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1 INTRODUÇÃO
2 DA PENA DE PRISÃO
3 SISTEMA PENITENCIÁRIO
Com essa ideia se crer que esse sistema pretende estimular a boa
conduta e assim reformar e preparar o condenado para sua reinserção à
sociedade (BITENCOURT, 1993, p. 82).
Bitencourt (1993, p. 90) ainda ressalta que o regime progressivo
significou, inquestionavelmente, um avanço favorável no cumprimento das penas.
Ao contrário dos regimes Alburniano e Filadélfico, deu importância à própria
vontade do recluso, além de diminuir consideravelmente o rigorismo na aplicação
da pena privativa de liberdade.
Já está plenamente comprovado que na aplicação da pena, o ambiente
tem fundamental importância no que se refere à custódia e a manutenção da
ordem social dos internos. Quando se tem uma visão de prisionização que leva à
desorganização da personalidade, à deformação do caráter, à degradação do
comportamento e do abandono dos padrões de conduta da vida da pessoa que é
submetida à prisão, então se tem um modelo de prisão que deixa de se configurar
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nunca são observadas, medidas paliativas são retardadas e por isso deixam de
surtir os efeitos necessários para o correto desenrolar da questão.
marginalidade ainda maior, pois ao sair da prisão o ex-recluso terá muito mais
condições de a ela retornar.
O índice de reincidência criminal é galopante, os números demonstram
a total falha do sistema, o qual em sua essência é consubstanciado para a
recondução do homem-infrator à sociedade e o que se pode comprovar é que
com o modelo de gestão atual do sistema penitenciário, em nada a sua
aplicabilidade tende ao exercício da reinserção do apenado.
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que serve para ergastular o cometidor de ilícitos, também serve para proteger
seus direitos não sucumbidos pela sentença.
Um dos direitos que mais tem causado polêmica nos últimos dias é
aquele que diz da suspensão dos direitos políticos dos presos (art.15, III, CF),
dando margem para intenso debate sobre a questão. Parafraseando Oliveira
(2008, p. 91) diz-se que o preso, mesmo ergastulado, é parte integrante da
sociedade, e como tal deve manifestar-se por determinadas situações que irão
dar ou não novos rumos à própria sociedade, de forma que se entende que ao
recluso não deva ser tolhido estes direito, até mesmo como forma de mantença
da cidadania.
Para tanto, o Estado deve reconhecer o princípio da igualdade de todas
as pessoas, não havendo nenhuma discriminação de natureza racial, religiosa,
sexual, e política, proibindo qualquer descriminação durante a execução da pena,
contemplando também, o princípio da isonomia, preceituado na tradição jurídica.
Se antigamente pensava-se que com a condenação todos os direitos do
preso estariam revogados, o direito positivo atual disse que é dever do Estado a
garantia de respeito a esses direitos no âmbito da própria eficácia normativa,
respeito que se irradia, nas relações recíprocas dos integrantes da população do
Estado e nas relações deste com a aludida população. De forma que está
plenamente reconhecida a existência de direitos fundamentais do condenado.
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social, o qual fornece parecer técnico de classificação. Tudo isto possui um fim
específico que é o de possibilitar ou não progressão de regime dos condenados.
Lê-se no item 26 da exposição de motivos da LEP que:
A classificação é o desdobramento lógico do princípio da personalidade
da pena, inserido entre os direitos e garantias constitucionais. A
exigência dogmática da proporcionalidade da pena está igualmente
atendida no processo de classificação, de modo que cada sentenciado,
conhecida a sua personalidade e analisado o fato cometido, corresponda
o tratamento penitenciário adequado.
nem gerador de energia elétrica para distribuir água uniforme para todas as
dependências da Unidade. Analisa-se que a situação de vinte homens presos em
uma cela sem água para pôr no banheiro, quem tende a ser punido são esses
presos, os quais ficam proibidos, por seus pares, de usarem o sanitário quando
da falta de água, e essa falta de água é ocasionada pela falta de investimento e
falta sensibilidade da administração.
Como na maioria dos presídios do Maranhão, a CADET possui
reclusos que não podem - sob pena de serem mortos - estar juntos com os
demais detentos, por isso são aglutinados em locais denominados de celas de
segurança.
Na Casa de Detenção tem-se uma média de 60 (sessenta) pessoas
que estão separados dos demais reclusos, todavia, diante de uma rebelião estas
pessoas estarão em total falta de segurança, como já ocorrido quando mais de
três presos foram trucidados. Todavia, ainda se faz impraticável, nos atuais
moldes, a separação de presos.
7.2 Da assistência
em dieta médica, recebem com leite; o almoço é servido por volta das 11:30 horas
e o jantar por volta das 17:00 horas. A refeição é acondicionada em marmitas de
alumínio, produzidas no restaurante que fica na entrada do Presídio São Luis em
Pedrinhas, o cardápio é variado.
Embora haja uma verba específica destinada para a alimentação dos
presos, há um grande descontentamento deles quanto à qualidade dessa
alimentação, pois são inúmeras as reclamações de que a refeição servida é de
péssima qualidade.
Quanto à distribuição de creme dental, papel higiênico, escova de
dente e sabão em barra, que deveria ser feita dentro da rotina normal, dificilmente
acontece. Geralmente são os familiares ou religiosos que levam, compadecidos
pelos seus e por aqueles que não possuem famílias ou que estão distantes delas,
uma vez que o Estado não tem compromisso com este direito do preso. Até
mesmo o material de limpeza das unidades penais falta com freqüência,
causando mais uma vez situações de instabilidades dentro dos presídios.
A assistência educacional está contida nos arts. 17, 18, 19, 20, 21 da
Lei de Execução Penal que compreende a instrução escolar e a formação
profissional do preso e do internado, o ensino fundamental será obrigatório
integrando-se no Sistema Escolar da Unidade Federativa, enquanto que o ensino
profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com
entidades públicas ou particulares, que instalem em escolas ou ofereçam cursos
especializados. Em atendimento as condições locais, dotar-se-á cada
estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos,
provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.
No que concerne à Casa de Detenção, existe uma escola mantida
através de convênio com a Prefeitura Municipal de São Luís, valendo dizer que o
funcionar é de forma improvisada num espaço que deveria funcionar o refeitório
dos presos. Atualmente apenas a alfabetização vem sendo ministrada naquela
entidade prisional.
O artigo 83, § 4º, da Lei de Execução Penal (redação dada pela Lei
12.245/2010) determina que em todas as unidades penais “serão instaladas salas
de aulas destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante”. Ocorre, como
já firmado, que na Casa de Detenção não há local, preparado, para qualquer tipo
de sala de aula, ocorrendo, mais uma vez, uma violação da LEP.
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8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS