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Substituição precoce do alimento vivo por alimento inerte na larvicultura de acará bandeira
(Pterophyllum scalare)
Jaboticabal
São Paulo - Brasil
2010
ÍNDICE
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Resumo...................................................................................................................
Abstract.................................................................................................................
Introdução.............................................................................................................
Material e Métodos ...............................................................................................
Resultados e discussão ........................................................................................
Conclusões ...........................................................................................................
Referências...........................................................................................................
CAPITULO III
Considerações Finais............................................................................................
CAPÍTULO I
CONSIDERAÇÕES GERAIS
O aquarismo é uns dos hobbies mais populares no mundo. Estima-se que a
importação a nível maiorista destes organismos aquáticos movimenta aproximadamente
U$S 900 milhões e a nível minorista uns U$S 3.000 milhões, com uma taxa de crescimento
de 14% desde 1985 (PANNÉ, 2008), e uma indústria que ultrapassa quinze bilhões de
dólares por ano (MEYERS, 2001), sendo a União Européia, Estados Unidos, Japão,
Singapura e Hong Kong considerados os principais países consumidores (UNCTAD,
2000).
A criação de peixes ornamentais de água doce em cativeiro, nos últimos anos, tem
apresentado rápido crescimento e um significativo aumento na produção mundial. Entre os
principais países produtores temos a Singapura, Indonésia, Tailândia, Estados Unidos,
Malásia e Japão (UNCTAD, 2000). Atualmente, também são cultivados em países da
União Européia como a República Checa, Espanha, Israel, Bélgica y Holanda, pela
diminuição dos custos produção devido à cercania aos centros de consumo. 97313493
Na América do Sul, pouca atenção tem sido dada à criação de peixes ornamentais,
provavelmente pelo fato de a exportação ser baseada na coleta de peixes na natureza. Os
principais países exportadores de peixes provenientes da captura são Colômbia, Peru e
Brasil. Este último tem alcançado um crescimento maior ano trás ano em relação aos outros
países devido a incentivos e apoio governamental. O Brasil, com a já consagrada pesca
extrativa da região amazônica que gera aproximadamente 2 a 3 milhões de dólares por ano
(PANNE, 2008) e as recentes explorações do pantanal mato-grossense, pode ser
considerado o maior celeiro de peixes ornamentais de água doce do mundo. No entanto,
entre o ano 2002 e 2005, o volume de exportação aumento com uma taxa de crescimento de
28,8% anual (PANNE, 2008). Porém, o país não tem assegurado a competitividade nos
mercados externos e internos e vem comercializando várias espécies de peixes importadas.
Contudo, o Brasil participa com apenas 4,93, 2,27 e 13,34 % das importações no mercado
da União Européia, Norte Americano e Japonês, respectivamente (UNCTAD, 2000),
indicando a necessidade de maior apoio e incentivo à atividade, tendo em vista o grande
potencial nacional. Os avanços tecnológicos e o aprimoramento de técnicas de produção em
cativeiro podem contribuir diretamente para o estabelecimento de uma atividade duradoura,
produtiva e rentável.
Devido à falta de conhecimentos básicos sobre as necessidades nutricionais, a
larvicultura pode ser considerada uma das fases críticas na produção intensiva de peixes,
principalmente após a absorção das reservas vitelínicas, onde as larvas em seus primeiros
dias de vida, denominadas altriciais, ainda não possuem o sistema digestório
completamente desenvolvido e funcional (KOLKOVSKY, 2001). Entretanto, a alimentação
das larvas é um dos fatores críticos nesta fase e a alimentação natural exerce influencia
muito importante no seu desenvolvimento (URBINATI & GONÇALVES, 2005). De fato,
THEILACKER & SHEN (1993) trabalhando com larvas de Theragra chalcogramma,
mostraram que o atraso na primeira alimentação diminuiu as taxas de sobrevivência em
larvas.
