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1Paraná
2SantaCatarina
3 - Rio Grande do Sul.
A região Sul do Brasil é composta por três estados:[26]
Paraná
Abriga o que restou da mata de araucárias,[27] uma das mais importantes florestas
subtropicais do mundo. Na fronteira com a Argentina fica o Parque Nacional do
Iguaçu,[28] declarado Patrimônio da Humanidade[29] pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A 40 quilômetros dali,
na fronteira com o Paraguai, está a Usina Hidrelétrica de Itaipu,[30] a maior do
planeta. O estado possui forte colonização polonesa, ucraniana, alemã, italiana e
neerlandesa.[31][32]
Santa Catarina
Menor e menos populoso estado da região,[33] Santa Catarina aprecia enseadas e
muitas ilhas no litoral e planaltos a leste e a oeste, com mata de araucárias e
campos. De clima subtropical, o estado tem as quatro estações bem marcadas ao
longo do ano, com verões quentes e invernos rigorosos no planalto.
Santa Catarina tem grande influência de imigrantes alemães[34] no Vale do Itajaí,
no nordeste, norte do estado e serra, italianos no sul[35] e açorianos em
Florianópolis e em boa parte da faixa litorânea do estado.[36] O estado, aliás,
mantém uma posição de liderança na maricultura, com grande produção e
exportação de camarão e ostras em cativeiro.
Rio Grande do Sul
No maior e mais populoso estado da região fica um dos pontos extremos do
País, o Arroio Chuí.[37] O clima do Rio Grande do Sul é temperado, e o relevo
apresenta planícies litorâneas, planaltos a oeste e nordeste e depressões no
centro. A vegetação é variada: campos (os pampas gaúchos), mata de araucárias
e restingas.
[34] [38]
Os principais colonizadores foram os alemães e os italianos, que se fixaram
principalmente na região serrana,[39] no nordeste do estado, os alemães, que
ocuparam a região do vale do rio dos Sinos,[40] ao norte de Porto Alegre e os
portugueses, entre eles os açorianos, permaneceram no litoral.[41]
Além da influência européia, o gaúcho cultiva as tradições dos pampas, na
fronteira com o Uruguai e a Argentina. Entre essas tradições destacam-se o
chimarrão,[42] o churrasco[43] e o uso de trajes típicos, compostos de bombacha[44]
(calças folgadas, de origem turca, presas ao tornozelo), poncho[44] e lenço no
pescoço.[44]
Economia
No que se refere aos aspectos econômicos da região Sul, a melhor maneira de explicar a
distribuição das atividades primárias, secundárias e terciárias é elaborando análises
desses três setores econômicos por partes e separadamente, observando cada uma delas.
A existência de extensas áreas de pastagens naturais favoreceu o desenvolvimento da
pecuária extensiva de corte na região Sul. Há o predomínio da grande propriedade e o
regime de exploração direta, já que a criação é extensiva, exigindo poucos
trabalhadores, o que explica o fato de haver uma população rural muito pouco numerosa
na região.
Devido à ampliação do mercado consumidor local e extra-regional e ao surgimento de
frigoríficos na região, em certas áreas já ocorre uma criação mais aprimorada, pecuária
leiteira e lavouras comerciais com técnicas modernas, destacando-se o cultivo do arroz,
do trigo e da batata.
A agricultura, que é desenvolvida em áreas florestais, com predomínio da pequena
propriedade e do trabalho familiar, foi iniciada pelo europeus, sobretudo alemães, que
predominaram na colonização do Sul. A policultura é a prática comum na região, às
vezes com caráter comercial, sendo o feijão, a mandioca, o milho, o arroz, a batata, a
abóbora, a soja, o trigo, as hortaliças e as frutas os produtos mais cultivados. Em
algumas áreas, a produção rural está voltada para a indústria, como a cultura da uva para
a fabricação de vinhos, a de tabaco para a indústria de cigarros, a de soja para a
fabricação de óleos vegetais, à criação de porcos (associada à produção de milho) para
abastecer os frigoríficos e o leite para abastecer as usinas de leite e fábricas de
laticínios.
Diferente das regiões agrícolas "coloniais" é o norte do Paraná, que está relacionado
com a economia do Sudeste, sendo uma área de transição entre São Paulo e o Sul. Seu
povoamento está ligada à expansão da economia paulista.
