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INTRODUÇÃO BÍBLICA INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO BÍBLICA

I. A ORIGEM SOBRENATURAL DA BÍBLIA


A. O LIVRO DE DEUS
A Bíblia é um livro incomparável. Diferencia-se dos demais livros por dois motivos:
1º - Deus é o seu próprio autor, apesar de ter sido escrita por homens.
2º - É a revelação escrita de Deus aos homens.

B. TEMA CENTRAL
O tema central da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, é a redenção do homem através de Cristo
Jesus.
No momento que o homem pecou contra Deus no Éden, Ele ali mesmo providenciou a salvação do
homem. (Gn 3.15).
Nos livros do Antigo Testamento encontra-se a promessa dessa redenção e a revelação da
promessa de Deus de Salvação do homem através de um redentor - Jesus Cristo. Todos os profetas
trouxeram à nação de Israel e a todos os homens pecadores a promessa de Salvação. Os Salmos de
Davi claramente falam de um Redentor que haveria de vir.
No Novo Testamento inicia com o nascimento de Cristo - o Messias prometido. No Novo
Testamento são realizadas as promessas feitas no Antigo Testamento.
Quando Cristo morreu na cruz do Calvário e ressuscitou ao terceiro dia, consumou a obra da
salvação do homem. Portanto, Jesus Cristo é o grande tema de toda a Bíblia.

C. ESCRITORES E DURAÇÃO
A Bíblia é um verdadeiro milagre. Levou cerca de 16 (dezesseis) séculos para ser escrita e cerca de
40 diferentes pessoas, de diferentes épocas, línguas, costumes, lugares, circunstâncias e posições a
escreveram. Apesar de tudo isso, ela possui um só tema central e constitui uma revelação sem
contradições.

D. GENUINIDADE E AUTENTICIDADE
Um livro genuíno é aquele que se acredita ter sido escrito realmente por aquele a quem se atribui a
autoria. A Igreja Cristã em todos os seus registros afirma que foram os profetas e os apóstolos que
escreveram a Bíblia.
Um livro é considerado autêntico quando os fatos nele narrados se deram como realmente estão
relatados. A História e as descobertas arqueológicas modernas atestam a veracidade dos fatos
narrados na Bíblia.
“Temos uma prova ocular de que a Bíblia existe. Ela foi escrita por alguém; se não foi por aqueles
cujos nomes ela menciona, difícil se4 torna saber-se quem foi então.
Não é provável que homens ímpios tivessem produzido um livro como a Bíblia, que os está
condenando sempre .” (Rev. Amos Binney - Compêndio de Teologia - Ed. Nazarena. Pág. 24,25).

CEFORTE 1
INTRODUÇÃO BÍBLICA
REVELAÇÃO

II. REVELAÇÃO
Revelação é a ação de Deus, o criador, fazendo-se conhecido aos homens e comunicando-lhes os
seus propósitos, uma vez que o homem sozinho jamais poderia chegar a um conhecimento pleno e
perfeito de Deus. Dn 12.8 e I Pe 1.10,11.

1. Revelação Geral:
“É o descortino que Deus faz de si mesmo para todos os homens na natureza, na constituição da
mente e no progresso da história humana.” ( H. Orton Wilei e Paul Culbertson, Introdução à Teologia
Cristã, Ed. Nazarena. Pág. 45.
a) Revelação através da Natureza:
“Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos ...”(Sl 19.1-6).
O Salmo 19 inteiro mostra atributos de Deus que podemos conhecer através da natureza. A natureza
é mostrada na Bíblia como uma revelação prática de Deus. Quando se observa as maravilhas da
natureza, o céu infinito e as leis que mantêm o universo em equilíbrio perfeito, percebe-se que eles
estão cheios do Espírito Divino, revelando um certo conhecimento sobre a existência de Deus. Em
Romanos 1.20, Paulo diz que nenhum homem pode dizer que não conhece nada sobre Deus, pois
tanto “o atributo invisível de Deus, como seu eterno poder e assim também a sua própria divindade,
claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebido por meio das coisas que
foram criadas”. O mundo pagão pode chegar a um certo conhecimento sobre Deus através da
natureza, porém só quando o homem é renovado pelo Espírito de Deus é que a revelação de Deus na
natureza torna-se mais clara, mais completa e cheia de significado e bênçãos.

b) Revelação através da Consciência:


Deus também se revela através da consciência do homem. Em Romanos 2.14-15, Paulo declara
que “os gentios não têm lei (a lei do Antigo Testamento), procedem por natureza de conformidade com
a lei, não tendo lei, servem ele de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada nos seus
corações, testemunhando-lhes também a consciência, e os seus pensamentos mutuamente
acusando-se ou defendendo-se .”Dessa forma, percebe-se que o homem através da sua consciência
possui a capacidade de estabelecer julgamentos morais de seus atos realizado, isto é possível porque
Deus se revela a todos os homens nos conflitos de sua existência moral. Deus fala no mais recôndito
da alma humana. Essa voz é o trabalho do Espírito Santo na consciência do homem, revelando, de
alguma forma, “que o sentido de obrigação em fazer o bem e rejeitar o mal reflete a vontade de um
Senhor a quem devemos em última análise prestar contas.”

c) Revelação Deus na História:


Deus é o Senhor da História. Todos os acontecimentos através da história humana revelam que por
trás deles estão os planos de Deus. “Isto não quer dizer que a atividade volitiva dos homens em
determinar o desenvolvimento histórico fique fora de consideração. Mas, em adição ao elemento
humano, há a presença Diretora, a Vontade Autorizada por detrás de cenário humano.” (Wiley e
Culbertson - Ibden).

2. Revelação Especial:
A revelação especial demonstra como Deus se fez conhecido de forma mais completa e perfeita,
com clareza e plenitude através da Bíblia e da vida e obras de Jesus Cristo.

a) A Bíblia - a Palavra de Deus:


A Bíblia contém e é a Palavra de Deus. Ela é a forma material da revelação escrita de Deus. “Ela
ocupa uma posição intermediária entre a revelação parcial de Deus na natureza e a revelação especial
perfeita de Deus em Cristo - a Palavra pessoal” (Wiley e Culbertson - Ibden).
Deus não se revelou de uma só vez ao homem, esta revelação de si mesmo, de sua vontade e de
seus propósitos foi gradativa e progressiva.
“Temos que observar, quanto à revelação especial, que Deus começou a se revelar “de muitas
maneiras” (Hb 1.1.) através de todo o Antigo Testamento, até que, na plenitude dos tempos, mandou
seu filho Jesus Cristo (Hb. 1.1).
Quando Cristo retornou ao céu e enviou o Espírito Santo, Deus revelou outras coisas que se
encontram registradas no Novo Testamento. O último livro da Bíblia, o Apocalipse, encerra a revelação
de Deus aos homens. (Ap 22.18,19)
Tudo que o homem precisa saber sobre Deus e seus propósitos estão revelados na Bíblia. Por isso
já não há mais profetas e profecias como nos tempos do Antigo Testamento. A revelação de Deus
completa-se nas páginas da Bíblia.
INTRODUÇÃO BÍBLICA
REVELAÇÃO

O Novo Testamento é uma extensão e complementação do Antigo Testamento. Tudo o que Deus
começou a revelar desde os tempos do Antigo Testamento completou-se e cumpriu-se no Novo
Testamento. A revelação foi gradativa e progressiva, inicia no Gênesis e termina no Apocalipse.”
(George Hansen. Introdução à Bíblia. Pág. 31).
Deus foi revelando-se aos poucos, gradualmente. Por exemplo, a revelação sobre Jesus, o
Salvador e Redentor. Em gênesis 3.15, há a primeira referência sobre a vinda do Salvador, indicando
que ele iria derrotar Satanás e as forças do mal. Séculos mais tarde, Isaías transmite a revelação de
Deus sobre a morte de Jesus Cristo (Is 53.4,11). Percebe-se que o nível de conhecimento vai
aumentando gradativamente, até tornar completa com a morte e ressurreição de Jesus, prosseguindo
até a sua manifestação gloriosa relatada em Apocalipse. À medida que o homem foi tornando mais
maduro e progredindo no conhecimento de Deus, progressivamente Deus foi-se revelando um pouco
mais, até completar-se em Jesus, que é a “expressão exata do seu ser.” (Hb1.1-4).

b) Jesus Cristo - a Revelação Perfeita de Deus:


Jesus Cristo é o Verbo (Logos) de Deus que “se fez carne e habitou entre nós.” (Jo 1.1,14). Este é
o centro e a plenitude de toda revelação divina, Deus revelado na pessoa de Jesus Cristo, verdadeiro
Deus e verdadeiro homem. Há várias passagens a respeito deste assunto: I Tm 3.16 dia que “Deus
manifestado em carne”; Is 40.5 “e a glória do Senhor será revelada”; Jo 1.18 “Ninguém jamais viu a
Deus: o Deus unigênito, que está no seio do pai, é quem o revelou”; Jesus é a revelação última do Pai
“Quem me vê a mim, vê o Pai” (Jo 14.9). A Bíblia é a Palavra de Deus escrita, Jesus é a palavra de
Deus viva. Quando conhecemos a Jesus, conhecemos o Pai.
Como já nos referimos no início deste estudo: Jesus Cristo é o grande tema central da Bíblia.
“Tomando Jesus como o centro da Bíblia, podemos resumir os 66 livros em cinco palavras referentes a
Ele, assim:
1º - Preparação - todo Antigo Testamento, pois trata da preparação para o advento de Cristo. São as
promessa de Deus referentes ao Salvador, o Messias.
2º - Manifestação - Os Evangelhos que tratam da manifestação de Cristo. Narram sua vida, do
nascimento até a ascensão, mostrando suas pregações, obras e milagres.
3º - Propagação - O livro de Atos que trata da propagação de Jesus. Através do Apóstolo e discípulos
houve grande expansão do evangelho no mundo conhecido da época.
4º - Explanação - As Epístolas, que são a explanação da doutrina de Cristo.
5º - Consumação - O livro de Apocalipse que trata da consumação de todas as coisas preditas, por
meio de Jesus Cristo.” (Dr. C.I. Scolfild).
Portanto, Jesus e a Bíblia se completam. Jesus, o verbo de Deus encarnado, é conhecido por meio
da palavra escrita de Deus, que é a Bíblia.
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INSPIRAÇÃO

III. INSPIRAÇÃO
O termo “inspiração divina” deriva de uma palavra grega (Θεοπνευστος - Theopneustos) que significa
literalmente “o respirar de Deus” ou “o soprar de Deus”. Este sopro é a influência sobrenatural DO
Espírito Santo de Deus sobre os escritores sagrados, razão pela qual os seus escritos têm perfeita
validade e sem contradições. (Jó 32.8; II Tm 3.16; II Pe 1.21).
As seguintes afirmações dos escritores sagrados: “Assim diz o Senhor”, “A Palavra de Deus veio”
que ocorrem mais de duas mil vezes na Bíblia, mostram que os escritores falaram movidos pelo
Espírito Santo de Deus.
“A necessidade de inspiração decorre da natureza dos assuntos que as Escrituras revelam. Há
verdades, como as que se referem à criação e aos tempos anteriores ao dilúvio, que se não poderiam
conhecer exceto por meio de inspiração especial.” (Wiley e Culbertson - Ibden).

1. Teorias sobre a Inspiração da Bíblia:


a) Mecânica ou Ditada:
Esta teoria “nega a inspiração do escritor e aceita somente a inspiração dos escritos, ao passo que
as Escrituras ensinam claramente que ‘homens santos falaram sendo inspirados pelo Espírito Santo”
(II Pe 1.21). (Wiley e Culbertson - Ibden).. Afirma ainda que o escritor escreveu a[penas aquilo que
Deus ditou, sem envolver o estilo, e sem qualquer noção de mente e raciocínio muito próprio em todos
os escritores sagrados.

b) Parcial:
Esta teoria “ensina que algumas partes da Bíblia são inspiradas, outras não; que a Bíblia não é a
Palavra de Deus, mas apenas contém a Palavra de Deus.” (Antônio Gilberto, A Bíblia através dos
Séculos). Também afirma que “a inspiração se estende somente aos ensinos e preceitos doutrinais, às
verdades desconhecidas pelos autores humanos.”(Dr. Lewis S. Chafer - Teologia Sistemática). A
Bíblia, porém, afirma em II Tm 3.16 que “Toda Escritura é inspirada por Deus”. Veja Mc 7.13; Jo 16.12;
Ap 22.18,19.

c) De conceito (idéias) e não de palavras:


Esta teoria diz que Deus inspirou as idéias, mas deixou o escritor sagrado livre para expressar
essas idéias com suas próprias palavras, ou seja, a idéia, o conceito é inspirado a palavra não. Como
uma idéia ou pensamento só pode ser expressado por palavras, logo as palavras também são
inspiradas. Veja I Co .13; Hb 1.1; II Pe 1.21.

d) Natural (da intuição humana):


Esta teoria nega o lado sobrenatural das Escrituras e exalta o conhecimento sobrenatural do
homem, elevado a um plano mais alto de conhecimento. Afirma que a Bíblia foi escrita por “homens
com uma percepção espiritual tão excepcional que, devido aos seus dons inatos, puderam escrevê-la.”
No entanto, os escritores sagrados afirmam que era Deus quem falava através deles. Veja II Sm 23.2;
Atos 1.16; Jr 1.9; Ed 1.1; Ez 3.16-17; Atos 28.25.

e) Comum ou Grau de inspiração:


Esta teoria afirma que algumas partes da Bíblia são inspiradas em maior grau que outra, “a
inspiração dos escritores da Bíblia não admitem graus. O escritor era ou não era inspirado”. (Antônio
Gilberto, A Bíblia através dos Séculos).

f) Plenária ou Verbal:
Esta teoria é a doutrina tradicional da igreja e a que ensinaram tanto Cristo como os seus
apóstolos. Ela ensina que a Bíblia em sua totalidade, em todas as suas partes são inspiradas. “Houve
uma cooperação vital e contínua entre os escritores sagrados e o Espírito Santo de Deus que os
capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras do seu vocabulário, porém
sob uma influência tão poderosa do Espírito Santo, que o que eles escreveram foi a Palavra de Deus.”
(Antônio Gilberto, A Bíblia através dos Séculos).

