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Revista do CONAPRA - Conselho Nacional de Praticagem - Ano XI - N0 27 - fev a maio/2009 Brazilian Pilots’ Association Magazine - Year XI - N 0 27 - Feb to May/2009

fotos: Marcus Schaefer


nesta edição
CONAPRA – Conselho Nacional de Praticagem
CONAPRA – Brazilian Pilots’ Association
in this issue

Av. Rio Branco, 89/1502 – Centro


Rio de Janeiro – RJ – CEP 20040-004
Tel.: (21) 2516-4479
4 Alterações em dispositivo
para transbordo de prático
conapra@conapra.org.br 5 Changes in pilot transfer ladders
www.conapra.org.br

diretor-presidente director president


Marcelo Campello Cajaty Gonçalves Presidente do CONAPRA
6
visita praticagens
diretores directors
Alexandre Gonçalves da Rocha
da Região Norte
André Luiz Vasconcellos de Mello 7 President of CONAPRA visits
Linésio Gomes Barbosa Junior pilot associations in the North
Ricardo Luiz Müller Pereira

diretor / vice-presidente sênior da IMPA


director/senior vice president of IMPA
8 Barra do Pará adquire moderno
equipamento de batimetria
Otavio Fragoso
9 Barra do Para pilots acquire modern bathymetry equipment

10
planejamento planning
Otavio Fragoso / Flavia Pires /
Proa: a aventura dos práticos para
Claudio Davanzzo manobrar navio peruano
edição e redação writer and editor 11 Proa: pilots embark on an
Maria Amélia Martins (jornalista responsável
adventure to maneuver
journalist responsible MTb/RJ 26.601) a Peruvian ship

revisão revision
Maria Helena Torres
Noreen Vanderput
12 E-Navigation: conceitos e seus efeitos sobre
o serviço de quarto e treinamento
versão translation 16 E-Navigation: concepts and their impact on watchkeeping and training

20
Aglen McLauchlan
Port Revel oferece cursos voltados
projeto gráfico e design para emergência
layout and design
Katia Piranda
22 Port Revel gives
courses that focus
pré-impressão / impressão
pre-printing / printing
Davanzzo Soluções Gráficas
24 on emergencies

Praticantes de prático iniciaram estágio de qualificação


capa cover
foto: Ricardo Falcão
25 Pilot apprentices start qualification stage
Port Revel: tug master Michel Vallette Primeiro colocado em processo seletivo
conta como atingiu seu objetivo 26
28 Winner of selection contest tells how he attained his objective

3031
As informações e opiniões veiculadas
nesta publicação são de exclusiva
responsabilidade de seus autores. Brasil terá filial do The Nautical Institute
Não exprimem, necessariamente, Brazil to have a branch of The Nautical Institute
pontos de vista do CONAPRA.
The information and opinions expressed
in this publication are the exclusive
responsibility of the writers
and do not necessarily express
the point of view of CONAPRA.
32
34
Inclusão social: grife Renascer
Social acceptance: Refazer trademark
segurança
safety

Mudanças à vista
Proposta de alterações em dispositivo
para transbordo de prático será
analisada pelo NAV este ano
Após muitos estudos e debates, a Antes de seguir para o NAV, porém,
praticagem se aproxima de uma um relatório preliminar do grupo de
conquista histórica em relação à trabalho encarregado do assunto foi
segurança do prático. No ano que avaliado pelo subcomitê DE (Projeto
vem, durante a 87ª sessão do Comitê e Equipamento) entre 16 e 20 de
de Segurança Marítima (MSC), será março, e, apesar de algumas contesta-
apresentado um documento que, se ções, principalmente da International
aprovado, irá alterar o Regulamento Chamber of Shipping (ICS), os debates
V/23 do Solas e a Resolução A 889 (21) no DE foram finalizados. A proposta
da IMO. Essas alterações dizem (disponível no site do CONAPRA) foi
respeito ao transbordo do prático e, encaminhada ao NAV 55, e seu próximo
especialmente, à utilização da escada destino é o MSC que, em 2010, dará o
de quebra-peito. parecer final sobre o assunto.

Um longo caminho foi percorrido pela


IMPA e alguns países membros para se
chegar à proposta que será apreciada
pelo MSC em 2010. Na 82ª sessão
do comitê, em 2006, as delegações
brasileira e norte-americana, e a própria
IMPA manifestaram sua preocupação
com o fato de que práticos continuem a
morrer ou sofrer sérios danos devido
a acidentes no momento do transbordo.
O grupo apresentou, então, a proposta
preparada pela IMPA visanda à mu-
dança das normas em vigor.

Tendo considerado o tema extrema-


mente relevante, o MSC deu prioridade
ao assunto e designou o NAV (Sub-
comitê de Segurança da Navegação)
coordenador dos trabalhos. Na 54ª
sessão do NAV, no ano passado, foi
criado um grupo de correspondência,
que apresentará suas conclusões
sobre a matéria na reunião do NAV 55,
em julho deste ano.

4
safety
segurança

Changes in sight
This year NAV will examine a proposal of an
amendment changing some of the norms
concerning the transfer of pilots
After exhaustive study and discussions, as well as IMPA itself, voiced their the NAV 55 to be held in July.
piloting is approaching a historic victory concern regarding deaths or major
in regard to the safety of pilots. During physical insuries to pilots resulting from But before then, between March 16
next year’s 87th session of the Maritime accidents while boarding or disembarking. and 20, a preliminary report produced
Safety Committee (MSC), a document At the time, the group submitted a draft by the working group in charge of the
will be submitted which, if approved, amendment drawn up by the IMPA for subject was assessed by the ED
will change Solas Regulation V/23 and altering the norms in effect. (Equipment and Design) subcommittee,
IMO Resolution A 889 (21). The changes and, despite some objections, especially
refer to the transfer of pilots and, in Considering the subject extremely by the International Chamber of
particular, to the use of pilot ladders. important, the MSC gave it priority Shipping (ICS), the ED debates were
standing and appointed the NAV (Sub- concluded. A draft amendment was
IMPA and some of its members traveled committee on Safety of Navigation) sent to the NAV 55 and will then be
a long road before the proposal was coordinator of the work. Last year, transmitted to the MSC which will
included in the MSC agenda for 2010. at the NAV’s 54th session, a correspon- issue the final opinion on the subject
At the 82nd session of the committee, in dence group was created which will in 2010. The proposal sent to NAV 55
2006, the Brazilian and U.S delegations, submit its conclusions on the subject at was published on the CONAPRA site.

5
conapra
conapra

Presidente visita
praticagens da
Região Norte
Necessidade de escala única de rodízio
é tema de reuniões
O presidente do Conselho Nacional de pela empresa (ver texto explicativo Naval, encontrou o vice-almirante
Praticagem começou seu mandato visi- produzido pela Barra do Pará na p. 8). Pedro Fava. Na pauta dos encontros
tando as associações de praticagem de estiveram as dificuldades que a pra-
Belém e Manaus. Em Belém, encontrou- Na Unipilot, foram apresentadas ao ticagem enfrenta na ZP2, onde o
se com o comandante do 4º Distrito presidente do CONAPRA as instalações estabelecimento de escala única de
Naval, vice-almirante Monteiro Lopes, a da associação, com destaque para o serviço tambem é vital.
fim de se apresentar e discutir assuntos projeto de monitoramento via AIS de
relevantes para a navegação na região. toda a Bacia Amazônica com disponibi- Na Proa, Cajaty e Linésio foram
lidade de visualização remota através recebidos por Magno, Benedito,
Marcelo Cajaty enfatizou a necessidade da internet em vários pontos de atuação Jônatas e Paulo Coelho. Após a visita
de haver escala única de rodízio nas da ZP1, cobrindo mais de 60% da área o grupo seguiu para o centro de
ZPs da região (ZP1 e ZP3) ressaltando de atuação. sondagem desenvolvido pela associ-
os efeitos negativos para a navegação ação, onde foi explicado o funciona-
local da existência de concorrência em Em Manaus, Cajaty visitou com Linésio mento de todo o processo de levanta-
zonas de praticagem, o que pode levar a e os práticos Benedito e Magno (presi- mento batimétrico realizado na ZP2.
perdas de eficiência na execução do dente da Proa) a Capitania dos Portos A reunião terminou com um belo pas-
serviço e, principalmente, à impossibili- da Amazônia Ocidental, onde conversou seio pelo Rio Negro até o encontro de
dade de garantia da prestação de com o CMG Teixeira. No 9º Distrito suas águas com as do Solimões.
serviços por parte da autoridade maríti-
ma. Por sua vez, o almirante destacou a Arquivo CONAPRA

importância do CONAPRA como agluti-


nador das associações de praticagem
nessa e em outras questões.

Monteiro Lopes sugeriu que, caso a DPC


esteja de acordo, o próprio Conselho
deve coordenar o estabelecimento de
escala única de rodízio nessas ZPs, for-
mulando o melhor modelo para a região,
de acordo com suas peculiaridades.
Linésio Barbosa Junior (diretor do Norte),
Davi Starapavo (presidente da Pratica-
gem da Barra do Pará) e os CMGs Kleber
e Bueno estiveram presentes ao encon-
tro. Na Praticagem da Barra do Pará, o
grupo foi informado sobre o moderno BENEDITO, MAGNO, VICE-ALMIRANTE PEDRO FAVA, LINÉSIO E MARCELO
equipamento de batimetria adquirido BENEDITO, MAGNO, VICE-ADMIRAL PEDRO FAVA, LINESIO AND MARCELO

6
conapra
conapra

President visits
pilot associations in
Brazil’s Northern Region
Need for a single schedule is main theme
of meetings
Marcelo Cajaty, president of the bathymetric equipment acquired by also, a single service schedule is of
Brazilian Pilots’ Association, started the association (see explanatory text vital importance.
his term of office by visiting pilot written by the Barra do Para Pilots
associations in Belem and Manaus. In reproduced on page 9). At Proa, Cajaty and Linesio were
Belem he met with Vice-Admiral received by Magno, Benedito, Jonatas
Monteiro Lopes, commander of the 4th In Manaus, Cajaty, accompanied by and Paulo Coelho. After their visit, the
Naval District and, after introducing Linesio and pilots Benedito and Magno group went to the sounding center
himself, discussed with him matters (president of Proa), visited the port developed by the association. There,
relevant to shipping in that region. authorities of West Amazonas where they were given an explanation of how
he enjoyed a talk with Captain Teixeira. the PZ2 carries out bathymetric surveys.
Cajaty stressed the need for a single In the 9th Naval District he met The meeting ended with a magnificent
working schedule for pilots in zones PZ1 with Vice-Admiral Pedro Fava. The trip on the Rio Negro that took them as
and PZ3, underlining the harmful agenda of the meetings included far as the meeting of the waters of the
impacts on local shipping caused by problems faced by PZ2 pilots. There Rio Negro and Solimoes rivers.
competition among pilot association
zones. He explained that competition

Arquivo CONAPRA
could lead to a loss in service
efficiency, and especially to the
impossibility of guaranteeing services
rendered by the Maritime Authority. The
admiral highlighted the importance of
CONAPRA in joint actions by pilot
associations in this and other matters.

Monteiro Lopes said that, provided the


Port and Coastal Director was in
agreement, Conapra should coordinate
the setting up of a single schedule for
these PZs, drawing up a model for
the region that is in line with its
peculiarities. Linesio Barbosa Junior
(director of the North), Davi Starapavo
(president of the Barra do Para Pilots
Association) and captains Kleber and
Bueno took part at the meeting. At the
Barra do Para Pilots Association the
BENEDITO, COELHO, MAGNO, JONATAS, MARCELO, LINESIO AND ANDRE
group was told of the modern
7
pará
pará

Praticagem da Barra do Pará:


atenta ao futuro
A Empresa de Praticagem da Barra do Pará adquire o mais moderno equipamento de batimetria
disponível no mercado, denominado Multibeam. O estado-da-arte da batimetria.
Marinha do Brasil e a Petrobras. Isso cons-
titui razão de orgulho para os práticos da
empresa por responder aos anseios de
toda a comunidade marítima na obtenção
de informações técnicas precisas sobre
a batimetria local. O procedimento trará
segurança ao serviço prestado pela
Empresa de Praticagem da Barra do Pará,
tornando-se excepcional diferencial de
qualidade oferecido a nossos tomadores
de serviço, representados pelos coman-
dantes dos navios e seus prepostos.

