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DISSERTAÇÃO

É uma modalidade de composição que visa analisar, ou comentar expositivamente conceitos ou


idéias sobre um determinado assunto. Pode apresentar-se de forma expositiva ou argumentativa.
Possui uma natureza reflexiva que consiste na ordenação dessas idéias a respeito de um determinado
assunto contido em um uma frase-tema, um conjunto de textos verbais, não-verbais, ou até mesmo uma
mescla de textos.
Dissertar é debater. Para discutirmos questões dos variados assuntos que a sociedade nos
apresenta precisamos da Dissertação. Aquele que desenvolve uma dissertação é comumente
denominado de Enunciador de idéias. Como enunciadores somos nós que desenvolvemos o texto
dissertativo sem usar primeira pessoa, expressando o nosso ponto de vista para desenvolvê-lo com
concisão e clareza. Essas idéias fundamentam nossa posição. É por isso que toda dissertação deve
ser desenvolvida em terceira pessoa. Estabelecer nos parágrafos do desenvolvimento as relações de
causa e conseqüência, contribui para um texto correto e conciso. Frases curtas, linguagem direta
apresenta um texto com estrutura organizada e logicidade de idéias.

A ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO

São três as partes básicas de uma redação: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Isso
necessariamente não quer dizer que uma dissertação tenha que ter três parágrafos. O mínimo de
parágrafos lógicos seriam quatro e no máximo cinco, por se tratar de um texto para leitura rápida e
concisa.
Na Introdução de texto dissertativo encontramos a delimitação de um tema, através de frases
chamadas de argumentos, ou idéias secundárias, de uma idéia central que conhecemos como assunto,
o assunto do tema que amarrará os parágrafos do desenvolvimento – sugestão ou duas, ou no máximo
três;
No Desenvolvimento do texto dissertativo trabalharemos as frases idéias, ou argumentos
observando a estrutura padrão de um parágrafo de desenvolvimento que apresentarei mais adiante,
apresentando sua causa e conseqüência e exemplos sempre no fim parágrafo para mostrar harmonia;
A Conclusão no texto dissertativo também uma estrutura padrão, chega de inventar, até para
finalizar um texto devemos seguir regras. Seguindo-as o resultado final da redação será primoroso

Os tipos dissertativos
A dissertação poderá ser classificada quanto ao método utilizado para sua obtenção das seguintes
maneiras:

1. Expositiva
Acontece quando, no texto, o articulador das idéias utiliza dados fartamente noticiados em jornais,
revistas, rádio, televisão, enciclopédias. Tais idéias são amplamente conhecidas e, por isso mesmo,
inquestionáveis quanto ao conteúdo. Como o próprio nome diz, expõe os fatos, mas não apresenta
necessariamente uma discussão.

2. Argumentativa
Acontece quando, ao escrever, nos dispomos a refletir sobre os assuntos enfocados, usando pontos-de
vista pessoais, aproximando ou correlacionando os fatos a fim de que cheguemos facilmente a uma
conclusão.
Entre as maneiras de dissertar, é considerada sofisticada: a visão sobre os fatos discutidos é crítica, há
evidências e juízos que são trazidos à luz de maneira analítica.
3. Mista
Não seria preciso dizer que este último método é o melhor... Por quê? Porque guarda em si as
possibilidades dos dois anteriores, ou seja: ao mesmo tempo que você expõe os fatos conhecidos de
todos, que podem se transformar em exemplificação atualizada, também permite que se argumente de
maneira analítica, portanto crítica, e aí sejam inseridos questionamentos, juízos de valor, elementos tão
caros e necessários a qualquer texto dissertativo.

Eis o Esquema Estrutural que poderá ajudá-lo a fazer sua dissertação:

COERÊNCIA E COESÃO

Uma das propriedades que distingue um texto de um amontoado de palavras ou frases é o


relacionamento existente entre si. De que trata, então, a coesão textual? Da ligação, da relação, da
conexão entre as palavras de um texto, através de elementos formais, que assinalam o vínculo entre os
seus componentes.
Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a coesão pode desempenhar a função de
(re)ativação do referente. A reativação do referente no texto é realizada por meio da referenciação
anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas.
A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa (retos
e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios e artigos.
Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não
briga com quem torce para outro time; aquele o faz.
Explicação: O termo isso retoma o predicado são fanáticos torcedores de futebol; este recupera a
palavra Pedro; aquele , o termo André; o faz, o predicado briga com quem torce para o outro time –
são anafóricos.
A remissão catafórica (para a frente) realiza-se preferencialmente através de pronomes
demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas também por meio das demais
espécies de pronomes, de advérbios e de numerais. Exemplos:
Exemplo: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e
passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele, o professor, gordo e
silencioso, de ombros contraídos.
Explicação: O pronome possessivo seu e o pronome pessoal reto ele antecipam a expressão o
professor – são catafóricos.
De que trata a coerência textual ? Da relação que se estabelece entre as diversas partes do
texto, criando uma unidade de sentido. Está, portanto, ligada ao entendimento, à possibilidade de
interpretação daquilo que se ouve ou lê.