O extrativismo vegetal é uma atividade de grande importância no Sul do Brasil e o fato
de a mata das araucárias ser bastante aberta e relativamente homogênea facilita a sua
exploração. As espécies preferidas são o pinheiro-do-paraná, a imbuia e o cedro,
aproveitados em serrarias ou fábricas de papel e celulose. A erva-mate é outro produto
importante do extrativismo vegetal no Sul, e já é cultivada em certas áreas.
A região Sul é pobre em recursos minerais, devido à sua estrutura geológica. Há
ocorrência de cobre no Rio Grande do Sul e chumbo no Paraná, mas o principal produto
é o carvão-de-pedra, cuja exploração concentra-se em Santa Catarina. É utilizado em
usinas termelétricas locais e na siderurgia.
A região Sul é a segunda mais industrializada do país, vindo logo após o Sudeste. A
principal característica da industrialização no Sul é o fato de as atividades comandarem
a atividade industrial, onde se localizam indústrias siderúrgicas, químicas, de couros, de
bebidas, de produtos alimentícios e têxteis. Já a industrialização de Curitiba, o segundo
maior parque industrial, é mais recente, destacando-se suas metalúrgicas, madeireiras e
fábricas de alimentos.
As demais cidades industriais da região são geralmente mono-industriais ou então
abrigam dois gêneros de indústriais, como Caxias do Sul (bebidas e metalurgia), Pelotas
(frigoríficos), Lages (madeiras), Londrina (alimentos) e Blumenau (têxtil). A exceção é
Joinville (setores metal mecânico, químico, plástico, e de desenvolvimento de
software), situada no Norte catarinense.
Produto Interno Bruto
Em 2003, o PIB do Sul chegou em 386.758.428.000,00 de reais ou quase 20% do
nacional, ou seja, a 2ª região em riquezas finais produzidas do país. A tabela a seguir
exibe como é distribuído o PIB regionalmente e nacionalmente entre os estados da
região:
Produto Interno Bruto da região Sul (IBGE/2006)
PIB (em R$ % do PIB % do PIB PIB per
Estados
1000,00) nacional regional capita
Paraná 136 681 933 mil 6,4% 34,2% 13 158,00
Santa Catarina 93 193 324 mil 4,0% 21,5% 15 638,00
Rio Grande do
156 883 171 mil 8,2% 44,3% 14 310,00
Sul
Extrativismo
O extrativismo na região Sul, apesar de ser uma atividade econômica complementar, é
bastante desenvolvido em suas três modalidades:
• Extrativismo vegetal: praticado na Mata de Araucárias, da qual se aproveitam o
pinheiro-do-paraná, a imbuia, a erva-mate e algumas outras espécies, utilizadas
principalmente pelas serrarias e fábricas de papel e celulose;
• Extrativismo animal: praticado ao longo da faixa costeira, com uma produção
de pescado que equivale a cerca de 25% do total produzido no Brasil, com
destaque para a sardinha, a merluza, a tainha, o camarão, etc.;
• Extrativismo mineral: destacam-se o carvão mineral, na região de Criciúma, o
caulim, matéria-prima que abastece fábricas de azulejos e louças em Santa
Catarina e no Paraná e cuja extração na região de Campo Alegre chega a 15 mil
toneladas mensais, a argila e o petróleo, explorado na plataforma continental.
Agricultura
Principais cultivos, 2005[45]
Produto Participação
Arroz 6,68%
Batata 0,31%
Fumo 2,45%
Milho 21,84%
Soja 45,51%
Trigo 11,42%
A plantação de maçãs e a fabricação de sidras no Brasil são características
economicamente marcantes da colonização alemã nos estados de SC e RS.
A maior parte do espaço territorial sulista é ocupado pela pecuária, porém a atividade
econômica de maior rendimento e que emprega o maior número de trabalhadores é a
agricultura. A atividade agrícola no Sul distribui-se em dois amplos e diversificados
setores:
• Policultura: desenvolvida em pequenas propriedades de base familiar. Foi
introduzida por imigrantes europeus, principalmente alemães, na área
originalmente ocupada pelas florestas. Cultivam-se principalmente milho, feijão,
mandioca, batata, maçã, laranja, e fumo;
• Monocultura comercial: desenvolvida em grandes propriedades. Essa atividade
é comum nas áreas de campos do Rio Grande do Sul, onde se cultivam soja,
trigo, e algumas vezes, arroz. No Norte do Paraná predominam as monoculturas
comerciais de algodão, cana-de-açúcar, e principalmente soja, laranja, trigo e
café. A erva-mate, produto do extrativismo, é também cultivada.