O diretor-presidente da Empresa de geográfica da praticagem do Pará – Zona O investimento da Empresa de Pratica-


Praticagem da Barra do Pará, prático Davi de Praticagem ZP-03. gem da Barra do Pará nesse projeto,
de Paula Starepravo, no dia 13 de janeiro segundo o prático Davi Starepravo, trará o
de 2009 recebeu os técnicos represen- Resumindo, o equipamento multifeixe retorno desejado pelos armadores que fre-
tantes do fabricante do equipamento de tornará possível a identificação da topo- qüentam nossos portos, além de par-
sondagem conhecido como Multibeam grafia do leito subaquático, com o regis- cerias com os órgãos federais e estaduais,
(multifeixe), que consiste em sistema de tro de suas profundidades, relativas aos especialmente os educacionais envolvi-
batimetria de última geração, classificado relevos desses canais de navegação dos dos com esse tipo de tecnologia. O objeti-
como o mais moderno existente no rios que integram a Zona de Praticagem vo é a completa eficácia do serviço de
mundo. Sua finalidade é a produção de de Belém, PA – ZP-03, inseridos as bacias praticagem oferecido pela empresa, cujo
trabalho em 3-D, com perfeita definição de evolução e os berços de atracação dos resultado final é a navegação segura e
do leito submarino (100%), obtendo as diversos terminais. eficiente nos rios amazônicos, onde seja
profundidades de uma faixa e não exigida a orientação da praticagem.
somente ao longo de uma linha de Com o recebimento desse equipamento
sondagem, como no tradicional método pela Empresa de Praticagem da Barra do “Devido à extrema ética profissional
do Singlebeam (monofeixe). Com a Pará em novembro de 2008, foi iniciada a por que pautamos nossos serviços, a
notificação de grande quantidade de preparação da fase de instalação dos peri- decisão dos práticos da Praticagem da
profundidades, garante que todos os féricos e sistemas na lancha escolhida Barra do Pará de realizar investimento
obstáculos à livre navegação sejam especialmente para executar esse traba- de tal ordem diz respeito a honrar a con-
encontrados e delimitados, e assim lho, além do treinamento dos profissio- fiança a nós atribuída pela autoridade
melhora a qualidade das informações nais que realizarão a batimetria e a pro- marítima brasileira, em estreita parce-
representadas na carta náutica. dução final do serviço, o que demandará ria com a autoridade portuária, seja na
a contratação de técnicos altamente quali- movimentação segura das cargas
O estado-da-arte dessa tecnologia ficados para a transferência de conheci- exportadas ou de cabotagem que circu-
adquirida pela Empresa de Praticagem da mentos, além das certificações regulares. lam em nossa zona de praticagem, seja
Barra do Pará adota linhas de sondagem quando realizamos o essencial serviço
paralelas às isóbatas (sentido longitudi- É importante ressaltar que a Praticagem de conduzir embarcações de grande
nal do talvegue), tornando-a ferramenta da Barra do Pará é das poucas empresas porte em águas restritas, com a máxima
indispensável para a navegação segura e brasileiras que possuem esse equipamen- segurança admissível e redução de
o completo aproveitamento da capaci- to (sendo a única empresa de praticagem risco bastante acentuada, contribuindo
dade de carga dos navios, dentro dos no Brasil, até os dias de hoje, a possuir sobremaneira para a grandeza e o cres-
regimes de marés existentes no Rio equipamento de batimetria que emprega cimento do Brasil”, ressalta o diretor-
Pará e seus afluentes, inseridos na área a tecnologia multifeixe), entre elas, a presidente, prático Davi Starepravo.
8
pará
pará

Barra do Para’s Pilotage:


heading to the Future
Barra do Para purchases the most modern equipament of bathymetry available in the market,
called multibeam. The “state of the art” of bathymetry.

Zone of Pilotage – ZP-03. security of the service given by the


Company of pilotage of the Barra do
In simpler language, the Para (Belem Pilot) becoming exceptional
multibeam equipment will differential of quality offered to our
make it possible to identify borrowers of service, represented by
the topografhy of the sub- the Masters/Captains of the vessels
aquatic foul area (bottom), and its Agencies.
with the registering of the
existing depths, in accor- The investment of the pilotage of the
dance with the contour of Barra do Para (Belem Pilot) in this
these shipping channels that project, according to Director President,
Director President of the company of integrate the pilotage zone pilot Davi Starepravo, will bring the
pilotage of the Barra do Para (Belem of Belem – PA – ZP-03, inserted the desired return, especially for the
Pilot), pilot Davi de Paula Starepravo, basins of evolution and the points of shipownwers who visit our ports,
on 13th January 2009, received the berthing of the diverse terminals. beyond partnerships with the federal
technicians from the import company of and state agencies, especially the
the equipment of souding, known as With the acquisition of this equipment educational institutions (Universities)
the multibeam, which consists of a by the pilotage of the Barra do Para in involved with this type of technology,
system of bathymetry of last generation, November 2008, Belem Pilot initiated objectifying the complete effectiveness
equipment classified as the most the preparation phase of installation of of the service of pilotage offered by
modern existing in the word, whose the peripherals and systems in a motor the company, whose final result is
purpose is the production of a work in boat chosen especially to execute this safe and efficient navigation in the
third dimension (3-D), with perfect important task, besides the training of Amazonian rivers, where pilotage
definition of the submarine bottom the professionals who will carry out orientation is compulsory.
(100%), obtaining the depths on a track the bathymetry and final production
and not only throughout a line of of this service, which will demand “Due to the professional extreme ethics
sounding as in the traditional method of the contraction of highly qualified that we base our services, the decision of
singlebeam, obtainning a great amount professionals for the transference the pilots of the Barra do Para (Belem
of depths, ensuring that all the hazards of knowledge, besides the regular Pilot) in carrying through an investment of
that hinder the free navigation are certifications. such order, always was to honor the
found and delimited, improving the confidence attributed to us by the
quality of the information represented It is important to reaffirm that the Brazilian Maritime Authority, with close
in the nautical chart. pilotage of the Barra do Para (Belem partnership with the Port Authority, either
Pilot) is one of the Brazilian pilotage in the safe movement of loads exported
The “state of the art” of this technology companies who possess this equipment or cabotage that visit our Zone of
acquired by the company of Pilotage of (being the only company of pilotage in Pilotage, either when we carry through
the Barra do Para (Belem Pilot) adopts Brazil, until the present, to posses this essential service to lead boats of
survey lines parallel bars to the isobatas bathymetry equipment that uses the great transport in isolated areas, with the
(longitudinal direction of talvegue), technology multibeam), amongst them, maximum permissible security and the
becoming an indispensable tool for safe the Brazilian Navy and PETROBRAS, reduction of risk significantly accented,
navigation, and taking full advantage of for which reason the pilots of the contributing excessively to the largeness
the load capacity of the vessels, within company are proud for answering to the of the growth of Brazil”, points out Director-
the regimes of tides existing in the river yearnings of all the Maritime Community President, pilot Davi Starepravo.
Para and its tributaries, inserted in the in the attainment of precise information
geografhic area of the pilotage of Para – of local bathymetry, which will bring Translated by the Belem Pilots
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amazonas
amazonas

Por uma navegação segura


Práticos da Proa passam por
Panamá e Colômbia para manobrar
navio peruano
A empresa Navieira Yacu Puma, onde, por bote, os práticos embarca- segura, com o máximo de qualidade
proprietária do navio de carga geral de riam no Yacu Puma, sem provocar no menor tempo possível –, houve a
mesmo nome, através da Agência atraso na saída do navio. concordância dos práticos Jônatas
Transerm, com sede em Manaus, Farias Lima e José Francisco Vas-
requisitou o serviço de dois práticos Cabe ressaltar que pelo contrato da concelos Gomes e da diretoria da
da Proa – Praticagem dos Rios Proa com o armador não há obrigato- Proa para execução da empreitada.
Ocidentais da Amazônia para a riedade de os práticos aceitarem
navegação de praticagem de seu realizar viagem tão longa, passando Tudo transcorreu como planejado, os
navio, desde a cidade brasileira de por países estrangeiros, com aumento práticos chegaram no horário solici-
Tabatinga, localizada na tríplice do risco de viagem de embarque. Mas, tado pelo armador e em perfeita
fronteira de Brasil, Peru e Colômbia, observando o bom relacionamento segurança, uma demonstração do
e vizinha a Letícia, capital do entre ambas as empresas, bem como quão ética e responsável é a prati-
Estado do Amazonas da Colômbia. um dos objetivos da Proa na Região cagem brasileira, representada pela
Os profissionais deveriam apre- Amazônica – o de manter a navegação Proa, no extremo norte do país.
sentar-se no navio em 24 de fevereiro,
às 16h (horário local), terça-feira de
carnaval. O navio vinha de Iquitos,
Peru, e, em Tabatinga, os práticos
brasileiros receberiam o serviço dos
práticos peruanos, para continuação
da viagem de descida do Rio
Solimões, com distância de 880
milhas náuticas.

A única empresa de aviação que


efetua vôos domésticos para
Tabatinga na região é a TRIP Linhas
Aéreas, que só tinha vagas para 25
de fevereiro, o que iria atrasar o navio
em um dia. Para que não ocorresse
prejuízo para o armador, foi sugerido
aos práticos brasileiros que embar-
cassem em avião da COPA Airlines,
desde Manaus, com escala na cidade
do Panamá, onde seria efetuado o
transbordo de aeronave para viagem
até Bogotá, Colômbia. Após pernoite
em Bogotá, os práticos embarcariam
em outro avião da companhia PERCURSO AÉREO REALIZADO PELOS PRÁTICOS DA PROA PARA EMBARQUE NO YACU PUMA
Aerorepublica, até a cidade de Letícia, THE ABOVE MAP DEPICTS THE COURSE OF THE FLIGHTS TAKEN BY
THE PILOTS OF PROA IN ORDER TO BOARD THE YACU PUMA
Colômbia, vizinha a Tabatinga, de

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amazonas
amazonas

To ensure safe shipping


Proa Pilots pass through Panama and Colombia
to reach and maneuver a Peruvian ship

Navieira Yacu Puma, owners of a February 25; this would cause a one- with the good relationship existing
cargo vessel of the same name, day delay in the ship’s departure. In between the PROA and the ship’s
requested the services of two pilots, order to save the ship’s owners from owners, and considering PROA’s
members of Proa – Praticagem dos incurring a financial loss, it was objectives for their activities in the
Rios Ocidentais da Amazonia, asking suggested to the Brazilian pilots that Amazon Region – to assure safe,
them to board their ship at Tabatinga, they take a COPA Airlines flight good-quality shipping within the
a Brazilian town located at the border from Manaus to Panama, and from shortest possible time, pilots Jonatas
of Brazil, Peru and Colombia. The there continue by plane to Bogota, Farias Lima and Jose Francisco
pilots were required to embark at 4:00 Colombia. After spending a night in Vasconcelos Gomes, as well as the
p.m. (local time) on Carnival Tuesday, Bogota, the pilots would take an PROA directors, agreed to the scheme.
February 24. The vessel had sailed Aerorepublica plane to Leticia, the
from Iquitos, Peru, and the Brazilian capital of the Colombian State of Everything worked as planned: the
pilots would spell the Peruvian pilots Amazonas, close to Tabatinga; they pilots arrived safely on the date
in Tabatinga, from where the ship’s would then finish their journey to the stipulated by the ship’s owners,
journey would continue down the Yacu Puma by boat. This would allow demonstrating the ethics and sense of
Solimoes river (Rio Solimoes) in the the ship to leave on time. responsibility of Brazilian pilots
state of Amazonas, a distance of 880 represented by PROA in the continen-
nautical miles. It should be stressed that, according tal Amazon Region located in the
to the contract signed by PROA with extreme north of the country.
The only airline in the region that runs the ship’s owners, the pilots had no
domestic flights to Tabatinga is TRIP obligation to take the risk of such a
Linhas Aereas and, unfortunately, it long journey across foreign countries
had no room for the pilots before to board the vessel. But, in line

11
e-navigation
e-navigation

Muito se tem falado sobre e-Navigation, mas poucos sabem exatamente o significado desse conceito,
introduzido pela Organização Marítima Internacional. O texto a seguir, apresentado em maio pelo capitão-
de-longo-curso Peter Turner durante o encontro anual da IFSMA,1 realizado no Rio de Janeiro, enfoca de
forma bastante acurada o que já se conhece sobre o tema, assim como as questões que vão surgindo em
função de seu desenvolvimento.

