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CLÁUSULAS TÉCNICAS ESPECIAIS

EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

1 – TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS

Todos os trabalhos não especificados neste caderno de encargos, que forem necessários para o
cumprimento da presente empreitada, serão executados com perfeição e solidez, tendo em vista os
regulamentos, normas e demais legislação em vigor, as indicações do projecto e as instruções da
fiscalização.

Não serão aceites nem atendidas quaisquer reclamações ou pedidos de rectificação de preços
unitários e quantidades de trabalhos com base nas características do terreno, aparecimento de água
a qualquer profundidade (cujo desvio, escoamento ou bombagem serão encargo do Empreiteiro),
necessidade de se proceder a entivações ou qualquer outra razão decorrente das condições locais do
terreno, nomeadamente os condicionamentos existentes ao acesso às diferentes frentes de trabalho
e a eventual necessidade de, em consequência, recorrer a meios de elevação e acesso de máquinas,
materiais e pessoal, considerando-se estas sujeições incluídas nos preços unitários apresentados
pelo adjudicatário na sua proposta.

2 - TRABALHOS PREPARATÓRIOS (PIQUETAGEM E IMPLANTAÇÃO TOPOGRÁFICA)

2.1 - Objectivo

Definição das condições de execução dos trabalhos preparatórios da empreitada, nomeadamente


levantamentos topográficos das áreas de trabalho, implantação dos trabalhos, etc., e definição do
modo de execução da piquetagem e implantação topográfica da obra.

2.2 - Critérios de medição

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O custo de todos os trabalhos preparatórios e da piquetagem e implantação topográfica da obra são
do encargo exclusivo do Empreiteiro e consideram-se incluídos nos preços unitários fornecidos para
os restantes materiais e trabalhos que constam do mapa de quantidades de trabalho.

2.3 - Levantamento topográfico da área dos trabalhos

O Empreiteiro procederá em conjunto com a Fiscalização, ou sob o controlo directo desta, à


verificação do levantamento topográfico fornecido pelo Dono da Obra da área abrangida pelos
trabalhos.

Todas as cotas altimétricas serão referidas à mesma cota altimétrica base indicada no projecto.

O Empreiteiro fica responsável pelas estacas e marcas colocadas, devendo mandar substituir as que,
por qualquer motivo, desapareçam. Será também responsável pelos prejuízos que possam resultar
da eventual deslocação das estacas e marcas colocadas.

O Empreiteiro fornecerá todo o equipamento e pessoal habilitado necessário para levar a efeito o
trabalho.

Este levantamento, uma vez aprovado, servirá de base a todas as medições dos trabalhos que
envolvam movimentação de terras.

2.4 - Piquetagem e implantação topográfica

2.4.1 - Descrição

a) O Empreiteiro deverá executar marcos de betão, com marcas de aço inox incorporadas,
que servirão de pontos principais de referência. Estes marcos destinam-se a efectuar a
implantação da obra.

A localização, a forma e as dimensões das marcas serão definidos pela Fiscalização.

Os marcos deverão ficar concluídos e coordenados de forma a permitirem a implantação


atempada das diferentes estruturas.

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Para a definição de cotas altimétricas das estruturas o Empreiteiro deverá recorrer a
pontos de referência fixos, localizados fora da obra e não susceptíveis de sofrer
deslocamentos ao longo do tempo;

b) Antes de iniciar qualquer das fases de um trabalho, o Empreiteiro deverá proceder à


implantação do seu traçado e piquetagem, com base em alinhamentos e cotas de
referência fornecidos pela Fiscalização. O material topográfico necessário a estes
trabalhos será fornecido pelo Empreiteiro;

c) O plano de implantação e piquetagem será submetido, pelo Empreiteiro, à Fiscalização


que o aprovará ou modificará no prazo de 5 dias úteis;

d) O Empreiteiro terá um prazo de 5 dias úteis para verificação no local e apresentação, se


for caso disso, de observações assinalando as deficiências que eventualmente encontre,
deficiências essas que serão objecto de uma verificação contraditória com a Fiscalização;

e) Na piquetagem dos trabalhos serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de madeira


com 8 a 10 cm de diâmetro na cabeça, cravadas e numeradas, sendo as cotas das suas
cabeças ligadas às marcações de referência fixas definidas na alínea a);

f) O Empreiteiro obriga-se a conservar as estacas e referências de base, bem como a


recolocá-las à sua custa em condições idênticas, quer em posição definitiva, quer numa
outra, se as necessidades do trabalho o exigirem, depois de a Fiscalização ter concordado
com a modificação da piquetagem.

2.5 - Implantação dos trabalhos

a) A implantação de toda a obra será feita de harmonia com as indicações do projecto e a


partir dos pontos principais de referência definidos, sendo da inteira responsabilidade do
Empreiteiro a demarcação e implantação correcta de todos os trabalhos a executar.

Na escolha dos pontos principais de referência dever-se-á ter em atenção o


desenvolvimento das obras e os movimentos de terra necessários, para que todas as
implantações a executar em obra se possam sempre relacionar aos pontos principais de
referência inicialmente tomados;

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b) A tolerância nas implantações e cotas altimétricas é de 5 mm;

c) A implantação pormenorizada da obra compete ao Empreiteiro que deverá rever todo o


sistema de cotas do projecto de todos elementos de construção;

d) Se não comunicar oportunamente, qualquer omissão, erro ou descoordenação, o


Empreiteiro assume inteira responsabilidade pelos mesmos, não lhe cabendo qualquer
direito a reclamação;

e) A Fiscalização poderá, em qualquer ocasião, proceder à verificação das demarcações e


implantações efectuadas, sem que daí resulte diminuição das obrigações e
responsabilidades do Empreiteiro.

3 – TERRAPLENAGEM

3.1 – ESCAVAÇÕES E ATERROS

3.1.1 – Trabalhos Preparatórios e de Protecção

3.1.1.1 – Limpeza e Desmatação

As superfícies dos terrenos a escavar ou a aterrar devem ser previamente limpas de pedra grossa,
detritos e vegetação lenhosa (arbustos e árvores) conservando-se, todavia, a vegetação subarbustiva
e herbácea, a remover com a decapagem.

A limpeza e/ou desmatação deve ser feita exclusivamente nas áreas sujeitas a terraplenagem.

3.1.1.1.1 - Critérios de Medição

Os trabalhos de desmatação e desenraízamento serão medidos por metro quadrado da área de


implantação da obra.

3.1.1.2 – Decapagem da Terra Arável

As áreas de terrenos a escavar ou a aterrar devem ser previamente decapadas da terra arável, com a
espessura definida no projecto, e de terra vegetal com elevado teor de matéria orgânica, que serão

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aplicadas imediatamente, ou armazenadas em locais aprovados pela fiscalização para aplicação
ulterior.

Porém, as áreas correspondentes a bases de aterros com uma altura igual ou superior a 3,0 m não
deverão ser decapadas, a menos que se torne necessário proceder a tal operação para que as
quantidades de terra vegetal sejam suficientes para recobrir os taludes de aterro.

3.1.1.2.1 - Critérios de medição e de pagamento

Os trabalhos de decapagem serão medidos por metro quadrado da área de implantação da obra.

3.1.1.3 – Saneamentos na Base de Aterros

Em princípio os eventuais saneamentos em solos superficiais ao nível da fundação de aterros devem


limitar-se até possanças da ordem de grandeza de 1,0 m, exceptuando-se zonas com expressão
muito limitada. Em qualquer situação que aponte para este tipo de saneamentos, é imprescindível o
prévio acordo da fiscalização, sem o qual não serão considerados, para efeitos de medição, todos os
trabalhos de substituição de solos que o adjudicatário possa, intempestivamente, vir a executar.
No caso de ser necessário proceder à remoção de solos impróprios em espessuras superiores a
1,00m, o critério de medição mantém-se, mas aplicando-se a proporcionalidade entre as espessuras
efectivamente retiradas e aquela possança.
Devem ser evitados os saneamentos abaixo do nível freático. Porém, quando tal suceda, deverá
seguir-se a seguinte metodologia:

A operação de “enchimento” da depressão criada, deverá ser muito bem planeada, para que
decorra dentro de um período de tempo mínimo;

Eliminação da água livre por intermédio de bombagem;

Levantamento, com recurso a rectro-escavadora, de todo o material remexido e sua


condução a depósito;

Imediato enchimento com material rochoso insensível à água (percentagem de passados no


peneiro ASTM nº 200 inferior ou igual a 5%) e de granulometria contínua, obedecendo no
geral às características fixadas para materiais destinados a aterros com pedra;

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Imediata compactação com um cilindro vibrador com um peso mínimo de 35 Kgf por cm de
geratriz vibrante, o qual deverá executar um mínimo de 6 passagens antes que o nível
freático suba no material espalhado.

3.1.1.4 – Protecção da Vegetação Existente

Toda a vegetação arbustiva e arbórea da zona da estrada nas áreas não atingidas por movimentos
de terras, será protegida, de modo a não ser afectada com a localização de estaleiros, depósitos de
materiais, instalações de pessoal e outras ou com o movimento de máquinas e viaturas. Compete ao
adjudicatário tomar as disposições adequadas para o efeito, designadamente instalando vedações e
resguardos onde for conveniente ou necessário.

