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Artigo científico apresentado ao POSEAD/
Gama Filho como requisito final para a
obtenção do título de pós-graduação em
Metodologia da Matemática.









 
     

÷aqueline Amaral Garcia1
 


O estudo a respeito dos jogos quer mostrar como é possível inserir este recurso didático nas
aulas de matemática tanto para reforçar a aprendizagem como também para introduzir um
conteúdo que o professor pretende trabalhar. O jogo está inserido no universo da criança
desde seus anos iniciais de escolaridade e é exatamente isso que esta pesquisa se propõe:
resgatar o valor dos jogos como mecanismo de aprendizagem e superar as dificuldades dos
alunos. Desta forma, este estudo quer responder a alguns questionamentos sobre o devido
valor dispensado aos jogos nas aulas de matemática do 7°ano. É sabido que a aprendizagem
da matemática parte de conceitos muito abstratos e que, muitas vezes os alunos não
conseguem assimilar na pratica alguns procedimentos teóricos, logo os jogos pode ser esta
ligação entre a abstração da teoria com a prática. Além disso, é muito importante que o
professor consiga desenvolver o raciocínio lógico de seus alunos e a capacidade de criar
estratégias que os levem às soluções das atividades propostas dentro dos conteúdos
trabalhados. Neste sentido, o professor de Matemática deve concentrar seus esforços em
manter a criatividade e a motivação, desenvolvendo a autoconfiança e a socialização.
Considerando que existe um grande número de alunos não apresentam interesse pela
matemática, torna-se mais necessário que o professor busque nos jogos uma estratégia de
desenvolver nos alunos o gosto pela matéria. Durante a realização de várias atividades em sala
de aula o aluno pode deparar com situações matemáticas que necessite de raciocínio e de
interpretação e muitas vezes, este aluno se dispersa e não consegue avançar na proposição e
com o passar do tempo acaba por criar barreiras que o impede de entender as possibilidades
de resolução daquela proposição. Portanto, os jogos podem auxiliá-lo nesta conquista
levando-o a descobrir sua capacidade de fazer inferência e dar soluções para situações que
antes lhe pareciam complicadas e que através dos jogos pode levá-lo a descobrir o gosto pela
matemática. Desta forma, o professor pode inserir em seu contexto de sala de aula uma
infinidade de jogos que trabalhe diversos aspectos e dificuldades de seus alunos envolvendo
aspectos diversificados do conteúdo trabalhado. Particularmente, a participação em jogos de
grupo permite conquista cognitiva, emocional, moral e social para o estudante, uma vez que
poderão agir como produtores de seu conhecimento, tomando decisões e resolvendo problemas, o
que consiste um estímulo para o desenvolvimento da competência matemática e a formação de
verdadeiros cidadãos. Ao abordar os aspectos sociológicos inseridos nos jogos, o professor
deve conduzi-lo de forma que a competição não sobreponha o objetivo central da atividade:
compreender o conteúdo proposto, mesmo porque através do caráter competitivo de um jogo,
também pode ser trabalhadas outras questões interdisciplinares, pois, ao jogar, as emoções
vão se equilibrando, transformando a derrota em algo provisório e a vitória em algo a ser
partilhado. Assim, será evidenciada a importância do uso de jogos para o desenvolvimento da
aprendizagem e seu uso para a aquisição do conhecimento. Diante deste questionamento serão
mostradas algumas questões relacionadas ao uso dos jogos.

Palavras-chave: jogos, aprendizagem, conhecimento, raciocínio lógico, interação social



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 O trabalho da matemática através do lúdico possibilita ao professor uma maior
interação dos alunos para com os conteúdos ministrados no 7° ano. Esta nova visão só é
possível a partir da associação do abstrato para o concreto e certamente não há didática
melhor que leve os alunos a entender e compreender conceitos abstratos, distantes de suas
realidades. Além disso, podem entender a finalidade destes conteúdos na determinada série ou
etapa.
O jogo nas aulas de matemática também recupera barreiras daqueles alunos com
dificuldade de aprendizagem, servido como recurso imensurável à inclusão, pois, possibilita o
trabalho com a diversidade, é prazeroso, ajuda na concentração, o raciocínio lógico, a
capacidade de superação, a construção de regras e principalmente, a disciplina, entre outros
benefícios.
Partindo deste pressuposto, o professor precisa criar condições para que o jogo possa
tomar seu lugar nas aulas de Matemática do 7° ano como uma possibilidade de resgate e de
desenvolvimento do conhecimento dos alunos.
Sendo assim, este estudo quer mostrar as possibilidades que o jogo oferece ao
professor tanto para resgatar seus alunos com dificuldade de aprendizagem como para
trabalhar um determinado conteúdo, desde que o mesmo tenha conhecimento dos jogos
escolhidos e os objetivos traçados para como este recurso que certamente o resultado é
excelente. Além disso, pretende evidenciar a importância e a diversidade de jogos que podem
ser trabalhados com conteúdos do 7° ano.