Após o início da alimentação exógena, as larvas apresentam altas exigências
nutricionais, devido ao rápido crescimento. Assim, a dieta oferecida deve apresentar alta
atrato-palatabilidade como também boa digestibilidade (CERICATO, 2005). Alguns
pesquisadores têm demonstrado que um dos procedimentos mais adequado é o
fornecimento de organismos vivos como náuplios de Artemia na alimentação de espécies de
peixes tropicais de água doce, como o pacu (Piaractus mesopotamicus) (JOMORI et al.,
2003; JOMORI et al., 2005) e o tambaqui (Colossoma macropomum) (SEVILLA &
GÜNTHER, 2000), e também, organismos planctônicos provenientes de coletas em
viveiros fertilizados (TALDLER & KOLKOVSKY, 1991; MEEREN, 1991; CAHU, 2001).
BENGSTON, D.A. Comprehesive program for the evaluation of artificial diets. Journal of
World Aquaculture Society, v. 24, p. 285-293, 1993.
JOMORI, K.R. et al. Growth and survival of pacu Piaractus mesopotamicus juveniles
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Dourados-MS. Anais do I Congresso Brasileiro de Produção de Peixes Nativos de Água
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MEYERS, M. The pet industry view. In. CHAO, P., PETRY, P., PRANG, G.,
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resources of the Rio Negro Basin, Amazônia, Brasil – Project Piaba. Manaus: EDUA.
2001. P.87-108.
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Figura 1. Parâmetros avaliados nas larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare. Comprimento padrão
(CP), comprimento de cabeça (CCa), comprimento de tronco (CT), comprimento de cauda (CC), diâmetro de
olho (DO), altura de cabeça (ACa) e altura de corpo (AC).
Tabela 1. Valores médios da biometria inicial das larvas de acará bandeira em cada experimento.
Experimentos
Biometria inicial
I II III IV V VI
Peso úmido (mg) 1,78 ± 0,18 1,83±0,18 2,13±0,45 1,98±0,34 1,97±0,35 2,25±0,10
CP (mm) 4,06 ± 0,63 4,01±0,66 4,54±0,19 3,94±0,85 4,32±0,22 4,45±0,16
CCa (mm) 1,34 ± 0,20 1,24±0,30 1,46±0,09 1,21±0,35 1,35±0,14 1,42±0,08
CT (mm) 2,72 ± 0,45 2,78±0,39 3,08±0,15 2,73±0,53 2,98±0,15 3,03±0,12
CC (mm) 1,80 ± 0,30 1,92±0,21 2,00±0,16 1,88±0,29 1,96±0,18 1,95±0,11
DO (mm) 0,55 ± 0,07 0,51±0,10 0,57±0,04 0,50±0,10 0,53±0,05 0,55±0,04
ACa (mm) 1,08 ± 0,19 1,00±0,29 1,21±0,08 0,99±0,34 1,12±0,16 1,26±0,07
AC (mm) 0,63 ± 0,40 0,54±0,14 0,61±0,05 0,51±0,15 0,58±0,07 0,62±0,04
Tabela 2. Valores médios dos parâmetros limnológicos da água de abastecimento dos aquários experimentais.
Temperatura O2D Condutividade Alcalinidade Amônia Nitrito Nitrato
o
pH
C mg.L-1 µS.cm-1 mg.L-1 µg.L-1 µg.L-1 µg.L-1
28,9±0,5 6,1±0,1 8,0±0,3 27±5,4 27±3 26,6±2,9 0,7±1 708±71
Delineamento Experimental
Foram conduzidos seis experimentos com duração de 5, 8, 11, 14, 17 e 24 dias cada
um. Cada experimento foi constituído de larvas provenientes de seis desovas originadas de
diferentes casais de acará bandeira.