Da vegetação existente nas áreas a escavar ou aterrar, a que for recuperável será transplantada em
oportunidade, e para locais a indicar no projecto ou pela fiscalização.

Os custos inerentes a estas operações consideram-se, para todos os efeitos, incluídos nos preços
unitários da empreitada.

3.1.2 - Escavações

Os elementos de projecto relativos à natureza dos terrenos atravessados constituem simples


orientação, pelo que as escavações serão pagas de acordo com os volumes da proposta relativos a
"Escavação em terreno de qualquer natureza".

A escavação não deverá ser levada abaixo das cotas indicadas nos desenhos, salvo em
circunstâncias especiais surgidas durante a construção, tais como a presença de rocha. O material
removido abaixo da cota de projecto deve ser substituído por materiais com características
especificadas neste caderno para leitos de pavimento. Para todos os efeitos estes custos estão
contabilizados no preço unitário que remunera este trabalho.

A compactação relativa da camada subjacente ao leito do pavimento, quando referida ao ensaio


AASHO Modificado, deve ser, pelo menos, de 95%, até uma profundidade de 0,50 m. No caso de não
serem atingidos estes valores, deverá o solo ser escarificado, ou mesmo substituído, procedendo-se
depois à sua compactação de acordo com a parte aplicável do artigo referente a aterros.

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A escavação deverá sempre desenvolver-se para que seja assegurado um perfeito escoamento
superficial das águas.

Se, no decorrer das escavações, for encontrada água nascente, tal facto deve ser imediatamente
considerado, no caso do projecto não prever a respectiva drenagem. A escavação deve ser,
entretanto, mantida livre de água por intermédio de bombagem ou outro meio.

A qualidade dos materiais resultantes de escavações na obra e a aplicar em aterro, deve ser
verificada de maneira contínua durante o trabalho. Se a qualidade diferir do especificado, essa
circunstância deve ser considerada, revendo-se, nomeadamente, o dimensionamento do pavimento.

Os meios e processos a utilizar na escavação de materiais a reutilizar na construção de aterros,


deverão adequar-se ao tipo de solos em presença e às condições atmosféricas previsíveis, em
conformidade com o parecer da fiscalização que poderá, se for caso disso, determinar o recurso ao
desmonte vertical.

Quando houver necessidade de se proceder a "desmontes a fogo" em áreas urbanisticamente


ocupadas, deverá o adjudicatário tomar as precauções necessárias para não colocar em risco
pessoas e bens, assumindo inteira responsabilidade pelos prejuízos que, eventualmente, venham a
ser causados aos terceiros.

As valas indicadas nas cristas dos taludes devem ser abertas antes de iniciadas as escavações.

As valetas têm de ser abertas de acordo com a inclinação e forma dos perfis transversais. O
adjudicatário é obrigado a manter livre de folhas paus ou outros detritos, as valas por ele abertas, até
à aprovação final da fiscalização.

Devem ser feitos ajustes nos taludes a fim de evitar prejuízo na arborização ou na estabilidade da
rocha alterada, ou ainda para harmonizar a estrada com a paisagem.

As intersecções das superfícies dos taludes com o terreno natural têm de ser arredondadas,
conforme se indica nos desenhos. Este trabalho deve ser executado cuidadosamente para evitar
danos na vegetação exterior à área escavada.

3.1.2.1 - Critérios de medição

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As escavações são medidas por metro cúbico, sem empolamento e segundo os perfis teóricos
definidos no projecto.

Esta natureza de trabalho engloba as escavações em terreno de qualquer natureza e inclui todos os
condicionamentos de execução e as operações inerentes, tais como escavação, eventuais entivações
e taqueamento, carga, elevação, transporte a qualquer distância, descarga e arrumação em depósito
(ou aterro), desobstrução de estradas e caminhos, e reparação de estragos provocados no decorrer
dos trabalhos.

Esta natureza de trabalho inclui também a remoção e arrumação em depósito dos volumes de
sobreescavações e desmoronamentos, a não ser que a Fiscalização os considere inevitáveis e,
consequentemente, decida o seu pagamento.

Antes de iniciar qualquer trabalho de escavação o Empreiteiro submeterá à aprovação da


Fiscalização os elementos topográficos que servirão de base à medição dos respectivos volumes.

3.1.3 - Demolições

3.1.3.1 - Objectivo

Definição do modo de execução dos trabalhos de demolição.

3.1.3.2 - Critérios de Medição e Pagamento

O custo de todos os trabalhos de demolição não especificados na lista de preços unitários é do


encargo exclusivo do Empreiteiro e consideram-se incluídos nos preços unitários fornecidos para os
restantes materiais e trabalhos que constam do mapa de quantidades de trabalho.

3.1.3.3 - Recomendações gerais

Todas as demolições que sejam efectuadas devem ser precedidas de medidas que salvaguardem
danos materiais e pessoais, tendo-se ainda em atenção todas as recomendações e faseamento
indicados nos desenhos de execução e nas peças escritas do projecto.

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3.1.4 – Aterros

3.1.4.1 – Disposições Gerais

Não é permitido o início da construção dos aterros sem que, previamente, a fiscalização tenha
inspeccionado e aprovado a área respectiva e verificado a adequação do equipamento de
compactação às condições e materiais previsíveis. Também é condição necessária para o mesmo fim
a presença dos meios de controlo laboratorial.

Se houver que construir aterros com menos de 0,30 m de espessura sobre o terreno natural ou
terraplenagem já existente, a respectiva plataforma deverá ser escarificada, regularizada e
recompactada numa profundidade de 0,50 m, até à baridade relativa especificada.

Na construção de aterros sobre terrenos que não suportam o peso do equipamento, a camada
inferior, com espessura mínima de 0,40 m, será preferencialmente executada com materiais
granulares não plásticos ou, em alternativa, com solos de características dentro dos limites
estabelecidos pelas Normas, aplicados sobre geotextil com uma adequada resistência à tracção. O
geotextil será, por sua vez aplicado, em princípio segundo a direcção transversal, com uma
sobreposição mínima de 0,30 m ou mesmo de 0,50 m quando em zonas com baixa capacidade de
suporte ou preferenciais do tráfego de obra.

Na construção de aterros sobre baixas aluvionares muito compressíveis, a camada inferior, com a
espessura de 0,40 m, será constituída por material drenante, sobre o geotextil para o efeito e que
será, em princípio, aplicado segundo a direcção transversal, com uma sobreposição mínima de 0,50
m.

Salvo impossibilidade prática, o geotextil deve ser “ancorado” nos extremos mediante
“prolongamento” ao longo das duas alturas e fundo do dreno longitudinal colector da camada
drenante ou, na inexistência daquele, através da execução de dois aterros suplementares com 1,0 m
de largura e cerca de 2,0 m de altura.

Em zonas localizadas e devido a capacidades de suporte do solo de fundação muito reduzidas,


poderá haver necessidade de se aumentar a sobreposição para 1,0 m e/ou aplicar obrigatoriamente o
geotextil na direcção transversal, relativamente ao avanço dos trabalhos. Sempre que as condições

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locais o aconselhem, designadamente quando o geotextil tiver de ser aplicado debaixo de água,
poderá recorrer-se a outros processos de ligação, como a cosedura ou soldadura e o agrafamento
(por cravação de ferros de Ø 6mm com 0,50 m de comprimento e dobrados em “U”), desde que
previamente autorizados ou exigidos pela fiscalização.

Caso seja possível, e com vista a reduzir-se o volume de material drenante a aplicar, deverá
executar-se, antecedendo a aplicação do geotextil, uma camada de aterro com a espessura
correspondente aos assentamentos previsíveis durante a construção. Antes da aplicação do geotextil
deverá proceder-se à colocação de todo o equipamento de observação e à execução da “Leitura
Zero”.

Em ambos os casos (terrenos que não suportam o peso do equipamento e baixas aluvionares
compressíveis), o tráfego de obra deverá efectuar-se a uma distância mínima de 2,0 m da falda do
aterro. A construção deste, a partir daquela cota, far-se-á por camadas, devidamente compactadas
conforme o especificado. Quando se trate de uma situação de alto risco em matéria de estabilidade
do aterro construído a curto prazo, a fiscalização poderá determinar um faseamento detalhado para a
respectiva construção, sem que tal medida implique encargos adicionais. Estes só deverão ser
quantificados quando surja a necessidade de executar aterros de carga provisórios, determinados
pela fiscalização.

A circulação directa do equipamento sobre todas as camadas assentes em geotextil será limitada, em
função da sua natureza e características, bem como do tipo e peso do equipamento.
Independentemente deste aspecto, o espalhamento das camadas de recobrimento do geotextil será
feito com lâmina alta e redução gradual da espessura, por forma a que, entre o equipamento em
actuação e o geotextil, se interponha sempre uma espessura mínima de material de recobrimento da
ordem dos 0,30 m.