 
 


Proporcionar nos alunos o gosto pela matemática, despertando o interesse dos mesmos e
levando-os a compreender, desenvolver e associar os conteúdos abstratos para uma prática
relacionada ao lúdico.


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†Y Analisar a importância do trabalho com jogos para melhorar a capacidade de
aprendizagem da matemática no Ensino Fundamental;
†Y Mudar a rotina da classe e fazer com que os alunos gostem de aprender jogando;
†Y Ajudar a desenvolver os potenciais, mental, criativo, intelectual, afetivo, lógico e
físico d modo harmonioso;
†Y Aprender a matemática de forma lúdica, recreativa, divertida e prazerosa;
†Y Desenvolver a capacidade de cálculo mental e de montar estratégias para o jogo e a
solução de situações matemáticas;
†Y Respeitar as regras do jogo e o desenvolvimento de estratégias matemáticas;







A matemática é uma ciência exata que trabalha com conceitos muito abstratos, mas
com formulas e regras que podem explicar todo o seu funcionamento. Talvez seja por isso a
complexidade em assimilar na prática algo tão teórico. Deste modo, os jogos podem ser uma
forma de romper com esta dificuldade vivenciada pelos alunos que acabam angustiando
professores que não conseguem ver resultados almejados diante de conteúdos trabalhados.
Neste contexto, esta análise do uso de jogos nas aulas de matemática, principalmente
no 7° ano vem mostrar que é possível aliar conceitos abstratos aos jogos para que os alunos
possam entender os conteúdos inerentes aquela serie.
Ao analisar a construção do conhecimento pela criança, Piaget (1996) já evidenciava o
uso de experiências concretas através de jogos, por exemplo, para a construção do
conhecimento e assimilação daquilo que se pretendia trabalhar com determinada criança.
Partindo deste pressuposto, os jogos vêm reforçar esta ideia de que os alunos podem
desenvolver várias capacidades e habilidades diante de determinado conteúdo, visto quem,
além das vantagens citadas acima, desenvolve a linguagem, possibilita a dedução, formação
de estratégias, observação, etc. ainda de acordo com o Currículo Nacional do Ensino Básico
(p.68), a prática de jogos, em particular dos jogos de estratégia, de observação e de
memorização, contribui de forma articulada para o desenvolvimento de capacidades
matemáticas e para o desenvolvimento pessoal e social.
Existe uma variedade enorme de jogos que podem ser desenvolvidos com os alunos do
7° ano como tangran, jogo de cartas, sudoku, baralhos, jogos de frações, batalha naval,
quadrado mágico, etc que reforçam os conteúdos trabalhados pelo professor, além de
desenvolver o espírito de equipe.
O professor tendo o conhecimento dos jogos e pode trabalhar como mediador desta
descoberta, levando os alunos a compreender a associação entre a teoria abstrata e a prática
mediante ouso de jogos.
Para Vygotsky, o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo, que se
encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria atividade. Seu uso requer um
planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está inserido
(conceitos matemáticos e culturais). À medida que o brinquedo se desenvolve, observamos
um movimento em direção à realização consciente de seus propósitos, e este decide o jogo e
justifica a atividade, e então determinando a atitude afetiva da criança ao brinquedo.
Além disso, o uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de
fazer com que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe
e despertando o interesse do aluno envolvido. Há três aspectos que por si só justificam a
incorporação do jogo na sala de aula: O caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas
intelectuais e a formação de relações sociais.
Assim, o professor deve escolher jogos que estimulem a resolução de situações
problemas, buscando sempre as possibilidades do uso de jogos de estratégias, de treinamento
e geométricos proporcionando aos educandos uma interação e uma percepção maior com o
que está sendo aprendido.

