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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
AUTOVEÍCULOS
CAPITULO 2
parte 1 de 2
1 - INTRODUÇÅO
Por definição,aerodinâmica é a parte da física que estuda a Os trabalhos realizados neste instituto exerceram grande
interação entre um corpo e o ar, através do qual ele se move. influência sobre outras pesquisas iniciadas posteriormente.
As forças e momentos criados por essa interação atuam Hoje, o instituto reconstruido após a 2a. Grande Guerra, faz
sobre o corpo em movimento e são chamados de Esforços parte da Universidade de Stuttgart.
Aerodinâmicos.
As fábricas de automóveis começaram efetivamente a aplicar
A magnitude e a direção desses esforços dependem os resultados dos estudos aerodinâmicos, por volta de 1930.
principalmente dos seguintes fatores:
Atualmente, os grandes estabelecimentos de pesquisas e
- velocidade relativa entre o ar e o corpo; ensino, especializados em automóveis, e as grandes fábricas
- forma do corpo; da indústria automobilística, dispõem de túneis aerodinâmicos
capazes de realizar ensaios de veículos em escala natural
- tamanho do corpo;
(protótipos). Podemos citar exemplos como: General
- posição do corpo em relação à direção e sentido do vento; Motors, Ford, Chrysler, Universidade de Stuttgart,
- acabamento superficial do corpo. Pininfarina, Chalais-Meudon, etc.
Um veículo animado com velocidade produz perturbações no Entre os pesquisadores, podemos destacar:
ar ao seu redor, que podem alterar suas condições de
estabilidade, e, em função do seu formato e tamanho,produzir - Na Alemanha: Rumpler, Jaray, K. Schloer, W. Kamm,
maior ou menor resistência ao avanço. Por esse motivo, o Ferdinand Porsche;
estudo aerodinâmico deve constituir etapa fundamental no - Na Franca: Dubonnet, Andreau e Labourdette;
estudo de veículos.
- Na Italia: Ferrari, Pininfarina e Giuggiaro;
As pesquisas aerodinâmicas em automóveis começaram por
volta de 1920 na Alemanha, em função do progresso da - Na Checoslovaquia: Ledwinka;
aeronáutica, quando os estudos indicaram possibilidades de - Na Inglaterra: D'Eyston;
reduzir-se o arrasto aerodinâmico.
- Nos Estados Unidos: R. Heald e C. Reynolds.
Em 1922, surgiram os primeiros relatórios relativos aos
efeitos da forma do corpo sobre a força de arrasto, elaborados O Brasil dispõe atualmente de alguns túneis aerodinâmicos
pelo laboratório do gigantesco tunel aerodinâmico de para aviacåo, adaptáveis aos ensaios em modelos de
Friedrichshafen, onde se desenvolviam as pesquisas sobre o automóveis, e em construcões civis. Entre eles, podemos
dirigível Zeppelin. citar: um túnel no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
em Såo Paulo, que serve para modelos na escala 1:10, e no
Logo depois, foi criado em Stuttgart o Instituto de Pesquisas Centro Técnico Aeroespacial em Såo José dos Campos, onde
Científicas Para Veiculos, liderado pelo cientista Kamm. há dois túneis, um para modelos até 1:5 e outro para modelos
até a escala 1:2,5.
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Em 1904, quando as rodas dos veículos eram em geral Por volta de 1950, os valores dos coeficientes de arrasto
separados da carroçaria, o parabrisas frontal era vertical, e o aerodinâmico haviam alcançado valores em média 45%
compartimento dos passageiros era aberto, o arrasto menores aos verificados nos veículos em 1904.
aerodinâmico era muito desfavorável, apresentando valores Após 1950,entretanto, essa tendência inverteu-se, e o arrasto
altos. Por outro lado, a essa época, as velocidades aerodinâmico começou a aumentar de novo nos veículos
desenvolvidas nåo eram tåo elevadas, que pudessem produzir produzidos. Esse fenômeno é explicado pela ocupaçåo da
esforços aerodinâmicos importantes. regiåo correspondente aos estribos e aos parabrisas pela
As inovacões aerodinâmicas foram introduzidas aos veículos carroçaria do veiculo, mas sem qualquer preocupaçåo quanto
aos poucos, à medida em que as velocidades foram à aerodinâmica, e sim quanto ao estilo dos mesmos, pois o
aumentando, e foram aparecendo a necessidade de melhorias, combustivel era um item irrelevante nas despesas do veículo.
como: A partir da década de 1970,entretanto, devido à crise do
- incorporação dos farois à carroçaria; petróleo,o mundo tomou consciência do fato que essa fonte
para a obtençåo de combustivel pode se esgotar, ou
- incorporação das rodas à carroçaria; simplesmente o fornecimento pode ser bloqueado. Desde
- fechamento da carroçaria; entåo, as pesquisas eståo sendo orientadas para a obtençåo de
combustíveis (e energias) alternativos, reduçåo do peso do
- inclinação do vidro frontal; veículo e diminuiçåo do arrasto aerodinâmico.
- arredondamento do vidro frontal; Para se entender a importância da reduçåo do arrasto
- incorporação dos parachoques à carroçaria; aerodinâmico, basta saber que, para se vencer a força de
arrasto, a potência dispendida é proporcional à velocidade
- etc. relativa do ar em relaçåo ao veículo elevada à terceira
potência.
3 - PRINCÍPIOS DE AERODINÂMICA
Efetuando-se a análise dimensional dessa relação, temos: p1 + pd1 + z1 = p2 + pd2 + z2 = ... = pn + pdn + zn = cte.
PRESSÃO DINÂMICA = ENERGIA CINÉTICA DO
FLUIDO Considerando que: z1 = z2 = z3 = ... = zn, a parcela da
VOLUME DO FLUIDO energia potencial pode ser desconsiderada.
( m.v 2 ) / 2 1
pd ? ? .? .v 2
V 2
onde:
A Lei de Bernoulli pode ser melhor compreendida, representando-se o escoamento de um fluido através de um tubo de fluxo, de seção
variável ao longo do tubo ( fig. 3.1 ).
As linhas de corrente indicam a direção do fluxo, sendo que o afastamento entre as linhas indicam a grandeza de velocidade, adotando-
se o seguinte critério: quanto mais próximas as linhas entre si, maior a velocidade do fluido.
Sabemos, pela lei de continuidade, que: dinâmica. Como a pressão total é constante, a pressão
estática diminui com o aumento da velocidade do fluxo.
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(a) (b) (c)
Fig.3.2 - Medição das pressões: estática (a), total (b) e dinâmica (c).
Os corpos que se movem através de um meio fluido são submetidos à ação de 3 forças e 3 momentos, conforme mostradas na figura
3.3, a saber:
O estudo do funcionamento de uma asa de avião, constitui um a percorrer um percurso maior que o ar que passa por baixo,
bom exemplo para se compreender o comportamento de um no mesmo intervalo de tempo (fig. 3.4) , ou seja, a velocidade
veículo em alta velocidade na estrada. Esse funcionamento do ar na parte superior da asa é maior que a velocidade do ar
pode ser analisado de diversos modos, mas a interpretação na parte inferior da asa.
mais simples é a que emprega o princípio de Bernoulli. Em consequência da diferença de velocidade, a pressão do ar
A asa do avião tem um perfil de forma curva, assimétrica, de acima do perfil é menor que a pressåo abaixo do perfil, de
maneira que, quando em vôo, obriga o ar que passa por cima, acordo com a Lei de Bernoulli.
A força de sustentação da asa pode ser então, calculada pela Nesses pontos, a direção da velocidade do ar é normal ao
integral das pressões estáticas aplicadas sobre toda a área da contorno do perfil, e, portanto, a velocidade do ar é nula.
asa, ou o diferencial médio da pressão estática, aplicado sobre Em consequência, a pressão dinâmica é nula, e a pressão
a área projetada da asa. estática é nula e igual à pressão total.