E-Navigation: conceitos e seus efeitos


sobre o serviço de quarto e treinamento
Peter Turner
Company of Master Mariners of Canada

E-Navigation services – VTS), agências ambientais, sentações ECDIS são consideráveis, e


armadores, autoridades de praticagem e, podem ser ainda maiores do que aque-
Os conceitos iniciais de e-Navigation naturalmente, o navegador de quarto. les presentemente enxergados. Alguns
surgiram com as primeiras discussões dos recursos atuais incluem:
sobre cartas eletrônicas. Inicialmente, Em dezembro de 2008, o Comitê de • informações em tempo real sobre
esperava-se que a e-Navigation empre- Segurança Marítima da IMO (IMO profundidades;
gasse os componentes que eram, à Maritime Safety Commitee – MSC) • avisos aos navegantes ou informes
época, utilizados a bordo dos navios. estabeleceu um programa para a imple- de navegação (Navigation Advisories)
Supunha-se que o “e” de e-Navigation mentação da e-Navigation. atualizados, relativos à navegação nos
significasse eletrônica. 2009 As necessidades dos usuários acessos a portos;
deverão ser revistas e listadas em • informações em tempo real sobre cor-
Inicialmente, esse era um bom conceito. ordem de prioridade rentes e ondas, originadas de smart
No entanto, uma vez adotado, muitos 2010 Revisão da arquitetura do buoys3 em acessos;
outros usos foram descobertos para o sistema e análise GAP2 • informações sobre áreas a serem evi-
novo recurso. Atualmente, o significado 2011 Análise de custo/benefício tadas sazonalmente, relativas a espécies
do “e” de e-Navigation seria mais bem in- e riscos ameaçadas, como as baleias-francas-do-
terpretado como “ampliada” (enhanced), 2012 Plano de implementação, que atlântico-norte;
ou “abrangente” (encompassing). deverá incluir as responsabilidades • informações repassadas de VTS e
das diversas partes envolvidas e um estações radiocosteiras;
A definição atual de e-Navigation geral- programa de implementação gradativa, • informações meteorológicas e clima-
mente aceita é: que terá provavelmente continuidade tológicas (rotas e condições de gelo);
coleta, integração, intercâmbio, apresen- até 2022. • sobreposição de informações de ra-
tação e análise, de forma harmoniosa, de dar, incluindo AIS recebidas de navios;
informações marítimas, a bordo e em Na mesma reunião do MSC, o comitê • informações sobre linhas de alerta
terra, por meios eletrônicos, para apri- aprovou recomendação do subcomitê no indicando águas rasas, através das
morar a navegação de berço a berço e sentido de que a instalação de ECDIS quais o navio não pode navegar;
os serviços a ela relacionados, visando (Electronic Chart Display and Information • informações sobre perigos isolados,
à segurança no mar e à proteção do System – Sistema Eletrônico de Apresen- incluindo baixios; e
ambiente marinho. tação de Cartas Náuticas e de Informa- • sobreposições de avisos relativos a
Dessa definição conclui-se que e- ções) seria obrigatória e adotada gradati- detalhes do porte do navio (boca, cala-
Navigation é muito mais do que vamente entre 2012 e 2018. De fato, as do, comprimento, calado aéreo).
inicialmente se supunha. cartas de papel serão retiradas de circu-
lação. A e-Navigation só poderá ser imple- A apresentação pode, portando, ser
Entre os usuários de e-Navigation mentada após a instalação do ECDIS. modificada para atender às necessi-
incluem-se autoridades portuárias, servi- dades do navegador de quarto ou de
ços de tráfego de navios (vessel traffic Os recursos da e-Navigation e das apre- outro usuário (VTS, autoridade portuária,
1 2
12 International Federation of Shipmasters' Associations. Técnica para determinar os passos a serem dados na mudança de uma condição a outra.
e-navigation
e-navigation

etc). No entanto, deve-se evitar sobre- O treinamento no uso de todos os Certification and Watchkeeping – STCW).
carregar o sistema com informações ori- componentes deve constituir parte es- O subcomitê de STW da IMO deverá
undas de outros componentes de e-Navi- sencial do desenvolvimento do equipa- rever os programas de ensino, tendo em
gation, saturando a carta e tornando-a mento. Em 1962, ocorreu colisão entre o vista as exigências. A e-Navigation traz
confusa e ineficaz. O navegador de quarto USS Kearsage e o navio de passageiros à baila essa necessidade, com relação a
deve ter habilidade para eliminar sobre- Oriana, na entrada do porto de Long vários aspectos dos atuais programas
posições, bem como o direito de fazê-lo. Beach, sob denso nevoeiro. No Tribunal para obtenção de Certificados de
de Inquéritos, questionou-se o motivo Competência. No ano passado, a
Com as informações disponíveis para o pelo qual o Oriana havia empregado um IFSMA debateu a necessidade de per-
navegador de quarto, poderá ocorrer a praticante para plotar as informações do manência de navegação astronômica
tendência de se navegar utilizando radar. O praticante era a única pessoa no nos programas para certificação. Não
apenas essas apresentações. Nunca é passadiço que havia completado um só será necessário incluir as novas
demais enfatizar que o marítimo de curso de observador de radar. Situações exigências nesses programas, como os
quarto deve manter vigilância visual e similares não se podem repetir. Todos os itens redundantes deverão ser emenda-
empregar todos os meios de navegação oficiais de navegação devem ter o dos, corrigidos ou eliminados.
que lhe estejam disponíveis. As infor- treinamento apropriado para utilizar
mações apresentadas na e-Navigation equipamento de e-Navigation. Agora, antes do advento da e-
são suscetíveis ao erro humano (ali- Navigation, é tempo de uma revisão
mentação digital), mau funcionamento O projeto do passadiço desempenhará plena da convenção STCW e de uma
mecânico ou eletrônico e falhas. papel importante na praticidade do verificação completa das qualificações
Mesmo com a redundância dupla equipamento. A colocação de moni- exigidas do marítimo que integra o
exigida para o equipamento, esse risco tores que fornecem informações deve serviço de quarto e do comandante.
ainda existe, apesar de pequeno. ser cuidadosamente pensada. A empre-
sa alemã Forschungsgesellfchaft fur Os padrões exigidos para o serviço de
Os armadores que instalam e-Navigation Angewandte Naturwissenschaften quarto no passado, há 30 anos, exigiam
em seus navios esperam aumento na efi- (FGAN) (Instituição de Pesquisa para dos oficiais que integravam esse serviço
ciência e na segurança, e retorno finan- Ciência Aplicada) e sua subsidiária FKEI qualificações diversas, a fim de operar o
ceiro. Sem dúvida, a eficiência incluirá estão desenvolvendo o que denominam navio, bem como administrar sua manu-
informações corrigidas de navegação, e a sistema integrado de navegação (inte- tenção e a acomodação da carga a
transferência eletrônica (download ) de grated navigation system – INS), que se bordo. A navegação era ciência que
correções para todos os aspectos da nave- propõe a tornar o layout ergonomica- demandava treinamento no local de
gação. A segurança será ampliada pela mente sadio. Sistemas similares estão trabalho e entendimento aprofundado
praticidade do equipamento e das infor- sendo desenvolvidos em outros locais, das ferramentas próprias, bem como do
mações apresentadas. O retorno finan- como na Sperry e na Memorial ambiente no qual o navio se desloca. O
ceiro poderá ser conseguido, entre outros University de Newfoundland. O propósi- oficial de quarto e o comandante pre-
fatores, pela possibilidade de levar um to é fazer com que o layout do passa- cisavam estar familiarizados com a cons-
navio até calado em que ele possa nave- diço se adeque ao equipamento de trução do navio, com fatores de esti-
gar com segurança nos canais, deixando e-Navigation, e vice-versa. vagem de cargas, estabilidade, direito
margem para squat e ação das ondas. marítimo, etc. À medida que os navios se
Os projetistas e fabricantes do equipa- desenvolviam, as necessidades dos marí-
Praticidade da e-Navigation mento seguirão padrões e critérios de timos que integram o serviço de quarto
no passadiço operação. Eles também terão que foram mudando, e as ferramentas de
suprir as necessidades dos usuários. navegação (por exemplo, sextantes e até
Informações e avaliação de riscos apli- Aqueles que fornecem as informações alidades), sendo ultrapassadas. O equipa-
cadas à navegação com aproximação deverão igualmente respeitar certos mento de e-Navigation esboçado consti-
excessiva entre duas embarcações padrões, critérios e freqüências, a fim tui-se de sofisticados monitores basea-
ampliariam a segurança. No entanto, a de atender às demandas internacionais dos em computadores, que permitem a
sobrecarga de informações pode tornar dos armadores, o que permitirá o entrada de dados de fontes externas, e
o equipamento ineficiente e até perigo- uniforme download das informações. sobreposições selecionadas para melho-
so. O sistema deve, portanto, ser de rar o conhecimento local e imediato do
fácil operação, e o desenvolvimento do Serviço de quarto na navegação navegador de quarto. Manutenção do
equipamento deve visar às necessi- navio, estivagem e acomodação da carga
dades do usuário. A capacidade de A e-Navigation exigirá a revisão dos são também atividades baseadas em
acionar e eliminar as “sobreposições” padrões de treinamento, certificação e computador e, em extensão cada vez
deve ser prerrogativa do usuário. serviço de quarto (Standards of Training, maior, operadas por pessoal de terra.
3
Bóias equipadas com sensores e transmissores rádio que fornecem a uma central, informações por exemplo, sobre correntes e ondas. 13
e-navigation
e-navigation

