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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da

Paraíba – Campus João Pessoa


Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial
Professor: Miguel Prudente Nunes
Discentes: Iago de Lellis Braz da Silva Araújo –
20111450068
L
arissa Paiva
da Cruz –
2011145021
1
Nájila Brandão da Silva - 20111450238
Data: 10/03/2011

Questionário

Definição de limite:

"Um limite é uma concepção peculiar e fundamental, cujo uso na prova de


proposições da Geometria Superior não pode ser suplantado por qualquer
outra combinação de hipóteses e definições".
(WHEWELL apud ANTON; BIVENS, DAVIS, 2007, p. 101).

Seja f uma função definida sobre algum intervalo aberto que contém o número
a, exceto possivelmente no próprio a. Então dizemos que o limite de f(x)
quando x tende a a é L, e escrevemos se para todo número

há um número correspondente d 0 tal que sempre que

. (Fonte: Stewart, 2006, p.115)

Perguntas:

1- Mostre a aplicabilidade do limite do cotidiano.

Na matemática, são usados no cálculo diferencial e em outros ramos da


análise matemática para definir derivadas e continuidade de funções. A
definição de limite é utilizado para traçar o comportamento de uma função à
medida que o seu argumento se aproxima de um determinado valor, assim,
como o comportamento de uma sequência de números reais, quando o
índice da sequência vai crescendo, tendendo para o infinito.

Observamos algumas situações de nosso cotidiano nas quais está presente


a ideia intuitiva de limite.

Exemplo 1: Se o câmbio do dólar americano tende a estabilizar-se em torno


de R$ 3,00 (3 reais), então o valor pago por 100 dólares estabiliza-se em
R$ 300,00. Logo podemos falar que o limite ( valor pago por 100 dólares) é
igual a R$ 300,00, quando o valor pago por 1 dólar tende a R$ 3,00.

Exemplo 2: Imagine uma placa metálica quadrada que se expande


uniformemente por ser aquecida. Se x é o comprimento do lado, a área da
placa é dada por A = x². Evidentemente, quando x se avizinha de 3, a área
da placa A tende a 9. Expressamos isto dizendo que quando x se aproxima
de 3, x² se aproxima de 9 como um limite.

Exemplo 3: Suponhamos agora que você esteja dirigindo um automóvel. Se


o acelerador for calçado para baixo em torno de 2 cm, então a velocidade
se manterá próxima aos 80 km/h. Logo, podemos dizer que o limite (a
velocidade instantânea de automóvel) é igual a 80 km/h, quando o
acelerador tender a 2 cm para baixo.

(Fonte: Wikipédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Limite ; MATEMÁTICA


SUPERIOR – UVB, Faculdade On-Line UVB, p.08
http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_2mod/matematica_superior/pdf/
MS_impresso_aula01.pdf )

2 – Elabore um relato histórico sobre o desenvolvimento do limite.

O conceito de limite constitui um dos fundamentos do Cálculo, uma vez que


para definir derivada, continuidade, integral, convergência, divergência,
utilizamos esse conceito. A sistematização lógica do Cálculo pressupõe então o
conceito de limite.

Entretanto, o registro histórico é justamente o oposto. Por muitos séculos, a


noção de limite foi confundida com ideias vagas, às vezes filosóficas relativas
ao infinito - números infinitamente grandes ou infinitamente pequenos - e com
intuições geométricas subjetivas, nem sempre rigorosas. O termo limite no
sentido moderno é produto dos séculos XVIII e XIX, originário da Europa. A
definição moderna tem menos de 150 anos.

A primeira vez em que a ideia de limite apareceu, foi por volta de 450 a.C., na
discussão dos quatro paradoxos de Zeno. Por exemplo, no primeiro paradoxo -
a Dicotomia - Zeno discute o movimento de um objeto que se move entre dois
pontos fixos, A e B, situados a uma distância finita, considerando uma
sequência infinita de intervalos de tempo - T0, T1, T2,..., Tn,... - cada um deles
sendo o tempo gasto para percorrer a metade da distância percorrida no

movimento anterior.

Analisando o problema, Zeno concluiu que dessa maneira o móvel nunca


chegaria em B. Aristóteles, 384 - 322 a.C., refletiu sobre os paradoxos de Zeno
com argumentos filosóficos. Para provas rigorosas das fórmulas de
determinadas áreas e volumes, Arquimedes encontrou diversas somas que
contêm um número infinito de termos. Na ausência do conceito de limite,
Arquimedes utilizava argumentos denominados dupla reductio ad absurdum.

O Cálculo, às vezes, foi também descrito como o estudo das curvas, das
superfícies, e dos sólidos. O desenvolvimento da geometria desses objetos
floresceu seguindo a invenção da geometria analítica com Pierre de Fermat e
René Descartes.

Fermat planejou um método algébrico para encontrar os pontos de máximo ou


de mínimo em determinadas curvas. Ele estava tentando mostrar exatamente
que nos pontos de máximo ou de mínimo a reta tangente à curva é horizontal,
isto é, tem inclinação zero.

Encontrar a reta tangente a uma curva é um problema fundamental do Cálculo.


Durante o século XVII, diversos geômetras planejaram esquemas algébricos
complicados para encontrar retas tangentes a determinadas curvas. Descartes
desenvolveu um processo que usava dobro-raízes de uma equação auxiliar;
essa técnica foi melhorada pelo matemático Johan Hudde,1628 - 1704, que
era, na época, o maior matemático de Amsterdã. René de Sluse, 1622 - 1685,
inventou um outro método mais sofisticado para obter retas tangentes a curvas.
Em cada um desses métodos, o limite deve ter sido usado numa etapa crítica.
Mas nenhum deles percebeu a necessidade da idéia de limite, e assim cada
um encontrou uma maneira inteligente para conseguir os próprios resultados,
que estavam corretos, embora sem o rigor possibilitado pelo limite.

Determinar valores exatos para áreas em regiões limitadas por curvas é outro
problema fundamental do Cálculo. Este é chamado freqüentemente problema
da quadratura - determinação de uma área - e, relacionado com ele, o
problema da cubatura, isto é, da determinação do volume de um sólido limitado
por superfícies. Todos esses problemas conduzem às integrais.

Johannes Kepler, astrônomo famoso, era um dos mais envolvidos com


problemas de cubatura. Bonaventura Cavalieri desenvolveu uma teoria
elaborada nas quadraturas. Outros, tais como Evangelista Torricelli, Pierre de
Fermat, John Wallis e St. Vincent de Gregory, planejaram técnicas de
quadratura e/ou de cubatura que se aplicavam a regiões ou a sólidos
específicos. Mas nenhum deles usou limites. Os resultados estavam quase
todos corretos, mas cada um dependia de uma argumentação não algébrica,
recorrendo à intuição geométrica ou filosófica, questionável em algum ponto
crítico. A necessidade para os limites era justa, mas não reconhecida.

Isaac Newton, em Principia Mathematica, seu maior trabalho em Matemática e


Ciência, foi o primeiro a reconhecer, em certo sentido, a necessidade do limite.
No começo do livro I do Principia, tentou dar uma formulação precisa para o
conceito do limite. Ele havia descoberto o papel preliminar que o limite teria no
Cálculo, sendo essa a semente da definição moderna. Infelizmente, para a
fundamentação rigorosa do Cálculo, durante muitas décadas, ninguém
examinou as sugestões que Newton havia fornecido.

Com as ferramentas disponíveis na época, os problemas da chamada


Geometria foram resolvidos, e surgiam novas aplicações do Cálculo à Ciência,
principalmente à Física e à Astronomia. Novos campos da Matemática, em
especial das equações diferenciais e do cálculo de variações, foram sendo
criados.

Durante o século XVIII, uma atenção muito pequena foi dada às


fundamentações do Cálculo, muito menos ao limite e seus detalhes. Colin
Maclaurin defendeu o tratamento dos fluxos de Newton, mas reverteu ao
século XVII, com argumentos similares ao de Fermat que somente Arquimedes
ocasionalmente tinha usado. Apesar de suas boas intenções, Maclaurin deixou
passar a oportunidade de perceber a sugestão de Newton sobre limites.

D'Alembert era o único cientista da época que reconheceu explicitamente a


centralidade do limite no Cálculo. Em sua famosa Encyclopédie, D'Alembert
afirmou que a definição apropriada ao conceito de derivada requer a
compreensão de limite primeiramente, e então deu a definição: Um valor é dito
ser o limite de um outro valor quando o segundo pode se aproximar do primeiro
dentro de algum valor dado, de qualquer modo pequeno, embora o segundo
valor nunca possa exceder o valor ao qual se aproxima. Em termos gerais,
D'Alembert percebeu, que a teoria dos limites era a "verdadeira metafísica do
Cálculo".

