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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

CENTRO DE AQÜICULTURA DA UNESP


CAMPUS DE JABOTICABAL

Substituição precoce do alimento vivo por alimento inerte na larvicultura de acará bandeira
(Pterophyllum scalare)

Dissertação apresentada ao programa de Pós-


graduação em Aqüicultura do Centro de
Aqüicultura da UNESP, campus de Jaboticabal,
como parte das exigências para a obtenção de
titulo de Mestre em Aqüicultura.

Julian David Alvarado Castillo


Zootecnista

Prof. Dr. João Batista Kochenborger Fernandes


Orientador

Jaboticabal
São Paulo - Brasil
2010
ÍNDICE

CAPÍTULO I

Considerações gerais .............................................................................................


Referências Bibliográficas.........................................................................................

CAPÍTULO II

Resumo...................................................................................................................
Abstract.................................................................................................................
Introdução.............................................................................................................
Material e Métodos ...............................................................................................
Resultados e discussão ........................................................................................
Conclusões ...........................................................................................................
Referências...........................................................................................................

CAPITULO III

Considerações Finais............................................................................................
CAPÍTULO I

CONSIDERAÇÕES GERAIS
O aquarismo é uns dos hobbies mais populares no mundo. Estima-se que a
importação a nível maiorista destes organismos aquáticos movimenta aproximadamente
U$S 900 milhões e a nível minorista uns U$S 3.000 milhões, com uma taxa de crescimento
de 14% desde 1985 (PANNÉ, 2008), e uma indústria que ultrapassa quinze bilhões de
dólares por ano (MEYERS, 2001), sendo a União Européia, Estados Unidos, Japão,
Singapura e Hong Kong considerados os principais países consumidores (UNCTAD,
2000).
A criação de peixes ornamentais de água doce em cativeiro, nos últimos anos, tem
apresentado rápido crescimento e um significativo aumento na produção mundial. Entre os
principais países produtores temos a Singapura, Indonésia, Tailândia, Estados Unidos,
Malásia e Japão (UNCTAD, 2000). Atualmente, também são cultivados em países da
União Européia como a República Checa, Espanha, Israel, Bélgica y Holanda, pela
diminuição dos custos produção devido à cercania aos centros de consumo. 97313493
Na América do Sul, pouca atenção tem sido dada à criação de peixes ornamentais,
provavelmente pelo fato de a exportação ser baseada na coleta de peixes na natureza. Os
principais países exportadores de peixes provenientes da captura são Colômbia, Peru e
Brasil. Este último tem alcançado um crescimento maior ano trás ano em relação aos outros
países devido a incentivos e apoio governamental. O Brasil, com a já consagrada pesca
extrativa da região amazônica que gera aproximadamente 2 a 3 milhões de dólares por ano
(PANNE, 2008) e as recentes explorações do pantanal mato-grossense, pode ser
considerado o maior celeiro de peixes ornamentais de água doce do mundo. No entanto,
entre o ano 2002 e 2005, o volume de exportação aumento com uma taxa de crescimento de
28,8% anual (PANNE, 2008). Porém, o país não tem assegurado a competitividade nos
mercados externos e internos e vem comercializando várias espécies de peixes importadas.
Contudo, o Brasil participa com apenas 4,93, 2,27 e 13,34 % das importações no mercado
da União Européia, Norte Americano e Japonês, respectivamente (UNCTAD, 2000),
indicando a necessidade de maior apoio e incentivo à atividade, tendo em vista o grande
potencial nacional. Os avanços tecnológicos e o aprimoramento de técnicas de produção em
cativeiro podem contribuir diretamente para o estabelecimento de uma atividade duradoura,
produtiva e rentável.
Devido à falta de conhecimentos básicos sobre as necessidades nutricionais, a
larvicultura pode ser considerada uma das fases críticas na produção intensiva de peixes,
principalmente após a absorção das reservas vitelínicas, onde as larvas em seus primeiros
dias de vida, denominadas altriciais, ainda não possuem o sistema digestório
completamente desenvolvido e funcional (KOLKOVSKY, 2001). Entretanto, a alimentação
das larvas é um dos fatores críticos nesta fase e a alimentação natural exerce influencia
muito importante no seu desenvolvimento (URBINATI & GONÇALVES, 2005). De fato,
THEILACKER & SHEN (1993) trabalhando com larvas de Theragra chalcogramma,
mostraram que o atraso na primeira alimentação diminuiu as taxas de sobrevivência em
larvas.
Após o início da alimentação exógena, as larvas apresentam altas exigências
nutricionais, devido ao rápido crescimento. Assim, a dieta oferecida deve apresentar alta
atrato-palatabilidade como também boa digestibilidade (CERICATO, 2005). Alguns
pesquisadores têm demonstrado que um dos procedimentos mais adequado é o
fornecimento de organismos vivos como náuplios de Artemia na alimentação de espécies de
peixes tropicais de água doce, como o pacu (Piaractus mesopotamicus) (JOMORI et al.,
2003; JOMORI et al., 2005) e o tambaqui (Colossoma macropomum) (SEVILLA &
GÜNTHER, 2000), e também, organismos planctônicos provenientes de coletas em
viveiros fertilizados (TALDLER & KOLKOVSKY, 1991; MEEREN, 1991; CAHU, 2001).

Os nauplios de Artemia são comumente utilizados para a alimentação de larvas de


peixes, mas apesar de somar varias décadas do seu uso, a obtenção é relativamente
demorada exigindo de mais estrutura e tempo de mão de obra do que a oferta de alimentos
inertes, como por exemplo, ração (LUZ & ZANIBONI-FILHO; 2002), tornando-se uma
dieta extremadamente cara. Entretanto, estudos econômicos desenvolvidos sobre a
larvicultura de peixes mostraram que os gastos com estes organismos vivos, principalmente
náuplios de Artemia, quando associados aos custos de mão de obra, constituem-se em um
dos itens mais onerosos do custo de produção. Assim, o uso de alimentos inertes
substituindo organismos vivos pode ser decisivo para a redução dos custos, conforme
demonstrado por JOMORI (2005) que, trabalhando com larvas de pacu (Piaractus
mesopotamicus) com peso inicial médio de 13 mg, observou que estas foram capazes de
aproveitar a ração após 12 dias do início da alimentação exógena.
As avaliações histológicas e morfológicas podem servir como ferramentas úteis para
se determinar o valor nutricional das dietas, principalmente quando o crescimento larval e
sobrevivência não são suficientes para determinar o efeito de diferentes regimes
alimentares (BENGOSTON, 1993). Essa abordagem possibilita avaliar as alterações
estruturais que ocorrem no intestino, fígado e pâncreas, no início do desenvolvimento
larval, podendo forneces valiosas informações a respeito do estado nutricional dos animais
(FUSARAWA, 2002; TESSER, 2002).
O acará bandeira, Pterophyllum scalare, será escolhido por ser uma espécie que
depende da disponibilidade de organismos vivos nos primeiros dias de vida para a garantia
do seu crescimento e sobrevivência. Dentre as espécies de peixes ornamentais o acará
bandeira, se destaca por ser um dos mais belos, mais vendidos e um dos mais populares
peixes ornamentais de águas tropicais (CHAPMAN et al. 1997).
Apesar de existirem alguns estudos sobre as necessidades nutricionais, taxas de
sobrevivência e histologia de peixes, ainda existe a necessidade de desenvolvimento de
pesquisas que possam nos fornecer informações sobre a melhor forma de manejo da
alimentação no período larval e contribuir para o aumento da produtividade e diminuição
dos custos nessa fase da produção. Desta forma, o objetivo deste trabalho será avaliar o
efeito da substituição precoce e gradual do alimento vivo pelo alimento inerte sobre o
desempenho zootécnico e caracterizar o desenvolvimento do trato gastrointestinal das
larvas de acará bandeira, a fim de maximizar a eficiência produtiva e econômica nessa fase
melhorando, desta forma, a renda dos produtores desta espécie de peixe ornamental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CAPÍTULO II

Substituição precoce do alimento vivo por alimento inerte na larvicultura de acará


bandeira (Pterophyllum scalare)
RESUMO

A larvicultura é uma das fases críticas na produção de peixes ornamentais,


principalmente quanto à alimentação uma vez que para cobrir as exigências nutricionais das
larvas, são fornecidas altas quantidades de alimento vivo (náuplios de Artemia), que eleva
os custos nesta fase de criação. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos
da substituição precoce e gradual do alimento vivo pelo alimento inerte sobre o
desempenho zootécnico das larvas de acará bandeira nos primeiros 25 dias após o início da
alimentação exógena. Foram testados quatro períodos de tempo para iniciar a retirada do
alimento vivo (9, 12, 15 e 18 dias) e três tratamento controle (Artemia e ração durante todo
o período e larvas mantidas em jejum). O delineamento experimental utilizado foi em
blocos casualizados (desovas). A substituição do alimento vivo pelo inerte teve um período
de alimentação mista de três dias antes da retirada total. Durante esse período o alimento
vivo foi diminuído gradualmente em proporções de 25%, 50% e 75% a cada dia.

