
Is 62, 1-5: «Receberás um nome novo».
Ap 3, 11-13: «Escreverei sobre ele o meu nome novo».
Mt 16, 13-18: «Tu és Pedro».
Jo 1, 40-42: «Chamar-te-ás Cefas».
124 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Escolha do nome

205. O celebrante pergunta ao eleito qual o nome que ele, porventura,


tenha escolhido. Em seguida, se for oportuno (cf. n. 203, p. 123), diz:
N., doravante chamar-te-ás N.
O eleito:
Amen (ou de outra forma apropriada).
Se vier a propósito, explica a significação cristã do nome que lhe foi
dado por seus pais.

IV. UNÇÃO COM O ÓLEO DOS CATECÚMENOS

206. A unção com o Óleo dos catecúmenos, se a Conferência


Episcopal julgar que deve ser conservada e em razão do pouco tempo
não puder ser celebrada na própria Vigília pascal, pode ser conferida
no dia de Sábado Santo. Pode conferir-se ou separadamente ou
juntamente com a redição do Símbolo, quer antes para a preparar, quer
depois para a confirmar.

207. Usa-se o óleo benzido pelo Bispo na Missa Crismal. O cele-


brante, voltando-se para os eleitos, diz:
O poder de Cristo Salvador vos fortaleça.
Em sinal desse poder vos fazemos esta unção,
em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,
que vive e reina por todos os séculos.
Eleitos:
Amen.
Cada um dos eleitos é ungido com o Óleo dos catecúmenos no peito,
ou em ambas as mãos, ou ainda, se for oportuno, noutras partes do
corpo. Se os eleitos forem muito numerosos, pode recorrer-se a vários
ministros.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 125

________________________________________________________

207a. Por motivos de ordem pastoral, o Óleo pode ser benzido pelo
próprio sacerdote, dizendo a oração seguinte:
Senhor nosso Deus,
fortaleza e protecção do vosso povo,
que fizestes do óleo o sinal do vigor,
dignai-Vos abençoar @ este óleo;
concedei a fortaleza
aos catecúmenos que serão com ele ungidos,
a fim de que, recebendo a sabedoria e a força do alto,
compreendam melhor o Evangelho de vosso Filho,
defrontem com grandeza de ânimo
os trabalhos da vida cristã,
e, tornados dignos da adopção de filhos,
se alegrem com a graça de renascer e viver
na vossa Igreja santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Em seguida, o celebrante, voltando-se para os eleitos, diz:
O poder de Cristo Salvador vos fortaleça.
Em sinal desse poder vos fazemos esta unção,
em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,
que vive e reina por todos os séculos.
Eleitos:
Amen.
Cada um dos eleitos é ungido com o Óleo dos catecúmenos no peito,
ou em ambas as mãos, ou ainda, se for oportuno, noutras partes do
corpo. Se os eleitos forem muito numerosos, pode recorrer-se a vários
ministros.
________________________________________________________
126 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

TERCEIRO DEGRAU

CELEBRAÇÃO DOS
SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO

208. Segundo o costume, a iniciação dos adultos celebra-se na


santa noite da Vigília pascal. Deste modo, o momento de celebrar
os sacramentos da iniciação é a seguir à bênção da água, como vem
indicado no Ritual da Vigília pascal, n. 44 (MISSAL ROMANO,
p. 316).

209. No caso de a iniciação se realizar fora dos tempos costumados


(cf. Preliminares particulares da iniciação dos adultos, nn. 58-59,
pp. 39-40), procure-se que a celebração manifeste claramente a sua
natureza pascal (cf. Preliminares gerais da iniciação cristã, n. 6, p. 12),
utilizando a Missa ritual, que se encontra no Missal (cf. também mais
adiante, n. 388, p. 260).

CELEBRAÇÃO DO BAPTISMO

210. Mesmo quando os sacramentos da iniciação se celebram fora da


solenidade pascal, faz-se o rito da bênção da água (cf. Preliminares
gerais da iniciação cristã, n. 21, p. 16). Neste rito, ao fazer-se a
comemoração das maravilhas de Deus, celebra-se o mistério do seu
amor, manifestado já desde o princípio do mundo e da criação do
género humano; e em seguida, pela invocação do Espírito Santo e
pela proclamação da morte e da ressurreição de Cristo, inculca-se
a novidade do banho da regeneração baptismal, por meio do qual
participamos na morte e ressurreição do Senhor e recebemos a
santidade de Deus.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 127

211. A renunciação a Satanás e a profissão de fé são um rito único,


que no Baptismo dos adultos atinge toda a força da sua significação.
O Baptismo é o sacramento da fé pela qual os catecúmenos
aderem a Deus e ao mesmo tempo são por Ele regenerados; muito
a propósito, por isso, ao banho regenerador se antepõe um acto
individual, pelo qual os catecúmenos renunciam agora claramente
ao pecado e a Satanás, tal como já fora prefigurado na primeira
aliança com os Patriarcas, a fim de poderem inserir-se para sempre na
promessa do Salvador e no mistério da Trindade. Por esta profissão,
feita na presença do celebrante e da comunidade, manifestam a
vontade, amadurecida durante o tempo do catecumenado, de fazerem
uma nova aliança com Cristo. É nesta fé, que a Igreja lhes transmitiu
da parte de Deus e eles abraçaram, que os adultos são baptizados.

212. A unção com o Óleo dos catecúmenos, inserida entre a renun-


ciação e a profissão de fé, pode ser antecipada no caso de alguma
necessidade de ordem pastoral ou de conveniência litúrgica (cf. nn.
206-207, pp. 124-125).
Neste caso, não se perca de vista que, por meio dela, se significa
a necessidade da força divina, para que o baptizando, superando os
obstáculos da vida passada e vencidos os ataques do demónio, dê
corajosamente o passo da profissão de fé e lhe permaneça fiel no
decurso de toda a vida.

Admonição do celebrante

213. Antes de começarem as Ladainhas, os baptizandos, acompa-


nhados pelos seus padrinhos e madrinhas, aproximam-se da fonte
baptismal e dispõem-se em volta da mesma, procurando não dificultar
a vista aos fiéis. Se os baptizandos forem muito numerosos, podem
dirigir-se para a fonte baptismal enquanto se cantam as Ladainhas.

O celebrante faz aos presentes uma admonição com estas palavras ou


outras semelhantes:
128 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Irmãos caríssimos, imploremos a misericórdia de Deus Pai


todo-poderoso para estes seus servos N. e N., que pedem o santo
Baptismo. O Senhor os chamou e os trouxe até este momento;
o Senhor lhes dê luz e força para que, de todo o coração, se en-
treguem a Cristo e professem a fé da Igreja; o Senhor os renove
pelo Espírito Santo que vamos agora invocar sobre esta água.
________________________________________________________
Ou
Ajudemos com as nossas preces estes nossos irmãos, preparados
para receberem a vida nova do Baptismo. Oremos a Deus nosso
Pai, para que, na sua grande misericórdia, os guie e acompanhe
até à fonte baptismal.
________________________________________________________

Ladainhas

214. Em seguida, cantam-se as Ladainhas, nas quais podem acrescen-


tar-se alguns nomes de Santos, sobretudo o do titular da igreja, dos
padroeiros do lugar e dos baptizandos.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 129

São Mi - guel, ro-gai por nós.


Santos Anjos de Deus, ro-gai por nós.
São João Bap - tis-ta, ro-gai por nós.
São Jo - sé, ro-gai por nós.
São Pedro e São Pau-lo, ro-gai por nós.
Santo An - dré, ro-gai por nós.
São Jo - ão, ro-gai por nós.
Santa Maria Mada - le-na, ro-gai por nós.
Santo Es - tê-vão, ro-gai por nós.
Santo Inácio de Antio - qui-a, ro-gai por nós.
São Lou - ren-ço, ro-gai por nós.
São João de Bri-to, ro-gai por nós.
Santa Perpétua e Santa Felici - da-de, ro-gai por nós.
Santa I - nês, ro-gai por nós.
São Gre - gó-rio, ro-gai por nós.
Santo Agos - ti-nho, ro-gai por nós.
Santo Ata - ná-sio, ro-gai por nós.
São Ba - sí-lio, ro-gai por nós.
São Mar - ti-nho, ro-gai por nós.
São Ben-to, ro-gai por nós.
São Martinho de Dume,
São Frutuoso e São Ge - ral-do, ro-gai por nós.
São Teo - tó-nio, ro-gai por nós.
São Francisco e São Do - min-gos ro-gai por nós.
Santo António de Lis - bo-a, ro-gai por nós.
São João de Deus, ro-gai por nós.
São Francisco Xavi - er, ro-gai por nós.
130 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

São João Maria Vian - ney, ro-gai por nós.


Santa Isabel de Portu - gal, ro-gai por nós.
Santa Catarina de Se-na, ro-gai por nós.
Santa Teresa de Je - sus, ro-gai por nós.
Santa Beatriz da Sil-va ro-gai por nós.
Todos os Santos e Santas de Deus, ro-gai por nós.

De todo o mal, li-vrai-nos, Senhor.


De todo o pe - cado, li-vrai-nos, Senhor.
Da morte e - terna, li-vrai-nos, Senhor.
Pela vossa encarna - ção, li-vrai-nos, Senhor.
Pela vossa morte e ressurrei - ção, li-vrai-nos, Senhor.
Pela efu - são do Espírito Santo, li-vrai-nos, Senhor.

Dignai-Vos dar uma vida nova a


estes eleitos pela graça do Ba -ptis-mo, ou-vi-nos, Senhor.
Jesus, Filho de Deus, ou-vi-nos, Senhor.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 131

Quando é recitado:
Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
Santos Anjos de Deus, rogai por nós.
São João Baptista, rogai por nós.
São José, rogai por nós.
São Pedro e São Paulo, rogai por nós.
Santo André, rogai por nós.
São João, rogai por nós.
Santa Maria Madalena, rogai por nós.
Santo Estêvão, rogai por nós.
Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós.
São Lourenço, rogai por nós.
São João de Brito, rogai por nós.
Santa Perpétua e Santa Felicidade, rogai por nós.
Santa Inês, rogai por nós.
São Gregório, rogai por nós.
Santo Agostinho, rogai por nós.
Santo Atanásio, rogai por nós.
São Basílio, rogai por nós.
São Martinho, rogai por nós.
São Bento, rogai por nós.
São Martinho de Dume, São Frutuoso
e São Geraldo rogai por nós.
São Teotónio, rogai por nós.
São Francisco e São Domingos rogai por nós.
Santo António de Lisboa, rogai por nós.
São João de Deus, rogai por nós.
São Francisco Xavier, rogai por nós.
São João Maria Vianney, rogai por nós.
Santa Isabel de Portugal, rogai por nós.
Santa Catarina de Sena, rogai por nós.
Santa Teresa de Jesus, rogai por nós.
132 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Santa Beatriz da Silva rogai por nós.


Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós.
Sede-nos propício, livrai-nos, Senhor.
De todo o mal, livrai-nos, Senhor.
De todo o pecado, livrai-nos, Senhor.
Da morte eterna, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa encarnação, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa morte e ressurreição, livrai-nos, Senhor.
Pela efusão do Espírito Santo, livrai-nos, Senhor.
A nós, pecadores, ouvi-nos, Senhor.
Dignai-Vos dar uma vida nova
a estes eleitos pela graça do Baptismo, ouvi-nos, Senhor.
Jesus, Filho de Deus, ouvi-nos, Senhor.
Cristo, ouvi-nos. Cristo, ouvi-nos.
Cristo, atendei-nos. Cristo, atendei-nos.

Bênção da água

Páginas: 50, 80 as Ladainhas, o celebrante, voltando-se para a fonte


215. Terminadas
baptismal, diz esta bênção:
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 133

Páginas: 51, 81
134 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Páginas: 52, 82
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 135

Conforme os casos, o celebrante introduz o círio pascal, uma ou três


vezes na água, ou toca na água com a mão direita, e continua:

R.

Quando é recitado:
Senhor nosso Deus:
Pelo vosso poder invisível,
realizais maravilhas nos vossos sacramentos.
Ao longo dos tempos preparastes a água
para manifestar a graça do Baptismo.

Logo no princípio do mundo,


o vosso Espírito pairava sobre as águas,
prefigurando o seu poder de santificar.
136 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Nas águas do dilúvio


destes-nos uma imagem do Baptismo,
sacramento da vida nova,
porque as águas significam ao mesmo tempo
o fim do pecado e o princípio da santidade.

Aos filhos de Abraão


fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho,
para que esse povo, liberto da escravidão,
fosse a imagem do povo santo dos baptizados.

O vosso Filho Jesus Cristo,


ao ser baptizado por João Baptista nas águas do Jordão,
recebeu a unção do Espírito Santo;
suspenso na cruz,
do seu lado aberto fez brotar sangue e água
e, depois de ressuscitado, ordenou aos seus discípulos:
«Ide e ensinai todos os povos
e baptizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».

Olhai agora, Senhor, para a vossa Igreja


e dignai-Vos abrir para ela a fonte do Baptismo.
Receba esta água, pelo Espírito Santo,
a graça do vosso Filho Unigénito,
para que o homem, criado à vossa imagem,
no sacramento do Baptismo seja purificado das velhas impurezas
e ressuscite homem novo pela água e pelo Espírito Santo.
Conforme os casos, o celebrante introduz o círio pascal, uma ou três
vezes na água, ou toca na água com a mão direita, e continua:
Desça sobre esta água, Senhor,
por vosso Filho,
a virtude do Espírito Santo,
com o círio na água, prossegue:
para que todos,
sepultados com Cristo na sua morte pelo Baptismo,
com Ele ressuscitem para a vida.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 137

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,


que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Retira o círio da água; entretanto, o povo faz a seguinte aclamação ou
outra semelhante:

Quando é recitado:
Fontes do Senhor, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre.
Outras fórmulas à escolha no n. 389, p. 265.

216. No Tempo Pascal, se se dispõe de água baptismal benzida na


Vigília pascal, para que não falte ao Baptismo o elemento de acção
de graças e de súplica, faz-se o louvor e a invocação de Deus sobre a
água, segundo os formulários que se encontram no n. 389, p. 265.
138 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Renunciação

217. Terminada a consagração da fonte baptismal, o celebrante inter-


roga todos os eleitos ao mesmo tempo:

FORMULÁRIO A
Renunciais a Satanás, a todas as suas obras e a todas as suas
seduções?
Eleitos:
Sim, renuncio.

________________________________________________________

Ou FORMULÁRIO B
Renunciais a Satanás?
Eleitos:
Sim, renuncio.
Celebrante:
E a todas as suas obras?
Eleitos:
Sim, renuncio.
Celebrante:
E a todas as suas seduções?
Eleitos:
Sim, renuncio.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 139

Ou FORMULÁRIO C

Renunciais ao pecado, para viverdes na liberdade dos filhos de


Deus?
Eleitos:
Sim, renuncio.
Celebrante:
Renunciais às seduções do mal, para que o pecado não vos
escravize?
Eleitos:
Sim, renuncio.
Celebrante:
Renunciais a Satanás, que é o autor do mal e pai da mentira?
Eleitos:
Sim, renuncio.
________________________________________________________

Se se achar preferível, o celebrante, depois de perguntar aos padrinhos


(ou às madrinhas) os nomes dos baptizandos, interroga-os um por um,
escolhendo um dos três formulários acima indicados.

Estes três formulários, se as circunstâncias o exigirem, podem ser


adaptados, de uma forma mais precisa, pelas Conferências Episcopais,
sobretudo onde houver necessidade de os eleitos renunciarem a cultos
supersticiosos, de adivinhação ou de magia (cf. acima n. 80, p. 50).
140 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Unção com o Óleo dos catecúmenos

218. Se a unção com o Óleo dos catecúmenos não tiver sido feita
anteriormente nos ritos imediatamente preparatórios (nn. 206-207, pp.
124-125), o celebrante diz:
O poder de Cristo Salvador vos fortaleça.
Em sinal desse poder vos fazemos esta unção,
em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,
que vive e reina por todos os séculos.
Eleitos:
Amen.
Cada um dos eleitos é ungido com o Óleo dos catecúmenos no peito,
ou em ambas as mãos, ou ainda, se parecer oportuno, noutras partes
do corpo. Se os eleitos forem muito numerosos, pode recorrer-se a
vários ministros.
Esta unção pode ser omitida a juízo da Conferência Episcopal.

Profissão de fé

219. Em seguida o celebrante, depois de lhe ser recordado, se for


necessário, pelo padrinho (ou pela madrinha) o nome de cada um dos
baptizandos, interroga cada um deles:
N., crês em Deus, Pai todo-poderoso,
criador do céu e da terra?
Eleito:
Sim, creio.
Celebrante:
Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado,
ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?
Eleito:
Sim, creio.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 141

Celebrante:
Crês no Espírito Santo, na santa Igreja católica,
na comunhão dos santos, na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne e na vida eterna?
Eleito:
Sim, creio.
Depois da sua profissão de fé, faz-se imediatamente a cada um a
imersão ou a ablução.
Se os baptizandos forem muito numerosos, a profissão de fé pode ser
feita por todos ou por vários ao mesmo tempo.

Rito do Baptismo

220. Se o Baptismo se faz por imersão quer de todo o corpo, quer


somente da cabeça, salvaguarde-se o devido pudor e decoro.
O celebrante toca no eleito e baptiza-o, fazendo-lhe, por três vezes, a
imersão total, ou somente da cabeça, e erguendo-o outras tantas, ao
mesmo tempo que invoca uma única vez a Santíssima Trindade:

N., eu te baptizo em nome do Pai,


faz a primeira imersão

e do Filho,
faz a segunda imersão

e do Espírito Santo.
faz a terceira imersão

Entretanto, o padrinho ou a madrinha ou ambos tocam no baptizando.

Depois do Baptismo de cada um, é conveniente que o povo faça uma


breve aclamação (cf. n. 390, p. 275).
142 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

221. Se o Baptismo se faz por infusão, o celebrante tira a água


baptismal da fonte e, infundindo-a por três vezes sobre a cabeça do
eleito, que a mantém inclinada, baptiza-o em nome da Santíssima
Trindade:

N., eu te baptizo em nome do Pai,


faz a primeira infusão

e do Filho,
faz a segunda infusão

e do Espírito Santo.
faz a terceira infusão

Entretanto, o padrinho ou a madrinha ou ambos põem a mão direita


sobre o ombro direito do eleito.
Depois do Baptismo de cada um, é conveniente que o povo faça uma
breve aclamação (cf. n. 390, p. 275).

222. Se os eleitos forem muito numerosos e estiverem presentes


vários sacerdotes ou diáconos, podem os baptizandos ser distribuídos
pelos vários ministros, que fazem a imersão ou a infusão ao mesmo
tempo que cada um pronuncia a fórmula no singular.

Enquanto se realiza o rito, é bom que o povo cante um cântico.


Podem também fazer-se leituras ou guardar silêncio.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 143

RITOS EXPLICATIVOS

223. Depois do Baptismo, seguem-se imediatamente os ritos


explicativos (nn. 224-226, pp. 143-144). Terminados estes, celebra-se
habitualmente a Confirmação, como adiante se indica (nn. 227-231,
pp. 145-147). Neste caso, omite-se a unção depois do Baptismo.

________________________________________________________

Unção depois do Baptismo

[224.] Se, por motivos especiais, a celebração da Confirmação vier a


ser separada do Baptismo, o celebrante, depois da imersão ou da infu-
são da água, faz a unção com o Crisma, na forma habitual, dizendo ao
mesmo tempo, sobre todos os baptizados:
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que vos concedeu o perdão de todos os pecados
e vos deu uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo,
agora que fazeis parte do seu povo
unge-vos com o Crisma da salvação,
para que permaneçais, eternamente,
membros de Cristo sacerdote, profeta e rei.
Baptizados:
Amen.
Em seguida, o celebrante, sem dizer nada, unge cada um dos baptiza-
dos, no alto da cabeça, com o santo Crisma.
Se os baptizados forem muito numerosos e estiverem presentes vários
sacerdotes ou diáconos, cada um deles pode ungir com o Crisma
alguns dos baptizados.
________________________________________________________
144 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Imposição da veste branca

225. O celebrante diz:


N. e N., agora sois nova criatura
e estais revestidos de Cristo.
Recebei a veste branca,
e apresentai-a, sem mancha,
no tribunal de Nosso Senhor Jesus Cristo,
para viverdes eternamente com Ele.
Baptizados:
Amen.
Às palavras do celebrante «Recebei a veste branca», os padrinhos ou
as madrinhas dos neófitos revestem-nos com a veste branca ou de
outra cor mais de acordo com os costumes do lugar.
Se as circunstâncias assim o aconselharem, este rito pode omitir-se.

Entrega da vela acesa

226. Em seguida, o celebrante toma nas mãos o círio pascal ou


toca-lhe apenas, dizendo:
Padrinhos e Madrinhas, aproximai-vos para entregar a luz aos
vossos afilhados, que acabam de receber o Baptismo.
Os padrinhos e as madrinhas aproximam-se, acendem a vela no círio
pascal e entregam-na ao neófito. Em seguida, o celebrante diz:
Agora sois luz em Cristo.
Vivei sempre como filhos da luz.
Perseverai na fé,
para que, quando o Senhor vier,
possais ir ao seu encontro
com todos os Santos, no reino dos céus.
Baptizados:
Amen.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 145

CELEBRAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO

227. Entre a celebração do Baptismo e da Confirmação, se for


oportuno, a assembleia canta um cântico apropriado.
A celebração da Confirmação pode fazer-se quer no presbitério,
quer no próprio baptistério, conforme as circunstâncias o
aconselharem.

228. Se o Baptismo tiver sido conferido pelo Bispo, convém que seja
também ele a administrar imediatamente a Confirmação.
Na ausência do Bispo, a Confirmação pode ser dada pelo presbí-
tero que conferiu o Baptismo.
Quando os confirmandos forem muito numerosos, podem asso-
ciar-se ao ministro da Confirmação, para administrar o sacramento,
presbíteros que possam ser designados para este múnus (cf. Prelimina-
res particulares da iniciação dos adultos, n. 46, p. 36).

229. O celebrante faz uma breve alocução aos neófitos, com estas
palavras ou outras semelhantes:
Caríssimos amigos, acabastes de ser baptizados. No Baptismo
recebestes uma vida nova em Cristo e começastes a ser
membros de Cristo e do seu povo sacerdotal. Ides agora
receber o Espírito Santo que já desceu sobre nós, o mesmo
Espírito que foi enviado pelo Senhor sobre os Apóstolos, no
dia de Pentecostes, e que por eles e pelos seus sucessores é
dado aos que receberam o Baptismo.
Também vós recebereis a força do Espírito Santo que Jesus
prometeu. Essa força torna-vos conformes a Cristo, de maneira
mais perfeita. Assim podereis dar testemunho da paixão e
ressurreição do Senhor e ser membros activos da Igreja, para
que o Corpo de Cristo seja edificado na fé e na caridade.
146 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Em seguida, o celebrante (tendo junto de si os presbíteros que se lhe


associam), de pé e de mãos juntas, voltado para o povo, diz:
Oremos, irmãos,
a Deus Pai todo-poderoso,
para que, sobre estes novos membros da Igreja,
derrame agora o Espírito Santo,
que os fortaleça com a abundância dos seus dons
e, pela sua unção espiritual,
os torne imagem perfeita de Cristo, Filho de Deus.
Todos oram, em silêncio, durante algum tempo.

230. Seguidamente, o celebrante (e os presbíteros que se lhe


associam) impõem as mãos sobre todos os confirmandos. Entretanto o
celebrante, sozinho, diz:
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que, pela água e pelo Espírito Santo,
destes uma vida nova a estes vossos servos
e os libertastes do pecado,
enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito;
dai-lhes, Senhor,
o espírito de sabedoria e de inteligência,
o espírito de conselho e de fortaleza,
o espírito de ciência e de piedade,
e enchei-os do espírito do vosso temor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 147

231. Neste momento, um ministro apresenta ao celebrante o santo


Crisma.
Os confirmandos aproximam-se um por um do celebrante; ou,
se parecer oportuno, o próprio celebrante se aproxima de cada um dos
confirmandos. O padrinho (ou a madrinha) põe a mão direita sobre o
ombro do confirmando e diz o nome deste ao celebrante, ou o próprio
confirmando diz espontaneamente o seu nome.
O celebrante humedece o polegar da mão direita no Crisma e
traça o sinal da cruz na fronte do confirmando, dizendo:

N., recebe, por este sinal, o Espírito Santo,


o dom de Deus.
Confirmado:
Amen.

O celebrante acrescenta:
A paz esteja contigo.
Confirmado:
Amen.

Se alguns presbíteros se associam ao celebrante na administração


do sacramento, as âmbulas do santo Crisma são-lhes entregues pelo
Bispo, se estiver presente.
Os confirmandos aproximam-se do celebrante ou dos presbíteros; ou,
se parecer oportuno, o próprio celebrante e os presbíteros se aproxi-
mam dos confirmandos, que são ungidos pela forma acima descrita.
Durante a unção, pode cantar-se algum cântico apropriado.
148 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

232. Omitido o Símbolo, segue-se imediatamente a Oração universal,


na qual os neófitos participam pela primeira vez.
Entre as pessoas que levam as oferendas ao altar, estarão alguns
neófitos.

233. Quando se usa a Oração Eucarística I, faz-se menção dos


neófitos no Aceitai benignamente, e dos padrinhos no Lembrai-Vos,
Senhor (n. 377, p. 247); quando se usa a Oração Eucarística II, III
ou IV, inserem-se, no lugar próprio, as fórmulas pelos neófitos,
indicadas no n. 391, p. 278.

234. É conveniente que os neófitos recebam a sagrada comunhão


sob as duas espécies, juntamente com os padrinhos, madrinhas, pais,
cônjuges e catequistas leigos.
Antes da comunhão, isto é, antes de Eis o Cordeiro de Deus, o
celebrante pode dirigir aos neófitos uma breve monição sobre o valor
de tão grande mistério, que é o ponto culminante da iniciação e centro
de toda a vida cristã.
CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS 149

TEMPO DA MISTAGOGIA

235. Para que os primeiros passos dos neófitos sejam mais firmes,
importa que, em todas as circunstâncias, sejam ajudados com atenção
e carinho pela comunidade dos fiéis, pelos padrinhos e pelos pastores.
Faça-se tudo para que eles se sintam integrados de maneira plena e
feliz na comunidade cristã.

236. Durante todo o Tempo Pascal, nas Missas dominicais, os neó-


fitos ocuparão um lugar especial no meio dos fiéis. Procurem todos os
neófitos participar na Missa com os seus padrinhos. Na homilia, e se
for oportuno, também na Oração universal, faça-se menção deles.

237. Para encerrar o tempo da mistagogia, no fim do Tempo Pascal,


nas proximidades do domingo de Pentecostes, faça-se uma celebração
especial, acompanhada até de festa externa, segundo os costumes da
região.

238. No aniversário do Baptismo, é para desejar que os neófitos se


reúnam de novo para darem graças a Deus, para porem em comum a
sua experiência espiritual e recobrarem novas forças.

239. A fim de estabelecer contacto pastoral com os novos membros


da sua Igreja, sobretudo quando ele próprio não pôde presidir aos
sacramentos da iniciação, procure o Bispo reunir-se, ao menos uma
vez por ano, se possível, com os neófitos recém-baptizados e presidir à
celebração da Eucaristia. Nesta celebração, os neófitos podem receber
a comunhão sob as duas espécies.
CAPÍTULO II

RITUAL SIMPLIFICADO
DA INICIAÇÃO DOS ADULTOS

240. Em casos excepcionais, quando não for possível ao candidato


percorrer todas as fases da iniciação cristã ou quando, atenta
a sinceridade da sua conversão e a sua maturidade religiosa, o
Ordinário do lugar entender que deve admiti-lo ao Baptismo sem
mais delongas, pode o mesmo Ordinário do lugar permitir, para
cada caso, este ritual simplificado. Neste ritual faz-se tudo numa
única celebração (nn. 245-273, pp. 152-173), ou pode também fazer-
-se – além, evidentemente, da celebração dos sacramentos – um ou
outro rito, quer do catecumenado, quer do tempo da purificação e da
iluminação (nn. 274-277, pp. 173-174).

241. Antes de ser baptizado, o candidato deve ser instruído


e preparado, em tempo conveniente, para melhor purificar as
motivações que o levam a pedir o Baptismo e para que a sua fé e
conversão possam atingir a devida maturidade. O candidato deve,
além disso, ter escolhido o padrinho ou a madrinha (cf. Preliminares
particulares da iniciação dos adultos, n. 43, p. 35) e ter tomado parte
na vida da comunidade local (cf. ibidem, n. 12, p. 24, e n. 19 § 2,
p. 27).

242. O rito começa pela apresentação e acolhimento do candidato.


Este rito manifesta por um lado a vontade firme de o candidato pedir
a iniciação cristã e por outro o assentimento da Igreja. Em seguida,
depois de uma liturgia da palavra adaptada à circunstância, faz-se a
celebração de todos os sacramentos da iniciação.
152 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

243. Habitualmente, o rito celebra-se dentro da Missa. Escolhem-se


leituras adequadas e os formulários tomam-se da Missa da iniciação
ou de outra. Depois do Baptismo e da Confirmação, o neófito
participa pela primeira vez na celebração eucarística.

244. A celebração faz-se, quanto possível, ao domingo (cf.


Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 59, p. 40), com a
participação activa da comunidade local.

RITO DO ACOLHIMENTO

245. Enquanto os fiéis, se for oportuno, cantam um hino ou um


cântico apropriado, o sacerdote, revestido das vestes sagradas, dirige-
se para fora da porta da igreja ou para o átrio ou para a entrada, ou
ainda para um lugar apropriado da mesma igreja, onde o candidato
já se encontra com o padrinho ou a madrinha, antes da liturgia da
palavra.

246. O celebrante saúda o candidato com afabilidade. Dirige-lhe a


palavra, a ele, ao seu padrinho e a todos os presentes, para exprimir
a alegria e o contentamento da Igreja e, se for oportuno, recorda ao
padrinho e amigos a experiência e os sentimentos religiosos que
levaram o candidato, pelo seu caminho espiritual, a chegar a este dia.
Em seguida, convida o candidato e o padrinho (ou: e a madrinha)
a aproximarem-se. Enquanto eles vão ocupando os seus lugares
em frente do sacerdote, pode cantar-se um cântico apropriado, por
exemplo o salmo 62 (63), 1-9.

Antífona
A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.
RITUAL SIMPLIFICADO 153

Salmo 62 (63)
Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-Vos no santuário,


para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida:
por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.

Quando no leito Vos recordo,


passo a noite a pensar em Vós.
Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.

247. Em seguida, o celebrante, voltado para o candidato, interroga-o:


N., que vens pedir à Igreja de Deus?
Candidato:
A fé.
Celebrante:
Para que te serve a fé?
Candidato:
Para alcançar a vida eterna.

O celebrante também pode usar outras palavras para interrogar o can-


didato acerca da sua intenção, como também deixar-lhe a liberdade de
responder por outra forma. Assim, por exemplo, depois da primeira
interrogação: Que vens pedir? Que queres? Que vens procurar? pode
aceitar-se a resposta: A graça de Cristo, ou Ser admitido na Igreja, ou
A vida eterna, ou outra que venha a propósito, às quais o celebrante
adaptará, depois, as suas perguntas.
154 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

248. Em seguida, o celebrante, adaptando, se for necessário, uma


vez mais as suas palavras às respostas recebidas, dirige-se de novo ao
candidato, com estas palavras ou outras semelhantes:
N., a vida eterna consiste em conhecer ao Deus verdadeiro e
àquele que Ele enviou, Jesus Cristo.
Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, e foi constituído por
Deus príncipe da vida e Senhor de todas as coisas, visíveis e
invisíveis.
Esta vida eterna e o Baptismo não os pedirias hoje, se não
conhecesses já a Cristo e não quisesses tornar-te seu discípulo.
Mas para alguém se tornar verdadeiramente discípulo de Cristo,
é preciso ouvir a sua palavra, decidir-se a guardar os seus
mandamentos, tomar parte na vida da comunidade dos cristãos e
na sua oração. Diz-me, pois: já fizeste tudo isto para te tornares
cristão?
Candidato:
Sim, já fiz.

249. Voltando-se para o padrinho (a madrinha), o celebrante pergunta:


A si, que se apresenta como padrinho (madrinha) deste candi-
dato, me dirijo agora. Diante de Deus, diga-me: julga que ele é
digno de ser admitido aos sacramentos da iniciação cristã?
Padrinho:
Sim, julgo que ele é digno.

Celebrante:
Está disposto a ajudar, pela palavra e pelo exemplo, este can-
didato (ou: N.), a favor de quem deu testemunho, para que ele
sirva a Cristo?
Padrinho:
Sim, estou disposto.
RITUAL SIMPLIFICADO 155

250. Em seguida, o celebrante, de mãos juntas, diz:


Oremos.
Graças Vos damos, Pai clementíssimo,
por este vosso servo,
porque de muitas maneiras o preparastes
e lhe batestes à porta,
levando-o a procurar-Vos,
e porque hoje o chamastes
e ele Vos respondeu diante de nós.
Concedei-lhe agora, por vossa bondade,
a alegria de chegar à consumação do vosso desígnio de amor
nos sacramentos da iniciação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

Introdução do candidato na igreja

251. Em seguida, o celebrante convida o candidato com estas palavras


ou outras semelhantes:
N., entra agora na igreja,
e toma parte connosco na mesa da palavra de Deus.
E o candidato entra na igreja com o padrinho ou a madrinha. Entre-
tanto canta-se um cântico apropriado, por exemplo:
Antífona
Provai e vede
como o Senhor é bom.
Salmo 33 (34)
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
ouçam e alegrem-se os humildes.
156 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,


o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

252. Quando o candidato e o padrinho (madrinha) tiverem chegado


ao seu lugar e o celebrante ao presbitério, omitidos os ritos iniciais da
Missa, começa a liturgia da palavra.

Leituras e Homilia

253. As leituras, com os salmos responsoriais e os versículos antes do


Evangelho, escolhem-se de entre as que vêm indicadas no n. 388, p.
260. Podem também escolher-se as leituras do domingo ou da festivi-
dade ocorrente.
Segue-se a homilia.

Preces e rito penitencial

254. Depois da homilia, o candidato, acompanhado pelo padrinho


(madrinha), aproxima-se do celebrante. Então toda a assembleia faz
estas preces ou outras semelhantes:
Oremos por N., que pede os sacramentos de Cristo, e também
por nós, pecadores, para que, cheios de fé em Cristo e de
coração penitente, caminhemos sempre na vida nova dos filhos
de Deus.

Leitor:
Para que em todos nós, o Senhor Se digne renovar e fazer
crescer sentimentos de verdadeira penitência, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
RITUAL SIMPLIFICADO 157

Leitor:
Para que, mortos para o pecado no Baptismo e salvos por Cristo,
dêmos testemunho da sua graça, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que este candidato se disponha a ir ao encontro de Cristo
Salvador, apoiado no amor de Deus e com sentimentos de
contrição, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que, seguindo a Cristo, que tira o pecado do mundo, ele
seja curado e liberto dos seus pecados, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que seja purificado pelo Espírito Santo e por Ele conduzido
à santidade, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que, sepultado com Cristo pelo sacramento do Baptismo,
morra para o pecado e viva sempre para Deus, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que, aproximando-se de Deus seu Pai, produza frutos de
santidade e de caridade, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
158 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Leitor:
Para que o mundo inteiro, pelo qual o Pai entregou o seu amado
Filho, acredite neste mesmo amor, e a ele se converta, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
A seguir a estas preces o candidato, inclinando a cabeça ou ajoelhan-
do, faz, juntamente com a assembleia, a confissão geral, dizendo:
Confesso a Deus todo-poderoso
e a vós, irmãos,
que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras, actos e omissões,
e batendo no peito, dizem:
por minha culpa, minha tão grande culpa.
e continuam:
E peço à Virgem Maria,
aos Anjos e Santos,
e a vós, irmãos,
que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
Segundo as circunstâncias, a confissão geral pode ser omitida.

Oração do exorcismo e unção do catecúmeno

255. O celebrante, omitindo a oração Deus todo-poderoso tenha com-


paixão de nós, conclui, dizendo esta oração:
Deus todo-poderoso,
que enviastes o vosso Filho Unigénito
para dar ao homem, preso na escravidão do pecado,
a liberdade dos vossos filhos,
humildemente imploramos a vossa misericórdia
para este vosso servo,
que depois de ter experimentado
as seduções do mundo e as tentações do demónio,
diante de Vós se confessa pecador.
RITUAL SIMPLIFICADO 159

Pela morte e ressurreição do vosso Filho,


arrancai-o ao poder das trevas,
fortalecei-o com a graça de Cristo
e guardai-o continuamente nos caminhos da sua vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

256. O celebrante continua:


O poder de Cristo Salvador te fortaleça.
Em sinal desse poder te fazemos esta unção,
em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,
que vive e reina por todos os séculos.
Todos:
Amen.
O candidato é ungido com o Óleo dos catecúmenos no peito, ou em
ambas as mãos, ou ainda, se parecer oportuno, noutras partes do
corpo.

Esta unção pode ser omitida a juízo da Conferência Episcopal. Neste


caso, o celebrante diz:
O poder de Cristo Salvador te fortaleça,
Ele que vive e reina por todos os séculos.
Todos:
Amen.
E imediatamente impõe a mão sobre o candidato, sem dizer nada.
160 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

CELEBRAÇÃO DO BAPTISMO

Admonição do celebrante

257. A seguir, o candidato, acompanhado pelo padrinho (madrinha),


aproxima-se da fonte baptismal. O celebrante dirige aos presentes
esta admonição ou outra semelhante:
Irmãos caríssimos: Imploremos a misericórdia de Deus Pai to-
do-poderoso para este seu servo N., que pede o santo Baptismo.
O Senhor o chamou e o trouxe até este momento; o Senhor lhe
dê luz e força para que, de todo o coração, se entregue a Cristo
e professe a fé da Igreja; o Senhor o renove pelo Espírito Santo
que vamos agora invocar sobre esta água.

Bênção da água
Páginas: 50,
Páginas: 50, 80
258. Depois, o80
celebrante, voltando-se para a fonte baptismal, diz esta
bênção:
RITUAL SIMPLIFICADO 161

Páginas: 51, 81
162 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Páginas: 52, 82
RITUAL SIMPLIFICADO 163

O celebrante toca na água com a mão direita e continua:

R.

Quando é recitado:
Senhor nosso Deus:
Pelo vosso poder invisível,
realizais maravilhas nos vossos sacramentos.
Ao longo dos tempos preparastes a água
para manifestar a graça do Baptismo.
Logo no princípio do mundo,
o vosso Espírito pairava sobre as águas,
prefigurando o seu poder de santificar.
Nas águas do dilúvio
destes-nos uma imagem do Baptismo,
sacramento da vida nova,
porque as águas significam ao mesmo tempo
o fim do pecado e o princípio da santidade.
164 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Aos filhos de Abraão


fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho,
para que esse povo, liberto da escravidão,
fosse a imagem do povo santo dos baptizados.
O vosso Filho Jesus Cristo,
ao ser baptizado por João Baptista nas águas do Jordão,
recebeu a unção do Espírito Santo;
suspenso na cruz,
do seu lado aberto fez brotar sangue e água
e, depois de ressuscitado, ordenou aos seus discípulos:
«Ide e ensinai todos os povos
e baptizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».
Olhai agora, Senhor, para a vossa Igreja
e dignai-Vos abrir para ela a fonte do Baptismo.
Receba esta água, pelo Espírito Santo,
a graça do vosso Filho Unigénito,
para que o homem, criado à vossa imagem,
no sacramento do Baptismo seja purificado das velhas impurezas
e ressuscite homem novo pela água e pelo Espírito Santo.
O celebrante toca na água com a mão direita e continua:
Desça sobre esta água, Senhor,
por vosso Filho,
a virtude do Espírito Santo,
para que todos,
sepultados com Cristo na sua morte pelo Baptismo,
com Ele ressuscitem para a vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Outras fórmulas à escolha no n. 389, p. 265.
No tempo pascal, se se dispõe de água baptismal benzida na Vigília
pascal, para que não falte ao Baptismo o elemento de acção de graças
e de súplica, faz-se o louvor e a invocação de Deus sobre a água,
segundo os formulários que se encontram no n. 389, p. 265.
RITUAL SIMPLIFICADO 165

Renunciação

259. Terminada a consagração da fonte baptismal, o celebrante


interroga o candidato:

FORMULÁRIO A
Renuncias a Satanás, a todas as suas obras e a todas as suas
seduções?
Candidato:
Sim, renuncio.

________________________________________________________

Ou
FORMULÁRIO B
Renuncias a Satanás?
Candidato:
Sim, renuncio.
Celebrante:
E a todas as suas obras?
Candidato:
Sim, renuncio.
Celebrante:
E a todas as suas seduções?
Candidato:
Sim, renuncio.
166 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Ou
FORMULÁRIO C
Renuncias ao pecado, para viveres na liberdade dos filhos de
Deus?
Candidato:
Sim, renuncio.
Celebrante:
Renuncias às seduções do mal, para que o pecado não te escra-
vize?
Candidato:
Sim, renuncio.
Celebrante:
Renuncias a Satanás, que é o autor do mal e pai da mentira?
Candidato:
Sim, renuncio.
________________________________________________________

Estes três formulários, se as circunstâncias o exigirem, podem ser


adaptados, de uma forma mais precisa, pelas Conferências Episcopais,
sobretudo onde houver necessidade de o candidato renunciar a cultos
supersticiosos, de adivinhação ou de magia (cf. acima n. 80, p. 50).
RITUAL SIMPLIFICADO 167

Profissão de fé

260. Em seguida, o celebrante interroga o candidato:


N., crês em Deus, Pai todo-poderoso,
criador do céu e da terra?
Candidato:
Sim, creio.

Celebrante:
Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado,
ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?
Candidato:
Sim, creio.

Celebrante:
Crês no Espírito Santo, na santa Igreja católica,
na comunhão dos santos, na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne e na vida eterna?
Candidato:
Sim, creio.
Depois da profissão de fé, faz-se imediatamente a imersão ou a
ablução do candidato.
168 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Rito do Baptismo

261. Se o Baptismo se faz por imersão quer de todo o corpo, quer so-
mente da cabeça, salvaguarde-se o devido pudor e decoro.

O celebrante toca no candidato e baptiza-o, fazendo-lhe, por


três vezes, a imersão total, ou somente da cabeça, e erguendo-o outras
tantas, ao mesmo tempo que invoca uma única vez a Santíssima
Trindade:

N., eu te baptizo em nome do Pai,


faz a primeira imersão

e do Filho,
faz a segunda imersão

e do Espírito Santo.
faz a terceira imersão

Entretanto, o padrinho ou a madrinha ou ambos tocam no baptizando.

Depois do Baptismo, é conveniente que o povo faça uma breve


aclamação (cf. n. 390, p. 275).

262. Se o Baptismo se faz por infusão, o celebrante tira a água


baptismal da fonte e, infundindo-a por três vezes sobre a cabeça do
candidato, que a mantém inclinada, baptiza-o em nome da Santíssima
Trindade:

N., eu te baptizo em nome do Pai,


faz a primeira infusão

e do Filho,
faz a segunda infusão

e do Espírito Santo.
faz a terceira infusão
RITUAL SIMPLIFICADO 169

Entretanto, o padrinho ou a madrinha ou ambos põem a mão direita


sobre o ombro direito do eleito.

Depois do Baptismo, é conveniente que o povo faça uma breve


aclamação (cf. n. 390, p. 275).

RITOS EXPLICATIVOS

___________________________________________________

Unção depois do Baptismo

[263.] Se, por motivos especiais, a celebração da Confirmação vier


a ser separada do Baptismo, o celebrante, depois da imersão ou da
infusão da água, faz a unção com o Crisma, na forma habitual, dizendo
sobre o que foi baptizado:
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que te concedeu o perdão de todos os pecados
e te deu uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo,
agora que fazes parte do seu povo
unge-te com o Crisma da salvação,
para que permaneças, eternamente,
membro de Cristo sacerdote, profeta e rei.
Baptizado:
Amen.
Em seguida, o celebrante, sem dizer nada, unge o baptizado, no alto da
cabeça, com o santo Crisma.
___________________________________________________
170 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Imposição da veste branca

264. O celebrante diz:


N., agora és nova criatura
e estás revestido de Cristo.
Recebe a veste branca,
e apresenta-a, sem mancha,
no tribunal de Nosso Senhor Jesus Cristo,
para viveres eternamente com Ele.
Baptizado:
Amen.
Às palavras do celebrante «Recebe a veste branca», o padrinho (a
madrinha) do neófito reveste-o com a veste branca ou de outra cor
mais de acordo com os costumes do lugar.
Se as circunstâncias assim o aconselharem, este rito pode omitir-se.

Entrega da vela acesa

265. Em seguida, o celebrante toma nas mãos o círio pascal ou


toca-lhe apenas, dizendo:
Padrinho (Madrinha), aproxime-se para entregar a luz ao seu
afilhado, que acaba de receber o Baptismo.
O padrinho (A madrinha) aproxima-se, acende a vela no círio pascal e
entrega-a ao neófito. Em seguida, o celebrante diz:
Agora és luz em Cristo.
Vive sempre como filho (filha) da luz.
Persevera na fé,
para que, quando o Senhor vier,
possas ir ao seu encontro
com todos os Santos, no reino dos céus.
Baptizado:
Amen.
RITUAL SIMPLIFICADO 171

CELEBRAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO

266. Entre a celebração do Baptismo e da Confirmação, se for


oportuno, a assembleia canta um cântico apropriado.

267. Se o Baptismo tiver sido conferido pelo Bispo, convém que seja
também ele a administrar imediatamente a Confirmação.
Na ausência do Bispo, a Confirmação pode ser dada pelo presbí-
tero que conferiu o Baptismo.

268. O celebrante faz uma breve alocução ao neófito, que está de pé,
diante dele, com estas palavras ou outras semelhantes:
N., acabaste de ser baptizado. No Baptismo recebeste uma
vida nova em Cristo e começaste a ser membro de Cristo e do
seu povo sacerdotal. Vais agora receber o Espírito Santo que já
desceu sobre nós, o mesmo Espírito que foi enviado pelo Senhor
sobre os Apóstolos, no dia de Pentecostes e que por eles e pelos
seus sucessores, é dado aos que receberam o Baptismo.
Também tu receberás a força do Espírito Santo que Jesus
prometeu. Essa força torna-te conforme a Cristo, de maneira
mais perfeita. Assim poderás dar testemunho da paixão e
ressurreição do Senhor e ser membro activo da Igreja, para que
o Corpo de Cristo seja edificado na fé e na caridade.
Em seguida, o celebrante, de pé e de mãos juntas, voltado para o povo,
diz:
Oremos, irmãos,
a Deus Pai todo-poderoso,
para que, sobre este novo membro da Igreja,
derrame agora o Espírito Santo,
que o fortaleça com a abundância dos seus dons
e, pela sua unção espiritual,
o torne imagem perfeita de Cristo, Filho de Deus.
Todos oram, em silêncio, durante algum tempo.
172 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

269. Seguidamente, o celebrante impõe as mãos sobre o confirmando


e diz:
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que, pela água e pelo Espírito Santo,
destes uma vida nova a este vosso servo
e o libertastes do pecado,
enviai sobre ele o Espírito Santo Paráclito;
dai-lhe, Senhor,
o espírito de sabedoria e de inteligência,
o espírito de conselho e de fortaleza,
o espírito de ciência e de piedade,
e enchei-o do espírito do vosso temor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
270. Neste momento, o confirmando aproxima-se do celebrante. O
padrinho (ou a madrinha) põe a mão direita sobre o ombro do confir-
mando e diz o nome deste ao celebrante, ou o próprio confirmando diz
espontaneamente o seu nome.
O celebrante humedece o polegar da mão direita no Crisma e
traça o sinal da cruz na fronte do confirmando, dizendo:

N., recebe, por este sinal, o Espírito Santo,


o dom de Deus.
Confirmado:
Amen.
O celebrante acrescenta:
A paz esteja contigo.
Confirmado:
Amen.
RITUAL SIMPLIFICADO 173

CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

271. Omitido o Símbolo, segue-se imediatamente a Oração universal,


na qual o neófito participa pela primeira vez.
O neófito leva as oferendas ao altar.

272. Quando se usa a Oração Eucarística I, faz-se menção do neófito


no Aceitai benignamente, e dos padrinhos no Lembrai-Vos, Senhor
(n. 377, p. 247); quando se usa a Oração Eucarística II, III ou IV,
inserem-se, no lugar próprio, as fórmulas pelo neófito, indicadas no
n. 391, p. 278.

273. É conveniente que o neófito receba a sagrada comunhão sob as


duas espécies, juntamente com o padrinho, madrinha, pais, cônjuge e
catequistas leigos.
Antes da comunhão, isto é, antes de Eis o Cordeiro de Deus, o
celebrante pode dirigir ao neófito uma breve monição sobre o valor de
tão grande mistério, que é o ponto culminante da iniciação e centro de
toda a vida cristã.
________________

274. Em casos excepcionais, como doença, velhice, mudança de resi-


dência, distâncias, etc.:
a) em que o candidato não pôde começar o catecumenado com o
rito próprio ou, uma vez começado, terminá-lo com todos os ritos;
b) e em que, por outro lado, viria a ficar espiritualmente preju-
dicado se, adoptando-se o rito que acabou de descrever-se (Capítulo
II), o candidato ficasse privado dos benefícios de uma preparação mais
longa,
então é muito vantajoso que, com a permissão do Bispo, este
último rito (Capítulo II) seja ampliado com um ou vários elementos do
Ritual completo (Capítulo I).
174 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

275. Este rito, assim ampliado, oferece a possibilidade de algum novo


candidato alcançar outros mais adiantados, fazendo-se oportunamente
os ritos iniciais do Ritual completo (v. g. a entrada em catecumenado,
os exorcismos menores, as bênçãos, etc.), ou também de terminar
sozinho o catecumenado que começou com os outros, mas não pôde
concluir juntamente com eles (v. g. a eleição, o rito da purificação e da
iluminação, os sacramentos propriamente ditos).

276. Podem fazer-se adaptações, que se deixam ao prudente juízo dos


pastores, combinando os dois ritos, o breve e o ampliado, da seguinte
maneira:
1) juntando simplesmente certos elementos, como por exemplo,
os ritos do tempo do catecumenado (nn. 106-132, pp. 68-79), as tradi-
ções (nn. 183-192, pp. 110-117);
2) seleccionando determinada parte e ampliando-a, do rito de
acolhimento (nn. 245-251, pp. 152-155), ou da liturgia da palavra
(nn. 252-256, pp. 156-159). No rito do acolhimento, os nn. 245-247,
pp. 152-153, podem ser ampliados à maneira do rito da admissão do
catecúmeno (nn. 73-97, pp. 46-65); omitindo, se for oportuno, os nn.
246-247, pp. 152-153, os nn. 248-249, p. 154, que se seguem, podem
ser substituídos pelo rito da eleição. Na liturgia da palavra, os nn.
253-255, pp. 156-158, podem ser adaptados a um dos escrutínios (nn.
160-179, pp. 93-108), etc.;
3) utilizando parte deste rito simplificado, em vez de alguns ritos
do Ritual completo; ou, quando se acolhem os chamados «simpatizan-
tes» (cf. Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 12 § 3,
p. 25), juntando o rito da admissão dos catecúmenos (nn. 73-97, pp.
46-65) com o da eleição (nn. 143-151, pp. 82-90).

277. Na utilização deste rito ampliado, haja o cuidado:


1) de fazer ao candidato uma catequese completa;
2) de o rito ser celebrado com a participação activa de uma
assembleia;
3) de, após a recepção dos sacramentos, se facultar ao neófito,
tanto quanto possível, um tempo de mistagogia.
CAPÍTULO III

RITUAL BREVE DA INICIAÇÃO DE UM ADULTO


EM PERIGO PRÓXIMO OU EM ARTIGO DE MORTE

278. Aquele que estiver em perigo próximo de morte, seja ou não


catecúmeno, pode ser baptizado com o rito breve a seguir descrito (nn.
283-294, pp. 176-187), desde que, fora do artigo de morte, possa ouvir
as perguntas e responder-lhes.

279. No caso de se tratar de alguém já admitido ao catecumenado,


deve prometer que, uma vez restabelecido, completará a catequese
normal. Se ainda não é catecúmeno, é necessário que dê sinais sérios
de conversão a Cristo e de renúncia aos cultos gentílicos e que não
esteja impedido por obstáculos de ordem moral (v. g. poligamia
«simultânea», etc.); há-de prometer ainda, que uma vez recuperada a
saúde, seguirá todo o curso da iniciação correspondente ao seu caso.

280. Este rito está organizado tendo sobretudo em vista a sua utiliza-
ção pelos catequistas e leigos.
Poderá também, no entanto, ser usado pelo presbítero e o
diácono, em caso de necessidade urgente; mas habitualmente o
presbítero e o diácono deverão seguir o rito simplificado (nn. 240-273,
pp. 151-173), com as adaptações que as circunstâncias de lugar e de
tempo exigirem.
176 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

O presbítero que baptiza, se tiver à mão o santo Crisma e houver


tempo, não deixe de conferir a Confirmação a seguir ao Baptismo,
omitindo, neste caso, a unção pós-baptismal (n. 263, p. 169).
Do mesmo modo, o presbítero ou o diácono, ou, se o caso o
requerer, também o catequista ou o leigo que tenha a faculdade de
distribuir a comunhão, darão, se for possível, a Eucaristia ao neófito.
Neste caso, o sacramento pode ser levado antes da celebração do rito
e colocado, durante a celebração do mesmo, sobre uma mesa coberta
com uma toalha branca.

281. Em artigo de morte, ou seja, em caso de morte iminente, quando


o tempo urge, o ministro, omitido tudo o mais, derrama água, mesmo
não benzida, mas natural, sobre a cabeça do enfermo, dizendo a
fórmula costumada (cf. Preliminares gerais da iniciação cristã, n. 23,
p. 16).

282. Em relação aos que foram baptizados em perigo ou em artigo


de morte, se recuperarem a saúde, haja o cuidado de fazer com que
sejam devidamente instruídos na catequese, sejam acolhidos na igreja
em tempo oportuno e recebam os outros sacramentos da iniciação.
Neste caso observem-se, com as devidas adaptações, os princípios
estabelecidos nos nn. 295-305, pp. 189-191.

Início do rito

283. O catequista ou o leigo, depois de ter saudado a família, de


maneira afável, em breves palavras, fala com o enfermo sobre o que
ele pediu e, se não é catecúmeno, sobre os motivos da sua conversão;
em seguida, depois de formar um juízo sobre a oportunidade do
Baptismo, faz-lhe uma breve catequese, se for necessário.

284. A seguir convida para junto do enfermo a família, o padrinho (a


madrinha), alguns parentes e amigos, de entre os quais se escolhe uma
ou duas testemunhas. E prepara-se a água, mesmo não benzida.
RITUAL BREVE 177

Diálogo

285. Depois, voltando para junto do enfermo, o ministro interroga-o


de novo com estas palavras ou outras semelhantes:

N., pediste o Baptismo porque desejas possuir a vida eterna


prometida aos cristãos. A vida eterna consiste em conhecer ao
Deus verdadeiro e àquele que Ele enviou, Jesus Cristo. É esta a
fé dos cristãos: sabes isto?
Enfermo:
Sim, sei.

Ministro:
Ao mesmo tempo que tens fé em Jesus Cristo é necessário
também que queiras cumprir os seus mandamentos, como fazem
os cristãos: também sabes isto?
Enfermo:
Sim, sei.

Ministro:
Queres portanto viver a vida própria dos cristãos?
Enfermo:
Sim, quero.

Ministro:
Então, promete que, depois de recuperares a saúde, hás-de
dedicar algum tempo para conheceres melhor a Cristo e para
receberes a formação cristã.
Enfermo:
Sim, prometo.
178 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

286. O ministro, voltando-se então para o padrinho (a madrinha) e as


testemunhas, interroga-os com estas palavras ou outras semelhantes:
O padrinho (A madrinha), ouviu a promessa de N..
Promete, pela sua parte, recordar-lhe esta promessa e ajudá-
-lo a aprender a doutrina de Cristo, a frequentar as reuniões da
comunidade e a ser um bom cristão?
Padrinho:
Sim, prometo.

Ministro:
E vós, que assistis como testemunhas, sois garantes desta pro-
messa?
Testemunhas:
Sim, somos.

287. O ministro, voltando-se de novo para o enfermo, diz:


Então receberás o Baptismo para a vida eterna,
segundo o mandamento do Senhor Jesus.
Conforme o tempo e as circunstâncias, lê alguns passos do Evangelho
que em seguida explicará, se for possível, por exemplo:
Jo 3, 1-6: «Quem não renascer de novo
não pode ver o Reino de Deus».
Jo 6, 44-46: «Quem acredita tem a vida eterna».
Mt 22, 35-40: «Este é o maior e o primeiro mandamento».
Mt 28, 18-20: «Ensinai todas as nações, baptizando-as»
Mc 1, 9-11: «Foi baptizado por João no rio Jordão».
RITUAL BREVE 179

Preces

288. Depois disto, convida os presentes a recitarem com ele as


seguintes preces:

Imploremos, irmãos, a misericórdia de Deus Pai todo-poderoso


para N., que pede a graça do Baptismo, e também para o seu pa-
drinho (a sua madrinha), para toda a sua família e amigos.
O ministro (ou um dos presentes) diz algumas das invocações se-
guintes:

Dignai-Vos, Senhor, aumentar-lhe a fé em Cristo, vosso Filho e


nosso Salvador:
R. Ouvi-nos, Senhor.

Atendei ao seu desejo de possuir a vida eterna e de entrar no


reino dos céus:
R. Ouvi-nos, Senhor.

Realizai a esperança que ele tem de Vos conhecer como criador


do mundo e Pai de todos os homens:
R. Ouvi-nos, Senhor.

Perdoai-lhe, pelo Baptismo, todos os seus pecados e santificai-o:


R. Ouvi-nos, Senhor.

Dai-lhe a salvação que Jesus Cristo mereceu pela sua morte e


ressurreição:
R. Ouvi-nos, Senhor.

Concedei-lhe, por vosso amor, a graça de se tornar vosso filho


adoptivo:
R. Ouvi-nos, Senhor.
180 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Voltai a dar-lhe a saúde e concedei-lhe tempo para melhor


conhecer a Cristo e O imitar:
R. Ouvi-nos, Senhor.

E a todos nós, discípulos de Cristo, que pelo Baptismo


formamos um só Corpo, conservai-nos sempre unidos numa só
fé e numa só caridade:
R. Ouvi-nos, Senhor.

Estas preces podem adaptar-se às diversas circunstâncias.

289. O ministro conclui as preces com esta oração:

Ouvi, Senhor, a nossa oração,


e olhai para a fé e para o desejo de N.,
a quem amais.
Por esta água que escolhestes
para que os homens renasçam para a vida eterna,
fazei que ele seja configurado com Cristo
na paixão e ressurreição,
alcance o perdão de todos os seus pecados,
se torne vosso filho adoptivo
e se venha juntar ao vosso povo santo.
[Concedei-lhe ainda a saúde corporal,
para que Vos possa dar graças no meio da assembleia
e, seguindo fielmente os mandamentos de Cristo,
se torne seu perfeito discípulo].
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
RITUAL BREVE 181

Renunciação e profissão de fé

290. Em seguida, o ministro, voltando-se para o enfermo, pede-lhe


que faça a renunciação e a profissão de fé:

Renuncias a Satanás, a todas as suas obras e a todas as suas


seduções?
Enfermo:
Sim, renuncio.

___________________________________________________

Se for oportuno, o ministro pode usar um dos formulários que se


seguem e ainda a adaptação a que se refere o n. 80, p. 50.

FORMULÁRIO B
Renuncias a Satanás?
Enfermo:
Sim, renuncio.

Ministro:
E a todas as suas obras?
Enfermo:
Sim, renuncio.

Ministro:
E a todas as suas seduções?
Enfermo:
Sim, renuncio.
182 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Ou
FORMULÁRIO C
Renuncias ao pecado, para viveres na liberdade dos filhos de
Deus?
Enfermo:
Sim, renuncio.

Ministro:
Renuncias às seduções do mal, para que o pecado não te
escravize?
Enfermo:
Sim, renuncio.

Ministro:
Renuncias a Satanás, que é o autor do mal e pai da mentira?
Enfermo:
Sim, renuncio.
___________________________________________________

O ministro continua:

Crês em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?


Enfermo:
Sim, creio.
RITUAL BREVE 183

Ministro:
Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado,
ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?
Enfermo:
Sim, creio.

Ministro:
Crês no Espírito Santo, na santa Igreja católica,
na comunhão dos santos, na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne e na vida eterna?
Enfermo:
Sim, creio.

Rito do Baptismo

291. Em seguida, o ministro, chamando o enfermo pelo nome que este


deseja receber, baptiza-o, dizendo:

N., eu te baptizo em nome do Pai,


faz a primeira infusão

e do Filho,
faz a segunda infusão

e do Espírito Santo.
faz a terceira infusão
184 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

___________________________________________________
[291a.] Se o ministro for diácono, depois da infusão da água pode
fazer-se também, no modo e com a fórmula habitual, a unção pós-
-baptismal com o Crisma, dizendo sobre o que foi baptizado:

Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que te concedeu o perdão de todos os pecados
e te deu uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo,
agora que fazes parte do seu povo
unge-te com o Crisma da salvação,
para que permaneças, eternamente,
membro de Cristo sacerdote, profeta e rei.
Baptizado:
Amen.
Em seguida, o diácono, sem dizer nada, unge o baptizado, no alto da
cabeça, com o santo Crisma.

[292.] Se não é possível dar-se a Confirmação nem a Comunhão, o


ministro, imediatamente a seguir ao Baptismo, diz:
N., foste libertado dos teus pecados, recebeste uma vida nova
de Deus Pai e já és filho de Deus em Cristo. Dentro em breve,
se Deus o permitir, receberás a plenitude do Espírito Santo pela
Confirmação e irás até ao altar de Deus para tomares parte no
banquete da Eucaristia. Agora, com o espírito de filho adoptivo,
que hoje recebeste, reza, juntamente connosco, como o Senhor
nos ensinou.
O neófito e todos os presentes dizem, juntamente com o ministro, a
Oração dominical (cf. adiante, n. 294, p. 187).
___________________________________________________
RITUAL BREVE 185

Rito da Confirmação

293. Se o Baptismo tiver sido conferido por um presbítero, este pode


dar a Confirmação (cf. acima n. 280, p. 175), fazendo antes uma
admonição com estas palavras ou outras semelhantes:
N., acabaste de ser baptizado. No Baptismo recebeste uma
vida nova em Cristo e começaste a ser membro de Cristo e
do seu povo sacerdotal. Vais agora receber o Espírito Santo
que já desceu sobre nós, o mesmo Espírito que foi enviado
pelo Senhor sobre os Apóstolos, no dia de Pentecostes e que,
por eles e pelos seus sucessores, é dado aos que receberam o
Baptismo.
Em seguida, se for oportuno, convida os presentes a orar em silêncio
durante algum tempo. Terminada a oração, o presbítero, impondo as
mãos sobre o confirmando, diz:
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que, pela água e pelo Espírito Santo,
destes uma vida nova a este vosso servo
e o libertastes do pecado,
enviai sobre ele o Espírito Santo Paráclito;
dai-lhe, Senhor,
o espírito de sabedoria e de inteligência,
o espírito de conselho e de fortaleza,
o espírito de ciência e de piedade,
e enchei-o do espírito do vosso temor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
186 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Então o presbítero humedece o polegar da mão direita no Crisma e


traça o sinal da cruz na fronte do confirmando, dizendo:

N., recebe, por este sinal, o Espírito Santo,


o dom de Deus.
Confirmado:
Amen.
O presbítero acrescenta:
A paz esteja contigo.
Confirmado:
Amen.
Em caso de necessidade urgente, basta fazer a crismação com as
palavras: Recebe, por este sinal, o Espírito Santo, o dom de Deus,
fazendo antes, se for possível, a imposição das mãos com a oração:
Deus todo-poderoso.

Depois da Confirmação, pode dar-se ao neófito a Comunhão,


segundo o rito que se descreve mais adiante, n. 294, p. 187. De
contrário, a celebração conclui-se com a Oração dominical.
RITUAL BREVE 187

Rito da Comunhão

294. Se, imediatamente depois da Confirmação, ou depois do


Baptismo, quando não houver Confirmação, se dá a sagrada
Comunhão, o ministro pode dizer a admonição seguinte ou outra
semelhante, omitindo as palavras que vão entre parênteses, quando a
Confirmação tiver sido conferida antes:

N., foste libertado dos teus pecados, recebeste uma vida nova
de Deus Pai e já és filho de Deus em Cristo. [Dentro em breve,
se Deus o permitir, receberás a plenitude do Espírito Santo pela
Confirmação]. Agora, antes de receberes o Corpo de Cristo, com
o espírito de filho adoptivo que hoje recebeste, reza, juntamente
connosco, como o Senhor nos ensinou.

O neófito e todos os presentes dizem, juntamente com o ministro:


Pai nosso, que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino;
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação;
mas livrai-nos do mal.

O ministro toma a hóstia e, conservando-a um pouco elevada, voltado


para o neófito, diz:
Felizes os convidados para a Ceia do Senhor.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
188 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

O neófito e os presentes dizem uma só vez:


Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada,
mas dizei uma palavra e serei salvo.
O ministro dá a comunhão ao neófito, dizendo:
O Corpo de Cristo.
O neófito responde:
Amen.
E recebe a Comunhão. As pessoas presentes que queiram comungar,
podem receber o Sacramento.

Terminada a Comunhão, o ministro diz a oração de conclusão:


Senhor, Pai Santo,
Deus eterno e omnipotente,
nós Vos pedimos, cheios de confiança,
que o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo, vosso Filho,
que este nosso irmão recebeu,
seja para ele remédio de vida eterna
para o seu corpo e para a sua alma.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
O enfermo que tenha recebido todos ou alguns dos sacramentos da
iniciação em perigo próximo de morte, se depois vier a recuperar a
saúde, deve completar a catequese normal e os sacramentos ou ritos
que não tenha sido possível celebrar antes (cf. n. 279, p. 175, e nn.
295-305, pp. 189-191).
CAPÍTULO IV

PREPARAÇÃO PARA A CONFIRMAÇÃO


E PARA A EUCARISTIA DOS ADULTOS QUE,
BAPTIZADOS EM CRIANÇA,
NÃO RECEBERAM CATEQUESE

295. As sugestões pastorais que a seguir se apresentam têm em vista


aqueles adultos que, baptizados em criança, não receberam depois
catequese nem, por consequência, foram admitidos à Confirmação e à
Eucaristia. Mas podem adaptar-se a casos semelhantes, sobretudo ao
adulto que tenha sido baptizado em perigo ou em artigo de morte.

Embora estes adultos não tenham ainda ouvido o anúncio do


mistério de Cristo, todavia a sua condição difere da condição dos
catecúmenos, uma vez que já foram introduzidos na Igreja e se
tornaram filhos de Deus pelo Baptismo. A sua conversão fundamenta-
-se, portanto, no Baptismo que já receberam e cuja força de vida eles
devem fazer desabrochar.

296. A preparação destes adultos exige um tempo prolongado pela


mesma razão que a dos catecúmenos (cf. Preliminares particulares
da iniciação dos adultos, n. 19, p. 26), tempo durante o qual a fé,
neles infundida no Baptismo, deve crescer, atingir a maturidade e
imprimir-se neles através da formação pastoral que lhes é dada. A par
disto, importa robustecer neles a vida cristã, mediante uma disciplina
apropriada que lhes há-de ser proposta, a catequese acomodada ao seu
caso, o convívio com a comunidade dos fiéis e a participação em cer-
tos ritos litúrgicos.
190 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

297. A organização da catequese corresponde, a maior parte das


vezes, àquela que se propõe para os catecúmenos (cf. Preliminares
particulares da iniciação dos adultos, n. 19 § 1, p. 27). Mas, ao dar
esta catequese, o sacerdote, o diácono ou o catequista deverá ter em
conta a situação particular destes adultos que já receberam o dom do
Baptismo.

298. Tal como aos catecúmenos, também a estes adultos a comuni-


dade dos fiéis procurará ajudar com a sua caridade fraterna e a sua
oração e dando testemunho da idoneidade deles na altura em que
forem admitidos aos sacramentos (cf. Preliminares particulares da ini-
ciação dos adultos, nn. 4, p. 22; 19 § 2, p. 27; 23, p. 29).

299. Estes adultos são apresentados à comunidade por um garante.


Mas, no decurso da sua formação, cada um deles escolherá, com a
aprovação do sacerdote, um padrinho, que actuará como delegado da
comunidade junto dele e que desempenhará para com ele as mesmas
funções que o padrinho desempenha para com o catecúmeno (cf.
Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 43, p. 35). O
padrinho escolhido neste tempo poderá ser até o que foi padrinho do
Baptismo, contanto que seja realmente capaz de desempenhar a sua
função.

300. O tempo da preparação é santificado por acções litúrgicas, a


primeira das quais é o rito pelo qual os adultos são recebidos na
comunidade e se reconhecem como parte dela, uma vez que já foram
assinalados pelo Baptismo.

301. Depois disso, participarão nas celebrações da liturgia da palavra,


quer naquelas em que se reúne a assembleia dos fiéis, quer nas que se
destinam mais directamente aos catecúmenos.

302. Para significar a acção de Deus nesta preparação, pode ser


oportuno lançar mão de alguns ritos próprios do catecumenado, que
melhor respondam à situação e à necessidade espiritual destes adultos,
como são as tradições do Símbolo, da Oração dominical e até dos
Evangelhos.
PREPARAÇÃO PARA A CONFIRMAÇÃO E EUCARISTIA 191

303. O tempo da catequese deve adaptar-se ao ano litúrgico, sobretu-


do a última parte, que normalmente deverá coincidir com a Quaresma.
Durante este tempo, é oportuno organizar celebrações penitenciais que
conduzirão à celebração do sacramento da Penitência.

304. O vértice de toda a formação será habitualmente a Vigília


pascal, em que os adultos fazem a profissão da fé baptismal,
recebem o sacramento da Confirmação e participam na Eucaristia.
Se a Confirmação não puder ser dada na própria Vigília pascal,
por não estar presente um Bispo ou um ministro extraordinário da
Confirmação, seja conferida quanto antes e até, tanto quanto possível,
no Tempo Pascal.

305. Finalmente, os adultos completam a sua formação cristã e


realizam a plena inserção na comunidade, vivendo, em conjunto com
os neófitos, o tempo da mistagogia.
CAPÍTULO V

RITUAL DA INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS


EM IDADE DE CATEQUESE

306. Este rito destina-se às crianças que, não tendo sido baptizadas
na infância e tendo atingido a idade da discrição e da catequese, se
apresentam para receber a iniciação cristã, trazidas pelos pais ou pelos
responsáveis da educação, ou vindo espontaneamente com a permis-
são daqueles. Já são idóneas, porque podem conceber e alimentar
uma fé própria e, por dever de consciência, aceitar algumas respon-
sabilidades. Todavia, não devem ainda ser tratadas como adultos,
porque, caracterizadas por mentalidade infantil, dependem dos pais ou
de outros responsáveis e são muito influenciáveis pelos companheiros
e pela sociedade.

307. A sua iniciação requer a prévia conversão pessoal, amadurecida


a pouco e pouco, segundo a idade, e o amparo na educação necessário
a esta idade. Depois, deve adaptar-se tanto ao caminhar espiritual dos
candidatos, isto é, ao seu crescimento na fé, como à formação catequé-
tica que vão recebendo. Por isso, como a dos adultos, a iniciação deve
prolongar-se, se for necessário, por vários anos, antes de se aproxima-
rem dos sacramentos, distribuindo-se por diversos degraus e tempos
com seus ritos próprios.

308. O progresso das crianças na formação que recebem depende, por


um lado, do auxílio e exemplo dos companheiros, por outro dos pais;
por isso haverá que ter em conta estes dois factores:
a) Como as crianças que vão fazer a iniciação pertencem muitas
vezes a algum grupo de companheiros há muito baptizados, que se
preparam pela catequese para a Confirmação e a Eucaristia, a sua
iniciação faz-se progressivamente, tendo por base este mesmo grupo
catequético.
194 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

b) É para desejar que estas mesmas crianças, na medida do


possível, encontrem igualmente ajuda e exemplo por parte dos pais,
cuja permissão se requer para fazer a iniciação e para encaminhar
a futura vida cristã das crianças. Além disso, o tempo da iniciação
facultará à família a oportunidade de contactar com os sacerdotes e os
catequistas.

309. Na medida em que as circunstâncias o permitirem, é muito útil


juntar nas mesmas celebrações deste Ritual as crianças que se encon-
trem nas mesmas condições, para que se ajudem umas às outras, com
o exemplo, na caminhada catecumenal.

310. No que se refere ao tempo das celebrações, é para desejar que,


na medida do possível, o último tempo da preparação coincida com o
Tempo da Quaresma e que os sacramentos sejam celebrados na Vigília
pascal (cf. Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 8, p.
23). Mas antes de as crianças serem admitidas aos sacramentos nas
festas pascais, tenha-se em conta se elas estão nas devidas condições e
se o tempo para a celebração desses sacramentos está de acordo com o
grau da instrução catequética que frequentam. Com efeito, procure-se,
tanto quanto possível, que os candidatos se aproximem dos sacra-
mentos da iniciação na mesma altura em que os seus companheiros já
baptizados são admitidos à Confirmação e à Eucaristia.

311. Estas celebrações façam-se com a participação activa de uma


assembleia composta de um número conveniente de fiéis, da qual
façam parte os pais e a família e ainda os companheiros do grupo
catequético e pessoas amigas já adultas. Regra geral, na iniciação
das crianças desta idade, é desejável que não esteja presente toda a
comunidade paroquial: basta que a mesma esteja representada.

312. Tal como está organizado, este Ritual admite as adaptações e


aditamentos que as Conferência Episcopais julgarem oportunas, para
melhor corresponder às necessidades e circunstâncias da região e às
conveniências pastorais. Pode introduzir-se, adaptando-o à idade das
crianças, o rito das «tradições» usado para os adultos (cf. n. 103, p. 67;
n. 125, p. 77; e nn. 181-192, pp. 109-117). Além disso, nas traduções
deste Ritual em língua vernácula, haverá o cuidado de adaptar as
admonições, as preces e as orações à capacidade das crianças. A
Conferência Episcopal pode até, se for oportuno, por exemplo quando
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 195

alguma oração do Ritual Romano é traduzida em língua vernácula,


aprovar outra oração que proponha os mesmos temas de uma forma
mais adaptada às crianças (cf. Preliminares gerais da iniciação cristã,
n. 32, p. 19).

313. Os ministros, ao seguirem este Ritual, usem de bom grado e


com inteligência das faculdades que lhes são atribuídas, quer nos
Preliminares gerais da iniciação cristã (nn. 34 e 35, pp. 19), quer nos
Preliminares particulares do baptismo das crianças (n. 31, p. 38) e da
iniciação dos adultos (n. 67, p. 43).

PRIMEIRO DEGRAU
RITO DA ADMISSÃO DOS CATECÚMENOS

314. Antes de mais, este rito celebra-se perante uma assembleia


reduzida, ainda que activa, para que as crianças não sejam perturbadas
pelo grande número (cf. n. 311, p. 194). Estarão presentes, na
medida do possível, os pais ou os responsáveis dos candidatos. Se
não puderem comparecer, devem manifestar o consentimento dado
às crianças; e em lugar deles estejam presentes os «garantes» (cf.
Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 42, p. 35), isto é,
fiéis idóneos que, para este caso, façam as vezes dos pais e apresentem
as crianças.

315. A celebração faz-se na igreja ou noutro lugar apto para fazer


desta recepção uma experiência íntima segundo a idade e a capacidade
dos candidatos.

A primeira parte ou rito de introdução faz-se, segundo as


circunstâncias, à entrada da igreja ou do lugar acima referido; a
segunda parte ou liturgia da palavra, dentro da igreja ou no lugar
escolhido para o efeito.
196 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

RITO DA RECEPÇÃO

316. O celebrante, revestido das vestes litúrgicas, dirige-se para o


lugar onde estão reunidas as crianças e os pais ou os responsáveis ou
ainda, se for o caso, os garantes, e saúda-os e a toda a assembleia de
maneira simples e afável.

Admonição prévia

317. Depois, dirige-se aos candidatos e aos seus pais, para lhes mani-
festar a alegria e o contentamento da Igreja. Em seguida, convida-os,
bem como aos garantes, se for o caso, a que se aproximem.

Diálogo com as crianças

318. Depois, o celebrante interroga cada uma das crianças, se não


forem em grande número, com estas palavras ou outras semelhantes:

N., queres ser cristão (cristã)?


Criança:
Sim, quero.

Celebrante:
E porque queres ser cristão (cristã)?
Criança:
Porque creio em Cristo.

Celebrante:
Para que te serve a fé em Cristo?
Criança:
Para alcançar a vida eterna.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 197

O celebrante também pode usar outras palavras para fazer as


perguntas e deixar ao candidato a liberdade de responder por outra
forma: Quero fazer a vontade de Deus, Quero seguir a palavra de
Deus, Quero ser baptizado, Quero ter fé, Quero ser amigo de Jesus,
Quero entrar na família dos cristãos, etc..
Se as crianças forem em grande número, o celebrante pode fazer as
perguntas a todas ao mesmo tempo, levar algumas delas a responder e
depois perguntar às outras se estão de acordo.

319. Em seguida, o celebrante conclui o diálogo com uma breve


catequese adaptada às circunstâncias e à idade das crianças, por estas
palavras ou outras semelhantes:

Meus meninos: Vós já acreditais em Cristo e quereis preparar-


-vos para o Baptismo. É com grande alegria que vos recebemos
na família dos cristãos; nela haveis de conhecer a Cristo cada
vez melhor. Agora ireis procurar viver connosco à maneira dos
filhos de Deus, como Cristo nos ensinou, quando disse estas
palavras: Amarás a Deus com todo o teu coração. Amai-vos uns
aos outros como Eu vos amei.

Estas últimas palavras de Cristo, se for oportuno, podem ser repetidas


pelas crianças, para mostrarem o seu consentimento.

Celebrante:
Quereis amar muito a Deus?
Crianças:
Sim, nós queremos amar a Deus com todo o nosso coração.

Celebrante:
Quereis amar-vos muito uns aos outros?
Crianças:
Sim, nós queremos amar-nos uns aos outros como Cristo nos
amou.
198 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Diálogo com os pais e com a assembleia

320. Em seguida, o celebrante dirige-se de novo às crianças e diz-lhes


que peçam o consentimento dos pais ou dos garantes que as apresen-
tam. Pode fazê-lo com estas palavras ou outras semelhantes:

N. e N., deveis pedir agora o consentimento dos vossos pais. Ide


junto deles e pedi-lhes que se aproximem juntamente convosco.
As crianças vão junto dos pais ou dos garantes e trazem-nos até junto
do celebrante. Este continua:
Caríssimos amigos: Os vossos filhos (Estas crianças) N. e N.,
desejam preparar-se para o Baptismo. E vós dais-lhes o vosso
consentimento?
Pais:
Sim, damos.

Celebrante:
Estais dispostos a ajudá-los (a ajudá-las) nesta preparação para o
Baptismo?
Pais:
Sim, estamos.

321. Em seguida, o celebrante interroga as outras pessoas presentes,


com estas palavras ou outras semelhantes:
Estas crianças precisam de ser ajudadas pela nossa fé e amizade
para continuarem o caminho que hoje começam. Pergunto-vos
pois, a vós, que sois seus amigos e companheiros: estais dispos-
tos a ajudá-las neste seu caminhar para o Baptismo?
Todos:
Sim, estamos.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 199

Signação

322. Depois, o celebrante, voltando-se para as crianças, diz:


N. e N., Cristo chamou-vos para serdes seus amigos. Haveis
de vos lembrar sempre d’Ele e ser-Lhe fiéis em tudo. Para que
assim aconteça, vou assinalar-vos com o sinal da cruz de Cristo,
que é o sinal dos cristãos. Este sinal, daqui por diante, há-de
fazer que vos lembreis de Cristo e do seu amor.
E logo o celebrante, passando por diante das crianças, traça o sinal da
cruz sobre a fronte de cada uma, sem nada dizer.
Se for oportuno (cf. n. 323), convida os pais e catequistas a fazerem
igualmente, em silêncio, o sinal da cruz na fronte das crianças:

E vós, pais e catequistas (N. e N.), como sois de Cristo, assinalai


também estas crianças com o sinal de Cristo.

___________________________________________________
[323.] Se parecer conveniente, pode juntar-se a signação de outras
partes do corpo, sobretudo nas crianças um pouco mais adiantadas
em idade. Estas signações são feitas só pelo sacerdote, que diz as
palavras e faz a signação.
O celebrante diz na signação dos ouvidos:
Recebe o sinal da cruz nos ouvidos,
para ouvires as palavras de Cristo.
Cada signação pode concluir-se, se for oportuno, com uma aclamação
de louvor a Cristo (cf. n. 86, p. 57), por exemplo:

Todos:
200 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Na signação dos olhos:


Recebe o sinal da cruz nos olhos,
para veres as obras de Cristo.
Todos:

Na signação da boca:
Recebe o sinal da cruz nos lábios,
para falares como Cristo falou.
Todos:

Na signação do peito:
Recebe o sinal da cruz no peito,
para acolheres Cristo, pela fé, no teu coração.
Todos:
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 201

Na signação dos ombros:


Recebe o sinal da cruz nos ombros,
para teres a força de Cristo.
Todos:

Na signação do corpo todo:

Criança:
202 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Quando é recitado:
Sobre ti eu faço o sinal da cruz de Cristo,
em nome do Pai, e do Filho, e do @ Espírito Santo,
para viveres com Jesus agora e para sempre.
Criança:
Amen.

[323a.] Se for oportuno, esta signação dos sentidos poderá ser feita
pelos pais (ou ainda pelos garantes), ou pelos catequistas; as palavras,
porém, são ditas só pelo sacerdote, no plural, como acima, no n. 85, p.
54.

Na signação dos ouvidos:


Recebei o sinal da cruz nos ouvidos,
para ouvirdes as palavras de Cristo.
Cada signação pode concluir-se, se for oportuno, com uma aclamação
de louvor a Cristo (cf. n. 86, p. 57), por exemplo:

Todos:

Na signação dos olhos:


Recebei o sinal da cruz nos olhos,
para verdes as obras de Cristo.
Todos:
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 203

Na signação da boca:
Recebei o sinal da cruz nos lábios,
para falardes como Cristo falou.
Todos:

Na signação do peito:
Recebei o sinal da cruz no peito,
para acolherdes Cristo, pela fé, no vosso coração.
Todos:

Na signação dos ombros:


Recebei o sinal da cruz nos ombros,
para terdes a força de Cristo.
Todos:
204 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Depois o celebrante faz, sozinho, a signação sobre todas as crianças ao


mesmo tempo, sem as tocar, mas traçando o sinal da cruz sobre elas,
enquanto diz:

Crianças:

Quando é recitado:
Sobre todos vós eu faço o sinal da cruz de Cristo,
em nome do Pai, e do Filho, e do @ Espírito Santo,
para viverdes com Jesus agora e para sempre.
Crianças:
Amen.
___________________________________________________
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 205

Introdução na igreja

324. Em seguida, o celebrante convida os catecúmenos a aproxima-


rem-se, com estas palavras ou outras semelhantes:

Agora podeis ocupar um lugar na assembleia dos cristãos.


Vinde, pois, para ouvir o Senhor que nos fala e para Lhe fazer
oração, juntamente connosco.
Após estas palavras, as crianças entram na assembleia e ocupam os
seus lugares ou junto dos pais (garantes), ou junto dos companheiros,
de modo que todos vejam que elas agora fazem parte da assembleia.

Entretanto canta-se o Salmo 94 (95) ou 121 (122), ou outro cântico


apropriado.

LITURGIA DA PALAVRA

325. Traz-se o livro das Sagradas Escrituras e coloca-se com todo


o respeito no lugar próprio. O celebrante, em breves palavras, pode
explicar a dignidade da palavra de Deus, proclamada e escutada na
assembleia cristã, e começa-se imediatamente uma breve liturgia da
palavra.

Leituras e homilia

326. Escolhem-se leituras, adaptadas quer à capacidade dos catecú-


menos, quer ao adiantamento da catequese que tanto eles como os
companheiros já receberam, por exemplo:
Gen 12, 1-4a: Vocação de Abraão.
Salmo 32 (33), 4-5. 12-13. 18-19. 20 e 22
Jo 1, 35-42 (ou 35-39): «Eis o Cordeiro de Deus.
Encontrámos o Messias».
206 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Ou ainda:
Ez 36, 25-28: O coração novo e o regresso à terra.
Ef 4, 1-6a: Vocação a seguir: uma só fé, um só baptismo.
Gal 5, 13-17. 22-23a. 24-25: Um só mandamento e um só Espírito.

Mc 12, 28c-31: O primeiro mandamento.


Lc 8, 4-9. 11-15: A parábola do semeador.
Lc 19, 1-10: Zaqueu.
Jo 6, 44-47: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai não o trouxer».
Jo 13, 34-35: O mandamento novo.
Jo 15, 9-11 ou 12-17: «Amai-vos uns aos outros».
Outras leituras, salmos responsoriais e versículos antes do Evangelho,
n. 388, p. 260.
Depois das leituras, o celebrante faz uma breve homilia, para ilustrar o
que foi lido.

327. Recomenda-se um tempo de silêncio, durante o qual todas as


crianças, a convite do celebrante, rezam no seu coração. Segue-se um
cântico apropriado.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 207

Entrega dos Evangelhos

328. Durante o cântico ou imediatamente depois, conforme for mais


oportuno, entrega-se o livro dos Evangelhos às crianças, após uma
rápida preparação feita numa admonição adequada ou numa homilia
breve.

Preces

329. Depois fazem-se as preces seguintes, com estas palavras ou


outras semelhantes:

Celebrante:
Oremos por estas crianças, que são vossos filhos, companheiros
e amigos, e que se aproximam agora de Deus.

Leitor:
Para que o Senhor aumente cada vez mais nestas crianças o
desejo de viverem como Jesus viveu, oremos, irmãos.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que elas, vivendo na Igreja, aí encontrem a felicidade,
oremos, irmãos.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que o Senhor lhes conceda a força e a perseverança nesta
preparação para o Baptismo, oremos, irmãos.
R. Ouvi-nos, Senhor.
208 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Leitor:
Para que Deus, no seu amor, afaste delas a tentação do medo e
do desânimo, oremos, irmãos.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que o Senhor lhes conceda a alegria de receberem o
Baptismo, a Confirmação e a Eucaristia, oremos, irmãos.
R. Ouvi-nos, Senhor.

O celebrante conclui com esta oração:


Senhor nosso Deus,
que fizestes nascer nestas crianças
a vontade de serem cristãos perfeitos,
fazei-as caminhar para Vós com perseverança,
e dai-nos a graça
de ver atendidos os seus desejos e a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
No fim canta-se um cântico.

Se depois se celebrar a Eucaristia, despedem-se primeiro os catecú-


menos.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 209

SEGUNDO DEGRAU
ESCRUTÍNIOS OU RITOS PENITENCIAIS

330. Os ritos penitenciais aqui descritos e que devem considerar-se


como dos tempos mais importantes do catecumenado das crianças,
aproximam-se do género dos escrutínios do Ritual da iniciação cristã
dos adultos (nn. 152-180, pp. 91-108). Por isso, como têm finalidade
semelhante, podem seguir-se e adaptar-se as normas estabelecidas para
os escrutínios (Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 25
§ 1, p. 29, e nn. 154-159, pp. 91-92).

331. Como habitualmente os escrutínios fazem parte do último tempo


da preparação para o Baptismo, os ritos penitenciais requerem nas
crianças a fé e as disposições próximas daquelas que são requeridas
para o Baptismo.

332. Estes ritos, em que, juntamente com os catecúmenos, participam


os padrinhos (as madrinhas) e os companheiros do grupo da catequese,
estão adaptados a todos os participantes, de maneira que podem servir
de celebrações penitenciais até para aqueles que não são catecúmenos.
Na verdade, nesta celebração, podem ser admitidas pela primeira
vez ao sacramento da Penitência algumas crianças já baptizadas
há bastante tempo e inscritas no grupo da catequese. Neste caso,
haja o cuidado de introduzir na celebração, e no momento próprio,
admonições, intenções de oração e gestos que tenham em conta estas
crianças.

333. Os ritos penitenciais celebram-se na Quaresma, se os catecúme-


nos houverem de ser iniciados nas solenidades pascais; de contrário,
celebram-se noutro tempo mais oportuno. Celebre-se, pelos menos,
um rito. Se não for incómodo, junte-se um outro. Os formulários
deste serão idênticos aos do primeiro. Mas nas preces e na oração do
exorcismo usem-se os textos dos n. 164, p. 96, n. 171, p. 102, e n. 178,
p. 106, devidamente adaptados.
210 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Introdução ao rito
334. Reunidos os membros da assembleia, o celebrante acolhe-os
e, em breves palavras, explica a significação que o rito vai ter para
cada um dos presentes, isto é, para as crianças catecúmenas, para os
baptizados, principalmente para aqueles que, neste dia, se aproximam
pela primeira vez do sacramento da Penitência, para os pais e amigos,
para os catequistas e sacerdotes, etc.. Todos estes ouvirão o feliz
anúncio do perdão dos seus pecados e proclamarão a misericórdia de
Deus Pai.
Pode cantar-se um cântico apropriado para exprimir a fé e a
alegria que vêm da misericórdia de Deus Pai.

335. O celebrante conclui com esta oração:


Oremos.
Deus de bondade,
que no perdão revelais a vossa misericórdia
e, ao santificar-nos, manifestais a vossa glória,
purificai-nos, a nós penitentes, de todos os pecados
e fazei voltar à vida da graça os nossos corações.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
________________________________________________________
Ou
Concedei-nos, Senhor,
o dom do perdão e da paz,
para que, limpos dos nossos pecados,
Vos sirvamos na tranquilidade de coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
________________________________________________________
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 211

Leituras e homilia

336. Podem fazer-se uma ou várias leituras, por exemplo:


Ez 36, 25-28: O coração novo e o espírito novo.
Is 1, 16-18: A purificação dos pecados.
1 Jo 1, 8; 2, 2: Jesus Cristo, nosso Salvador.
Mc 1, 1-5. 14-15: «Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
Mc 2, 1-12: A cura do paralítico.
Lc 15, 1-7: A ovelha perdida e encontrada.
Podem também usar-se as leituras habitualmente atribuídas aos
escrutínios:
Jo 4, 5-15.19b-26.39a.40-42: A mulher samaritana.
Jo 9, 1. 6-9. 13-17. 34-39: A cura do cego de nascença.
Jo 11, 3-7. 17. 20-27. 33b-45: A ressurreição de Lázaro.
Se houver duas ou mais leituras, intercalam-se salmos ou cânticos (n.
388, p. 260).

Depois das leituras, o celebrante faz uma breve homilia, para explicar
o texto sagrado.

Preces

337. Dentro da própria homilia ou a seguir a ela, o celebrante proporá


aos presentes em algumas palavras, intercaladas com momentos de
silêncio, motivos que os disponham à penitência e à renovação do
espírito.

Se entre os presentes houver crianças já baptizadas, inscritas


na catequese, o celebrante dirige-se igualmente a elas e convida-as a
expressarem, por algum sinal, a sua fé em Cristo Salvador e a dor dos
próprios pecados.
212 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

338. Depois de algum tempo de silêncio, em que todos se preparam


para a contrição, o celebrante convida a assembleia a orar:

Oremos por N. e N., que se preparam para os sacramentos da


iniciação cristã; por N. e N., que vão receber pela primeira vez
o perdão de Deus no sacramento da Penitência; e por nós todos,
que imploramos a misericórdia de Cristo.

Leitor:
Para que nos apresentemos diante do Senhor Jesus com senti-
mentos de gratidão e de fé, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que reconheçamos com sinceridade as nossas fraquezas e
os nossos pecados, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que, na simplicidade dos filhos de Deus, confessemos a
nossa fragilidade e as nossas faltas, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que nos aproximemos de Jesus Cristo com dor sincera dos
nossos pecados, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Leitor:
Para que a misericórdia de Deus nos livre dos males presentes e
nos guarde dos males futuros, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 213

Leitor:
Para que aprendamos, no amor do nosso Pai do céu, a com-
preender todos os pecados dos homens, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Conforme as circunstâncias, podem utilizar-se para a admonição do


celebrante e para as intenções, com as devidas adaptações, os formulá-
rios dos n. 378, p. 249, n. 382, p. 253, e n. 386, p. 257.

Exorcismo

339. Em seguida, o celebrante, com as mãos estendidas sobre as


crianças, diz a seguinte oração:
Oremos.
Pai de misericórdia,
que entregastes o vosso muito amado Filho,
para que o homem, escravo do pecado,
possa encontrar a liberdade dos filhos de Deus,
olhai com bondade para estes vossos servos,
que já sofreram as tentações
e agora reconhecem as suas culpas.
Concedei-lhes o que de Vós esperam:
fazei-os passar das trevas para a vossa luz,
purificai-os de seus pecados
e guardai-os, na paz e na alegria,
ao longo de toda a sua vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Outra forma de exorcismo, n. 392, p. 279.
214 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Unção dos catecúmenos ou imposição da mão

340. O celebrante continua, dizendo:

O poder de Cristo Salvador vos fortaleça.


Em sinal desse poder vos fazemos esta unção,
em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,
que vive e reina por todos os séculos.
Crianças:
Amen.

Cada um dos catecúmenos é ungido com o Óleo dos catecúmenos no


peito, ou em ambas as mãos, ou ainda, se parecer oportuno, noutras
partes do corpo.

Esta unção pode ser omitida, a juízo da Conferência Episcopal, ou


ser diferida para o dia da celebração do Baptismo (cf. n. 218, p. 140).
Neste caso o celebrante, dirigindo-se a todos os catecú-menos, diz:

O poder de Cristo Salvador vos fortaleça,


Ele que vive e reina por todos os séculos.
Crianças:
Amen.

E logo o celebrante impõe a mão sobre cada um dos catecúmenos,


sem dizer nada.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 215

Despedida dos catecúmenos

341. Imediatamente a seguir, o celebrante despede os catecúmenos


com estas palavras ou outras semelhantes:

N. e N., o Senhor Jesus mostrou-vos hoje, no meio de nós, a sua


misericórdia. Agora ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Crianças:

Ou então manda as crianças para os seus lugares, sem saírem da


igreja. Neste caso, o celebrante diz:

N. e N., o Senhor Jesus mostrou-vos hoje, no meio de nós, a sua


misericórdia. Agora ide para os vossos lugares e continuai a
orar juntamente connosco.

342. Prossegue então a liturgia penitencial, directamente orientada


para as crianças já baptizadas. Depois da admonição do celebrante, as
crianças que vão receber pela primeira vez o sacramento da Penitên-
cia, fazem, uma por uma, a confissão; e em seguida, as restantes.
Depois de um cântico ou uma oração de acção de graças, todos
se retiram.
216 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

TERCEIRO DEGRAU
CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO

343. Para sublinhar o carácter pascal do Baptismo, aconselha-se que


este sacramento seja celebrado na Vigília pascal ou num domingo,
em que a Igreja comemora a ressurreição do Senhor (cf. Preliminares
particulares do baptismo das crianças, n. 9, p. 30), tendo em conta o
que se diz no n. 310, p. 194.

344. O Baptismo celebra-se dentro da Missa na qual os neófitos


participam pela primeira vez na Eucaristia. Juntamente com o
Baptismo, é conferida a Confirmação, pelo Bispo ou pelo presbítero
que administra o Baptismo.

345. Se o Baptismo é celebrado fora da Vigília pascal ou do dia de


Páscoa, a Missa será ou a do dia, ou a Missa Ritual da iniciação cristã.
As leituras escolhem-se de entre as que se propõem no n. 388, p. 260;
podem também utilizar-se as leituras do domingo ou da festa.

346. Cada uma das crianças catecúmenas será acompanhada por um


padrinho (ou uma madrinha), escolhido por ela e aceite pelo sacerdote
(cf. Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 43, p. 35).

CELEBRAÇÃO DO BAPTISMO

347. Reunidas as crianças catecúmenas com os pais (ou os tutores) e


os padrinhos (ou as madrinhas), os companheiros e amigos e os outros
fiéis, começa a Missa, e faz-se a liturgia da palavra com as leituras
acima indicadas.
A seguir faz-se a homilia.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 217

Admonição do celebrante

348. Depois da homilia, os catecúmenos aproximam-se da fonte


baptismal, acompanhados pelos pais e pelos padrinhos. O celebrante
dirige-se à família, aos companheiros presentes e a todos os fiéis,
fazendo esta admonição ou outra semelhante:
Irmãos caríssimos: Invoquemos com humildade a graça de
Deus, Pai todo-poderoso, para estes seus servos N. e N., que
pedem o Baptismo, com o consentimento de seus pais, para que
sejam contados entre os filhos adoptivos de Deus, em Cristo.

Bênção da água
Páginas: 50, 80
349. Depois, o celebrante, voltando-se para a fonte baptismal, diz esta
bênção:
218 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Páginas: 51, 81
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 219

Páginas: 52, 82
Páginas: 52, 82

O celebrante toca na água com a mão direita e continua:


220 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

R.

Quando é recitado:
Senhor nosso Deus:
Pelo vosso poder invisível,
realizais maravilhas nos vossos sacramentos.
Ao longo dos tempos preparastes a água
para manifestar a graça do Baptismo.
Logo no princípio do mundo,
o vosso Espírito pairava sobre as águas,
prefigurando o seu poder de santificar.
Nas águas do dilúvio
destes-nos uma imagem do Baptismo,
sacramento da vida nova,
porque as águas significam ao mesmo tempo
o fim do pecado e o princípio da santidade.
Aos filhos de Abraão
fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho,
para que esse povo, liberto da escravidão,
fosse a imagem do povo santo dos baptizados.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 221

O vosso Filho Jesus Cristo,


ao ser baptizado por João Baptista nas águas do Jordão,
recebeu a unção do Espírito Santo;
suspenso na cruz,
do seu lado aberto fez brotar sangue e água
e, depois de ressuscitado, ordenou aos seus discípulos:
«Ide e ensinai todos os povos
e baptizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».
Olhai agora, Senhor, para a vossa Igreja
e dignai-Vos abrir para ela a fonte do Baptismo.
Receba esta água, pelo Espírito Santo,
a graça do vosso Filho Unigénito,
para que o homem, criado à vossa imagem,
no sacramento do Baptismo seja purificado das velhas impurezas
e ressuscite homem novo pela água e pelo Espírito Santo.
O celebrante toca na água com a mão direita e continua:
Desça sobre esta água, Senhor,
por vosso Filho,
a virtude do Espírito Santo,
para que todos,
sepultados com Cristo na sua morte pelo Baptismo,
com Ele ressuscitem para a vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
Outras fórmulas à escolha no n. 389, p. 265.

350. No Tempo Pascal, se se dispõe de água baptismal benzida na


Vigília pascal, para que não falte ao Baptismo o elemento de acção
de graças e de súplica, faz-se o louvor e a invocação de Deus sobre a
água, segundo os formulários que se encontram no n. 389, p. 265.
222 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Profissão de fé

___________________________________________________

Profissão de fé da comunidade

351. Em seguida, antes das crianças catecúmenas fazerem a renun-


ciação e a profissão de fé, o celebrante pode, se as circunstâncias o
aconselharem, convidar os pais e os padrinhos e todos os presentes a
fazerem a profissão de fé:

Estas crianças aqui presentes (N. e N.) prepararam-se durante


muito tempo para o Baptismo e vão ser agora baptizadas, vão
receber, pela graça de Deus, uma vida nova e assim tornar-se
cristãs.

De hoje em diante, devemos ajudá-las e ampará-las mais ainda


do que até aqui. Mais do que ninguém, vós, os pais, que destes
o consentimento para que os vossos filhos fossem baptizados,
sereis os primeiros a cuidar da sua educação cristã. E todos
nós continuaremos igualmente a dar a nossa ajuda, nós que os
preparámos para hoje se apresentarem diante de Cristo, que vem
ao seu encontro.

Por isso, antes destas crianças fazerem diante de nós a sua


profissão de fé, vamos nós também, com toda a convicção,
renovar, diante delas, a profissão da nossa fé, que é a fé da
Igreja.

Depois, juntamente com o celebrante, todos dizem:


Creio em Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra;

e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,


que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 223

nasceu da Virgem Maria;


padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus;
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo;


na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna.
Amen.
Se for conveniente, pode usar-se também o Símbolo Niceno-Constan-
tinopolitano:

Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,


Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
224 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

De novo há-de vir em sua glória,


para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,


e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.


Professo um só baptismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há-de vir.
Amen.
___________________________________________________

Profissão de fé das crianças catecúmenas

352. O celebrante, voltando-se para as crianças catecúmenas, fala-lhes


brevemente com estas palavras ou outras semelhantes:

Meus meninos (N. e N.), pedistes o Baptismo e fizestes a vossa


preparação para ele durante muito tempo.

Os vossos pais estiveram de acordo com o vosso desejo; fostes


ajudados pelos catequistas, pelos companheiros e pelos amigos.
E hoje todos prometem dar-vos o exemplo da sua fé e ajudar-vos
como vossos irmãos.

Agora, N. e N., antes de receberdes o Baptismo, renunciai a


Satanás e fazei a profissão da vossa fé diante da Igreja.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 225

Renunciação

353. O celebrante interroga todos os catecúmenos:

FORMULÁRIO A

Renunciais a Satanás, a todas as suas obras e a todas as suas


seduções?
Crianças:
Sim, renuncio.

___________________________________________________
Ou
FORMULÁRIO B

Renunciais ao pecado, para viverdes na liberdade dos filhos de


Deus?
Crianças:
Sim, renuncio.
Celebrante:
Renunciais às seduções do mal, para que o pecado não vos
escravize?
Crianças:
Sim, renuncio.
Celebrante:
Renunciais a Satanás, que é o autor do mal e pai da mentira?
Crianças:
Sim, renuncio.
___________________________________________________
226 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Unção com o Óleo dos catecúmenos

354. Se a Conferência Episcopal mantiver a unção com o Óleo dos


catecúmenos e esta não tiver sido feita antes, o celebrante diz:
O poder de Cristo Salvador vos fortaleça.
Em sinal desse poder vos fazemos esta unção,
em nome do mesmo Cristo nosso Senhor,
que vive e reina por todos os séculos.
Crianças:
Amen.
As crianças são ungidas, uma por uma, com o Óleo dos catecúmenos
no peito, ou em ambas as mãos, ou ainda, se parecer oportuno, noutras
partes do corpo.
Se os eleitos forem muito numerosos, pode recorrer-se a vários
ministros.

Profissão de fé
355. Em seguida, o celebrante, depois de lhe ser recordado, se for
necessário, pelo padrinho (ou pela madrinha) o nome de cada um dos
baptizandos, interroga cada um deles:
N., crês em Deus, Pai todo-poderoso,
criador do céu e da terra?
Criança:
Sim, creio.
Celebrante:
Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado,
ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?
Criança:
Sim, creio.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 227

Celebrante:
Crês no Espírito Santo, na santa Igreja católica,
na comunhão dos santos, na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne e na vida eterna?
Criança:
Sim, creio.
Depois da sua profissão de fé, faz-se imediatamente a cada um a
ablução ou a imersão.

Rito do Baptismo

356. O celebrante tira a água baptismal da fonte e, derramando-a por


três vezes sobre a cabeça do eleito que a mantém inclinada, baptiza-o
em nome da Santíssima Trindade:

N., eu te baptizo em nome do Pai,


faz a primeira infusão

e do Filho,
faz a segunda infusão

e do Espírito Santo.
faz a terceira infusão

Entretanto, o padrinho ou a madrinha ou ambos põem a mão direita


sobre o ombro direito do baptizando.
Se o Baptismo se faz por imersão, o celebrante baptiza a criança
fazendo-lhe a imersão total ou somente da cabeça, na água, por três
vezes, e erguendo-a outras tantas, enquanto diz as mesmas palavras.
Salvaguarde-se o devido pudor e decoro.
Depois do Baptismo de cada um, é conveniente que o povo faça uma
breve aclamação (cf. n. 390, p. 275).
228 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

357. Se os neófitos receberem imediatamente a Confirmação, omite-se


a unção com o Crisma depois do Baptismo (n. 358, p. 228) e seguem-
-se imediatamente os restantes ritos explicativos (nn. 359 e 360, pp.
229).

RITOS EXPLICATIVOS

___________________________________________________

Unção depois do Baptismo

[358.] Se, por motivos especiais, a celebração da Confirmação vier a


ser separada do Baptismo, o celebrante, depois da ablução com a água,
faz a unção com o Crisma, dizendo ao mesmo tempo, sobre todos os
baptizados:
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que vos concedeu o perdão de todos os pecados
e vos deu uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo,
agora que fazeis parte do seu povo
unge-vos com o Crisma da salvação,
para que permaneçais, eternamente,
membros de Cristo sacerdote, profeta e rei.
Baptizados:
Amen.
Em seguida, o celebrante, sem dizer nada, unge cada uma das crianças,
no alto da cabeça, com o santo Crisma.

Se os baptizados forem muito numerosos e estiverem presentes vários


sacerdotes ou diáconos, cada um deles pode ungir com o Crisma
alguns dos baptizados.
___________________________________________________
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 229

Imposição da veste branca


359. O celebrante diz:
N. e N., agora sois nova criatura
e estais revestidos de Cristo.
Recebei a veste branca,
e apresentai-a, sem mancha,
no tribunal de Nosso Senhor Jesus Cristo,
para viverdes eternamente com Ele.
Baptizados:
Amen.
Às palavras do celebrante «Recebei a veste branca», os padrinhos (ou
as madrinhas) dos neófitos revestem-nos com a veste branca ou de
outra cor mais de acordo com os costumes do lugar.
Se as circunstâncias assim o aconselharem, este rito pode omitir-se.

Entrega da vela acesa


360. Em seguida, o celebrante toma nas mãos o círio pascal ou toca-
-lhe apenas, dizendo:
Padrinhos e Madrinhas, aproximai-vos para entregar a luz aos
vossos afilhados, que acabam de receber o Baptismo.
Os padrinhos e as madrinhas aproximam-se, acendem a vela no círio
pascal e entregam-na ao neófito. Em seguida, o celebrante diz:
Agora sois luz em Cristo.
Vivei sempre como filhos da luz.
Perseverai na fé,
para que, quando o Senhor vier,
possais ir ao seu encontro
com todos os Santos, no reino dos céus.
Baptizados:
Amen.
230 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

CELEBRAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO

361. Entre a celebração do Baptismo e da Confirmação, se for


oportuno, a assembleia canta um cântico apropriado.

362. A celebração da Confirmação pode fazer-se quer no presbi-


tério, quer no próprio baptistério, conforme as circunstâncias o
aconselharem.
Se o Baptismo tiver sido conferido pelo Bispo, convém que
seja também ele a administrar imediatamente a Confirmação.
Na ausência do Bispo, a Confirmação pode ser dada pelo
presbítero que conferiu o Baptismo.
Quando os confirmandos forem muito numerosos, podem
associar-se ao ministro da Confirmação, para administrar o
sacramento, presbíteros que possam ser designados para este múnus
(cf. Preliminares particulares da iniciação dos adultos, n. 46, p. 36).

363. O celebrante faz uma breve alocução aos confirmandos, com es-
tas palavras ou outras semelhantes:

Caríssimos amigos: Acabastes de ser baptizados. No Baptismo


recebestes uma vida nova em Cristo e começastes a ser
membros de Cristo e do seu povo sacerdotal. Ides agora receber
o Espírito Santo que já desceu sobre nós, o mesmo Espírito
que foi enviado pelo Senhor sobre os Apóstolos, no dia de
Pentecostes, e que por eles e pelos seus sucessores é dado aos
que receberam o Baptismo.
Também vós recebereis a força do Espírito Santo que Jesus
prometeu. Essa força torna-vos conformes a Cristo, de maneira
mais perfeita. Assim podereis dar testemunho da paixão e
ressurreição do Senhor e ser membros activos da Igreja, para
que o Corpo de Cristo seja edificado na fé e na caridade.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 231

Em seguida, o celebrante (tendo junto de si os presbíteros que se lhe


associam), de pé e de mãos juntas, voltado para o povo, diz:

Oremos, irmãos,
a Deus Pai todo-poderoso,
para que, sobre estes novos membros da Igreja,
derrame agora o Espírito Santo,
que os fortaleça com a abundância dos seus dons
e, pela sua unção espiritual,
os torne imagem perfeita de Cristo, Filho de Deus.
Todos oram, em silêncio, durante algum tempo.

364. Seguidamente, o celebrante (e os presbíteros que se lhe


associam) impõem as mãos sobre todos os confirmandos. Entretanto
o celebrante, sozinho, diz:

Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que, pela água e pelo Espírito Santo,
destes uma vida nova a estes vossos servos
e os libertastes do pecado,
enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito;
dai-lhes, Senhor,
o espírito de sabedoria e de inteligência,
o espírito de conselho e de fortaleza,
o espírito de ciência e de piedade,
e enchei-os do espírito do vosso temor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
232 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

365. Neste momento, um ministro apresenta ao celebrante o santo


Crisma.
Os confirmandos aproximam-se um por um do celebrante; ou,
se parecer oportuno, o próprio celebrante se aproxima de cada um dos
confirmandos. O padrinho (ou a madrinha) põe a mão direita sobre o
ombro do confirmando e diz o nome deste ao celebrante, ou o próprio
confirmando diz espontaneamente o seu nome.
O celebrante humedece o polegar da mão direita no Crisma e
traça o sinal da cruz na fronte do confirmando, dizendo:

N., recebe, por este sinal, o Espírito Santo,


o dom de Deus.
Confirmado:
Amen.

O celebrante acrescenta:
A paz esteja contigo.
Confirmado:
Amen.

Se alguns presbíteros se associam ao celebrante na administração


do sacramento, as âmbulas do santo Crisma são-lhes entregues pelo
Bispo, se estiver presente.

Os confirmandos aproximam-se do celebrante ou dos presbíteros; ou,


se parecer oportuno, o próprio celebrante e os presbíteros se aproxi-
mam dos confirmandos, que são ungidos pela forma acima descrita.
INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS 233

CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

366. Omitido o Símbolo, segue-se imediatamente a Oração universal,


na qual os neófitos participam pela primeira vez.
Entre as pessoas que levam as oferendas ao altar, estarão alguns
neófitos.

367. Quando se usa a Oração Eucarística I, faz-se menção dos neófitos


no Aceitai benignamente, e dos padrinhos no Lembrai-Vos, Senhor (n.
377, p. 247); quando se usa a Oração Eucarística II, III ou IV, inserem-
-se, no lugar próprio, as fórmulas pelos neófitos, indicadas no n. 391,
p. 278.

368. Os neófitos podem receber a sagrada comunhão sob as duas


espécies, juntamente com os pais, os padrinhos, as madrinhas e os
catequistas leigos.
Antes da comunhão, isto é, antes de Eis o Cordeiro de Deus, o
celebrante pode dirigir aos neófitos uma breve monição sobre o valor
de tão grande mistério, que é o ponto culminante da iniciação e centro
de toda a vida cristã. Terá igualmente em conta aqueles que, já bapti-
zados há muito tempo, se aproximam, pela primeira vez, da mesa da
divina comunhão.

TEMPO DA MISTAGOGIA

369. Para ajudar as crianças recém-baptizadas, organize-se um tempo


conveniente de «mistagogia», para o qual será bom adaptar as normas
referentes aos adultos (nn. 235-239, p. 149).
CAPÍTULO VI

TEXTOS VÁRIOS
PARA A CELEBRAÇÃO DA INICIAÇÃO
CRISTÃ DOS ADULTOS

NO RITO DA ADMISSÃO DOS CATECÚMENOS

370. (Cf. n. 76, p. 49): Fórmula de admonição antes da primeira


adesão do candidato que entra no catecumenado.

Celebrante:
Deus criou o mundo e criou os homens; é d’Ele que todo o
ser vivo recebe movimento. Ele comunica a sua luz à nossa
inteligência para O podermos conhecer e adorar, e enviou Jesus
Cristo, como sua testemunha fiel, para nos revelar o mistério que
envolve as coisas do céu e da terra. Vós já começastes a sentir a
alegria desta vinda de Cristo; e agora é chegado o momento de
escutardes a sua palavra para poderdes, juntamente connosco,
começar a conhecer a Deus, a amar o vosso próximo e assim
alcançardes a vida eterna.
Dizei-me então: estais decididos a viver deste modo com o
auxílio de Deus?
Candidatos:
Sim, estou.
236 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Celebrante:
N. e N., a vida eterna consiste em conhecer ao Deus verdadeiro e
àquele que Ele enviou, Jesus Cristo. Jesus Cristo, ressuscitando
dos mortos, foi constituído por Deus Príncipe da vida e Senhor
de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
Portanto, se é vosso desejo tornar-vos discípulos de Cristo e
membros da Igreja, deveis receber toda a verdade que Ele nos
revelou, para aprender a sentir como Jesus Cristo e a conformar
a vossa vida com os ensinamentos do Evangelho; assim amareis
ao Senhor Deus e ao vosso próximo, como Cristo nos mandou e
mostrou com o seu exemplo.
E agora dizei-me: cada um de vós está de acordo com tudo o que
vos apresentámos?
Candidatos:
Sim, estou.

371. (Cf. n. 80, p. 50). Outra fórmula de renunciação aos cultos


gentílicos.

Celebrante:
Caríssimos amigos, é vosso grande desejo adorar o Deus
verdadeiro que vos chamou e vos trouxe até aqui, e servi-l’O
só a Ele e a seu Filho Jesus Cristo. Por isso, agora, na presença
de toda a comunidade, renunciai aos ritos e às formas de culto
pelos quais não se adora o Deus verdadeiro. Não volteis a servir
outros senhores, abandonando o Deus verdadeiro e o seu Filho
Jesus Cristo.
TEXTOS VÁRIOS 237

Candidatos:
Não queremos servir a outros senhores,
mas só ao Deus verdadeiro.
Celebrante:
Não abandoneis Jesus Cristo, Senhor dos vivos e dos mortos,
que tem poder sobre todos os espíritos e todos os demónios,
para prestar outra vez culto a N. (aqui faz-se menção dos deuses
adorados com os falsos ritos, por exemplo «feitiços»).
Candidatos:
Não O abandonaremos.

Celebrante:
Não abandoneis Jesus Cristo, o único que pode proteger os
homens, para ir procurar (ou: para usar, utilizar) N. (aqui
nomeiam-se as coisas usadas como superstição, por exemplo os
amuletos).
Candidatos:
Não O abandonaremos.

Celebrante:
Não abandoneis Jesus Cristo, o único que é a verdade, para
seguir outra vez os feiticeiros, os magos e os adivinhos.
Candidatos:
Não O abandonaremos.
Este formulário pode ser adaptado conforme se julgar oportuno.
238 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

372. (Cf. n. 92, p. 61). Leituras bíblicas e salmos para o rito da


admissão dos catecúmenos.

Leituras bíblicas
Gen 12, 1-4a:
«Deixa a tua terra e vai para a terra que Eu te indicar».
Jo 1, 35-42:
«Eis o Cordeiro de Deus. Encontrámos o Messias».
Podem ainda escolher-se outros textos adequados.

Salmo responsorial
Sl 32 (33), 4-5. 12-13. 18-19. 20 e 22
Refrão Feliz o povo que o Senhor escolheu
para sua herança.
Ou Dai-nos a vossa misericórdia,
de Vós a esperamos, Senhor.

373. (Cf. nn. 113-118, pp. 69-73). Outras orações de exorcismo.

1
Oremos.
Senhor Jesus Cristo,
amigo e redentor dos homens,
em cujo nome está a salvação,
e diante de quem se há-de dobrar todo o joelho
no céu, na terra e nos abismos,
atendei as súplicas que Vos dirigimos por estes vossos servos,
que Vos adoram como Deus verdadeiro:
TEXTOS VÁRIOS 239

iluminai os seus corações com a vossa luz,


afastai deles toda a tentação e inveja do inimigo,
curai-os de seus pecados e enfermidades,
fazei que em tudo busquem a vossa vontade na prática do bem
e sigam com perseverança o vosso Evangelho,
para se tornarem digna morada do Espírito Santo.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

2
Oremos.
Senhor Jesus Cristo,
que, enviado pelo Pai e ungido pelo Espírito Santo,
quisestes, na Sinagoga, cumprir a palavra do profeta,
anunciando a libertação aos cativos
e o ano da graça de Deus,
nós Vos suplicamos por estes vossos servos,
que para Vós dirigem os seus ouvidos e o seu coração:
concedei-lhes o tempo favorável da graça,
para que não vivam dominados pela angústia
nem entregues aos desejos da carne,
para que não desesperem das vossas promessas
nem se entreguem ao espírito que lhes rouba a confiança.
Acreditando somente em Vós,
a quem o Pai tudo submeteu
e a quem constituiu Senhor de todos os homens,
sejam submissos ao Espírito de fé e de graça,
para que, conservando a esperança da sua vocação,
alcancem a dignidade de povo sacerdotal
e sejam inundados da alegria da nova Jerusalém.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
240 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

3
Oremos.
Senhor Jesus Cristo,
que depois de acalmar a tempestade
e de libertar os possessos do demónio,
chamastes a Vós o publicano Mateus,
para que ficasse como exemplo da vossa misericórdia
e pudesse lembrar aos séculos futuros
o vosso mandamento de ensinar todas as gentes,
nós Vos pedimos por estes vossos servos
que se confessam pecadores:
não deixeis que o inimigo exerça sobre eles o seu poder,
mas fazei-lhes sentir a vossa misericórdia;
curai-lhes as feridas do pecado,
dai-lhes a paz do coração,
tornai-os felizes com a vida nova do Evangelho
e dai-lhes a graça
de seguirem com alegria o vosso chamamento.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

4
Oremos.
Deus de infinita sabedoria,
que chamastes o apóstolo Paulo
para levar aos pagãos o Evangelho do vosso Filho,
nós Vos rogamos por estes vossos servos
que pedem o santo Baptismo:
concedei-lhes, que imitando o apóstolo dos gentios,
não se deixem dominar pela voz da carne e do sangue,
mas se entreguem plenamente ao poder da vossa graça;
perscrutai os seus corações e purificai-os,
para que, libertados de todo o engano,
esquecendo o que fica para trás
e caminhando voltados para o futuro,
TEXTOS VÁRIOS 241

considerem tudo sem valor


em comparação com o conhecimento de Cristo, vosso Filho,
e O possam alcançar como sua única riqueza,
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
5
Oremos.
Senhor nosso Deus,
criador e redentor do vosso povo santo,
que trouxestes até Vós estes catecúmenos
com maravilhosas provas de amor,
lançai hoje sobre eles o vosso olhar
e purificai os seus corações.
Completai neles os vossos misteriosos desígnios,
para que, seguindo a Cristo de coração sincero,
mereçam receber a água da salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

374. (Cf. nn. 121-124, pp. 74-76). Outras orações de bênção dos
catecúmenos.

1
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que habitais nas alturas e olhais para os humildes,
e enviastes o vosso Filho Jesus Cristo
nosso Senhor e nosso Deus
para salvar o género humano,
olhai para estes catecúmenos, vossos servos,
que se inclinam com humildade diante de Vós.
242 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Tornai-os dignos do Baptismo que os fará nascer de novo,


lhes dará a remissão dos pecados
e os revestirá da vida imortal.
Incorporai-os na vossa Igreja santa, católica e apostólica
para glorificarem connosco o vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
2
Oremos.
Senhor, Deus do universo,
que pelo vosso Filho Unigénito vencestes Satanás
e, quebrando as suas cadeias,
libertastes os homens cativos,
nós Vos damos graças
por estes catecúmenos a quem chamastes.
Confirmai-os na fé,
para que Vos reconheçam como único Deus verdadeiro
e àquele a quem enviastes, Jesus Cristo.
Conservai-os puros de coração
e fazei-os progredir na virtude,
para que se tornem dignos do Baptismo
que os fará nascer de novo,
e dos santos mistérios da Eucaristia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
3
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que quereis salvar todos os homens
e levá-los ao conhecimento da verdade,
concedei o dom da fé a estes catecúmenos
TEXTOS VÁRIOS 243

que se preparam para o Baptismo


e incorporai-nos na vossa Igreja santa
para merecerem alcançar o dom da imortalidade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

4
Oremos.
Senhor Deus omnipotente,
Pai do nosso Salvador Jesus Cristo,
voltai o vosso olhar de clemência para estes vossos servos:
afastai do seu espírito todos os restos da idolatria,
gravai no seu coração a vossa lei e os vossos preceitos,
conduzi-os ao pleno conhecimento da verdade
e preparai-os pelo Baptismo, fonte da vida nova,
para se tornarem templos do Espírito Santo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

5
Oremos.
Olhai, Senhor,
para estes vossos servos
que crêem no vosso santo nome
e se inclinam diante de Vós.
Ajudai-os na prática do bem e despertai o seu coração
para que, recordando as vossas obras e os vossos mandamentos,
corram alegres para tudo o que de Vós procede.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
244 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

374 bis. (Cf. n. 141, p. 82). Textos para a Missa ritual da eleição ou
inscrição do nome.

Antífona de entrada Salmo 104 (105), 3-4


Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
Oração colecta
Deus de misericórdia,
que em todo o tempo realizais a salvação dos homens
e agora alegrais o vosso povo com graças mais abundantes,
olhai benignamente para estes vossos eleitos
e fortalecei, com o auxílio da vossa protecção,
os que se preparam para o renascimento do Baptismo
e aqueles que já o receberam.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
Oração sobre as oblatas
Deus eterno e omnipotente,
que fazeis renascer para a vida eterna
os que no sacramento do Baptismo
proclamam a fé no vosso nome,
recebei as ofertas e orações dos vossos servos,
para que se confirme a esperança dos que em Vós confiam
e sejam perdoados todos os seus pecados.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
Antífona da Comunhão Ef 1, 7
Jesus Cristo resgatou-nos com o seu Sangue
e concedeu-nos o perdão dos nossos pecados,
segundo a riqueza da sua graça.
TEXTOS VÁRIOS 245

Oração depois da Comunhão


Por este sacramento que recebemos, Senhor,
purificai-nos de toda a culpa,
para que, livres da opressão do pecado,
nos alegremos com a plenitude da graça celeste.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
Também pode ser utilizada a Missa da sexta-feira da semana IV da
Quaresma (Missal Romano, p. 205).

375. (Cf. n. 148, p. 87). Outro formulário de preces para depois da


eleição.
Para que os nossos eleitos encontrem a alegria na oração
quotidiana:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que, na oração frequente, vivam cada vez mais unidos a
Vós:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que sintam gosto na leitura e na meditação da vossa
palavra:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que reconheçam, com humildade, os seus defeitos, e se
esforcem por emendar-se deles:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que façam do seu trabalho quotidiano uma oferta agradável
aos vossos olhos:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
246 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Para que em todos os dias da Quaresma, Vos ofereçam alguma


boa obra:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que tenham a força e a coragem de se abster de todo o pe-
cado que lhes possa manchar o coração:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que se habituem a amar e a guardar a virtude e a santidade
de vida:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que renunciem ao amor próprio e pensem mais nos outros
do que em si:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que Vos digneis guardar e abençoar as suas famílias:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.
Para que repartam com os outros a alegria que lhes vem da fé:
R. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.

376. (Cf. n. 160, p. 93). Leituras para o I escrutínio.

I Leitura Ex 17, 3-7


«Dá-nos água para bebermos»

Salmo responsorial Sl 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9


Refrão: Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações.
Ou: Hoje, se escutardes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações.
TEXTOS VÁRIOS 247

II Leitura Rom 5, 1-2. 5-8


«O amor de Deus foi derramado
em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi concedido»
Aclamação antes do Evangelho cf. Jo 4, 42.15
Senhor, Vós sois o Salvador do mundo:
dai-nos a água viva, para não termos sede.

Evangelho Forma longa Jo 4, 5-42


Forma breve Jo 4, 5-15.19b-26. 39a. 40-42
«Fonte da água que jorra para a vida eterna»

377. (Cf. n. 160, p. 93). Textos para a Missa em que se celebra o I


escrutínio.

Oração colecta
Concedei, Senhor, a estes eleitos
a graça de chegarem digna e conscientemente
à profissão de fé no vosso nome,
para que a sua primitiva dignidade,
perdida pelo pecado original,
seja renovada pelo poder da vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
Oração sobre as oblatas
A vossa misericórdia, Senhor, prepare os vossos servos,
para que possam receber dignamente os divinos mistérios
e se dediquem de todo o coração ao vosso serviço.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
248 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

NO CÂNONE ROMANO
Comemoração dos vivos
Lembrai-Vos, Senhor, dos vossos servos e servas N. e N.
(diz-se o nome dos padrinhos e madrinhas)
que vão receber os vossos eleitos
para os conduzir à graça do Baptismo,
e de todos os que estão aqui presentes
cuja fé e dedicação ao vosso serviço bem conheceis.
Por eles nós Vos oferecemos
e também eles Vos oferecem este sacrifício de louvor
por si e por todos os seus,
pela redenção das suas almas,
para a salvação e segurança que esperam,
ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.
«Hanc igitur» próprio
Aceitai benignamente, Senhor,
a oblação que nós Vos apresentamos
pelos vossos servos e servas
que chamastes, escolhestes e destinastes à vida eterna
e ao dom admirável da vossa graça.
Antífona da Comunhão cf. Jo 4, 13-14
Quem beber da água que Eu lhe der, diz o Senhor,
terá em seu coração a fonte da vida eterna.
Oração depois da Comunhão
Confirmai, Senhor, com a vossa presença
os frutos da redenção
e preparai estes eleitos
para os sacramentos da vida eterna
em que vão ser iniciados.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
TEXTOS VÁRIOS 249

378. (Cf. n. 163, p. 94). Outro formulário de preces para o I


escrutínio.

Para que estes nossos eleitos, à imitação da Samaritana, exami-


nem diante de Cristo a sua vida e confessem os seus pecados,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que não se deixem vencer pela falta de confiança, que
afasta os homens do caminho de Cristo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que vivam na expectativa do dom de Deus e desejem, de
todo o coração, a água viva que jorra para a vida eterna, oremos
ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que aceitem o Filho de Deus como seu mestre e se tornem
verdadeiros adoradores de Deus Pai em espírito e verdade,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que, depois de terem experimentado o admirável encontro
com Cristo, levem aos amigos e àqueles com quem convivem, o
feliz anúncio do Evangelho, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que todos os povos do mundo e os que não conhecem a
palavra de Deus possam vir a escutar o Evangelho de Cristo,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que todos nós sejamos ensinados por Cristo, amemos a
vontade do Pai e a realizemos em nossa vida, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
250 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

379. (Cf. n. 164, p. 96). Outros formulários de exorcismo para o I


escrutínio.
1
Oremos.
Senhor nosso Deus,
Pai de infinita misericórdia,
que por vosso Filho tivestes compaixão da Samaritana
e movido pela vossa solicitude paterna
oferecestes a salvação a todos os pecadores,
olhai com amor para estes eleitos,
que desejam, por meio dos sacramentos,
receber a graça de filhos adoptivos.
Libertai-os da escravidão do pecado
e do pesado jugo de Satanás,
para receberem o jugo suave de Jesus.
Protegei-os em todos os perigos
para que, servindo-Vos fielmente em paz e alegria,
possam também dar-Vos graças para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

Estendendo as mãos sobre os eleitos, continua:


Senhor Jesus Cristo,
que por admirável desígnio da vossa misericórdia,
convertestes a mulher pecadora
para que pudesse adorar o Pai em espírito e verdade
libertai agora, com o vosso poder, dos enganos de Satanás,
estes eleitos que se vão aproximando da fonte da água viva.
Convertei os seus corações,
pelo poder do Espírito Santo,
para que possam conhecer o Pai
naquela fé sincera que se torna operante pela caridade.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
TEXTOS VÁRIOS 251

380. (Cf. n. 167, p. 99). Leituras para o II escrutínio.

I Leitura 1 Sam 16, 1b. 6-7. 10-13a


«David é ungido rei de Israel»
Também pode escolher-se Ex 13, 21-22

Salmo responsorial Sl 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6


Refrão O Senhor é meu pastor,
nada me faltará.

II Leitura Ef 5, 8-14
«Desperta e levanta-te do meio dos mortos,
e Cristo brilhará sobre ti»

Aclamação antes do Evangelho Jo 8, 12


Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor:
quem Me segue terá a luz da vida.

Evangelho Forma longa Jo 9, 1-41


Forma breve Jo 9, 1.6-9.13-17.34-38
«Eu fui, lavei-me e comecei a ver»

381. (Cf. n. 167, p. 99). Textos para a Missa em que se celebra o II


escrutínio.

Oração colecta
Deus eterno e omnipotente,
aumentai a alegria espiritual da santa Igreja
e fazei que estes catecúmenos,
nascidos à imagem do homem terreno,
renasçam pelo Baptismo à imagem do homem celeste.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
252 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Oração sobre as oblatas


Ao apresentarmos com alegria estes dons de vida eterna,
humildemente Vos pedimos, Senhor,
a graça de os venerar com verdadeira fé
e de os oferecer dignamente pela salvação dos eleitos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
NO CÂNONE ROMANO

Comemoração dos vivos


Lembrai-Vos, Senhor, dos vossos servos e servas N. e N.
(diz-se o nome dos padrinhos e madrinhas)
que vão receber os vossos eleitos
para os conduzir à graça do Baptismo,
e de todos os que estão aqui presentes
cuja fé e dedicação ao vosso serviço bem conheceis.
Por eles nós Vos oferecemos
e também eles Vos oferecem este sacrifício de louvor
por si e por todos os seus,
pela redenção das suas almas,
para a salvação e segurança que esperam,
ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.
«Hanc igitur» próprio
Aceitai benignamente, Senhor,
a oblação que nós Vos apresentamos
pelos vossos servos e servas
que chamastes, escolhestes e destinastes à vida eterna
e ao dom admirável da vossa graça.

Antífona da Comunhão cf. Jo 9, 11


O Senhor ungiu os meus olhos.
Eu fui lavar-me, comecei a ver e acreditei em Deus.
TEXTOS VÁRIOS 253

Oração depois da Comunhão


Fortalecei, Senhor, a vossa família,
conduzi-a pelo caminho da verdade,
tornai-a dócil aos mandamentos celestes
e protegei-a com a vossa bondade,
para que alcance a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

382. (Cf. n. 170, p. 100). Outro formulário de preces para o II


escrutínio.
Para que Deus dissipe as trevas do coração destes nossos eleitos
e os ilumine, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que, em sua bondade, os conduza até Cristo, luz do mundo,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que os nossos eleitos abram o seu coração e confessem que
Deus é autor da luz e testemunha da verdade, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que, curados por Ele, sejam salvos da incredulidade deste
mundo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que, salvos por Cristo, que tira o pecado do mundo, sejam
libertados do contágio e da escravidão desse pecado, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
254 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Para que, iluminados pelo Espírito Santo, professem corajosa-


mente o Evangelho da salvação e o anunciem aos outros, oremos
ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que todos nós, com o exemplo da nossa vida, sejamos luz
do mundo em Cristo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que todos os habitantes da terra conheçam o verdadeiro
Deus, criador de todas as coisas, que aos homens dá o Espírito e
a vida, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

383. (Cf. n. 171, p. 102) Outros formulários de exorcismo para o II


escrutínio.
Oremos.
Senhor nosso Deus,
luz sem ocaso e fonte da luz,
que pela morte e ressurreição de Cristo
dissipastes as trevas da mentira e do ódio
e enviastes sobre a família humana
a luz da verdade e do amor,
concedei a estes vossos eleitos,
que chamastes para serem vossos filhos adoptivos,
a graça de passarem das trevas para a vossa claridade;
libertai-os de todo o poder do príncipe das trevas
e fazei que permaneçam para sempre filhos da luz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
TEXTOS VÁRIOS 255

Estendendo as mãos sobre os eleitos, continua:


Senhor Jesus,
que depois de baptizado
recebestes do céu, que sobre Vós se abria, o Espírito Santo,
para n’Ele anunciardes a Boa Nova aos pobres
e restituirdes a vista aos cegos,
enviai este mesmo Espírito
sobre aqueles que desejam receber os vossos sacramentos.
Livrai-os de todo o contágio do erro,
da dúvida e da incredulidade,
e conduzi-os pelo caminho da fé,
para que, de olhos curados e erguidos para Vós,
Vos possam finalmente contemplar.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

384. (Cf. n. 174, p. 104) Leituras para o III escrutínio.


I Leitura Ez 37, 12-14
«Infundirei em vós o meu espírito e revivereis»
Salmo responsorial Sl 129 (130),1-2.3-4ab.4c-6.7-8
Refrão: No Senhor está a misericórdia
e abundante redenção.
Ou: Junto do Senhor a misericórdia,
junto do Senhor a abundância da redenção.
II Leitura Rom 8, 8-11
«O Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita
em vós»
Aclamação antes do Evangelho Jo 11, 25a. 26
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.
Quem acredita em Mim nunca morrerá.
Evangelho Forma longa Jo 11, 1-45
Forma breve Jo 11, 3-7.17.20-27.33b-45
«Eu sou a ressurreição e a vida»
256 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

385. (Cf. n. 174, p. 104). Textos para a Missa em que se celebra o


III escrutínio.

Oração colecta
Concedei, Senhor, que estes eleitos,
instruídos nos santos mistérios,
sejam renovados na fonte baptismal
e acolhidos entre os membros da vossa Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
Oração sobre as oblatas
Ouvi-nos, Deus omnipotente,
e, pela virtude deste sacrifício,
purificai os vossos servos
a quem destes as primícias da fé cristã.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
NO CÂNONE ROMANO

Comemoração dos vivos


Lembrai-Vos, Senhor, dos vossos servos e servas N. e N.
(diz-se o nome dos padrinhos e madrinhas)
que vão receber os vossos eleitos
para os conduzir à graça do Baptismo,
e de todos os que estão aqui presentes
cuja fé e dedicação ao vosso serviço bem conheceis.
Por eles nós Vos oferecemos
e também eles Vos oferecem este sacrifício de louvor
por si e por todos os seus,
pela redenção das suas almas,
para a salvação e segurança que esperam,
ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.
TEXTOS VÁRIOS 257

«Hanc igitur» próprio


Aceitai benignamente, Senhor,
a oblação que nós Vos apresentamos
pelos vossos servos e servas
que chamastes, escolhestes e destinastes à vida eterna
e ao dom admirável da vossa graça.
Antífona da Comunhão Jo 11, 26
Aquele que vive e crê em Mim
não morrerá para sempre, diz o Senhor.
Oração depois da Comunhão
Olhai benignamente, Senhor,
para o povo reunido na vossa presença
e fazei que, liberto de toda a perturbação
e obedecendo com todo o coração aos vossos mandamentos,
persevere na oração pelos que vão renascer para a vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

386. (Cf. n. 177, p. 105). Outro formulário de preces para o III


escrutínio.

