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4.1-Generalidades
Figura 1 – Diversas vistas do conjunto Parafuso sem-fim tipo cilíndrico/Roda helicoidal. Fonte:
Os sem-fins cilíndricos com um ou mais filetes (entradas) são os mais usados normalmente.
Em geral, os flancos dos filetes são superfícies geradas por uma reta que gira com movimento
helicoidal ao redor do eixo, sendo que esta é tangente a uma hélice, contida na superfície primitiva. O
nome dessas superfícies é helicóide.
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Figura no 01 - Diversas vistas do conjunto Parafuso sem-fim tipo cilíndrico/Roda helicoidal.
Fonte: figura no 4.2 [01]
Quando essa reta corta o eixo do sem-fim gera-se o tipo denominado de “sem-fim em espiral de
Arquimedes” porque um corte transversal mostra a hélice em forma de espiral.
Se a reta não cortar o eixo (passa ao lado) gera-se o sem-fim de evolvente.
O parafuso sem-fim do tipo Globoidal apresenta maior dificuldade de construção e requer um
cuidado maior na montagem porque, além de estarem exatamente fixados os ângulos entre eixos e a
mínima distância entre centros, é necessário verificar-se também se o plano médio do sem-fim globóide
contém o eixo da roda.
Para funcionamento a altas velocidades os dois tipos de sem-fim se eqüivalem, mas a baixas
velocidades o Globóide tem melhor rendimento.
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Figura 2 - Parafuso sem-fim com filete tipo A. Fonte: figura no 4.6 [02].
2o) Filete com perfil normal retilíneo (ou sensivelmente retilíneo) (Filete N)
Este tipo de filete obtém-se utilizando uma ferramenta trapezoidal disposta no plano normal à
hélice de referência.
Este tipo de fabricação não é muito interessante e na prática é substituído por uma fresagem
com fresa de forma ou de disco com diâmetro pequeno.
O perfil normal dessas fresas é retilíneo e definido pelo ângulo de pressão real ou normal αn.
O retificado pode ser efetuado com rebolo de ponta ou disco pequeno diâmetro. O perfil axial
do filete não é exatamente retilíneo.
3o) Filete obtido com uma fresa de disco de grande diâmetro e retificado com rebolo de disco de
grande diâmetro (Filete K)
A fresa ou o rebolo tem um perfil axial retilíneo que vem definido pelo ângulo de pressão real
αn.
O perfil real e o normal não são exatamente retilíneos.
(a) (b)
Figura 3 - Parafuso sem-fim com filete tipo N (a) e do tipo K (b). Fonte: figura no 4.7 e 4.8 [02].
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4o) Filete em helicóide evolvente (Filete E)
Este tipo de filete é o de uma engrenagem clássica.
Figura 4 - Parafuso sem-fim com filete tipo E. (1) e (2). Fonte: figura no 4.9 [02].
O perfil axial é uma evolvente e pode ser considerado como gerado por uma infinidade de
tangentes à hélice básica de um ângulo βb em relação ao eixo.
Dada a maior facilidade para fabricar-se com precisão o sem-fim e a fresa que serve para gerar
os dentes da roda, os filetes N, K e E são os que atualmente se empregam com maior profusão.
Cilindro de referência: É o cilindro no sem-fim sobre o qual se definem as cotas geométricas do filete.
d1= diâmetro de referência
β= ângulo de hélice γ = 90 o − β (4.1)
γ = ângulo do filete
pz = passo de hélice
px = passo axial p z = Z1 . p x (4.2)
Z1=no de filetes
px
mx = módulo axial mx = (4.3)
π
pn = passo normal
pn
mn = módulo normal mn = (4.4)
π
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Figura 5 - Elementos fundamentais num engrenamento Parafuso sem-fim/Roda helicoidal.Fonte:
Figura no 4.4 [02].
Elementos geométricos
d1
q= (4.5)
mx
π . d1 π . d1 π . d1 d1 q
tan β = = = = = (4.6)
pz Z1 . p x π . mx . Z1 Z1 . m x Z1
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Como é possível considerar o sem-fim e coroa helicoidal como rodas cilíndricas clássica com
dentado helicoidal, usaremos os mesmos termos e os mesmos símbolos considerando os elementos nos
três planos: axial, normal à hélice do filete e normal ao eixo do sem-fim (transverso).
Consideraremos a seção da roda e do sem-fim dentro de um plano médio que contém o eixo do
sem-fim e é perpendicular ao eixo da roda.
Podemos, neste caso, comparar o engrenamento dos dois como sendo o de uma cremalheira
com uma roda (desconsiderando a rotação do sem-fim).
Para cada volta do sem-fim a cremalheira desloca-se de um passo de hélice pz. Tendo a roda
possui Z2 dentes. Fazendo o número de filetes (entradas) igual Z1=1. Teremos para cada volta do sem-
fim um avanço de 1 dente no sem-fim e 1/Z2 voltas na roda helicoidal, portanto a relação de
transmissão será:
n1 Z 2
= (4.12)
n 2 Z1
O giro sem deslizamento se efetua sobre o círculo no qual o passo da roda é igual ao passo
axial px da cremalheira. Esse círculo é o primitivo de funcionamento cujo diâmetro vale:
Z2 . p x
d2 = = Z2 . mx (4.13)
π
Z 2 p x Z 2 . π. m x
i= . = (4.14)
Z1 p x pz
Z 2 n 1 π. d 2
i= = = (4.15)
Z1 n 2 pz
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4.3.1 - Deslizamento relativo
π.d1.n1
v1 = (4.16)
sen β1.60000
Figura 8 - Relação entre β1, Z1 e q para atingir a reversibilidade. Fonte: figura 4.11 [02].
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A figura 4.11 do Henriot[02] fornece a relação entre β1, Z1 e q, bem como, também indica o
limite de β para certos valores do coeficiente de atrito.
Como exemplo, podemos observar na figura no 08, que para se assegurar a irreversibilidade
deve-se adotar um β= 87o, nas condições de flancos retificados e alta velocidade.
O contato é linear.
O estudo do contato em engrenamento sem-fim/Roda pode ser feito analiticamente ou gráfico-
analítico. Neste curso não será dada nenhuma informação a respeito, pois trata-se de um assunto
especializado que despenderia muito tempo. No entanto, como ilustração mostraremos a figura no 09
[01], onde tem-se um sem-fim de 3 filetes(entradas), αn = 14,5o, e uma roda de 40 dentes.
O sem-fim se desloca de tal modo que as linhas de contato vão da esquerda para direita. O
contato inicia no diâmetro de topo da roda e termina no diâmetro de topo do sem-fim.
A linha de contato 1 refere-se ao primeiro par de dentes em contato. Quando o sem-fim gira de
120 , o contato vai até a linha 2 e surge outra linha 1. Girando mais 120o o contato vai até a linha 3.
o
Sempre existe um mínimo de 2 pares de dentes em contato e na maior parte do tempo há 3 pares de
dentes em contato.
Esta figura ainda mostra os pares de aproximação e afastamento.
À esquerda do plano primitivo - Aproximação.
À direita do plano primitivo - Afastamento.
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4.3.4 - Dimensões dos dentes
Z + q
a = mx 2 (4.17)
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β>75o ha1 = mx
hf = 1,2 mx
h1 = 2,2 mx
π.m x
ex = s x =
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Z2 18 24 32 38 46 54 62 e maior
αx 30o 27o 30’ 25o 22o 30’ 20o 17o 30’ 15o
Neste sistema o ângulo de pressão normal é sempre 20o. A espessura é igual ao vão sobre o
cilindro primitivo.
Impõe-se igualmente que o diâmetro de base db1 não seja superior ao diâmetro de fundo do
filete, o que condiciona as vezes a utilização de um ângulo de pressão mais elevado.
c) Comprimento do Sem-fim: b1
Uma regra prática é adotar para b1/mx valores compreendidos entre 14 e 20 sendo os valores
maiores aqueles que correspondam aos maiores números de dentes da roda.
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2o) Roda Helicoidal
a) Sistema Normal
β>75o ha2 = mx
hf2 = 1,2 mx
h2 = 2,2 mx
W = 0,5 mx
b) Sistema David-Brown
ha2 = mx (2 senβ - 1)
hf2 = mx (1 + 0,2 senβ)
h2 = 2,2 mx senβ
2 2 2
b2 da1 d1
= −
2 2 2
b22 = (d 1 + 2ha1 ) − d 12
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4.4 - Bibliografia
Material didático preparado pelos professores Pedro Siedersberger, Volnei Anderson e Carlos Alberto
M. Casanova do DMC/FURG.
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