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Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - Ano IX - N0 22 - Junho a Setembro/2007 Brazilian Pilots’ Association Magazine - Year IX - N 0 22 - Jun to Sep/2007

Momento histórico
Brasileiras
conquistam
seu lugar
na praticagem

Historical moment
Brazilian women
in the pilot universe
PRODUTOS

CHAPÉUS, BONÉS, PARKAS, PÓLOS E MOCHILAS

Parka confeccionada em
“intertec”, material imper-
meável e resistente, que
deixa a pele respirar. Possui
fitas reflexivas nas mangas,
Chapéu confeccionado em capuz que pode ser acondi-
microfibra peletizada e forrado cionado na gola, bolsos
com entretela fina e carneira externos, cadarço para regu-
em algodão. Com cordão e Bonés em microfibra peleti-
lagem na cintura e velcro
pingente para regulagem e zada nos modelos "ameri-
para fechamento no pulso.
botão tique-taque nas laterais cano" e "seis gomos".
em alumínio. Cores: azul marinho e Disponível na cor vermelho
Cor: bege Tamanhos: P e G vermelho com azul marinho.

Camisa pólo com bolso, confeccionada em pet dry branco Mochila Pilot em cordura, resistente a abrasão, rasgo e
(o sistema pet dry é potencializado por microfibras de última desgaste, altamente durável e leve.
geração que facilitam o transporte do suor para o exterior do Tamanhos P e G _ este com compartimento para laptop,
ideal para as praticagens de longa duração.
tecido, mantendo o corpo seco e a temperatura estável).
Cores: vermelho com detalhes em cinza (G) e azul marinho
Tamanhos: P, M, G e GG com detalhes em vermelho (P).
Capacidade: pequena = 20 litros / grande = 30 litros
Tecidos: cordura plus Acolchoado: espuma de poliuretano de alta
densidade e forro de tecido em malha de ventilação
Configuração: 3 compartimentos com divisões específicas para
equipamentos de práticos / alças e costas acolchoadas
fotos: Luiz Carlos dos Santos Junior e Flávia Pires

w w w. c o n a p r a . o r g . b r
nesta edição
in this issue

4 Lancha de prático
5 Pilot boat

6 Dia Marítimo Mundial


7 World Maritime Day
CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem
Rua da Quitanda, 191 – 6º andar – Centro
Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20091-005
Tel.: (21) 2516-4479
10 Cartas eletrônicas
conapra@conapra.org.br 13 Electronic Charts
www.conapra.org.br

16
diretor-presidente:
Carlos Eloy Cardoso Filho
Profissão: prática
diretores:
Carlos Jesus de Oliveira Schein 19 Profession: woman pilot
João Paulo Dias Souza
Marcio Campello Cajaty Gonçalves
Ralph Rabello de Vasconcellos Rosa

diretor / vice-presidente sênior da IMPA:


22 53ª sessão do NAV-IMO
Otavio Fragoso 23 53rd session of NAV-IMO

planejamento:
Otavio Fragoso, Flávia Pires
e Claudio Davanzo
25 58ª reunião do comitê executivo da IMPA
25 58th meeting of IMPA’s executive committee
edição e redação:
Maria Amélia Martins
(jornalista responsável MTb/RJ 26.601)

revisão:
26
IV Fórum
Lourdes Pereira
Latino-Americano
versão: de Práticos
Aglen McLauchlan

direção de arte:
IV Latin American 29
Katia Piranda
Forum of Pilots

fotolito / impressão:
Davanzzo Soluções Gráficas 32 RJ: empresa de praticagem ganha nova sede
33 New offices for Rio Pilots

As informações e opiniões veiculadas


nesta publicação são de exclusiva
responsabilidade de seus autores.
34
Praticagem solidária
Não exprimem, necessariamente,
pontos de vista do CONAPRA. 35 Solidarity
segurança
safety

A importância da homologação da
lancha de prático
R. Nascimento

LANCHA PADRÃO DE PRÁTICO


O transporte do prático e seu transbordo taria 86 de 24 de agosto de 2006, a DPC STANDARD PILOT BOAT (BAHIA PILOTS)
(lancha/navio/lancha), tradicionalmente delegou competência ao CONAPRA para
feito por embarcações há séculos, é efetuar inspeções intermediárias e emitir
parte integrante do serviço de pra- os laudos periciais necessários à homo- condicionado, poltronas e comparti-
ticagem. Essas embarcações, denomi- logação do serviço de lancha de prático. mentação, de acordo com característi-
nadas hoje “lanchas padrão de prático”, cas regionais e com o tempo de
devem ter características de manobra- O Conselho Nacional de Praticagem emprego da lancha em navegação.
bilidade, estabilidade e potência de estabelece, por meio de um procedi- Entretanto, a maioria absoluta delas é
máquinas apropriadas ao serviço e mento técnico (PROTEC 001), como dotada de radar, GPS, ecobatímetro,
devem ser capazes de proporcionar deve ser conduzido o processo de agulha magnética, VHF, bóia, balsa
segurança e conforto ao prático no homologação de uma lancha de prático. inflável, enxárcia, holofote e algumas
seu trajeto. Em linhas gerais, o processo se inicia até de AIS.
com a solicitação feita pela praticagem
Ao longo do tempo as lanchas de práti- e prossegue com a indicação de dois A homologação da embarcação para
co vêm sendo aperfeiçoadas, adotando práticos do Conselho Técnico do transporte do prático e a conseqüente
cascos de alumínio ou fibra de vidro e CONAPRA. Estes realizam uma visita verificação da funcionalidade de seus
equipamentos modernos, não só de técnica, efetuam as inspeções da equipamentos é fundamental para a
propulsão e governo, como também lancha e emitem um relatório, um segurança do serviço. O CONAPRA tem
de auxílio à navegação, segurança laudo e um parecer, que pode ser incentivado todas as empresas de pra-
pessoal, comunicação e salvatagem. favorável ou não à homologação. ticagem a solicitar e manter a homolo-
gação de suas embarcações e a exigir o
Atualmente, por intermédio da Norma Todo esse processo é desenvolvido por mesmo daquelas lanchas pertencentes
da Autoridade Marítima nº 12 – NORMAM meio do sistema corporativo de banco a outras empresas que sejam porventura
12, a Diretoria de Portos e Costas (DPC) de dados online do CONAPRA e pode utilizadas no transbordo de práticos.
estabelece as características principais ser acompanhado em tempo real pela
desse tipo de lancha no que diz respeito praticagem. No final, o representante
a dimensões, deslocamento, potência regional da Autoridade Marítima emite
de propulsão e velocidade de cruzeiro, o correspondente certificado de
além de definir a dotação de equipa- homologação da embarcação. Existem,
mentos e materiais com que a lancha desde 2004, 81 lanchas de prático
deve ser guarnecida. que foram homologadas seguindo
esse procedimento. R. Nascimento
A Autoridade Marítima estabelece que é gerente técnico do CONAPRA
esse tipo de lancha deve ser de uso Cabe ressaltar os investimentos consi-
específico do serviço de praticagem, deráveis feitos pelas empresas de
mas ela poderá requisitá-la para empre- praticagem nos últimos anos na
go em atividades de socorro e salvamen- aquisição de lanchas novas e no seu
to e fiscalização do tráfego aquaviário. guarnecimento com o que há de mais
moderno em termos de equipamentos
As lanchas de prático precisam ser homo- de propulsão, navegação e segurança.
logadas pela Autoridade Marítima para
poderem ser empregadas no serviço de Existem algumas diferenças de configu- PAINEL DA LANCHA COM AGULHA E RADAR
praticagem. Para isso, por meio da Por- ração interna no que diz respeito a ar PILOT BOAT PANEL SHOWING COMPASS AND LCD RADAR

4
segurança
safety
fotos: R. Nascimento

The importance of
certifying pilot boats
LANCHA PADRÃO DE PRÁTICO
STANDARD PILOT BOAT (SÃO FRANCISCO DO SUL)

R. Nascimento

Pilot boats must be certified by the It should be stressed that over the last
Maritime Authority before being used years considerable investments were
by pilots. To this effect, the DPC issued made by pilotage districts in the
Administrative Ruling # 86 on August acquisition of new boats and in
24, 2006, delegating to CONAPRA the equipping them with the latest
LANCHA PADRÃO DE PRÁTICO authority to carry out intermediate propulsion, navigation and safety
STANDARD PILOT BOAT (MACEIÓ) inspections and to issue the expert equipment. There are certain differences
reports necessary for the certification in their internal configuration in regard
of pilot boat services. to air conditioning, furniture and
The pilot’s transportation and his trans- compartments, in line with regional
shipment (boat/ship/boat) traditionally By means of a technical procedure (PRO- characteristics and according to the
effected by boat since the profession’s TEC 001), the Brazilian Pilot Association boat’s time of service in navigation. But
beginnings some centuries ago is an (CONAPRA) provides rules for the the absolute majority is equipped with
integral part of piloting. These vessels, certification of pilot boats. In general, radar, GPS, VHF, an echo sounder, a
today called ‘standard pilot boats’ have the procedure starts with a request compass, a buoy, an inflatable raft, a
to be maneuverable and stable, and made by the pilotage district, followed searchlight, and a boarding platform;
their engines must provide the power by the appointment of two pilots of some even have AIS.
the service requires. They must also CONAPRA’s Technical Council. These
provide safety and comfort to pilots make a technical visit, inspect the boat Certification of boats for the
while they sail to and from a ship. and issue a report, an appraisal and an transportation of pilots and later
opinion which may be in favor or checking on the performance of their
Over time, pilot boats have been against the certification. equipment are fundamental for the
improved: they now have aluminum or safety of the service. CONAPRA has
fiber hulls and their modern equipment This entire procedure is carried out by encouraged all pilot associations to
is not only intended for propulsion means of CONAPRA’S corporate online request and maintain the certification
and steering, but also for assistance data bank and can be followed up in real of their vessels and to demand this
to navigation, personal safety, time by the pilotage district. Finally, the also for boats owned by other
communication and rescue. regional representative of the Maritime companies that may be used for
Authority issues the corresponding transshipping pilots.
By means of Maritime Authority Norm certificate for the vessel. Since 2004,
#12 – NORMAM 12, the Port and Coast 81 pilot boats were certified in line R. Nascimento
Directorate (Portuguese acronym DPC), with this procedure. is technical manager of CONAPRA
has stipulated the main characteristics
Marcio Cajaty

of size, displacement, propulsion power


and cruising speed for this type of boat,
as well as the equipment and material
which it must contain.