Na preparação da base em que assentam os aterros, deverá ter-se em atenção que, sempre que
existam declives superiores a 1:5, deverá escarificar-se a superfície ou dispô-la em degraus, por
forma a assegurar uma boa ligação ao material de aterro, especialmente quando este apresente
taludes com V/H igual ou superior a 4/5. Na mesma perspectiva, deverá proceder-se a uma
sistemática demolição das obras de contenção existentes que não se apresentam estáveis ou
prejudiquem as condições de aplicação dos materiais em aterro. O custo desta operação é encargo
exclusivo do empreiteiro.

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A compactação relativa de solos nos aterros, referida ao ensaio AASHO Modificado, deve ser
superior a 90% em solos com equivalente de areia inferior a 30%. No caso particular de solos
incoerentes, aquele valor deve ser aumentado para 95% e é obrigatório o recurso a cilindros
vibradores com um peso estático por unidade de comprimento de geratriz vibrante não inferior aos 25
Kg/cm.

O teor em água dos solos, no momento da compactação, deve ser tão próximo quanto possível do
teor óptimo obtido por ensaio de compactação pesada, na generalidade dos casos, ou por ensaio de
compactação normal quando se trate de solos com percentagens de passados no peneiro ASTM nº
200 igual ou superior a 30%, não podendo diferir dele em mais de 1,5 pontos percentuais. Dada a
importância daquele factor, é obrigatória a calibração dos dispositivos nucleares de medição, durante
o controlo “in situ” para cada tipo de solos e para variações significativas do nível de humidade no
solo, para o que bastará comparar resultados obtidos com o "speedy" (reacção com carboneto de
cálcio em recipiente hermético dotado de manómetro), por sua vez previamente calibrado em
laboratório. No caso de erros relativos elevados (superiores a 10%), torna-se indispensável traçar
uma curva de calibração para três pontos, no intervalo “teor óptimo ± 2%”.

Na colocação dos solos em aterro, deve ter-se em atenção que os de pior qualidade devem ser
remetidos unicamente para as camadas intermédias, melhorando sucessivamente até que, na parte
superior se empreguem os que tenham melhores características. Os solos a colocar nas camadas
inferiores, até cerca de 1,0 m de altura, deverão ter sensibilidade à água relativamente reduzida.

Os aterros têm que ser construídos de modo a possibilitar sempre o perfeito escoamento das águas
superficiais, não devendo o declive transversal exceder, no entanto, o valor de 6%.

A construção do corpo dos aterros deverá ser coordenada com a instalação de dispositivos de
drenagem externa tais como colectores e aquedutos, por forma a evitar extemporâneas e
inconvenientes aberturas de valas, cuja responsabilidade caberá ao adjudicatário a menos que a
fiscalização, face à especificidade de cada caso, tenha previamente autorizado a operação. Quando
tal autorização não tenha sido dada, poderá a fiscalização determinar os trabalhos que entender
necessários para enchimento da vala, em moldes que não comprometam minimamente a estabilidade
do leito do pavimento e que serão executados a expensas do adjudicatário.

No fim de cada dia de trabalho, não devem ficar solos por compactar. Mesmo no caso em que uma
camada tenha sido escarificada para perda de humidade e não se tenha alcançado o objectivo
pretendido, deverá ser compactada e re-escarificada no outro dia.

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Em particular, não deverão ficar orlas (excedentárias ou não) de solos por compactar, na crista dos
aterros (medida especialmente pertinente no caso de solos incoerentes), mesmo que para tal se
tenha de recorrer a meios de compactação ligeiros. Quando se deixe ficar um bordo provisório
sobrelevado ao fim do dia de trabalho, com vista a precaver eventuais ravinamentos, deverá
proceder-se, antes do espalhamento de nova camada, à sua eliminação, mediante passagem de uma
motoniveladora.

Não será permitida em obra a execução de aterros por mistura de solos com diferentes proveniências
ou de natureza diferenciada ou ainda de solos com materiais diversos, tendo em vista garantir
resultados fiáveis do processo de controlo de qualidade. Nestes termos, diferentes materiais, deverão
ser aplicados em zonas bem diferenciadas dos aterros. A não observância deste principio pelo
adjudicatário, poderá determinar uma ordem de desmonte do aterro em causa, por parte da
fiscalização.

Na execução de aterros com xistos ou outros materiais com carácter evolutivo, deverá incluir-se no
equipamento um cilindro pesado com "pés de carneiro", tendo em vista reduzir e homogeneizar a
granulometria do material desmontado e minimizar, assim o risco de posteriores assentamentos
resultantes da alteração do material aplicado em obra.

Deverão ainda ser feitos trabalhos de terraplenagem nas zonas de transição de escavação para
aterro, incluindo eventuais saneamentos com substituição de solos por materiais com características
para leito de pavimento, por forma a que possa ser garantida uniformidade na capacidade de suporte
da infraestrutura criada.

3.1.4.2 – Aterros Executados com Pedra

Quando se empregar um material rochoso na execução de aterros, os vazios devem ser preenchidos
com material mais fino, compactando-se de forma a obter uma camada densa.

Em princípio e salvo acordo em contrário da fiscalização, apoiado nos resultados de um troço


experimental, as camadas não deverão ter espessura superior a 0,60 m sendo sempre obrigatório o
espalhamento do material por recurso à técnica designada de “camada em cordão”. Assim, o material
será depositado cerca de 5,0 m atrás da frente da camada a regularizar. Daí, tractores de lâmina tipo
D7 ou D8, arrastarão o enrocamento para a dianteira da camada, obtendo-se, deste modo, um

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avanço contínuo do mesmo. Esta técnica tem a vantagem de conduzir a um elevado imbricamento
dos blocos de enrocamento, com o preenchimento dos vazios com o material mais fino.

No caso de alguns blocos de rocha possuírem dimensões superiores a 0,60 m, serão


convenientemente distribuídos nos aterros de forma a permitirem a entrada e eficiente aplicação das
suas máquinas compactadoras nos seus intervalos e de tal modo que os seus pontos mais altos
fiquem a uma profundidade do leito do pavimento de, pelo menos, 1 metro.

Quando o material resultante das escavações e a utilizar nos aterros de enrocamento não possua
granulometria adequada e, sobretudo, quando o seu coeficiente de uniformidade for inferior a 6,
dever-se-á misturar com outro material, proveniente de outra escavação. A mistura deverá ser ainda
efectuada pelos tractores de lâmina que utilizarão novamente a técnica designada de “camada em
cordão”, segundo um processo iterativo. Assim e em sucessivas passagens, com a lâmina cada vez
mais baixa, os tractores irão preenchendo os intervalos entre blocos com elementos de menores
dimensões, a cada passagem, efectuando na última a regularização com os elementos mais
pequenos, detritos e terras.

Em qualquer dos casos e durante a regularização da camada deve-se regar o enrocamento com uma
quantidade de água igual ou superior a 25% do seu total (>200 l/m³) de enrocamento).

Em todos os casos de aterros rochosos, é obrigatória a aplicação de cilindros vibradores com carga
estática por unidade de geratriz vibrante superior a 35Kg/cm. A espessura máxima das camadas e o
número de passagens por camada terão sempre que ser homologadas pela fiscalização, de
preferência após a execução de um aterro experimental.

3.1.4.3 – Coroamento de Aterros

A camada de coroamento de aterros terá espessura de 0,40 m quando nada se estipule em contrário
no projecto e a sua execução é obrigatória desde que a estrutura do pavimento a construir seja de
tipo flexível. Trata-se da camada de topo do aterro, o que determina trabalhos de regularização
acrescidos com vista à consecução dos níveis de acabamento para ela estipulados. Porém, o custo
desses trabalhos considera-se incluído no preço unitário para execução da camada dita “de
coroamento".

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No caso de aterros rochosos a camada de coroamento terá uma espessura mínima de 0,60 m e é de
execução sempre obrigatória. Para espessuras iguais ou superiores a 0,80 m, deverá ser realizada
por sub-camadas.

Os materiais para coroamento de aterros devem reunir as características mínimas fixadas neste
caderno, sendo colocados em obra em conformidade com as disposições aplicáveis expressas no
ponto 15.2.3.1, por forma a que a sua compactação relativa, referida no ensaio AASHO Modificado,
seja superior a 95% quando se trate de solos com equivalente de areia inferior a 30%. No caso
particular de solos incoerentes, aquele valor deve ser aumentado para 100% e é obrigatório o recurso
a cilindros vibradores com um peso estático por unidade de comprimento de geratriz vibrante não
inferior aos 25 Kg/cm.

3.1.5 – Compactação

Para escolha do equipamento de compactação mais adequado e para se determinar as condições em


que deverá ser executada a compactação, é aconselhável a construção de um aterro experimental
com os tipos de solos predominantes, segundo as seguintes normas:

Selecciona-se uma área no local com 30 m de comprimento por 15 m de largura,


removendo-se os solos orgânicos de cobertura;

Coloca-se os solos a usar no aterro em três faixas de 5 m de largura, com três espessuras
diferentes, escolhidas conforme o tipo de solo;

Começa-se por utilizar o solo no seu teor em humidade natural, e compacta-se com o tipo
de equipamento que se projecta usar, determinando a baridade seca ao fim, por exemplo,
de 2, 4 e 8 passagens (excepto no caso de cilindros de pé de carneiro, em que as
determinações se fazem, por exemplo, ao fim de 4, 8 e 16 passagens);

Repetem-se as operações precedentes, substituindo o solo e usando o teor em humidade


óptimo respectivo;

Repetem-se ainda as mesmas operações, substituindo novamente o solo, e utilizando um


teor de humidade intermédio;

No caso do teor em humidade natural do solo ser próximo do teor óptimo, os três teores em
humidade a escolher deverão ser iguais ao teor óptimo e 3% acima e abaixo desse valor;

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Com os resultados obtidos traçam-se gráficos, em presença dos quais se decidirá qual a
melhor forma de compactação.