Em 1784, a Academia de Ciências de Berlim ofereceu um prêmio para quem


explicasse com sucesso uma teoria do infinito pequeno e do infinito grande na
matemática e que pudesse ser usado no Cálculo como um fundamento lógico e
consistente. Embora esse prêmio tenha sido ganho por Simon L'Huilier (1750 -
1840) pelo seu trabalho "longo e tedioso", este não foi considerado uma
solução para os problemas propostos. Lazare N. M. Carnot (1753 - 1823)
propôs uma tentativa popular de explicar o papel do limite no Cálculo como "a
compensação dos erros", mas não explicou como estes erros se balançariam
sempre perfeitamente.

Já no final do século XVIII, o matemático Joseph-Louis Lagrange - o maior do


seu tempo - tinha elaborado uma reformulação sobre a mecânica em termos do
Cálculo. Lagrange focalizou sua atenção nos problemas da fundamentação do
Cálculo. Sua solução tinha como destaque "toda a consideração de
quantidades infinitamente pequenas, dos limites ou dos fluxos". Lagrange fez
um esforço para fazer o Cálculo puramente algébrico eliminando inteiramente
os limites.

Durante todo o século XVIII, pouco interesse em relação aos assuntos sobre a
convergência ou a divergência de sequências infinitas e séries havia aparecido.
Em 1812, Carl Friedrich Gauss compôs o primeiro tratamento rigoroso de
convergência para sequências e séries, embora não utilizasse a terminologia
dos limites. Em sua famosa teoria analítica do calor, Jean Baptiste Joseph
Fourier tentou definir a convergência de uma série infinita sem usar limites,
mas mostrando que, respeitadas certas hipóteses, toda função poderia ser
escrita como uma soma de suas séries.

No começo do século XVIII, as idéias sobre limites eram certamente


desconcertantes.

Já no século XIX, Augustin Louis Cauchy estava procurando uma exposição


rigorosamente correta do Cálculo para apresentar a seus estudantes de
engenharia na École Polytechnique de Paris. Cauchy começou seu curso com
uma definição moderna de limite. Em suas notas de aula, que se tornaram
papéis clássicos, Cauchy usou o limite como a base para a introdução precisa
do conceito de continuidade e de convergência, de derivada, de integral.
Entretanto, a Cauchy tinham passado desapercebidos alguns dos detalhes
técnicos. Niels Henrik Abel (1802 - 1829) e Peter Gustav Lejeune Dirichlet
estavam entre aqueles que procuravam por problemas delicados e não
intuitivos.
Entre 1840 e 1850, enquanto era professor da High School, Karl Weierstrass
determinou que a primeira etapa para corrigir esses erros deveria começar pela
definição de limite de Cauchy em termos aritméticos estritos, usando-se
somente valores absolutos e desigualdades.

(Fonte:IME-USP,Cálculo,http://ecalculo.if.usp.br/historia/historia_limites.htm )

3 – Escreva livremente sobre o limite.

Limite é o conceito mais fundamental do Cálculo; de fato, limite é o que


distingue, no nível mais básico, o cálculo de álgebra, geometria e o resto da
matemática. Portanto, em termos do desenvolvimento ordenado e lógico do
cálculo, limites devem vir primeiro. Porém, o registro histórico é justamente o
oposto. Por vários séculos, as noções de limite eram confusas, com idéias
vagas e algumas vezes filosóficas sobre o infinito.
Para suas demonstrações rigorosas das fórmulas para certas áreas e volumes,
Arquimedes (287—212 a.C.) encontrou várias séries infinitas - somas que
contêm um número infinito de termos. Não possuindo o conceito de limite
propriamente dito, Arquimedes inventou argumentos muito engenhosos
chamados de redução ao absurdo duplo, que, na verdade, incorporam alguns
detalhes técnicos do que agora chamamos de limites.
Para entender os conceitos mais importantes deve-se levar em consideração
que nem tudo o que queremos realizar, ocorre no meio físico e quase sempre é
necessário introduzir um modelo que procura algo que está fora das coisas
comuns e esta procura ocorre com os limites nos estudos de sequências,
séries, cálculos de raízes de funções, ... Por exemplo, obter uma raiz de uma
função polinomial de grau maior do que 4 somente é possível através de
métodos numéricos que utilizam fortemente as ideias de limites e continuidade.
Na verdade, este cálculo depende do Teorema do Valor Intermediário que é
uma consequência do estudo de continuidade de funções.

4 – Mostre um diálogo entre os elementos do limite.


