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SISTEMAS ECONÔMICOS CAPITALISTAS 1

Prof: Welligton Mendes Frente: 02 Aula: 01


AL230207

SISTEMA ECONÔMICO CAPITALISTA

Atualmente o Capitalismo é definido como um


sistema econômico baseado na propriedade privada
dos meios de produção e propriedade intelectual, na
obtenção de lucro através do risco do investimento,nas
decisões quanto ao investimento de capital feitas pela
iniciativa privada, e com a produção, distribuição e
preços dos bens, serviços e recursos-humanos afetados
pelas forças da oferta e da procura.

O capitalismo está voltado para a fabricação de produtos


comercializáveis, denominados mercadorias, com o objetivo de
obter lucro. Este sistema está baseado na propriedade privada
dos meios de produção - todos os elementos usados na produção
pertencem a alguns indivíduos (os capitalistas ou burgueses).
Nas sociedades capitalistas, o elemento central da economia
é o capital - dinheiro investido no processo produtivo,
objetivando lucro. Diferencia-se do dinheiro que se destina à
satisfação das necessidades pessoais das pessoas.
Como no capitalismo a produção se destina ao mercado,
dizemos que os países capitalistas adotam a economia de
mercado. É em função das necessidades do mercado que se
desenvolvem a produção, circulação e o consumo dos produtos.
Para produzir e comercializar suas mercadorias, os
capitalistas (proprietários dos meios de produção) contratam
CAPITALISMO COMERCIAL:
empregados - pessoas que não sendo donas dos meios de
O sistema capitalista nasceu das transformações por que
produção, vendem sua força de trabalho (mercadoria) em troca
passou a Europa feudal (séc. XIII). O fundamento da riqueza
de salário. São os proletários.
deixou paulatinamente de ser a terra, e a economia de mercado
começou a estruturar-se com base no trabalho artesanal.
ORIGEM
A partir do séc. XV, as relações mercantis ampliaram-se
geograficamente com as grandes navegações e a inserção de
Encontramos a origem do sistema capitalista na
passagem da Idade Média para a Idade Moderna. O
sistema capitalista nasceu das transformações por que
passou a Europa feudal (séc. XIII). O fundamento da
riqueza deixou paulatinamente de ser a terra, e a
economia de mercado começou a estruturar-se com base
no trabalho artesanal.
Com o renascimento urbano e comercial dos séculos
XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social : a
burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro
através de atividades comerciais.
Neste contexto, surgem também os banqueiros e
cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao
dinheiro em circulação, numa economia que estava em
pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas
identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e
banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista :
lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de
produção e expansão dos negócios.

AS FASES OU ETAPAS DO CAPITALISMO

• CAPITALISMO COMERCIAL (SÉC. XVIII)

• CAPITALISMO INDUSTRIAL (SÉC. XIX) novas terras no sistema capitalista de produção.


Primeira Revolução Industrial Desenvolveu-se então a fase do chamado capitalismo
Segunda Revolução Industrial comercial; o ciclo de reprodução do capital estava alicerçado
Terceira Revolução Industrial principalmente na circulação e distribuição de mercadorias
realizadas entre as metrópoles e as colônias(Pacto Colonial).
• CAPITALISMO FINANCEIRO (SÉC. XX)
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do lucro, chamando-o de mais-valia. Vejamos no que
MATÉRIAS-PRIMA
consiste:
A toda jornada de trabalho corresponde a uma
remuneração, que permitirá a subsistência do
COLÔNIAS trabalhador. No entanto, o trabalhador produz um valor
METRÓPOLES
maior do que aquele que recebe na fora de salário, e
essa fatia de trabalho não-pago é apropriada pelos donos
PRODUTOS MANUFATURADOS das fábricas, das fazendas, das minas, etc. Dessa forma,
todo produto ou serviço vendido traz esse valor não
transferido ao trabalhador, permitindo o acúmulo de
lucro pelos capitalistas.

