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Introdução
Uma parcela estendida como mais relevante a origem a categoria de valores de cunho
jurídico, deverá implicar não apenas a reprovação moral, mas também alguma sanção de
ordem legal.
Portanto, a relevância dos direitos e interesses tutelados pela legislação penal, a eventual
não – aplicação das punições previstas nessa legislação, em relação a casos que nela se
enquadram, provocam, evidentemente preocupação no corpo social.
A exacerbação pura e simples das pessoas, inclusive com a introdução da pena de morte
que a consciência nacional parece não admitir as soluções de nítido caráter político,
representando pela conduta delituosa dos marginais, considerados o mal generalizado
maior das restrições.
PRISÕES NO BRASIL
Durante muito tempo compreendeu-se criminalidade orquestrada por grupos com regras
próprias de atuação e com um propósito previamente definido, que pode ser político
(caso do terrorismo) ou econômico (como das Máfias), todavia, a tendência é que o
mesmo seja tratado como criminológico autônomo.
3 – Alto Poder de intimidação, vigorando a lei do silêncio, o que ocasiona uma atuação
quase imperceptível do crime orquestrado.
Breve análise da Lei nº 9.034/95, foi inócua ao equiparar atividade criminosa com
quadrilha ou bando, vez que a única coisa que ambos tem em comum é pluralidade de
agentes.
Entende que o Estado não dispõe de um modelo processual de persecução penal capaz
de reverter ou menos reduzir a criminalidade. Há quem acredite que o crime não teve
sua origem nas prisões, mas sim nas comunidades, onde o descaso por parte do Estado
possibilita o surgimento de uma geração de excluídos que em resposta a essa exclusão
com perspicácia e inteligência se orquestram de forma a suprirem suas necessidades
básicas de sobrevivência.
O acesso à justiça na maioria das vezes não é possibilitado a estas camadas populares.
Sem mencionar o descaso por parte das autoridades públicas no trato das comunidades
carcerária e carente, proveniente do restante da sociedade, a legitimidade, aceitação por
parte do povo, qualquer pessoa ou organização que lhe garanta as mínimas condições de
segurança e justiça, onde em muitas vezes assume essa tutela vinculada ao crime
orquestrado, esse líder informal e ilegal será considerado tutor desta parte abandonada
da sociedade.
O comandante da cela ou do presídio assume o papel de “juiz informal”, de acordo com
o Código do Cárcere, este Código extra – estatal subsiste com os Códigos estatais, em
muitos momentos superior em relação às Codificações Formais, não baseado em
preceitos éticos e morais impera o arbítrio do juiz informal nas sentenças ditadas. Esta
espécie de juiz possui poder ilimitado dentro dos presídios. O poder deste líder transpõe
os muros da prisão, atingindo pessoas relacionadas com pessoas, mesmo que seja uma
relação indireta.
Esta lei dos presos para os presos é conhecida como “Lei do Cão”, a corrupção por
facilitação de algumas autoridades carcerárias, dentre outras falhas no sistema, acabam
por impossibilitar a ressocialização, gerando um território propício para proliferação da
criminalidade.
Política de Estado não se confunde com Política de Governo, sempre mais limitada no
tempo de duração do mandato da classe detentora do poder e da ideologia de seus
integrantes.
Uma Política de Estado depende da eficácia de cada uma das porções políticas que a
compõe, o Estado não cumpre seu papel de garantidor e promotor do bem comum. A
necessária intenção e interdependência de cada área da política tornam impossível
acreditar que possa haver êxito absoluto, o bem estar da coletividade depende de que o
conjunto das suas necessidades seja integralmente atendido, para tanto, é imprescindível
a Política de Estado atingir um grau de eficácia em todo os aspectos políticos que a
compõem.