ABSTRACT

INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado no Laboratório de Peixes Ornamentais do Centro de


Aqüicultura da Universidade Estadual Paulista (CAUNESP), em Jaboticabal – SP (210 14'S
e 480 17'W), durante o período de Junho a Novembro de 2009.

Material biológico e instalações

Para a realização deste estudo foram utilizadas larvas de acará bandeira


Pterophyllum scalare, provenientes de desovas de casais pertencentes ao laboratório de
Peixes Ornamentais do CAUNESP. Os parâmetros avaliados estão representados na Figura
1 e os valores médios de cada biometria inicial são apresentados na Tabela 1. Após a
absorção do saco vitelino e antes do início da alimentação exógena, as larvas foram
aclimatadas por 10 minutos e estocadas em uma densidade de 10 larvas por L-1 em aquários
(unidade experimental) com volume útil de 3 litros, providos de aeração constante.

Figura 1. Parâmetros avaliados nas larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare. Comprimento padrão
(CP), comprimento de cabeça (CCa), comprimento de tronco (CT), comprimento de cauda (CC), diâmetro de
olho (DO), altura de cabeça (ACa) e altura de corpo (AC).
Tabela 1. Valores médios da biometria inicial das larvas de acará bandeira em cada experimento.
Experimentos
Biometria inicial
I II III IV V VI
Peso úmido (mg) 1,78 ± 0,18 1,83±0,18 2,13±0,45 1,98±0,34 1,97±0,35 2,25±0,10
CP (mm) 4,06 ± 0,63 4,01±0,66 4,54±0,19 3,94±0,85 4,32±0,22 4,45±0,16
CCa (mm) 1,34 ± 0,20 1,24±0,30 1,46±0,09 1,21±0,35 1,35±0,14 1,42±0,08
CT (mm) 2,72 ± 0,45 2,78±0,39 3,08±0,15 2,73±0,53 2,98±0,15 3,03±0,12
CC (mm) 1,80 ± 0,30 1,92±0,21 2,00±0,16 1,88±0,29 1,96±0,18 1,95±0,11
DO (mm) 0,55 ± 0,07 0,51±0,10 0,57±0,04 0,50±0,10 0,53±0,05 0,55±0,04
ACa (mm) 1,08 ± 0,19 1,00±0,29 1,21±0,08 0,99±0,34 1,12±0,16 1,26±0,07
AC (mm) 0,63 ± 0,40 0,54±0,14 0,61±0,05 0,51±0,15 0,58±0,07 0,62±0,04

Monitoramento das condições ambientais

Os aquários foram mantidos em um sistema de banho maria para a manutenção da


temperatura, controlada por um termostato de marca SHIRUBA, modelo H-800 e quatro
aquecedores 100 w. Diariamente, antes da primeira refeição, eram sifonados os resíduos do
fundo e realizada uma troca do 70% do volume da água, em cada aquário. O fotoperíodo
era o natural, de aproximadamente de 12 horas luz.
A água de abastecimento dos aquários foi proveniente do poço artesiano e as
características físico-químicas são apresentadas na tabela 2. Durante o período
experimental, a cada três dias, pela manhã, foram monitoradas algumas variáveis
limnológicas visando verificar a qualidade da água do sistema: a temperatura e o pH foi
conferida através do potenciômetro YSI, modelo pH100; a concentração de oxigênio
dissolvido através do oxímetro YSI, modelo 55; e a condutividade elétrica por meio do
condutivímetro YSI, modelo 300. A alcalinidade total foi determinada por titulação,
segundo método recomendado por GOLTERMAN et al., 1978. A concentração de amônia,
nitrato e nitrito foi determinada pelo método colorimétrico, com leitura no
espectrofotômetro, de acordo com KOROLEFF, (1976), GOLTERMAN et al. (1978) e
MACKERETH et a, (1978). A temperatura do banho maria foi monitorada diariamente
através de termômetro de máxima e mínima.

Tabela 2. Valores médios dos parâmetros limnológicos da água de abastecimento dos aquários experimentais.
Temperatura O2D Condutividade Alcalinidade Amônia Nitrito Nitrato
o
pH
C mg.L-1 µS.cm-1 mg.L-1 µg.L-1 µg.L-1 µg.L-1
28,9±0,5 6,1±0,1 8,0±0,3 27±5,4 27±3 26,6±2,9 0,7±1 708±71

Delineamento Experimental

Foram conduzidos seis experimentos com duração de 5, 8, 11, 14, 17 e 24 dias cada
um. Cada experimento foi constituído de larvas provenientes de seis desovas originadas de
diferentes casais de acará bandeira.
O delineamento experimental foi em blocos casualizados composto por grupos de
larvas da mesma desova que foram submetidas a todos os tratamentos. Cada estudo foi
desenvolvido de acordo com os seguintes esquemas:

 Experimento I

Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de cinco dias, foram testados dois tratamentos (A0R5 e A5R0). O tratamento
controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 2).

JJ
0 6
TRATAMENTOS

A0R5
0 6

A5R0
0 6

Jejum Ração Artemia

Figura 2. Esquema do fornecimento de alimento e transição alimentar do experimento com cinco dias.

• JJ: larvas mantidas em jejum durante todo o período experimental.


• A0R5: larvas que receberam dieta seca durante todo o período experimental.
• A5R0: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental.
 Experimento II
Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de oito dias, foram testados três tratamentos (A0R8, A8R0s e A8R0). O tratamento
controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 3).

JJ
0 9
TRATAMENTOS
A0R8
0 9

A8R0s
0 6 9

A8R0
0 9

Jejum Ração Artemia Weaning

Figura 3. Esquema do fornecimento de alimento e transição alimentar do experimento com oito dias.

• JJ: larvas mantidas em jejum durante todo o período experimental.


• A0R8: larvas que receberam dieta seca durante todo o período experimental.
• A8R0s: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental com
inicio da transição alimentar no dia sexto.
• A8R0: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental.

 Experimento III

Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de 11 dias, foram testados quatro tratamentos (A0R11, A8R3, A11R0s e A11R0).
O tratamento controle foi
JJ
larvas mantidas em jejum (Figura 4).
0 12
A0R11
0 12

A8R3
6
0 9 12
A11R0s
0 9 12

A11R0
0 12

Jejum Ração Artemia Weaning


TRATAMENTOS

Figura 4. Esquema do fornecimento de alimento e transição alimentar do experimento com 11 dias.

• JJ: larvas mantidas em jejum durante todo o período experimental.


• A0R11: larvas que receberam dieta seca durante todo o período experimental.
• A8R3: substituição da Artemia por ração a partir do nono dia até o décimo primeiro.
• A11R0s: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental com
inicio da transição alimentar no dia oitavo.
• A11R0: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental.

 Experimento IV

Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de 14 dias, foram testados cinco tratamentos (A0R14, A8R6, A11R3, A14R0s e
A14R0). O tratamento controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 5).

JJ
0 15

A0R14
0 15
A8R6
0 6 9 15

A11R3
0 9 12 15

A14R0s
0 12 15

A14R0
0 15

Jejum Ração Artemia Weaning


TRATAMENTOS

Figura 5. Esquema do fornecimento de alimento e transição alimentar do experimento com 14 dias.

• JJ: larvas mantidas em jejum durante todo o período experimental.


• A0R14: larvas que receberam dieta seca durante todo o período experimental.
• A8R6: substituição da Artemia por ração a partir do nono dia até o décimo quarto.
• A11R3: substituição da Artemia por ração a partir do décimo segundo dia até o
décimo quarto.
• A14R0s: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental com
inicio da transição alimentar no dia décimo segundo.
• A14R0: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental.