Transcrevo o texto, da seção Conclusão Assim, haverá necessidade de rever o Mesmo sendo costume estabelecer a
da publicação do The Nautical Institute STCW, as regras internacionais de segu- bordo uma hierarquia para o pessoal que
“From paper charts to ECDIS, a practical rança e modificá-las para evitar colisões. integra o serviço de quarto (imediato, 1º
Voyage plan” (Das cartas de papel às oficial de náutica, 2º oficial de náutica),
ECDIS: um plano prático de viagem), de Exigências futuras para o serviço as obrigações relativas ao serviço de
autoria do comandante Harry Galé, FNI: de quarto de navegação quarto no passadiço permanecem as
O conceito de ECDIS implica mudança e responsabilidades mesmas para cada um deles.
total, com o abandono do uso de cartas • A qualificação de todos os nave-
de papel; a transição desse tipo de car- Não resta dúvida de que a maioria das gadores que integram o serviço de
tas para as eletrônicas trará alguns pro- operações marítimas comerciais atual- quarto deve ser padronizada?
blemas para a atividade, particularmen- mente se apóia nas equipes dos • A eficiência de ter pessoal padroniza-
te para aqueles que não têm experiên- escritórios em terra, nos superinten- do integrando o serviço de quarto e
cia atual em cartas eletrônicas. dentes e em empresas terceirizadas mais um oficial sênior “diurno”, com
especializadas, que desempenham qualificação superior, seria mais com-
Importantes procedimentos de pas- muitas das tarefas que, até então, pensadora em termos de custo/benefí-
sadiço são significativamente afetados, do domínio do navegador de quarto, cio do que o sistema hierárquico atual?
exigindo análise e consideração cuida- quando da chegada do navio ao porto.
dosas. A experiência daqueles que vêm Algumas dessas responsabilidades per- Se o marítimo que integra o serviço de
utilizando cartas eletrônicas demonstra manecem, outras serão assumidas pela quarto atende às exigências, e é portan-
que seu emprego reduz a carga de tra- utilização de programas de computador. to certificado para integrar o serviço de
balho na navegação, se comparado com No entanto, o sistema hierárquico a quarto de navegação, as outras respon-
o uso de cartas de papel. A nova tec- bordo está se tornando ultrapassado. sabilidades relativas aos Certificados
nologia permitirá aos marítimos execu- Algumas das habilidades ensinadas são de Competência podem ser assumidas
tar, de modo conveniente e em tempo redundantes, enquanto outras são ensi- por outro oficial que tenha sido exami-
hábil, todo o planejamento de viagem, nadas como cursos de extensão, exigi- nado quanto a essas habilidades exigi-
monitoramento de rota e posicionamen- dos além dos Certificados de Compe- das, e que estará portanto apto a
to, feitos atualmente por cartas de papel. tência (como ARPA e GMDSS). cumprir tais obrigações (o retorno do
“navio com quatro oficiais de náutica”),
O navio deve deter a prerrogativa de O advento da e-Navigation exigirá reduzindo assim a possibilidade de o
navegar em quaisquer águas, levando-se que novas habilidades sejam ensi- pessoal que integra o serviço de quarto
em conta que informações relevantes nadas não só aos candidatos aos ser afetado por fadiga.
devem ser obtidas de VTS em terra e Certificados de Competência, mas • “Comandantes” e “imediatos” (os que
suplementadas pelo prático a bordo. também aos examinadores! não integram o serviço de quarto) devem
ser treinados e examinados de acordo
E-Navigation e o serviço Agora, antes da implementação da com padrões que incluam, além de todos
de quarto a bordo e-Navigation, é tempo de reavaliar os requisitos adicionais dos regulamentos
toda a estrutura hierárquica a bor- internacionais, também aqueles exigidos
Quando os navios são equipados com do, e as perguntas a seguir, sem pelas autoridades de navegação, bem
e-Navigation, a tarefa do navegador de dúvida controversas, devem orientar como habilidades administrativas?
quarto muda. Isso requer boa dose de esse procedimento. • O “comandante” tem que ser o oficial
consideração e afeta tanto a hierarquia a que detenha o conhecimento de navega-
bordo quanto os cursos de treinamento Considerando que os exames de habili- ção para assumir a condução do navio
necessários para certificação. Existem dades pertinentes aos certificados de em águas congestionadas ou restritas?
diferenças fundamentais entre as exigên- Competência estão rapidamente se
cias do sistema atual e as futuras. O tornando redundantes, é certo que The Nautical Institute publicou o
futuro marítimo integrante do serviço de as habilidades de navegação exigidas documento “From paper charts to
quarto de navegação necessitará de para obtenção dos Certificados de ECDIS, a practical voyage plan”, de
grandes habilidades de informática, Competência mudarão com o advento autoria do comandante Harry Galé, FNI,
entendimento dos downloads e sobre- da e-Navigation. que recomendo a vocês.
posições colocados a sua disposição e • Os programas para obtenção dos
capacidade de interpretar as informações Certificados de Competência devem ser
marítimas apresentadas nos monitores. modificados antes da implementação
O navegador de quarto provavelmente da e-Navigation, a fim de contemplar a
nunca utilizará um sextante nem calcu- futura necessidade de navegadores de
lará uma navegação de grande círculo. quarto treinados? Tradução: Airton Prado

14
e-navigation
e-navigation

E-Navigation is much talked about, but not many know the exact meaning of this concept introduced by the
International Maritime Organization. The text below submitted by Master Mariner Peter Turner during IFSMA’s
annual meeting held in May in Rio de Janeiro focuses on what is currently known on this subject, as well as on
questions that arise as e-Navigation develops.

E-Navigation, concepts and


its effects on watchkeeping
and training
Peter Turner
Company of Master Mariners of Canada

E-Navigation Users of e-Navigation will include port and maybe even greater than those
authorities, vessel traffic services envisaged at present. Some of the
The early concepts of e-Navigation (VTS), environmental agencies, present capabilities include:
really came into being when Electronic shipowners, pilotage authorities and • Charted water depth updated to give
Charts were first discussed. Initially, of course the navigating watchkeeper. real time water depth;
e-Navigation was expected to utilise • Up-to-date Notices to Mariners or
the components that were being used In December 2008, The IMO Maritime Navigation Advisories relating to
aboard ship at that time. It was Safety Committee (MSC) set a schedule navigation on approach to harbours;
assumed that the “e” in e-Navigation for the implementation of e-Navigation. • Real time current and wave infor-
stood for electronic. 2009 User needs to be reviewed mation derived from “Smart Buoys”
and prioritised in approaches;
As a starter this concept was good. 2010 Review of system architec- • Seasonal “Areas to be Avoided”
However, once this was voiced, many ture and GAP analysis relating to endangered species such as
other uses for this were envisaged. 2011 Cost benefit and risk analysis North Atlantic right whales;
Now the “e” in e-Navigation would 2012 Implementation plan to include • Relayed information from VTS and
be better expressed as “enhanced” responsibilities of the various parties and Coastal Radio stations;
or “encompassing” a phased-in implementation schedule. • Specific meteorological and climato-
The phased-in implementation of e- logical information (ice routing and
The generally accepted current Navigation will likely be continued into ice conditions);
definition of e-Navigation is: the decade commencing 2022. • Overlays of radar information including
the harmonised collection, integration, AIS information received from ships;
exchange, presentation and analysis At the same MSC meeting the • Guard contours indicating shallow
of maritime information onboard and Committee approved the sub-committee water through which the vessel cannot
ashore by electronic means to enhance recommendation that the carriage of navigate;
berth to berth navigation and related ECDIS would be mandatory and phased- • Isolated dangers, including shoal
services for safety and security at in between 2012 and 2018. Effectively, waters; and,
sea, and the protection of the marine paper charts will be withdrawn from • Warning overlays relating to the
environment. circulation. E-Navigation can only be dimensional particulars of the ship
implemented after ECDIS is installed. (beam, draft, length, air-draft)
From this definition alone, it can be
seen that e-Navigation is a lot more The capabilities of e-Navigation and The display can therefore be modified
than first envisaged. displays on ECDIS are considerable, to suit the needs of the navigating

15
e-navigation
e-navigation

watchkeeper or other user, (VTS, Port Training in the use of all the compo- requirements. e-Navigation brings into
Authority etc.). However, care must be nents must be an essential part of the question the need for various aspects of
taken not to overload the system with development of the equipment. In 1962 the present syllabi for Certificates of
the information derived from the other there was a collision between the USS Competency. Last year IFSMA debated
components of e-Navigation, thereby Kearsage and the Passenger ship the need for the continuation of the
rendering the chart over-informative, Oriana at the entrance to Long Beach inclusion of Astro (celestial) Navigation
cluttered and ineffective. The navigating harbour in thick fog. At the Court of in the syllabi for certification. Not only
watchkeeper must retain the ability and Inquiry, the question of why the Oriana will it be necessary to add the new
right to switch out overlays. had employed an apprentice to plot the requirements to the syllabi, but the
radar information arose. The apprentice redundant subjects must be amended,
With the information available to the was the only person on the bridge that corrected or removed.
navigating watchkeeper, there may be a had completed a Radar Observers’
tendency to navigate wholly utilising course. Similar situations must not Now, prior to the advent of e-
these displays. It cannot be emphasised happen again. All navigating officers Navigation, is the time for a full review
too strongly that the watchkeeper must must have the appropriate training to of STCW convention and a complete
maintain a visual lookout, and utilise utilise e-Navigation equipment. overhaul of the qualifications required
all means of navigation available to for a watchkeeper and a Master.
him or her. Information displayed in e- Bridge design will play a large part in
Navigation is susceptible to human the practicality of the equipment. The The standards required for watchkeeping
error (digital input), mechanical and placing of displays providing informa- in the past, as recently as 30 years ago,
electronic malfunctions, and failures. tion must be considered. The German made it necessary for the watchkeeping
With the double redundancy required company Forschungsgesellschaft für officers to have different qualifications
for the equipment, this risk is low but Angewandte Naturwissenschaften in order to operate the ship as well
nonetheless it exists. (FGAN) (Research Establishment for as manage the maintenance and
Applied Science) and its subsidiary FKEI cargo warehousing aboard the ship.
Shipowners installing e-Navigation on are developing what they have named Navigation was a science requiring on-
vessels will expect to see an increase in an Integrated Navigation System (INS) the-job training and the deeper under-
efficiency, safety and financial return. which undertakes to make the layout standing of the navigation tools; and
Undoubtedly, the efficiency will include ergonomically sound. Similar systems the environment in which the ship
corrected navigational information, and are being developed elsewhere, for sailed. The Watchkeeping Mate and
electronic downloading for corrections example Sperry and the Memorial Master needed to be conversant with
for all aspects of navigation. Safety will University of Newfoundland. The pur- ship construction, cargo stowage
be enhanced by the practicality of pose is to make the bridge layout fit the factors, stability, marine law etc. As
the equipment and the information e-Navigation equipment and vice versa. ships have developed the needs for
displayed. Financial return may be the watchkeepers has changed. The
obtained, among other things, by being The designers and manufacturers of the tools for navigation, (eg. Sextant and
able to load a vessel to a draft at which equipment will be bound by standards even bearing compasses) have been
the vessel can safely navigate the and operating criteria. They will also be surpassed. The outlined e-Navigational
channels allowing for squat and required to meet the users’ needs. equipment are sophisticated computer
wave action. Those supplying the information will based displays allowing input from
also be required to meet certain external sources, and selected overlays
Practicality of e-Navigation standards, criteria and frequencies to to improve the local and immediate
on the bridge meet the international needs of the knowledge of the navigating watch-
shipowners and which will enable keeper. Maintenance of the ship and
Information and risk assessment downloading of information to be of a the stowage and warehousing of the
applied to close quarters’ navigation uniform nature. cargo are also computer based and to
can only enhance safety, but an ever greater extent directed by
overload of information can render the Navigational watchkeeping personnel from ashore.
equipment inefficient and even
dangerous. It must therefore be user- e-Navigation will necessitate a I quote from the Conclusion section
friendly, and the development of the review of the standards of training, of the Nautical Institute publication,
equipment must be user-driven. The certification and watchkeeping. The “From paper charts to ECDIS, a
capability of switching on and off the STW sub-committee of IMO must practical voyage plan” by Captain
“overlays” must remain with the user. review the syllabi against the existing Harry Gale FNI:

16
e-navigation
e-navigation

The ECDIS concept is a total change There can be no doubt that most effective than the present hierarchy
from using paper charts and the transi- commercial shipping operations now system?
tion from paper charts to electronic rely upon the office staff ashore,
charts will pose some concerns for the superintendents, and specialised If the watchkeeper meets the require-
industry, particularly for those who have contractors to undertake many of the ments, and as such is certificated to
no current experience of electronic duties which in the past have been the keep a navigational watch, the other
charts. Important bridge procedures are domain of the navigating watchkeeper responsibilities related to Certificates
significantly affected, and these require when the ship arrives in port. Some of of Competency can be undertaken by an
careful analysis and consideration. The those responsibilities must remain officer who has been examined in these
experiences of those who have been with the ship, others will be undertaken required skills and as such will be able
using electronic charts for some time by technology utilising computer to fulfill the duties, (Return of the
show its use will reduce the navigational programmes. However, the hierarchy ‘four mate ship’) thereby reducing the
workload when compared to using the system aboard ship is becoming outdated. likelihood of watchkeepers being
paper chart. This will enable mariners Some of the skills being taught are affected by fatigue.
to execute in a convenient and timely redundant, while others are taught as • Should the “Master” and “Mates”
manner all voyage planning, route add-on courses, required beyond the (those not keeping a navigational
monitoring and positioning that is Certificates of Competency. (eg ARPA watch) be trained and examined to a
currently performed on paper charts. and GMDSS.) standard which will include all the addi-
tional requirements of the international
The ship must retain the prerogative to The advent of e-Navigation will require regulations, and those required by flag
navigate in all waters, allowing that new skills to be taught, not only to the states as well as management skills?
relevant information should be obtained candidates for the Certificates of • Must the “Master” be the officer
from VTS ashore and supplemented by Competency, but also to the examiners! with the navigational skills to take
the pilot aboard. Now, before the implementation of e- the conduction of the ship in congested
Navigation, is the time when the whole or restricted waters?
E-Navigation and the navigation hierarchy structure aboard ship should
watch aboard be considered and the following, no The Nautical Institute has published
doubt controversial, questions asked. the document “FROM PAPER CHARTS
When the ships are equipped with to ECDIS a Practical Voyage Plan”
e-Navigation, the role of the navigating Speculating that the examinations by Captain Harry Gale FNI, and I
watchkeeper will change. This needs a for the pertinent skills for Certificates recommend this document to you.
great deal of consideration, and will of Competency are fast becoming
affect both the hierarchy aboard ship redundant, it is certain that the naviga-
and the training courses required for tional skills required for Certificates
certification. There are fundamental of Competency will change with the
differences between the requirements advent of e-Navigation.
in the existing system and those of the • Prior to the implementation of
future. The futre navigating watchkeeper e-Navigation should the syllabi for
will need to have enhanced computer Certificates of Competency change to
skills, understanding of the offered reflect the future needs for trained
downloads and overlays and the navigating watchkeepers?
capability to interpret the maritime
information provided on the displays. While it has been the practice for a
The navigating watchkeeper will hierarchy of watchkeepers (Mate, 2nd
probably never use a sextant, nor Mate, 3rd Mate) to be established on
calculate a great circle course. board a ship, the duties relating to
Therefore there will be a need to review bridge watchkeeping remain the same
the STCW, the international safety for each.
regulations, and modification of the • Should all navigating watchkeepers
collision regulations. be qualified to the same standard?
• Would the efficiency of having
Future requirements for watchkeepers of equal standards and a
navigating watchkeeping “day-work” senior officer who has a
and responsibilities superior qualification be more cost

17
história
history

Bernardino Gustavino
Um prático que ficou na história
O Arquivo Nacional, acervo federal Alguns estudiosos lhe atribuem a provi- Gustavino morreu no Uruguai em 14 de
localizado no Rio de Janeiro, guarda dencial manobra de abalroamento dos setembro de 1884. Na pesquisa feita
importantes documentos sobre prati- navios paraguaios, empreendida pela pela equipe do CONAPRA para a elabo-
cagem relativos ao século 19. Livros de fragata Amazonas no momento decisivo ração do livro De 1808 a 2008: 200
protocolos de 1871 e 1872, por exem- da Batalha do Riachuelo, em 11 de anos de praticagem regulamentada no
plo, comprovam que práticos brasileiros junho de 1865, vencida pela esquadra Brasil, localizou-se no Arquivo Nacional
tiveram participação importante na brasileira. Oficialmente, porém, a ma- carta emitida pelo Quartel-General da
Guerra do Paraguai. O mais célebre de nobra é imputada ao militar Francisco Marinha em 24 de outubro de 1884. No
que temos conhecimento é Bernardino Manoel Barroso, aclamado herói do documento explica-se ao ministro que
Gustavino, civil que ingressou no combate naval e terrestre que a Tríplice a quantia gasta no enterro do “prático
quadro da Armada depois de prestar Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai) 1º tenente honorário Bernardino
inúmeros serviços à Marinha. empreendeu contra o Paraguai. Gustavino” excedera o previsto devido
ao “elevado custo dos enterros, embora
modestos, na cidade de Montevidéu”. A
missiva refere também a decência que
a cerimônia exigia visto ser o falecido
“benemérito servidor da pátria (...)
pelos seus importantes e relevantes
serviços, tanto em tempo de paz como
de guerra prestados desde 1855”.

São tantos os documentos que se refe-


rem a Gustavino, que é possível traçar
boa parte da carreira do prático consul-
tando-se os fundos da Marinha do
Arquivo Nacional.

Fontes para pesquisa

De 1808 a 2008: 200 anos de prati-


cagem regulamentada no Brasil. Rio
de Janeiro: CONAPRA, 2008

Arquivo Nacional, Fundo: Série Marinha –


Ministro – Secretaria de Estado, XM 446

Arquivo Nacional, Fundo: Série Marinha


– Contadoria, IM 715

www.revistanavigator.net/navig3/com/
N3_com.html (Navigator, v.2, n.3, Rio
de Janeiro: Serviço de Documentação
CARTA DA MARINHA MENCIONA ENTERRO DE GUSTAVINO da Marinha, junho de 2006)
LETTER FROM THE NAVY MENTIONS GUSTAVINO’S FUNERAL

18
history
história

Bernardino Gustavino
A pilot who left his mark in History
The National Archives, a federal General Headquarters of the Navy on
Research Sources
collection of archives located in Rio de October 1884. In this document, the
Janeiro, include important documents minister is told that the amount spent
on piloting, reaching back to the 19th for the burial of “pilot First Honorary From 1808 to 2008: 200 years of regu-
century. There are, for instance Lieutenant Bernardino Gustavino” was lated pilotage in Brazil. Rio de Janeiro:
protocol books dated 1871 and 1872 greater than foreseen due to the “high CONAPRA, 2008
which prove that Brazilian pilots cost of even modest burials in the
played an important part in the city of Montevideo”. The letter also National Archives: Naval Series –
Paraguayan War. The most famous we mentions that the ceremony had to be Minister – State Secretariat, XM 446
know of is Bernardino Gustavino, a more impressive since the deceased
civilian who joined the fleet after was a meritorious servant of the National Archives: Naval Series –
having rendered untold services to fatherland (...) acknowledged for Accounting Department, IM 715
the Navy. important and relevant services
rendered since 1855, both in peace www.revistanavigator.net/navig3/com/
Some historians attribute to him and war”. N3_com.html (Navigator, v.2, n.3,
the providential collision maneuver Rio de Janeiro: Naval Documentation
against Paraguayan ships undertaken By consulting the many documents Service, June 2006)
by the frigate Amazonas during a referring to Bernardino Gustavino in
decisive moment in the Battle of the Naval files of the National
Riachuelo which took place on June Archives it is possible to trace a large
11, 1865, and was won by the Brazilian part of his career as a pilot.
Navy. But, officially, the maneuver is
credited to Francisco Manoel Barroso,
the acclaimed hero of the naval and
land battles waged by the Triple
Alliance (Argentina, Brazil and
Uruguay) against Paraguay.

FRIGATE AMAZONAS
FRAGATA AMAZONAS

Bernardino Gustavino died in Uruguay


on September 14, 1884. According to
the research undertaken by the
CONAPRA team for the book From
1808 to 2008: 200 years of regulated
pilotage in Brazil, a letter was found in
Batalha Naval de Riachuelo, painted by Victor Meirelles, 1872
the National Archives issued by the

19
treinamento
training

O que fazer na emergência


O Centro de Port Revel, na França,
oferece aos práticos curso especial
de treinamento voltado para
situações de emergência
Duas vezes por então manobras em diversas situações, tando fica mais clara, permitindo
ano, em abril e ou- às vezes exigindo da embarcação o melhor execução do gerenciamento de
tubro, durante cinco máximo em alta velocidade, outras passadiço (bridge team management )
dias, o Pod and parando-a em emergência e na maioria por parte do prático.
emergency course coloca práticos em das vezes fazendo atracações de alta
situações que, embora pouco comuns precisão com o impressionante controle No último mês de abril, de 13 a 17,
no cotidiano, fazem parte da vida profis- permitido pelos dispositivos – e, não o prático brasileiro Ricardo Falcão
sional de todos eles, por exemplo, o menos importante, é repassada aos participou do treinamento junto com
travamento do leme nas mais diversas práticos a noção a respeito do quanto outros cinco práticos, dois de Puget
posições ou o fato de a máquina “dar pode ser danosa a disposição equivoca- Sound (Seattle-EUA), comandantes
fora”. No limite, sem “caixa de emer- da de tais recursos. Um erro pode levar John E. Arnold e Brian Henshawn, e três
gência” de que se valer, o prático conta a acidente muito rapidamente. de Malta, comandantes Paul Camillieri,
apenas com recursos normais: os fer- Paul Chetcuti e Jesmond Mifsud.
ros, a máquina do navio (no caso de Na situação real, os azipods são contro-
travamento do leme) e a correta utiliza- lados pelo comandante do navio, Como novidade, informa Falcão,
ção de rebocadores “em escoteiro”. porém, após o treinamento, a interpre- durante o último inverno o lago foi
tação do que o comandante está execu- ampliado em sua parte norte, onde
Durante a primeira hora e meia de
curso, pela manhã, as situações são
analisadas pelos quatro experientes
práticos instrutores do Centro. Discute-
se o posicionamento de rebocador
azimutal nas ações direta e indireta,
bem como o modo mais eficaz de extrair
o máximo desse valoroso auxílio.
Alguns conceitos básicos são relembra-
dos, e, depois, focadas as maneiras de
administrar situações de emergência.
Em seguida tudo isso torna-se prática,
em simulações experimentadas no lago.

Parte concomitante do curso é a trans-


formação do conteineiro Normandie em
navio com governo e propulsão por
azipod. O treinamento dos alunos inclui

20
treinamento
training

foram criadas novas situações de


aprendizado tais como locks, novos por-
tos e principalmente um porto fechado,
batizado de Alcatraz, que permite ao
prático experimentar as dificuldades de
realização de manobras com folga
abaixo da quilha (underkeel clearance )
inferior a 10% do calado. Um nível de
dificuldade realmente alto, na opinião
de Ricardo Falcão, que inaugurou o
porto junto com o comandante Brian.

Outra novidade é que está em fase final


de ajustes o navio Otello – versão em
escala 1:25 do navio CMA CGM Otello,
de 8.600 TEUs e 315m de comprimento
(LOA) –, que já estará disponível nas
próximas semanas.

21
training
treinamento

What to do in an emergency
The Port Revel Center in France offers pilots a
special training course dedicated to coping
with unusual emergency situations
During the Pod and Emergency Course experienced instructors. Positioning situations such as using the vessel’s
held twice a year, in April and October, the azimuth tug during direct or maximum speed or halting it in an
pilots face situations that, although indirect actions, as well as the best emergency. Mostly, very precise
unusual in their daily activities, can be way of making the most of this mooring is possible thanks to the
part of the professional life of any of valuable help are discussed. Some amazingly precise control made possi-
them. For instance, a rudder may become basic concepts are recalled and, later, ble by the devices. Not least important
jammed in various positions, or an engine the instructors focus on how to is making the pilots aware of how much
may stop working. Without a proper manage emergency situations. Next, damage can be wrought by incorrect
“emergency kit”, the pilot has to rely on all the theory is put into practice by handling of such resources. An error can
common resources: anchors, the ship’s simulation on the lake. quickly lead to an accident.
engine (in the case of a jammed rudder)
and the correct use of escort tugs“. Concomitantly, the course teaches In real situations the azipods are
changing the Normandie container controlled by the skipper, but training
In the morning, during the first hour vessel into a ship maneuvered and helps interpreting his moves, allowing
and a half of the course, situations propelled by azipod. The pilots’ training the pilot to better handle bridge
are analyzed by the Center’s four includes maneuvers in different team management.