The Maritime Authority rules that


such boats must be for the specific use
of pilot services, but may requisition
it for rescue, salvage or control of DESEMBARQUE DO PRÁTICO ANTIGA LANCHA DE PRÁTICO
waterway traffic activities. PILOT DISEMBARKING (SÃO FRANCISCO DO SUL) FORMER PILOT BOAT (RECIFE)

5
dia marítimo mundial
world maritime day

IMO busca respostas


para os desafios
ambientais
Brasil é escolhido para abrigar evento paralelo
às comemorações do Dia Marítimo Mundial
Há três anos, o secretário-geral da (Bahia Pilots), Carlos Eloy Cardoso Meio ambiente
IMO lançou uma idéia que foi muito Filho (presidente do CONAPRA), José foi o foco dos trabalhos
bem aceita pelos países membros da Benedito de Oliveira Silva (Proa),
Organização Marítima Internacional. Leonardo Almeida José Segundo Durante o evento houve um workshop
Além das festividades tradicionais para (Bahiasul), Luiz Carlos Rosas (Sal- com apresentações e painéis sobre
comemorar o Dia Marítimo Mundial, vador Pilots), Marcelo Campello assuntos relacionados ao tema sele-
que acontecem no final de setembro na Cajaty Gonçalves (representante do cionado pela Organização Marítima
Inglaterra, a organização decidiu pro- CONAPRA na RPB-IMO), Marcio Internacional para marcar a data: “A
mover uma celebração paralela em Monteiro Beber (Bahia Pilots) e Otavio resposta da IMO aos atuais desafios
outro país. Fragoso (vice-presidente sênior da ambientais” (ver agenda pág. 8).
IMPA) participaram da comemoração
Assim, o primeiro evento paralelo acon- paralela em Salvador. Autoridades e representantes de organi-
teceu em Portugal, em 2005, represen- zações não-governamentais e de empre-
tando a Europa, o segundo, em Cinga- No Rio de Janeiro, a celebração pela sas estatais e privadas fizeram do
pura, em 2006, representando a Ásia, e passagem do Dia Marítimo Mundial encontro um grande fórum marítimo, no
o terceiro, no Brasil, em 2007, represen- aconteceu no CIAGA, em 27 de setem- qual a Convenção Marpol (International
tando a América. bro. Conduzida pelo diretor de Portos Convention for the Prevention of Marine
e Costas, vice-almirante Paulo José Pollution from Ships) e seus anexos
A cidade escolhida para abrigar o Rodrigues de Carvalho, a solenidade foram amplamente discutidos visando à
evento paralelo deste ano foi a capital contou com a presença do presidente prevenção de acidentes com óleo
da Bahia, Salvador. As solenidades do Conselho Nacional de Praticagem. causados por navios.
aconteceram em 15 de setembro com
a presença de Efthimios Mitropoulos,
SO-ET Odair

secretário-geral da IMO.

Das autoridades brasileiras, estiveram


presentes o almirante-de-esquadra
Júlio Soares Moura Neto, titular do
Comando da Marinha do Brasil, o
almirante-de-esquadra Miguel Angelo
Davena, chefe da Representação
Permanente do Brasil na IMO, o vice-
almirante Paulo José Rodrigues de
Carvalho, diretor de Portos e Costas, e
Nelson Jobim, ministro da Defesa.

Os práticos André Luiz Nogueira de NELSON JOBIM: DISCURSO


Mello e André Luiz Vasconcellos NELSON JOBIM: PRESENTATION

6
dia marítimo mundial
world maritime day

IMO wants answers to environmental challenges


Brazil is chosen to host a parallel event to
World Maritime Day celebrations

Three years ago, IMO’s secretary-general In Rio de Janeiro, the World Maritime chosen by the International Maritime
made a suggestion that was very well Day was celebrated at the Almirante Organization to celebrate the date:
received by the member countries of Graça Aranha Center (CIAGA) on ‘IMO’s reply to current environmental
the International Maritime Organization. September 27. Ports and Coasts challenges (see agenda page 8).
The organization decided that, aside from director Vice-Admiral Paulo José
the traditional festivities to celebrate the Rodrigues de Carvalho, presided the Authorities and representatives of non-
World Maritime Day held in England at event which was attended by the presi- governmental organizations, as well as
the end of September, it would arrange a dent of the Brazilian Pilots’ Association. of state-owned and private companies,
parallel celebration in another country. turned the conference into a major mar-
itime forum. The Marpol Convention
Thus, the first parallel event occurred in Sessions centered (International Convention for the pre-
Portugal in 2005, representing Europe, on the environment vention of Marine Pollution from Ships)
the second in Singapore in 2006, and its attachments were widely dis-
representing Asia, and the third in Brazil Presentations and panels at a cussed with a view to preventing oil
in 2007, representing the Americas. workshop were related to the theme spillage accidents.

SO-ET Odair
The venue chosen for this year was
Salvador, capital of the state of Bahia.
Efthimios Mitropoulos, secretary-
general of IMO, attended the event
which was held on September 15.

The following Brazilian authorities were


present: Admiral Júlio Soares Moura
Neto, Secretary of the Navy, Admiral
Miguel Angelo Davena, chief of the
Permanent Representation of Brazil
O COMANDANTE DA MB MOURA NETO E O SECRETÁRIO-GERAL DA IMO, EFTHIMIOS MITROPOULOS
at IMO, Vice-Admiral Paulo José MOURA NETO, SECRETARY OF THE BRAZILIAN NAVY, AND EFTHIMIOS MITROPOULOS, SECRETARY-GENERAL OF IMO
Rodrigues de Carvalho, director of
Ports and Coasts, and Defense Minister
Nelson Jobim.

Pilots André Luiz Nogueira de Mello and


André Luiz Vasconcellos (Bahia Pilots),
Carlos Eloy Cardoso Filho (president of
CONAPRA), José Benedito de Oliveira
Silva (Proa), Leonardo Almeida José
Segundo (Bahiasul), Luiz Carlos Rosas
(Salvador Pilots), Marcelo Campello Cajaty
Gonçalves (CONAPRA’s representative at
RPB-IMO), Marcio Monteiro Beber (Bahia
OS PRÁTICOS VASCONCELLOS, BENEDITO, BEBER, ELOY, OTAVIO, NOGUEIRA, LEONARDO, MARCELO E ROSAS
Pilots) and Otavio Fragoso (Senior Vice- POSAM COM O VICE-ALMIRANTE PAULO JOSÉ (DE FARDA)
president of IMPA) took part in the PILOTS VASCONCELLOS, BENEDITO, BEBER, ELOY, OTAVIO, NOGUEIRA, LEONARDO, MARCELO AND ROSAS
WITH VICE-ADMIRAL PAULO JOSÉ (IN UNIFORM)
parallel celebration held in Salvador.

7
dia marítimo mundial hidrografia
world maritime day hydrography

SO-ET Odair
DHN realiza
PALESTRA EM SALVADOR
PRESENTATION IN SALVADOR
seminário e
comemora o
Dia do
Hidrógrafo
Em 19 de setembro, a Diretoria de
Hidrografia e Navegação realizou o
II Seminário de Representantes da
Autoridade Marítima para a Segurança
do Tráfego Aquaviário para discutir o
tema “sistema integrado de navegação
eletrônica”. Durante os trabalhos do
dia, oficiais da Marinha focalizaram o
assunto e-navigation sob diferentes
perspectivas, o que resultou num rico
painel sobre o tema.

O evento foi aberto oficialmente pelo


almirante-de-esquadra Saraiva Ribeiro,
comandante de Operações Navais e
diretor-geral de Navegação. Também par-
ticiparam do encontro o vice-almirante
Edison Lawrence Mariath Dantas, dire-
tor de Hidrografia e Navegação, o vice-
almirante Luiz Alberto de Mendonça,
comandante do 1º Distrito Naval, e o
vice-almirante Paulo José Rodrigues de
Carvalho, diretor de Portos e Costas,
além de outros oficiais da MB.

Representando o Estado-Maior da
Armada, o CMG Luís Fernando Resano
analisou a relação do Brasil com a
Organização Marítima Internacional e
aproveitou para fazer um breve históri-
co sobre a organização. A respeito do
tema e-navigation, Resano informou
que o assunto surgiu em 2005 durante
uma reunião do comitê MSC na IMO.

O CF Antonio Fernando Garcez Faria e o


DIA MARÍTIMO MUNDIAL: PROGRAMAÇÃO CMG Paulo Sergio de Oliveira Listo, da
WORLD MARITIME DAY: AGENDA Diretoria de Hidrografia e Navegação,

8
hidrografia
hydrography

DHN holds
a seminar
and celebrates
Hydrographer’s
Day
discorreram sobre os desafios repre- On September 19, the Diretoria de Hydrographic Office, gave a talk on the
sentados pelo e-navigation à DHN. Hidrografia e Navegação (Hydrography challenges e-navigation present for
Além disso, apresentaram o projeto de and Navigation Directorate) held the DHN. They also commented on the
cobrir a totalidade do litoral brasileiro 2nd Seminar of Representatives of International Hydrographic Organization’s
com ENCs (cartas eletrônicas vetoriais) the Maritime Authority for Waterway project to cover the entire Brazilian
até o final de 2010, conforme estabele- Traffic Safety to discuss ‘the integrated coast with ENCs (electronic vector
cido pela Organização Hidrográfica electronic navigation system’. During charts) by the end of 2010.
Internacional. the sessions, various naval officers
focused on e-navigation from different Closing the event, Captain Cláudio
Finalmente, o CMG Cláudio da Costa angles which led to a fruitful panel on da Costa Braga of the Navy’s
Braga, da Diretoria de Telecomu- the theme. Telecommunication Directorate, pre-
nicações da Marinha, apresentou o sented the panel ‘The Global Maritime
painel “O GMDSS como apoio ao Admiral Saraiva Ribeiro, Chief of Naval Distress Safety System - GMDSS as a
projeto e-navigation”, mostrando de Operations and Director-general of support for the e-navigation project’,
que forma a comunicação funciona Navigation, opened the official event. demonstrating how communication
como uma das bases do sistema. Aside from other Brazilian naval functions as one of the system’s bases.
officers, Vice-Admiral Edison Lawrence
Os práticos foram representados por Mariath Dantas, Director of the Jackson Miranda Pordeus (Proa),
Jackson Miranda Pordeus (Proa), Sieg- Hydrographic Office, Vice-Admiral Luiz Siegberto Schenk (state of Espírito
berto Schenk (Espírito Santo), Marcelo Alberto de Mendonça, Commander of Santo), Marcelo Cajaty (state of Rio
Cajaty (Rio Grande) e Otavio Fragoso e the First Naval District, and Vice- Grande), as well as Otavio Fragoso and
Durvalino Ferreira (Rio de Janeiro). Admiral Paulo José Rodrigues de Durvalino Ferreira (state of Rio de
Carvalho, Director of Ports and Coasts, Janeiro) represented the pilots.
Na parte da tarde houve uma sessão participated at the meeting.
para perguntas, o que permitiu esclare- A question-and-answer period in the
cer alguns aspectos importantes sobre Representing the Fleet High afternoon allowed clarifying some
os riscos da utilização de cartas digitais Command, Captain Luis Fernando major aspects of the risks involved in
não-oficiais, oferecidas por represen- Resano spoke of Brazil’s relationship using unofficial digital charts supplied
tantes de empresas fabricantes de sis- with the International Maritime by representatives of manufacturers
temas de exibição de cartas eletrônicas Organization and took the opportunity of electronic charts display systems
e equipamentos portáteis, utilizados to give a brief history of IMO. He and the portable equipment some
por alguns práticos. commented that, during an MSC pilots use.
meeting at IMO in 2005, the subject
Dia do Hidrógrafo – A data foi come- of e-navigation had been mentioned. Hydrographer’s Day – On September
morada pela Marinha do Brasil em 28 28, the Brazilian Navy celebrated
de setembro, na Diretoria de Hidro- Commander Antonio Fernando Garcez Hydrogrpher’s Day at the Diretoria de
grafia e Navegação, Niterói, RJ. Faria and Captain Paulo Sergio de Hidrografia e Navegação, in Niteroi,
Olivier Listo, directors of the state of Rio de Janeiro.

9
navegação
navigation

Distinguir uma carta eletrônica


oficial de uma não-oficial:
uma questão de prática(o)
Otavio Fragoso

Nos últimos anos a utilização de cartas acima das normas gerais estabelecidas de papel. As cartas vetoriais são
eletrônicas tem se tornado cada vez pela Convenção SOLAS. construídas a partir de um banco de
mais freqüente a bordo dos navios. No dados formado por itens individuais
entanto, a velocidade com que esses O que é um Sistema de Exibição (objetos) extraídos de informações
equipamentos vêm sendo desenvolvi- de Cartas Eletrônicas (Electronic hidrográficas digitalizadas, podendo ser
dos pela indústria não é acompanhada Chart Display System )? exibidas numa tela como uma carta
pelo processo de difusão das infor- náutica sem emendas. Quando utilizada
mações técnicas e da regulamentação Essa é uma definição geral aplicável a num sistema de navegação eletrônico,
existente sobre o assunto. qualquer equipamento eletrônico capaz os dados podem ser reunidos para
de apresentar a posição de um navio exibir tanto a imagem de uma carta
Apresentamos a seguir um resumo das numa tela sobre a imagem de uma inteira quanto uma combinação de
informações mais atualizadas sobre carta. Há duas classes de ECDS: dados ou informações selecionadas
cartas eletrônicas, com base em docu- pelo usuário.
mento produzido e distribuído pela 1- Electronic Chart Display and
Primar Stavanger e IC-ENC na última Information System (ECDIS), que pode As cartas eletrônicas podem ainda
r e u n i ã o d o s u c o m i t ê N AV d a ser traduzido por Sistema de Exibição ser classificadas em função do seu
Organização Marítima Internacional. A de Cartas Eletrônicas e Informações. O status legal:
íntegra do documento, intitulado uso do termo ECDIS indica que o
“Overview of electronic charting sistema foi testado, aprovado e As cartas oficiais são as editadas por
and regulations”, encontra-se no certificado, de acordo com o padrão de um governo, um serviço de hidrografia
site www.primar-stavanger.org. performance exigido pela IMO. oficial, instituições governamentais
relevantes ou entidades devidamente
A Convenção SOLAS determina que 2- Electronic Chart System (ECS) ou credenciadas pelo governo. Todas as
todos os navios devem ter a bordo as Sistema de Carta Eletrônica. O ECS é outras cartas náuticas eletrônicas são
cartas náuticas e outras publicações um sistema capaz de exibir eletronica- não-oficiais e chamadas de cartas
relevantes adequadas para a navega- mente a posição de um navio numa tela eletrônicas privadas. Apenas as cartas
ção pretendida. Atualmente essa exi- sobre a imagem de uma carta, além de eletrônicas oficiais são admitidas como
gência pode ser total ou parcialmente outras informações náuticas relevantes. base para a navegação de acordo com a
atendida por sistemas eletrônicos. No Entretanto, não cumpre todas as Convenção SOLAS.
entanto, uma pesquisa entre usuários exigências da IMO, de forma a satisfazer
indicou que há um grande desconheci- o previsto na Convenção SOLAS, capítulo Há dois tipos de carta eletrônica oficial:
mento dos mesmos em relação às ca- V, no que diz respeito à manutenção de as Electronic Navigational Charts
racterísticas, ao status legal, à regula- carta de navegação atualizada a bordo. (ENCs), que são vetoriais, e as Raster
mentação aplicável e às possibilidades Navigational Charts (RNCs), cartas do
de utilização dos diversos equipamen- Quais são os tipos de cartas tipo raster. Apenas as cartas oficiais
tos oferecidos pela indústria. eletrônicas disponíveis? podem ser denominadas ENCs ou RNCs.

A intenção deste trabalho é ajudar a As cartas de navegação eletrônicas Uma ENC está de acordo com o padrão
reduzir essas dúvidas lembrando que podem ser do tipo raster ou vetorial. As S-57 da Organização Hidrográfica
cada país tem normas específicas sobre cartas raster são imagens passivas Internacional (IHO) e tem as seguintes
o assunto que devem ser consideradas copiadas por um scanner de uma carta características:

10
navegação
navigation

1 - seu conteúdo fundamenta-se em oficial exibida num ECDIS é identificada 1- a manutenção de cartas náuticas em
bases de dados e cartas oficiais; por uma linha vermelha na mar- papel, oficiais e atualizadas;
2 - suas informações são compiladas e gem com traços diagonais sobre a 2- o u a manutenção de um E C D I S
codificadas de acordo com padrões parte não-oficial. (equipamento de acordo com o padrão
internacionais; de performance exigido pela IMO)
3 - tem sua referência no World Uma RNC está de acordo com o padrão utilizando as Cartas de Navegação
Geodetic System 1984 Datum (WGS84); S-61 da IHO e, da mesma forma que as Eletrônicas, ENCs, devidamente atua-
4 - seu conteúdo é de responsabilidade ENCs, são emitidas unicamente pelos lizadas, complementado por um
do serviço hidrográfico emitente; serviços hidrográficos oficiais das sistema de back-up confiável.
5 - são emitidas unicamente pelo servi- nações ou sob sua autorização. São
ço hidrográfico responsável; estas as suas características: Ao definir a necessidade de um sistema
6 - são regularmente atualizadas com de back-up complementar, o regulamen-
informações oficiais distribuídas 1 - são fac-símiles de cartas de nave- to permite várias interpretações sobre
digitalmente. gação oficiais de papel; quais seriam os requisitos mínimos
2 - são produzidas de acordo com pa- para um back-up adequado. As duas
Uma ENC só pode ser vendida por drões internacionais; opções mais aceitas são:
distribuidores autorizados que são tam- 3 - seu conteúdo é de responsabilidade
bém responsáveis pelas atualizações. do serviço hidrográfico emitente; 1- um segundo ECDIS conectado a uma
Há um catálogo de distribuidores 4 - são regularmente atualizadas com fonte de energia independente e a um
disponível no site www.iho.int onde informações oficiais distribuídas GPS diferente do conectado ao ECDIS
podem ser verificadas as áreas já digitalmente. principal;
cobertas por ENCs. 2- um conjunto adequado de cartas de
O padrão de performance da IMO para o navegação oficiais de papel devida-
Um ECDIS não processa o conteúdo uso de ECDIS admite que RNCs sejam mente atualizadas.
de uma ENC diretamente para a utilizadas quando não houver disponi-
tela. As ENCs são formatadas para bilidade de ENCs. Entretanto, nesse No entanto, cada país pode estabelecer
otimizar a absorção de informações caso (ECDIS utilizado com RNC), o meio outras possibilidades para os navios de
hidrográficas, mas sua estrutura não é eletrônico deve ser utilizado em conjun- sua bandeira. Os países costeiros,
adequada para gerar rapidamente a to com um grupo de cartas de nave- através do controle do Estado do porto,
imagem processada pelo computador gação oficiais de papel da área a ser podem ter exigências específicas em

Amilcar Carvalho
numa tela. Para produzir uma estrutura navegada. Devido às suas característi- relação à necessidade de cartas de
de dados que garanta uma exibição cas, as RNCs não oferecem o mesmo navegação de papel, ao tipo de back-up
rápida das informações da ENC numa nível de funcionalidade das ENCs. necessário em caso do uso de ECDIS
tela, o ECDIS primeiro converte a ENC Essas limitações são destacadas nas com ENC ou no modo RNC, aos procedi-
do formato S-57 para um formato circulares IMO 207 e 255. mentos no caso de navegação baseada no
interno chamado SENC – System ENC. uso de ECDIS e ao treinamento dos usuá-
Esse formato otimiza a exibição da A grande maioria dos navios ainda rios para os navios em suas águas.
imagem da carta através da criação de mantém cartas náuticas e publicações
rotinas. Essas rotinas, entretanto, não em papel para cumprir as exigências da Discute-se na IMO desde dezembro de
são padronizadas e variam em função do Convenção SOLAS (V/2). No entanto, 2006, quando houve uma reunião do
software utilizado por cada fabricante. as alterações dessa convenção, que comitê MSC, a instalação obrigatória
Ao contrário da padronização do formato entraram em vigor a partir de julho de de ECDIS a bordo dos navios. Naquela
das ENCs, o formato do SENC é indivi- 2002 (V/19 e V/27), admitem a utiliza- ocasião foi definido que os navios do
dual e propriedade de cada fabricante. ção de meios eletrônicos desde que tipo HSC (High Speed Craft) construídos
acompanhados por um sistema de a partir de 2008 deverão ser equipados
Um ECDIS distingue uma ENC das car- back-up confiável. com ECDIS; e os construídos antes de
tas privadas ou não-oficiais. Nesse caso 2008 devem ser adaptados para a sua
o sistema informa ao usuário que a Assim, atualmente, aplicando-se os instalação a partir de 2010. O sub-
navegação deve ser realizada com o regulamentos 2, 19 e 27 da Convenção comitê NAV recebeu instruções de
apoio de cartas de navegação de papel SOLAS, capítulo V, são admitidas as avaliar a necessidade de estender essa
atualizadas. Qualquer informação não- seguintes possibilidades: medida a outros tipos de navio.

11
navegação
navigation

É importante destacar que diversos Glossário com as siglas mais utilizadas quando se fala em
fabricantes bastante conhecidos cartas eletrônicas:
produzem Sistemas de Carta Eletrô-
nica (ECS) capazes de utilizar tanto
ENCs quanto RNCs, bem como uma AIS Automatic Identification System
vasta gama de cartas privadas do tipo ARPA Automatic Radar Plotting Aid
raster ou vetorial. Muitas dessas
últimas são produzidas pelos próprios BSB Raster data format used by e.g. USA and Canada
fabricantes dos equipamentos e ECDIS Electronic Chart Display and Information System.
podem ter características semelhantes
ECS Electronic Chart System (non complying with SOLAS requirements)
aos ECDIS.
ECS charts non official (private) chart data (vector or raster)
Diversos navios são equipados com ENC Electronic Navigational Chart
sistemas desse tipo e freqüente-
mente os usuários, oficiais de nave- GPS Global Positioning System
gação e práticos, tendem a acreditar HCRF Hydrographic Chart Raster Format
que estão utilizando um ECDIS e,
portanto, estão dispensados da verifi- IC-ENC International Centre for ENC’s, RENC operated by UK Hydrographic Office
cação regular da carta de navegação IEC International Electrotechnical Commission
oficial de papel. É responsabilidade
IHO International Hydrographic Organization
dos armadores, definida no código
STCW e no ISM, informar aos oficiais IMO International Maritime Organization
embarcados em seus navios as carac- ISM International Safety Management Code
terísticas dos equipamentos e as
obrigações que persistem quando da ISO International Organization for Standardization
utilização de equipamento não- Primar Stavanger RENC operated by Norwegian Hydrographic Office
oficial, bem como prover o treina-
PSC Port State Control
mento adequado para a utilização
segura do meio eletrônico. PSCO Port State Control Officer
RCDS Raster Chart Display System
Para os práticos é fundamental ter
em mente que esses sistemas não RENC Regional ENC Coordination Centre
têm necessariamente a mesma fun- RNC Raster Navigational Chart
cionalidade de um ECDIS, além de
não serem considerados sistemas de RTCM Radio Technical Commission for Maritime Services
navegação oficiais. Em caso de dúvida, S-52 IHO’s special publication No. 52 IHO Colour and Symbols Specifications for
uma consulta às propriedades do
ECDIS
sistema na própria tela garante o
acesso à informação. S-57 IHO’s special publication No. 57 IHO Transfer Standard for Digital
Hydrographic Data
S-61 IHO’s special publication No. 61 IHO Product Specification for Raster
Navigational Charts IHO’s special publication No. 62.
S-62 IHO Codes for producing Agencies
S-63 IHO’s Special publication No. 63 IHO Data Protection Scheme
SATCOM Satellite Communication
SENC System ENC
SOLAS International Convention for the Safety of Life at Sea

Otavio Fragoso WEND World ENC Database


é vice-presidente sênior da IMPA WGS84 World Geodetic System 1984

12
navegação
navigation

Differentiating between official and


unofficial electronic charts:
a question of practice
Otavio Fragoso

Over the last few years, electronic It is a general term given to any Official charts are those that are issued
charts are being used more and more electronic equipment that displays the by a government, an official hydrographic
frequently on board ships. However, the position of a ship on a screen on top of office, relevant government institutions,
dissemination of technical information the image of a chart. There are two or entities duly accredited by the
and of the existing regulations on the classes of ECDS: government. All other electronic
subject does not keep pace with the navigational charts are not official and
speed at which industry develops 1 - Electronic Chart Display and are generally called private electronic
this equipment. Information System (ECDIS). The term charts. Under the SOLAS convention,
ECDIS indicates that the system was only official electronic charts may be
This is a synopsis of up-to-date tested, approved and certified, and that used as a base for navigation.
information on electronic charts, based it complies with the performance
on a document issued and distributed standard required by the IMO. There are two types of official electronic
by Primar Stavanger and IC-ENC at the charts: Vector Electronic Navigational
latest meeting of the International 2 - Electronic Chart System (ECS). ECS is Charts (ENC) and Raster Navigational
Maritime Organization’s NAV subcommittee. a system that displays electronically the Charts (RNC). Only official charts may
The full document is reproduced on position of a ship on a screen on top of use the abbreviations ENC and RNC.
site www.primar-stavanger.org the image of a chart, aside from providing
under the name “Overview of other relevant nautical information. ENCs comply with the S-57 standard
electronic charting and regulations”. However, it is not intended to satisfy the of the International Hydrographic
SOLAS Chapter V requirement to carry a Organization (IHO) and have the
The SOLAS convention requires all navigational chart on board. following attributes:
vessels to carry nautical charts and
other relevant publications referring to What types of electronic charts are 1 - their content is based on data bases
the intended voyage. This carriage available? and official charts;
requirement can now be partly or fully 2 - their information is compiled and
satisfied by electronic means. However, There are two types of electronic charts coded in compliance with international
a survey among users revealed a major – raster and vector. A raster chart is a standards;
lack of knowledge regarding attributes, scanned and passive image of a paper 3 - they are referred to in the Geodetic
legal status, applicable regulations and chart. Vector charts are based on a data System 1984 Datum (WGS84);
the possibilities presented by the various bank consisting of individual objects 4 - the issuing hydrographic service is
equipments offered by industry. extracted from digital hydrographic responsible for their content;
information that can be displayed on a 5 - only the responsible hydrographic
The object of this paper is to help screen as a navigational chart without service may issue them;.
reduce possible doubts, stressing, amendments. When used in an electronic 6 - they are regularly updated with
however, that every country has specific navigation system, the data can be official digitally distributed information;
norms on the subject that must be combined to display the image of an
obeyed in preference to the general entire chart or a combination of data or An ENC may only be sold by authorized
norms established by SOLAS. information chosen by the user. distributors who are also responsible
for the updates. A catalog of distributors
What is an Electronic Chart Display Electronic charts can also be clas- is available on the www.iho.int site
System? sified according to their legal status: which also informs the areas already
covered by ENCs.

13
navegação
navigation

An ECDIS does not process the content navigation charts of the navigation area. Since December 2006, when the MSC
of an ENC directly to the screen. Due to their attributes, the RNCs are Committee met, the obligatory
ENCs are formatted to optimize the not as functional as ENCs. These installation of ECDIS on board ships has
assimilation of hydrographic information, limitations are stressed in circulars 207 been under discussion at IMO. At the
but their configuration is inadequate for and 255 issued by IMO. time, IMO agreed on amendments to
rapidly generating the image processed the High Speed Craft (HSC) regulations
by the computer on to a screen. In order A large majority of ships still use requiring all HSC craft built after 2008
to produce a data configuration that paper navigational charts and to be fitted with ECDIS, and that those
assures a rapid display of ECS information publications to meet the requirements built before 2008 be retrofitted by 2010.
on a screen, the ECDIS first converts the of SOLAS convention (V/2). However, The NAV subcommittee was put in
ENC from an S-57 format to an internal the changes in this convention in effect charge of assessing the need to extend
format called SENC - System ENC. This since July 2002 (V/19 and V/27) allow this measure to other types of vessels.
format optimizes the display of the the use of electronic means, provided
chart’s image by creating routines. they are accompanied by a reliable It should be stressed that various
These routines are, however, not backup system. well-known manufacturers produce
standardized and vary in accordance with Electronic Chart Systems (ECS) that can
the software used by the manufacturer. Thus, in line with chapter V, regulations use both ENCs and RNCs, as well as a
Contrary to the standard ENCs format, 2, 19 and 27 of the SOLAS convention, large range of private charts of the
the SENC’s format is individual and the the following options are now accepted: raster or vector type. Many of the latter
property of each manufacturer. are made by the equipment manufacturers
1 - continued use of official and updated themselves and can have attributes
An ECDIS makes a distinction between navigational paper charts; similar to those of the ECDIS.
an ENC and private (unofficial) charts. In 2 - or of ECDIS (equipment in line
the latter case, the system advises the with the performance standard Various ships are equipped with such
user that he must navigate with the required by IMO) using duly updated systems and users, navigating officers
support of updated paper navigation Electronic Navigational Charts (ENCs), and pilots, frequently tend to believe
charts. Any unofficial information supplemented by a reliable backup. they are using an ECDIS and are,
displayed on an ECDIS is identified by a therefore, exempt from regularly
red line in the margin with diagonal When stipulating the need of a checking the official paper navigation
lines on the unofficial part of the chart. supplementary backup system, the chart. The STCW and ISM codes put
Regulation allows several interpretations the responsibility on the shipowner to
RNCs are in line with IHO’s S-61 on the minimum requirements for ensure that users know the attributes of
standard and, like ENCs, are only issued an adequate backup. The two most the equipment and the obligations still
by the official hydrographic offices of accepted options are: in force when unofficial equipment is
nations or on their authority. They have used, as well as to provide proper training
the following attributes: 1 - a second ECDIS connected to an for safe use of the electronic means.
independent power supply and a
1 - they are facsimiles of official paper separate GPS position input; It is imperative that pilots keep in mind
navigation charts; 2 - an appropriate up-to-date folio of that these systems do not necessarily
2 - they are produced in line with official paper charts. perform like an ECDIS, nor are considered
international standards; to be official navigation systems. In
3 - their contents are the responsibility However, flag states have the right to case of doubt, consulting the properties
of the issuing hydrographic office; adopt other options for their ships. of the system on the screen itself
4 - they are regularly updated with Coastal countries, through their state port guarantees access to the information.
official information distributed digitally. control, may have specific requirements
regarding the need for paper navigational
IMO’s performance standard for the use charts, the type of necessary backup if
of ECDIS allows RNCs to be used when ECDIS is used with ENC or in the RNC
ENCs are not available. However, when mode, procedures in case of navigation
the ECDIS is using RNCs, it must do so based on ECDIS use and training of Otavio Fragoso
jointly with a set of official paper users, for ships in their waters. is senior vice-president of IMPA

14
navegação
navigation

R. Nascimento
CARTA DE NAVEGAÇÃO EM PAPEL
PAPER NAVIGATION CHART

fonte: Praticagem São Francisco

CARTAS ELETRÔNICAS
ELECTRONIC CHARTS

15
mulheres na praticagem
women pilots

Sem medo de ser prática


Pela primeira vez na história da praticagem
brasileira, mulheres se classificam em
processo seletivo para praticante de prático
Iara Rucinski: A entrada de Iara na profissão aconte- massa muscular, chegou aos 50 quilos e
a primeira prática do Brasil ceu com estilo: dos 45 candidatos sele- conseguiu passar pela avaliação física.
cionados de um total de 561 inscritos
arquivo pessoal

no processo seletivo para a ZP-01 Ela diz que não esperava passar tão
(Amapá e Amazonas), ela passou em bem colocada. “As provas foram difí-
primeiro lugar. Como conseguiu esse ceis. Não tinha idéia de como os outros
resultado? “Estudando bastante”, haviam ido. Sempre presumo um resul-
responde sem hesitar. O tempo exato tado pior para não me decepcionar
ela não consegue definir. depois”, conta. “De qualquer forma,
desistir não estava nos meus planos,
– É muito difícil manter a regularidade iria tentar até passar”, garante.
quando não se tem qualquer perspecti-
va de prova. Houve pequenos períodos Promessa feita, promessa cumprida, já
em que consegui estudar oito horas por que sua primeira tentativa de ingressar
dia. Mas, como trabalhava e tinha na profissão aconteceu em 1999, quan-
muitas outras obrigações, passei longos do participou do concurso apenas como
períodos estudando muito pouco ou experiência. “Na época estava come-
Não foi fácil entrevistá-la. Embarcada nada. De qualquer forma, no final das çando a me interessar por praticagem,
a maior parte do tempo no Amapá, contas, foi muito mesmo – ratifica. me inscrevi na última hora e não tive
onde faz o estágio de qualificação de tempo de me preparar. Mesmo assim
praticante de prático desde abril, Iara Só que, como ela, vários candidatos tirei uma boa nota, só que não o sufi-
Rucinski às vezes fica incomunicável. estudaram muito. Seria ela, então, a ciente para me classificar para as seis
“Por ser uma praticagem de longo mais inteligente? “Na verdade não me vagas disponíveis em Santos”, explica.
curso nem sempre se consegue sinal considero a mais inteligente nem a
de celular aqui. Em cada lugar pega mais estudiosa e, sim, a mais abençoa- Em relação à prova prática do concurso
uma determinada operadora e não dá da. Fiz a minha parte, mas acho que de 2006, cujo porto simulado foi o de
para andar com meia dúzia de apare- Deus escutou as minhas preces”, diz, Santarém (PA), Iara destaca a dificul-
lhos na bolsa”, explica. revelando a sua fé. dade do exame devido a sua peculiari-
dade. “Qualquer prova oral tem uma
Iara se tornará em breve a primeira Uma boa dose de determinação certa- carga de nervosismo bem maior do que
prática brasileira ou o primeiro prático mente ajudou essa catarinense de 36 a escrita, na qual você pode pensar
brasileiro do sexo feminino – ainda anos, que pesava 46 quilos e nem sequer muito bem nas respostas. A prova oral
não se sabe que nomenclatura a sabia nadar quando começou a se vai acontecendo ali, naquele momento.
Marinha irá adotar. Terminologias à preparar para o concurso. O trabalho Isso gera um nível de tensão bem maior
parte, o fato é que as mulheres entra- para chegar ao nível físico exigido pela do que o esperado”, avalia.
ram definitivamente na profissão. E já Marinha lhe demandou um tempo
não era sem tempo, afinal, não se tem comparável ao estudo da bibliografia Engenheira, auditora fiscal
notícia de nenhuma restrição para a recomendada. “Tive que freqüentar uma e pianista
entrada do sexo feminino nos 21 academia. No começo não tinha ânimo
regulamentos que desde 1808 regem o nem de mexer os braços nos exercícios O ambiente masculino da praticagem
serviço de praticagem. de barra”, lembra. Mas, aplicada, ganhou não a assusta. Ela está acostumada a

16
mulheres na praticagem
women pilots

ter mais colegas homens que mulheres – ela já ficou dois dias sem conseguir dois em casa, a maior parte da sua pre-
desde a faculdade de engenharia elétrica, se comunicar com a família. Luciano paração para o concurso aconteceu a
que cursou no Centro Federal de mora no Paraná e foi um dos que a bordo, sacrificando suas horas de sono.
Educação Tecnológica do Paraná. Na incentivaram a participar do processo
sua turma, de 40 alunos, foram apro- seletivo, cujo resultado levou sua – Se eu estudasse só quando estava em
vadas três mulheres. Como uma delas mulher para bem longe dele. A expli- casa não daria tempo. Dormia em torno
desistiu do curso, sobraram apenas cação para tamanha doação a deixa de quatro horas por dia de forma a con-
duas representantes do sexo feminino. orgulhosa: “Ele diz que se eu estou ciliar minhas funções no navio com o
feliz, ele está feliz”. estudo para as provas. Já conhecia
Iara trabalhou em Paranaguá por quase muitas coisas relacionadas à praticagem
dez anos como auditora fiscal. Parte do Iara ainda tem um longo caminho a per- devido à minha profissão. Às vezes eu
seu trabalho consistia em fiscalizar correr antes de se tornar prática – o manobrava na popa com os cabos, por
navios em visitas aduaneiras. Certa vez, estágio pode durar até dois anos depen- exemplo. Mas tinha que estudar a parte
aguardando uma embarcação, começou dendo do aproveitamento do praticante. teórica. Foi puxado – lembra.
a conversar com um prático sobre prati- Ela parece não ter pressa. Parece supor-

Maria Amélia Martins


cagem. Curiosa, foi se informando tar relativamente bem a solidão que a
sobre a profissão e se entusiasmando distância dos entes queridos impõe. É
com a atividade. A perspectiva de fugir provável que seu físico franzino e seu
da vida de escritório e a possibilidade tom de voz baixo escondam a força
de trabalhar em contato com a natureza daquela que, segundo a mitologia indí-
foram decisivas na sua escolha. gena, é a mãe-d’água e a sereia dos
rios e lagos.
Quando o assunto é remuneração, ela MICHELE NO CONAPRA
diz que tentou “unir o útil ao agradável”. MICHELE AT CONAPRA
“Teria feito o concurso mesmo que
fosse para ganhar o mesmo que ganha- Michele Silva de Andrade: Além de determinada, Michele foi um
va na Receita Federal. Se não tivesse consciência em relação à pouquinho teimosa, pois resolveu não
um entusiasmo verdadeiro pela profis- responsabilidade do prático dar ouvidos ao que se fala sobre o con-
são, dificilmente teria conseguido pas- curso. “Ignorei o que muitos diziam em
arquivo pessoal

sar, visto que eu não tinha nada a ver relação à dificuldade das provas, de que
com a área, comecei do zero”, garante. era necessário estudar anos e anos a
fio. A prova estava muito bem elabora-
De fato, em seu currículo figuram ativi- da, bastante técnica. Explorou-se tudo
dades bem distintas da praticagem. A que estava na bibliografia. Foi uma
que mais chama a atenção é a de pia- prova para quem estudou mesmo.
nista – ela só não se formou em música Difícil, é verdade. Mas a aprovação é
porque, quando chegou ao sétimo e último humana, possível. Pensei assim: se
ano da Escola de Música e Belas Artes um já conseguiu, também posso
do Paraná, os horários das aulas batiam conseguir”, conta.
com os das matérias de engenharia.
Com esse pensamento ela seguiu em
Casada desde fevereiro com o também frente e, quando desembarcou, a um
auditor fiscal Luciano Baldi, sua vida mês e meio do início do processo sele-
pessoal está “em espera”, pois o casal tivo, fez um intensivo. “Nesse período
ainda não definiu onde irá morar: em estudei direto, tinha lembretes pen-
Macapá ou em Belém, onde fica a sede Segundo oficial de náutica, formada durados em todas as paredes da casa”,
da Unipilot. “A idéia é que ele venha pela EFOMM há cerca de dois anos, recorda, lembrando que o apoio dos
para cá, mas não agora, já que no Michele Silva de Andrade ficou em 34º familiares, noivo e colegas de profissão
momento passo a maior parte do tempo lugar no processo seletivo para prati- foi fundamental para a sua vitória.
embarcada e ele iria ficar sozinho”, diz. cante de prático da ZP-01. Não foi pre-
ciso muito tempo de entrevista para Sonho de manobrar navios
Os dois vão driblando a saudade como perceber o quão determinada essa flu-
dá, se vendo esporadicamente, e se minense de 24 anos é. Como seu regime Ao terminar o segundo grau, Michele
falando por telefone também quando dá de embarque era de quatro meses por começou a buscar concursos para fazer.

17
mulheres na praticagem
women pilots

Quando optou pela Marinha, não sabia ela se divide entre Juiz de Fora,
bem se seria a mercante ou a militar. Florianópolis e os navios do grupo
Após um ano na EFOMM começou a Fugro, nos quais passa boa parte de seu
tomar gosto pela profissão e quando tempo trabalhando.
chegou a bordo não teve mais dúvidas de
que era aquilo que queria para a sua vida. Devido a seu regime de embarque, a
produção da Rumos Práticos não con-
Depois veio o dilema clássico de grande seguiu entrevistá-la, apesar de inú-
parte dos marítimos: como estar perto meras tentativas por telefone e e-mail.
da família embarcado meses e meses? O jeito foi conversar com sua mãe, que
Era preciso fazer uma opção já que o gentilmente aceitou falar um pouco
afastamento familiar e social pesava na sobre Lívia.
sua vida. A praticagem foi a forma que LÍVIA (CENTRO) EM AÇÃO
encontrou de estar mais perto dos LÍVIA (CENTER) IN ACTION Segundo seu depoimento, a filha é
familiares e do noivo sem abrir mão de responsável, batalhadora e avessa a
seu grande sonho: manobrar navios. A terceira mulher a se tornar prática no badalações. Sua grande paixão são os
Além disso, como prática, poderia atin- Brasil será Lívia Lage Bisaggio, uma mi- esportes radicais, como o snowboard,
gir mais rapidamente esse objetivo, já neira de 24 anos. Além de sua compe- que ela praticou recentemente na
que na Marinha Mercante levaria ainda tência, Lívia contou com a sorte para Argentina. Como boa mineira, Lívia
muitos anos até chegar a comandante. ingressar na praticagem: ficou em 45º adora a dobradinha praia e mar. “Desde
lugar no processo seletivo para a ZP-01, pequena ela ama esse ambiente. Aos
Michele mostra muita consciência ao que disponibilizou exatamente 45 vagas. dois anos já brincava nas ondas do
falar da profissão. Ela conta que ficou mar com uma prancha”, lembra dona
nervosa durante a prova oral justa- Aos 17 anos, Lívia veio morar no Rio de Carmem, a orgulhosa mãe da futura
mente por ter a exata dimensão da Janeiro para cursar a EFOMM; hoje praticante de prático.
responsabilidade que a atividade de
manobrar navios exige: “Ter o comando
M U L H E R E S N A P R AT I C AG E M
de um navio assusta um pouco. Aquilo
é um patrimônio, são vidas que estão
em jogo”. No final teve uma nota Antes do processo seletivo para praticante de prático de 2006, o último concurso para a
superior à que esperava. “Não deixei categoria ocorrera em 1999 para cinco zonas de praticagem nos estados de São Paulo,
transparecer a minha tensão. Mantive o Amazonas, Maranhão, Sergipe e Bahia. Naquela ocasião, três mulheres se inscreveram
autocontrole. Acho que a postura diante para as provas, mas nenhuma fora aprovada e classificada.
da manobra foi o que contou mesmo”,
finaliza, mostrando que de frágil seu Passados sete anos, a procura feminina para a profissão aumentou em seis vezes.
sexo não tem nada. Conforme o Diário Oficial da União de 20 de outubro de 2006,
verifica-se que, dos 561 inscritos para o processo seletivo de praticante
de prático para a ZP-01, 18 eram mulheres.
Três foram aprovadas e classificadas: Iara, Michele e Lívia.
Lívia Lage Bisaggio:
Como não há registro de proibição legal para o ingresso do sexo feminino na profissão,
uma mineira acredita-se que a demanda incipiente por parte das mulheres
apaixonada pelo mar deva-se a uma questão puramente cultural. O fato de a primeira turma de
oficiais do sexo feminino ter sido formada pela Marinha Mercante só
fotos: arquivo pessoal

recentemente, em 1996, reforça essa idéia.

PARA INGRESSAR NA PROFISSÃO

Para ser prático é necessário possuir diploma de graduação de nível superior e ser
aquaviário ou mestre-amador. Essas e todas as outras condições para participar do
processo seletivo da categoria encontram-se listadas na seção I, capítulo 2, da
NORMAM 12, publicada na internet no site da DPC. Atualmente o efetivo encontra-se em
número inferior às necessidades de várias praticagens e espera-se a abertura de novos
processos seletivos, a critério da Autoridade Marítima.

18
mulheres na praticagem
women pilots

No fear of piloting
For the first time in the history of piloting in Brazil,
women are classified in exams for pilot trainees

Iara
Iara Rucinski:
Rucinski: The only snag was that, like she, Commenting on the exam of the 2006
Brazil’s first woman pilot several other candidates studied much. contest whose simulated port was
Does that mean that she is more Santarém (state of Pará), Iara highlights

1
It wasn’t easy to schedule the intelligent? “To tell you the truth, I don’t one particularly difficult feature. “Any
interview. Since April, Iara Rucinski consider myself the most intelligent or oral exam is more nerve racking than a
spends most of her time on board ship the most diligent student”, she says. written one where you have time to figure
in the state of Amapá where she is “But I was blessed. I did my bit, but I out the answers. The oral exam happens
undergoing training to qualify as a believe God heard my prayers” she right there, at that very moment. As a
trainee pilot; therefore, she is frequently explained, revealing her faith in God. result, you are much tenser taking it.”
out of reach. She explains that “since it
is an oceangoing pilot association, A large dose of determination certainly Engineer, tax auditor
mobiles don’t always work. Every loca- helped this 36-year old girl from the and pianist
tion has a different server and you can’t state of Santa Catarina who weighed
carry half-a-dozen cell phones around!” 46 kilos and couldn’t even swim when The male environment in piloting does
she started to get ready for the not scare her. She became used to have
Iara will soon be the first ‘Brazilian competition. Exercising to reach the more male than female colleagues
woman pilot’ or the first ‘feminine weight required by the Navy took her as when she frequented the electrical
Brazilian pilot’ – It is not yet known long as studying the recommended engineering college at the Federal
what title the Navy will give to female bibliography. “I had to enroll at a gym. Center of Technological Education of
pilots. But terminology aside, women At first I was not even fit to do arm Paraná. In her class of 40, only three
are definitely coming into their own in exercises on the bar”, she recalls. But, girls passed. Since one of them gave
this profession. About time too, after all persevering, the weight of her muscles up, only two were left to represent the
there is no restriction, no mention helped her reach 50 kilos and she was feminine sex.
whatever, in the 21 regulations that rule able to pass her physical.
pilot activities since 1808, against Iara worked in Paranaguá (state of
women entering the profession. She says she had not expected to do so Paraná) for close on 10 years as a tax
well. “The tests were difficult. I had no auditor. Part of her work consisted
IIara entered the profession in style: of idea how the others fared. I always visiting ships for customs reasons.
the 45 candidates chosen out of a total of expect a worse result so as not to be Once, while waiting for a vessel, she
561 registered to take the pilot trainee disappointed. Anyway, giving up was started talking to a pilot about his job.
qualification exam for the PZ-01 (Amapá never part of my plan, I was going to Curious, she collected information on his
and Amazonas), she came in first. How continue trying until I passed”. profession that aroused her enthusiasm.
did she do that? “By studying a lot”, she The prospect to escape life in an office
replies without hesitating. She has lost A promise made, a promise kept, since and the chance of working close to
track of how many hours she spent on it. her first attempt to enter the profession nature were decisive in her choice.
was made in 1999, when she took part in
– It is much harder to keep to a sched- a contest merely to gain experience. “At When pay was mentioned, she says she
ule when you have no idea of when the the time I was just starting to take an tried to “combine the useful with the
next exam will be. Sometimes, for short interest in piloting. I enrolled at the last pleasant”. “I would have entered the
periods, I was able to study eight hours moment which did not give me time to contest even if it had meant the same
a day. But since I was working and had prepare for the exam. Nevertheless, I got pay that I was earning at the Income
many other things on my plate, I spent a high mark, although not high enough to Tax Department. Had I not really been
long periods studying very little or not classify for any of the six openings enthusiastic about the profession I
at all. Anyway, all in all, I did study a lot. available in Santos”, she explains. would hardly have passed, considering

