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TROPA DE
ELITE
II
TROPA DE
ELITE
II

M.Dias
Recife, 15 de Março de 2011.
Introdução

Este filme retrata a realidade da corrupção política nacional


associada à precariedade do sistema de segurança pública.
Na história, acompanhamos a trajetória do Coronel Roberto
Nascimento, líder responsável pelo BOPE que devido a uma estratégia
política governamental, é convidado a assumir a subsecretária de
segurança do estado do Rio de Janeiro.
Ao assumir tal responsabilidade, o mesmo passa a conhecer o real
cenário da instituição norteada por corrupção, tráfico de influência,
assassinatos, prostituição e tráfico de armas.

Desenvolvimento do assunto

O coronel Roberto Nascimento está com sua equipe do BOPE em


uma operação dentro de um presídio público (Bangu I), pois os presos
daquele local promovem uma rebelião, pegando alguns agentes
penitenciários como reféns, por esta razão a equipe do BOPE fica
estrategicamente organizada, para diante da mais provável
oportunidade, puderem retomar o controle sobre a penitenciária.
Ao passar do tempo, percebe-se que cada vez mais fica difícil manter
os presos tranqüilos, e a preocupação com a integridade física dos
reféns aumenta gradualmente, diante disso, é decidido convidar o
Fraga, um militante pelos direitos humanos, já conhecido pelos presos
e pela população local, todavia durante a operação de resgate dos
reféns, quando tudo estava sob o controle, um dos policiais atuantes
(Capitão André Mathias) decide por si mesmo atacar os presos, sem o
consentimento de seu superior (Coronel Nascimento) e com isso,
embora tenha salvado a vida do militante envolvido, termina por junto
com a equipe, eliminar os presos e criar uma onda de revolta e sérias
punições aos dois integrantes do BOPE, sendo eles o Coronel e o
Capitão já citados.
Ao assumir a subsecretaria, o mesmo passa a vivenciar a realidade
norteada pela falta de ética, corrupção, mentiras e claras
demonstrações de desvio de conduta dos que compõem as instituições
públicas do Rio de Janeiro.
Há situações claras que demonstram as atitudes antiéticas de alguns
personagens durante a exibição da história.
O Capitão André Mathias, embora tivesse agido sem seguir as
recomendações de seu superior, quanto ao ataque ao presídio, afirmou
estar disposto a reconhecer seu erro publicamente, isentando assim o
Coronel Nascimento de qualquer responsabilidade, no entanto com
uma atitude ainda mais nobre, o coronel recusa tal procedimento
assumindo a responsabilidade total pela liderança do comando que
culminou com a tragédia.
Na cúpula da hierarquia da polícia militar, o comandante e o major
(Rocha) junto com outros soldados, agem como milícia, ou seja, um
grupo de policiais atua como bandidos cobrando dinheiro da
população, para oferecer-lhes proteção, sendo este um direito
adquirido da comunidade, todavia sendo subtraído pelos corruptos.
Um apresentador de programa local, também deputado
(Fortunato), diante das câmeras defende a população com grande
veemência, todavia nos bastidores favorece o tráfico de drogas, armas
e a prostituição nas comunidades pobres do estado.
O governador do estado (Celino) lidera toda a corrupção,
trabalhando em sociedade com as milícias nas comunidades, como
instrumento para angariar votos e manter os cidadãos condicionados a
não agir por livre escolha.
O Coronel Nascimento age com verdadeira ética ao buscar
transparência e verdade nas operações da polícia militar, levando-o a
enfrentar com coragem e ousadia os corruptos líderes que haviam
liderado a milícia a roubar as armas de uma delegacia local, e com isso
ter uma razão para ocupar a comunidade (bairro do tanque) e
exterminar seus “rivais”, sendo eles os traficantes locais.
O resultado desta intervenção vem a ser a morte de um policial
(André Mathias) comprometido com a causa justa, pelos próprios
colegas da polícia, pois quando o mesmo está prestes a descobrir as
reais ações do grupo, eles decidem por assassiná-lo.
A história se prossegue com a tentativa acentuada do coronel
Nascimento em esclarecer as mentiras e desmascarar os agentes
corruptos responsáveis por tanta injustiça e sofrimento do povo,
levando-o a colocar a vida de sua família em total risco por esta busca.

Conclusão

Percebo que o conflito exposto no filme simboliza a luta da ética e dos


códigos morais representada pelo Coronel Nascimento contra a
estrutura da corrupção e dos desvios morais e éticos de
comportamento, fundamentados pela representação dos demais
personagens.
Vê-se claramente que embora existam muitas pessoas que tenham
seus passos fundamentados na desonestidade e indecência, há muitos
outros também que defendem e pregam a importância do exercício
éticos dos princípios e ensinamentos que nos tornam homens e
mulheres virtuosos e merecedores do respeito e consideração dos
outros. Acredito que embora exista um número maior de pessoas que
busquem seus interesses, almejando ascensão social e profissional, sem
preocupar-se com padrões de conduta adequados, há uma minoria que
cada dia dedica-se a viver e compartilhar a importância de ser reto,
honesto e digno de cada conquista e vitória baseadas na luta sincera,
empenho constante e merecimento contínuo. Asseguro que quando tais
conquistas são baseadas nos princípios que norteiam uma vida
honesta, possuem um significado que legitima a essência do homem
como criatura majestosa e propensa a tornar-se nobre por excelência.

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