22
training
treinamento

photos: Ricardo Falcao


Brazilian pilot Ricardo Falcao took part
in the training course held between
April 13 and 17, together with five other
pilots, two from Puget Sound (Seattle –
US), Captains John E. Arnold and Brian
Henshawn, and three from Malta,
Captains Paul Camillieri, Paul Chetcuti
and Jesmond Mifsud.
OTELLO: THE ACTUAL SHIP AND PORT REVEL’S VERSION
We are told by Falcao that there has OTELLO: O NAVIO ORIGINAL E A VERSÃO DE PORT REVEL
been a new development at the Center:
last winter the artificial lake was
expanded to the north and, there, new
learning situations were created, such
as locks, new ports and, most impor-
tantly, a closed port christened Alcatraz
which permits the pilot to experience
the problems that arise when carrying
out maneuvers in circumstances of
underkeel clearance of less than 10% of
the draught. Such problems are really
very serious, according to Ricardo
Falcao who inaugurated the port
together with Captain Brian.

Another novelty is that the adjustments


of the ship Otello are at their last stage
– version at a 1:25 scale of the 315
meters long (LOA) 8,600 TEUs CMA
CGM Otello. It will already be available
within the next few weeks.

FALCAO AND CAPTAIN BRIAN NEW LAKE IN PORT REVEL


FALCÃO E COMANDANTE BRIAN NOVO LAGO EM PORT REVEL

23
treinamento
training

Novos práticos
Praticantes de prático iniciaram
estágio de qualificação
Em 20 de março de 2009, 86 novos prati- encaminhados às associações de prati- praticagem, das normas da Capitania
cantes iniciaram estágio de qualificação cagem, que os orientam, provêem o dos Portos; também acompanha diver-
em 19 zonas de praticagem distribuídas apoio logístico necessário, além de sas manobras de todos os práticos em
pelo Brasil. Eles foram classificados pelo lhes transmitir todos os conhecimentos atividade nos portos e terminais.
processo seletivo realizado em 2008 pela técnicos disponíveis.
Diretoria de Portos e Costas. Outros 24 Na fase de qualificação, o praticante
praticantes também selecionados pelo Durante o estágio, cada praticante de coloca em prática os conhecimentos
mesmo processo serão convocados para prático é orientado por um prático adquiridos, conduzindo efetivamente
iniciar seus estágios nos próximos meses. monitor, escolhido entre os práticos da as embarcações nas singraduras de
respectiva zona de praticagem e desig- entrada e saída do porto e nas
Esse estágio tem duração mínima de 12 nado formalmente por portaria do manobras de fundeio, suspensão, atra-
e máxima de 24 meses. Ao longo desse capitão dos portos. Esse profissional tem cação e desatracação, sempre acom-
período, os futuros práticos passam por a importante missão de acompanhar panhado por um prático, que estabele-
diferentes treinamentos, de acordo com periodicamente as atividades do prati- cerá em seguida um debate técnico a
o programa estabelecido pela Capitania cante e orientá-lo para que seu aprovei- respeito da manobra executada, a fim
dos Portos. A meta é que o aspirante a tamento seja o melhor possível. Mensal- de eliminar eventuais dúvidas e para
prático adquira profundo conhecimento mente, ele assina um documento con- sedimentação de conceitos.
das áreas em que trabalhará, aper- tendo um resumo das manobras realiza-
feiçoando sua habilidade em manobrar das, encaminhado à Capitania dos Ao final do estágio, as associações de
navios de variadas tonelagens. Portos para controle do processo. praticagem emitem declaração ates-
tando que o praticante de prático con-
Em conformidade com as normas O estágio é dividido em duas fases: cluiu o programa estabelecido e está
vigentes, os praticantes de prático treinamento e execução. Na primeira, apto a ser submetido ao exame final. A
se apresentaram às respectivas sedes cada praticante busca conhecer os Capitania dos Portos é responsável pela
das Capitanias dos Portos, responsáveis detalhes de sua zona de praticagem, realização do exame de habilitação,
pela supervisão do estágio e pelo exame dos rebocadores disponíveis, dos após o qual o novo prático poderá
final de habilitação. Em seguida, foram procedimentos administrativos da exercer suas funções plenamente.

PRATICANTES DE PRÁTICO, O PRÁTICO PAULO FERRAZ (DE VERDE) E O CAPITÃO-DE-FRAGATA SALLES (DELEGADO DA CAPITANIA DOS PORTOS DE ITAJAÍ)
PILOT APPRENDICES, PILOT PAULO FERRAZ (IN A GREEN SHIRT) AND COMMANDER SALLES (HARBOR MASTER DELEGATE IN ITAJAI)

24
training
treinamento

New Pilots
Pilot apprentices enter
the qualification stage
On March 20, 2009, eighty-six new Authorities responsible for supervising its administrative procedures, the tugs
apprentices in nineteen pilot associa- their training and for giving them their available, and the norms of the Port
tion zones throughout Brazil started final qualification exam. Next, they are Authorities; they also accompany pilots
their qualification stage training after sent to pilot associations which provide when they carry out maneuvers in ports
the Ports and Coasts Directorate had the necessary logistic support and and terminals.
classified them in 2008 during a selec- transmit to them all the available
tive procedure. Another twenty-four technical knowledge. At the qualification stage, the
apprentices who had also been chosen apprentice puts into practice the
at the same time will be called up Each apprentice is tutored by a knowledge he has acquired and
within the next few months to start monitor chosen among the pilots of actually steers vessels sailing in or out
their qualification stage. his pilot association zone. The tutor of the port. He undertakes anchoring,
is officially appointed by an Administrative suspension, landing and exit maneu-
This stage has a minimum duration of Ruling issued by the Harbor Master. He vers, always in the company of a pilot
twelve months and at most takes two has the important mission to periodically who later discusses with him the
years. During that period the future follow up on the activities of the appren- maneuver carried out in order to clarify
pilots undergo training in various tice and to give him the necessary any doubts and solidify the concepts.
activities, in line with a program guidance to assure that he makes the
drawn up by the Port Authorities. Its most of his training. He signs a monthly At the end of the training period the
objective is for the candidate to pilot document containing a synopsis of the pilot associations issue a declaration to
status to become completely familiar maneuvers carried out and sends it to the effect that the pilot apprentice has
with his future activities, perfecting the Port Authorities so that they can concluded the required program and is
his skills in steering ships of keep control of the training. ready to take the final exam. The Port
different tonnage. Authorities are responsible for the
Pilot training is divided into two stages: qualification exam; once he has passed
According to the norms in force, the theoretical and practical. During the it, the pilot is free to carry out
pilot apprentices present themselves at first, apprentices are given details his activities.
the respective quarters of the Port regarding their pilot association zone,

HARBOR MASTER LIMA FILHO RECEIVES PILOT APPRENTICES IN RIO


O CAPITÃO DOS PORTOS LIMA FILHO RECEBE PRATICANTES DE PRÁTICO NO RIO

25
perfil
profile

Coragem e determinação
Primeiro colocado no processo seletivo para
praticante de prático conta como superou
obstáculos e obteve esse resultado
A coragem de mosqueteiro e a disci- cedia, mais a minha mão ficava “Quando o sonho é
plina militar foram fundamentais para espremida, pois o peso de meu corpo
Porthos Augusto de Lima Filho atingir fazia com que a escada descesse suficientemente grande,
seu objetivo de ficar entre os 10 lentamente, causando pressão cada vez
primeiros colocados no processo seleti- maior. O pessoal de bordo me puxou de os obstáculos se
vo para praticante de prático realizado volta para o convés, e minha mão foi
pela Diretoria de Portos e Costas em salva porque usava uma luva grossa, tornam reduzidos”
2008. Mas, como a determinação desse apropriada para iatismo – relembra.
catarinense de 47 anos parece não ter
limite, ele foi além: o prático conseguiu Como sempre gostou de estudar, foi-se Porthos estava ciente das imensas
ficar em primeiro lugar no concurso aprofundando no conhecimento de tudo dificuldades que enfrentaria nesse
promovido pela DPC. relacionado à praticagem. Em 2002, processo. Iria competir com pessoas de
passou a fazer parte do Conselho altísssimo nível intelectual e grande
Porthos iniciou sua carreira na Marinha Técnico do CONAPRA e, devido a sua capacidade técnica. Muitos de seus
de Guerra e quando foi promovido a dedicação, em 2005, foi convidado para concorrentes ele conhecia da Marinha;
capitão-de-corveta, passou a servir no organizar a recém-criada Gerência sabia que alguns já estavam aposenta-
Centro de Instrução Almirante Graça Técnica, assumindo a responsabilidade dos e tinham muito tempo para estudar.
Aranha (Ciaga), onde conheceu oficiais pela implantação do curso de atua- Ele, por sua vez, trabalhava numa área
que se preparavam para o processo lização de práticos (ATPR) e o controle com carência de práticos, em que o
seletivo que aconteceria em 1996 e o das homologações de atalaias, lanchas tempo de repouso era bem pequeno.
incentivaram a fazer a prova. Depois de e tripulações. Alguns colegas, aliás, já davam sinal de
estudar alguns meses, foi aprovado para estafa. Determinado, decidiu concen-
a zona de praticagem de Cabedelo, PB. Com a queda no movimento de navios trar-se apenas em seus objetivos, pois
no Porto de Cabedelo e a carência sempre acreditou que “quando o sonho
Na Paraíba, além de trabalhar como de práticos na ZP-01 (Fazendinha – é suficientemente grande, os obstácu-
prático, formou-se em direito e velejou Itacoatiara), Porthos foi remanejado los se tornam reduzidos”.
bastante (uma de suas paixões). A para uma das zonas de praticagem da
pedido de amigos que praticavam o Bacia Amazônica em 2006. A solução foi otimizar ao máximo seu
esporte, começou a treinar amadores, tempo. Gravou parte da matéria em
e durante alguns anos deu aulas – O ritmo de trabalho lá era frenético; o MP3, aproveitando para escutá-la nos
de preparação para as categorias de intervalo entre as viagens, curtíssimo. translados de táxi e quando ia se exerci-
mestre-amador e capitão-amador. Passávamos de quatro a seis dias a tar na academia, por exemplo. Uma das
bordo com repouso de um a três dias grandes provas de sua obstinação foi a
– Aprendi muito com os práticos de apenas. Ainda assim, decidi estudar contratação de um professor da
Cabedelo no início da minha carreira. para o processo seletivo de 2008 a fim Universidade Federal do Rio de Janeiro
Lá passei por uma situação bastante de voltar para o Rio de Janeiro e ficar para lhe dar aulas de arquitetura naval.
arriscada: em uma noite escura, desem- perto de meus pais e minha esposa.
barcava de um petroleiro já em águas Como tinha pouco tempo, estudava a – Durante um mês e meio vim de
abertas quando o cabo que prendia a bordo nos intervalos entre os quartos Macapá ao Rio semanalmente para ter
escada de quebra-peito cedeu, e minha de serviço e nos breves períodos que uma aula de três horas nas noites de
mão ficou presa entre a escada e o passava em casa, sacrificando qualquer terça-feira, pois esse era o único
costado do navio. Quanto mais o cabo atividade de lazer – lembra. horário de que ele dispunha – recorda.

26
perfil
profile

A despeito das enormes dificuldades, durante nove meses, mas cada um


decidiu assumir o concurso como um deles deu sua contribuição e é parte
desafio a ser vencido, estabelecendo dessa vitória.
como meta ficar entre os 10 primeiros,
“embora tivesse consciência de que se Porthos faz questão de frisar que
tratava de uma missão quase impossí- sem o apoio da esposa, Karla, jamais
vel”, diz, modesto. obteria o primeiro lugar. Segundo ele,
o carinho e apoio que ela lhe deu
– Recebi o resultado com muita satis- foram essenciais para que ele pudesse
fação, mas a maior alegria foi ter dado manter o foco nos estudos e o equi-
a meus filhos um exemplo de determi- líbrio emocional. No final, ficou a
nação e coragem. Eles acompanharam sensação de que todas as privações
toda a jornada, sofreram com os sacri- haviam valido a pena. “Nós havíamos
fícios que fomos obrigados a fazer vencido”, conclui.