JJ
 Experimento V 0 18

A0R17
0 18
Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
A8R9
período de 17 dias, foram
0 testados seis6 tratamentos
9 (A0R17, A8R9, A11R6,
18 A14R3,
A17R0s e A17R0). O tratamento controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 6).
A11R6
0 9 12 18

A14R3
0 12 15 18

A17R0s
0 15 18

A17R0
0 18

Jejum Ração Artemia Weaning


TRATAMENTOS

Figura 6. Esquema do fornecimento de alimento e transição alimentar do experimento com 17 dias.

• JJ: larvas mantidas em jejum durante todo o período experimental.


• A0R17: larvas que receberam dieta seca durante todo o período experimental.
• A8R9: substituição da Artemia por ração a partir do nono dia até o décimo sétimo.
• A11R6: substituição da Artemia por ração a partir do décimo segundo dia até o
décimo sétimo.
• A14R3: substituição da Artemia por ração a partir do décimo quinto dia até o
décimo sétimo.
• A17R0s: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental com
inicio da transição alimentar no dia décimo quinto.
• A17R0: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental.

 Experimento VI

Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de 24 dias, foram testados seis tratamentos (A0R24, A8R16, A11R13, A14R10,
A17R7 e A24R0). O tratamento controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 7).
JJ
0 25

A0R24
0 25
A8R16
TRATAMENTOS

0 6 9 25

A11R13
0 9 12 25

A14R10
0 12 15 25

A17R7
0 15 18 25

A24R0
0 25

Jejum Ração Artemia Weaning

Figura 7. Esquema do fornecimento de alimento e transição alimentar do experimento com 24 dias.

• JJ: larvas mantidas em jejum durante todo o período experimental;


• A0R24: larvas que receberam dieta seca durante todo o período experimental.
• A8R16: substituição da Artemia por ração a partir do nono dia até o vigésimo
quarto.
• A11R13: substituição da Artemia por ração a partir do décimo segundo dia até o
vigésimo quarto.
• A14R10: substituição da Artemia por ração a partir do décimo quinto dia até o
vigésimo quarto.
• A17R7: substituição da Artemia por ração a partir do décimo oitavo dia até o
vigésimo quarto.
• A24R0: larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental.
A substituição de alimento vivo pelo inerte em todos os experimentos foi precedida
por um período de adaptação, que consistia em oferecimento de alimentação mista durante
três dias antes da retirada total do alimento vivo. Nesse período o alimento vivo foi
reduzido gradualmente em proporções de 25%, 50% e 75% a cada dia. As larvas foram
alimentadas quatro vezes ao dia (8, 11, 14 e 17 horas), fracionando a quarta parte do
alimento diário, por refeição.
Para a obtenção dos náuplios de Artemia foram utilizados cistos nacionais de
Artemia franciscana, produzidos no Rio Grande do Norte, da seguinte forma: hidratação
dos cistos em água doce por cerca de 30 minutos; colocação dos cistos numa incubadora de
plástico transparente contendo água salinizada com proporção de 25 g de sal por litro,
mantida a 30oC, dotadas com aeração e luminosidade constante, através de lâmpadas
fluorescentes posicionadas ao lado das incubadoras. Após 36 horas de incubação, quando a
aeração era retirada e os náuplios de Artemia ficavam concentrados no fundo da
incubadora, sendo coletados por sifonamento para o fornecimento às larvas de acará
bandeira. O padrão de alimentação das larvas que receberam alimento vivo é descrito na
Tabela 3.

Tabela 3. Quantidade de náuplios de Artemia a ser oferecido diariamente às larvas de acará bandeira.
(ALVARADO, J. D. et al., 2009).

No de náuplios
Intervalo em dias
de Artemia
1-3 500
4-6 1000
7-9 1500
10 - 12 2000
13 – 15 2500
16 – 18 3000
19 – 21 3500
22 – 24 4000

Como substituto do alimento natural, foi empregada uma ração já testada para
alimentação inicial para larvas de tilapia (KOCH et. al. 2009). A formulação e a
composição química do alimento inerte utilizado durante o estudo estão apresentados nas
Tabelas 4 e 5, respectivamente. O tamanho da partícula da ração foi o ajustado de acordo
com a fase do desenvolvimento das larvas, para garantir um melhor aproveitamento, e
fornecida ad libitum.
Tabela 4. Composição percentual da dieta experimental1.
Ingrediente Composição da dieta%
Farinha de vísceras de aves 20,73
Farelo de arroz 21,00
Farinha de peixe 53,00
DL-Metionina 0,11
L-Triptofano 0,16
L-Treonina 0,20
Fosfato bicálcico 4,00
Vitamina C 0,03
Sal (NaCl) 0,50
Suplemento Vitaminico2 0,15
Suplemento Mineral3 0,10
BTH4 0,02
Total 100,00
1
Valores com base em KOCH et. al 2009
2
Suplemento vitamínico (níveis de garantia/kg do produto): vit. A = 1.200.000 UI; vit. D 3 = 200.000 UI; vit.
E = 12.000 mg; vit. K3 = 2.400 mg; vit. B1 =4.800 mg; vit. B2 = 4.800 mg; vit. B6 = 4.000 mg; vit. B12 =
4.800 mg; ácido fólico = 1.200 mg; pantotenato de cálcio = 12.000 mg; vit. C = 48.000 mg; biotina = 48
mg; colina = 65.000 mg e niacina = 24.000 mg.
3
Suplemento mineral (níveis de garantia/kg do produto): ferro = 10.000 mg; cobre = 600 mg; manganês =
4.000 mg; iodo = 20 mg; cobalto = 2 mg e selênio = 20 mg.
4
Antioxidante (BHT) = Butil hidróxi tolueno

Tabela 5. Composição química da dieta experimental1


Ingrediente Composição química da dieta
Energia Digestível (kcal/kg) 3274
Proteína Digestível (%) 35,14
Fibra Bruta (%) 0,57
Extrato etéreo (%) 9,79
Ca total (%) 4,93
P disponível (%) 1,92
Metionina (%) 1,13
Aminoácidos sulfurados (%) 1,09
Lisina (%) 3, 08
Triptofano (%) 0,46
Treonina (%) 1,70
1
Valores com base em KOCH et. al. 2009

Coleta da amostras

Foram realizadas coletas das larvas no inicio e final de cada experimento. No início,
a coleta foi feita através de uma amostragem por cada desova (25 larvas equivalentes
aproximadamente ao 10%) e no final, com jejum de 12 horas, todas as larvas colhidas para
posterior análise. Os animais foram fixados em uma solução de formol a 10%, num volume
três vezes maior que a amostra, por um período de 24 horas e posteriormente preservados
em álcool 70%. Todas as larvas coletadas, antes de serem colocadas em solução fixadora,
foram insensibilizadas através de choque térmico. Para a obtenção do peso das larvas foi
utilizada uma balança analítica digital de marca GEHAKA, modelo AG 200, com precisão
de ±0,0001 g. Para as medições foi empregado um estereomicroscópico LEICA M28,
acoplado ao equipamento automático de microfotografia LEICA CD280, através do
programa IM 50 LEICA.

Parâmetros avaliados
Alem disso, foram calculados os seguintes parâmetros de desempenho produtivo:

O ganho de peso (GP) calculado pela equação:

GP = peso final – peso inicial

A biomassa final (BF) calculada pela equação (CAVERO et al. 2003b):

BF = peso médio final x numero final de peixes

O fator de condição alométrico (K) foi calculado substituindo-se o comprimento


total pelo comprimento padrão (VAZZOLER, 1996), Além disso, o coeficiente de
regressão entre peso e comprimento padrão (b) foi estimado para o Experimento I = 2,1145;
Experimento II = 1,9071; Experimento III= 1,826; Experimento IV = 1,8468; Experimento
V = 1,544; Experimento VI = 1,3866. A equação empregada foi:

P
K = x 103
b
CP

A sobrevivência real (SR) determinada pela equação:


número de peixes inicial
S (%) = x 100
número de peixes final

A sobrevivência aparente (SA) obtida através da mortalidade diária.

A taxa de crescimento especifica (TCE) calculada de acordo com a equação de


KESTMONTS & STALMANS (1992):

(ln) peso final – (ln) peso inicial


TCE = x 100
Intervalo de tempo entre biometrias

onde, ln = logaritmo neperiano

A uniformidade dos lotes de peixes (U) realizada pela equação proposta por
FURUYA et al. (1998):

N±20
U(%) = x 100
Nt

em que, Nt = número total de peixes em cada unidade experimental e N±20= número de


animais com peso total ±20 % em torno da média da unidade experimental.