SINTESE DE ELEMENTOS COESIVOS

1. Indicadores de oposição, contraste, para, para a, para que, com o objetivo


adversão de, etc.
preposições, conjunções e locuções:
mas, porém, 4. Indicadores de esclarecimento
todavia,contudo,entretanto,no Preposições,conjunções e locuções:
entanto,embora, contra, apesar de, não vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, etc.
obstante,ao contrário , etc.
2. Indicadores de causa e consequência 5. Indicadores de proporção
Preposições,conjunções e locuções: Preposições,conjunções e locuções:
porque, visto que, em virtude de, uma à medida que, à proporção que, ao
vez que, devido a, por motivo de, graças passo que, tanto quanto, tanto mais, a
a, sem razão de, em decorrência de, por menos que, etc.
causa de, etc. 6. Indicadores de tempo,
3. Indicadores de finalidade, preposições, conjunções e locuções:
preposições,conjunções e locuções: em pouco tempo, em muito tempo, logo
afim de, a fim de que, com o intuito de, que, assim que, antes que, depois que,
quando, de quando em quando, sempre
que,etc. 8.Indicadores de conclusão
7.Indicadores de condição preposições,conjunções e locuções:
Preposições,conjunções e locuções: portanto, então, assim, logo, por isso,
se, caso, contanto que, a não ser que, a por conseguinte, pois, de modo que, em
menos que, etc. vista disso, etc.

COMO CONSTRUIR UM TEXTO DISSERTATIVO

Procedimentos Básicos
01. Interpretação do tema
Devemos interpretar cuidadosamente o tema proposto, pois a fuga total a este implica zerar a prova de
redação;
02. Levantamento de idéias
A melhor maneira de levantar idéias sobre o tema é a auto-indagação;
03. Construção do rascunho
Construa o rascunho sem se preocupar com a forma. Priorize, nesta etapa, o conteúdo;
04. Pequeno intervalo
Suspenda a atividade redacional por alguns instantes e ocupe-se com outras provas, para que possa
desviar um pouco a atenção do texto; evitando, assim, que determinados erros passem despercebidos;
05. Revisão e acabamento
Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções;
06. Versão definitiva
Agora passe a limpo para a versão definitiva, com calma e muito cuidado!
07. Elaboração do título
O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema.
Orientação para Elaborar uma Dissertação
• Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento (exposição/argumentação) e conclusão.
• Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular, nem utilize o ainda na 1ª pessoa
do plural.
Seu texto pode ser expositivo ou argumentativo (ou ainda expositivo e argumentativo). As idéias-
núcleo devem ser bem desenvolvidas, bem fundamentadas.
• Redija na 1ª pessoa do singular ou do plural, ou fundamentadas. Evite que seu texto expositivo
ou argumentativo seja urna seqüência de afirmações vagas, sem justificativa, evidências ou
exemplificação..
• Atente para as expressões vagas ou significado amplo e sua adequada contextualização. Ex.:
conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”, “justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc.
• Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”,“pobre”, “rico” etc.; são
juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e subjetivos.
• Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a
sabedoria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem oral devem ser evitados,
bem como o uso de “etc.” e as abreviações.
• Não se usam entre aspas palavras estrangeiras com correspondência na língua portuguesa:
hippie, status, dark, punk, laser, chips etc.
• Não construa frases embromatórias. Verifique se as palavras empregadas são fundamentais e
informativas.
• Observe se não há repetição de idéias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal
empregadas), falta de concatenação de idéias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação
ou fuga ao tema proposto.
• Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, verifique se a argumentação
responde à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode
estar corretamente empregada desde que a argumentação responda à questão. Se o texto for
vago, a interrogação será retórica e vazia.
• Verifique se os argumentos são convincentes: fatos notórios ou históricos, conhecimentos
geográficos, cifras aproximadas, pesquisas e informações adquiridas através de leituras e fontes
culturais diversas.
• Se considerarmos que a redação apresenta entre 20 e 30 linhas, cada parágrafo pode ser
desenvolvido entre 3 e 6 linhas. Você deve ser flexível nesse número, em razão do tamanho da
letra ou da continuidade de raciocínio elaborado. Observe no seu texto os parágrafos prolixos ou
muito curtos, bem corno os períodos muito fragmentados, que resultam numa construção
primária.