Para que estes eleitos alcancem o dom da fé, que os leve a


confessar que Jesus Cristo é a ressurreição e a vida, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que, livres do pecado, produzam frutos de santidade para a
vida eterna, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
258 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Para que, libertos dos laços do pecado pela penitência, se tornem


semelhantes a Cristo pelo Baptismo e, mortos para o pecado,
vivam sempre para Deus, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que, cheios de esperança no Espírito que dá a vida, se
disponham com ardor para receber a vida nova, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que, pelo alimento da Eucaristia, que dentro em breve hão-
-de saborear, se unam ao próprio autor da vida e da ressurreição,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que todos nós, vivendo uma vida nova, manifestemos ao
mundo o poder da ressurreição de Cristo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Para que todos os habitantes da terra encontrem a Cristo e n’Ele
reconheçam as promessas da vida eterna, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
TEXTOS VÁRIOS 259

387. (Cf. n. 178, p. 106). Outros formulários de exorcismo para o


III escrutínio.

Oremos.
Pai santo, fonte de toda a vida,
que manifestais a vossa glória no homem vivo,
e na ressurreição dos mortos revelais a vossa omnipotência,
libertai do poder da morte estes eleitos
que, pelo Baptismo,
desejam chegar até à vida.
Libertai-os da escravidão do demónio,
que pelo pecado trouxe a morte
e procura corromper o mundo que Vós criastes bom.
Submetei-os ao poder do vosso amado Filho,
para que d’Ele recebam a força da ressurreição
e dêem testemunho da vossa glória
diante de todos os homens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

Estendendo as mãos sobre os eleitos, continua:


Senhor Jesus Cristo,
que fizestes sair Lázaro, vivo, do túmulo,
e que, pela vossa ressurreição,
libertastes da morte todos os homens,
humildemente Vos pedimos por estes vossos servos
que anseiam por chegar à água do renascimento espiritual
e à Ceia do pão da vida.
Não permitais que sejam dominados pelo poder da morte,
aqueles que, pela sua fé,
hão-de ter parte na vitória da vossa ressurreição.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.
260 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

N A C E L E B R A Ç Ã O D O BAPTISM O

388. (Cf. n. 253, p. 156 e n. 345, p. 216). Leituras para a iniciação


cristã fora da Vigília pascal.

LEITURAS DO ANTIGO TESTAMENTO

1. Gen 15, 1-6. 18a: «Assim será a tua descendência.


Aos teus descendentes darei esta terra».
2. Gen 17, 1-8: «Estabelecerei a minha aliança contigo,
e com a tua descendência depois de ti, de geração em geração:
será uma aliança eterna».
3. Gen 35, 1-4. 6-7a: «Fazei desaparecer os deuses estrangeiros
que estão no meio de vós».
4. Deut 30, 15-20: «Escolhe a vida, a fim de que possas viver
tu e a tua descendência».
5. Jos 24, 1-2a. 15-17. 18b-25a: «Queremos servir o Senhor,
porque Ele é o nosso Deus».
6. 2 Reis 5, 9-15a: «Naamã desceu ao Jordão
e aí mergulhou sete vezes e ficou purificado».
7. Is 44, 1-3: «Derramarei o meu espírito sobre a tua raça».
8. Jer 31, 31-34: «Hei-de imprimir a minha lei
no íntimo da sua alma».
9. Ez 36, 24-28: «Derramarei sobre vós água pura
e ficareis limpos de todas as imundícies».

Ou as leituras do Antigo Testamento propostas para a Vigília


pascal.
TEXTOS VÁRIOS 261

LEITURAS DO NOVO TESTAMENTO

1. Act 2, 14a. 36-40a. 41-42: «Peça cada um de vós o Baptismo


em nome de Jesus Cristo».
2. Act 8, 26-38: «Ali está água: que me impede de ser baptizado?»
3. Rom 6, 3-11 (Forma longa)
ou Rom 6, 3-4. 8-11 (Forma breve): «Fomos sepultados com
Ele pelo Baptismo na sua morte; vivamos uma vida nova».
4. Rom 8, 28-32. 35. 37-39: «Quem poderá separar-nos
do amor de Cristo?»
5. 1 Cor 12, 12-13: «Fomos baptizados num só Espírito».
6. Gal 3, 26-28: «Todos vós, que fostes baptizados em Cristo,
fostes revestidos de Cristo».
7. Ef 1, 3-10. 13-14: «Ele nos predestinou
para sermos seus filhos adoptivos, por Jesus Cristo».
8. Ef 4, 1-6: «Há um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo».
9. Col 3, 9b-17: «Como eleitos de Deus,
passastes a ser o homem novo».
10. Tit 3, 4-7: «Ele salvou-nos, pelo baptismo da regeneração
e renovação do Espírito Santo».
11. Hebr 10, 22-25: «Com os corações purificados
da má consciência e o corpo banhado na água pura».
12. 1 Ped 2, 4-5. 9-10: «Vós sois geração eleita, sacerdócio real».
13. Ap 19, 1. 5-9a: «Felizes os convidados para o banquete
das núpcias do Cordeiro».
262 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

SALMOS RESPONSORIAIS

1. Sl 8, 4-5. 5-6. 8-9


Refrão: Como sois grande em toda a terra,
Senhor, nosso Deus!
Ou (Ef 5, 14): Desperta, tu que dormes;
levanta-te do meio dos mortos
e Cristo brilhará sobre ti.
2. Sl 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará.
Ou (1 Ped 2, 25): Vós éreis como ovelhas desgarradas,
mas agora voltastes para o pastor das vossas almas.
3. Sl 26 (29), 1. 4. 8b-9abc. 13-14
Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação.
Ou (Ef 5, 14): Desperta, tu que dormes;
levanta-te do meio dos mortos
e Cristo brilhará sobre ti.
4. Sl 31 (32), 1-2. 5. 11
Refrão: Ditoso o homem a quem foi perdoada a culpa
e absolvido o seu pecado.
Ou Exultai, ó justos, e alegrai-vos no Senhor.
5. Sl 33 (34), 2-3. 6-7. 8-9. 14-15. 16-17. 18-19
Refrão: Voltai-vos para o Senhor e sereis iluminados.
6. Sl 41 (42), 2-3; Sl 42, 3. 4
Refrão: Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.
7. Sl 50 (51), 3-4. 8-9. 12-13. 14 e 17
Refrão: Dai-me, Senhor, um coração puro.
Ou (Ez 36, 26): Dai-nos, Senhor, um coração novo,
infundi em nós um espírito novo.
8. Sl 62 (63), 2. 3-4. 5-6. 8-9a
Refrão: A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.
TEXTOS VÁRIOS 263

9. Sl 65 (66), 1-3a. 8-9. 16-17


Refrão: A terra inteira aclame o Senhor.
10. Sl 88 (89), 3-4. 16-17. 21-22. 25 e 27
Refrão: Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor.
11. Sl 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Refrão: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor,
por isso exultamos de alegria.
Ou O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo.

ALELUIA E ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO

1. Jo 3, 16: Deus amou tanto o mundo


que lhe deu o seu Filho Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
2. Jo 8, 12: Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor:
quem Me segue terá a luz da vida.
3. Jo 14, 6: Eu sou o caminho, a verdade e a vida,
diz o Senhor:
ninguém pode ir ao Pai senão por Mim.
4. Ef 4, 5-6: Um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo,
um só Deus e Pai de todos.
5. Col 2, 12: Sepultados com Cristo no baptismo,
também com Ele fostes ressuscitados.
6. Col 3, 1: Se ressuscitastes com Cristo,
aspirai às coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
7. 2 Tim 1, 10b: Jesus Cristo, nosso Salvador,
destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho.
8. 1 Ped 2, 9: Vós sois geração eleita, sacerdócio real, nação santa,
para anunciar os louvores de Deus, que Vos
chamou das trevas à sua luz admirável.
264 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

EVANGELHOS

1. Mt 16, 24-27:
«Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo».
2. Mt 28, 18-20:
«Ide e fazei discípulos de todas as nações,
baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».
3. Mc 1, 9-11:
«Foi baptizado por João no rio Jordão».
4. Mc 10, 13-16:
«Quem não acolher o reino de Deus como uma criança,
não entrará nele».
5. Mc 16, 15-16. 19-20:
«Quem acreditar e for baptizado será salvo».
6. Lc 24, 44-53:
«Está escrito que havia de ser pregado
o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações».
7. Jo 1, 1-5. 9-14. 16-18:
«Àqueles que acreditaram no seu nome,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus».
8. Jo 1, 29-34:
«Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo».
9. Jo 3, 1-6:
«Quem não nascer de novo não pode entrar no reino de Deus».
10. Jo 3, 16-21:
«Para que todo o homem que acredita n’Ele tenha a vida eterna».
11. Jo 12, 44-50:
«Eu vim como luz ao mundo».
12. Jo 15, 1-11:
«Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto».
TEXTOS VÁRIOS 265

Páginas: 203-204
389. (Cf. n. 215, p. 132, n. 216, p. 137, n. 258, p. 160 e n. 349, p.
217). Outras fórmulas de bênção da água.
Páginas: 203-204 1
Celebrante:

Todos:

Celebrante:
266 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Todos:

Páginas: 204-205
Celebrante:

Todos:

Quando é recitado, o celebrante diz:


Bendito sejais, Deus Pai todo-poderoso,
que criastes a água para purificar e dar vida.
Todos:
Bendito sejais para sempre.
(ou outra aclamação apropriada)
TEXTOS VÁRIOS 267

Celebrante:
Bendito sejais, Deus Filho Unigénito, Jesus Cristo,
que do vosso lado fizestes brotar sangue e água,
para que da vossa morte e ressurreição nascesse a Igreja.
Todos:
Bendito sejais para sempre.
Celebrante:
Bendito sejais, Deus Espírito Santo,
que ungistes a Cristo, baptizado nas águas do Jordão,
para que todos fôssemos baptizados em Vós.
Todos:
Bendito sejais para sempre.

Celebrante: [Bênção da água baptismal *]


Asssisti-nos, Senhor, nosso Pai,
e santificai esta água,
para que os homens, nela baptizados,
sejam limpos do pecado
e renasçam para a vida dos vossos filhos adoptivos.
Todos:
Ouvi-nos, Senhor.
(ou outra aclamação apropriada)

Celebrante:
Santificai esta água, para que os homens,
nela baptizados na morte e ressurreição de Cristo,
se tornem semelhantes à imagem do vosso Filho.
Todos:
Ouvi-nos, Senhor.
268 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

O celebrante toca na água com a mão direita e continua:


Celebrante:
Santificai esta água, para que estes vossos eleitos
renasçam pelo Espírito Santo e façam parte do vosso povo.
Todos:
Ouvi-nos, Senhor.

* Se se dispõe de água já benzida, o celebrante omite as invoca-


Páginas:
ções 206-207,
Assisti-nos, 212-213
Senhor, e as que se lhe seguem e diz:
TEXTOS VÁRIOS 269

Todos:

Quando é recitado, o celebrante diz:


Pelo mistério desta água benzida,
Não esquecer
dignai-Vos, (N.
Senhor, N.) a vermelho, na 3ª linha.
admitir à regeneração espiritual
os vossos servos e servas (N. e N.),
que chamastes ao banho do novo nascimento na fé da Igreja,
para que alcancem a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

2
Páginas: 106-107, 133-134, 209-210
Celebrante:
270 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Todos:

Celebrante:

Todos:

Páginas: 107-108, 134-135, 210-211

Celebrante:
TEXTOS VÁRIOS 271

Todos:

Celebrante:

Todos:

Páginas: 108-109, 135-136, 211-212


Celebrante: [Bênção da água baptismal *]

@
272 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Todos:

Páginas: 111
* Se se dispõe de água baptismal já benzida, o celebrante omite a últi-
ma invocação Dignai-Vos, agora, abençoar esta água e diz:

Não esquecer
Não esquecer aa cruz
cruz aa vermelho,
vermelho, na
na 1ª
1ª linha,
linha,
que faltou
que faltou na
na pág
pág 135
135 da
da edição
edição existente.
existente.
TEXTOS VÁRIOS 273

Todos:

Quando é recitado, o celebrante diz:


Pai clementíssimo, que da fonte baptismal
fizestes jorrar para nós a vida nova dos vossos filhos.
Todos:
Bendito sejais, Senhor.
(ou outra aclamação apropriada)
274 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Celebrante:
Vós, que pela água e pelo Espírito Santo,
Vos dignais reunir num só povo
todos os que foram baptizados em vosso Filho Jesus Cristo.
Todos:
Bendito sejais, Senhor.

Celebrante:
Vós, que pelo Espírito do vosso amor,
enviado aos nossos corações,
nos libertais, para vivermos na vossa paz.
Todos:
Bendito sejais, Senhor.

Celebrante:
Vós, que escolheis os baptizados,
para anunciarem com alegria a todos os povos
o Evangelho do vosso Filho.
Todos:
Bendito sejais, Senhor.

Celebrante: [Bênção da água baptismal *]


Dignai-Vos, agora, @ abençoar esta água,
na qual vão ser baptizados
os vossos servos e servas (N. e N.),
que chamastes ao banho do novo nascimento na fé da igreja,
para que alcancem a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
TEXTOS VÁRIOS 275

* Se se dispõe de água baptismal já benzida, o celebrante omite a


última invocação Dignai-Vos, agora, abençoar esta água e diz:

Celebrante:
Pelo mistério desta água benzida,
dignai-Vos, Senhor,
admitir à regeneração espiritual
os vossos servos e servas (N. e N.),
que chamastes ao banho do novo nascimento na fé da Igreja,
para que alcancem a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.

390. ACLAMAÇÕES, HINOS E TROPÁRIOS

Aclamações tiradas dos livros sagrados


  1. Quem como Vós, Senhor, entre os fortes,
quem como Vós, grande na santidade
terrível e glorioso
autor de tantas maravilhas? (Ex 15, 11)
  2. Deus é luz
e n’Ele não há trevas. (1 Jo 1, 5)
  3. Deus é amor:
quem permanece no amor permanece em Deus. (1 Jo 4, 16)
  4. Há um só Deus e Pai de todos os homens.
Ele está acima de todos,
actua em todos
e em todos Se encontra. (Ef 4, 6)
276 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

  5. Voltai-vos para o Senhor


e sereis iluminados. (Sal 33, 6)
  6. Bendito seja Deus,
que nos escolheu em Cristo. (cf. Ef 1, 4)
  7. Somos obra de Deus,
criados em Cristo Jesus. (Ef 2, 10)
  8. Agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser. (1 Jo 3, 2)
  9. Como é grande o amor do Pai para connosco:
chamou-nos e somos filhos de Deus! (1 Jo 3, 1)
10. Felizes os que lavam as suas vestes
no sangue do Cordeiro. (Ap 22, 14)
11. Todos vós sois um só em Cristo Jesus. (Gal 3, 28)
12. Imitai a Deus e caminhai no amor
a exemplo de Cristo que nos amou. (Ef 5, 1-2)

Hinos segundo o estilo do Novo Testamento

13. Bendito seja Deus,


Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em sua grande misericórdia Ele nos fez renascer,
pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos
para uma esperança viva,
para uma herança que não se corrompe,
não se mancha, nem desaparece.
Esta esperança está reservada no céu para vós
que pelo poder de Deus sois guardados pela fé
para a salvação que se vai revelar
nos últimos tempos. (1 Pe 1, 3-5)
TEXTOS VÁRIOS 277

14. Grande é o mistério da piedade,


escondido antes da criação do mundo
e a seu tempo manifestado:

Cristo Jesus apareceu feito homem


e foi contemplado pelos anjos.

Padeceu e morreu
e voltou à vida pelo Espírito.

Foi anunciado aos povos


e acreditado no mundo.

Voltou para o Céu


e distribuiu aos homens os seus dons.

Foi exaltado na glória


para a tudo dar plenitude, Aleluia. (cf. 1 Tim 3, 16)

Tropários tirados da tradição antiga das liturgias

15. Em Vós acreditamos, Senhor Jesus Cristo:


infundi a vossa luz em nossos corações
para que sejamos filhos da luz.

16. Viemos até Vós, Senhor:


dai-nos a vossa vida
para que sejamos filhos adoptivos.

17. Do vosso lado, Senhor Jesus Cristo,


brotou uma fonte de água viva,
que lava o mundo de seus pecados
e donde a vida nasce renovada.
278 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

18. Sobre as águas ressoa a voz do Pai,


resplandece a glória do Filho,
é fonte de vida o amor do Espírito Santo.

19. Igreja santa,


abre os teus braços
e recebe estes filhos,
que o Espírito Santo de Deus
faz nascer das águas.

20. Exultai de alegria, vós que fostes baptizados,


escolhidos para o Reino,
sepultados com Cristo na morte,
na fé em Cristo renascidos.

21. Esta é a fonte da vida


que nasce do lado de Cristo
e lava todo o universo.
Vós que renascestes nesta fonte
esperai o Reino dos Céus.

391. (Cf. n. 233, p. 148). Memória dos neófitos nas Orações


Eucarísticas.

a) Na Oração Eucarística II

Depois das palavras e todos aqueles que estão ao serviço do vosso


povo, diz-se:

Lembrai-Vos, Senhor, dos neófitos


que hoje pelo Baptismo (e Confirmação)
foram agregados à vossa família,
para que sigam a Cristo, vosso Filho,
com generosidade e fortaleza de alma.
TEXTOS VÁRIOS 279

b) Na Oração Eucarística III

Depois das palavras e todo o povo por Vós redimido, diz-se:

Atendei benignamente às preces desta família


que Vos dignastes reunir na vossa presença.
Fortalecei no seu santo propósito os vossos servos
que, pelo Baptismo que os fez renascer
(e pelo Espírito Santo que lhes foi dado),
hoje chamastes para serem agregados ao vosso povo
e concedei-lhes a graça de caminharem sempre nesta vida nova.
Reconduzi a Vós, Pai de misericórdia,
todos os vossos filhos dispersos.

c) Na Oração Eucarística IV

Depois das palavras os membros desta assembleia, diz-se:

os neófitos que hoje fizestes renascer


da água e do Espírito Santo,
todo o vosso povo santo
e todos aqueles que Vos procuram de coração sincero.

392. (Cf. n. 339, p. 213). Outro formulário de oração de exorcismo


em forma de diálogo.
O celebrante convida as crianças a orar consigo a Deus, dizendo:
Pai de infinita misericórdia,
olhai para estas crianças (N. e N.),
que dentro em breve vão ser baptizadas.
Crianças:
Nós ouvimos as palavras de Jesus, e gostamos muito delas.
280 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Celebrante:
Elas vão procurando viver como vossos filhos
mas acham que isso é difícil.
Crianças:
Sim, Pai, nós queríamos fazer sempre a vossa vontade
mas muitas vezes apetece-nos fazer o contrário.

Celebrante:
Pai, que sois tão bom,
afastai destas crianças a preguiça e a maldade
e fazei que elas vivam sempre guiadas por Vós.
Crianças:
Queremos andar sempre com Jesus.
Ele deu a vida por nós.
Pai, ajudai-nos.

Celebrante:
Se alguma vez caírem pelo caminho,
e fizerem aquilo que não Vos agrada,
estendei-lhes a vossa mão forte,
para se poderem levantar
e caminharem novamente para Vós
em companhia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Crianças:
Pai, dai-nos força para chegarmos até Vós.
APÊNDICE

RITO DA ADMISSÃO
NA PLENA COMUNHÃO DA IGREJA CATÓLICA
DE ALGUÉM JÁ VALIDAMENTE BAPTIZADO

PRELIMINARES

1. Este rito pelo qual alguém, nascido e baptizado numa


Comunidade eclesial separada é recebido na plena comunhão da Igreja
católica, segundo o rito latino,1 está elaborado de tal maneira que, para
estabelecer a comunhão e a unidade, nada se impõe senão o que é tido
por necessário (cf. Act 15, 28).2

2. Aos cristãos orientais que procuram a plenitude da comunhão


católica, nada mais é exigido do que aquilo que a simples profissão
de fé católica exige, mesmo quando, em virtude do recurso à Sé
Apostólica, lhes for permitido passarem para o rito latino.3

1
Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a Sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 69 b;
Decr. sobre o ecumenismo, Unitatis redintegratio, n. 3; Secretariado para a unidade
dos cristãos, Directorium, n. 19: AAS 59 (1967), p. 581.
2
Cf. Conc. Vat. II, Decr. sobre o ecumenismo, Unitatis redintegratio, n. 18.
3
Cf. Conc. Vat. II, Decr. sobre as Igrejas Orientais, Orientalium Ecclesiarum, nn.
25 e 4.
282 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

3. a) O rito da celebração há-de aparecer como celebração da Igreja


e terá o seu ponto culminante na comunhão eucarística. Por isso, de
um modo geral, a admissão far-se-á dentro da Missa.
b) Evitar-se-á, no entanto, tudo quanto, de qualquer modo,
manifeste a preocupação de grandiosidade. Ponha-se todo o cuidado
em determinar o modo como esta Missa será celebrada, tendo em
conta as circunstâncias. Atender-se-á quer ao bem do ecumenismo,
quer aos vínculos que hão-de ligar o candidato e a comunidade
paroquial. Muitas vezes será mais oportuno celebrar a Missa somente
com a presença de alguns parentes e amigos. Se por motivo grave a
Missa não puder ser celebrada, a admissão será feita dentro de uma
liturgia da palavra, pelo menos sempre que esta se possa fazer. Quanto
à escolha desta forma de celebração, ouvir-se-á o próprio admitendo.

4. Se a admissão se celebra fora da Missa, há-de marcar-se o nexo


desta com a comunhão eucarística, celebrando a Eucaristia dentro do
menor espaço de tempo possível, celebração na qual aquele que foi
recentemente admitido participa plenamente, pela primeira vez, entre
os irmãos católicos.