  



A pesquisa a que se propôs este artigo pretende diagnosticar a utilização de jogos
matemáticos no 7° ano do ensino fundamental evidenciando que a prática deste recurso
didático pedagógico favorece o processo de ensino-aprendizagem da disciplina. Para isso,
foram realizados estudos teóricos que permitiram um maior embasamento a respeito da
utilização de jogos matemáticos enquanto recurso didático, posteriormente, deu-se inicio à
construção dos jogos, destes, alguns foram retirados e adaptados de livros e artigos lidos e
outros foram elaborados. 
Isto posto, verificou-se que a utilização de jogos matemáticos como recursos didáticos
de apoio vem ganhando espaço no cotidiano escolar e visto por muitos educadores como uma
estratégia de tornar mais acessível a assimilação de algo tão abstrato como alguns conteúdos
da matemática, que através dos jogos os alunos conseguem superar seus medos e derrubar os
mitos de que não conseguem aprender este ou aquele assunto.
Antes de ganhar espaço e ser visto como recurso pedagógico eficiente na promoção da
aprendizagem, os jogos foram defendidos por autores como Piaget, Vygotsky, TORRES,
entre outros que viam neste recurso didático a possibilidade de desenvolver nos alunos o
gosto pela matemática e desta forma a aprendizagem de forma prazerosa.
Estes autores sempre acompanharam o trabalho um do outro e assim puderam ir
fazendo alguns ajustes necessários a realidade de seus grupos de estudos e mostrando que o
professor também precisa desta experiência, ou seja, é necessário que se busque estratégias de
desenvolvimento da aprendizagem e de que forma tal jogo pode se adaptar a realidade dos
alunos e ao conteúdo proposto.
Na visão de Piaget, a criança vai assimilando o conhecimento através de experimentos
proporcionados pelo professor, por isso o uso de jogos é muito importante quando se usa a
observação como estratégia de ensino, pois o professor apresenta o conteúdo, os recursos de
que dispõem para resolver tal situação e a partir daí irá montar suas conclusões a respeito
daquilo que cada um compreendeu dentro da atividade proposta.
No entendimento de Vygotsky o uso de jogos como recurso metodológico requer um
planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está inserido, ou
seja, na medida em que os alunos vão se familiarizando com o jogo, a aprendizagem também
segue junto. Por isso é importante que o professor tenha em mente os objetivos a que se
pretende com cada tipo d jogos para que possa ser inserido na atividade de acordo como a
proposta de trabalho para aquele conteúdo. Visto que, de acordo com a visão
sociointeracionista de Vygotski, a criança reconstrói uma atividade externa como resultado da
interação proporcionada a ela diante de um desafio, por exemplo. Ela vai aprendendo e
modificando seu modo de pensar e por isso que, através dos jogos fica mais fácil o professor
conseguir esta interação e até mesmo criar o gosto pela matemática.
Colaborando com esta ideia, Torres (2003) argumenta que o jogo faz parte do universo
da criança e partir dele com a função de explicar algo abstrato pode ser uma aposta coerente,
pois os alunos estarão buscando explicação lógica ara suas dúvidas num ambiente que lhes
são familiar. Completando, assegura que desta forma eles são desafiado a descobrirem não só
o conteúdo a ser estudado, mas como também será levado a criar regras para o jogo,
estabelecer estratégias e que muitas vezes lhes faltam numa aula convencional, por exemplo.
Assim, foi possível verificar através da teoria e da prática vivenciada em sala com
alunos do 7° ano que é possível sim, melhor o rendimento e até mesmo derrubar alguns mitos
sobre a matemática em diversos conteúdos, antes visto pelos alunos como algo impossível de
aprender e compreender.
Reforço a ideia, através de experiências realizadas na turma, de que a associação entre
a teoria e a prática promove uma aprendizagem consolidada, onde os alunos além de
aprenderem o conteúdo ministrado desenvolvem outras habilidades como socialização,
trabalho em equipe, cooperação e disciplina.
Sendo assim, partindo desta experiência vivenciada nas aulas de matemática é que
serão elencadas algumas considerações acerca deste trabalho desenvolvido nas turmas de 7°
ano.


 





 O estudo a respeito do uso de jogos nas turmas de 7° ano será evidenciado a partir da
teoria defendida por estudiosos do assunto e pela prática realizada dentro de sala, procurando
reforçar alguns aspectos como a importância dos jogos no desenvolvimento da aprendizagem
e a superação de obstáculos inerentes a consolidação dos assuntos trabalhados através dos
jogos.
Desta forma, serão consultadas bibliografias relacionadas ao assunto para que possam
dar o embasamento teórico da aplicação prática.


