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CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte;
Neste tópico será apresentado todos os conceitos na norma técnica Jurídica Referente
a este artigo com estudos de doutrinadores e do posicionamento pacificado pelo
Supremo Tribunal Federal-STF.
Tratando sobre o Contrato por Prazo Determinado, após nomear as situações, leciona: "Ao
serem contratados não são investidos em cargo público"..."As contratações de
excepcional necessidade pública prescinde de processo seletivo, quando decorrentes de
calamidade pública. Sendo exigido, para os demais casos, tão somente um processo seletivo
simplificado, prescindindo de concurso público...".A remuneração dos servidores
eventualmente contratados dentro do permissivo legal, não poderá ser superior à
fixada para servidores do Quadro Permanente que desempenhem função
semelhante às condições do mercado de trabalho."... Por se tratar de servidor público
ocupante de função pública temporária, regida pelo regime estatutário com contrato de
Direito Administrativo, a extinção do contrato não gera direitos à indenização, exceto
quando efetivada por iniciativa da Administração, decorrente de conveniência administrativa,
que importará no pagamento ao contratado da metade do que lhe caberia referente ao
restante do contrato".
2ª. “... Ao serem contratados não são investidos em cargo público...”, pode-se perceber
claramente que a intensão a que se deve o Administrador a que se vale do referido artigo já
sabe que os interessados não serão investidos em Cargos Públicos, pois se trata de um
contrato UNILATERAL, onde as condições são apresentadas apenas por quem as oferece, neste
contrato, excluem-se a forma tradicional que é a forma bilateral, onde as condições podem ser
discutidas de forma mais justa ao contratado ou prestador de serviços.
3ª. “... Processo seletivo simplificado...” nesta disposição podemos observar que no
momento que o administrador Público decide se valer deste recurso, existe uma forma de
seleção, onde o ingresso poderá ser simplificado dispensando as regras gerais do certame.
4. “... A remuneração dos servidores eventualmente contratados dentro do permissivo legal,
não poderá ser superior à fixada para servidores do Quadro Permanente que desempenhem
função semelhante...”
Neste tópico podemos perceber que, a forma de contrato excepcional prevista no Artigo 37
inciso IX, CFRB/88, orienta o administrador que decidiu valer-se deste preceito legal, que o
selecionado para a Atividade, não poderá sofrer discriminação Salarial, à menor daquele que,
pertence ao quadro efetivo, neste caso trata-se do salário Base e não de determinadas
vantagens como progressão na carreira, haja vista, que o contrato tem um tempo
determinado.
5. “... Extinção do contrato não gera direitos à indenização ...” Na modalidade que o
Administrador Publico optou, não gera direitos do Artigo 7º da CFRB/88, dos direitos Sociais,
ao contratado nesta modalidade, pois trata-se de contrato Temporário, é um fato Excepcional
no Direito Administrativo.
Concluindo:
Os princípios que regem o contrato de trabalho são diversos do que regem o contrato do
art.37, IX, da CF. Enquanto um é de natureza contratual, bilateral, e de ordem privada, o
segundo tem natureza de ordem institucional, unilateral e está vinculado, via de regra, ao
Regime Estatutário, posto que a lei complementar que regula o Regime Jurídico Único, o trata,
vinculando-o aos direitos e deveres de todo servidor público estatutário. Se o Judiciário
Trabalhista, pretender estender ao servidor contratado pelo inciso IX, o protecionismo que é
dado ao empregado celetista privado, os entes administrativos terão sérias dificuldades. É
preciso capacitar os juízes trabalhistas para o novo desafio.
No Mesmo Entendimento:
"Cargos efetivos são os que não prescindem de concurso público para a sua
titularização. Como o próprio nome diz, efetivo é qualidade inerente ao cargo. Este
supõe a necessidade de permanência de seu titular. Destarte, o cargo efetivo pode ser
ocupado, temporariamente, por funcionário não estável." (Curso de Direito
Administrativo, Malheiros Editores, 1995, 2a. ed., p. 381)
Não sei se observaram nas condições acima, más não lhe são familiar as
condições de admissão; prazo Determinado, Processo seletivo simplificado, Extinção
do contrato que não gera direitos à indenização, remuneração igual ao do quadro de
carreira, pois bem, são estas as condições que vive hoje o funcionários terceirizado, os
doutrinadores apresentam suas conclusões, à partir do que ocorre no quadro jurídico
atual, obtendo como fonte, a Constituição Federal, Jurisprudência do STF e a própria
Norma Reguladora.
AÇÃO ACEITA E REJEITADA PELO STF: "Regime jurídico único para os servidores
civis da administração direta, das autarquias e das fundações públicas do Estado, Lei
11.712/1990, do Estado do Ceará. Dispositivos impugnados resultantes de emendas a
projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo. Concurso interno, ampliação das
hipóteses de aquisição de <estabilidade> e negociação. Rejeição, pela Assembleia, do
veto aposto pelo Governador. Concurso público. Violação do art. 37, II, CF.
Pressupostos da <estabilidade> extraordinária. Art. 19, § 1º, do ADCT. Interpretação
estrita. Jurisprudência do STF. Regime jurídico dos servidores públicos. Ofensa à
independência e harmonia entre os Poderes. Sujeição ao principio da reserva absoluta
de lei. Negociação. Inadmissibilidade da transigência no regime jurídico público." (ADI
391, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 15-6-1994, Plenário, DJ de 16-9-1994).
Fonte www.stf.gov.br
Artigo 41 da CFRB/88.
CONCLUSÃO:
De todo o exposto, a conclusão é que os tribunais tem sido severo no trato com
o controle de Constitucionalidade, pois a proteção da Constituição Federal é dever
constitucional do STF e STJ, quando informei que os fatos do contrato devem ser mais
bem colocados, ou seja, que esta ação que estão querendo promover não há um
embasamento legal do Pedido, é para não perder tempo e nem causar alguma
esperança, sem algo mais concreto, pois a realidade é outra.
O outro fato que quero deixar bem claro, é que, o merecimento de que seja
resolvida em prol dos agentes de segurança Terceirizado é uma questão de Justiça,
pois alguns colegas já passaram o que muitos grandes agentes penitenciários, já
passaram por maus momentos no trabalho como, por exemplo, não ter um
“cassetete” para se defender, muitos trabalharam 10, 15,20 ou 25 anos e até hoje não
tem segurança nenhuma de seu futuro, o que eu acho é que deveria ser buscado
Direitos reais, como o da prova de título, que é totalmente legal e previsto em lei, esta
prova de titulo, tem como objetivo o de buscar profissionais já com experiência na
área, com suas especializações e preparações, para o estado é muito bom.
Quero também esclarecer que quem tem contrato com mais de 02 anos, tem
direitos, e direitos reais, de inclusive ser indenizados, o Superior Tribunal de Justiça,
pacificou a matéria de soluções de casos, no caso de Servidores Efetivos, resolvem-se
nos tribunais de Justiça e no caso de Servidores contratados no Tribunal do Trabalho,
ora, tem que ser buscado o direito real para que sejam reparadas as
desproporcionalidades que ocorrem com o contrato.
HEBERT FARIA.
E-mail. Hebert.faria@sga.pucminas.br