Em uma conversa no mundo da matemática, entre os elementos do limite:
- Bom dia L , como você está? – disse f(x).
L responde: - Bom dia! Eu vou bem, mas não perguntarei o mesmo a você.
- Mas porquê L? – disse f(x).
- Porque não quero muita conversa com o senhor. Você quer ser igual a mim a
todo custo – falou L.
Respondendo a ignorância de L, f(x) resmunga: - Mas calma, só serei igual a
você se eu for a uma academia, ficar bem forte e toda meu x começar a tender
a A, desse modo igualarei a você.
Achando ruim L diz: - Então eu é que irei agora fazer uma malhação, pois se
você, por acaso, se casa com uma f(x)’ eu estou frito, pois vocês serão bem
mais forte que eu. Mas pensando bem, também me sairei por cima nessa
história toda, vocês terão dois filhos que se chamarão L¹ e L², sendo assim
aumentando minha população. (Risos).
Surpreso, f(x) exclama: - Nossa, você é tão esperto!

Ideias de construção do diálogo:


5 – Escolha um tema matemático e descreva livremente sobre o mesmo.
Conceito histórico dos Polinômios

Ao longo da história da humanidade, um dos problemas mais fascinantes


entre os matemáticos antigos era o de resolver equações polinomiais. Para
que valores de x satisfizessem a equação.
Uma das grandes discussões matemáticas registradas na história é a
ocorrida entre os matemáticos italianos Girolamo Cardano e Nicoló Fontana,
mais conhecido como Tartaglia (Tartaglia traduzido a português significa
“gago”, apelido dado ao matemático devido aos seus distúrbios de fala) em
meados do século XVI. Naquela época eram comuns publicações anuais de
matemática, nos quais as mentes brilhantes da Europa propunham desafios a
outros matemáticos. Publicações essas que faziam crescer o nome de muitos
matemáticos que conhecemos historicamente hoje, como Newton, irmãos
Bemouilli, Leibniz, entre outros.
A história diz que no início do século XVI o matemático Scipione Del Ferro
descobriu uma solução para a equações do tipo x3 + px + q = 0, porém faleceu
antes de publicá-la. Seu discípulo, Antonio Fior, conhecia o método e resolveu
publicar em uma dessas edições anuais o desafio, a fim de engrandecer seu
nome perante os matemáticos contemporâneos. O desafio constava em dar
as soluções numéricas de equações do tipo que Del Ferro havia estudado.
O matemático Tartaglia, um humilde matemático de origem pobre, aceitou o
desafio e respondia todos com respostas diretas e precisas a respeito das
raízes, porém não revelava seu método de obtenção das mesmas. Por mais
que Fior ousava desafiar Tartaglia, a resposta vinha sempre com precisão por
parte do matemático com distúrbio de fala.

Para finalizar a humilhação para cima de Fior, Tartaglia propôs um desafio


ao mesmo que era de resolver equações do tipo: x3 + n.x2 + px + q = 0. Ao
matemático Fior, que não tinha méritos o suficiente para responder ao desafio,
restou a humilhação perante todos os matemáticos contemporâneos.

Nesta mesma época, Girolamo Cardano, também italiano, estava


escrevendo um trabalho de álgebra, e solicitou a Tartaglia que revelasse o
método de resolução das equações do 3º grau para que fosse publicado, com
os devidos créditos, no seu livro. Tartaglia recusou, alegando que iria publicar
ele mesmo o método. Cardano era conhecido por sua “falsidade”, mas mesmo
assim conseguiu convencer (sob juras de que seria devidamente creditado) o
matemático Tartaglia a revelar a solução. Quebrando sua promessa, em
meados do século, surgiu a publicação Ars Magna contendo a solução das
equações do 3º grau sem menção alguma ao seu conterrâneo.
Com a solução de equações cúbicas conhecida, um grande problema na
matemática surgiu, quando os matemáticos pararam para analisar melhor a
solução da Cardano-Tartaglia para equações do 3º grau: x3 =a.x+ b.
A solução vinda do matemático italiano dizia que:

Até o momento não era tido como algo matematicamente verdadeiro a raiz
quadrada de números negativos, de modo que equações como x 3 = 15.x + 4 ,
não apresentassem soluções de interpretação matemática concrtea, uma vez
que de acordo dom a solução de Tartaglia:

Desta forma criou-se em paralelo ao estudo das equações algébricas


polinomiais, o estudo dos Numeros Complexos.

(Fonte:http://issuu.com/padocas/docs/democomplexos Livro: Matemática em


Nível IME/ITA Volume 1- Números Complexos e Polinômios 1ª EDIÇÃO
páginas 90 e 91 do Capítulo 4- Polinômios EDITORA: São José dos
Campos –SP 2008 )

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