Fz ? ?pdA
Outra propriedade importante do ponto de estagnação é que
. sua localização fornece uma indicação segura sobre a direção e
A
sentido da força aerodinâmica resultante.
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CAP: 2 - AERODINÂMICA DOS AUTOVEÍCULOS
Prof. Milton K. Akiyama
Estudaremos a seguir, dois exemplos sobre a propriedade velocidade v1 é menor que v0, e originando uma força paralela
citada: à direção do movimento, e orientada para trás.
Exemplo 1: Consideremos um perfil de asa simétrico com Essa força é a FORÇA DE ARRASTO AERODINÂMICO
ângulo de ataque nulo, conforme a figura 3.5a. Nesse caso, os (Fx).
pontos de estagnação localizam-se bem nas pontas dos Essa perda de energia faz com que as pressões sobre o bordo
bordos do perfil, o que significa que a distribuição do fluxo de de fuga sejam menores que as pressões sobre o bordo de
ar acima e abaixo são iguais, e a resultante vertical é nula. ataque (fig. 3.5b).
Como o ar possui viscosidade, o atrito com a superfície do
perfil ocasiona a perda de energia do ar, de modo que a
Quando se faz o levantamento do diagrama das distribuições de pressões, utiliza-se o sinal positivo (+) para indicar as pressões
relativas superiores à da atmosfera, e o sinal negativo (-) para as pressões inferiores à atmosférica local.
Exemplo 2: Consideremos agora, um perfil de asa simétrico, com ângulo de ataque maior do que zero (fig. 3.6a). Neste caso, verifica-
se que os pontos de estagnação deslocam-se, sendo que o dianteiro situa-se abaixo do perfil.
A fig. 3.6b mostra a distribuição das pressões em torno do perfil. A integral das pressões sobre o contorno do perfil dá a força
resultante R , indicada na fig. 3.6b, sendo que sua componente vertical Fz é a SUSTENTAÇÃO, e a componente horizontal Fx é a
FORÇA DE ARRASTO, cujo valor é sensívelmente superior ao exemplo anterior.
fig. 3.6 - Perfil de asa de avião com ângulo de ataque diferente de zero
Observando-se os dois exemplos anteriores, podemos concluir que, quanto mais afastado do bordo de ataque estiver o ponto de
estagnação, a força de sustentação será maior. Se o ponto E estiver abaixo do perfil, a sustentação será positiva (para cima), e vice-
versa, sempre considerando o deslocamento do perfil horizontalmente.
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CAP: 2 - AERODINÂMICA DOS AUTOVEÍCULOS
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Apresentamos a seguir, diversas observações bastante Essa expressão representa a LEI DA CONTINUIDADE:
simples, mas que devem ser lembradas pela importância.
"AS VELOCIDADES SÃO INVERSAMENTE
a) Em um Tubo de Venturi, todas as forças radiais estão PROPORCIONAIS ÀS ÁREAS DAS SEÇÕES
equilibradas, pois a pressão externa atua uniformemente AO LONGO DO TUBO, PARA UM FLUXO DE
em toda a área externa do tubo. Isto significa que, VAZÃO CONSTANTE."
internamente, devido às variações de diâmetro, as
pressões sofrem variações ao longo do seu eixo, mas são
c) Sòmente a pressão estática atua sobre as superfícies
constantes em cada seção transversal. Apenas uma
contidas no escoamento do fluido.
pequena diferença de velocidade na entrada e na saída,
devido ao atrito, produz uma pequena força axial. Ao d) A pressão estática, relacionada à pressão atmosférica
contrário, em um perfil de asa assimétrica, as diferentes local, é genèricamente chamada de PRESSÅO, quando é
pressões em cada ponto da seção, produzem uma força positiva, e de SUCÇÃO, quando é negativa, ou seja,
de sustentação e de arrasto. menor que a atmosférica.