3.1.6 – Trabalhos de Acabamento

3.1.6.1 – Modelação do Terreno

O adjudicatário deve proceder à modelação do terreno, que compreende a eliminação das arestas,
saliências e reentrâncias que resultam da intersecção dos diversos planos definidos pelas novas
cotas de trabalho. Realiza-se no sentido de estabelecer a sua concordância mediante superfícies
regradas e harmónicas, em perfeita ligação com o terreno natural.

A modelação terá em conta o sistema de drenagem superficial dos terrenos marginais à plataforma
da estrada.

3.1.6.2 – Regularidade do Terrapleno

As camadas de aterro ou superfícies escavadas, devem ser desenvolvidas de forma regular.

A superfície resultante da terraplenagem deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, de ondulações ou
material solto, não podendo, em qualquer ponto, apresentar diferenças superiores a 2 cm em relação
aos perfis longitudinal e transversal estabelecidos.

Assim, as escavações em rocha deverão ser regularizadas com os materiais para esse fim
especificados e na espessura média preconizada no projecto. Serão da responsabilidade do
adjudicatário quaisquer trabalhos a mais emergentes de acréscimo na espessura média daquela
regularização. Deverá ainda o adjudicatário garantir que a camada de regularização tenha uma
espessura mínima absoluta de 10 cm, tendo em vista razões de ordem estrutural (maior uniformidade
na capacidade de suporte e atenuação de punçoamentos ao nível da infraestrutura de apoio do
pavimento).

3.1.7 – Empréstimos, Depósitos e Zona (s) de Estaleiro

Os solos de empréstimo serão extraídos dos locais aprovados pela fiscalização e de modo a que não
fiquem cavidades onde as águas se represem.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 15
Os solos levados a depósito dispor-se-ão de modo que não prejudiquem a cultura das terras
adjacentes e que não possam cair sobre a estrada, embaraçando o escoamento das águas. As zonas
de depósito ficarão, sempre que possível situadas em locais não visíveis da estrada.

Concluído o depósito de terras, todas as áreas afectadas deverão ser modeladas e integradas no
relevo da zona, para o que se farão as necessárias realizações sendo os encargos daí resultantes
suportados pelo adjudicatário. Se as não fizer no prazo fixado, serão estas executadas pela
fiscalização, por conta daquele.

Na zona do estaleiro, após a conclusão da obra, o adjudicatário é obrigado a remover do local, no


prazo de 30 dias a contar do auto de recepção provisória, os restos dos materiais, entulhos,
equipamentos, bem como ao desmantelamento do estaleiro e obras auxiliares e à limpeza e
regularização da zona, a fim de se proceder ao seu recobrimento vegetal. Os respectivos encargos
são da responsabilidade do adjudicatário.

3.1.8 – Regularização e Revestimento de Taludes

As operações de regularização de taludes de escavação ou de aterro devem seguir-se imediatamente


à conclusão dos respectivos trabalhos, devendo, em qualquer caso, anteceder a pavimentação. Os
custo desta operação é encargo exclusivo do adjudicatário.

3.1.9 – Disposições Construtivas Diversas

Os aterros junto das estruturas devem ser cuidadosamente executados, por camadas de 15 a 20 cm
de espessura, simetricamente dispostos em relação à estrutura, e compactados à baridade
especificada para o conjunto do aterro.

No caso de haver que assentar tubos de drenagem em zonas de aterro, este deverá ser previamente
construído até cerca de 0,30 m acima da geratriz superior dos tubos, só então se fazendo a
escavação da caixa para o seu assentamento.

3.1.10 – Enchimentos Junto a Estruturas

Os trabalhos só serão iniciados depois da aprovação prévia da fiscalização. Serão estudados em


especial os problemas de drenagem que possam surgir e só depois destes estarem
convenientemente resolvidos, se executará o enchimento.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 16
Quando se tratar de fragmentos de rochas, ou não se façam os ensaios de campo descritos no
respectivo ponto, a espessura das camadas de aterro não deverá exceder 0,20 m, medidos antes do
início da compactação. Até 1 m atrás dos encontros, o enchimento será sempre feito em material
granular 0/50 mm, sem pedras de dimensão superior a 65 mm.

Cada camada deve ser densificada de tal forma que a compactação relativa, referida ao ensaio
AASHO modificado, seja, nos últimos 0,60m de terrapleno, de pelo menos 95%. As camadas
inferiores terão uma compactação mínima de 90%. No caso de solos incoerentes, os referidos valores
sobem para 100% e 95%, respectivamente.

Ao tempo da compactação, o teor em humidade do material de aterro deve ser tal que possa produzir
a compactação relativa especificada. Se o material tiver excesso de humidade, não deve ser
compactado até que esteja suficientemente seco.

Em volta das colunas, muros isolados, etc., o enchimento far-se-á tanto quanto possível, para os dois
lados opostos, de modo a não dar origem a impulsos unilaterais perigosos.

Junto das tubagens tomar-se-ão precauções para evitar a sua danificação.

3.1.11 – Execução da Camada Suprajacente

Não será permitida a construção da base ou sub-base sobre a camada cujo teor em humidade seja
superior, em mais de 3 pontos percentuais, ao teor óptimo em humidade, referido ao ensaio AASHO
Modificado. O mesmo princípio se aplica relativamente ao estabelecimento do leito de pavimento,
quando este constitua camada com contributo estrutural.

Não será ainda permitida a colocação de materiais para a camada de base ou sub-base, nem poderá
ser iniciada a sua construção, sem que estejam efectuados todos os trabalhos de drenagem previstos
no projecto e que interessam ao troço em causa.

3.1.12 – ESTABELECIMENTO DO LEITO DO PAVIMENTO

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 17
Quando o projecto não especifique a execução de um leito estrutural, considera-se aquele
estabelecido com a conclusão da camada do coroamento dos aterros e/ou mediante a regularização
e compactação das zonas escavadas da plataforma a pavimentar.
Sempre que, depois de estabelecido o leito do pavimento, se observe que o mesmo não se apresenta
convenientemente estabilizado devido à existência de manchas de maus solos, susceptíveis de
comprometer a prestação do pavimento, deverão os mesmos ser removidos na extensão e
profundidade necessárias, e substituídos pelos materiais adequados.
Os materiais de enchimento deverão ser compactados por camadas de espessura não superior a
0,20 m, com recurso a meios adequados às dimensões da zona saneada e de forma a obter-se uma
compactação relativa superior a 95%, quando referida ao ensaio AASHO Modificado.

4 – DRENAGEM

4.1 – INSTALAÇÃO DE AQUEDUTOS E COLECTORES

4.1.1 – Abertura de Valas

A abertura de valas deverá ser executada com uma largura que permita um espaço livre mínimo, de
cada lado do tubo de 0,3 m para tubos com diâmetro menor do que 1,0 m, e de 0,7 m para tubos de
diâmetro maior que 1,0 m.

Sempre que os trabalhos não possam ser conduzidos de forma a assegurar o livre escoamento das
águas, terá de proceder-se ao seu esgoto por bombagem, devendo o adjudicatário dispor do
equipamento para tal necessário. O seu custo considera-se incluido nos preços unitários do projecto.

O adjudicatário executará, por sua conta todos os trabalhos de entivação das paredes das valas que
tiver que abrir, sempre que se manifestem necessários. No caso de valas em rocha, não se
considerará qualquer acréscimo nas medições.

Se se verificar que o terreno no fundo da vala não tem firmeza suficiente para assentamento dos
tubos, aquela será aprofundada até se encontrar terreno firme, preenchendo-se este aprofundamento
com brita de diâmetro nominal da ordem dos 50 mm, bem compactada. Porém, este processo é
limitado ao aprofundamento máximo de 0,50 m obrigando-se a compactar por sub-camadas a partir
da espessura de 0,30 m.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 18
Em casos especiais indicados no projecto, ou aqueles em que seria necessário proceder a
aprofundamento superior a 0,50 m, os tubos serão assentes sobre soleira de betão.

4.1.2 – Regras gerais para assentamento dos Tubos

O assentamento dos tubos não pode ser iniciado antes da vala (e da regularidade do seu fundo) ser
aprovada pela fiscalização.

Após perfeita regularização do fundo da vala destinada à tubagem, executar-se-á um leito para
assentamento daquela, em função do tipo de tubo a utilizar.

Todos os tubos de betão ou elementos para a montagem dos tubos metálicos (incluindo elementos
de fixação) serão analisados antes do seu assentamento, para impossibilitar a utilização de quaisquer
elementos defeituosos.

Os tubos serão assentes segundo linhas rectas, entre caixas de visita ou entre entradas e saídas de
aquedutos, com as cotas e inclinações previstas no projecto.

Antes do enchimento das valas, os colectores ou aquedutos têm que ser aprovados pela fiscalização.

4.1.3 – Instalação de elementos em Betão

4.1.3.1 – Generalidades

A profundidade das valas deve, em princípio, ser tal que o recobrimento total dos tubos seja, pelo
menos, igual a vez e meia o seu diâmetro, não podendo em caso algum as camadas do pavimento
assentar directamente sobre eles.

Quando se torne impraticável o recobrimento preconizado no parágrafo antecedente, situação


corrente em trabalhos de grande reparação que incluam a remodelação de aquedutos fora de serviço,
deverá proceder-se ao envolvimento do aqueduto com um betão magro à taxa de 150 Kg de cimento
por m³, numa espessura a determinar em acordo com a fiscalização e que poderá, em casos
extremos, ir até ao total preenchimento da vala.

O leito para assentamento da tubagem será constituído de forma a cumprir as classes de


assentamento preconizadas no projecto e especificadas no ponto seguinte.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 19
No assentamento, os tubos de betão serão justapostos nos topos, sendo estes ligados com
argamassa de cimento ao traço de 600 Kg de cimento para 1,0 m³ de areia, e as juntas assim
constituídas vedadas com corda embebida na argamassa ou por qualquer outro sistema que garanta
a estanquicidade necessária.
Os materiais a utilizar no enchimento das valas devem ser saibros de boa qualidade ou os produtos
da próprio escavação se limpos, isentos de matéria orgânica e argilas e pouco sensíveis à água, não
contendo, todavia, pedras com um diâmetro nominal superior a 0,10 m, na camada em contacto com
os tubos.

O enchimento será executado por camadas de 0,15 a 0,20 m, bem compactadas uniformemente de
ambos os lados do tubo. O envolvimento nestes moldes abrangerá a parte superior dos tubos, que
serão recobertos em, pelo menos, 0,30 m. Não será permitida a passagem de máquinas ou de
viaturas sobre os tubos antes de tal enchimento estar acabado.

4.1.4 – Classes de Assentamento

a) Colocação de colectores e/ou aquedutos em fundação de betão - Classe A

A fundação em betão deverá ter as dimensões indicadas no projecto não podendo, no entanto, a sua
espessura, ser inferior a 1/4 do diâmetro interno do tubo e devendo acompanhar a curvatura deste
em, pelo menos, o correspondente a 1/4 do diâmetro externo.

Nos demais aspectos construtivos deverão ser seguidas as especificações fixadas neste caderno de
encargos.

b) Colocação de colectores e/ou aquedutos em fundação de material granular - Classe B

As tubagens colocadas sobre o terreno natural e recobertas por aterro deverão ser instaladas de tal
modo que, a relação da distância do topo da conduta ao terreno natural pela largura exterior dos
tubos, não seja superior a 0,7, sendo a conduta cuidadosamente assente sobre material granular
adequado, que deverá preencher os moldes, previamente erguidos, no correspondente a um mínimo
de 15% da sua altura. Lateralmente e até, pelo menos, 30% da altura dos tubos, aquele material
deverá ser perfeitamente compactado, por camadas de espessura não superior a 0,20 m.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 20
No caso das tubagens serem colocadas em vala, o envolvimento da conduta pelo material granular
deverá ser completo e preencherá a vala até, pelo menos, 0,30 m acima do topo da conduta. Aquele
material de enchimento será sempre cuidadosamente compactado, por camadas de espessura não
superior a 0,15 m.

No caso particular de fundação em rocha, esta deverá ser sobre-escavada e regularizada com solos
seleccionados, de modo a obter-se um leito com espessura de, pelo menos, 0,04 m por cada metro
de altura do aterro suprajacente e com um mínimo de 0,20 m, sobre o qual se procederá ao
assentamento dos tubos.

Nos demais aspectos construtivos, deverão ser seguidas as especificações fixadas no presente
caderno de encargos.

c) Colocação de colectores e/ou aquedutos sobre fundação ordinária - Classe C

Nesta classe de assentamento, a relação da distância do topo da conduta ao terreno natural pela
largura exterior dos tubos não deverá ser superior a 0,90 m. A conduta será assente com cuidado em
moldagem previamente efectuada no solo, de modo a assegurar-se um perfeito contacto entre
conduta e solo em, pelo menos, 10% da altura dos tubos componentes.

No caso particular de fundação em rocha, esta deverá ser sobre-escavada e regularizada com solos
seleccionados, de modo a obter-se um leito com espessura de, pelo menos, 0,04 m por cada metro
de altura do aterro suprajacente e com um mínimo de 0,20 m, sobre o qual se procederá ao
assentamento dos tubos.

Nos demais aspectos construtivos, deverão ser seguidas as especificações fixadas no presente
caderno de encargos.

4.1.5 – Caixa de Visita

Serão pré-fabricadas ou moldadas “in situ”, de acordo com os desenhos de pormenor do projecto. As
juntas das peças pré-fabricadas serão executadas de forma a garantir a estanquicidade total da
caixa.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 21
4.1.6 – DRENAGEM INTERNA

4.1.6.1 – Drenos Longitudinais

Serão construídos drenos longitudinais sempre que o nível freático ou o aparecimento de nascentes
assim o determinem, após o prévio acordo da fiscalização, independentemente dos troços já
indicados no projecto. A extensão destes deverá ser ajustada em obra, segundo o parecer da
fiscalização.

4.1.6.2 – Abertura de Valas

A abertura de valas deverá ser executada com a largura especificada nas peças desenhadas e de
jusante para montante em relação aos caudais a drenar/escoar.

O adjudicatário executará, por sua conta, todos os trabalhos de entivação das paredes das valas que
tiver que abrir, sempre que se manifestem necessários. No caso de valas em rocha, não se
considerará qualquer acréscimo nas medições, quer nos volumes escavados, quer na quantidade de
materiais de enchimento.

No caso específico de abertura de valas em xisto duro, o adjudicatário deve tomar todas as
precauções para não desestabilizar a infraestrutura de apoio do pavimento existente, nomeadamente
moderando o recurso a explosivos, sendo responsável pelas eventuais reparações do pavimento,
comprovadamente resultantes da instalação do dreno longitudinal.

Quando se verificar que o terreno do fundo da vala não tem firmeza suficiente para garantir a
estabilidade do dreno, aquela será aprofundada até se encontrar terreno firme, preenchendo-se o
volume sobre-escavado com brita de diâmetro nominal da ordem dos 50 mm, bem compactada.
Porém, este processo será limitado ao aprofundamento máximo de 0,80 m obrigando-se a compactar
por sub-camadas a partir da espessura de 0,30 m.

4.1.6.3 – Enchimento das Valas

O enchimento será feito com os materiais para cada caso especificados neste caderno ou com
materiais naturais de características equivalentes, desde que fique garantida a não colmatação, ao
longo do tempo, do material drenante e haja acordo da fiscalização. Superiormente será feito um
recobrimento com o material granular para tal especificado, numa espessura mínima de 0,30 m e

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Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 22
aplicado por sub-camadas com 0,15 m de espessura. Na sua compactação recorrer-se-á a placas
vibrantes ou a cilindros vibradores de pequeno formato com carga estática por unidade de
comprimento de geratriz vibrante não excedendo 15 Kg/cm.

4.1.6.4 – Tubos de escoamento e disposições Construtivas

Serão utilizados tubos perfurados de betão simples, assentes sobre betonilha ou material
impermeável quando se trate de drenos de intersecção, ou sobre areia ou material permeável quando
se trate de drenos para rebaixamento do nível freático.

A espessura mínima da almofada de assentamento, independentemente da sua natureza, será de


0,10 m.

Em princípio, a inclinação longitudinal dos drenos não deve ser inferior a 0,5%.

4.1.6.5 – Envolvimento de drenos com Geotextil

As valas a revestir com geotextil filtrante deverão estar bem alisadas, quer no fundo quer
lateralmente, de modo a que o geotextil não estabeleça pontes sobre cavidades do solo ou venha a
ser ferido por rochas salientes. O geotextil deve ser colocado de maneira a ficar liso mas sem ficar
sob tensão e deverá ser seguro com grampos. As eventuais sobreposições deverão ser de 0,30 m e
também fixadas por grampos.

Os grampos poderão ser constituídos por ferros de aço com Ø 6 mm e 0,30 m de comprimento,
dobrados em três segmentos iguais.

Quando se trate de envolver um dreno para rebaixamento do nível freático, o geotextil deverá
proteger a almofada de assentamento em areia ou outro material permeável que será, portanto,
executada sobre ele. No caso de almofada em betão ou em material impermeável o geotextil, pelo
contrário, será aplicado sobre ela.

O material drenante de enchimento deverá ser vertido com precaução suficiente para não deslocar o
geotextil da sua posição. Para facilitar aquela operação e também para minimizar o consumo de
grampos, poderá fixar-se o geotextil ao longo dos bordos da vala introduzindo barras de aço de
contraventamento transversal, apoiadas em pequenas placas de madeira para não ferir o geotextil.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 23
As barras terão a mínima secção compatível com o desempenho das suas funções, com vista a não
perturbar o processo de enchimento da vala, sendo retiradas quando este estiver quase concluído.

Superiormente, a sobreposição das abas do geotextil deve ser igual ou superior a 0,30 m e fixada por
grampos.

5 – PAVIMENTAÇÃO

5.1 – CAMADA DE BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA - ESTABILIZAÇÃO MECÂNICA

5.1.1 – Preparação do Leito e Compactação

O leito do pavimento deverá ser regularizado e compactado de forma a apresentar uma compactação
relativa mínima de 95% quando referida ao ensaio AASHO Modificado. Sobre a superfície assim
constituída será então aplicada a camada de base, sob a condição de absoluta ausência de água
livre.

5.1.2 – Espalhamento e Compactação

Deve utilizar-se no espalhamento do agregado moto-niveladoras ou outro equipamento similar, para


que a superfície da camada subjacente se mantenha com a forma definitiva.

Será feita a prévia humidificação do agregado, na central de produção, justamente para que a
segregação no transporte e espalhamento seja reduzida. Se na operação de compactação o
agregado não tiver a humidade necessária (cerca de 4,5%), terá que proceder-se a uma distribuição
uniforme de água.

O espalhamento e a regularização da camada serão realizados em simultâneo e de tal forma que a


sua espessura depois da compactação seja a prevista no projecto. O espalhamento deve ainda ser
feito regularmente e de modo a evitar a segregação dos materiais, não sendo de forma alguma
permitidas bolsadas de material fino ou grosso.

Se durante o espalhamento se formarem rodeiras, vincos, ou qualquer outro tipo de marca


inconveniente que não possa facilmente ser eliminada por cilindramento, deve proceder-se à sua
escarificação e homogeneização e consequente regularização da superfície.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 24
A compactação da camada será obrigatoriamente efectuada por cilindro vibrador (ou placa vibradora
quando a largura da zona a pavimentar não permita a actuação de cilindros), devendo ser
sistematicamente atingidos índices de vazios inferiores a determinado índice de referência, cujo valor
terá que ser eventualmente fixado pela fiscalização face às características específicas do agregado a
utilizar e correspondente, pelo menos, a uma baridade seca igual a 95% da que se obteria com uma
energia de compactação equivalente à do ensaio AASHO modificado. Porém, não será imposto um
índice de vazios máximo inferior a 15%, a não ser no caso de recurso a inertes calcários, para o qual
se fixa um valor máximo absoluto de 13%.

Caso se constate durante a execução dos trabalhos a necessidade de se fixar para o índice de vazios
um máximo superior aos citados 15%, caberá ao adjudicatário realizar ou mandar realizar por sua
conta todos os ensaios laboratoriais e de campo para tal necessários, que permitam nomeadamente
o traçado de curvas [baridade seca da fracção passada no peneiro ASTM 3/4" * teor em água] e
[índices de vazios corrigidos * energia de compactação ou compactações relativas]. Será sempre
aconselhável a realização de um troço experimental, para fins de traçado de curvas (índices de
vazios * nº de passagens).

5.1.3 – Regularidade e Espessura da Base

A execução da camada de base estabilizada mecanicamente deve ser tal que sejam obtidas as
seguintes características finais:

A camada deve apresentar-se perfeitamente estável e bem compactada;

A superfície da camada deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou material
solto, não podendo em qualquer ponto apresentar diferenças superiores a 1,5 cm em
relação aos perfis longitudinal e transversais estabelecidos.

A espessura de cada camada será a indicada nos respectivos perfis transversais-tipo. No caso de se
obterem espessuras inferiores às fixadas no projecto, não será permitida a construção da camadas
delgadas, a fim de se obter a espessura projectada. Em princípio, proceder-se-á à escarificação da
camada.

No entanto, se a fiscalização o julgar conveniente, poderá aceitar que a compensação de espessura


seja realizada através do aumento de espessura da camada seguinte, determinado para que sejam
estruturalmente equivalentes os pavimentos projectado e executado.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 25
5.1.4 – Impregnação Betuminosa

Será realizada uma impregnação da base de granulometria extensa que suporte directamente
camadas estruturais betuminosas, salvo nos casos em que o projecto explicitamente a dispense e
quando sobre ela se aplique uma semi-penetração betuminosa.

5.1.5 – Limpeza

A superfície a impregnar deve apresentar-se livre de material solto, sujidades, detritos e poeiras, que
devem ser retirados do pavimento para local onde não seja possível voltarem a depositar-se sobre a
superfície a tratar.

A limpeza será basicamente efectuada por acção de escovas mecânicas e deverá deixar a
descoberto os inertes com maiores dimensões, mas sem que estes indiciem desagregação do corpo
da camada. Deverá, portanto ter-se em atenção que a operação de limpeza não poderá ser
excessiva, nomeadamente quanto à força do jacto de ar comprimido com que, normalmente, se
conclui aquela operação.

Deverá obter-se o aspecto de um mosaico formado pelo topo das britas e gravilhas, devidamente
contraventadas pelos materiais mais finos. Após a limpeza concluída, ficará interdito o tráfego de obra
sobre a zona em tratamento até que seja executada a rega de impregnação.

Caso se verifique tendência para desagregação superficial, seja por limpeza excessiva, por distorção
granulométrica ou segregação, ou ainda em virtude do tráfego de obra, a fiscalização poderá, se
assim o entender, determinar a total escarificação da camada e sua posterior recompactação.

5.1.6 – Execução

Na execução da impregnação betuminosa deve ser observado o seguinte:

O aglutinante a utilizar deverá ser o betume fluidificado MC-70, à taxa de 1,0 Kg/m². Em sua
substituição poderá utilizar-se a emulsão aniónica lenta SS-1, diluída a 50%, ou a emulsão
catiónica lenta CRS-1 e com a mesma taxa de betume residual. O valor da taxa de
espalhamento deverá ser ajustado experimentalmente;

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 26
No momento de aplicação do aglutinante as temperaturas ambiente e do pavimento devem
ser respectivamente superiores a 10ºC e 15ºC quando não se trate de uma emulsão
catiónica, caso em que tais limites são ambos de 5ºC;

A distribuição do aglutinante não pode variar na largura efectiva mais do que 15%;

Quando o aglutinante não for completamente, absorvido pela base no período de 24 horas,
deve espalhar-se um agregado fino que permita fixar todo o aglutinante em excesso. Este
agregado será rigorosamente isento de pó ou outras matérias estranhas, devendo passar
na totalidade pelo peneiro de 4,75 mm (nº 4) ASTM;

Independentemente desta cláusula e no âmbito do troço experimental obrigatório para se


aceitar o recurso às emulsões de betume, a fiscalização poderá determinar, em primeira
instância, uma redução da taxa de betume residual até ao mínimo absoluto de 0,5 Kg/m²,
com a subsequente economia para o Dono da Obra. Caso ainda continue um excesso de
ligante superficial, deverá, em definitivo, optar-se pelo “cut-back”;

O tempo que decorrerá entre a impregnação e aplicação da camada seguinte, será fixado
pela fiscalização em face das condições climatéricas, com o mínimo de 2 dias.

5.2 – MISTURAS BETUMINOSAS A QUENTE - DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O SEU ESTUDO,


FABRICO, TRANSPORTE E APLICAÇÃO

5.2.1 – Estudo da Composição

5.2.1.1 – Apresentação do Estudo

O estudo a apresentar pela adjudicatário, relativamente à composição das misturas betuminosas a


quente a aplicar em obra, incluirá, obrigatoriamente, os boletins relativos aos seguintes ensaios, a
realizar sob sua responsabilidade de acordo com o especificado na parte II deste caderno de
encargos:

Percentagem de desgaste na máquina de “Los Angeles”, para a granulometria “B”,


relativamente às gravilhas (deve apresentar-se um ensaio por cada fonte de
abastecimento);

Ensaio de adesividade para cada material componente, com excepção do filer;

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 27
Penetração do betume, dispensável no caso de anexação de um certificado de garantia
correspondente ao lote de fabrico;

Composição granulométrica de cada um dos materiais propostos;

Determinação dos pesos específicos e absorção de água relativos a cada um dos inertes;

Determinação dos pesos específicos de filer e betume;

Aplicação do método “Marshall”: determinação da curva granulométrica da mistura,


preparação dos provetes, determinação da baridade, cálculo das baridades máximas
teóricas, da porosidade e do grau de saturação em betume, determinação da carga de
rotura e deformação dos provetes, e ainda o traçado do conjunto de curvas características
para selecção da percentagem óptima de betume. Exceptuam-se os macadames
betuminosos e as misturas betuminosas porosas;

Aplicação do método Duriez, com carácter confirmativo: determinação da resistência à


compressão simples a 18ºC e da relação “imersão/compressão”. Os ensaios por este
método far-se-ão quando implicitamente exigido ao nível das especificações impostas na
parte III deste caderno de encargos, no ponto correspondente à mistura betuminosa em
causa.

A fiscalização poderá exigir, em aditamento, o resultado dos ensaios de polimento acelerado e de


determinação dos índices de alongamento e de lamelação.