O delineamento experimental foi em blocos casualizados composto por grupos de
larvas da mesma desova que foram submetidas a todos os tratamentos. Cada estudo foi
desenvolvido de acordo com os seguintes esquemas:
Experimento I
Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de cinco dias, foram testados dois tratamentos (A0R5 e A5R0). O tratamento
controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 2).
JJ
0 6
TRATAMENTOS
A0R5
0 6
A5R0
0 6
Figura 2. Esquema do fornecimento de alimento e transição alimentar do experimento com cinco dias.
JJ
0 9
TRATAMENTOS
A0R8
0 9
A8R0s
0 6 9
A8R0
0 9
Figura 3. Esquema do fornecimento de alimento e transição alimentar do experimento com oito dias.
Experimento III
Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de 11 dias, foram testados quatro tratamentos (A0R11, A8R3, A11R0s e A11R0).
O tratamento controle foi
JJ
larvas mantidas em jejum (Figura 4).
0 12
A0R11
0 12
A8R3
6
0 9 12
A11R0s
0 9 12
A11R0
0 12
Experimento IV
Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de 14 dias, foram testados cinco tratamentos (A0R14, A8R6, A11R3, A14R0s e
A14R0). O tratamento controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 5).
JJ
0 15
A0R14
0 15
A8R6
0 6 9 15
A11R3
0 9 12 15
A14R0s
0 12 15
A14R0
0 15
JJ
Experimento V 0 18
A0R17
0 18
Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
A8R9
período de 17 dias, foram
0 testados seis6 tratamentos
9 (A0R17, A8R9, A11R6,
18 A14R3,
A17R0s e A17R0). O tratamento controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 6).
A11R6
0 9 12 18
A14R3
0 12 15 18
A17R0s
0 15 18
A17R0
0 18
Experimento VI
Para a substituição precoce do alimento vivo (A) pelo alimento inerte (R), no
período de 24 dias, foram testados seis tratamentos (A0R24, A8R16, A11R13, A14R10,
A17R7 e A24R0). O tratamento controle foi larvas mantidas em jejum (Figura 7).
JJ
0 25
A0R24
0 25
A8R16
TRATAMENTOS
0 6 9 25
A11R13
0 9 12 25
A14R10
0 12 15 25
A17R7
0 15 18 25
A24R0
0 25
Tabela 3. Quantidade de náuplios de Artemia a ser oferecido diariamente às larvas de acará bandeira.
(ALVARADO, J. D. et al., 2009).
No de náuplios
Intervalo em dias
de Artemia
1-3 500
4-6 1000
7-9 1500
10 - 12 2000
13 – 15 2500
16 – 18 3000
19 – 21 3500
22 – 24 4000
Como substituto do alimento natural, foi empregada uma ração já testada para
alimentação inicial para larvas de tilapia (KOCH et. al. 2009). A formulação e a
composição química do alimento inerte utilizado durante o estudo estão apresentados nas
Tabelas 4 e 5, respectivamente. O tamanho da partícula da ração foi o ajustado de acordo
com a fase do desenvolvimento das larvas, para garantir um melhor aproveitamento, e
fornecida ad libitum.
Tabela 4. Composição percentual da dieta experimental1.
Ingrediente Composição da dieta%
Farinha de vísceras de aves 20,73
Farelo de arroz 21,00
Farinha de peixe 53,00
DL-Metionina 0,11
L-Triptofano 0,16
L-Treonina 0,20
Fosfato bicálcico 4,00
Vitamina C 0,03
Sal (NaCl) 0,50
Suplemento Vitaminico2 0,15
Suplemento Mineral3 0,10
BTH4 0,02
Total 100,00
1
Valores com base em KOCH et. al 2009
2
Suplemento vitamínico (níveis de garantia/kg do produto): vit. A = 1.200.000 UI; vit. D 3 = 200.000 UI; vit.