Além da avaliação do desempenho, foi feita um analise de custo de produção entre


os diferentes regimes alimentares.

Analise estatística

Todos os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Cramer-von Mises.

Quando a normalidade não foi encontrada, os dados foram transformados em Y2 ou


log10(Y), de acordo com a transformação sugerida pelo programa estatístico utilizado. Os

dados de sobrevivência foram transformados em arco seno √x/100 antes da análise.

Os parâmetros limnologicos da água e as variáveis de desempenho zootécnico

foram comparados entre os diferentes períodos de tempo para o inicio da substituição do

alimento vivo pelo alimento inerte, utilizou-se o teste F para análise de variância (two way).

Para inferir diferença estatística foi utilizado p ≤ 0,05 e quando foi encontrada, aplicou-se o

teste de Tukey para comparação entre as médias. O programa estatístico utilizado foi o SAS

versão 9.1.

O modelo estatístico empregado nos experimentos foi o seguinte:

Yij = µ + ri + dj + eij

onde o Yij = parâmetro avaliado na parcela que recebeu o regime alimentar i, na desova j; µ

= média geral; ri = efeito de o regime alimentar i; dj = efeito da desova j; eij = erro casual

na parcela do regime alimentar i, na desova j, considera-se distribuição normal, média 0 e

variância s2.

RESULTADOS

EXPERIMENTO I

Parâmetros físico-químicos da água dos aquários


Os resultados das analises limnológicas da água obtidos durante a fase experimental
são apresentadas na tabela 6.

Tabela 6. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água durante o experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante cinco dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R5 A5R0
o a a
Temperatura C 29,00±0,62 29,39±0,55 1,93
Potencial Hidrogênio 7,22±0,16a 7,14±0,11a 1,85
Oxigênio dissolvido (mg.L-1) 6,95±0,40a 7,30±0,54a 6,45
Condutividade (µS.cm-1) 56,8±25,7b 183,4±63,8a 39,52
Alcalinidade total (mg.L-1) 48,0±10,1a 27,8±2,2b 21,16
-1 a
Amônia (mg.L ) 1,74±0,26 0,52±0,16b 21,16
Nitrato (mg.L-1) 0,52±0,24b 0,92±0,12a 28,41
Nitrito (µg.L-1) 27,1±11,7a 24,5±11,0a 35,72
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

A temperatura (p=0,1960), pH (p=0,2760), concentração de oxigênio dissolvido


(p=0,1507) e concentração de nitrito da água dos aquários (p=0,5275), não foram
influenciados pelos diferentes tratamentos. A condutividade foi maior (p<0,0001) nos
tratamentos onde o fornecimento de náuplios de Artemia se manteve por um período mais
prolongado, já que a salinidade da água onde os náuplios eram mantidos estava em torno de
25 a 30 ppm. A alcalinidade total e concentração de amônia apresentaram diferenças
significativas entre os tratamentos (p<0,0001). Os valores médios apresentadas pelas dos
variáveis, foram maiores nos tratamentos aonde o fornecimento de ração se manteve por
um período maior, sendo que a água das larvas que receberam Artemia durante toda a fase
experimental teve a média mais baixa. A concentração de nitrato aumento nos tratamentos
aonde a Artemia foi subministrada por mais dias durante o período experimental
(p<0,0001).

Variáveis de desempenho zootécnico

Os resultados do crescimento das larvas ao final do experimento são apresentados


na tabela 7, sendo que o ganho de peso, comprimento padrão, comprimento de cabeça,
comprimento de tronco, comprimento de cauda, diâmetro de olho, altura de cabeça e altura
de corpo mostraram efeitos altamente significativos para os regimes alimentares
(p<0,0001).
O melhor desempenho de crescimento foi observado nas larvas que receberam
alimento vivo durante a fase experimental (A5R0). Constatou-se que o crescimento das
larvas de acará bandeira respondeu positivamente ao maior período de alimentação com
náuplios de Artemia.
A biomassa final do grupo de larvas alimentadas com náuplios de Artemia foi maior
daquelas alimentadas com ração (p=0,0034). O fator de condição alométrico apresentou
diferenças significativas entre os tratamentos avaliados (p<0,0001). O melhor resultado foi
nas larvas alimentadas com náuplios de Artemia.

Tabela 7. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare alimentadas
com náuplios de Artemia e ração durante cinco dias.
TRATAMENTOS CV
PARÂMETROS
A0R5 A5R0 (%)
GP (mg) 1,43±0,51b 1,43±0,51b 31,37
CP (mm) 4,41±0,31b 4,41±0,31b 7,84
CCa (mm) 1,49±0,16b 1,49±0,16b 10,28
CT (mm) 2,91±0,20b 2,91±0,20b 7,52
b
CC (mm) 1,97±0,15 1,97±0,15b 8,06
DO (mm) 0,55±0,06b 0,55±0,06b 19,70
ACa (mm) 1,01±0,16b 1,01±0,16b 11,57
b
AC (mm) 0,70±0,12 0,70±0,12b 17,04
BF (g) 0,020±0,007b 0,097±0,028a 33,55
K 0,18±0,07b 0,39±0,08a 23,16
SR (%) 60,00±11,30b 82,67±6,83 12,45
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Os regimes alimentares influenciaram a sobrevivência real (p=0,0157) das larvas de


acará bandeira (Tabela 7). O grupo de larvas que receberam náuplios de Artemia durante a
período experimental (A5R0) apresentou a sobrevivência mais alta ao final do período
experimental. Na sobrevivência aparente verificou-se maior mortalidade a partir do
segundo dia no grupo de larvas que foram alimentadas com ração (Figura 8).
Figura 8. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare alimentadas com náuplios de Artemia
e ração, ao final de cinco dias após inicio da alimentação exógena.

A taxa de crescimento especifico apresentou diferença significativas (p<0,0001).


Observou-se que o grupo das larvas que receberam ração (A0R5) durante a fase
experimental, apresentou uma TCE negativa, evidenciando a dependência pelo alimento
vivo durante esta fase do crescimento (Figura 9).

Figura 9. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
alimentadas com náiplios de Artemia e ração, ao final de cinco dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Os resultados da uniformidade dos lotes de peixes estão ilustrados na figura 10. As
larvas alimentadas com náuplios de Artemia apresentaram a maior uniformidade
(p=0,0025).

Figura 10. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare alimentadas com náuplios
de Artemia e ração, ao final de cinco dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

EXPERIMENTO II

Parâmetros físico-químicos da água dos aquários

Os resultados das analises limnológicas da água obtidos durante a fase experimental


são apresentadas na tabela 8.
A temperatura (p=0,1891), pH (p=0.0878), concentração de oxigênio dissolvido
(p=0,8060) e concentração de nitrito (p=0,2657) da água dos aquários, não foram
influenciados pelos diferentes tratamentos. A condutividade foi maior nos grupos de larvas
alimentadas com náuplios de Artemia por um período mais prolongado (p<0,0001) já que a
salinidade da água onde os náuplios são mantidos esta em torno de 25 a 30 ppm. A
alcalinidade total e a concentração de amônia apresentaram diferenças significativas entre
os tratamentos (p<0,0001). Os valores médios apresentadas pelas dos variáveis, foram
maiores nos tratamentos aonde o fornecimento de ração se manteve por mais tempo, sendo
que a água das larvas que receberam Artemia durante todo o período experimental teve a
média mais baixa. A concentração de nitrato aumento nos tratamentos aonde a Artemia foi
subministrada por mais dias durante a fase experimental (p<0,0001).

