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Direito Tributário:

Poder de Tributar

INVASÃO
ENTE CREDOR ENTE DEVEDOR
PATRIMONIAL
• Sujeito Ativo • Compulsoriedade • Sujeito Passivo: PF
U,E,DF e M. • Obrigatoriedade e PJ
• Entes Tributantes • Entes Tributários
FISCO Contribuinte

*INVASÃO PATRIMONIAL, COMPULSORIEDADE E OBRIGATORIEDADE.

O exercício do poder de tributar (competência tributária) não é absoluto. A CF


restringe-o, ora no interesse do cidadão ou da comunidade, ora no interesse do
relacionamento entre as próprias entidades impositoras.
Entende-se como limitação imposta pela CF às entidades dotadas desse poder. Tais
limitações estão consagradas, de maneira precípua, nos princípios constitucionais
tributários, estabelecidos nos arts. 150 a 152 da CF/88.

* COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

A CF consagrou o Princípio do Federalismo (Art. 60, §4º, I, da CF/88), delimitando


entre as Pessoas Políticas o poder de tributar.

A competência tributária está prevista os arts. 153 a 156 da CF. Desse modo, cada
entidade impositora está obrigada a comportar-se nos limites da parcela de poder
impositivo que lhe foi atribuída pela Constituição.

A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência


legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal. Daí se nota
a coincidência da competência legislativa com a competência tributária em nossa
ordem constitucional.

Todos os entes estão obrigados a observar as normas gerais de Direito Tributário, as


quais estarão estabelecidas em Leis Complementares(art.146,III, da CF/88).

DICA:
Análise do art.24 da CF/88, Para fins de concursos públicos:
Competência concorrente, conforme o art.24 da CF/88:
1. A quem compete estabelecer normas gerais? UNIÃO
2. A quem compete suplementar as normas gerais da União, mediante lei própria?
Aos Estados e DF
3. Não existindo normas gerais da União, qual será o papel dos Estados e DF?
Exercerão a competência legislativa plena, editando leis de normas gerais
próprias, que lhes obrigarão, em caráter exclusivo. É o caso do IPVA, cuja
competência legislativa foi constitucionalmente exercida pelos Estados da
Federação, à falta de normas gerais.
4. E se, no caso anterior, sobrevier lei federal sobre normas gerais? Será suspensa a
eficácia da lei estadual ou distrital, naquilo que lhe for contrário. Memorize: é
suspensão, e não revogação, pois não há hierarquia entre as leis.

A competência tributária é indelegável, intransferível e irrenunciável, uma vez que


admitir a delegação de competência para instituir um tributo é admitir que seja a
Constituição alterada por norma infraconstitucional.
No entanto, é razoável admitir a delegação da capacidade tributária ativa, ou seja,
transferir as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos (administração tributária) a outra
pessoa jurídica de Direito Público. É o instituto da delegação de “Capacidade Tributária
Ativa” ou “Parafiscalidade”.

Competência tributária
Art.7º,CTN

CRIAR

ARRECADAR
E
FISCALIZAR
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA
DELEGAÇÃO ENTE PARAFISACAL
UNIÃO
Autarquias, entidades corporativas ex:
OAB, CREA...

Detalhando a Classificação da Competência Tributária

*Competência Privativa

É a competência “privativa” no sentido de que a própria Constituição já determina o


rol dos impostos relativos a cada ente tributante. Isso porque “ a CF não cria tributos;
ela outorga competência tributária, ou seja, atribui aptidão para criar tributos.
Portanto, pode-se falar que competência privativa é o poder legiferante dos entes
tributantes quanto à criação de impostos, como regra.
No entanto, o privatividade existe para União – quanto aos empréstimos
compulsórios e contribuições parafiscais; para os Estados, DF e Municípios – quanto
às contribuições previdenciárias cobradas de seus servidores; e, finalmente, para os
Municípios e DF – quanto à Contribuição de Iluminação Pública (CIP). (EC nº
39/2002)
*Competência Comum

A competência comum adstringe-se aos tributos vinculados: as taxas e as contribuições


de melhoria.
Art.145, II e III, da CF/88: é o poder que têm a União, Estados, DF e Municípios para
instituir taxas e contribuições de melhoria, no âmbito de suas respectivas atribuições
(arts. 77, 81 e 82 do CTN).

*Competência Cumulativa

Art.147 da CF/88: é o poder que têm a União de instituir, nos Territórios Federais, os
impostos federais, estaduais e, caso o Território não seja dividido em Municípios, os
impostos municipais. Também, o DF tem o poder de instituir os impostos municipais, já
que não pode ser dividido em Municípios (art.32, caput, da CF/88). Em interpretação
sistemática com o caput do art. 155 da CF, conclui-se que, cumulativamente, compete
ao DF, os impostos municipais e os estaduais, isto é, seis impostos ( IPTU, ISS, ITBI,
ICMS, IPVA, ITCMD).

*Competência Especial

Traduz-se no poder de instituir os empréstimos compulsórios (art.148, CF/88) e as


contribuições especiais (art. 149, CF/88), justificando-se tal classificação pelo fato de
terem subsistido, durante largo período, inúmeras polêmicas acerca da natureza
tributária desses dois tributos. Ambos tributos autônomos.