2. Três fatores muito importantes na doutrina da Inspiração:


a) O Espírito Santo: Foi ele quem inspirou os escritores sagrados. Ele é o autor da inspiração. Por
isso os escritos são sem erros ou enganos. ‘algumas vezes a inspiração do espírito santo se deu na
seleção ou escolha do que devia ser registrado. O apóstolo João selecionou certos acontecimentos da
vida de cristo para formar o quarto evangelho (Jo 20.30-31). A inspiração aqui é associada com a
seleção de material. O evangelho de João contém verdades selecionadas, entre outras verdades.
INTRODUÇÃO BÍBLICA
INSPIRAÇÃO

Outras vezes ‘inspiração’ significa apenas a garantia de um registro certo. Achamos na Bíblia
palavras ditas pelo próprio diabo. as palavras do diabo não são palavras de verdade, mas temos
certeza de que ele as proferiu, pois temos garantia do que aí está registrado.
É o mesmo das palavras dos amigos de Jó. Não são palavras de deus mas de homens, e, portanto
imperfeitas. Mas a Bíblia traz um registro exato das palavras, pois tudo o que está escrito nela foi
inspirada pelo Espírito Santo.’’ (Dr. Lewis Sperry Chafer Ibden).

b) O Escritor Sagrado: “Os escritores sagrados foram homens usados por Deus como instrumentos
para nos comunicar um conhecimento dEle e de Seus propósitos.” (Dr. Lewis Sperry Chafer Ibden).
Mesmo sendo usados por Deus como instrumento, cada escritor sagrado conservou a sua própria
personalidade, seu estilo como resultado de sua própria cultura. Daí a grande diversidade de estilos
encontrados na Bíblia. No entanto, sabiam que aquilo que estavam escrevendo não era deles
próprios, mas vinha de Deus.
Os escritores foram homens ligados a diversas atividades humanas. Moisés foi príncipe e legislador
e um grande general. Josué foi um grande comandante. Davi e Salomão foram reis e poetas. Isaías,
além de profeta, foi um grande estadista. O profeta Amós foi um boiadeiro. No seu livro encontramos
muitos exemplos e referências às coisas do campo tais como: relva, gado, capim, vacas, etc (Amós
4.1). Daniel foi chefe de Estado. Pedro, Tiago e João eram pescadores. Lucas era médico, daí o
caráter investigador mencionado no seu evangelho (Lc 1.13). Mateus era funcionário público. Paulo
era um homem erudito e teólogo. Dessa forma, percebe-se que o homem foi o instrumento que Deus
usou para revelar-se aos homens, e através da inspiração do Espírito santo, o homem escreveu
mensagem de Deus utilizando os seus próprio recursos humanos.

c) A Bíblia (As Escrituras Sagradas): A Bíblia é o resultado da combinação dos elementos humano
e divino, possui autoridade divina mas também possui a expressão humana. O Dr. Basil Manley a
respeito deste assunto diz que:
1º - A Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus, tendo tanto a verdade infalível como a autoridade
divina em tudo o que afirma e ordena.
2º - A Bíblia é verdadeiramente uma produção humana. Isto é comprovado por todas as evidências de
origem humana que mostram claramente como qualquer outro que tenha sido escrito por homens.
3º - Esta dualidade de autor se estende a cada parte das escrituras e à linguagem assim como às
idéias gerais que são expressadas”. (Dr. Lewis Sperry Chafer Ibden).

3. Testemunhos da Inspiração Bíblica:


a) Testemunho da Bíblia:
A própria Bíblia testifica que ela é a Palavra de Deus. O Antigo Testamento está cheio de
referências a respeito da inspiração divina: Dt 34.10, diz que Deus falou com Moisés e tratou com ele
“face a face”. Lendo o Antigo Testamento nenhuma palavra aprece com mais freqüência do que estas:
“Veio a mim a apalavra de Deus”. Em II Sm 23.2, o rei Davi declara ter recebido uma inspiração divina:
“o Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está em minha língua.” Todos os
profetas deram mensagens convictos de que suas palavras eram inspiradas pelo Espírito Santo de
Deus.

b) O Testemunho de Jesus Cristo:


Diversas vezes Jesus declarou em seus discursos que o Antigos Testamentos possuía autoridade
divina. Ele fez várias citações tanto do Pentateuco como de Salmos, de Isaías, de Zacarias e
Malaquias. Em Lc 24.44-45. Ele reconhece a divisão das Escrituras hebraica: A lei, Os Profetas e os
Salmos. Declarou que o Antigo Testamento era a Palavra de Deus, pois ela dava testemunho a
respeito dele. Veja as seguintes referências: Mt 15.3,6; Lc 18.31; 24.27; 24.44; 4.16-20; Jo 10.35;
17.17; Mc 7.13; 12.35,36. Na tentação Jesus usou as palavras do Antigo Testamento. Dt 6.13,16; 8.3.
Quanto ao Novo Testamento Jesus antecipadamente declarou que ele iria ser também inspirado por
Deus, porque era “O Espírito Santo ... vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto
vos tenho dito.”(Jo 14.26). Veja também Jo 16.13,14.

c) O Testemunho dos Apóstolos:


Os apóstolos muitas vezes em seus escritos declaram ser as Escrituras inspiradas por Deus. A
apóstolo Paulo freqüentemente fez citações do Antigo Testamento em suas epístolas. Em II Tm ele
declara que: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra.” Pedro também atestou a inspiração divina das Escrituras quando no
INTRODUÇÃO BÍBLICA
INSPIRAÇÃO

dia de Pentecostes declarou: “Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo
proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a
Jesus.” (Atos 1.16).
“Os apóstolos também estavam seguros de que suas próprias mensagens eram do Senhor Jesus
Cristo e dadas pelo Espírito santo.” (Wiley e Culbertson - Ibdem). Tanto as revelações feitas pelos
profetas do Antigo Testamento como pelos apóstolos no Novo Testamento são colocados no mesmo
nível de inspiração e autoridade. (II Pe 3.2). Pedro classifica os escritos do apóstolo Paulo como as
“demais Escrituras”, ou seja, coloca as epístolas de Paulo no mesmo nível de autoridade do restante
das Escrituras. Veja Gl 1.16; Ef 3.3; I Co 2.12-13; I Jo 2.20; Ap 1.10; 22.6.
INTRODUÇÃO BÍBLICA DIVISÕES DA BÍBLIA

IV - DIVISÕES DA BÍBLIA

A - A BÍBLIA HEBRAICA
Chamamos de Bíblia Hebraica ao conjunto de livros sagrados que estavam sendo usados no tempo
de Jesus, correspondendo ao nosso Antigo Testamento e está dividida em três partes: A Lei
(Pentateuco), Os Profetas e os Escritos (Hagiógrafos).
1 - A Lei - também conhecida como Pentateuco que quer dizer cinco livros. Os livros da Lei incluem os
cinco primeiros livros do nosso Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio.
2 - Os Profetas - Esta Segunda divisão é formada pelos livros escritos pelos profetas. Os Profetas
dividem-se em Profetas Anteriores, (formado pelos livros de : Josué, Juízes, Samuel e Reis) e Profetas
Posteriores, (formado pelos livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores).
3 - Os Escritos ou Hagiógrafos - Os livros pertencentes a esta terceira divisão foram escritos por
homens que não eram profetas. Eram divididos em: Livros Poéticos, (formado pelos livros de Salmos,
Provérbios e Jó); Os Cinco Rolos, (formado pelos livros de: Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes
e Ester) e Livros Históricos, (formado pelos livros de Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas).
Em Mateus 5.17 e 22.40, Jesus refere-se às duas divisões da Bíblia Hebraica: A Lei e Os Profetas.
Como pode-se observar a divisão dos livros da Bíblia Hebraica é diferente da do nosso Antigo
Testamento.