Tabela 8. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante oito dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R8 A8R0s A8R0
o a a a
Temperatura C 29,18±0,65 29,48±0,54 29,52±0,55 1,66
Potencial Hidrogênio 7,25±0,19a 7,19±0,18a 7,09±0,14a 2,31
Oxigênio dissolvido (mg.L-1) 7,08±0,37a 7,13±0,51a 7,20±0,49a 6,39
Condutividade (µS.cm-1) 55,2±20,8b 139,8±73,6a 193,7±58,6a 39,39
Alcalinidade total (mg.L-1) 47,6±9,1a 44,0±15,4a 28,8±2,9b 26.98
-1 a b
Amônia (mg.L ) 1,61±0,44 0,74±0,39 0,56±0,18b 36,70
Nitrato (mg.L-1) 0,54±0,20b 0,75±0,28a 0,94±0,12a 29,29
Nitrito (µg.L-1) 27,6±10,2a 20,7±12,6a 25,5±12,0a 48,85
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Variáveis de desempenho zootécnico

Os resultados do crescimento das larvas ao final do experimento são apresentados


na tabela 9, sendo que o de ganho de peso, comprimento padrão, comprimento de cabeça,
comprimento de tronco, comprimento de cauda, diâmetro de olho, altura de cabeça e altura
de corpo mostraram efeitos altamente significativos para os tempos de substituição do
alimento vivo (p<0,0001).
O melhor desempenho de crescimento foi observado nas larvas que receberam
somente náuplios de Artemia durante a fase experimental (A8R0). Constatou-se que o
crescimento das larvas de acará bandeira respondeu positivamente ao maior período de
alimentação com náuplios de Artemia.
A biomassa final do grupo de larvas alimentadas com Artemia (A8R0s e A8R0) foi
maior daquelas alimentadas somente com ração (p=0,0002). O fator de condição diferiu
estatisticamente entre os regimes alimentares (p<0,0001). O maior período de fornecimento
de náuplios de Artemia favoreceu o K, apresentando a média mais alta o tratamento A8R0 e
a mais baixa o tratamento A0R8.

Tabela 9. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare submetidas
diferentes períodos de tempos para inicio da substituição de alimento vivo pelo alimento inerte durante oito dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R8 A8R0s A8R0
c b a
GP (mg) 1,65±0,71 8,83±3,88 13,71±5,60 34,78
CP (mm) 4,45±0,47c 7,13±0,79b 8,02±0,78a 14,24
CCa (mm) 1,55±0,23c 2,77±0,35b 3,12±0,35a 17,37
CT (mm) 2,90±0,27c 4,34±0.49b 4,84±0,54a 16,34
CC (mm) 1,96±0,19c 2,95±0,27b 3,33±0,31a 7,08
DO (mm) 0,61±0,10c 1,01±0,14b 1,10±0,15a 18,65
ACa (mm) 1,01±0,20c 1,98±0,33b 2,34±0,29a 21,28
AC (mm) 0,77±0,21c 2,25±0,57b 2,82±0,60a 33,79
BF (g) 0,024±0,017b 0,185±0,092a 0,292±0,147a 42,71
K 0,16±0,06c 0,41±0,13b 0,54±0,15a 23,52
SR (%) 62,22±25,44b 83,33±9,66a 84,44±13,28a 16,99
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Os períodos para inicio da substituição do alimento vivo pelo alimento inerte


influenciaram a sobrevivência real (p=0,0240) das larvas de acará bandeira (Tabela 9). O
grupo de larvas que receberam somente ração durante a fase experimental (A0R8)
apresentou a mortalidade mais alta. Nos demais tratamentos, A8R0s e A8R0, as médias de
sobrevivência não apresentaram diferenças significativas. Na sobrevivência aparente
verificou-se maior mortalidade a partir do segundo dia no grupo de larvas que foram
alimentadas somente com ração (Figura 11).

Figura 11. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos
para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de oito dias após inicio da alimentação exógena.
A taxa de crescimento especifico deferiu estatisticamente (p<0,0001) dos tempos
para inicio da transição do alimento vivo pelo alimento inerte. Observou-se que a TCE do
grupo que representam as larvas que receberam náuplios de Artemia (A8R0s e A8R0)
durante todo o período experimental, sobressaíram-se aos demais grupos (Figura 12). As
larvas que foram alimentadas somente com ração (A0R8) apresentaram uma TCE negativa,
evidenciando a dependência pelo alimento vivo durante esta fase do crescimento.

Figura 12. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
submetidas a diferentes tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de oito dias após inicio
da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Os resultados da uniformidade dos lotes de peixes estão ilustrados na figura 13. A


uniformidade do lote não foi influenciada (p=0,2061) pelos tempos para substituir os
náuplios de Artemia por ração durante a fase experimental.
Figura 13. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes
tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 8 dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

EXPERIMENTO III

Parâmetros físico-químicos da água dos aquários

Os resultados das analises limnológicas da água obtidos durante a fase experimental


são apresentadas na tabela 10.

Tabela 10. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante 11 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R11 A8R3 A11R0s A11R0
Temperatura oC 29,33±0,64a 29,52±0,52a 29,53±0,61a 29,55±0,50a 1,61
Potencial Hidrogênio 7,21±0,13a 7,18±0,14a 7,20±0,11a 7,11±0,11a 1,63
Oxigênio dissolvido (mg.L-1) 7,00±0,43a 6,98±0,52a 7,10±0,41a 7,18±0,43a 6,36
-1 c b ab
Condutividade (µS.cm ) 50,4±20,7 115,4±76,8 155,8±79,2 193,7±53,2a 46,56
Alcalinidade total (mg.L-1) 49,3±9,2a 48,1±15,8a 41,2±15,4a 29,0±3,0b 29,11
-1 a ab bc
Amônia (mg.L ) 1,70±0,62 1,37±0,95 1,02±0,70 0,59±0,21c 57,17
Nitrato (mg.L-1) 0,51±0,19c 0,70±0,29b 0,80±0,26ab 0,94±0,11a 30,29
-1 a a a
Nitrito (µg.L ) 27,4±9,4 22,1±13,8 25,5±12,2 25,3±11,6a 47,08
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

A temperatura (p=0,5092), pH (p=0.1082), concentração de oxigênio dissolvido


(p=0,5642) e concentração de nitrito (p=0,5337) da água dos aquários, não foram
influenciados pelos diferentes tratamentos. A condutividade foi maior nos tratamentos onde
o fornecimento de náuplios de Artemia se manteve por mais tempo (p<0,0001) já que a
salinidade da água onde os náuplios são mantidos esta em torno de 25 a 30 ppm. A
alcalinidade total e concentração de amônia apresentaram diferenças significativas entre os
tratamentos (p<0,0001). Os valores médios apresentadas pelas dos variáveis, foram maiores
nos tratamentos aonde o fornecimento de ração se manteve por um período mais
prolongado, sendo que a água das larvas que receberam Artemia durante toda a fase
experimental teve a média mais baixa. A concentração de nitrato aumento nos tratamentos
aonde a Artemia foi subministrada por mais dias durante a fase experimental (p<0,0001).

Variáveis de desempenho zootécnico

Os resultados do crescimento das larvas ao final do experimento são apresentados


na tabela 11, sendo que o ganho de peso, comprimento padrão, comprimento de cabeça,
comprimento de tronco, comprimento de cauda, diâmetro de olho, altura de cabeça e altura
de corpo mostraram efeitos altamente significativos para os tempos de substituição do
alimento vivo (p<0,0001).
O melhor desempenho de crescimento foi observado nas larvas que receberam
somente náuplios de Artemia durante a fase experimental (A11R0). Constatou-se que o
crescimento das larvas de acará bandeira respondeu positivamente ao maior período de
alimentação com alimento vivo.
A biomassa final diferiu estatisticamente entre os tratamentos avaliados (p<0,0001),
sendo maior no grupo de larvas alimentadas com Artemia durante todo o período
experimental, enquanto o tratamento A0R11 apresentou o valor mais baixo. O fator de
condição também apresentou diferença entre os regimes alimentares (p<0,0001). O grupo
de larvas alimentadas somente com náuplios de Artemia durante a fase experimental
apresentou a média mais alta (A11R0). Nos demais tratamentos, o K diminuiu de acordo ao
menor período de fornecimento de alimento vivo, resultando a menor média apresentada no
A0R11.
Tabela 11. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare submetidas
diferentes períodos de tempos para inicio da substituição de alimento vivo pelo alimento inerte durante 11 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R11 A8R3 A11R0s A11R0
GP (mg) 2,18±1,45d 13,76±5,25c 25,61±8,39b 33,23±14,89a 35,01
CP (mm) 4,95±0,79d 7,90±0,67c 9,22±1,03b 10,17±1,07a 15,57
d c b
CCa (mm) 1,82±0,37 3,17±0,28 3,72±0,42 4,12±0,43a 15,92
CT (mm) 3,13±0,44d 4,73±0.41c 5,51±0,62b 6,07±0,64a 15,77
d c b
CC (mm) 2,19±0,24 3,20±0,25 3,77±0,45 4,08±0,48a 16,77
d c b
DO (mm) 0,69±0,13 1,18±0,11 1,39±0,21 1,50±0,18a 8,78
ACa (mm) 1,21±0,30d 2,41±0,29c 2,82±0,41b 3,18±0,39a 18,08
d c b
AC (mm) 1,08±0,32 2,95±0,52 3,90±0,73 4,58±0,78a 29,10
BF (g) 0,012±0,009c 0,282±0,125bc 0,487±0,267ab 0,579±0,229a 37,37
K 0,10±0,05d 0,29±0,07c 0,41±0,08b 0,44±0,12a 20,66
SR (%) 28,89±13,61b 81,67±19,29a 76,67±20,22a 86,67±16,33a 17,85
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Os períodos para inicio da substituição do alimento vivo pelo alimento inerte