O PARÁGRAFO-CHAVE: 18 FORMAS PARA VOCÊ COMEÇAR UM TEXTO

Ao escrever seu primeiro parágrafo, você pode fazê-lo de forma criativa. Ele deve atrair a
atenção do leitor. Por isso, evite os lugares-comuns como: atualmente, hoje em dia, desde épocas
remotas, o mundo de hoje, a cada dia que passa, no mundo em que vivemos, na atualidade.

Listamos aqui dezoito formas de começar um texto. Elas vão das mais simples as mais complexas.

1. Uma declaração (tema: liberação da maconha)


É um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo.
O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas
instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda.

• A declaração é a forma mais comum de começar um texto. Procure fazer uma declaração forte,
capaz de surpreender o leitor.

2. Divisão (tema: exclusão social)


Predominam ainda no Brasil duas convicções errôneas sobre o problema da exclusão social: a
de que ela deve ser enfrentada apenas pelo poder público e a de que sua superação envolve muitos
recursos e esforços extraordinários. Experiências relatadas nesta Folha mostram que o combate à
marginalidade social em Nova Yorkv em contando com intensivos esforços do poder público e ampla
participação da iniciativa privada.

• Ao dizer que há duas convicções errôneas, fica logo clara a direção que o parágrafo vai tomar.
O autor terá de explicitá-lo na frase seguinte.
3.Definição (tema: o mito)

O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo, isto é, de encontrar o
seu lugar entre os demais seres da natureza. É um modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão
e não-crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou
mesmo a construção cultural, mas que dão, também, as formas da ação humana.

• A definição é uma forma simples e muito usada em parágrafos-chave, sobretudo em textos


dissertativos. Pode ocupar só a primeira frase ou todo o primeiro parágrafo.

4. Uma pergunta (tema: a saúde no Brasil)

Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os contribuintes já estão
cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece não ter fim. A cada ano, somos
lesados por novos impostos para alimentar um sistema que só parece piorar.

• A pergunta não é respondida de imediato. Ela serve para despertar a atenção do leitor para o
tema e será respondida ao longo da argumentação.

5. Comparação (tema: reforma agrária)

O tema da reforma agrária está presente há bastante tempo nas discussões sobre os
problemas mais graves que afetam o Brasil. Numa comparação entre o movimento pela abolição da
escravidão no Brasil, no final do século passado e, atualmente, o movimento pela reforma agrária,
podemos perceber algumas semelhanças. Como na época da abolição da escravidão existiam
elementos favoráveis e contrários a ela, também hoje há os que são a favor e os que são contra a
implantação da reforma agrária.

• Para introduzir o tema da reforma agrária, o autor comparou a sociedade de hoje com a do final
do século XIX, mostrando a semelhança de comportamento entre elas.

6. Oposição (tema: a educação no Brasil)


De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo. De outro,
gastos excessivos com computadores, antenas parabólicas, aparelhos de videocassete. É este o
paradoxo que vive hoje a educação no Brasil.

• As duas primeiras frases criam uma oposição (de um lado / de outro) que estabelecerá o rumo
da argumentação. Também se pode criar uma oposição dentro da frase, como neste exemplo:
• Vários motivos me levaram a este livro. Dois se destacam pelo grau de envolvimento: raiva e
esperança. Explico-me: raiva por ver o quanto a cultura ainda é vista como artigo supérfluo em nossa
terra; esperança por observar quantos movimentos culturais têm acontecido em nossa história, e
quase sempre como forma de resistência e/ou transformações.(...)
• O autor estabelece a oposição e logo depois explica os termos que a compõem.

7. Alusão histórica (tema: globalização)

Após a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos lesteoeste e o mundo parece


ter aberto de vez as portas para a globalização. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou
em rota acelerada de competição.

• O conhecimento dos principais fatos históricos ajuda a iniciar um texto. O leitor é situado no
tempo e pode ter uma melhor dimensão do problema.

8. Uma frase nominal seguida de explicação (tema: a educação no Brasil)

Uma tragédia. Essa é a conclusão da própria Secretaria de Avaliação e Informação


Educacional do Ministério da Educação e Cultura sobre o desempenho dos alunos do 3º ano do 2º
grau submetidos ao Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que ainda avaliou estudantes
em todas as regiões do território nacional.