b) Em um Tubo de Venturi, toda a massa do fluido que e) As pressões, positivas ou negativas, sempre atuam
entra deverá também sair, portanto, a massa de ar que sobre a superfície, no sentido de empurrar a mesma, e
passa numa seção qualquer do tubo é igual ao produto da nunca de puxar. Uma força aerodinâmica é sempre
vazão do ar pela densidade, ou seja: resultante do fato que, em um corpo, a pressão exercida
de um lado é maior que a pressão exercida do outro lado.
(área da seção) x (velocidade) x (densidade do ar) = cte.
f) As pressões sempre são exercidas normalmente à
Daí:
superfície, isto é, não existem componentes tangenciais
A1 . v1 . ? 1 = A2 . v2 . ? 2 = ... = constante de pressão.
Considerando-se que a densidade do ar é constante para g) Para fins de análise dos efeitos aerodinâmicos, não há
velocidades subsônicas, temos: diferença entre manter um corpo parado dentro de um
fluxo, ou mover o corpo dentro de um meio fluido
A1 . v1 = A2 . v2 = ... = cte.
estacionário. O que importa é a velocidade relativa entre
Ou: v1 A2 o corpo e o fluido; os esforços aerodinâmicos obtidos
--- = ---- são os mesmos.
v2 A1
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CAP: 2 - AERODINÂMICA DOS AUTOVEÍCULOS
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Os efeitos aerodinâmicos sobre os corpos que se movem através do ar podem ser analisados de diversas maneiras, entre outras:
b) pela consideração da pressão dinâmica atuando sobre uma área de referência, e corrigindo-se o valor obtido por meio de um
coeficiente experimental.
Consideremos ainda, uma superfície fechada, envolvendo o corpo a certa distância, denominada SUPERFÍCIE DE CONTROLE
(S.C.). (ver fig. 3.7).
A força resultante R, exercida pelo ar sobre o corpo é igual à diferença vetorial entre as velocidades da saída e de entrada do ar pela
superfície de controle, multiplicada pela massa de ar que atravessa a S.C., durante um intervalo de tempo.
b - Análise dos efeitos aerodinâmicos, considerando-se A PRESSÃO DINÂMICA ATUANDO SOBRE UMA ÁREA DE
REFERÊNCIA, E CORRIGINDO-SE OS RESULTADOS POR MEIO DE COEFICIENTES ADIMENSIONAIS OBTIDOS
EXPERIMENTALMENTE.
Este é o método mais utilizado, e a expressão geral que A = área de referência do corpo;
exprime o princípio é:
Caer = coeficiente aerodinâmico, obtido
F = pd . A . Caer (3.6) experimentalmente.
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CAP: 2 - AERODINÂMICA DOS AUTOVEÍCULOS
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?? . posição do corpo em relação ao escoamento; A passagem de um regime para o outro é caracterizada pelo
número de Reynolds (NR), que é definido pela expressåo:
?? . acabamento superficial.
l.v l.v
Os coeficientes experimentais podem ser determinados para NR = -------- = --------
as forças e para os momentos, segundo os três eixos ? ? ?/ ?
coordenados do espaço, conforme a fig. 3.3;
onde:
Assim, a expressão geral 3.7 deverá ser adaptada para cada
l = um comprimento característico;
caso, e com os coeficientes correspondentes:
v = velocidade relativa do ar em relaçåo ao corpo;
Cx = coeficiente da força de arrasto aerodinâmico;
? = viscosidade absoluta do ar;
Cy = coeficiente da força lateral aerodinâmica;
? = viscosidade cinemática do ar;
Cz = coeficiente de sustentaçåo aerodinâmica;
? = massa específica do ar.