influenciaram a sobrevivência real (p<0,0001) das larvas de acará bandeira (Tabela 11). O
grupo de larvas que receberam somente ração durante a fase experimental (A0R11)
apresentou a mortalidade mais alta. Nos demais tratamentos, A8R3, A11R0s e A11R0, as
médias de sobrevivência não deram diferenças estatísticas. Na sobrevivência aparente
verificou-se maior mortalidade a partir do segundo dia no grupo de larvas que foram
alimentadas unicamente com ração (Figura 11).

Figura 14. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos
para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 11 dias após inicio da alimentação exógena.
A taxa de crescimento especifico diferiu estatisticamente (p<0,0001) dos tempos
para inicio da substituição do alimento vivo pelo alimento inerte. Observou-se que a TCE
do grupo que representam as larvas que receberam náuplios de Artemia (A11R0s e A11R0)
durante toda a fase experimental, sobressaíram-se aos demais grupos (Figura 15), enquanto
as larvas que foram alimentadas somente com ração durante o período experimental
(A0R11) apresentaram uma TCE negativa, evidenciando a dependência pelo alimento vivo
durante esta fase do crescimento.

Figura 15. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
submetidas a diferentes tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 11 dias após inicio
da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Os resultados da uniformidade dos lotes de peixes estão ilustrados na figura 16. A


uniformidade do lote foi menor (p=0,0028) nas larvas alimentadas unicamente com ração
(A0R11). Nos demais tratamentos, as médias não apresentaram diferenças significativas.
Figura 16. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes
tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 11 dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

EXPERIMENTO IV

Parâmetros físico-químicos da água dos aquários

Os resultados das analises limnológicas da água obtidos durante a fase experimental


são apresentadas na tabela 12.

Tabela 12. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante 14 dias.
TRATAMENTOS
PARMETROS CV (%)
A0R14 A8R6 A11R3 A14R0s A14R0
Temperatura oC 29,16±0,83a 29,35±0,72a 29,30±0,54a 29,41±0,52a 29,36±0,73a 2,11
Potencial Hidrogênio 7,21±0,15ab 7,25±0,17a 7,24±0,13ab 7,18±0,14ab 7,12±0,13b 1,97
-1 a a a
Oxigênio dissolvido (mg.L ) 7,02±0,42 7,06±0,49 7,07±0,38 7,08±0,49a 7,21±0,42a 6,23
Condutividade (µS.cm-1) 45,1±11,5d 85,6±50,1cd 135,7±81,6bc 155,5±91,3ab 217,8±69,9a 52,00
Alcalinidade total (mg.L-1) 50,8±9,0a 50,8±15,5a 46,0±16,9ab 36,9±12,2bc 29,6±3,1c 29,19
Amônia (mg.L-1) 1,83±0,66a 1,71±1,03ab 1,57±1,10ab 1,13±0,74bc 0,62±0,22c 59,50
Nitrato (mg.L-1) 0,51±0,19c 0,66±0,29bc 0,78±0,28ab 0,90±0,18a 0,94±0,10a 28,94
-1 a a a
Nitrito (µg.L ) 30,1±11,6 23,1±14,3 26,3±11,7 25,9±11,5a 28,4±15,6a 47,01
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

A temperatura (p=0,9731), concentração de oxigênio dissolvido (p=0,6252) e


concentração de nitrito (p=0,4312) da água dos aquários não foram influenciados pelos
diferentes tratamentos. O ph da água dos aquários alimentados com Artemia durante toda a
fase experimental foi mais baixo em ralação aos outros tratamentos (p=0,0393). A
condutividade foi maior nos tratamentos onde o fornecimento de náuplios de Artemia se
manteve por um período mais prolongado (p<0,0001) já que a salinidade da água onde os
náuplios são mantidos esta em torno de 25 a 30 ppm. A alcalinidade total e concentração de
amônia foram maiores nos tratamentos aonde o fornecimento de ração se manteve por um
período mais prolongado (p<0,0001), sendo que a água das larvas que receberam Artemia
durante toda a fase experimental teve a média mais baixa. A concentração de nitrato
aumento nos tratamentos aonde a Artemia foi subministrada por mais dias durante a fase
experimental (p<0,0001).
Variáveis de desempenho zootécnico

Os resultados do crescimento das larvas ao final do experimento são apresentadas na


tabela 13, sendo que o ganho de peso, comprimento padrão, comprimento de cabeça,
comprimento de tronco, comprimento de cauda, diâmetro de olho, altura de cabeça e altura
de corpo mostraram efeitos altamente significativos para os tempos de substituição do
alimento vivo (p<0,0001).
O melhor desempenho de crescimento foi observado nas larvas que receberam
unicamente alimento vivo durante a fase experimental (A14R0). Constatou-se que o
crescimento das larvas de acará bandeira respondeu positivamente ao maior período de
alimentação com náuplios de Artemia.
A maior biomassa final foi apresentada pelos tratamentos A14R0s e A14R0
(p<0,0001), enquanto o grupo de larvas alimentadas unicamente com ração (A0R14)
apresentou o valor mais baixo. O fator de condição alométrico também diferiu
significativamente entre os tratamentos avaliados (p<0,0001). O grupo de larvas que foram
alimentadas unicamente com ração durante a fase experimental apresentou a média mais
baixa. O K aumento, quando o fornecimento de náuplios de Artemia se manteve por um
período mais prolongado, sendo melhor no tratamento A14R0.
Tabela 13. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare submetidas
diferentes períodos de tempos para inicio da substituição de alimento vivo pelo alimento inerte durante 14 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R14 A8R6 A11R3 A14R0s A14R0
e d c b a
GP (mg) 3,76±1,91 22,98±10,53 37,90±13,37 47,24±18,30 54,88±15,54 28,22
CP (mm) 5,07±0,89e 8,33±1,22d 9,98±1,05c 10,74±1,06b 11,28±0,94a 17,36
CCa (mm) 1,84±0,39e 3,30±0,61d 4,08±0,47c 4,36±0,50b 4,59±0,43a 20,11
CT (mm) 3,23±0,55e 4,97±0,72d 5,90±0,61c 6,35±0,64b 6,70±0,55a 17,65
CC (mm) 2,19±0,28e 3,46±0,57d 4,12±0,45c 4,40±0,48b 4,71±0,53a 19,55
DO (mm) 0,71±0,14e 1,21±0,20d 1,52±0,17c 1,57±0,18b 1,69±0,19a 21,35
ACa (mm) 1,27±0,32e 2,36±0,50d 3,10±0,40c 3,29±0,47b 3,60±0,38a 23,62
AC (mm) 1,18±0,35e 3,34±0,94d 4,58±0,77c 5,12±0,86b 5,60±0,81a 30,16
BF (g) 0,04±0,03c 0,43±0,23b 0,70±0,29ab 0,86±0,38a 1,01±0,48a 29,15
K 0,18±0,05e 0,46±0,10d 0,55±0,10c 0,60±0,13b 0,64±0,11a 14,50
SR (%) 36,11±23,80b 75,00±19,18a 75,00±19,41a 73,89±9,29a 74,44±17,60a 17,07
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

A substituição do alimento vivo nos diferentes tempos influenciou a sobrevivência


real (p<0,0001) das larvas de acará bandeira (Tabela 13). O grupo de larvas que receberam
somente ração durante a fase experimental (A0R14) apresentou a mortalidade mais alta.
Nos demais tratamentos, A8R6, A11R3, A14R0s e A14R0, as médias de sobrevivência não
deram diferenças estatísticas. Na sobrevivência aparente verificou-se maior mortalidade a
partir do segundo dia no grupo de larvas que foram alimentadas unicamente com ração
(Figura 17).