E = 12.000 mg; vit. K3 = 2.400 mg; vit. B1 =4.800 mg; vit. B2 = 4.800 mg; vit. B6 = 4.000 mg; vit. B12 =
4.800 mg; ácido fólico = 1.200 mg; pantotenato de cálcio = 12.000 mg; vit. C = 48.000 mg; biotina = 48
mg; colina = 65.000 mg e niacina = 24.000 mg.
3
Suplemento mineral (níveis de garantia/kg do produto): ferro = 10.000 mg; cobre = 600 mg; manganês =
4.000 mg; iodo = 20 mg; cobalto = 2 mg e selênio = 20 mg.
4
Antioxidante (BHT) = Butil hidróxi tolueno
Coleta da amostras
Foram realizadas coletas das larvas no inicio e final de cada experimento. No início,
a coleta foi feita através de uma amostragem por cada desova (25 larvas equivalentes
aproximadamente ao 10%) e no final, com jejum de 12 horas, todas as larvas colhidas para
posterior análise. Os animais foram fixados em uma solução de formol a 10%, num volume
três vezes maior que a amostra, por um período de 24 horas e posteriormente preservados
em álcool 70%. Todas as larvas coletadas, antes de serem colocadas em solução fixadora,
foram insensibilizadas através de choque térmico. Para a obtenção do peso das larvas foi
utilizada uma balança analítica digital de marca GEHAKA, modelo AG 200, com precisão
de ±0,0001 g. Para as medições foi empregado um estereomicroscópico LEICA M28,
acoplado ao equipamento automático de microfotografia LEICA CD280, através do
programa IM 50 LEICA.
Parâmetros avaliados
Alem disso, foram calculados os seguintes parâmetros de desempenho produtivo:
P
K = x 103
b
CP
A uniformidade dos lotes de peixes (U) realizada pela equação proposta por
FURUYA et al. (1998):
N±20
U(%) = x 100
Nt
Analise estatística
alimento vivo pelo alimento inerte, utilizou-se o teste F para análise de variância (two way).
Para inferir diferença estatística foi utilizado p ≤ 0,05 e quando foi encontrada, aplicou-se o
teste de Tukey para comparação entre as médias. O programa estatístico utilizado foi o SAS
versão 9.1.
Yij = µ + ri + dj + eij
onde o Yij = parâmetro avaliado na parcela que recebeu o regime alimentar i, na desova j; µ
= média geral; ri = efeito de o regime alimentar i; dj = efeito da desova j; eij = erro casual
variância s2.
RESULTADOS
EXPERIMENTO I
Tabela 6. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água durante o experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante cinco dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R5 A5R0
o a a
Temperatura C 29,00±0,62 29,39±0,55 1,93
Potencial Hidrogênio 7,22±0,16a 7,14±0,11a 1,85
Oxigênio dissolvido (mg.L-1) 6,95±0,40a 7,30±0,54a 6,45
Condutividade (µS.cm-1) 56,8±25,7b 183,4±63,8a 39,52
Alcalinidade total (mg.L-1) 48,0±10,1a 27,8±2,2b 21,16
-1 a
Amônia (mg.L ) 1,74±0,26 0,52±0,16b 21,16
Nitrato (mg.L-1) 0,52±0,24b 0,92±0,12a 28,41
Nitrito (µg.L-1) 27,1±11,7a 24,5±11,0a 35,72
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Tabela 7. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare alimentadas
com náuplios de Artemia e ração durante cinco dias.
