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Ditadura

Ditadura é um regime autoritário em que os poderes legislativo e executivo estão nas


mãos de uma única pessoa (ou grupo de pessoas), que exerce o seu poder absoluto sobre
o povo. Com o ressurgimento da democracia no século XIX, o termo ditadura tem o
significado de falta de democracia, onde o modelo democrático liberal deixa de existir e a
legitimidade passa a ser questionada, pois as ditaduras modernas são um movimento
totalitário com a supressão dos direitos individuais e a invasão dos demais poderes
constituídos, (legislativo, judiciário, ou equivalentes). Esta invasão se dá pela força, e o
fim das liberdades individuais passa a ser por decreto. O regime ditatorial se baseia num
líder ou em pequeno grupo que exerce o poder absoluto sem prestar contas aos
governados, independentemente de sua aprovação ou não.

Essa ditadura “moderna” pode ser comparada as idéias antigas de tirania, que é diferente
da ditadura exercida em Roma.

Na antigüidade, quando a República Romana se deparava com


situações onde o jogo político poderia sair fora de controle, era
designado pelos cônsules um ditador para assumir o poder até que a
situação voltasse à normalidade. Os poderes do ditador eram totais,
poderia fazer a guerra ou a paz, bem como mandar executar qualquer
ordem que fosse necessária ao restabelecimento do estado de direito.
Dessa forma, uma vez resolvida a gravidade da situação que a desencadeou, cessava,
voltando o estado à normalidade; já as tiranias tendiam à se perpetuar no poder.

As ditaduras e regimes ditatoriais no Brasil foram muitos, porém se


destacam duas ditaduras. Primeiro, instaurada a ditadura pela
revolução de 1930, sob Getúlio Vargas, com dois períodos: no primeiro,
até 1937, quando Vargas admitiu algumas formalidades democráticas;
no segundo, Vargas deu um golpe institucional e caiu em 1945,
quando foram convocadas eleições livres.

Houve diversas tentativas de golpes militares contra Juscelino


Kubitschek em 1955 e do vice-presidente João Goulart em 1961. A
pressão internacional anticomunista liderada e financiada pelos
Estados Unidos criou o IPES, que levou ao movimento que derrubou
Goulart, a Operação Brother Sam, que garantiu a segurança da
execução do golpe de 1964. Nesta ditadura houve repressão policial,
expulsões do país, estabelecimento de legislação autoritária e
supressão dos direitos civis, uso da máquina estatal em favor da
propaganda política, manipulação da opinião pública através de
institutos de propaganda governamental, censura, torturas,
assassinatos de líderes opositores, revogação da constituição,
institucionalização do poder, endividamento externo do país,
construção de grandes obras com licitações forçadas para grupos de
grandes empreiteiros que financiaram o golpe. Do outro lado houve
terrorismo de opositores ao governo militar com seqüestros, assaltos
violentos, guerrilha urbana e nos sertões, patrulhamento ideológico,
torturas e justiçamentos (linchamentos seguidos de morte).

Desde que Janio Quadros renunciou o cargo a presidência do país em 1961 João Goulart
assumiu então o governo que foi marcado pelo espaço aberto a trabalhadores, estudantes,
organizações populares e sociais fazendo com que as classes conservadoras se
preocupassem, classe alta e média, empresários, militares e banqueiros, a preocupação
era que o país partisse para o socialismo. Janio Quadros foi acusado de ter planejado um
golpe de esquerda, pelo desabastecimento que o país sofria e ainda pela carestia. No dia
13 de março João Goulart realizou um comício no qual prometia mudanças na estrutura
econômica, educacional e agrária, defendendo as Reformas de Base, os conservadores no
dia 19 de março fizeram uma manifestação contra intenções de João Goulart que reuniu
famílias tradicionais, católicos, empresários, a classe média e milhares de pessoas pela
Marcha da Família com Deus pela Liberdade que foi realizada nas ruas de São Paulo.
O país e no dia 31 de marco de 1964 militares de minas gerais e são Paulo saíram às ruas,
fugindo de uma possível guerra civil Jango se refugiou no Uruguai. Então o general
Castello Branco foi eleito presidente da Republica pelo Congresso Nacional no dia 15 de
abril de 1964 assumindo uma posição autoritária e que defendia a democracia,
estabeleceu as eleições indiretas, partidos políticos foram dissolvidos, parlamentares
estaduais e federais tiveram o mandato cassado, os direitos políticos e constitucionais dos
cidadãos foram cancelados e os sindicatos sofreram intervenções do regime militar. Até o
fim de o governo militar muitos passou pela presidência entre eles general Arthur da
Costa e Silva no ano de 1967 até 1969, afastado por motivos de saúde até outubro de
1969 foi substituído pela junta militar composta pelos ministros Augusto Rademarker
(Marinha), Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica) e Aurélio De Lira Tavares (Exercito).
No final do ano a junta resolveu eleger o novo presidente que foi o general Emílio
Garrastazu Médici que liderou o país até o ano de 1974, considerado o mais rígido e
repressivo governo e se tornou conhecido como os “anos de chumbo”. General Ernesto
Geisel e General João Baptista foram os últimos presidentes envolvidos na ditadura
militar, no ano de 1984 foi criado um movimento chamado Diretas Já que incluía artistas,
jogadores de futebol e muitos outros ícones brasileiros que apoiavam, milhões de pessoas
em todo o país apoiaram e participou, o objetivo era lutar a favor das eleições diretas para
a presidência, mas só em 1988 foi aprovada uma nova constituição para o país que
acabara com a ditadura militar, neste ano José Sarney assumiu a presidência

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