Qualquer Política Criminal inicia com êxito quando mais preciso for o âmbito de sua
atuação, antes da atuação legislativa se inicia uma boa Política Criminal que fixa como
pressupostos que o crime é acontecimento inevitável e que a sanção penal deverá ser
usada com cometimento para casos extremos. Diante de uma Política de Estado mais
ampla e com outros aspectos de atuação pública, atua de forma produtiva e preventiva
na redução da criminalidade.
O Estado sem analisar e atacar as causas do crime, utiliza-se da legislação criminal
como único instrumento de sua política pública porque vulgariza a sanção penal, como
tentar suprir insuficiências públicas e individuais e resolver conflitos sociais que
poderiam e deveriam ser neutralizados por outras áreas do Direito.
Essa escassa atividade legislativa do Estado não é repetida quando se põe em tela o
Direito Penal, ramo do Direito que estipulam quais as condutas que são consideradas
crimes e como devem ser punidas.
Esta peculiaridade traz conseqüentemente uma diminuição das condições materiais dos
indivíduos, levando à miserabilidade ao cometimento de crime, pensamento oriundo da
ideologia capitalista, afirmam que não se é bandido apenas porque é pobre, mas sim
porque é de má índole, para o contexto sócio jurídico brasileiro salienta o Direito Penal
que a causa de delinqüência em massa em virtude de exclusão na falência prisional, uma
das características economicamente atribuída ao capitalismo era a suposta liberdade e
igualdade de que gozam os cidadãos, sendo a norma jurídica não entendida com a de
Direito, mas tratada de ciência em tudo que entende com Justiça.
ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO E O PRINCÍPIO CO-
CULPABILIDADE.
Tanto os ricos quanto os pobres buscam alcançarem seus objetivos de desejo. Porém, na
maioria dos casos, são os meios utilizados para tanto, como o resultado de suas ações.
Enquanto o rico, detentor de poder, utiliza-se de engordo valendo-se de facilidades
proporcionadas por um cargo político, para sair impune, ao pobre só resta utilizar-se de
violência para conseguir seus intentos, acaba condenado com todo o rigor da lei penal.
É necessária diferença social marcantes, descrença na figura do Estado e de um Direito
punitivo seletivo, que a omissão estatal potencializa o sentimento de exclusão e revolta
naqueles menos favorecidos dá teorias plausíveis como Co-culpabilidade do Estado,
tentativas, na verdade de mitigar os danos inerentes ao sistema.
Há crimes que são de tensão social, sendo seus agentes compelidos co-cometimento. É
para esse tipo de delito que deve ser adotado o principio da Co-culpabilidade no ato da
dosagem na pena. E não apenas por mera questão de senso de justiça, imperativo
principiológico constitucional expresso em dois princípios constitucionais, o da
igualdade, (artigo 5º, Caput.) e o da individualização da pena, (artigo 5º, inciso XLVI).
A Co-culpabilidade consiste na divisão da culpabilidade-juízo de reprovação entre o
agente e o Estado/sociedade, só podendo se falar em Co-culpabilidade se o agente
oriundo de um meio social onde o Estado não se faz presente e se o delito cometido
tiver razão fatores socioeconômico.
CONCLUSÃO
O status quo perturbado pelo comportamento desobediente dos cidadãos de acordo com
seus anseios e confundindo com a minoria pertencente à classe dominante. Em uma
sociedade democrática tudo está aberto à discussão, porque todos nós somos filhos da
democracia, a justiça não cabe ser censitária, só pune quem está na base da pirâmide
criminosa. Mesmo que no mundo jurídico as pessoas podem razoavelmente divergir e
qualquer questão jurídica está aberta ao debate. O não atendimento do problema busca
soluções imediatas, desprezam o ser humano esquecendo que por maior que seja o
tempo de pena privativa de liberdade imposto ao sujeito ativo de uma conduta delituosa,
um dia ele vai retornar ao convívio social e dependendo da forma como foi “reeducado”
de nada terá adiantado o endurecimento da pena, para ele não haverá motivos para ser
melhor.
BIBLIOGRAFIA:
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