• A palavra tragédia é explicada logo depois, retomada por essa é a conclusão.

9. Adjetivação (tema: a educação no Brasil)

Equivocada e pouco racional. Esta é a verdadeira adjetivação para a política educacional do


governo.
• A adjetivação inicial será a base para desenvolver o tema. O autor dirá, nos parágrafos
seguintes, por que acha a política educacional do governo equivocada e pouco racional.

10. Citação (tema: política demográfica)


"As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não chorarem mais, trazerem a
criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem embora". O comentário do fotógrafo
Sebastião Salgado, falando sobre o que viu em Ruanda, é um acicate no estado de letargia ética que
domina algumas nações do Primeiro Mundo.

• A citação inicial facilita a continuidade do texto, pois ela é retomada pela palavra comentário da
segunda frase.

11. Citação de forma indireta (tema: consumismo)

Para Marx a religião é o ópio do povo Raymond Aron deu o troco: o marxismo é o ópio
dos intelectuais. Mas nos Estados Unidos o ópio do povo é mesmo ir às compras. Como as modas
americanas são contagiosas, é bom ver de que se trata.

• Esse recurso deve ser usado quando não sabemos textualmente a citação. É melhor citar de
forma indireta que de forma errada.

• 12. Exposição de ponto de vista (tema: o provão)

O ministro da Educação se esforça para convencer de que o provão é fundamental para


a melhoria da qualidade do ensino superior. Para isso, vem ocupando generosos espaços na mídia e
fazendo milionária campanha publicitária, ensinando como gastar mal o dinheiro que deveria ser
investido na educação

• Ao começar o texto com a opinião contrária, delineia-se, de imediato, qual a posição dos
autores. Seu objetivo será refutar os argumentos do opositor, numa espécie de contra-argumentação.

13. Retomada de um provérbio (tema: mídia e tecnologia)


O corriqueiro adágio de que o pior cego é o que não quer ver se aplica com perfeição na
análise sobre o atual estágio da mídia: desconhecer ou tentar ignorar os incríveis avanços tecnológicos
de nossos dias, e supor que eles não terão reflexos profundos no futuro dos jornais é simplesmente
impossível.

• Sempre que você usar esse recurso, não escreva o provérbio simplesmente. Faça um
comentário sobre ele para quebrar a idéia de lugar-comum que todos eles trazem. No exemplo acima, o
autor diz "o corriqueiro adágio" e assim demonstra que está consciente de que está partindo de algo
por demais conhecido.

14. Ilustração (tema: aborto)

O Jornal do Comércio, de Manaus, publicou um anúncio em que uma jovem de dezoito


anos, já mãe de duas filhas, dizia estar grávida mas não queria a criança. Ela a entregaria a quem se
dispusesse a pagar sua ligação de trompas. Preferia dar o filho a ter que fazer um aborto.

• O tema é tabu no Brasil.(...)


• Você pode começar narrando uma fato para ilustrar o tema. Veja que a coesão do parágrafo
seguinte se faz de forma fácil; a palavra tema retoma a questão que vai ser discutida.

15. Uma seqüência de frases nominais (frases sem verbo) (tema: a impunidade no Brasil)

Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clínica do Rio. Meia


centena de mortes numa clínica de hemodiálise em Caruaru. Chacina de sem-terra em Eldorado dos
Carajás.

• Muitos meses já se passaram e esses fatos continuam impunes.


• O que se deve observar nesse tipo de introdução são os paralelismos que dão equilíbrio às
diversas frases nominais. A estrutura de cada frase deve ser semelhante.

16. Alusão a um romance, um conto, um poema, um filme (tema: a intolerância)

Quem assistiu ao filme A rainha Margot, com a deslumbrante Isabelle Adjani, ainda deve
ter os fatos vivos na memória. Na madrugada de 24 de agosto de 1572, as tropas do rei de França, sob
ordens de Catarina de Médicis, a rainha-mãe e verdadeira governante, desencadearam uma das mais
tenebrosas carnificinas da História.(...)
• Desse horror a História do Brasil está praticamente livre(...)
• O resumo do filme A rainha Margot serve de introdução para desenvolver o tema da
intolerância religiosa. A coesão com o segundo parágrafo dá-se através da palavra horror, que sintetiza
o enredo do filme contado no parágrafo inicial.