B - O ANTIGO TESTAMENTO
Em nossa Bíblia está divido em cinco partes: Os Livros da Lei, Os Livros Poéticos, Profetas Maiores
e Profetas Menores, somando um total de 39 livros.
1 - Livros da Lei (Pentateuco) - Tanto na Bíblia Hebraica como no antigo Testamento são
chamados livros da Lei, porque neles se encontram as principais leis e mandamentos que Deus deu
ao seu povo Israel através de Moisés. Os livros são iguais aos da Bíblia Hebraica: Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio.
2 - Livros Históricos - Formado por Josué, Juízes, Rute, I-II Samuel, I-II Reis, I-II Crônicas, Esdras,
Neemias e Ester. São assim chamados porque narram a história de povo de Israel até
aproximadamente 400 anos antes de Cristo.
3 - Livros Poéticos - São assim chamados porque foram escritos em forma de poesia. A poesia
hebraica é diferente da nossa, pois não possui métrica nem rima, só podendo ser percebida nos
originais hebraicos. Constituem esta divisão os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares
e Lamentações de Jeremias.
4 - Profetas Maiores - formado pelos livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. São assim
chamados por serem mais longos que os demais livros proféticos.
5 - Profetas Menores - Formado pelos livros de Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habcuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. São assim chamados por serem menos longos que
os demais livros proféticos.

C - O NOVO TESTAMENTO
Está dividido em quatro partes: Os Evangelhos, Atos dos Apóstolos, As Cartas (Paulinas e Gerais)
e Apocalipse. Num total de 29 livros.
1 - Os Evangelhos - Formado pelos livros de Mateus, Marcos, Lucas e João. Neles encontra-se
narrada a vida de Cristo.
2 - Atos dos Apóstolos - É chamado de Atos porque narra a história dos apóstolos e do início da
Igreja Cristã. Constituindo-se dessa forma um livro histórico.
3 - As Cartas - Grande parte dessas cartas foram escritas pelo Apóstolo Paulo, as demais foram
escritas por Pedro, Tiago, João e Judas.
a) Epístolas Paulinas: Romanos, I-II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I-II
Tessalonicenses, I-II Timóteo, Tito e Filemon.
b) Epístolas Gerais (Universais): Hebreus, Tiago, I-II Pedro, I-II-III João e Judas.
4. Apocalipse - Trata da revelação das coisas futuras.

Nota:
A Divisão da Bíblia em Capítulos e Versículos.
O texto original na Bíblia não era dividida em capítulo e versículos. A divisão em capítulos foi feita
em 1250 d.C, pelo cardeal Hugo Saint Cler, abade dominicano e estudioso das Escrituras. A divisão
INTRODUÇÃO BÍBLICA DIVISÕES DA BÍBLIA

em versículo foi feita em duas etapas, a primeira foi a do Antigo Testamento, feita pelo Rabi Nathan,
em 1445 d.C. A Segunda foi a do Novo Testamento feita por Robert Stevens, em 1551. A publicação
da Bíblia completa foi feita pela primeira vez com os capítulos e versículos, em 1555, também por
Robert Stevvens.
INTRODUÇÃO BÍBLICA LÍNGUAS ORIGINAIS - MANUSCRITOS E VERSÕES

V - A BÍBLIA - LÍNGUAS ORIGINAIS - MANUSCRITOS E VERSÕES


O vocábulo Bíblia vem do grego (língua em que foi escrito originalmente o Novo Testamento)
“Bíblos” que primitivamente significava entrecasca de papiro preparado para receber escrita. Um rolo
pequeno ou lâmina de papiro pequena era chamado “Biblion”; vários “biblions” eram chamados de
“Bíblia” daí o termo significar literalmente “uma coleção de livros pequenos”. O vocábulos foi aplicado
pela primeira vez às Sagradas Escrituras, no Século IV a. D. por João Crisóstomo, patriarca de
Constantinpla.
A Bíblia, no entanto, registra vários nomes que ela dá a si mesma, tais como:
a) Escrituras - Mt 21.42
b) Sagradas Escrituras - Rm 1.2
c) Livro do Senhor - Is 34.16
d) A Palavra de Deus - Mc 7.13; Hb 4.12
e) Os Oráculos de Deus - Rm 3.2.

A. AS LÍNGUAS ORIGINAIS
A Bíblia foi escrita em três línguas originais: O Hebraico, o Aramaico e o Grego. Há, no entanto, no
Antigo Testamento alguns trechos em outros idiomas.

1. O Hebraico ou Judaico: Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico com exceção de
algumas passagens escritas em aramaico nos livros de Esdras, Daniel e Jeremias., O hebraico era a
língua falada pelos habitantes de Canaã, mesmo antes de Abraão. E era também a língua oficial dos
israelitas. Porém, por causa do cativeiro assírio (722) e do babilônico (607) os hebreus deixaram de
falar a língua hebraica e adotaram a aramaica (siríaco-caldaica). Embora tenham sido absorvida pelo
aramaico, o hebraico continuava a ser a língua oficial dos eruditos, do culto, do templo e dos rolos
sagrados que comumente eram escritos nesse idioma.
O Alfabeto é composto de 22 letras, mais ou menos de forma quadrada, todas consoantes;
primitivamente eram empregadas apenas consoantes, sem qualquer sinal de vocalização, porém no
decorrer do tempo, apareceram os sinais vocálicos, colocados em cima, embaixo e dentro das
consoantes, esse sistema foi inventado pelos massoretas como forma de fixarem a pronúncia
tradicional do hebraico. Assim como a maioria das línguas semíticas, o hebraico lê-se da direita para a
esquerda.

2. O Aramaico. Conhecido também como siríaco-caldaico: Esse idioma semita era falado em Arã ou
Síria desde 2000 a.C. Os trechos do Antigo Testamento que foram escrito nesta língua devem-se,
possivelmente ao cativeiro assírio (Israel) e babilônico (Judá).
O Aramaico influenciou profundamente o hebraico a tal ponto que quando Israel retornou do
cativeiro tanto da Síria como da Babilônia falavam apenas o aramaico. Ne 8.5,8.
Essa lera a língua falada na época de Jesus. Ele, os apóstolos bem como os irmãos da Igreja
Primitiva falavam o aramaico.
Cerca de 1000 a.C. era a língua internacional do comércio ao longo das rotas comerciais do
Oriente.
Há uma tradição antiga que afirma ter sido o Evangelho de Mateus escrito integralmente em
aramaico.

3. Grego: Língua original dos 27 livros do Novo Testamento. (Com exceção de Mateus que alguns
acreditam ter sido escrito em aramaico.)
Não era o grego clássico e sim o KOINÉ, a língua popular, do homem simples, do comércio, já o
clássico era o da filosofia, dos eruditos, da arte e da ciência.
Era a língua mundial entre aproximadamente 300 a.C. até 300 d.C, o que facilitou a divulgação do
evangelho no mundo conhecido da época, uma vez que todos falavam, escreviam ou entendiam o
grego.
Das línguas originais bíblicas é a mais conhecida e de expressão muito precisa e que mais se
assemelha ao português. O Alfabeto é ocidental, composto de 24 letras, provenientes dos fenícios.
A influência do grego foi tamanha que se impôs até mesmo no Egito, onde foi necessário fazer uma
tradução da Bíblia do hebraico para o grego - a chamada Septuaginta, cerca de 285 a.C. No tempo de
Jesus, os judeus entendiam e falavam tanto o grego como o hebraico. Os livros do Novo Testamento
eram escritos em grego e as pregações também eram feitas em grande parte neste idioma.
B. MANUSCRITOS
Manuscritos são rolos ou livros da literatura antiga, escritos à mão em papiro ou pergaminho. O
texto da Bíblia foi preservado e transmitido mediante os seus manuscritos.
INTRODUÇÃO BÍBLICA LÍNGUAS ORIGINAIS - MANUSCRITOS E VERSÕES

Papiro é uma planta aquática que cresce junto aos rios. As tiras, entrecascas, eram extraídas do
papiro 4e coladas de forma sobrepostas, prensadas e depois polidas para receberem a escrita. Êx 2.3;
Jó 8.11; Is 18.2. A palavra papel deriva dessa palavra.
Pergaminho era feito de pele de animais que depois de curtida era polida para poder receber a
escrita. Era melhor que o papiro e de uso bem mais recente, remonta os primórdios da era cristã. II Tm
4.13.
A Bíblia foi escrita originalmente em rolos, de forma que cada livro constituía um rolo, e não
estavam unidos uns aos outros como estão agora. Até a invenção da imprensa por Gutemberg em
1450, tudo era feito manuscrito, através de um trabalho lento, dispendioso e trabalhoso dos escribas.
“Cuidado redobrado havia com a escrita dos livros sagrados. Devemos ser sumamente agradecidos
aos judeus por seu cuidado extremo na preparação e preservação dos manuscritos do Antigo
Testamento. Aqui estão algumas regras que eles exigiam de cada escriba. O pergaminho tinha de ser
preparado de peles de animais limpos. A tinta era especialmente preparada. O escriba não podia
escrever uma só palavra de memória. Tinha de pronunciar bem alto cada palavra antes de escrevê-la.
Tinha que limpar a pena com muita reverência antes de escrever o nome de Deus. As letras e as
palavras eram contadas. Um erro numa folha inutilizava-a, três erros numa folha inutilizavam todo o
rolo.” (Antônio Gilberto, A Bíblia através dos Séculos).
Os manuscritos originais dos livros do Antigo Testamento perderam-se. O que há hoje em dia são
apenas cópias dos manuscritos originais. Os manuscritos mais antigos que temos da Bíblia hoje em
dia são aqueles encontrados nas cavernas do Mar Morto, entre os anos de 1947 e 1955. Também são
chamados de “manuscritos de Qumra’, pelo fato de vários desses manuscritos terem sido encontrados
na região de Qumran.

1. Os Copistas Bíblicos:
Copistas eram homens que faziam cópias das Escrituras Sagradas a partir dos manuscritos
originais. Esse trabalho era feito a mão com o máximo cuidado e zelo extremado. No entanto, apesar
de todo cuidado e zelo, cometiam certos erros tais como: esquecia de copiar uma palavra ou escrevia
uma letra a mais, ou colocava uma palavra numa linha errada, ou acrescentava uma palavra , ou
trocava uma apalavra ou letra; esses erros, porém, não alteraram a mensagem dos livros.
A Crítica Textual, chamada de Baixa Crítica, preocupa-se com a reconstrução dos textos bíblicos
originais, procurando corrigir os erros das cópias feitas pelos copistas.
Obs. A Baixa Crítica diferencia-se da Alta Crítica, pois esta se preocupar com as questões de
autoria, data, e composição dos livros da Bíblia.
A ciência não é nova, pois desde Esdras já havia a preocupação de corrigir os erros nas copias dos
manuscritos, feitas pelos copistas.

1.1. Os Soferins:
Soferim é uma palavra hebraica e está no plural. Eram escribas versados nas leis de Deus e nas
tradições dos judeus. Eles copiavam os textos das Escrituras, revisavam-nos e davam a sua
interpretação. As suas atividades tiveram início cerca de 400 anos a.C. quando Esdras organizou um
grupo de escribas para cuidarem do texto das Escrituras Sagradas, e continuaram até cerca de 200
anos d.C.
Um dos métodos mais simples que os soferins usavam para verificar se a cópias de um
determinado livro estava correta era: anotavam no fim de cada livro o número de palavras e letras.
Dessa forma, cada cópia deveria ter o mesmo número de palavras e letras que no original. Caso
contrário a cópia estava errada.

2.2. Os Massoretas:
Os massoretas, palavra derivada de “massorah” quer dizer tradição, eram um grupo de homens
preocupados com a Crítica Textual. Surgiu pelo ano de 500 d.C. e existiram até 950 d.C. Esses
homens criaram um sistema de acentos que fixavam o significado de cada palavra, sua pronúncia, a
cadência exata para a recitação nas sinagogas, e a conexão entre palavras. Com o sistema de
acentos, preservaram por escrito a tradição das vogais, inexistentes nos manuscritos originais, e
acentos hebraicos e corrigiam muitos erros, já mencionados anteriormente, dos copistas.
Os judeus Moses Bem Arsher e seus filhos Arão e Naftali são os mais famosos eruditos dos
massoretas.
Os manuscritos do Antigo Testamento existentes no início da era cristã foram considerados como
verdadeiros e autorizados pelo Senhor Jesus Cristo e pelos apóstolos. Por isso, pode-se afirmar que
as cópias do antigo Testamento hebraico existentes hoje foram preservados com alto grau de
exatidão.
INTRODUÇÃO BÍBLICA LÍNGUAS ORIGINAIS - MANUSCRITOS E VERSÕES

Há, portanto, hoje dois tipos de textos em hebraico: o massorético e o Pentateuco Samaritano, que
emprega antigas caracteres hebraicos, e é pré-cristão.

C. VERSÕES
Há muitas versões das Sagrada Escrituras para diferentes línguas, antigas e modernas. As
principais traduções são: A Septuaginta (LXX), tradução para a língua grega e a Vulgata versão para a
língua latina.

1. A Septuaginta (LXX):
Esta foi a primei9ra tradução completa do Antigo Testamento do original hebraico. Recebe este
nome devido ao número de pessoas (72) que fizeram a tradução. Foi feita no Egito, na ilha de Faros,
por judeus que viviam na cidade de Alexandria. Visava especialmente os judeus que haviam
esquecido o hebraico e falavam apenas o grego. Logo ela tornou-se muito conhecida e difundida entre
as nações daquela época. Deve-se a ela também a classificação por assunto como temos hoje no
Antigo Testamento: a Lei, Os livros Históricos, os Poéticos e os profetas. Esta tradução é ainda hoje
usada na Igreja Grega.

2. A Vulgata:
Recebe este nome porque “Vulgata” vem do latim “vulgos” que quer dizer povo. Foi feita por
Jerônimo, considerado o homem mais sábio do seu tempo, foi encarregado pelo Bispo de Roma
Dâmaso para fazer a tradução da Bíblia para o latim, a versão foi feita entre 387 e 405 A.D. num
mosteiro em Belém. Jerônimo tinha 60 anos quando iniciou a tradução. Durante a Idade Média tornou-
se a Bíblia mais usada pela Igreja do Ocidente, e em 1546 foi decretada como a Bíblia oficial da Igreja
Católica Romana no concílio de Trento. Foi também ela o primeiro livro impresso no mundo. Quase
todas as outras versões da Bíblia tiveram como base a Vulgata.