19
mulheres na praticagem
women pilots

that I knew nothing in that field; I Michele Silva de Andrade: recalling that the support she
started from scratch”, she says. conscious of a pilot’s received from her family, her fiancé and
her colleagues was decisive for her
responsibility
It is true that her résumé contains achievement.
activities very different from piloting.
What particularly calls attention is that A second officer in the Navy, Michele A dream of sailing
she is a pianist – the only reason why

2
Silva de Andrade graduated from the
she did not graduate in music is that EFOMM about two years ago and When Michele finished high-school,
when she reached the seventh and last ranked 34th in the selective process she shopped around for contests to take
year in the Escola de Música e Belas for pilot trainee of the PZ-01. It did part in. When she opted for the Navy
Artes do Paraná, the timetable would not take a long interview to realize she had not decided whether it would
not let her reconcile music classes with how determined Michele is. Since be the navy or the merchant navy. After
her engineering studies. she had to spend four months on a year at EFOMM she started to enjoy
board as against two ashore, she the profession and when she embarked
Since February, when she married studied most of the time for the she had no more doubts that this was
Luciano Baldi, another tax auditor, her contest while on board, sacrificing the life she wanted.
life has been on hold. The couple has hours of sleep.
not yet figured out where to live: In Then the classic dilemma faced by
Macapá or in Belém where the – Had I only studied when I was at most seamen turned up: how to spend
headquarters of Unipilot are. ”We had home, there would not have been time. time with your family when you had
planned for him to come here, but since I slept about four hours a day to to be on board for months and
I spend most of my time on board reconcile my duties on board with months? She had to make a choice
he would be much on his own”, studies for the contest. I already knew since being far from family and
she explains. quite a bit about piloting thanks to my friends would have a negative effect
profession. For instance, at times I on her life. Piloting was the answer
They are endeavoring not to miss each handle the cables at the stern. But I had she arrived at. She would be closer
other too much, meeting from time to to study the theoretical part. It was to her family and fiancé without
time and calling each other whenever tough – she recalls. giving up her great dream: sailing.
possible - she has already spent two Besides, as a pilot, she would reach
days without being able to reach him. Not only was Michele determined, her objective quicker: it takes many
Luciano lives in Paraná and was among she was also a bit stubborn for she years in the merchant navy to receive
those who encouraged her to take part decided not to listen to comments on a master’s ticket.
in the pilot trainee qualification exam the contest. “I took no notice of what
whose result took his wife very far from many said regarding the difficulty of Michele is well aware of the
him. The explanation for his incentive the tests, that you had to study for responsibilities her profession entails.
makes her very proud: “He says he is years on end. The test was very well Therefore, she says, she was very
happy if I am happy”. prepared, very technical. The entire nervous during her oral test, aware of
bibliography came into it. Definitely an the responsibility on the shoulders of
Iara still has far to go before she is a exam for candidates who had studied the person in charge of a ship: “To be
pilot – training may take two years, a lot. Tough, yes. But you can make it. in command of a ship is pretty scary.
depending on how good the trainee is. I thought to myself: if anyone passed, Not only is the vessel a patrimony,
She does not seem to be in a hurry. I can too”, she says. there are lives at play”. At the end of
Although far from those she loves, she the exam, she was given a better mark
holds up well in her solitude. It is likely With this attitude she went ahead and than she had expected. “I hid my
that her slight stature and low speaking when she disembarked, a month and a anxiety, kept myself under control. I
voice hide the strength of one who, half before the exam, she applied think that my attitude to sailing was
according to the native mythology, is herself to it with all her might. “At that what counted”, she concludes, proving
the mother of the sea and mermaid of time I studied all the time, post-its were that, in her case, women are not the
rivers and lakes. stuck all of over the walls”, she recalls, weaker sex.

20
encontros internacionais
international conferences

Brazilian Maritime Court – The


agenda for September 13, contained an
item on the legal system in the sphere
of shipping accidents. Among the
speakers who described the system in
their country, was Brazilian Maritime
Court Judge Marcelo Gonçalves David.
He gave a detailed account of the
Brazilian court, listing the peculiarities GRUPO DE PARTICIPANTES
GERALDO ALMEIDA E MARCELO DAVID
GROUP OF PARTICIPANTS
of our system.

At the end of the conference, the date


of the next forum was set for 2009, to
take place in Colombia. In principle, the
following event will be held in
Argentina, in 2011. In closing, all
delegates committed themselves to
make an effort to approve the request
of Panama’s pilot association to hold
IMPA’s World Congress slated for 2014,
in its country so that it coincides with
the celebrations of the centenary of the
opening of the Panama Canal.

OUTRO GRUPO EM VALPARAÍSO


GROUP PHOTO IN VALPARAÍSO

Lia Silveira
REBOCADOR BANDURRIA II
TUGBOAT BANDURRIA II

PARTICIPANTES PASSEIAM NO REBOCADOR REBOCADOR NA BAÍA DE VALPARAÍSO


PARTICIPANTS ON TUGBOAT TUGBOAT IN THE BAY OF VALPARAÍSO

31
rio de janeiro
rio de janeiro

Rio Pilots tem nova sede


Desde agosto deste ano, a sede da acompanhados da atalaia, que é “A infra-estrutura do prédio e a
empresa de praticagem Rio Pilots compartilhada pela Rio Pilots e qualidade geral do ambiente geraram
funciona no RB1, um moderno e Sindipilots (as duas empresas de um novo estímulo aos funcionários
sofisticado centro empresarial praticagem do Rio de Janeiro). Outra e mais conforto e segurança aos
localizado no Rio de Janeiro. novidade é que as instalações práticos”, comenta Ana Figueiredo,
agora contam com carta eletrônica responsável pela gerência jurídica e
A mudança ocorreu para unir no associada a AIS e GPS. administrativa da Rio Pilots.
mesmo espaço a atalaia e a adminis-
tração da empresa, que, na sede A partir de um projeto arquitetônico
anterior, funcionavam em andares feito sob medida para as neces-
distintos de outro edifício. sidades dos práticos, a nova sede
dispõe de cinco confortáveis
Com ampla (e deslumbrante) vista da camarotes nos quais os práticos
Baía de Guanabara, os navios que podem descansar enquanto aguar-
chegam e deixam o porto do Rio são dam sua vez na escala.

CAMAROTES ADMINISTRAÇÃO ATALAIA SALA DA DIRETORIA TÉCNICA


BEDROOMS ADMINISTRATION PILOT STATION ROOM OF TECHNICAL DIRECTORS

32
rio de janeiro
rio de janeiro

New offices for Rio Pilots

Since last August, the Rio Pilots have The superb panoramic view of Guana- five comfortable bedrooms where they
their headquarters in the RB1 building bara Bay allows the watch tower as can relax while waiting for their turn to
on Avenida Rio Branco, located in a well as the Rio Pilots and Sindipilots be called.
sophisticated modern business center (the two pilot companies of Rio de
at Rio de Janeiro. Janeiro) to see ships enter and leave Ana Figueiredo, responsible for the
the port of Rio de Janeiro. Another legal and administrative management
The move was intended to integrate improvement is that the installations now of the Rio Pilots, comments: “The
the pilot station and the company’s have at their disposal an electronic infrastructure of the building and
administration on the same premises chart connected to the AIS and GPS. the overall quality of its ambience
rather than accommodate them on are a strong stimulus for the staff
different floors as they had been The new headquarters, designed to be and offer more comfort and safety
previously. just right for the needs of pilots, have to pilots.

VISTA PARCIAL DA ATALAIA ADMINISTRAÇÃO: OUTRO ÂNGULO ATALAIA SALA DE ESTAR DOS PRÁTICOS
PARTIAL VIEW OF PILOT STATION ADMINISTRATION: ANOTHER ANGLE PILOT STATION PILOTS’ LOUNGE

33
cidadania
civism

Praticando a solidariedade
Práticos de São Luís mantêm mais de
80 crianças em creche comunitária
– Quitamos os débitos e compramos anônimo de doação”, conta Taranto, que
colchões, freezer, fogão, mantimentos vai à instituição quinzenalmente.
etc. Fizemos tudo o que era preciso
para o estabelecimento funcionar O retorno fica mesmo por conta do sen-
adequadamente. Hoje são atendidas timento de estar cumprindo um dever
55 crianças de até cinco anos na social. E, pelo visto, os práticos do Mara-
creche e outras 30, na faixa dos seis, nhão tomaram gosto por esse tipo de
em uma sala de aula, onde são alfabe- ação. Agora, as doações foram estendi-
tizadas para ingressar na escola pública das à fundação Antonio Jorge Dino, que
– diz ele. mantém em São Luís duas casas para
TARANTO, JOSÉLIA (COM A CRIANÇA) E JOSETHE abrigar pacientes com câncer.
TARANTO, JOSÉLIA (HOLDING THE BOY) AND JOSETHE Trabalho anônimo – O prático faz
questão de frisar que os responsáveis – Quando eu chego lá, eles abrem um
Há oito anos, quando chegou à pelo núcleo têm total autonomia no seu sorriso de orelha a orelha; já sabem que
Servprat (empresa de praticagem de gerenciamento. “Não há ingerência vêm sabonete, creme dental, medica-
São Luís do Maranhão), o prático alguma no seu funcionamento nem tam- mento, material de limpeza etc. Sentir
José Roberto Taranto começou a pouco retorno em forma de imagem. A que estamos ajudando é muito gratifi-
visitar alguns locais da cidade para Servprat apenas ajuda em tudo o que cante – diz Deonildo Caldas Melo,
pôr em prática um projeto coletivo: a creche necessita, arcando com todas gerente operacional da Servprat, que
destinar uma determinada verba da as despesas. Trata-se de um trabalho cuida das doações para a fundação.
empresa para a realização de serviços

José Roberto Taranto


de cunho social.