Para compreender mais claramente a distribuição das atividades agrícolas pela região,
analise a tabela acima com os respectivos dados sobre os produtos agrícolas.
Também é no sul do Brasil que está localizada a maior cooperativa agroindustrial da
América Latina, a Cooperativa Agroindustrial Morãoense, com sede em Campo
Mourão, no estado do Paraná.
Pecuária
No Paraná, possui grande destaque a criação de suínos, atividade em que esse estado é o
primeiro do Brasil, seguido do Rio Grande do Sul. Essa criação processa-se
paralelamente ao cultivo do milho, além de abastecer a população, serve de matéria-
prima a grandes frigoríficos.
Os campos do Sul constituem excelente pastagem natural para a criação de gado
bovino, principalmente na Campanha Gaúcha ou pampa, no estado do Rio Grande do
Sul. Desenvolve-se ali uma pecuária extensiva, criando-se, além de bovinos, também
ovinos. A região Sul reúne cerca de 18% dos bovinos e mais de 60% dos ovinos criados
no Brasil, sendo o Rio Grande do Sul o primeiro produtor brasileiro.
A pecuária intensiva também é bastante desenvolvida na região Sul, que detém o
segundo ranking na produção brasileira de leite. Parte do leite produzido no Sul é
beneficiado por indústrias de laticínio.
Indústria
O sul é a segunda região do Brasil em número de trabalhadores e em valor e volume da
produção industrial. Esse avanço deve-se a uma boa rede de transportes rodoviários e
ferroviários, grande potencial hidrelétrico, fácil aproveitamento de energia térmica,
grande volume e variedade de matérias-primas e mercado consumidor com elevado
poder aquisitivo.
A distribuição das indústrias do sul é bastante diferente da que ocorre na região Sudeste.
Nesta região predominam grandes complexos industriais com atividades diversificadas,
enquanto o sul apresenta as seguintes características:
• presença de indústrias próximas às áreas produtoras de matérias-primas; assim,
os laticínios e frigoríficos surgem nas áreas de pecuária, as indústrias
madeireiras nas zonas de araucárias, e assim por diante;
• predomínio de estabelecimentos industriais de médio e pequeno porte em quase
todo o interior da região;
• predomínio de indústrias de transformação dos produtos da agricultura e da
pecuária.
Turismo
O Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as Cataratas do Iguaçu, é uma Unidade
de Conservação brasileira. Está localizado no extremo-oeste do estado do Paraná, tendo
sido criado em 10 de janeiro de 1939 , através do decreto lei nº 1.035. Sua área total é
de 185.262,2 hectares. Em 1986 recebeu o título, concedido pela UNESCO, de
Patrimônio Mundial.
Durante os dias quentes de verão, as praias catarinenses são procuradas e freqüentadas
por turistas do Brasil inteiro e de outros países estrangeiros. Florianópolis, atrás apenas
das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), é uma das capitais brasileiras mais
visitadas. Com o fim da crise econômica nos países do Mercosul, parte do movimento
de argentinos, uruguaios e paraguaios voltou ao proveito do turismo de verão, em
cidades balneárias tais como Balneário Camboriú e Barra Velha. São pontos turísticos
os patrimônios da humanidade: Cataratas do Iguaçu no Parque Nacional do Iguaçu, no
Paraná e as Ruínas Jesuítico-Guaranis de São Miguel das Missões, no Rio Grande do
Sul.
As serras gaúcha e catarinense atraem turistas no inverno rigoroso, que aproveitam as
temperaturas mais baixas e a neve, em cidades como Gramado (RS), a cidade turística
mais representativa do gênero no país, Canela (RS) e Urubici (SC).
Em Cambará do Sul (RS), localiza-se o Parque Nacional de Aparados da Serra, onde
fica o cânion do Itaimbezinho.
Infraestrutura
Educação
A Universidade Federal do Paraná, a primeira do Brasil.