 


 Os jogos já são conhecidos pelo seu potencial de mediação da aprendizagem a
bastante tempo, porém somente agora que o assunto veio a tona evidenciando os benefícios
que o mesmo podem promover na classe. Desta forma, serão elencadas algumas
considerações sobre a importância de se trabalhar a matemática de forma dinâmica levando os
alunos a pensarem, desenvolverem o raciocínio lógico e a interpretação do que se quer numa
determinada situação. Continuando serão mostradas algumas inferências sobre a relação do
uso do jogo com a inclusão e o rompimento de barreiras que dificultam o entendimento da
matemática.


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O jogo é característica universal na criança e independe do contexto sócio-histórico no
qual ela está inserida. Em qualquer época histórica e em qualquer civilização, vemos que o
aluno brinca e inventa seus jogos para desenvolver suas potencialidades, incorporando os
valores de sua cultura, estabelecendo relações interpessoais, construindo conceitos, enfim,
atribuindo significados a tudo aquilo que se refere à realidade que a cerca. Por isso, muitos
autores defendem para o jogo um lugar e um papel especial na aprendizagem, por
reconhecerem que é brincando e jogando que o aluno aprende de uma forma prazerosa e
lúdica. (TORRES, 2003)
Entretanto, para que esta aprendizagem possa acontecer é preciso que o professor
atente para alguns aspectos fundamentais no trabalho com jogos, como: objetivos a serem
alcançados, a escolha do jogo que se adéqua ao conteúdo em questão, o conhecimento que o
professor tem deste trabalho para que possa fazer as necessárias intervenções, ou seja, é
preciso uma fundamentação teórica de que possui. Pois, como já foi mencionado existem
vários conceitos e habilidades que podem ser explorados num determinado jogo, por isso a
importância do professor em selecionar o que se pretende abordar em cada situação.
A qualidade das intervenções do educador durante as partidas que vai melhor definir o
quanto o aluno pôde aproveitar ou aprender por meio desse jogo. Neste contexto do qual
falamos, o jogo é sempre um meio para a aprendizagem e não um fim em si mesmo. Se
inserido em um contexto educativo como algo que o aluno ³faz por fazer´, ele apenas será
visto como um mero passatempo. Os alunos se divertirão por algum tempo, mas rapidamente
ele se tornará vazio para eles. (PONTE, 2003)
Embora exista uma resistência por parte de alguns professores quanto ao uso de jogos,
esta precisa ser desmistificada, pois, é necessário alguns recursos de aprendizagem que
abranja as dificuldades daqueles que não conseguem acompanhar o desenrolar dos conteúdos
de forma abstrata. Existem algumas razoes que justifiquem esta mudança de mentalidade,
porque, por longo tempo, o jogo foi considerado por educadores como algo de caráter
negativo. Pensava-se que o jogo e a brincadeira, de modo geral, não traziam qualquer
contribuição para o aluno. Ao contrário, promoviam o ócio, a preguiça, o gasto inútil de
energia. Esta é uma visão que foi adotada pelo modelo tradicionalista de ensino. Nos
contextos de sala de aula no passado não existia espaço para brincar, falar ou jogar. Era
exigido um silêncio absoluto, o aluno assumia um comportamento passivo diante de um
professor autoritário que tudo sabia. Em segundo lugar, por muito tempo a escola teve como
preocupação essencial seus métodos de ensino. Pouco se sabia sobre o desenvolvimento da
criança e sobre como ela aprendia. Esta é uma preocupação mais ou menos recente na história
da educação e da psicologia. São autores mais próximos de nós, como Piaget, que, ao
descobrir como a criança pensa e aprende, resgatou a função do jogo e do brincar na
aprendizagem infantil. No entanto, e esta seria a terceira justificativa, embora a escola
brasileira venha sofrendo uma profunda transformação em seus objetivos e funções, ainda há
um longo caminho para reverter esta resistência à presença do jogo na sala de aula. Teremos
que investir muito na formação de professores para que possamos ir além da idéia de que é o
método de ensino que define e controla a aprendizagem infantil. É importante que adotemos a
perspectiva de que um bom método é ³ativo´, permite a participação, o envolvimento, a
iniciativa e o esforço espontâneo do aluno. Esta mudança de concepção implica a utilização
do jogo. (TORRES, 2003)
Vale ressaltar que o jogo aplicado em sala de aula pode ser gerador de inúmeros
conhecimentos e diversas aprendizagens, à medida que ele, aliado às intervenções do
educador, favorecerá a atividade mental e espontânea do aluno. Os processos cognitivos do
estudante são acelerados e ele vai gradativamente construindo e aperfeiçoando suas estruturas
mentais, desenvolvendo um conjunto de competências necessárias ao ato de aprender. Seja de
uma maneira mais explícita ou implícita, um jogo sempre está encarnado em certos conteúdos
que de alguma forma correspondem aos estudados na escola. Um jogo pode exigir, por
exemplo, que o aluno escreva, leia pequenos textos, interprete-os, faça cálculos mentais ou
por escrito e estimativas, ou, ainda, recorra a conhecimentos mais específicos que
correspondam a diferentes disciplinas, como história, geografia, ciências, entre outras.
De maneira geral, qualquer jogo pode ser usado. O importante é que o educador defina