3. Outras versões importantes:


a) Versões Inglesas:
A Inglaterra foi a primeira nação a ter a Bíblia em sua própria língua. A primeira versão para a
língua inglesa foi feita por John Wycliff, em 1380. Foi uma tradução da Vulgata. John Wycliff morreu
antes de concluir a tradução do Antigo Testamento. Seus auxiliares completaram o resto que faltava.
Depois de morto, Wycliff teve seu túmulo aberto por ordem do papa e seus ossos foram queimados e
as cinzas lançadas no rio Swift.
A segunda tradução foi feita por Willian Tindakle, tendo publicado o Novo Testamento em 1526.
Tindale morreu antes de concluir a tradução do antigo Testamento. Foi estrangulado e queimado pelos
católicos romanos em 1536. Esta tradução foi feita diretamente das línguas originais e também foi a
primeira Bíblia impressa em Inglês.
No entanto, a tradução mais popular e preferida dos povos de fala inglesa é a versão feita sob a
direção do King James I (Rei Tiago), rei da Inglaterra. Logo que subiu ao trono, ele nomeou 54
homens distintos por seu talento e piedade para prepararem uma nova versão da Bíblia, porém só 47
tomaram parte definitivamente. De todas as versões modernas esta tem sido considerada como a mais
fiel e exata.
Devido a alguns erros, um grupo de sábios ingleses e norte-americanos fizeram uma revisão dessa
versão, publicada em 1881 o Novo Testamento e em 1885 o Antigo Testamento. É chamada de
Versão Revisada.

b) Versão Portuguesa:
A primeira versão em português das Sagradas Escrituras foi feita por João Ferreira de Almeida. Ele
era ministro da Igreja Reformada Holandesa e traduziu totalmente o Novo Testamento, porém o Antigo
Testamento foi só até Ezequiel 48.21, tendo Jacob Opdem Akker completado o resto da versão. A
versão de Almeida teve como base as línguas originais: o grego e o hebraico, línguas que ele
aprendeu depois de convertido. Morreu em 1691, e a Igreja Católica Romana o queimou em estátua,
em Goa. O Antigo Testamento foi publicado em 1753 na Holanda. O Novo Testamento saiu primeiro,
foi publicado em 1681. Só em 1819 é que a Bíblia completa, em português, foi publicada pela primeira
vez pela Sociedade Bíblica Britânica. Portanto, como se vê, a única e fiel tradução da Bíblia para o
português foi feita por protestantes e publicada no estrangeiro.
Após ser revisada em 1894 e 1925 a tradução de Almeida foi publicada em 1951 pela Imprensa
Bíblica Brasileira, recebendo o nome de Edição Revisada e Corrigida (ARC). De 1945 a 1955 um
grupo de 30 teólogos de várias denominações fizeram outra revisão. Usando o texto grego para o
Novo Testamento e o hebraico para o antigo Testamento, a comissão revisora publicou o Novo
INTRODUÇÃO BÍBLICA LÍNGUAS ORIGINAIS - MANUSCRITOS E VERSÕES

Testamento em 1951 e o antigo Testamento em 1959, recebendo o nome de Edição Revisada e


Atualizada (ARA). A publicação é da Sociedade Bíblica do Brasil.
A segunda versão em português é a do padre português Antônio Pereira de Figueiredo, publicou o
Novo Testamento em 1781 e o Antigo Testamento em 1790. Conhecedor profundo do Latim, fez a sua
versão da Vulgata. Apesar de primar pelo português, não passa em muitos lugares de péssima
paráfrase do original, além de ter “:notas” explicativas que desdizem o texto. Ela tem sido a base de
muitas edições das Sagradas Escrituras.
Á última versão é a do padre brasileiro Matos Soares, concluída em 1932, mas só publicada em
1946. Tornou-se logo a Bíblia preferida e a mais popular do povo católico brasileiro. A tradução
também foi feita da Vulgata, no entanto, carece de fidelidade, pelo fato de notar-se em Matos soares
idéias preconceituosas e tendenciosas.
INTRODUÇÃO BÍBLICA LIVROS APÓCRIFOS

VI - A FORMAÇÃO DO CÂNON DO ANTIGO E NOVO TESTAMENTOS


Cânon é o nome que se dá ao conjunto de livros divinamente inspirados e aceitos para servirem
como regra de fé e prática dos cristãos. Esta coleção de livros recebe o nome de Bíblia ou Escrituras
sagradas.
A palavra Cânon é de origem grega e significa literalmente vara reta de medir; tem também o
sentido de régua. No sentido bíblico significa um modelo, norma ou regra para julgar ou medir.
O processo de formação do Cânon da Bíblia teve duas fases, a primeira relativa ao Antigo
Testamento e a Segunda, ao Novo Testamento.

A - A FORMAÇÃO DO CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO


O processo de formação do Antigo Testamento não foi igual ao do Novo Testamento. No entanto,
em ambos, o Espírito Santo de Deus tanto inspirou os escritores sagrados a escreverem os livros
como também inspirou os judeus e a igreja a fazerem a seleção dos livros que deveriam fazer parte do
Cânon da Bíblia.
Os livros que formam o Cânon do Antigo Testamento foram escritos num espaço de mais de mil
anos. Vai desde Moisés, cerca de 1491 a.C., até Esdras, 445 a.C. Dessa forma, percebe-se que a
formação do Cânon foi gradual.
Moisés escreveu o Pentateuco, os Livros da Lei, concluindo-o cerca de 1451 a.C. Seus livros
sempre foram respeitados por todos e aceitos como divinamente inspirados. Por isso não houve
nenhuma objeção em aceitá-los como parte do Cânon.
Aos livros da Lei aos poucos foram sendo acrescentados outros livros, todos aceitos e
reconhecidos como inspirados por Deus. Josué (Js 24.26), I e II Samuel (I Sm 10.25); os Livros
Proféticos, os Escritos. Percebe-se, dessa forma, que a seleção dos livros que formam o Cânon do
Antigo Testamento foi aceito naturalmente, através da história do povo israelita.
Segundo a tradição judaica, coube a Esdras a tarefa de colecionar aqueles livros que eram
reconhecidos como inspirados. (Ed 7.6,10). Esdras não foi o último escritor sagrado do Antigo
Testamento, os últimos foram Neemias e Malaquias, mas a reunião dos rolos canônicos foi obra de
suas mãos. Esdras era escriba e sacerdote, foi contemporâneo de Neemias, e responsável pelas
reformas religiosas em Israel depois da volta do cativeiro babilônico.(Ne 8.1-5 e Ed 7.10,14). É
atribuído a ele também as três divisões: A Lei, Os Profetas e Os Escritos.
"A primeira menção que temos do Antigo Testamento como coleção completa data do ano 130 a.C.,
menciona a Lei, Os Profetas e Escritos." (Guilherme Keer, O Cânon do Velho Testamento, pág. 51).
Jesus e seus discípulos usaram vários nomes como: "As Escrituras", "Os Escritos", "A Lei e os
Profetas", "A Lei, Os Profetas e os Salmos", para designarem os livros que constituem o Cânon do
Antigo Testamento. Dessa forma, percebe-se que tanto Jesus como os apóstolos e escritores do Novo
Testamento consideravam esses livros como divinamente inspirados e com autoridade divina.

B - A FORMAÇÃO DO CÂNON DO NOVO TESTAMENTO


Ao contrário do Antigo Testamento que levou mais de mil anos para ser formado, os livros do Novo
Testamento foram escritos num curto espaço de tempo, mais ou menos 100 anos. As Epístolas de
Paulo foram os primeiros livros a serem escritos. Depois surgiram os Evangelhos e Atos, mais tarde
Hebreus e as Epístolas Gerais e o último livro a ser escrito foi Apocalipse, escrito no ano 96 d.C. A
ordem dos livros como temos hoje em nossas Bíblias não obedecem a ordem cronológica, ou seja a
ordem em que foram escritos, mas seguem a da Vulgata.
Aos poucos esses livros passaram a circular entre as primeiras igrejas, tornando-se tão importantes
na vida da Igreja que houve a necessidade de um reconhecimento canônico, para determinar quais os
escritos que eram divinamente inspirados, uma vez que estavam aparecendo vários escritos heréticos
e espúrios com a pretensão de serem inspirados por Deus.