5.2.1.2 – Critérios Gerais a Seguir no Estudo

Os valores da baridade dos provetes “Marshall” a tomar para efeitos de definição das curvas
características da mistura referentes à porosidade e ao grau de saturação em betume, não devem ser
os determinados experimentalmente mas sim os valores corrigidos, lidos sobre a curva regular que se
ajuste aos resultados laboratoriais.

Quando a “absorção de água” determinada para os inertes componentes não seja superior a 1%,
devem considerar-se os “pesos específicos da parte impermeável das partículas” para efeito do
cálculo das “baridades máximas teóricas” referentes às diversas percentagens de betume. Para
valores da “absorção de água” entre 1% e 3%, as “baridades máximas teóricas” deverão ser
calculadas a partir de uma ponderação entre “pesos específicos da parte impermeável das partículas”
e “pesos específicos das partículas secas”. No caso mais corrente de valores situados entre 1% e

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 28
2%, poderá reduzir-se o peso específico da parte impermeável das partículas de 25% sobre a
diferença entre aquelas duas modalidades de peso específico. Em todo o caso esta ponderação
deverá ser avalizada pela fiscalização, aconselhando-se a realização de um troço com carácter
experimental, com vista a ajustar a percentagem óptima de betume.

Não será permitida a utilização de inertes com valores de “absorção de água” superiores a 3%.
Quando aquele parâmetro se situe entre 2% e 3% seguir-se-á procedimento idêntico ao descrito para
valores entre 1% e 3%, tomando como peso específico ponderando a média dos pesos específicos
em confronto, obrigando-se o adjudicatário a apresentar estudos adicionais para determinação das
resistências à formação de rodeiras e à fadiga, realizados em laboratório oficial nacional ou
estrangeiro.

No estudo “Marshall” deverão ser utilizados, no mínimo sete (7) percentagens de betume,
escalonadas de 0,5%, e quatro (4) provetes para cada uma dessas percentagens ou seja, um total de
28 provetes. A percentagem óptima em betume não deverá divergir mais do que 1,0% das
percentagens extremas utilizadas no estudo.

Por uma questão de uniformidade de critérios e facilidade de leitura, é obrigatório exprimir todo o
estudo “Marshall” em termos de percentagem de betume (e não de teor). A não satisfação desta
condição poderá levar a fiscalização a devolver simplesmente o estudo apresentado ao adjudicatário
para a sua rectificação.

5.2.1.3 – Transposição do Estudo Laboratorial para a Central de Fabrico das Misturas


Betuminosas

A aplicação em obra da mistura betuminosa será condicionada não só à aprovação do estudo de


composição, mas também a uma ratificação da fiscalização às condições de transposição daquele
estudo para a central de fabrico (o que implica, nomeadamente, a concordância com o sistema de
crivos adoptado), cabendo ao adjudicatário apresentar ensaios comprovativos da precisão com que a
transposição foi realizada.

Nesses ensaios, é obrigatória a inclusão de:

Granulometria das fracções crivadas, recolhidas nos silos quentes e da correspondente


mistura de agregados, recolhida à saída do misturador, quando se trate de uma central de
produção descontínua;

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 29
Conjunto de pesagens efectuadas para a calibração das tremonhas doseadoras dos inertes,
quando se trate de uma central de produção contínua.

Uma vez aprovada determinada transposição para a “central betuminosa”, a mesma não poderá, em
circunstância alguma, ser alterada sem o conhecimento da fiscalização, à apreciação da qual deverá
ser submetida a proposta de alteração devidamente justificada, com base num conjunto significativo
de ensaios de controlo laboratorial.

Com vista a fiabilizar qualquer alteração às condições de transposição, deverá o adjudicatário, no


âmbito do controlo laboratorial regulamentado na parte II deste caderno de encargos, elaborar mapas
com os valores médios acumulados, semanalmente e desde a última alteração introduzida na central.

Isto em relação a todos os ensaios efectuados e independentemente do preenchimento diário dos


boletins de ensaio correspondentes.

Em circunstância alguma se poderá alterar a transposição em vigor unicamente com base nos
resultados de ensaios efectuados numa única jornada de trabalho.

5.2.1.4 – Preparação da Superfície a Recobrir

5.2.1.4.1 – Condições da Superfície Existente

As misturas betuminosas não serão aplicadas sem que se verifique que a camada subjacente tem a
compacidade e a regularidade especificadas neste caderno de encargos, ou sem que haja terminado
a cura da impregnação betuminosa quando aplicados sobre bases de granulometria extensa
estabilizadas mecanicamente.

5.2.1.4.2 – Limpeza

A superfície a recobrir deve apresentar-se isenta de sujidades, detritos e poeiras, que devem ser
retirados para local onde não seja possível voltarem a depositar-se sobre ela. A última operação de
limpeza a realizar imediatamente antes da rega de colagem, consistirá na utilização de jactos de ar
comprimido para remover elementos finos eventualmente retidos naquela superfície.

5.2.1.5 – Rega de Colagem

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 30
Deverá ser realizada nas condições expressas no projecto e neste caderno. Porém, a taxa de rega
poderá ser ajustada em conformidade com as particularidades de cada caso e com o critério da
fiscalização sob condição de não se exceder a ordem dos 0,5 Kg/m². Em circunstância alguma se
poderá proceder à rega de colagem com uma emulsão diluída, pelo que a boa dispersão do ligante
dependerá somente do equipamento.

5.2.1.6 – Fabrico, Transporte e Espalhamento da Mistura Betuminosa

As “massas” deverão ser fabricadas em centrais adequadas e servidas por estaleiros localizados e
estruturados com o acordo da fiscalização, sendo obrigatória a observância dos seguintes pontos:

a) O adjudicatário deverá submeter previamente à aprovação da fiscalização o estudo de


composição da mistura betuminosa em função dos materiais disponíveis, estudo esse
obrigatoriamente conduzido pelo método “Marshall” e complementado pelo método “Duriez”
quando forem expressamente fixadas especificações com base nesse método na parte III
do presente caderno de encargos. Não poderão ser executados quaisquer trabalhos de
aplicação em obra sem que tal aprovação tenha sido, de facto, ou tacitamente dada.

b) A aplicação em obra da mistura betuminosas ficará ainda condicionada à ratificação, por


parte da fiscalização, das condições de transposição do estudo aprovado para a central de
fabrico. Caso a fiscalização constate, pela análise dos resultados médios acumulados dos
ensaios de controlo laboratorial, que a transposição em vigor carece de rigor, poderá
suspender a aplicação da mistura betuminosa até que seja, pelo adjudicatário, solucionado
o problema de modo satisfatório.

c) Os inertes deverão ser arrumados em estaleiro de modo a que não possam misturar-se
fracções granulométricas distintas e espalhados por camadas de espessura não superior a
0,50 m a fim de se minimizar a segregação. A sua recolha deverá ser feita por desmonte
vertical e, no caso dos inertes terem sido depositados sobre o terreno natural, não será
permitida de modo algum a utilização dos 0,15 m inferiores.

d) Para o pré-doseamento dos diversos materiais inertes que entrem na composição da


mistura, com excepção do filer, deve o adjudicatário dispor no estaleiro de tantas tremonhas
quantos os referidos materiais, o que significa estar excluído qualquer processo mais
grosseiro de pré-mistura, mesmo em relação apenas a uma parte dos componentes. Esta
disposição não se circunscreve às centrais de produção contínua, aplicando-se também às
de produção descontínua.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 31
e) O fabrico, transporte e espalhamento da mistura betuminosa deverão pautar-se pelas
seguintes regras gerais, sem prejuízo da observância das regras específicas de cada caso,
estipuladas neste caderno de encargos:

- O teor em humidade da mistura betuminosa não será superior a 0,5%, quer durante a
operação de mistura, quer durante o espalhamento.

- A temperatura dos agregados, antes da mistura destes com o betume, não deve ser
inferior a 130ºC, nem superior a 170ºC.

- O betume deve ser aquecido lenta e uniformemente, até a temperatura ficar


compreendida entre 130ºC e 180ºC.

- Não deverão ser aplicadas em obra as “massas” que, imediatamente após a mistura,
apresentem temperaturas iguais ou superiores a 175ºC. Em tal caso, serão
conduzidas de imediato a vazadouro e não consideradas para efeitos de medição.

- As “massas” deverão ser fabricadas e transportadas por forma a que tenha lugar o
seu rápido espalhamento. A sua temperatura nesta fase não poderá ser inferior a
cento e dez graus centígrados (110ºC) e, se tal vier a suceder mesmo que
imediatamente após a actuação da espalhadora, constituirá motivo para rejeição,
devendo ser imediatamente removidas, antes do seu total arrefecimento e conduzidas
a vazadouro, não sendo, obviamente, consideradas para efeitos de medição.

- A mistura será transportada em viaturas basculantes de caixa aberta com fundo liso e
perfeitamente limpo.

- Caso as condições atmosféricas façam prever chuva ou em presença de


temperaturas ambientes relativamente baixas e, sobretudo, quando a distância de
transporte for tal que a temperatura à superfície da carga transportada baixe dos
120ºC, deverá recobrir-se, obrigatoriamente, o material transportado, com uma lona
que tape toda a caixa da viatura.