seu objetivo de ensino para escolher o melhor jogo para o momento educativo que quer
desenvolver com seus alunos, e que alie as intervenções mais adequadas para desencadear
conflitos cognitivos que levem a criança a buscar a melhor solução, a melhor estratégia de
ação, enfim, para que ela possa ³lógico matematizar´ a situação-problema que lhe foi
oferecida.YFONSECA, 2003)
Cada jogo pode ser considerado o ³melhor´ para certa etapa do processo de oficinas, à
medida que nos ofereça possibilidades de desenvolvermos certos objetivos com as crianças e
adolescentes. Um aspecto bastante importante é a construção de jogos por parte dos alunos,
pois esta experiência permite explorar outros aspectos de suas operações mentais,
contribuindo muito para a aquisição de novas aprendizagens. Este trabalho implica conhecer
novas palavras, interpretar seus significados, aprender a usar o dicionário, pensar na criação
de obstáculos, discutirem em grupo a escolha das palavras e descobrir a estrutura geral desse
jogo de desafio. Certos jogos podem ser construídos a partir de diferentes materiais, inclusive
sucata. O importante é que o aluno, ao construir o jogo, observe e descubra a estrutura que ele
tem, compreendendo seus objetivos, suas regras, seus obstáculos e o problema que ele coloca.
Além disso, jogar implica observar, pensar, interpretar, avaliar, relacionar, analisar e
comparar. Além de coordenar diferentes pontos de vista, tomar decisões, antecipar a jogada
do outro, organizar e planejar ações, imprimindo-lhes uma direção, uma intenção. Tudo isso
requer uma série de competências cognitivas que são naquele momento do jogo aperfeiçoadas
ou desenvolvidas. ÷á em uma dimensão sócio-afetiva, o jogo pede superação de obstáculos,
persistência e espírito lúdico; exige concentração, organização, disciplina, envolvimento,
participação e cooperação. Por permitir que a criança tematize sobre suas produções durante
cada partida, investigue sobre as ações mais favoráveis para vencer, analise seus erros e
corrija suas ações, o jogo acaba por promover um conjunto de atitudes mais favoráveis à
aprendizagem, uma melhor auto-estima e autoconfiança. (TORRES, 2003)
Como já foi elucidado anteriormente, o professor necessita de alguns subsídios
teóricos, ou seja, conhecer um pouco a respeito do desenvolvimento dos alunos e suas
relações com o trabalho com jogos. Também é importante que ele introduza gradativamente
os jogos em sala de aula, inicialmente apenas um ou dois, com objetivos bem simples e
claros, para que possa experimentar esta nova situação, observando como seus alunos reagem
à novidade. Ele não deve ter pressa, deve ir construindo seu projeto à medida que trabalha
com o jogo, observa seus alunos e avalia suas próprias intervenções. É preciso conhecer muito
bem o jogo que será introduzido na sala de aula: conhecer bem as regras, jogar várias partidas
e com diferentes pessoas, a fim de dominar sua estrutura. Por fim, é preciso que ele aceite o
desafio e que ouse inovar em sala de aula, e vença seu receio de errar, pois o erro faz parte
desse processo. Tal como o aluno, o professor nesse momento está aprendendo.
Analisando a importância Oliveira (2007) acredita que:
O aspecto afetivo se encontra implícito no próprio ato de jogar, uma vez que
o elemento mais importante é o envolvimento do indivíduo que brinca.
Ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o
pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver
problemas. Nós como educadores matemáticos, devemos procurar
alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a
autoconfiança, a organização, a concentração, estimulando a socialização e
aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.(Oliveira, 2007,
p.5)
Assim, o jogo é visto como uma alternativa de levar os alunos a tomarem o gosto pelo
estudo da matemática e levá-los a perceber a relação que esta ciência exata e tão abstrata pode
ter no seu dia-a-dia. Seu uso somente se justifica na intenção de mudar a rotina de sala de aula
e na perspectiva de alcançar aqueles alunos que necessitam de muita motivação e que para
eles a escola é o único espaço de integração, de descobertas e de contato com o mundo
escrito.
Talvez possa soar como exagero, afirma que mesmo estando na era da informação,
onde todos têm acesso aos meios de comunicação e, principalmente a internet, ainda encontre
esta dificuldade de entendimento da linguagem escrita. Mas esta é uma realidade latente nas
escolas e cabe ao professor buscar subsídios que diminua esta distância que separa aqueles
alunos carentes de apoio na aprendizagem e possa resgatar estas dificuldades que os
acompanham ao longo da vida.
Concordando com esta teoria, o profissional da educação precisa refletir sobre sua
postura, dentro e fora do ambiente escolar, realizando um balanço sobre as aprendizagens
significativas ou não, com o intuito de redimensioná-la, pois refletir sobre a nossa prática
como educador é um desafio, é tomar posição, é avaliar, é avançar, é repensar as ações, é
desejar fazer melhor, baseada em uma tomada de decisão aliada a uma sólida bagagem
conceitual. Assim, repensar sua prática, questionar-se sobre a forma de conduzir o processo
de construção do conhecimento, faria com o que o professor pudesse reconhecer que há vários
meios que facilitam todo esse processo de aquisição, dentre eles a utilização de atividades
lúdicas. FONSECA, 2003)