27
profile
perfil

Courage and determination


Candidate who ranked first in the selection
of pilot trainees tells how he overcame
obstacles and realized a dream
recalls that, “I once found myself in a
tight spot there: it was a dark night and
I was disembarking in the open sea
from an oil tanker when the cable of the
pilot ladder gave way and my hand was
caught between the ladder and the
ship’s broadside. The more the cable
gave way, the more my hand was
squashed since the weight of my body
made the ladder slowly drop, causing
an ever increasing pressure. The crew
hauled me back on deck and my hand
was saved because I was wearing the
thick gloves used in yachting”.

Since he always enjoyed studying, he


familiarized himself in depth with
everything related to piloting. In 2002,
he joined CONAPRA’s Technical Council
and, as a result of his dedication
was invited in 2005 to organize the
PORTHOS AND HARBOR MASTER LIMA FILHO
PORTHOS E O CAPITÃO DOS PORTOS LIMA FILHO then recently created Technical
Management and to take responsibility
for the implementation of a Refresher
Porthos Augusto de Lima Filho’s scheduled for 1996, and they Course for pilots (Portuguese acronym
courage of a bullfighter and discipline encouraged him to go in for it. He had ATPR), as well as for controlling the
of a military man were essential in been studying for some months when homologation of pilot stations, boats
achieving his goal of being classed he was assigned to serve at the and crew.
among the top ten in the pilot trainee Pilots Association of Cabedelo, state
selection held at the Ports and Coasts of Paraiba. Due to the decline in the movement of
Directorate in 2008. But since the ships in the Port of Cabedelo and the
ambition of the 47-year old native of the While in Paraiba, he not only worked as shortage of pilots in PZ-01 (Fazendinha
state of Sta. Catarina seems to have no a pilot, but also graduated in Law. He – Itacoatiara), Porthos was transferred
limits, he did better still: he ranked first also spent much time sailing (one of his in 2006 to one of the Amazon Basin
in the PCD selection. passions). At the request of some of his pilot zones.
sailing companions, he gave lessons to
Porthos started his career in the Navy amateur sailors; for some years he also He remembers that the work rhythm
and when he was promoted to tutored them in the categories of there was frantic; intervals between
Lieutenant Commander was assigned amateur skippers and amateur captains. journeys were short. “We spent four to
to the Almirante Graça Aranha (Ciaga) six days on board with only one-to-three
Learning Center. There he met officers He learnt much from the Cabedelo days of rest. Nevertheless, I decided to
who were studying for the selection pilots at the start of his career. He study for the 2008 selection in order to

28
profile
perfil

return to Rio de Janeiro and be near my He came to the conclusion that the “I was very happy with the result, but
parents and my wife. Since I had little answer was to make the most of what gave me the most satisfaction
time, I studied on board during the his free time. He recorded part of the was that my children witnessed an
intervals between watches as well as subject matter he had to study in MP3, example of determination and courage.
during the short time I spent at home, to which he listened while on his They shared the sacrifices we had to
forsaking all leisure activities”. way in taxis or working out at a gym. make during those nine months, and

“When the dream


is important enough,
obstacles are insignificant”
Porthos was aware that he would have One major proof of his obstinacy was every one of them not only contributed
to overcome major issues in this con- contracting a professor of the Federal but is also part of my achievement”.
test. He would be competing with University of Rio de Janeiro to give
people of an extremely high intellectual him lessons on naval architecture. He Porthos makes it a point to stress that
level and in-depth technical knowledge. remembers that “For a month and a without the support of his wife Karla
He knew some of his competitors from half I traveled every week from he would never have ranked first.
his days in the Navy and was aware Macapa to Rio for a three-hour class According to him, her tender care
that many had already retired and had on Tuesday nights, the only time I and the support she gave him
plenty of time to study. He, on the other had available”. were essential for allowing him to
hand, worked in an area short of pilots concentrate on his studies and maintain
that left little time for rest. In fact, some In spite of these enormous difficulties, his emotional balance. When it was
of his colleagues already showed signs he decided to view the contest over, he felt that all his sacrifices had
of fatigue. Yet, he was determined and as a challenge to be met. His been worthwhile and ends up by saying:
decided to fully concentrate on his goal was to be among the first “We won.”
goals, for he had always believed that ten “although I realized that this
“when the dream is important enough, was practically impossible”, he says
obstacles are insignificant”. modestly.

29
the nautical institute
the nautical institute

Brasil terá filial do


The Nautical Institute
Decisão foi tomada por unanimidade dos
membros brasileiros
O mais conceituado centro de estudos O recrutamento de novos membros instalação física, constituição de
marítimos terá uma filial brasileira, a não é tarefa simples ou fácil. A empresa sem fins lucrativos, con-
primeira na América do Sul e Central. anuidade de 84 libras é cara para a tratação de funcionários, criação e
A decisão foi tomada em 27 de março realidade dos marítimos brasileiros manutenção de um website, etc. O
por membros brasileiros do NI em em geral. O próprio instituto enfrenta prático Ricardo Falcão, um dos mem-
reunião no CONAPRA. A criação de uma desafios de ordem financeira por bros brasileiros do NI, ressalta que o
filial brasileira, em que o português desenvolver um trabalho de alto nível apoio do presidente do Conselho
será o idioma adotado, deve estimular que necessita de sólido suporte. Nacional de Praticagem, cedendo
o recrutamento de novos membros, Financiamento de cursos, workshops, parte das instalações e estrutura do
a aquisição de material técnico, a palestras técnicas, a edição da revista CONAPRA, foi fundamental para que
realização de palestras, enfim, a efetiva Seaways, além da manutenção de um o projeto se concretizasse.
criação de uma comunidade brasileira staff na sede em Londres representam
vinculada ao estabelecimento. custos elevados com os quais o NI No Rio para o encontro anual da
tem que arcar para se manter como International Federation of Ship
Para essa conquista um longo caminho líder internacional em assuntos técni- Masters Association (IFSMA), David
foi percorrido. Desde 2004, o então cos no meio marítimo. Patraiko, diretor de projetos do NI,
presidente do CONAPRA, Otavio Fragoso, esteve com membros brasileiros no
vem estimulando o ingresso de práticos A despesa para a abertura de uma CONAPRA em 5 de maio para escla-
brasileiros. De sua gestão até agora o nova filial também é significativa. recer pontos relevantes da abertura
número de membros brasileiros dobrou. São necessários espaços para sua da filial brasileira.
Luiz Carlos Santos Jr

MEMBROS BRASILEIROS DO NI SE REÚNEM NO CONAPRA


BRAZILIAN MEMBERS OF THE NI MEET AT CONAPRA

30
the nautical institute
the nautical institute

A branch of The Nautical Institute in Brazil


Brazilian members were unanimous in
arriving at this decision
The most prestigious maritime study institute. Since then, the number of found for its physical existence, it is
centre is establishing a branch in this Brazilian members has doubled. necessary to found a non-profit
country. Brazilian members of the company, there is staff to be hired, a
NI took the decision on March 27th, Recruiting new members is not an easy website to be maintained, and so
at a meeting held at CONAPRA. task. The annual fee of £84 is costly for forth. Pilot Ricardo Falcao, one of the
This will be the first branch of the Brazilian pilots in general. The institute Brazilian members of the NI, stresses
institute in either South or Central itself faces financial challenges since it that the support of the president of the
America. Forming a Brazilian branch carries out high-level activities that National Association of Pilots who
where Portuguese is the adopted need ample support. Financing courses, ceded part of CONAPRA’s installations
language is expected to foster the workshops, technical talks, publishing and structure was fundamental for the
entry of new members, the acquisi- the Seaways magazine, as well as project to take shape.
tion of technical material, the holding keeping a staff at their headquarters in
of presentations – in short, it will London require major expenditures that While David Patraiko, director of NI
create a Brazilian community linked the NI must comply with in order to projects, was in Rio for the annual
to this institute. continue being the international leader International Federation of Ship Masters
in technical subjects referring to the Association (FSMA) meeting, he met
A long trek preceded this achievement. maritime environment. with Brazilian members at the
Since 2004, when Otavio Fragoso was CONAPRA premises on May 5th to
president of CONAPRA, he has been The cost of opening a new branch is clarify some relevant points referring to
encouraging Brazilian pilots to join the also a major item. Space must be the opening of the Brazilian branch.

Luiz Carlos Santos Jr

MEETING OF BRAZILIAN NI MEMBERS


REUNIÃO DE MEMBROS BRASILEIROS DO NI

31
inclusão social
social acceptance

Grife Refazer
Como uma ação social
pode tornar-se um caso
de sucesso comercial

No Natal do ano passado um francês


radicado no Rio de Janeiro buscava
num famoso shopping da cidade pre-
sentes diferenciados para enviar a
suas sobrinhas e irmãs na França.
Diante de tantas lojas de marcas co- A grife nasceu em 2006 para gerar que, junto a uma equipe de voluntários,
nhecidas, a que mais lhe chamou a renda e beneficiar diretamente as mães produzem bijuterias, chaveiros, porta-
atenção foi uma “minimalista”, que das crianças e dos adolescentes assis- celulares, porta-óculos, nécessaires,
apresentava bijuterias de extremo bom- tidos. Designers criam os produtos e camisetas customizadas, bolsas bor-
gosto e muita criatividade. As peças ensinam as mães-artesãs a confec- dadas à mão e uma linha exclusiva de
apresentavam ótima relação custo/ cioná-los. Dessa mistura nasceu uma produtos para casa.
benefício e, com certeza, agradariam às linha que em nada lembra assistencia-
francesas. Curioso, perguntou quem lismo. “Ninguém compra o produto para
confeccionava aquele material, e a ajudar a ONG, compra porque é bom
resposta o surpreendeu: mulheres de mesmo”, comentam os clientes.
baixa renda cujos filhos eram atendidos
pela ONG Refazer. De fato, a criatividade aliada ao alto
controle de qualidade característico da
Refazer – A missão da Refazer é evitar produção tem funcionado tão bem, que
a reinternação ou o agravamento de a grife se tornou auto-sustentável e,
doenças de crianças, adolescentes e atualmente, vende suas peças para
gestantes de baixa renda encami- marcas consagradas como Cantão,
nhados à organização pelo Instituto Wöllner, Alfaias e outras. Hoje, estilis-
Fernandes Figueira (unidade da Fiocruz, tas dão aulas a três grupos de mães,
RJ). Muitas famílias não possuem Esse é, porém, apenas um dos projetos
meios para manter o tratamento de alto da Refazer. A organização tem muitos
nível oferecido pelo IFF. O resultado é outros que precisam de doações para
que o doente, freqüentemente por falta ser tocados. Assim, depois de visitar o
de recursos e assistência domiciliar ateliê da grife, na sede da Refazer,
adequada, acaba sendo reinternado o francês que se apaixonou pelo
depois de receber alta. Para quebrar programa reuniu 10 amigos que se
esse ciclo vicioso a instituição desen- tornaram padrinhos da organização
volveu vários projetos, entre eles, a contribuindo mensalmente com deter-
Grife Refazer. minada quantia.

32
inclusão social
social acceptance

– Eu já queria contribuir para um traba-


arquivo REFAZER

lho desse tipo e, quando percebi que a


organização era séria e eficiente, decidi
por ela. O interessante é a forma como
cheguei lá: buscando presentes para
minha família. Me deparei com um
produto de bom-gosto, de excelente
qualidade, com preço atrativo, fruto
de uma ação social consistente. Tudo
isso combinado só poderia resultar
num caso de sucesso”, conta ele.

Para saber mais sobre a Refazer visite o


site www.refazer.org.br

33
social acceptance
inclusão social

Trademark
How a welfare project
can be a commercial success

Last Christmas, a Frenchman living in of ailments of children, adolescents


Rio de Janeiro looked for a different and needy pregnant women sent to it
kind of present for his nieces and by the Fernandes Figueira (Fiocruz, Rio
sisters in France in a well-known de Janeiro Unit) Institute. Many
shopping center. families don’t have the means to keep
up the high-level treatment prescribed
Among the many stores and brands, by the IFF. Patients have often to be
his eye caught one that exhibited re-hospitalized, due to lack of funds
custom jewelry showing extremely and proper assistance at home. In
good taste and creativity. The items order to break this vicious circle, the
had an excellent cost-benefit ratio and institution initiated several projects,
were bound to please the French girls. the Refazer label being one of them.
Curious, he asked who the manufacturer
was and was surprised by the answer: The trademark was launched in 2006
women with a low income whose to generate income and directly
children were given assistance by the benefit the mothers of children and
“Refazer ONG” (Remake NGO). adolescents assisted by Refazer.
Designers create the jewelry and teach
Refazer – Refazer’s mission is to the mothers how to make it. The product
prevent re-hospitalization or worsening line originating from this combination has nothing in common with assist-
ance. “Nobody buys a jewel to help
the NGO, people buy it because it is
attractive” comment the customers.

Creativity together with strict quality


control have worked so well that the
trademark became self-sufficient and
now jewelry is sold to famous brands
such as Cantao, Wollner, Alfaias and
others. Today, designers teach three
groups of mothers who, together with
a team of volunteers, make jewelry,
keyrings, cell-phone covers, spectacle
covers, necessaires, customized
t-shirts, hand-embroidered purses
and an exclusive line of products for
the home.

34
social acceptance
inclusão social

But this is just one of Refazer’s He says “I already wanted to contribute For more information on Refazer, visit
projects. The NGO has many others to a cause such as this and when I rea- the site www.refazer.org.br
that need donations before they can be lized that this NGO was reputable and
realized. Thus, after visiting the efficient, I chose it. Interesting is how I
workshop at the Refazer quarters, the came to know about it: looking for pres-
Frenchman who fell in love with the ents for my family. I saw a product of good
program, together with ten of his taste for an attractive price, the result of
friends, sponsors the NGO by making a consistent welfare action. Such a
monthly contributions. combination had to be successful”.

35
V Fórum Latino-Americano de
Praticagem – Colômbia – 21 a 25
de setembro de 2009
O encontro será realizado em Cartagena das Índias, cidade tombada pela Unesco por possuir rico patrimônio histórico. Organizado pela
Associação Nacional de Pilotos Práticos da Colômbia, ainda é possível sugerir temas para serem discutidos no evento. Os assuntos já
definidos para debates relacionam-se à segurança marítima, ao prático na cadeia logística do transporte marítimo e à responsa-
bilidade do prático frente ao Estado. Sugestões e mais informações podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico:
anpra@orbitel.net.co
Stock.xchng/cartagena1 by Isabelcbc

5th Latin American Forum of Pilots –


Colombia – September 21 to 25, 2009
The meeting, organized by the National Pilots Association of Colombia, will be held in Cartagena das Indias, a town declared a world
heritage by Unesco due to its rich historic patrimony. There is still time to propose subjects for discussion at the event. The themes
already scheduled for debate refer to maritime safety, pilots in the logistic chain of maritime transport, and pilots’ responsibility in the
eyes of the state. Suggestions and more information are available at the following e-mail address: anpra@orbitel.net.co

36
Morre prático da Sindipilots
Morreu em 18 de maio o prático Fernando Alvarenga, de 66 anos. Alvarenga foi vítima de infarto
enquanto aguardava na estação de praticagem o momento de executar uma manobra. Mineiro, casado
e com três filhos, o prático trabalhava na Sindipilots, RJ, há quase 13 anos.

Pingüins pegam carona em lancha de praticagem

Após serem recolhidos no ano passado pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), unidade do Museu Oceanográfico da
Fundação Universidade do Rio Grande, 17 pingüins foram liberados em abril. Os animais estavam no centro porque foram atingidos
por óleo derramado no mar. Foi uma lancha de praticagem da Barra do Rio Grande que conduziu as aves ao alto-mar, dando-lhes uma
gentil carona e devolvendo-as a seu hábitat.

Yéssica L. da Silva

37
Associe-se ao
THE NAUTICAL INSTITUTE
THE NAUTICAL INSTITUTE é um corpo profissional internacional sem fins lucrativos para marítimos qua-
lificados, cujos objetivos são promover e coordenar no interesse público o desenvolvimento dos estu-
dos náuticos em todas as suas filiais, além de:

1. Encorajar e promover alto padrão de qualificação, competência e conhecimento


entre aqueles que controlam embarcações de alto-mar, assim como embarcações sem desloca-
mento, e aqueles que estão conectados com a profissão marítima tanto em terra como a bordo.
2. Facilitar a troca e a publicação de informações e idéias sobre a ciência náutica,
para encorajar a pesquisa e publicar seus resultados.
3. Estabelecer e manter padrões educacionais e profissionais adequados de filiação.
4. Cooperar com departamentos governamentais e outros organismos preocupados com a
parte estatutária e de qualificação, assim como com universidades e outros institutos educa-
cionais e autoridades no benefício da educação e do treinamento na ciência náutica e sua prática.
5. Seus comitês técnicos garantem que a opinião e o aconselhamento profissionais
tenham retorno para os órgãos tomadores de decisão da indústria. As publicações escritas por e
para usuários constituem o melhor guia operacional disponível, e suas filiais encorajam o desen-
volvimento profissional em suas áreas.

Classes de membros disponíveis a práticos e praticantes de prático

• Membro (MNI):
Possuir habilitação de prático de primeira classe, emitida por autoridade de praticagem reconhecida, e três anos de experiência como prático de primeira classe; ou
Possuir habilitação de prático, emitida por autoridade de praticagem reconhecida, e atender às seguintes qualificações:

(i) idade mínima de 24 anos; e


(ii) possuir certificado de competência STCW 78/95 de capitão-de-longo-curso, sem limitação de área ou limitação de porte de navios; ou
(iii) possuir certificado equivalente, anterior ao STCW 78/95, aprovado pelo órgão certificador local na base de exame; ou
(iv) possuir o título de comandante da Marinha de Guerra de padrão equivalente ao certificado STCW 78/95 especificado no item (ii); ou
(v) ser oficial qualificado como membro associado tendo como base a posse do certificado de competência STCW 78/95 como capitão-de-longo-curso de
embarcações de 500 TAB ou maiores e sem limitação de área com cinco anos de experiência em comando de navios sofisticados; ou
(vi) ser oficial qualificado como membro associado com aprovação na graduação em estudos marítimos de alguma universidade reconhecida e possuir cinco
anos de experiência relevante na indústria marítima desde sua graduação; ou
(vii) possuir outras qualificações aprovadas pelo Conselho para associação.

• Membro associado (AMNI):


Possuir habilitação de prático ou de praticante de prático, emitida por autoridade de praticagem reconhecida, e atender às seguintes qualificações:

(i) possuir certificado de competência STCW 78/95 de capitão-de-cabotagem, com limitação de tonelagem e/ou área; ou
(ii) possuir certificado de competência STCW 78/95 de imediato; ou
(iii) possuir certificado de competência STCW 78/95 de oficial de náutica, sem limitação de área; ou
(iv) possuir certificado anterior equivalente ao certificado de competência STCW 78/95 obtido na base de exame; o
(v) possuir algum certificado naval (militar) de serviço de quarto de passadiço, de padrão equivalente ao especificado no item (ii); ou
(vi) possuir outras qualificações aprovadas pelo Conselho para esse propósito.

• Estudante:
Possuir habilitação de praticante de prático

Para informações adicionais: www.nautinst.org


THE BRAZILIAN BRANCH OF THE NAUTICAL INSTITUTE – Contato: falcao@conapra.org.br
Contato no Brasil: Otavio Fragoso – Conselho Nacional de Praticagem – conapra@conapra.org.br
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THE NAUTICAL INSTITUTE is the international non-profit professional body for qualified seafarers. Its objectives are to promote and
coordinate the development of nautical studies in all its branches in the interest of the public, as well as:

1. To encourage and promote a high standard of qualification, competency and core skills among those who control oceangoing and other
vessels, as well as those connected with the maritime profession on land and at sea.
2. To facilitate the exchange and publication of information and ideas on nautical science in order to encourage research and publish results.
3. To establish and maintain educational and professional standards proper for membership.
4. To cooperate with government departments and other institutions concerned with the statuary and qualification side, as well as with
universities and other educational institutes and authorities, in benefit of education and training in nautical science as well as its practice.
5. The technical committees guarantee that professional opinion and advice are fed back to industrial decision makers. Publications written by
and for users are the best operational guides available, and branches encourage professional development in their fields.

Membership categories available to pilots and pilot apprentices

•• Member
Member (MNI):
(MNI):
Holds the appropriate certificate of a first-class pilot issued by a recognized pilotage authority and has three years of experience as a first-class pilot; or
Holds the appropriate pilot certificate issued by a recognized pilot authority and meets the following qualification requirements:

(i) minimum age: 24 years; and


(ii) holds an approved certificate of competency issued under the STCW 78/95 regulation for oceangoing command without trading restrictions in area or size; or
(iii) holds an equivalent pre STCW 78/95 certificate approved by a local administration on a basis of examination; or
(iv) holds the title of Naval Commander of a standard equivalent to the STCW 78/95 certificate specified in item (ii) above; or
(v) is an officer qualified as an associate member on the basis of holder of an STCW 78/95 certificate as oceangoing captain of ships of at least 500 gross
tonnage without trading area limitations and has at least five years command experience on liners; or
(vi) is an officer qualified as an associate member who holds a maritime studies degree awarded by a recognized university and has at least five years rele-
vant experience within the maritime industry since the award of the degree; or
(vii) holds other qualifications approved by the Council for membership.

• Associate
Associate Member
Member (AMNI)
(AMNI)

(i) holds a pilot or pilot apprentice certificate issued by a recognized pilotage authority and meets the following qualifications:
(ii) holds an STCW 78/95 certificate of competency for captain of coastal ships of a limited tonnage and/or area; or
(iii) holds an STCW 78/95 Certificate of Competency for First Mate; or
(iv) holds an STCW 78/95 Certificate of Competency for Officer in charge of a navigational watch without limitation of area; or
(v) holds a pre-STCW 78/95 Certificate of Competency on the basis of examination; or
(vi) holds a naval Bridge Watchkeeping Certificate equivalent to the standard specified in item (ii) above; or
(vii) holds other qualifications approved by the Council for this purpose.

• Student Member
holds a Certificate of pilot apprentice.

For additional information: www.nautinst.org


THE BRAZILIAN BRANCH OF THE NAUTICAL INSTITUTE – Contact: falcao@conapra.org.br
Contact in Brazil: Otavio Fragoso – Brazilian Pilots’ Association – conapra@conapra.org.br
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GUIDE TO
HELICOPTER/SHIP
OPERATIONS
Em 1979 a International Chamber of Shipping (ICS)
publicou pela primeira vez este guia para operações de
helicópteros em navios. Desde então a publicação vem
sendo revisada, trazendo em cada nova edição as últimas
modificações das normas para esse tipo de operação,
além de se atualizar em relação ao desenvolvimento
tecnológico tanto dos navios quanto dos helicópteros.

O guia destina-se especialmente aos coman-


dantes, oficiais e tripulante de navios, aos
pilotos de helicópteros envolvidos nesse tipo de
operação e aos práticos que a cada dia se
tornam usuários mais freqüentes do
transbordo por helicóptero nas operações
de praticagem.

A quarta edição, publicada no final


de 2008 e recentemente distribuída
pela ICS, inclui uma versão em
CD, o que facilita ainda mais a
utilização do manual.

In 1979, the International Chamber of Shipping (ICS) published its first ICS Guide to Helicopter/Ship Operations. Since then,
the publication is being constantly revised so that each new edition contains the latest modifications in norms for this type of
operation, as well as updated technology developments applicable to both ships and helicopters.

The guide is primarily intended for ship masters, officers and crew, but also for helicopter pilots involved in this type of
operation and for harbor pilots who more and more frequently use helicopter transfers in pilot operations.

The fourth edition published at the end of 2008 and recently distributed by the ICS includes a CD/ROM version which greatly
facilitates the use of the manual.

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