TRATAMENTOS CV
PARÂMETROS
A0R5 A5R0 (%)
GP (mg) 1,43±0,51b 1,43±0,51b 31,37
CP (mm) 4,41±0,31b 4,41±0,31b 7,84
CCa (mm) 1,49±0,16b 1,49±0,16b 10,28
CT (mm) 2,91±0,20b 2,91±0,20b 7,52
b
CC (mm) 1,97±0,15 1,97±0,15b 8,06
DO (mm) 0,55±0,06b 0,55±0,06b 19,70
ACa (mm) 1,01±0,16b 1,01±0,16b 11,57
b
AC (mm) 0,70±0,12 0,70±0,12b 17,04
BF (g) 0,020±0,007b 0,097±0,028a 33,55
K 0,18±0,07b 0,39±0,08a 23,16
SR (%) 60,00±11,30b 82,67±6,83 12,45
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Figura 9. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
alimentadas com náiplios de Artemia e ração, ao final de cinco dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Os resultados da uniformidade dos lotes de peixes estão ilustrados na figura 10. As
larvas alimentadas com náuplios de Artemia apresentaram a maior uniformidade
(p=0,0025).
Figura 10. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare alimentadas com náuplios
de Artemia e ração, ao final de cinco dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
EXPERIMENTO II
Tabela 8. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante oito dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R8 A8R0s A8R0
o a a a
Temperatura C 29,18±0,65 29,48±0,54 29,52±0,55 1,66
Potencial Hidrogênio 7,25±0,19a 7,19±0,18a 7,09±0,14a 2,31
Oxigênio dissolvido (mg.L-1) 7,08±0,37a 7,13±0,51a 7,20±0,49a 6,39
Condutividade (µS.cm-1) 55,2±20,8b 139,8±73,6a 193,7±58,6a 39,39
Alcalinidade total (mg.L-1) 47,6±9,1a 44,0±15,4a 28,8±2,9b 26.98
-1 a b
Amônia (mg.L ) 1,61±0,44 0,74±0,39 0,56±0,18b 36,70
Nitrato (mg.L-1) 0,54±0,20b 0,75±0,28a 0,94±0,12a 29,29
Nitrito (µg.L-1) 27,6±10,2a 20,7±12,6a 25,5±12,0a 48,85
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Tabela 9. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare submetidas
diferentes períodos de tempos para inicio da substituição de alimento vivo pelo alimento inerte durante oito dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R8 A8R0s A8R0
c b a
GP (mg) 1,65±0,71 8,83±3,88 13,71±5,60 34,78
CP (mm) 4,45±0,47c 7,13±0,79b 8,02±0,78a 14,24
CCa (mm) 1,55±0,23c 2,77±0,35b 3,12±0,35a 17,37
CT (mm) 2,90±0,27c 4,34±0.49b 4,84±0,54a 16,34
CC (mm) 1,96±0,19c 2,95±0,27b 3,33±0,31a 7,08
DO (mm) 0,61±0,10c 1,01±0,14b 1,10±0,15a 18,65
ACa (mm) 1,01±0,20c 1,98±0,33b 2,34±0,29a 21,28
AC (mm) 0,77±0,21c 2,25±0,57b 2,82±0,60a 33,79
BF (g) 0,024±0,017b 0,185±0,092a 0,292±0,147a 42,71
K 0,16±0,06c 0,41±0,13b 0,54±0,15a 23,52
SR (%) 62,22±25,44b 83,33±9,66a 84,44±13,28a 16,99
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Figura 11. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos
para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de oito dias após inicio da alimentação exógena.
A taxa de crescimento especifico deferiu estatisticamente (p<0,0001) dos tempos
para inicio da transição do alimento vivo pelo alimento inerte. Observou-se que a TCE do
grupo que representam as larvas que receberam náuplios de Artemia (A8R0s e A8R0)
durante todo o período experimental, sobressaíram-se aos demais grupos (Figura 12). As
larvas que foram alimentadas somente com ração (A0R8) apresentaram uma TCE negativa,
evidenciando a dependência pelo alimento vivo durante esta fase do crescimento.