17. Descrição de um fato de forma cinematográfica (tema: violência urbana)

Madrugada de 11 de agosto. Moema, bairro paulistano de classe média. Choperia


Bodega - um bar da moda, freqüentado por jovens bem-nascidos.

• Um assalto. Cinco ladrões. Todos truculentos. Duas pessoas mortas: Adriana Ciola, 23, e José
Renato Tahan, 25. Ela, estudante. Ele, dentista.
• O parágrafo é desenvolvido por flashes, o que dá agilidade ao texto e prende a atenção do
leitor. Depois desses dois parágrafos, o autor fala da origem do movimento "Reage São Paulo".

18. Omissão de dados identificadores (tema: ética)

Mas o que significa, afinal, esta palavra, que virou bandeira da juventude? Com certeza
não é algo que se refira somente à política ou às grandes decisões do Brasil e do mundo. Segundo
Tarcísio Padilha, ética é um estudo filosófico da ação e da conduta humanas cujos valores provêm da
própria natureza do homem e se adaptam às mudanças da história e da sociedade

• Caríssimos, dependendo do tema que será abordado, há algumas sugestões bem


interessantes que podem ser aproveitadas. Há que se verificar a natureza do concurso, as
características da instituição promotora, para produzir o seu texto.

As duas primeiras frases criam no leitor certa expectativa em relação ao tema que se
mantém em suspenso até a terceira frase. Pode-se também construir todo o primeiro
parágrafo omitindo o tema, esclarecendo-o apenas no parágrafo seguinte.

Prestígio zero
Um bom termômetro para aferir o prestígio de uma profissão é o número de jovens que a
assinalam como primeira opção na hora do vestibular. Por esse medidor, acarreira de professor, que
décadas atrás foi um símbolo de status, nunca esteve tão em baixa. Uma nova pesquisa, conduzida
pela Fundação Carlos Chagas a pedido da Fundação Victor Civita chama a atenção para o problema,
trazendo à luz um dado preocupante: às vésperas de ingressarem na universidade, apenas 2% dos
estudantes brasileiros pretendem seguir o magistério – opção que os outros 98% já descartaram. (...)
Conclui a especialista Bernardete Gatti, coordenadora da pesquisa: "Sem atrair as melhores cabeças
para as faculdades de pedagogia, o Brasil jamais conseguirá deixar as últimas colocações nos rankings
de ensino"
(...) A remuneração dos professores é, por sinal, o segundo fator elencado pelos jovens de hoje
para nem sequer cogitarem o magistério, atrás de um item que se refere à completa falta de
identificação com o ofício, segundo mostra a pesquisa da Fundação Carlos Chagas. Os estudantes
contam ainda que são desencorajados pelos próprios pais de fazer essa opção. Boa parte dos
entrevistados chega a afirmar que a família “jamais aceitaria tal escolha profissional”.
Países onde o ensino prima pela excelência, como Coreia do Sul e Finlândia, encontraram bons
caminhos para atrair os alunos mais brilhantes às faculdades de pedagogia -
experiência que pode ser útil também no Brasil. Ela indica que elevar o salário dos professores é
apenas uma das estratégias eficazes, mas não a de maior impacto. O que realmente suscita o fascínio
dos melhores alunos pela docência diz respeito, acima de tudo, à possibilidade
descortinada pela carreira de verem seu talento reconhecido e sua capacidade intelectual estimulada.
Nesse sentido, distinguir os profissionais de melhor desempenho em sala de
aula, com iniciativas como bônus no salário e mais responsabilidade na escola, tem sido, há décadas,
um potente motor de atração para a carreira de professor mundo afora.OBrasil precisa aprender a lição.
(Marcelo Bortoloti, in Veja, 10 de fev. de 2010)

PROPOSTA
Após a leitura atenta do texto, redija um texto dissertativo-argumentativo de, aproximadamente, 25
linhas, observando o padrão culto do idioma, sobre o tema: Valorizar o papel do professor é valorizar
o povo.

TÍTULO:
A P O M
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1. Coesão 2. Adequação 3. Linguagem 4. Estética 5. Coerência 6. Gênero/Tema


Gramatical

De acordo com o Edital, os aspectos avaliados na correção da Redação serão os seguintes:


Pontuação, ortografia, acentuação gráfica e Morfossintaxe (correção lingüística) Até 1,0 ponto
Propriedade vocabular Até 1,0 ponto
Organização adequada de parágrafos Até 1,5 pontos
Adequação no uso dos articuladores Até 1,5 pontos
Argumentação coerente das idéias e informatividade Até 2,0 pontos
Pertinência ao tema proposto Até 3,0 pontos

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