5. Para que alguém já baptizado seja admitido à plena comunhão da


Igreja católica requere-se a preparação tanto doutrinal como espiritual
do candidato, de acordo com as necessidades pastorais de cada caso.
O candidato há-de aprender a aderir cada vez mais à Igreja, com todo
o seu coração, para nela encontrar a plena realização do seu Baptismo.
Durante o tempo desta preparação o candidato pode já ser
admitido a alguma comunicação «in sacris», segundo as normas
estabelecidas no directório sobre o ecumenismo.
Evitar-se-á em absoluto equiparar estes candidatos aos catecú-
menos.
APÊNDICE 283

6. Àquele que nasceu e foi baptizado fora da comunhão visível da


Igreja católica já não se exige a abjuração da heresia mas somente a
profissão de fé.4

7. O sacramento do Baptismo não pode ser repetido; por isso não


é permitido conferir de novo o Baptismo, mesmo sob condição, a
não ser que subsista dúvida prudente acerca do facto ou da validade
do Baptismo já conferido. Se, depois de séria investigação, subsistir
dúvida prudente acerca do facto ou da validade do Baptismo já con-
ferido, e parecer necessário conferir de novo o Baptismo, agora sob
condição, o ministro explicará, como achar oportuno, as razões pelas
quais, neste caso, o Baptismo é conferido sob condição e administrá-
lo-á em forma privada.5
O Ordinário do lugar verá, em cada caso, quais os ritos que, neste
Baptismo sob condição, se hão-de manter e quais se hão-de omitir.

8. Pertence ao Bispo presidir à admissão do candidato. Todavia, no


caso de o Bispo confiar a celebração a um presbítero, este tem a facul-
dade de confirmar o candidato no próprio rito da admissão,6 a não ser
que ele já tenha recebido validamente a Confirmação.

9. Se a profissão de fé e a admissão se fizerem dentro da Missa,


o candidato, de acordo com a sua situação pessoal, confessará os
seus pecados depois de ter feito saber ao confessor que vai ser
imediatamente admitido. Esta confissão pode ser recebida por
qualquer confessor devidamente aprovado.

10. No acto da admissão, o candidato será acompanhado, se for caso


disso, por um garante, ou seja a pessoa (homem ou mulher) que tenha
tido maior interferência na aproximação do candidato e na sua prepa-
ração. Podem até ser admitidos dois garantes.

4
Cf. Secretariado para a unidade dos cristãos, Directorium, n. 19 e 20: AAS 59
(1967), p. 581.
5
Cf. ibid., nn. 14-15; AAS 59 (1967), p. 580.
6
Cf. Celebração da Confirmação, Preliminares, n. 7.
284 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

11. Na própria celebração eucarística em que se faz a admissão


ou, se esta se fizer fora da Missa, na Missa que se lhe seguir, podem
receber a comunhão sob as duas espécies não só o que foi admitido,
mas também os garantes, os pais, os cônjuges, se forem católicos,
os catequistas leigos que o instruíram e ainda, se o número e as
circunstâncias o aconselharem, todos os presentes, desde que sejam
católicos.

12. O rito da admissão pode ser adaptado às várias circunstâncias


pelas Conferências Episcopais, de acordo com a Constituição sobre a
Liturgia (n. 63). Além disso, o Ordinário do lugar pode adaptar o pró-
prio rito às peculiares condições das pessoas e lugares, am-pliando-o
ou abreviando-o como for mais conveniente.7

13. Os nomes dos que foram admitidos serão registados num livro
especial com a indicação do dia e do lugar do Baptismo.

7
Cf. Secretariado para a unidade dos cristãos, Directorium, n. 19: AAS 59 (1967), p.
581.
APÊNDICE 285

CAPÍTULO I

RITO DA ADMISSÃO DENTRO DA MISSA

14. a) Se a admissão se fizer numa solenidade ou num domingo,


celebra-se a Missa do dia; se se fizer noutro dia, pode usar-se a Missa
pela unidade dos cristãos (MISSAL ROMANO, p. 1204-1208).
b) A admissão faz-se depois da homilia. Nesta homilia far-se-á,
juntamente com a acção de graças, referência ao Baptismo como
fundamento da própria admissão, à Confirmação que o candidato
há-de receber ou já recebeu e à Santíssima Eucaristia em que ele vai
participar pela primeira vez juntamente com os católicos.
c) No fim da homilia o celebrante, numa breve admonição,
convida o candidato a aproximar-se com o garante para professar a
fé juntamente com a comunidade, com estas palavras ou outras seme-
lhantes:
N., depois de teres reflectido durante muito tempo, com a ajuda
do Espírito Santo, pediste espontaneamente para seres admitido
na comunhão plena da Igreja católica.
Convido-te agora a aproximares-te com o teu garante e a fazeres
a profissão de fé católica na presença desta comunidade. Nesta
fé, participarás hoje, connosco, pela primeira vez, na mesa
eucarística do Senhor Jesus, mesa que é o sinal da unidade da
Igreja.
286 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

15. Em seguida, o candidato, juntamente com os fiéis presentes,


recita o símbolo Niceno-Constantinopolitano, que se diz sempre nesta
Missa.
Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só baptismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há-de vir.
Amen.
APÊNDICE 287

Depois, o candidato, sozinho, a convite do celebrante, junta estas


palavras:

Creio e professo tudo quanto a santa Igreja católica crê, ensina e


anuncia como revelado por Deus.

16. Então o celebrante impõe a mão direita sobre a cabeça do candi-


dato, a não ser que se siga imediatamente a Confirmação, dizendo:
N., o Senhor,
que pela sua misericórdia te conduziu até aqui,
recebe-te na Igreja católica,
para que, por meio do Espírito Santo,
tenhas connosco a plena comunhão na fé,
que professaste na presença desta sua comunidade.

17. Se o candidato ainda não foi confirmado, o celebrante impõe-lhe


imediatamente as mãos sobre a cabeça e dá início ao rito da Confirma-
ção, dizendo:
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que, pela água e pelo Espírito Santo,
destes uma vida nova a este vosso servo
e o libertastes do pecado,
enviai sobre ele o Espírito Santo Paráclito;
dai-lhe, Senhor,
o espírito de sabedoria e de inteligência,
o espírito de conselho e de fortaleza,
o espírito de ciência e de piedade,
e enchei-o do espírito do vosso temor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
288 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Neste momento, o confirmando aproxima-se do celebrante. O padri-


nho (ou a madrinha) põe a mão direita sobre o ombro do confirmando
e diz o nome deste ao celebrante, ou o próprio confirmando diz espon-
taneamente o seu nome.
O celebrante humedece o polegar da mão direita no Crisma e traça o
sinal da cruz na fronte do confirmando, dizendo:

N., recebe, por este sinal, o Espírito Santo,


o dom de Deus.
Confirmado:
Amen.
O celebrante acrescenta:
A paz esteja contigo.
Confirmado:
Amen.

18. Depois da Confirmação, o celebrante saúda aquele que acaba


de ser admitido, recebendo as mãos dele entre as suas, em sinal de
acolhimento amigo. Este gesto pode ser substituído por outro, com
permissão do Ordinário, segundo as diferentes regiões e circunstâncias.
Se o que foi admitido não recebe a Confirmação, esta saudação
faz-se logo a seguir à fórmula de admissão (n. 16, p. 287).

19. Terminada a admissão (e a Confirmação), segue-se a Oração uni-


versal. Na introdução a esta oração, faça-se a menção do Baptismo,
da Confirmação e da Eucaristia, dando graças a Deus. Na primeira
das intercessões faz-se menção daquele que foi admitido.

Irmãos caríssimos:
Acabamos de receber este nosso irmão na plena comunhão da
Igreja católica (e de o confirmar com o dom do Espírito Santo),
e por isso damos muitas graças a Deus.
APÊNDICE 289

Ele já pertencia a Cristo pelo Baptismo (e pela Confirmação).


Agora poderá participar connosco na mesa do Senhor.

Cheios de alegria pela entrada de um novo membro na Igreja


católica, imploremos com ela a graça e a misericórdia do nosso
Salvador.

Por este nosso irmão N., a quem hoje recebemos entre nós, para
que, ajudado pelo Espírito Santo, persevere fiel ao seu propósito,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por todos os que crêem em Cristo e pelas comunidades a que


pertencem, para que cheguem à perfeita unidade, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Pela Igreja (ou Comunidade) na qual este nosso irmão foi


anteriormente baptizado e educado, para que conheça sempre
mais profundamente a Cristo e O anuncie de maneira eficaz,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por todos os que já sentem o desejo da graça celeste, para que


cheguem à plenitude da verdade em Cristo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por aqueles que ainda não crêem em Cristo, para que, ilumina-
dos pelo Espírito Santo, também eles possam iniciar o caminho
da salvação, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
290 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Por todos os homens, para que, livres da fome e da guerra,


possam viver sempre na tranquilidade da paz, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por nós próprios aqui reunidos, para que perseveremos até ao


fim na fé que gratuitamente recebemos, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Oração
Deus eterno e omnipotente,
escutai as preces que Vos dirigimos
e fazei que sempre Vos agrademos,
consagrando-nos ao vosso serviço
com fidelidade constante.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

20. Depois da Oração universal, o garante e, se forem em pequeno


número, todos os presentes que assistem ao rito da admissão, saúdam
amigavelmente aquele que acabou de ser admitido, se se julgar
oportuno; neste caso pode omitir-se, nesta Missa, o abraço da paz.
Depois disto, o que foi admitido retira-se para o seu lugar.

21. Em seguida continua a Missa. É conveniente que nesta Missa


o recém-admitido e todos aqueles de que se falou no n. 11, p. 284,
recebam a Santíssima Eucaristia sob as duas espécies.
CAPÍTULO II

RITO DA ADMISSÃO FORA DA MISSA

22. Se, por motivo grave, a admissão se fizer fora da Missa, celebre-
-se uma liturgia da palavra.

23. O celebrante, revestido de alva, ou, ao menos, de sobrepeliz e


estola de cor festiva, saúda os presentes.

24. Em seguida começa a celebração com (um cântico apropriado e)


a leitura da Sagrada Escritura, que será comentada na homilia. Nesta
homilia far-se-á, juntamente com a acção de graças, referência ao
Baptismo como fundamento da própria admissão, à Confirmação que
o candidato há-de receber ou já recebeu e à Santíssima Eucaristia que
o candidato, dentro em breve, irá receber.

25. Segue-se a admissão. No fim da homilia o celebrante, numa


breve admonição, convida o candidato a aproximar-se com o garante
para professar a fé juntamente com a comunidade, com estas palavras
ou outras semelhantes:

N., depois de teres reflectido durante muito tempo, com a ajuda


do Espírito Santo, pediste espontaneamente para seres admitido
na comunhão plena da Igreja católica.

Convido-te agora a aproximares-te com o teu garante e a fazeres


a profissão de fé católica na presença desta comunidade. Nesta
fé, participarás connosco, dentro em breve, pela primeira vez, na
mesa eucarística do Senhor Jesus, mesa que é o sinal da unidade
da Igreja.
292 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

25a. Em seguida, o candidato, juntamente com os fiéis presentes,


recita o símbolo Niceno-Constantinopolitano.

Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só baptismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há-de vir.
Amen.
APÊNDICE 293

25b. Depois, o candidato, sozinho, a convite do celebrante, junta estas


palavras:

Creio e professo tudo quanto a santa Igreja católica crê,


ensina e anuncia como revelado por Deus.

25c. Então o celebrante impõe a mão direita sobre a cabeça do candi-


dato, a não ser que se siga imediatamente a Confirmação, dizendo:
N., o Senhor,
que pela sua misericórdia te conduziu até aqui,
recebe-te na Igreja católica,
para que, por meio do Espírito Santo,
tenhas connosco a plena comunhão na fé,
que professaste na presença desta sua comunidade.

25d. Se o candidato ainda não foi confirmado, o celebrante im-põe-lhe


imediatamente as mãos sobre a cabeça e dá início ao rito da Confirma-
ção, dizendo:
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que, pela água e pelo Espírito Santo,
destes uma vida nova a este vosso servo
e o libertastes do pecado,
enviai sobre ele o Espírito Santo Paráclito;
dai-lhe, Senhor,
o espírito de sabedoria e de inteligência,
o espírito de conselho e de fortaleza,
o espírito de ciência e de piedade,
e enchei-o do espírito do vosso temor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amen.
294 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

25e. Neste momento, o confirmando aproxima-se do celebrante. O


padrinho (ou a madrinha) põe a mão direita sobre o ombro do confir-
mando e diz o nome deste ao celebrante, ou o próprio confirmando diz
espontaneamente o seu nome.
O celebrante humedece o polegar da mão direita no Crisma e traça o
sinal da cruz na fronte do confirmando, dizendo:

N., recebe, por este sinal, o Espírito Santo,


o dom de Deus.
Confirmado:
Amen.

O celebrante acrescenta:
A paz esteja contigo.
Confirmado:
Amen.

25f. Depois da Confirmação, o celebrante saúda aquele que acaba


de ser admitido, recebendo as mãos dele entre as suas, em sinal de
acolhimento amigo. Este gesto pode ser substituído por outro, com
permissão do Ordinário, segundo as diferentes regiões e circunstâncias.
Se o que foi admitido não recebe a Confirmação, esta saudação
faz-se logo a seguir à fórmula de admissão (n. 16, p. 287).

25g. Terminada a admissão (e a Confirmação), segue-se a Oração uni-


versal. Na introdução a esta oração, faça-se menção do Baptismo, da
Confirmação e da Eucaristia, dando graças a Deus. Na primeira das
intercessões faz-se menção daquele que foi admitido.

Irmãos caríssimos:
Acabamos de receber este nosso irmão na plena comunhão da
Igreja católica (e de o confirmar com o dom do Espírito Santo),
e por isso damos muitas graças a Deus.
APÊNDICE 295

Ele já pertencia a Cristo pelo Baptismo (e pela Confirmação).


Dentro em breve poderá participar connosco na mesa eucarística
do Senhor Jesus, mesa que é o sinal da unidade da Igreja.

Cheios de alegria pela entrada de um novo membro na Igreja


católica, imploremos com ela a graça e a misericórdia do nosso
Salvador.

Por este nosso irmão N., a quem hoje recebemos entre nós, para
que, ajudado pelo Espírito Santo, persevere fiel ao seu propósito,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por todos os que crêem em Cristo e pelas comunidades a que


pertencem, para que cheguem à perfeita unidade, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Pela Igreja (ou Comunidade) na qual este nosso irmão foi ante-
riormente baptizado e educado, para que conheça sempre mais
profundamente a Cristo e O anuncie de maneira eficaz, oremos
ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por todos os que já sentem o desejo da graça celeste, para que


cheguem à plenitude da verdade em Cristo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por aqueles que ainda não crêem em Cristo, para que, ilumina-
dos pelo Espírito Santo, também eles possam iniciar o caminho
da salvação, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
296 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Por todos os homens, para que, livres da fome e da guerra,


possam viver sempre na tranquilidade da paz, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por nós próprios aqui reunidos, para que perseveremos até ao


fim na fé que gratuitamente recebemos, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

26. A Oração universal conclui-se com a Oração dominical, cantada


ou recitada por todos. A passagem da Oração universal para a Oração
dominical pode fazer-se com estas palavras ou outras semelhantes:

Celebrante:
Irmãos caríssimos: Juntemos as nossas preces e rezemos como
Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou.
Todos:
Pai nosso, que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino;
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação;
mas livrai-nos do mal.
Se na comunidade daquele que foi admitido for costume juntar à
Oração dominical a fórmula ou doxologia final Vosso é o reino e o
poder, etc., acrescente-se neste lugar.
APÊNDICE 297

26a. Segue-se a bênção do sacerdote.

27. Depois, o garante e, se forem em pequeno número, todos os que


assistiram ao rito, saúdam amigavelmente aquele que acabou de ser
admitido, se se julgar oportuno. E todos se retiram em paz.

28. Se, em circunstâncias excepcionais, parecer que a admissão


se deve fazer até sem uma liturgia da palavra, faz-se tudo como
acima ficou indicado, começando pela admonição do celebrante.
Esta admonição deve partir de alguma palavra da Sagrada Escritura,
referente, por exemplo, à misericórdia de Deus que encaminhou
o candidato, e que faça menção da Comunhão eucarística que o
candidato, dentro em breve, irá receber.

CAPÍTULO III

TEXTOS PARA O RITO DA ADMISSÃO

I. LEITURAS BÍBLICAS

29. As leituras bíblicas, tanto para a Missa, como para a celebração


da liturgia da palavra, podem tomar-se, no todo ou em parte, ou da
Missa do dia, ou da Missa pela unidade dos cristãos (cf. Leccionário
das Missas rituais) ou da Missa da iniciação cristã.
Quando o rito se celebra sem Missa podem utilizar-se, de prefe-
rência, os textos a seguir indicados:
298 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Leituras do Novo Testamento

1. Rom 8, 28-39: «Predestinou-nos para sermos conformes


à imagem do seu Filho».
2. 1 Cor 12, 31 – 13, 13: «A caridade nunca desaparece».
3. Ef 1, 3-14: «Deus escolheu-nos para sermos santos
e irrepreensíveis em caridade».
4. Ef 4, 1-7. 11-13: «Há um só Senhor, uma só fé,
um só Baptismo, um só Deus e Pai de todos».
5. Filip 4, 4-8: «Tudo o que é verdadeiro,
é o que deveis ter no pensamento».
6. 1 Tes 5, 16-24: «Que todo o vosso ser
– espírito, alma e corpo – se conserve irrepreensível
para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo».

Salmos responsoriais

1. Sl 26 (27), 1. 4. 8b-9abc. 13-14


Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação.
2. Sl 41 (42), 2-3; Sl 42, 3. 4
Salmo: Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.
3. Sl 60 (61), 2-3a. 3bc-4. 5-6. 9
Refrão: Senhor, Vós sois o meu refúgio.
4. Sl 62 (63), 2. 3-4. 5-6. 8-9a
Refrão: A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.
5. Sl 64 (65), 2-3a. 3b-4. 5. 6
Refrão: Louvor e glória a Vós, Senhor.
6. Sl 120 (121), 1-2. 3-4. 5-6. 7-8
Refrão: O meu auxílio vem do Senhor.
APÊNDICE 299

Evangelhos

1. Mt 5, 2-12a: «Alegrai-vos e exultai,


porque é grande nos Céus a vossa recompensa».
2. Mt 5, 13-16: «Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens».
3. Mt 11, 25-30: «Escondeste estas verdades aos sábios
e inteligentes e as revelaste aos pequeninos».
4. Jo 3, 16-21: «Para que todo o homem que acredita n’Ele
tenha a vida eterna».
5. Jo 14, 15-23. 26-27: «Nós viremos a ele
e faremos nele a nossa morada».
6. Jo 15, 1-6: «Eu sou a videira, vós sois os ramos».

II. EXEMPLO DE ORAÇÃO UNIVERSAL

30.
Irmãos caríssimos:
Acabamos de receber este nosso irmão na plena comunhão da
Igreja católica (e de o confirmar com o dom do Espírito Santo),
e por isso damos muitas graças a Deus.
Ele já pertencia a Cristo pelo Baptismo (e pela Confirmação).
Agora poderá participar connosco na mesa do Senhor.
Cheios de alegria pela entrada de um novo membro na Igreja
católica, imploremos com ela a graça e a misericórdia do nosso
Salvador.
300 INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS

Por este nosso irmão N., a quem hoje recebemos entre nós, para
que, ajudado pelo Espírito Santo, persevere fiel ao seu propósito,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por todos os que crêem em Cristo e pelas comunidades a que


pertencem, para que cheguem à perfeita unidade, oremos ao
Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Pela Igreja (ou Comunidade) na qual este nosso irmão foi


anteriormente baptizado e educado, para que conheça sempre
mais profundamente a Cristo e O anuncie de maneira eficaz,
oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por todos os que já sentem o desejo da graça celeste, para que


cheguem à plenitude da verdade em Cristo, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.

Por aqueles que ainda não crêem em Cristo, para que, ilumina-
dos pelo Espírito Santo, também eles possam iniciar o caminho
da salvação, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Por todos os homens, para que, livres da fome e da guerra,
possam viver sempre na tranquilidade da paz, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
Por nós próprios aqui reunidos, para que perseveremos até ao
fim na fé que gratuitamente recebemos, oremos ao Senhor.
R. Ouvi-nos, Senhor.
APÊNDICE 301

Oração
Deus eterno e omnipotente,
escutai as preces que Vos dirigimos
e fazei que sempre Vos agrademos,
consagrando-nos ao vosso serviço
com fidelidade constante.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

31. Se a admissão se celebrar fora da Missa, a passagem da Oração


universal para a Oração dominical (cf. n. 26, p. 296) pode fazer-se
com estas palavras ou outras semelhantes:
Celebrante:
Irmãos caríssimos:
Juntemos as nossas preces
e rezemos como Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou.
Todos:
Pai nosso, que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino;
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação;
mas livrai-nos do mal.
Se na comunidade daquele que foi admitido for costume juntar à
Oração dominical a fórmula ou doxologia final Vosso é o reino e o
poder, etc., acrescente-se neste lugar.
ÍNDICE

Decreto da Sagrada Congregação do Culto Divino.................................. 7


Preliminares gerais da iniciação cristã...................................................... 9
Preliminares particulares da iniciação cristã dos adultos.......................... 21

Capítulo I
RITUAL DO CATECUMENADO EM VÁRIOS DEGRAUS................ 45
1. Rito da admissão dos catecúmenos................................................... 45
O tempo do catecumenado e os seus ritos........................................ 66
2. Rito da eleição ou da inscrição do nome.......................................... 80
O tempo da purificação e da iluminação e os seus ritos .................. 91
3. Celebração dos sacramentos da iniciação......................................... 126
O tempo da mistagogia..................................................................... 149

Capítulo II
RITUAL SIMPLIFICADO DA INICIAÇÃO DOS ADULTOS............... 151

Capítulo III
RITUAL BREVE DA INICIAÇÃO DE UM ADULTO
EM PERIGO PRÓXIMO OU EM ARTIGO DE MORTE ...................... 175

Capítulo IV
PREPARAÇÃO PARA A CONFIRMAÇÃO E A EUCARISTIA
DOS ADULTOS QUE, BAPTIZADOS EM CRIANÇA,
NÃO RECEBERAM CATEQUESE ....................................................... 189
Capítulo V
RITUAL DA INICIAÇÃO DAS CRIANÇAS
EM IDADE DE CATEQUESE................................................................. 193
1. Rito da admissão dos catecúmenos................................................... 195
2. Escrutínios ou ritos penitenciais....................................................... 209
3. Celebração dos sacramentos da iniciação......................................... 216

Capítulo VI
TEXTOS VÁRIOS PARA A CELEBRAÇÃO
DA INICIAÇÃO CRISTÃ DOS ADULTOS............................................ 235

Apêndice
RITO DA ADMISSÃO NA PLENA COMUNHÃO DA IGREJA
CATÓLICA DE ALGUÉM JÁ VALIDAMENTE BAPTIZADO
Preliminares.............................................................................................. 281
Capítulo I Rito da admissão dentro da Missa......................................... 285
Capítulo II Rito da admissão fora da Missa . .......................................... 291
Capítulo III Textos para o rito da admissão.............................................. 297

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