    
 
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A inserção dos jogos no contexto de sala de aula deve ser repensada, pois, sua prática
proporciona aos alunos uma interação social e certamente, uma melhor aquisição do
conhecimento.
É do conhecimento dos professores a diferença existente entre a capacidade de
assimilação dos conteúdos entre os alunos de uma classe. Isto precisa ser superado para que a
aprendizagem possa acontecer da forma mais homogênea possível, isto é, o professor ao
terminar um conteúdo relacionado à multiplicação ele precisa criar condições para que todos
alcance seu objetivo e para isso o jogo pode ajudá-lo a recuperar aquele aluno que não deu
conta de acompanhar o ensinamento de forma teórica.
O contato inicial do aluno com a matemática, às vezes traz experiências ruins que o
acompanha para a vida toda, tornando a aprendizagem desta disciplina um processo cercado
de complicações, porém, o fator determinante das dificuldades apresentadas pelos alunos com
relação à matemática pode ser a ausência de uma relação mais próxima entre tal disciplina e o
dia-a-dia. Além disso, há um descontentamento com o ensino da matemática, sendo que sua
aplicação, sua real função no currículo e as práticas pedagógicas são questionadas
constantemente, visando melhorias no processo de ensino aprendizagem a fim de que esta seja
uma disciplina menos temida pelos alunos. É preciso mudar alguns conceitos para que se
possa adequar as necessidades de aprendizagem dos alunos.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 38):
[...] tem-se buscado, sem sucesso, uma aprendizagem em Matemática pelo
caminho da reprodução de procedimentos e da acumulação de informações;
nem mesmo a exploração de materiais didáticos tem contribuído para uma
aprendizagem mais eficaz, por ser realizada em contextos pouco
significativos e de forma muitas vezes artificial.