*Competência Residual

Art. 154, I e Art. 195, §4º, da CF/88: é o poder que tem a União de instituir impostos,
diferentes de todos aqueles discriminados na Constituição, com fator gerador novo e
nova base de cálculo, devendo tais exações serem criadas por Lei Complementar,
respeitando-se o Princípio da Não-cumulatividade. Refere-se também às contribuições
sociais residuais ou contribuições para seguridade social, devendo obedecer os
mesmos requesitos expressos anteriormente, entretanto, ao invés de não poderem ter
mesmo FG e BC de imposto já existente, elas não poderão ter o mesmo FG e BC de
Outras Contribuições( e não de impostos!).Em outras palavras, nada obsta a que uma
contribuição para a seguridade social nasça com FG ou BC de um imposto listado na
CF.

Memorize que a competência residual ou remanescente pode estar associada a impostos


ou a contribuições para seguridade social, sempre no bojo de lei complementar, o que
veda, de pronto, seu exercício por MP.
Por fim, deve ser enfatizado que o STF tem entendido que a previsão, por meio de
emenda constitucional, de competência para a instituição de um tributo não se
enquadra no exercício da competência residual da União. A esse respeito, vale a pena
relembrar o IPMF e a CPMF, cujas previsões se deram no bojo das EC 3/93 e EC 12/96,
respectivamente.
*Competência Extraordinária

Art.154, II, da CF/88 e Art.76 do CTN: é o poder que tem a União de instituir, em
caso de guerra externa ou em sua iminência, outros impostos, independentemente de
terem ou não fatos geradores idênticos aos previstos pela CF, sejam pertencentes ao rol
da própria União, dos Estados, DF ou dos Municípios. É uma permissão expressa na CF
para a bitributação e para o bis in idem.
Assim, somente a União pode instituir outro imposto(IEG) em caso de guerra externa
ou sua iminência, não devendo respeito ao Princípio da Anterioridade. Pode ser
instituído por lei ordinária e há ampla liberdade de escolha do fato gerador.

DICA:
A Competência Tributária é outorgada pela CF. Assim, a CF apenas faculta aos entes
tributantes o mister de instituir os tributos, o que torna o seu exercício atividade não
obrigatória.

Passaremos a destacar alguns impostos que transitam em abundância nas provas de


concursos.
São eles os impostos constantes do art.154 da CF/88:

COMPETÊNCIA RESIDUAL COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA

ART.154 da CF/88
INCISO I INCISO II
Impostos Residuais da União Imposto Extraodinário de Guerra(IEG)
Competência Tributária: União Competência Tributária: União
(Residual ou Remanescente) ( em situação de beligerância)
LEI COMPLEMENTAR LEI ORDINÁRIA
Não haverá Invasão de Competência Pode haver Invasão de Competência
EXIGÊNCIAS: ATENÇÃO:
I - imposto não cumulativo: O IEG pode ter qualquer Fato
não pode haver "efeito cascata" Gerador ! A "guerra"não é fato
observando-se o Princípio da gerador, mas simples fato deflagrante.
Não-cumulatividade; O fato gerador estará compreendido ou
II - não pode ter FG ou BC de imposto
já não na competência tributária da União,
criado, proibindo-se a bitributação, isto é, pode representar fato imponível
isto é, fenômeno em que mais de pertencente a campo competêncial de
um ente tributante cobra um ou qualquer ente tributante.
mais tributos sobre o mesmo FG.

Deve respeitar o Princípio da Não se respeita o Princípio da


Exclusividade ou Privacidade Exclusividade ou Privatividade das
das Competências. Competências Impositivas:
"A bitributação e o bis in idem são
constitucionalmente
permitida para o IEG"
BITRIBUTAÇÃO com o IEG:

Bitributação Constitucionalmente admitida


Fato Gerador:
proprietário de bem imóvel

UNIÃO Município
IEG IPTU

OBS: Afora a ressalva constitucional do IEG, o contribuinte quando se deparar


com uma bitributação pode se valer da Ação Consignação em Pagamento( Art.890
e seguintes e no Art 164 do CTN), uma vez que não pode haver solidariedade
passiva ( art. 124 e 125 do CTN).

Igualmente solicitado nos concursos públicos o BIS IN IDEM: é o fenômeno em


que um ente tributante cobra mais de um tributo sobre o mesmo fato gerador.

Fato Gerador:
proprietário de bem imóvel

Município Município
Taxa de Lixo IPTU

Quadro resumido para fins exclusivamente didáticos:

DENOMINAÇÃO TRIBUTOS ENTIDADES POLÍTICAS


DA COMPETÊNCIA
PRIVATIVA IMPOSTO, como regra. U, E, DF e M
Outros tributos inclusive.

COMUM Taxas e Contribuições de U, E, DF e M


Melhoria
CUMULATIVA Tributos em geral(o art. 147 UNIÃO e DF
da CF só menciona
impostos)

Emprestimos Compulsórios
ESPECIAL e Contribuições Especiais UNIÃO

Impostos e Contribuições
RESIDUAL para Seguridade Social UNIÃO

EXTRAORDINÁRIA IEG UNIÃO

*Competência “Especial”, pois são tributos “finalísticos”, com destinação específica

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