1. Causas que levaram à formação do Cânon do Novo Testamento:


Três causas levaram o Igreja a preservar a integridade dos escritos inspirados e a formar o Cânon
do Novo Testamento:

a. O Cânon de Marcião:
O Cânon de Marcião foi o primeiro a ser feito, cerca de 144 A.D. Marcião era um líder religioso,
gnóstico e herege que por sua própria conta decidiu selecionar os livros do Novo Testamento que
deveriam ser considerados divinamente inspirados e por isso deveriam fazer parte do Cânon do Novo
Testamento. Marcião, no entanto, era contrário às influências do Judaísmo no Cristianismo, por isso
mutilou vários livros, retirando dos mesmos todas as referências aos judeus. A reação imediata e
agressiva da Igreja contra este Cânon mostra que ela de modo geral já havia selecionado e aceito os
atuais livros como os únicos inspirados e rejeitado os outros.
INTRODUÇÃO BÍBLICA LIVROS APÓCRIFOS

b. Acréscimo de livros Apócrifos:


Durante esse período passaram a circular vários escritos de inspiração duvidosa e considerados
pelos cristãos ortodoxos como espúrios, porém vários líderes religiosos queriam acrescentar aos já
aceitos pela igreja como inspirados e considerá-los como canônicos ou semi-canônicos. A igreja, no
entanto, já os havia rejeitado por considerá-los como não inspirados por Deus.

c. Decreto do Imperador Diocleciano:


No ano 300, o Imperador Diocleciano decretou qeu todos os livros sagrados fossem queimados.
Diante deste fato, houve necessidade, por parte da Igreja, de preservar os escritos realmente
inspirados. O Imperador comemorou a vitória cunhando uma moeda especial. Mas a Igreja sob a
orientação do Espírito Santo soube preservar os escritos que viriam fazer parte do Cânon do Novo
Testamento.

2. Critérios de Canonicidade:
A formação do Cânon do Novo Testamento precisou de algum tempo e houve muitas diferenças de
opinião. Quatro critérios de canonicidade foram usados para determinar os livros que deveriam fazer
parte do Cânon do Novo Testamento.

a. A autoria:
O critério mais importante era o da apostolicidade, ou seja, o livro deveria ter sido escrito por um
apóstolo ou por alguém que tivesse vivido intimamente com um apóstolo e o livro tivesse sido escrito
numa data dentro do período apostólico. Os apóstolos tinham autoridade para escrever sobre Jesus
Cristo porque eles haviam estado em contato direto com Jesus Cristo. (Veja I João 1.1-4). Marcos foi
companheiro e recebeu influência tanto de Pedro como de Paulo. Lucas era amigo e companheiro de
Paulo. Judas e Tiago eram meio-irmãos de Jesus e companheiro dos apóstolos da Igreja em
Jerusalém. O livro de Hebreus foi o que causou mais dificuldade, uma vez que havia muitas dúvidas
quanto a sua autoria.

b) A Doutrina:
O conteúdo do livro deveria estar de acordo com a doutrina oral dos apóstolos, ter caráter espiritual
elevado e efeito moral edificante, bem como deveriam estar de acordo com as doutrinas do resto das
Escrituras Sagradas. Muitos livros foram rejeitados porque não estavam de acordo com este critério.

c. A Universalidade:
Para ser aceito no Cânon do Novo Testamento o livro deveria primeiramente ser aceito por todas as
igrejas. A princípio houve muita discussão, porque nem todos os livros eram aceitos por todas as
igrejas e outros tinham a autoria duvidosa, como era o caso da carta aos Hebreus. Os livros que já
eram aceitos como inspirados por Deus não encontraram nenhuma dificuldade.

d. A Inspiração Divina:
O último critério era o reconhecimento de que o livro era divinamente inspirado pelo Espírito Santo
de Deus. Veja novamente o item sobre Inspiração. Deus não só inspirou homens e os usou como
instrumentos para transmitir a sua mensagem, mas também inspirou aqueles que tiveram que decidir
sobre quais os livros que deveriam fazer parte do Cânon do Novo Testamento.
Antes do final do IV Século d.C. todos os 27 livros já eram aceitos pelas Igrejas. Atanásio, patriarca
de Alexandria, publicou uma lista com os 27 livros que hoje se encontram na nossa Bíblia. A lista foi
aceita e reconhecida pelo Concílio de Hipona, na África, em 393 d.C. Porém o reconhecimento e
fixação oficial do Cânon do Novo Testamento só ocorreu em 397 d.C. no III Concílio de Cartago.
Dessa forma observa-se que o processo foi longo, porém necessário, a fim de que fosse evitado a
inclusão de livros apócrifos e espúrios, preservando a integridade dos Escritos Sagrados.

V. OS LIVROS APÓCRIFOS
O Cânon do Antigo Testamento da Igreja Católica Romana é diferente do Cânon Protestante. As
edições da Bíblia da Igreja Católica romana possuem um total de 73 livros e mais 4 acréscimos feitos
aos livros canônicos de Ester e Daniel, ou seja, além dos 39 do Antigo Testamento e dos 27 do novo
Testamento a Igreja Católica Romana aceitou mais 7 livros e 4 acréscimos apócrifos como inspirados,
foram oficializados no Concílio de Trento, em 1546. O reconhecimento por parte da Igreja Católica
Romana desses livros teve como finalidade combater a Reforma Protestante, que combatia
ardorosamente várias doutrinas heréticas da igreja romana, tais como: doutrina do purgatório, da
INTRODUÇÃO BÍBLICA LIVROS APÓCRIFOS

oração pelos mortos, da salvação pelas obras, que só encontravam apoio nos livros apócrifos, dái a
necessidade de reconhecê-los como canônicos.
Não foi a Igreja Romana que fez os acréscimos, eles apareceram pela primeira vez na Septuaginta,
tradução feita do hebraico para o grego, como já foi estudado. No entanto, quando foi feita a tradução
do Antigo Testamento para o Latim, a tradução não foi feita direta do texto hebraico, mas do texto
grego, por isso foram incluídos os livros apócrifos que estavam na Septuaginta. Mais tarde, quando
Jerônimo fez a tradução da Vulgata, no ano 405 d. C. foi obrigado a incluir os apócrifos, mas com uma
ressalva, que eles não podiam servir como textos para base doutrinária. Recomendação esta rejeitada
pela Igreja Romana, quando em 1546, considerou-os como canônicos, exatamente para apoiar suas
heresias doutrinárias. O total eram 14 escritos apócrifos, mas a Igreja Romana só aceitou 11,
rejeitando três restantes. A Igreja Ortodoxa Grega aceitou todos os 14.
O termo apócrifo vem do grego “APOCRYPHOS’ e quer dizer literalmente “escondido”, “oculto”,
referia-se a livros sobre assuntos secretos, misteriosos e ocultos. Significa também, livros de origem
desconhecida ou falsa e no sentido religioso, escritos não-canônicos.
Os escritos apócrifos foram escritos no período interbíblico, entre Malaquias e Mateus, portanto
naquele período em que Deus cessou completamente sua revelação e comunicação com o homem.
Razão suficiente para não considerá-los de inspiração divina.
A Igreja Protestante rejeitou-os como divinamente inspirados, daí a razão da diferença dos dois
cânones, o Católico e o Protestante. A Igreja Protestante, ou Evangélica não aceita esses livros
porque:
1) Nunca foram reconhecidos e aceitos como divinamente inspirados e por isso não faziam parte do
cânon hebraico;
2) Os próprios autores não reconheciam seus escritos como divinamente inspirados. ( I Macabeus
4.46; 9.27; e II Macabeus 2.23; 15.38; veja apêndice no final da apostila);
3) Não foram aceitos por Jesus e seus apóstolos, pois jamais tais livros foram citados por eles;
4) Nunca foram reconhecidos e aceitos pela Igreja Primitiva.
Os livros que a Igreja Protestante chama de apócrifos a Igreja Católica Romana chama de
deuterocanônicos.

A. Conteúdo dos livros Apócrifos:


Os livros apócrifos são os seguintes:
B. Tobias: Está logo depois do livro de Esdras. Conta a história de Tobias, que incentivado por
um anjo, tornou-se o oitavo marido de uma viúiva-virgem. Os sete maridos anteriores
haviam sido mortos no dia do casamento por um espírito mau. Tobias escapa da morte,
afugentando o mau espírito, queimando o fígado de um peixe. Quando retornou a sua
casa, curou o seu pai que era cego, esfregando o fel do peixe nos olhos dele. Trata-se de
um conto moral e não de uma história verídica.
C. Judite: Vem logo depois do livro de Tobias. Trata-se da história de Judite, uma mulher valente
e valorosa que venceu sozinha o exército assírio, cortando a cabeça do seu comandante.
O autor do livro parece ter-se baseado nas histórias de Jael e Sísera, história narrada no
livro de Juízes 4.17-22. No entanto, o livro está cheio de erros históricos e geográficos. É
muito difícil aceitar-se que haja alguma coisa de verdadeiro nesta história.
D. Sabedoria de Salomão Está logo após o livro de Cantares. O livro é conhecido também
como Sabedoria. Nele o autor recomenda a sabedoria e4 a retidão através de conselhos
relacionados à ética; também condena a adoração de imagens, ou seja, a idolatria e a
iniquidade.
E. Eclesiástico: Aparece logo após o livro de Sabedoria. Seu autor foi um homem chamado
Jesus, filho de Siraque. É conhecido também como “Sabedoria de Jesus, filho de Siraque”.
O livro possui 51 capítulos e o tema principal é a sabedoria. Em muitos trechos há uma
nítida semelhança com os livros de Provérbios, Eclesiastes e Jó.
F. Baruque: Vem logo depois do livro de Jeremias. O autor é Baruqe e tem três divisões: 1)
Confissão de pecador e oração pedindo perdão a Deus; 2) Exortação para que Israel volte
às fonte de sabedoria; 3) Ânimo e promessa de livramento.
G. I Macabeus: Está colocado logo após o livro de Malaquias. O livro relata os acontecimentos
políticos, militares e os atos de heroísmo de uma família de levitas chamada Macabeus,
durante a guerra de independência da nação de Israel, ocorrida cerca de dois séculos
antes de Cristo.
H. II Macabeus: Vem logo após o livro de I Macabeus. O livro conta a história da nação de Judá
entre os anos 175 e 161 antes de Cristo, por Jason de sirene. Apesar de conter grandes
verdades sobre a história judaica, o livro é prejudicado por tratar os assuntos de forma
fantasiosa.
INTRODUÇÃO BÍBLICA LIVROS APÓCRIFOS

Os acréscimos foram os seguintes:


1. No livro de Daniel foram feitos três acréscimos: a) “O Cântico dos três hebreus”, incluídos no
capítulo 3.24 a 99; b) “A História de Susana”, acrescentado o capítulo 13 e; c) “A História
de Bel e o Dragão”, acrescentado o capítulo 14.
2. Ao livro de Ester foi acrescentado “o repouso de Ester” trecho que aparece do capítulo 10.4
ao 16.24.
INTRODUÇÃO BÍBLICA
APÊNDICE

Apêndice 1
I - LIVROS CANÔNICOS DO ANTIGO TESTAMENTO (PARA PROTESTANTES E CATÓLICOS):

1. Gênesis 21. Ecleiastes


2. Êxodo 22. Cânticos dos Cânticos
3. Levítico 23. Isaías
4. Números 24. Jeremias
5. Deuteronômio 25. Lamentações
6. Josué 26. Ezequiel
7. Juízes 27. Daniel
8. Rute 28. Oséias
9. I Samuel 29. Joel
10. II Samuel 30. Amós
11. I Reis 31. Obadias
12. II Reis 32. Jonas
13. I Crônicas 33. Miquéias
14. II Crônicas 34. Naum
15. Esdras 35. Habacuque
16. Neemias 36. Sofonias
17. Ester 37. Ageu
18. Jó 38. Zacarias
19. Salmos 39. Malaquias
20. Provérbios

II - APÓCRIFOS PARA OS PROTESTANTES E DEUTOROCANÔNICOS PARA OS CATÓLICOS,


EM CUJA BÍBLIA SE ENCONTRAM:
1. Tobias 6. I Macabeus
2. Judite 7. II Macabeus
3. Sabedoria de Salomão 8. Acréscimo ao Livro de Daniel (Três)
4. Eclesiástico 9. Acréscimo ao livro de Ester (Um)
5. Baruque

III - PSEUDO-EPIGRÁFICOS PARA OS PROTESTANTES E APÓCRIFOS PARA OS CATÓLICOS:

1. I e II Esdras 6. Oráculos Sibilinos


2. Oração de Manassés 7. Enoque
3. Salmos de Salomão 8. Assunção de Moisés
4. III e IV Macabeus 9. Apocalipse de Baruque
5. O Livro do Jubileu 10. O Testemunho dos doze Patriarcas.

Apendice 2
1. I Macabeus 4.46. “e transportaram suas pedras a um lugar conveniente sobre a montanha do
templo, aguardando a decisão de algum profeta a esse respeito”
2. I Macabeus 9.27. “A opressão que caiu sobre Israel foi tal, que não houve igual desde o dia em que
tinhamm desaparecido os profetas”.
3. II Macabeus 2.23. “eis o que Jasão de Cirene narra em cinco livros que vamos tentar resumir em
um só”.
4. II Macabeus 15. 37b,38. “Finalizarei aqui a minha narração. Se ela está felizmente concebida e
ordenada, era este o meu desejo: se ela está imperfeita e medíocre, é que não pude fazer melhor”.

BIBLIOGRAFIA

1.HANSEN, George. Introdução à Bíblia. Sào Paulo, ITB, 1972.


INTRODUÇÃO BÍBLICA
APÊNDICE

2. BINNEY, Amos. Compêndio de Teologia. São Paulo Ed. Nazarena.


3. CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. Dalton, Georgia, Publicaciones Españolas, 1974.
4. Wilwy, H Orton & CULBERTSON, Paul T. Introdução à Teologia Cristã. SP. Ed. Nazarena, 1990
5. SILVA, Antonio Gilberto. A Bíblia Através dos Séculos. RJ. CPAD, 1986.
6. DAVIS, John. Dicionário da Bíblia. SP. JUERP. 1990.
7. SHEDD, Russel P. (Ed). O Novo Dicionário da Bíblia. SP. Ed. Vida Nova. 1966
8. SHEDD, Russel P. (Ed). O Novo Comentário da Bíblia. SP. Ed. Vida Nova.1963

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