O trabalho com o aluno, muitas vezes é muito voltado para o uso do livro didático,
embora seja o único material de acesso a todos, não pode ser exclusivo, por isso a importância
dos jogos para a aquisição do conhecimento.
À medida que surgem dificuldades no ensino ou na aprendizagem de conteúdos
matemáticos, manifesta-se também a necessidade de propostas pedagógicas e recursos
didáticos que auxiliem tanto os professores em sua prática docente quanto os alunos na
construção de conhecimentos matemáticos. Neste contexto, apresentam-se os jogos
matemáticos, que figuram no ambiente escolar como recurso didático capaz de promover um
ensino-aprendizagem mais dinâmico, possibilitando trabalhar o formalismo próprio da
matemática de uma forma atrativa e desafiadora, visando mostrar que a matemática está
também presente nas relações sociais e culturais.
Assim, também o jogo é um processo, no qual o aluno necessita de conhecimentos
prévios, interpretação de regras e raciocínio, o que representa constantes desafios, pois a cada
nova jogada são abertos espaços para a elaboração de novas estratégias, desencadeando
situações-problema que, ao serem resolvidas, permitem a evolução do pensamento abstrato
para o conhecimento efetivo, construído durante a atividade.
Sendo assim, percebe-se que o jogo matemático, quando utilizado de forma correta,
com objetivos pré-estabelecidos e inseridos no planejamento do professor com
intencionalidade, configura-se como um objeto de construção de saberes, podendo auxiliar
tanto os professores na dinamização de sua prática, quanto os alunos que tornar-se-ão capazes
de atuar como sujeitos na construção de seus conhecimentos.
Cabe ao professor, portanto, organizar a aprendizagem, disponibilizando as condições
adequadas para que o trabalho transcorra de forma satisfatória, propondo atividades que
tornem o jogo um recurso valioso para o ensino da matemática, fazendo com que os alunos
percebam a importância da interação com os materiais didáticos, com o professor e com os
colegas, oportunizando assim momentos de efetiva aprendizagem.
Para que os alunos percebam a real importância dos jogos para a sua aprendizagem, o
professor pode realizar um trabalho de exploração do jogo, já que, o ato de jogar por si só,
pode não ser suficiente para a construção dos conhecimentos matemáticos. Sendo assim, o
jogo pode ser trabalhado em uma perspectiva de resolução de problemas, pois para Moura
(2006, p. 80-81), os jogos matemáticos são recursos assumidos com a finalidade de ³[...]
desenvolver habilidades de resolução de problemas possibilitando ao aluno a oportunidade de
estabelecer planos de ação para atingir determinados objetivos, executar jogadas segundo este
plano e avaliar sua eficácia nos resultados obtidos.´
Ao ensinar Matemática o professor faz com um determinado objetivo e exige uma
determinada intencionalidade. E ao fazer a opção pelo uso de jogos como estratégias de
ensino, o professor o faz com uma intenção: propiciar a aprendizagem. E ao fazer isto tem
como propósito o ensino de um conteúdo ou de uma habilidade. Dessa forma, o jogo
escolhido deverá permitir o cumprimento deste objetivo. Deste modo, o jogo para ensinar
Matemática deve cumprir o papel de auxiliar no ensino do conteúdo, propiciar a aquisição de
habilidades, permitirem o desenvolvimento operatório do sujeito e, mais, estar perfeitamente
localizado no processo que leva a criança do conhecimento primeiro ao conhecimento
elaborado. Nessa linha de raciocínio, VIGOTSKY (1984), ao analisar o papel do brinquedo
no desenvolvimento dos conceitos, demonstram o caráter evolutivo do jogo simbólico no
aluno e o papel que este exerce na evolução do pensamento abstrato.
Cabe ressaltar que o jogo como objeto, como ferramenta do ensino, da mesma forma
que o conteúdo, carece de uma intencionalidade. Ele, tal qual o conteúdo, é parte do projeto
pedagógico do professor. Ao utilizar o jogo como objeto pedagógico, o professor já tem eleita
(ou deveria ter) uma concepção de como se dá o conhecimento. Esta concepção tem como
elementos principais o papel reservado à interação como fator de desenvolvimento e as idéias
de que o conhecimento evolui, de que o ensino deve ser lúdico e de que o objetivo final é o
conceito científico.
Além disso, quando consideramos o jogo instrumento de ensino, também é possível
classificá-lo em dois grandes blocos: o jogo desencadeador de aprendizagem e o jogo de
aplicação. Quem vai diferenciar estes dois tipos de jogo não é o brinquedo, não é o jogo, e sim
a forma como ele será utilizado em sala de aula. Para ser mais preciso: é a postura do
professor, a dinâmica criada e o objetivo estabelecido para determinado jogo que vão colocá-
los numa ou noutra classificação.YFONSECA, 2003)
Logo, ao tomarmos o jogo como ferramenta do ensino, ele passa a ter novas
dimensões, e é isto que nos obriga a classificá-lo considerando o papel que pode desempenhar
no processo de aprendizagem. O jogo pode, ou não, ser jogo no ensino. Ele pode ser tão
maçante quanto a resolução de uma lista de expressões numéricas: perde a ludicidade. No
entanto, resolver uma expressão numérica também pode ser lúdico, dependendo da forma
como é conduzido o trabalho. O jogo deve ser jogo do conhecimento, e isto é sinônimo de
movimento do conceito e de desenvolvimento.YFONSECA, 2003)
Quando consideramos a resolução de problemas e o jogo objetos de desenvolvimento,
podemos constatar algumas semelhanças que fazem com que ambos se aproximem muito
enquanto estratégias de ensino. Na definição de jogo e problema podemos detectar a primeira
semelhança, encontrada no sujeito que executa a ação. Para ele, só haverá jogo se nele se
instalar a vontade de jogar, se ele entrar na brincadeira. Da mesma forma, o problema só é
problema se o indivíduo sentir-se desestruturado (psicologicamente); o problema só é
problema se ele é do indivíduo.
Podemos usar o jogo e a resolução de problemas no ensino sem que tenhamos
resolvido o problema central do ensino: contribuir para a aprendizagem dos conceitos
científicos. E quando dizemos facilitar a aprendizagem, logo associamos tal expressão à
necessidade de tomar atraente o ato de aprender. Isto é, lembramos de materiais de ensino,
jogos, estratégias de resolução de problemas, tecnologias de ensino (retroprojetor, filmes,
computador etc.).
O professor, ao adotar a estratégia de resolução de problemas ou do jogo, deve fazê-lo
no sentido mais amplo do projeto pedagógico: humanizar o homem. E fazer isto é intervir no
processo educativo de forma que cada indivíduo possa desenvolver a capacidade de resolver
problemas, isto é, que cada homem desenvolva a capacidade de compreender a situação-
problema, estando apto a arquitetar um plano, executá-lo e desenvolver a avaliação crítica.
O educador deve demonstrar aos educandos que os jogos são importantes e que eles
ajudarão na construção dos saberes. O mesmo precisa ser atuante e participativo de alguma
forma. Pode ser juiz, jogador, pode assistir, ou circular pela classe. O que não devemos fazer é
largar o jogo para os alunos e ficarmos entretidos com outras atividades que não têm nada a
ver com o jogo. O professor é quem deve valorizar e instigar os alunos ao jogo. Só assim os
estudantes valorizarão os jogos e saberão dar a importância que os mesmos merecem, pois são
excelentes instrumentos na aquisição do conhecimento.
Além disso, os jogos auxiliam no desenvolvimento das estruturas básicas da
inteligência. Fazem com que o sujeito crie estratégias de jogadas, encontre meios, reflita sobre
suas ações. Enfim faz com que o sujeito construa suas estruturas cognitivas. ³As crianças não
aprendem conceitos numéricos com desenhos. Tampouco aprendem conceitos numéricos
meramente pela manipulação de objetos. Elas constroem esses conceitos pela abstração
reflexiva na medida em que atuam.´(KAMII, 2001, p.58 )