Figura 12. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
submetidas a diferentes tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de oito dias após inicio
da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
EXPERIMENTO III
Tabela 10. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante 11 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R11 A8R3 A11R0s A11R0
Temperatura oC 29,33±0,64a 29,52±0,52a 29,53±0,61a 29,55±0,50a 1,61
Potencial Hidrogênio 7,21±0,13a 7,18±0,14a 7,20±0,11a 7,11±0,11a 1,63
Oxigênio dissolvido (mg.L-1) 7,00±0,43a 6,98±0,52a 7,10±0,41a 7,18±0,43a 6,36
-1 c b ab
Condutividade (µS.cm ) 50,4±20,7 115,4±76,8 155,8±79,2 193,7±53,2a 46,56
Alcalinidade total (mg.L-1) 49,3±9,2a 48,1±15,8a 41,2±15,4a 29,0±3,0b 29,11
-1 a ab bc
Amônia (mg.L ) 1,70±0,62 1,37±0,95 1,02±0,70 0,59±0,21c 57,17
Nitrato (mg.L-1) 0,51±0,19c 0,70±0,29b 0,80±0,26ab 0,94±0,11a 30,29
-1 a a a
Nitrito (µg.L ) 27,4±9,4 22,1±13,8 25,5±12,2 25,3±11,6a 47,08
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Figura 14. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos
para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 11 dias após inicio da alimentação exógena.
A taxa de crescimento especifico diferiu estatisticamente (p<0,0001) dos tempos
para inicio da substituição do alimento vivo pelo alimento inerte. Observou-se que a TCE
do grupo que representam as larvas que receberam náuplios de Artemia (A11R0s e A11R0)
durante toda a fase experimental, sobressaíram-se aos demais grupos (Figura 15), enquanto
as larvas que foram alimentadas somente com ração durante o período experimental
(A0R11) apresentaram uma TCE negativa, evidenciando a dependência pelo alimento vivo
durante esta fase do crescimento.
Figura 15. Valores médios das taxas de crescimento especifico de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare
submetidas a diferentes tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 11 dias após inicio
da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
EXPERIMENTO IV
Tabela 12. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante 14 dias.
TRATAMENTOS
PARMETROS CV (%)
A0R14 A8R6 A11R3 A14R0s A14R0
Temperatura oC 29,16±0,83a 29,35±0,72a 29,30±0,54a 29,41±0,52a 29,36±0,73a 2,11
Potencial Hidrogênio 7,21±0,15ab 7,25±0,17a 7,24±0,13ab 7,18±0,14ab 7,12±0,13b 1,97
-1 a a a
Oxigênio dissolvido (mg.L ) 7,02±0,42 7,06±0,49 7,07±0,38 7,08±0,49a 7,21±0,42a 6,23
Condutividade (µS.cm-1) 45,1±11,5d 85,6±50,1cd 135,7±81,6bc 155,5±91,3ab 217,8±69,9a 52,00
Alcalinidade total (mg.L-1) 50,8±9,0a 50,8±15,5a 46,0±16,9ab 36,9±12,2bc 29,6±3,1c 29,19
Amônia (mg.L-1) 1,83±0,66a 1,71±1,03ab 1,57±1,10ab 1,13±0,74bc 0,62±0,22c 59,50
Nitrato (mg.L-1) 0,51±0,19c 0,66±0,29bc 0,78±0,28ab 0,90±0,18a 0,94±0,10a 28,94
-1 a a a
Nitrito (µg.L ) 30,1±11,6 23,1±14,3 26,3±11,7 25,9±11,5a 28,4±15,6a 47,01
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Figura 17. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos para
a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 14 dias após inicio da alimentação exógena.