Figura 17. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos para
a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 14 dias após inicio da alimentação exógena.

A taxa de crescimento especifico (TCE) diferiu estatisticamente (p<0,0001) dos


tempos para inicio da substituição do alimento vivo pelo alimento inerte. Observou-se que a
TCE do grupo que representam as larvas que receberam náuplios de Artemia (A14R0s e
A14R0) durante toda a fase experimental, sobressaíram-se aos demais grupos (Figura 18).
O grupo de larvas que foram alimentadas somente com ração durante o período
experimental (A0R14) teve uma TCE muito inferior, evidenciando a dependência pelo
alimento vivo durante esta fase do crescimento.
Figura 18. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
submetidas a diferentes tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 14 dias após inicio
da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Os resultados da uniformidade dos lotes de peixes estão ilustrados na figura 19. A


uniformidade do lote foi menor (p=0,0002) nos tratamentos A0R14 e A8R6. Nos demais
tratamentos, as médias não apresentaram diferenças estatísticas.

Figura 19. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes
tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 14 dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
EXPERIMENTO V

Parâmetros físico-químicos da água dos aquários

Os resultados das analises limnológicas da água obtidos durante a fase experimental


são apresentadas na tabela 14.

Tabela 14. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante 17 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R17 A8R9 A11R6 A14R3 A17R0s A17R0
o a a a a a a
Temperatura C 29,31±0,57 29,37±0,58 29,30±0,65 29,30±0,54 29,41±0,52 29,35±0,58 1,74
Potencial Hidrogênio 7,26±0,14ab 7,29±0,14a 7,26±0,13ab 7,25±0,13ab 7,22±0,14ab 7,14±0,09b 1,55
Oxigênio dissolvido (mg.L-1) 6,99±0,40a 7,03±0,46a 7,04±0,36a 7,02±0,50a 7,16±0,47a 7,22±0,39a 6,14
-1 c c bc
Condutividade (µS.cm ) 54,2±19,9 69,7±24,2 126,1±77,3 130,8±74,1bc 155,8±70,4b 217,3±71,9a 48,61
Alcalinidade total (mg.L-1) 52,1±9,1a 54,0±14,7a 49,3±17,5ab 40,6±14,1bc 39,0±14,9cd 30,6±3,9d 29,90
-1 ab a ab
Amônia (mg.L ) 1,90±0,37 1,97±1,10 1,90±1,22 1,31±0,82bc 1,28±0,90bc 0,66±0,22c 57,97
-1 c bc b
Nitrato (mg.L ) 0,51±0,18 0,65±0,32 0,75±0,29 0,99±0,07a 0,92±0,22a 0,98±0,09a 28,46
Nitrito (µg.L-1) 33,3±21,0a 28,0±22,0a 32,3±22,7a 36,2±28,4a 30,0±17,1a 31,4±18,5a 16,65
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

A temperatura (p=0,9908), concentração de oxigênio dissolvido (p=0,3377) e


concentração de nitrito (p=0,3382) da água dos aquários não foram influenciados pelos
diferentes tratamentos. O ph da água dos aquários alimentados com Artemia durante toda a
fase experimental foi mais baixo em ralação aos outros tratamentos (p=0.0010). A
condutividade foi maior nos tratamentos onde o fornecimento de náuplios de Artemia se
manteve por um período mais prolongado (p<0,0001) já que a salinidade da água onde os
náuplios são mantidos esta em torno de 25 a 30 ppm. A alcalinidade total e concentração de
amônia foram maiores nos tratamentos aonde o fornecimento de ração se manteve por um
período mais prolongado (p<0,0001), sendo que a água das larvas que receberam Artemia
durante toda a fase experimental teve a média mais baixa. A concentração de nitrato
aumento nos tratamentos aonde a Artemia foi subministrada por mais dias durante a fase
experimental (p<0,0001).

Variáveis de desempenho zootécnico


Os resultados do crescimento das larvas ao final do experimento são apresentados
na tabela 15, senso que o ganho de peso, comprimento padrão, comprimento de cabeça,
comprimento de tronco, comprimento de cauda, diâmetro de olho, altura de cabeça e altura
de corpo mostraram efeitos altamente significativos para os tempos de substituição do
alimento vivo (p<0,0001).
O melhor desempenho de crescimento foi observado nas larvas que receberam
alimento vivo durante todo o período experimental (A17R0 e A17R0s). Constatou-se que o
crescimento das larvas de acará bandeira respondeu positivamente ao maior período de
alimentação com náuplios de Artemia.
A biomassa final apresentou diferença entre os tratamentos (F=47,43; p<0,0001),
sendo maior no grupo de larvas que foram alimentadas com Artemia duraste toda a fase
experimental (A17R0s e A17R0). O grupo de larvas alimentadas unicamente com ração
(A0R17) apresentou a biomassa final mais baixa. O fator de condição apresentou os
melhores (F=372,24; p<0,0001) resultados no grupo de larvas que receberam náuplios de
Artemia durante todo o experimento (A17R0s e A17R0), caso contrario das que receberam
somente ração.

Tabela 15. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare submetidas
diferentes períodos de tempos para inicio da substituição de alimento vivo pelo alimento inerte durante 17 dias.
TRATAMENTOS CV
PARÂMETROS
A0R17 A8R9 A11R6 A14R3 A17R0s A17R0 (%)
GP (mg) 5,66±3,29e 38,71±18,06d 55,44±17,02c 73,92±19,04b 89,81±18,74a 94,97±20,86a 25,54
CP (mm) 5,28±0,96e 9,89±1,49d 11,07±1,04c 12,06±0,82b 12,84±0,88a 13,02±0,91a 15,47
CCa (mm) 1,96±0,44e 4,01±0,63d 4,52±0,44c 4,93±0,37b 5,24±0,40a 5,29±0,42a 17,50
CT (mm) 3,30±0,56e 5,86±0,87d 6,56±0,62c 7,13±0,53b 7,62±0,55a 7,75±0,57a 8,41
CC (mm) 2,18±0,34f 3,84±0,56e 4,33±0,47d 4,80±0,41c 5,07±0,42b 5,24±0,41a 17,09
DO (mm) 0,74±0,14e 1,50±0,24d 1,75±0,18c 1,88±0,12b 1,98±0,12a 1,98±0,12a 15,54
ACa (mm) 1,35±0,42e 3,10±0,56d 3,57±0,39c 3,95±0,29b 4,22±0,32a 4,31±0,35a 17,97
AC (mm) 1,19±0,49f 4,56±1,12e 5,51±0,87d 6,41±0,64c 7,00±0,67b 7,26±0,62a 22,52
BF (g) 0,06±0,02d 0,84±0,36c 1,22±0,45bc 1,64±0,24ab 1,98±0,29a 2,06±0,50a 20,93
K 0,23±0,11e 0,46±0,10d 0,55±0,09c 0,64±0,09b 0,69±0,08a 0,71±0,07a 14,44
SR (%) 50,00±7,07b 89,33±8,63a 92,67±5,96a 87,22±7,43a 86,67±7,60a 85,56±8,61a 6,08
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

A substituição do alimento vivo nos diferentes tempos influenciou a sobrevivência


real (p<0,0001) das larvas de acará bandeira (Tabela 15). O grupo de larvas alimentadas
com ração durante todo o período experimental (A0R17) apresentou mortalidade mais
elevada. Nos demais tratamentos, A8R9, A11R6, A14R3, A17R0s e A17R0, as médias de
sobrevivência não apresentaram diferenças estatísticas. Na sobrevivência aparente
verificou-se maior mortalidade a partir do quarto dia no grupo de larvas que foram
alimentadas unicamente com ração (Figura 20).

Figura 20. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos para
a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 17 dias após inicio da alimentação exógena.

A taxa de crescimento especifico (TCE) diferiu estatisticamente dos tempos para


inicio da substituição do alimento vivo pelo alimento inerte (p<0,0001). Observou-se que a
TCE do grupo que representam as larvas que receberam náuplios de Artemia (A17R0 e
A17R0s) durante toda a fase experimental, sobressaíram-se aos demais grupos (Figura 21).
O grupo de larvas que foram alimentadas somente com ração durante o período
experimental (A0R17) teve uma TCE muito inferior, evidenciando a dependência pelo
alimento vivo durante esta fase do crescimento.
Figura 21. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
submetidas a diferentes tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 17 dias após inicio
da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Os resultados da uniformidade dos lotes de peixes estão ilustrados na figura 22. A


uniformidade do lote foi menor (p<0,0001) nos tratamentos A0R17 e A8R9. Nos demais
tratamentos, as médias não apresentaram diferenças estatísticas.

