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MÃOS A HORTA!
“MÃOS A HORTA! Trabalhando com hortas
orgânicas para a aplicação de conceitos da
Trabalhando com hortas Educação Ambiental na escola” é uma
cartilha elaborada a partir da dissertação de
orgânicas para a aplicação de Mestrado do aluno Sergio Vieira Anversa,
sob a orientação da Dra. Maylta Brandão dos
conceitos da Educação Anjos.
Ambiental na escola.
APRESENTAÇÃO ........................................ 05
3. PREPARANDO A TERRA............................ 08
4. CANTEIROS E MOBILIDADE..................... 09
“A educação é a capacidade
de perceber as conexões ocultas 5. E SE A ESCOLA NÃO TEM TERRENO PARA
entre os fenômenos.” O PLANTIO?............................................... 10
8. É TEMPO DE COLHEITA........................... 14
BIBLIOGRAFIA........................................... 15
APRESENTAÇÃO A HORTA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA
É uma maneira de plantar e cuidar das hortaliças Uma terra equilibrada é a base para uma
com técnicas que não poluem a terra e a água, e produção orgânica de hortaliças. É preciso
não contaminam plantas, plantadores e conhecê-la por meio de uma análise de
consumidores. Podemos dizer que é uma maneira laboratório para podermos corrigir suas
de cultivar imitando a natureza, como por exemplo carências.
a utilização de adubos orgânicos em substituição
aos produtos químicos. A terra deve ser protegida com plantios em nível,
construção de terraços, plantio de quebra
A horta orgânica inserida num espaço escolar ventos, cobertura com palhadas, além de
formal ultrapassa os limites do simples plantar e respeitar a preservação das áreas protegidas por
colher, pois se apresenta de forma flexível e lei.
articulada a outros projetos pedagógicos, Na adubação são utilizados sempre produtos
permitindo a interação entre diversos trabalhos e naturais (calcários, fosfatos naturais, estercos
linhas filosóficas na construção de um novo saber animais, restos de plantas). É aconselhável
ambiental. também o cultivo de plantas que melhoram o
solo (mucunas, guandus, crotalárias).
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Em escolas é comum a construção de canteiros
de alvenaria, muitas vezes pintados com tinta ou
cal, porém não é aconselhável a adoção dessa
técnica, pois a tinta ou a cal pecolam para o
subsolo com as chuvas, contaminando-o e
comprometendo
a qualidade do
alimento cultivado.
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CANTEIROS E MOBILIDADE E SE A ESCOLA NÃO TEM TERRENO PARA O
PLANTIO?
A construção de canteiros feitos com bambu (foto
1) atende a vários aspectos na questão da Quando não há espaço físico para o plantio de
Educação Ambiental, como por exemplo: a uma horta, podemos trabalhar com hortaliças
mobilidade de espaços, permitindo a criação e o que se multiplicam por mudas, feitas em
desenvolvimento de outras estruturas de canteiros pequenos canteiros, chamados de sementeira, ou
(fotos 2 e 3), bem como a retirada desses recipientes tipo bandejas de isopor ou copinhos
canteiros para outras atividades. de plástico ou em outros materiais encontardos
na natureza.
Outra característica destes canteiros é a proteção
e amortecimento de quedas dos alunos. Pelo fato Para preencher a sementeira e os recipientes, a
de sua estrutura lateral não ser fixada de forma mistura deve ser feita com terra de mata, ou
definitiva, qualquer incidente com os alunos os esterco e areia, peneirados e misturados.
bambus rolarão junto com eles, evitando choques
traumáticos (foto 1), muito comuns em canteiros As mudinhas também devem ser pulverizadas
de alvenaria. com caldas naturais, como por exemplo uma
mistura de água, um pedaço de fumo de rolo e
uma medida de álcool.
Foto 1
Foto 2
Foto 3
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HARMONIA NA VARIEDADE ESPAÇOS DE SUPORTE PARA HORTA
Compostagem
Na horta orgânica é importante plantar várias
hortaliças no mesmo canteiro, para criar um Se a escola produz matéria orgânica e a descarta
ambiente variado. Isto favorece a vida de insetos como lixo comum, pode-se optar por construir
bons e dificulta a vida dos ruins e a aparição de um minhocário e uma área de compostagem,
manchas. onde as folhas das árvores e demais insumos
possam ser colocadas em uma área próxima à
Esta variação também permite um melhor horta para depois serem distribuídas nas áreas
aproveitamento dos nutrientes do solo. de compostagem.
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Irrigação É TEMPO DE COLHEITA
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BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São
Paulo, 2ª Ed. Moderna, 1996.
como uma ontologia do ser, SACRISTÁN, J. Gimeno – O Currículo Uma Reflexão Sobre a
Prática. 3ª ed. São Paulo, Artmed, 1998
plural e diverso.”
(Leff, 2001) SANTOMÉ, Jurjo Torres – Globalização e Interdisciplinariedade -
O currículo integrado. Porto alegre, Artmed, 1998.
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