Figura 19. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes
tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 14 dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
EXPERIMENTO V
Tabela 14. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante 17 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R17 A8R9 A11R6 A14R3 A17R0s A17R0
o a a a a a a
Temperatura C 29,31±0,57 29,37±0,58 29,30±0,65 29,30±0,54 29,41±0,52 29,35±0,58 1,74
Potencial Hidrogênio 7,26±0,14ab 7,29±0,14a 7,26±0,13ab 7,25±0,13ab 7,22±0,14ab 7,14±0,09b 1,55
Oxigênio dissolvido (mg.L-1) 6,99±0,40a 7,03±0,46a 7,04±0,36a 7,02±0,50a 7,16±0,47a 7,22±0,39a 6,14
-1 c c bc
Condutividade (µS.cm ) 54,2±19,9 69,7±24,2 126,1±77,3 130,8±74,1bc 155,8±70,4b 217,3±71,9a 48,61
Alcalinidade total (mg.L-1) 52,1±9,1a 54,0±14,7a 49,3±17,5ab 40,6±14,1bc 39,0±14,9cd 30,6±3,9d 29,90
-1 ab a ab
Amônia (mg.L ) 1,90±0,37 1,97±1,10 1,90±1,22 1,31±0,82bc 1,28±0,90bc 0,66±0,22c 57,97
-1 c bc b
Nitrato (mg.L ) 0,51±0,18 0,65±0,32 0,75±0,29 0,99±0,07a 0,92±0,22a 0,98±0,09a 28,46
Nitrito (µg.L-1) 33,3±21,0a 28,0±22,0a 32,3±22,7a 36,2±28,4a 30,0±17,1a 31,4±18,5a 16,65
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Tabela 15. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare submetidas
diferentes períodos de tempos para inicio da substituição de alimento vivo pelo alimento inerte durante 17 dias.
TRATAMENTOS CV
PARÂMETROS
A0R17 A8R9 A11R6 A14R3 A17R0s A17R0 (%)
GP (mg) 5,66±3,29e 38,71±18,06d 55,44±17,02c 73,92±19,04b 89,81±18,74a 94,97±20,86a 25,54
CP (mm) 5,28±0,96e 9,89±1,49d 11,07±1,04c 12,06±0,82b 12,84±0,88a 13,02±0,91a 15,47
CCa (mm) 1,96±0,44e 4,01±0,63d 4,52±0,44c 4,93±0,37b 5,24±0,40a 5,29±0,42a 17,50
CT (mm) 3,30±0,56e 5,86±0,87d 6,56±0,62c 7,13±0,53b 7,62±0,55a 7,75±0,57a 8,41
CC (mm) 2,18±0,34f 3,84±0,56e 4,33±0,47d 4,80±0,41c 5,07±0,42b 5,24±0,41a 17,09
DO (mm) 0,74±0,14e 1,50±0,24d 1,75±0,18c 1,88±0,12b 1,98±0,12a 1,98±0,12a 15,54
ACa (mm) 1,35±0,42e 3,10±0,56d 3,57±0,39c 3,95±0,29b 4,22±0,32a 4,31±0,35a 17,97
AC (mm) 1,19±0,49f 4,56±1,12e 5,51±0,87d 6,41±0,64c 7,00±0,67b 7,26±0,62a 22,52
BF (g) 0,06±0,02d 0,84±0,36c 1,22±0,45bc 1,64±0,24ab 1,98±0,29a 2,06±0,50a 20,93
K 0,23±0,11e 0,46±0,10d 0,55±0,09c 0,64±0,09b 0,69±0,08a 0,71±0,07a 14,44
SR (%) 50,00±7,07b 89,33±8,63a 92,67±5,96a 87,22±7,43a 86,67±7,60a 85,56±8,61a 6,08
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Figura 20. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos para
a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 17 dias após inicio da alimentação exógena.
Figura 22. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes
tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 17 dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
EXPERIMENTO VI
Tabela 16. Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água no experimento com larvas de acará bandeira
Pterophyllum scalare durante 24 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R24 A8R16 A11R13 A14R10 A17R7 A24R0
Temperatura oC 29,28±0,52a 29,32±0,55a 29,28±0,64a 29,25±0,52a 29,30±0,57a 29,28±0,56a 1,78
Potencial Hidrogênio 7,26±0,13ab 7,31±0,11a 7,28±0,13ab 7,26±0,12ab 7,23±0,13b 7,13±0,09c 1,47
Oxigênio dissolvido (ml.L-1) 6,97±0,39a 7,01±0,45a 7,02±0,35a 6,98±0,50a 7,00±0,56a 7,23±0,37a 6,29
Condutividade (µS.cm-1) 57,0±19,7d 96,8±61,9cd 119,2±73,4bc 134,9±83,7bc 158,8±93,7ab 298,8±136,7a 11,31
Alcalinidade total (mg.L-1) 52,2±8,6ab 55,3±15,4a 51,8±17,8ab 45,3±18,2ab 43,8±17,9b 30,6±3,9c 31,81
Amônia (mg.L-1) 2,01±0,61a 2,19±1,17a 2,12±1,28a 1,58±1,01a 1,62±1,16a 0,71±0,26b 58,22
Nitrato (mg.L-1) 0,52±0,19d 0,62±0,31cd 0,72±0,30bc 0,86±0,26ab 0,83±0,28ab 0,99±0,12a 32,77
Nitrito (µg.L-1) 28,3±8,4a 26,4±18,0a 34,1±21,7a 36,0±25,1a 29,3±16,5a 31,8±18,4a 14,98
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Tabela 17. Valores médios das variáveis de crescimento das lavas de acara bandeira Pterophyllum scalare submetidas
diferentes períodos de tempos para inicio da substituição de alimento vivo pelo alimento inerte durante 24 dias.
TRATAMENTOS
PARÂMETROS CV (%)
A0R24 A8R16 A11R13 A14R10 A17R7 A24R0
f e d c b a
GP (mg) 13,54±9,85 93,14±30,30 134,56±31,69 166,01±33,09 185,65±28,96 241,67±39,08 18,90
CP (mm) 5,51±1,63f 12,46±1,49e 14,15±1,15d 15,21±0,99c 15,78±0,93b 16,57±1,02a 7,00
CCa (mm) 2,00±0,69f 5,04±0,61e 5,62±0,43d 6,07±0,41c 6,32±0,38b 6,57±0,38a 6,71
CT (mm) 3,50±0,99f 7,40±0,92e 8,53±0,75d 9,14±0,63c 9,46±0,63b 10,00±0,74a 7,83
CC (mm) 2,43±0,64f 5,03±0,62e 5,78±0,57d 6,15±0,58c 6,39±0,52b 6,84±0,70a 8,68
DO (mm) 0,75±0,22f 1,93±0,20e 2,16±0,14d 2,27±0,13c 2,34±0,11b 2,41±0,11a 11,08
ACa (mm) 1,44±0,66f 3,79±0,60e 4,47±0,40d 4,82±0,34c 5,07±0,31b 5,37±0,35a 8,08
AC (mm) 1,58±0,94f 6,63±1,26e 8,25±0,97d 8,90±0,80c 9,41±0,73b 10,02±0,76a 9,65
BF (g) 0,11±0,68e 2,12±0,51d 3,31±0,57c 3,97±0,54bc 4,50±0,48b 5,40±0,75a 10,97
K 0,31±0,08f 0,44±0,06e 0,49±0,04d 0,52±0,04c 0,54±0,04b 0,56±0,05a 8,77
b a a a a
SR (%) 26,11±23,70 88,89±9,35 95,56±4,04 92,78±7,12 94,44±5,02 92,78±4,43a 16,76
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
Figura 23. Sobrevivência aparente de larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes tempos
para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 24 dias após inicio da alimentação exógena.
Figura 25. Valores médios da uniformidade das larvas de acará bandeira Pterophyllum scalare submetidas a diferentes
tempos para a substituição do alimento vivo pelo alimento inerte, ao final de 24 dias após inicio da alimentação exógena.
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Cavero, B. A. S.; Pereira-Filho, M.; Roubach, R.; Ituassú, D. R.; Gandra, A. L.; Crescêncio, R. 2003b. Biomassa
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