   


 Os jogos podem ser um estímulo aos alunos para que possam desenvolver suas
potencialidades e habilidades para com a Matemática e principalmente instigam os alunos a
superar desafios e mitos, além de desenvolverem o raciocínio lógico, indispensável na
articulação do conhecimento matemático, possibilitando uma construção de saberes de forma
agradável num ambiente.
Esta constatação partiu da prática constante em sala de aula do 7° ano onde os jogos
acompanharam a aprendizagem enquanto recursos pedagógicos. Contudo, esta parceria só foi
possível em função do estabelecimento de objetivos a que se propunham as atividades. Pois, o
uso de jogos para o ensino, representa, em sua essência, uma mudança de postura do professor
em relação ao o que é ensinar matemática, ou seja, o papel do professor muda de comunicador
de conhecimento para o de observador, organizador, consultor, mediador, interventor,
controlador e incentivador da aprendizagem, do processo de construção do saber pelo aluno.
Desta forma, o professor lança questões desafiadoras e ajuda os alunos a se apoiarem, uns nos
outros, para atravessarem as dificuldades, levando os alunos a pensar, esperando que eles
pensem, dá tempo para isso, acompanha suas explorações e resolve, quando necessário,
problemas secundários.
Desta forma, fica evidente o papel do jogo e sua importância no processo de ensino
aprendizagem. Enfim existe uma maior interação onde o aluno pode fazer suas descobertas
além de desenvolver outros conceitos que o ajudarão ao longo da escola.
Cabe ao professor procurar adaptar as diversas possibilidades do uso dos jogos em
suas aulas e escolher dentro de uma diversidade aquele que atende melhor as necessidades de
seus alunos dentro da atividade proposta. Para cada situação existe um opção que pode ser
usada de acordo com o conteúdo estudado.


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