Cmx = coeficiente do momento de rolamento;
A fim de se ter uma idéia sobre os valores dos coeficientes aerodinâmicos, bem como as variações devido ao tipo de escoamento,
apresentamos a seguir alguns casos particulares:
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Nos casos acima, o NR influe muito pouco, pois há sòmente forças de pressão.
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Nos autoveículos, o comprimento característico utilizado para o cálculo do NR e dos momentos aerodinâmicos, é a distância entre os
eixos.
A área de referência para exprimir as forças aerodinâmicas costuma ser a área de seção máxima perpendicular ao eixo longitudinal, e é
chamada de "área frontal" e "seção frontal", respectivamente.
É comum utilizar-se também o produto da altura total do veículo pela bitola dianteira das rodas, para o cálculo da área frontal de
referência, conforme mostra a fig. 5.1.
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Para o cálculo da força de resistência do ar no sentido de marcha, deve ser tomada a velocidade relativa do ar de frente, isto é, a
velocidade do veículo mais o componente de velocidade do vento na direção de marcha do veículo.
Outrossim, para os cálculos das forças de sustentação, lateral, e os momentos aerodinâmicos, é preciso calcular a velocidade resultante
do ar em relação ao veículo, em grandeza e direção.
Para o cálculo da força de arrasto em um autoveículo, a A expressão 5.3 pode ainda ser desenvolvida na forma mais
expressão 3.7 passa a ser como segue: completa, resultando em:
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Fx = --- . ? . A . vx2 . Cx (5.1)
Paer = ---- . ? . A . vx . Cx (5.4)
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onde:
vx - Velocidade relativa ar/veículo, no eixo x-x (m/s) Na tabela 5.2, são apresentados os valores médios de
coeficiente de arrasto em veículos de série ao longo dos anos.
Cx - Coeficiente de arrasto aerodinâmico (adimensional)
Na tabela 5.3, são apresentados os valores de coeficientes de
A velocidade relativa ar/veículo é calculada pela seguinte
arrasto de veículos de fabricação seriada, compilados a partir
expressão:
de livros e publicações técnicos, catálogos de fabricantes,
vx2 = vo2 + v12 +/- (2 . v0 . v1 . cos ? ) (5.2) revistas sobre automobilística.
Para o cálculo da potência necessária para vencer o arrasto - ônibus aerodinâmicos : Cx = 0.30 a 0.40
aerodinâmico, Paer, temos a expressão:
Os automóveis de 3 volumes (tipo caixa ou pontão)
Fx . vx apresentam coeficiente de arrasto da ordem de 0.45 que é
Paer = ---------- (5.3) relativamente alto, e os fabricantes procuram compensar,
75 reduzindo a área frontal, solução essa que apresenta
limitações.
sendo:
Os carros antigos com o mesmo coeficiente tinham a área
Fx em (kgf)
frontal de cerca de 2.5 m2, e atualmente apresentam cerca de
vx em (m/s ) 1.5 m2. Já os veículos esportivos possuem A =~ 1.2 m2.
Paer em (CV)
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As experiências mostram que uma placa perpendicular ao fluxo tem maior arrasto que um prisma de mesma área frontal, pois o
turbilhonamento atrás da placa, que arrasta certo volume de ar, absorve muita energia (fig. 5.2).
No caso do prisma, o aumento do comprimento tende a diminuir a turbulência, diminuindo o arrasto. Entretanto, quando o prisma
alonga-se muito, o arrasto de atrito passa a predominar, pois é proporcional à "área molhada" pelo ar, de modo que para prismas de
grande esbelteza, o arrasto tende a crescer novamente.
- alojamentos das rodas, principalmente nas dianteiras, onde se formam grandes turbulências;
- enfeites externos;
- calhas;
- antenas;
- maçanetas;
- limpadores de parabrisas;
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- arrasto induzido;
- arrasto devido às saliências diversas (antenas, espelhos retrovisores, calhas, limpadores de parabrisas, etc.;
. ARRASTO DE ATRITO
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Camada limite formada em uma placa plana com aresta de montante chanfrada.
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