Figura 22. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes
tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 17 dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
EXPERIMENTO VI

Parâmetros físico-químicos da água dos aquários

Os resultados das analises limnológicas da água obtidos durante a fase experimental


são apresentadas na tabela 16.

Tabela 16. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante 24 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R24 A8R16 A11R13 A14R10 A17R7 A24R0
Temperatura oC 29,28±0,52a 29,32±0,55a 29,28±0,64a 29,25±0,52a 29,30±0,57a 29,28±0,56a 1,78
Potencial Hidrogênio 7,26±0,13ab 7,31±0,11a 7,28±0,13ab 7,26±0,12ab 7,23±0,13b 7,13±0,09c 1,47
Oxigênio dissolvido (ml.L-1) 6,97±0,39a 7,01±0,45a 7,02±0,35a 6,98±0,50a 7,00±0,56a 7,23±0,37a 6,29
Condutividade (µS.cm-1) 57,0±19,7d 96,8±61,9cd 119,2±73,4bc 134,9±83,7bc 158,8±93,7ab 298,8±136,7a 11,31
Alcalinidade total (mg.L-1) 52,2±8,6ab 55,3±15,4a 51,8±17,8ab 45,3±18,2ab 43,8±17,9b 30,6±3,9c 31,81
Amônia (mg.L-1) 2,01±0,61a 2,19±1,17a 2,12±1,28a 1,58±1,01a 1,62±1,16a 0,71±0,26b 58,22
Nitrato (mg.L-1) 0,52±0,19d 0,62±0,31cd 0,72±0,30bc 0,86±0,26ab 0,83±0,28ab 0,99±0,12a 32,77
Nitrito (µg.L-1) 28,3±8,4a 26,4±18,0a 34,1±21,7a 36,0±25,1a 29,3±16,5a 31,8±18,4a 14,98
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

A temperatura (p=0,9972), concentração de oxigênio dissolvido (p=0,1795) e concentração


de nitrito (p=0,1138) da água dos aquários não foram influenciados pelos diferentes
tratamentos. O pH da água dos aquários alimentados com Artemia durante toda a fase
experimental foi mais baixo em ralação aos outros tratamentos (p<0.0001). A
condutividade foi maior nos tratamentos onde o fornecimento de náuplios de Artemia se
manteve por um período mais prolongado (p<0,0001) já que a salinidade da água onde os
náuplios são mantidos esta em torno de 25 a 30 ppm. A alcalinidade total e concentração de
amônia foram maiores nos tratamentos aonde o fornecimento de ração se manteve por um
período mais prolongado (p<0,0001), sendo que a água das larvas que receberam Artemia
durante toda a fase experimental teve a média mais baixa. A concentração de nitrato
aumento nos tratamentos aonde a Artemia foi subministrada por mais dias durante a fase
experimental (p<0,0001).

Variáveis de desempenho zootécnico


Os resultados do crescimento das larvas ao final do experimento são apresentados
na tabela 17, senso que o ganho de peso, comprimento padrão, comprimento de cabeça,
comprimento de tronco, comprimento de cauda, diâmetro de olho, altura de cabeça e altura
de corpo mostraram efeitos altamente significativos para os tempos de substituição do
alimento vivo (p<0,0001).
O melhor desempenho de crescimento foi observado nas larvas que receberam
alimento vivo durante toda a fase experimental (A24R0). Constatou-se que o crescimento
das larvas de acará bandeira respondeu positivamente ao maior período de alimentação com
náuplios de Artemia.
A biomassa final apresentou diferenças entre os regimes alimentares (p<0,0001),
sendo maior no A24R0, seguido do A17R7 e A14R10, enquanto, que o grupo de larvas
alimentadas unicamente com ração (A0R24) apresentou o valor mais baixo. O fator de
condição alométrico também apresentou diferenças significativas entre os tempos para o
inicio da substituição do alimento vivo pelo alimento inerte (p<0,0001). O melhor resultado
foi no grupo de larvas que receberam náuplios de Artemia durante todo o experimento.

Tabela 17. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare submetidas
diferentes períodos de tempos para inicio da substituição de alimento vivo pelo alimento inerte durante 24 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R24 A8R16 A11R13 A14R10 A17R7 A24R0
f e d c b a
GP (mg) 13,54±9,85 93,14±30,30 134,56±31,69 166,01±33,09 185,65±28,96 241,67±39,08 18,90
CP (mm) 5,51±1,63f 12,46±1,49e 14,15±1,15d 15,21±0,99c 15,78±0,93b 16,57±1,02a 7,00
CCa (mm) 2,00±0,69f 5,04±0,61e 5,62±0,43d 6,07±0,41c 6,32±0,38b 6,57±0,38a 6,71
CT (mm) 3,50±0,99f 7,40±0,92e 8,53±0,75d 9,14±0,63c 9,46±0,63b 10,00±0,74a 7,83
CC (mm) 2,43±0,64f 5,03±0,62e 5,78±0,57d 6,15±0,58c 6,39±0,52b 6,84±0,70a 8,68
DO (mm) 0,75±0,22f 1,93±0,20e 2,16±0,14d 2,27±0,13c 2,34±0,11b 2,41±0,11a 11,08
ACa (mm) 1,44±0,66f 3,79±0,60e 4,47±0,40d 4,82±0,34c 5,07±0,31b 5,37±0,35a 8,08
AC (mm) 1,58±0,94f 6,63±1,26e 8,25±0,97d 8,90±0,80c 9,41±0,73b 10,02±0,76a 9,65
BF (g) 0,11±0,68e 2,12±0,51d 3,31±0,57c 3,97±0,54bc 4,50±0,48b 5,40±0,75a 10,97
K 0,31±0,08f 0,44±0,06e 0,49±0,04d 0,52±0,04c 0,54±0,04b 0,56±0,05a 8,77
b a a a a
SR (%) 26,11±23,70 88,89±9,35 95,56±4,04 92,78±7,12 94,44±5,02 92,78±4,43a 16,76
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

A substituição do alimento vivo nos diferentes tempos influenciou a sobrevivência


real (p<0.0001) das larvas de acará bandeira (Tabela 17). O fornecimento de ração durante
toda a fase experimental (A0R24) apresentou a média mais baixa. Nos demais tratamentos,
A8R16, A11R13, A14R10, A17R7 e A24R0, as médias de sobrevivência não apresentaram
diferenças estatísticas. Na sobrevivência aparente verificou-se maior mortalidade a partir do
segundo dia no grupo de larvas que foram alimentadas unicamente com ração (Figura 23).

Figura 23. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos
para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 24 dias após inicio da alimentação exógena.

A taxa de crescimento especifico (TCE) diferiu estatisticamente (p<0,0001) dos


tempos para inicio da substituição do alimento vivo pelo alimento inerte. Observou-se que a
TCE do grupo que representam as larvas que receberam somente náuplios de Artemia
(A24R0) durante a fase experimental, sobressaiu-se aos grupos que recebeu ração (Figura
24). O grupo de larvas que foram alimentadas com ração durante o experimento (A0R24)
teve uma TCE muito inferior aos demais tratamentos, evidenciando a dependência pelo
alimento vivo durante esta fase do crescimento.
Figura 24. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
submetidas a diferentes tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 24 dias após inicio
da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).

Os resultados da uniformidade dos lotes de peixes estão ilustrados na figura 25. A


uniformidade do lote foi maior (p<0,0001) nos tratamentos A24R0, A17R7 e A 14R10,
sendo que o A0R24 e A8R16 apresentaram as menores taxas.

Figura 25. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes
tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 24 dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Chemical Analysis of Freshwaters. Blackweel Sci. Publ., London, IBP Handbook
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Mackereth, F.J.H.; Heron, J. & Talling, J.F. 1978. Water Analysis: Some revised
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Cavero, B. A. S.; Pereira-Filho, M.; Roubach, R.; Ituassú, D. R.; Gandra, A. L.; Crescêncio, R. 2003b. Biomassa
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