Nesse período inaugurou-se a Divisão Internacional do


Trabalho, caracterizada pela produção de matérias-primas nas
colônias em troca de manufaturas das metrópoles.
O mercantilismo, doutrina econômica e política do
capitalismo comercial, criou as bases de uma nova geografia
européia e mundial.
Fortaleceu a unificação territorial a partir de um governo
centralizado, dando origem aos Estados nacionais europeus. Tais
Estados, fortaleceram-se e acumularam riquezas com o
protecionismo de seus mercados internos e com o comércio. Com
isso, ampliaram-se as relações espaciais, baseadas na
escravização e comercialização dos escravos e na exploração
colonial. Nessa época, a riqueza e o poder de um país eram
medidos pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que Nos séculos XVIII e XIX, o capitalismo florescia na forma de
possuíam. Esse princípio ficou conhecido como metalismo. pequenas e numerosas empresas, que competiam por uma fatia
O mercantilismo foi fundamental para o desenvolvimento do do mercado, sem que o Estado interferisse na economia. Nessa
capitalismo, pois permitiu, como resultado do comércio altamente fase (liberal), predominava a doutrina de Adam Smith,
lucrativo e pela exploração das colônias, grande acúmulo de segundo a qual o mercado deve ser regido pela livre
capitais (conhecida como acumulação primitiva do capital). concorrência, baseada na lei da oferta e da procura.
Essas novas idéias interessavam principalmente à Inglaterra,
CAPITALISMO INDUSTRIAL “oficina do mundo” – devido ao seu avanço industrial – e “rainha
O sistema capitalista só iria se consolidar no século XVIII, dos mares” – devido ao seu poderio naval. O país vendia seus
com a substituição da manufatura pelas máquinas a vapor, produtos aos quatro cantos do planeta.
iniciada nas indústrias têxteis da Inglaterra. A mecanização Com o brutal aumento da produção, acirrou-se cada vez
imprimiu um novo ritmo à produção de mercadorias. mais a concorrência. Era cada vez maior a necessidade de se
garantirem novos mercados consumidores, novas fontes de
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL matérias-primas e novas áreas para investimentos lucrativos.
O espaço geográfico, a partir das transformações Foi dentro desse quadro que ocorreu a expansão imperialista
socioeconômicas dos séculos XV e XVI, passou a ter abrangência na Ásia e na África, o que consolidou de vez a divisão
mundial. A organização espacial variou de acordo com papel internacional do trabalho.
diferenciado que ocuparam as colônias, as metrópoles e outras
regiões do globo, com maior ou menor grau de integração ao
novo sistema econômico.
As transformações sociais e econômicas associadas a esse
período foram tão intensas que representaram uma verdadeira
revolução, chamada de Revolução Industrial.
Porém, a mais profunda transformação espacial ocorreu com
a introdução da indústria moderna na Inglaterra, que marcou o
inicio do capitalismo industrial (concorrencial ou liberal). A
industrialização não provocou mudanças apenas na forma de
produção, mas direcionou toda a configuração do espaço atual.
Modificou as relações sociais e territoriais, difundiu cultura e
técnica, aprofundou a competição entre os povos, concentrou a
população no espaço e provocou o crescimento cada vez maior
das cidades.
Com a invenção da máquina a vapor e sua incorporação à
produção industrial, os trabalhadores eram obrigados a trabalhar
conforme o ritmo das máquinas, de maneira padronizada. Outra
parte da mão-de-obra disponível foi requisitada para trabalhar
nas minas de carvão (fonte de energia dessa primeira fase da Além das potências européias, os EUA difiniam-se como
Revolução Industrial). Nesse período, o “lucro” não advinha mais potência na América através da Doutrina Monroe (1823), o Japão
da exploração das colônias, mas sim, da produção de na Ásia através da Era Meiji, expandindo seus domínios pelo
mercadorias pelas indústrias, que trazia embutido a exploração sudeste asiático sobre áreas de influencia das potencias
dos trabalhadores através da mais-valia. européias.
Foi Karl Marx,um dos mais influentes pensadores
alemães do século passado, quem desvendou o
mecanismo da exploração capitalista, que é a essência

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