Taranto se decidiu por uma creche no


bairro Coroadinho, localidade pobre da
cidade. A instituição na época funciona-
va precariamente devido à saída de
alguns apoiadores. “A situação era
bastante difícil. Pouquíssimas crianças
podiam ser atendidas. Até a luz havia
sido cortada”, lembra.

Se anjos da guarda existem, as crianças


da Creche Comunitária Primavera encon-
traram o seu na figura de Taranto.
Representando os práticos
de São Luís, ele providen-
ciou pessoalmen-
te tudo o que era
necessário para
reerguer o núcleo.

34
cidadania
civism

Solidarity
São Luís pilots lend their support to
over 80 children in a community care center
Eight years ago, when pilot José institution twice a month, explains:
Roberto Taranto started to work at “There is no interference whatever in
Servprat (the São Luís pilot association its activities, nor is it used as an image
in the state of Maranhão), he visited for Servprat. We merely assist them by
several places with a view to putting paying for everything they need. The
a joint effort into practice: Servprat donations are anonymous”.
intended to donate a certain amount of
its budget to welfare. Their reward lies in the knowledge that
they are fulfilling a civic duty. And it
Taranto chose a children’s day-care looks as if the Maranhão pilots have
center in Coroadinho, a district of São taken a fancy to this kind of activity.
Luis where the less fortunate live. At Their donations have now been
the time this institution had lost some extended to the Antonio Jorge Dino
of its patrons and operated under Foundation in São Luis which cares for
precarious conditions. He recalls that two hospices for cancer patients.
“the situation was bleak. Only a few Deonildo Caldas Melo, the operations
children could be taken care of. Even manager of Servprat who deals with
the center’s light had been cut off”. these donations for the foundation, says:

If guardian angels exist, the kids of the – When I arrive, they grin from ear to
creche comunitária primavera found ear; they already know that I bring
theirs in Taranto. As a representative of goodies such as soap, toothpaste,
the São Luis pilots, he made a point of medication, cleaning material, etc. It is
doing everything necessary to put the extremely gratifying to know that we
center on its feet again. He says: are helping them out.

– We paid its debts and bought


matrasses, a freezer, a stove, food, etc.
We did what we could to allow the
establishment to function properly.
Today, the center takes care of fifty-five
children of up to five years of age, and
alphabetizes another thirty in the
six-year range to prepare them for
public schooling. These children take
turns to use the center’s classroom.

Anonymity – The pilot makes a point


of stressing that the management for
the care center has full autonomy in its
actions. Taranto, who visits the

35
Posse na DPC

DPC
O vice-almirante Paulo José Rodrigues de Carvalho é o novo diretor de
Portos e Costas. A passagem do cargo foi conduzida por seu
antecessor, o vice-almirante Gerson Carvalho Ravanelli, em cerimônia
realizada no CIAGA, Rio de Janeiro, em 9 de agosto deste ano. Do
CONAPRA compareceram o presidente, Carlos Eloy Cardoso Filho, os
diretores João Paulo Dias Souza e Ralph Rabello de Vasconcellos Rosa
e o vice-presidente sênior da IMPA, Otavio Fragoso.

VICE-ALMIRANTE PAULO JOSÉ, ALMIRANTE-DE-ESQUADRA SARAIVA


RIBEIRO E VICE-ALMIRANTE RAVANELLI
falta credito

Visita
Os práticos Juarez Koury Viana da Silva (Cabedelo) e Luiz Augusto Correia de
Araújo (Recife) visitaram em setembro o serviço de praticagem do Canal do
Panamá. Além de terem sido muito bem recebidos pelos colegas panamenhos,
puderam conhecer de perto a intensa navegação de um dos mais
importantes canais do mundo.

MPX: prático dá seu ponto de vista


No curso de atualização de práticos oferecido pelo
CONAPRA, comandantes são convidados para falar sobre a
troca de informações com os práticos. Agora foi a vez do
departamento de Náutica do CIAGA convidar um prático para
dar sua visão sobre o assunto. O encarregado para a missão foi
o prático Otavio Fragoso, que ministrou uma palestra sobre o tema
LUIZ AUGUSTO (COM A BOLSA PRETA) E JUAREZ no Rio de Janeiro, em 26 de setembro, como parte do curso de aperfeiçoamento
(DE CAMISA CINZA) AO LADO DE PRÁTICOS PANAMENHOS
para capitães de cabotagem.

Agenda
O XXXI Encontro Nacional de Praticagem acontecerá de 21 a 23 de novembro no Hotel Recanto das Águas, em Balneário Camboriú,
Santa Catarina.

36
ATPR navega além-mar
Os CDs produzidos pelo CONAPRA para a etapa realizada a distância do curso de
atualização de práticos já cruzaram o Oceano Atlântico. O trabalho fez sucesso no
18º Congresso da IMPA e a associação portuguesa de práticos, APIBARRA, solicitou seu envio para
utilizá-lo como referência na confecção do seu próprio material.

Em foco a responsabilidade civil do prático


O advogado e prático Matusalém Gonçalves Pimenta, presidente da Rio Pilots, lançou no Rio de Janeiro o livro “Responsabilidade Civil
do Prático”. A obra aborda questões de interesse dos práticos relacionadas ao direito civil, administrativo e marítimo. Autoridades civis
e militares da comunidade marítima prestigiaram o animado coquetel de lançamento, que aconteceu em 10 de agosto no Clube Naval.

Gláucio Lacerda

MATUSALÉM GONÇALVES PIMENTA MATUSALÉM, JOÃO PAULO DIAS SOUZA, CARLOS ELOY CARDOSO FILHO
E HELCIO KERR

Correção
Na edição anterior da Rumos Práticos foi publicado na página 31 que a nova atalaia de Maceió fora “equipada com
AIS acoplado a VTS e GPS”. O correto é “equipada com AIS acoplado a carta eletrônica e GPS”.

37
Associe-se ao • Membro Associado:
£81(subscrição anual)
+ £20 (inscrição)

NAUTICAL
Para ser aceito como
membro associado, o
candidato deve atender às
seguintes qualificações:

INSTITUTE
• idade mínima de 21 anos
• possuir um certificado
STCW 78/95 de capitão de
cabotagem, com limitação
de tonelagem e/ou área,
ou um certificado
VANTAGENS STCW 78/95 de oficial de
náutica, sem limitação de
• Reconhecimento profissional área, ou um certificado
equivalente, anterior ao
• Um exemplar gratuito da revista SEAWAYS, mensalmente STCW 78/95.
• 30% de desconto em todas as publicações do Nautical Institute
• Constante atualização profissional e contribuição para o • Associado:
£76 (subscrição anual)
desenvolvimento dos padrões da profissão + £20 (inscrição)
• Programas de autodesenvolvimento Para ser aceito como
associado, o candidato
• Rede internacional de oferta de seminários, deve atender às
encontros e eventos sociais seguintes qualificações:
• idade mínima de 18 anos
• possuir um certificado
STCW 78/95 de oficial de
náutica, com limitação de
CATEGORIAS área, ou um certificado
DE ASSOCIADOS equivalente, anterior
ao STCW 78/95.
• Membro:
£98 (subscrição anual) • Empresa:
+ £20 (inscrição) £98 (subscrição anual)
Para ser aceito como + £20 (inscrição)
membro, o candidato
deve atender às • Estudante:
seguintes qualificações: £17 (subscrição anual)
• idade mínima
de 24 anos • possuir um Planejamento de carreira
certificado STCW 78/95 de e recurso de informação:
capitão de longo curso, sem www.nauticalcampus.org
limitação de área ou
limitação de porte de Para informações adicionais:
navios, ou um certificado www.nautinst.org
equivalente, anterior ao
STCW 78/95, aprovado pelo
órgão certificador local, ou THE NAUTICAL
o título de comandante da
Marinha de Guerra ou
INSTITUTE
uma habilitação de 202, Lambeth Road London,
primeira classe, emitida por SE1 7LQ – United Kingdom
autoridade de praticagem Tel: +44 (0)20 7928 1351
reconhecida • três anos de Fax: +44 (0)20 7401 2817
experiência como prático. E-mail: sec@nautinst.org

Contato no Brasil: Otavio Fragoso – Conselho Nacional de Praticagem


Rua da Quitanda, 191 – 6º andar – Centro, Rio de Janeiro/RJ Brasil CEP 20091-005 Tel. (21) 2516-4479
conapra@conapra.org.br
Inédita nas letras jurídicas brasileiras, a obra do advogado e prático
Matusalém Gonçalves Pimenta apresenta uma minuciosa análise a respeito
de um tema fundamental para a praticagem e a sociedade como um todo:
a responsabilidade civil do prático.

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