- O espalhamento da mistura betuminosa deverá aguardar a rotura da emulsão


aplicada em rega de colagem.

- As viaturas transportadoras não deverão circular sobre a rega de colagem, nas


secções em que não tenha ocorrido a completa rotura da emulsão.

- O espalhamento deverá ser feito de maneira contínua e executado com tempo seco e
temperatura ambiente superior a 15ºC. O pavimento a recobrir deverá também
apresentar-se seco e com temperatura superior a 10°C.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 32
- No caso das rampas acentuadas com extensão significativa o espalhamento deve
realizar-se, preferencialmente, no sentido ascendente.

- O espalhamento poderá prosseguir sob chuvisco ou chuva fraca, sob condição de já


se ter verificado a rotura da rega de colagem entretanto feita. Porém, esta rega
deverá ser imediatamente interrompida até que cesse a precipitação.

- É obrigatório utilizar espalhadoras-acabadoras com barra flutuante na aplicação da


mistura betuminosa. Deve obter-se, imediatamente após o espalhamento, uma
compactação relativa não inferior a 85% quando referida ao ensaio Marshall.

O espalhamento manual, sobre a rega de colagem, de uma ligeira camada de mistura betuminosa (na
gíria designado por “ensaibramento”), deverá ser moderado ao máximo (já que, teoricamente, deveria
ser evitado), espalhando-se apenas o material “que baste” para evitar o levantamento, da referida
rega, pelos pneus das viaturas. Nesse sentido, deverão ser tidas em consideração as seguintes
recomendações:

O recurso pleno a essa técnica deverá ficar confinado aos seguintes casos: impossibilidade
prática da espalhadora transmitir ao pavimento força motriz suficiente por motivo de declive
acentuado, na rega de áreas que têm forçosamente de permanecer abertas ao tráfego, no
recobrimento da rega de colagem por motivos de segurança, seja face a paragens do
espalhamento derivadas de avarias no equipamento, a falhas de mistura betuminosa ao fim
do dia de trabalho, ou a outros motivos similares.

Nas situações de obra correntes a técnica deverá ser bem controlada, reduzindo-se o
espalhamento de material por forma a que o piso a recobrir fique visível em mais de 2/3 da
sua área. A mistura deverá ser espalhada de modo uniforme e na quantidade estritamente
suficiente para que os pneus das viaturas não levantem a rega de colagem.

Sempre que as condições da obra permitam eliminar tal processo sem se afectar
significativamente a rega de colagem, deverá ser essa a opção prioritária.

5.2.1.7 – Cilindramento

O processo de compactação e regularização das misturas betuminosas deve ser tal que seja
observado o seguinte:

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 33
A superfície acabada deve ficar bem desempenada, com perfil transversal correcto e livre
de depressões, alteamentos e vincos. Não serão de admitir irregularidades superiores a 3
mm, quando feita a verificação com uma régua de 3 m.

Em circunstância alguma o cilindramento poderá deixar de iniciar-se enquanto a


temperatura da mistura se mantiver superior a 90ºC. O não cumprimento desta condição
constituirá motivo para rejeição.

A compactação relativa, referida ao ensaio “Marshall”, não será inferior a 97%.

Em princípio, deverá optar-se pelo recurso a cilindros de pneus com uma carga por roda
mínima de 1,5 ton. Os cilindros de jante lisa serão assim aplicados para se regularizar a
superfície acabada.

Os cilindros de pneus só poderão actuar enquanto a temperatura da mistura betuminosa


não baixar dos 100ºC, a menos que se aplique nos pneus um produto adequado para
alterar as condições na interface “borracha/betume”. Em circunstância alguma poderá
recorrer-se a solventes do betume ou a substâncias que de algum modo afectem as suas
características básicas, com o fim de evitar o arrancamento de gravilhas pela actuação dos
cilindros.

Os cilindros só deverão proceder a mudanças de direcção quando se encontrem em áreas


já cilindradas com, pelo menos, duas passagens.

Nas zonas com declive significativo, o cilindramento deve ser sempre realizado de baixo
para cima.

No caso dos cilindros disponíveis não possuírem dispositivo para compactar lateralmente o
bordo exterior da camada espalhada (que não fique a constituir junta), deverá proceder-se a
essa operação por meios manuais, eventualmente com recurso a maços metálicos.

O trânsito nunca deverá ser estabelecido sobre a mistura betuminosa, nas 2 horas
posteriores ao fim do cilindramento, devendo no entanto, aquele prazo ser aumentado
sempre que for possível. Em casos pontuais, em que se torne indispensável antecipar a
abertura ao trânsito, deverá espalhar-se filer sobre a camada recém-executada em
dosagem moderada, após cilindramento, de modo a que toda a superfície fique coberta o
mais uniformemente possível.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 34
O recurso a cilindros de pneus na compactação básica das misturas betuminosas a quente
pressupõe grande regularidade no abastecimento da frente de trabalhos, não sendo compatível com
paragens frequentes da operação de espalhamento, facto que é uma situação corrente em obras de
grande reparação. Assim, quando a fiscalização, face às condições específicas da obra o julgue mais
conveniente, poderá optar por inverter o processo de compactação, nos moldes que se passa a
regulamentar, sem prejuízo da observância de todas as condições, aplicáveis, constantes do
presente artigo:

Quando se inicie a compactação com um cilindro de jantes lisas o primeiro cilindramento


deverá ser executado com as rodas motrizes à frente e no sentido da progressão do
espalhamento das massas.

Independentemente de se atingir a baridade especificada, é obrigatória a aplicação de um


cilindro de pneus enquanto a temperatura da mistura for superior a 60ºC, com pelo menos,
4 passagens completas. A pressão dos pneus será à volta de 6 Kg/cm², devendo ser
ajustada em função do tipo de mistura utilizada.

5.2.1.8 – Juntas de Trabalho

Tanto as juntas longitudinais como as transversais, deverão ser feitas de modo a assegurar a ligação
perfeita das secções executadas em ocasiões diferentes.

As juntas transversais de trabalho serão executadas para que o seu bordo se apresente
perfeitamente vertical, por corte da camada já terminada. Para facilitar o processo, recomenda-se o
espalhamento prévio de uma fina camada de areia sob os últimos 0,30 m, com a precaução de
grande regularidade e com vista a descolar a secção a remover depois do corte.

Os topos, já cortados, do troço executado anteriormente, deverão ser pintados levemente com
betume (emulsão catiónica de rotura rápida), iniciando-se depois o espalhamento das massas
betuminosas do novo troço. Igualmente deverão ser pintadas com betume todas as superfícies de
contacto da mistura com caixas de visita, lancis, etc.

É obrigatória a execução de juntas de trabalho transversais entre os troços executados em dias


consecutivos e, no caso de se proceder à aplicação por meias-faixas, de juntas longitudinais, quando
decorra mais do que um dia entre bandas contíguas.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 35
As juntas longitudinais devem merecer a máxima atenção, quer se trate de uma camada estrutural
quer se trate da camada de desgaste. Assim, é indispensável proceder ao seu acabamento por meios
manuais, em princípio complementados com um cilindro vibrador de pequeno formato, pelo que o
adjudicatário deverá estruturar uma equipa de trabalho especificamente para aquela tarefa.

Quando se execute uma sequência de várias camadas, deverá haver a preocupação de desfasar as
juntas de trabalho.

5.2.1.9 – Equipamento para a Realização de Camadas Betuminosas a Quente

O adjudicatário deverá fornecer e manter em boas condições de serviço o equipamento apropriado


para o trabalho, o qual será previamente submetido à aprovação da fiscalização.
O equipamento deverá, quando for caso disso, ser montado no local previamente aceite pela
fiscalização, com a suficiente antecipação sobre o início da obra, de modo a permitir uma cuidadosa
inspecção, calibragem dos dispositivos de medição, ajustamento de todas as peças e execução de
quaisquer trabalhos de conservação e/ou reparação, que se mostrem necessários para a garantia do
trabalho com qualidade satisfatória.

Com aquele objectivo, e decorridos no máximo 60 dias sobre a data de consignação dos trabalhos, o
adjudicatário fornecerá à fiscalização um "dossier" técnico que incluirá uma descrição tão detalhada
quanto possível de:

Localização da área de implantação da central e plano de stockagem de agregados;

Tipo e capacidade da central "betuminosa" assim como componentes e dispositivos de


controlo da mesma;

Meios de transporte, justificando o número de unidades;

Tipos e capacidades dos equipamentos a utilizarem no espalhamento e compactação das


misturas e justificação;

Dimensionamento dos meios humanos, com indicação dos responsáveis técnicos pelas
unidades de fabrico, e de transporte, espalhamento e compactação.

A capacidade nominal de uma central "betuminosa" será definida por dois valores:

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 36
Débito horário normalmente conseguido para o fabrico de uma mistura betuminosa com 40
a 45% de elementos grossos, 30 a 35% de elementos médios e 18 a 20% de elementos
finos, para teores de humidade natural da ordem dos 5%;

Débito horário em idênticas condições, quando o teor de humidade natural dos agregados é
da ordem dos 3%.

A fiscalização poderá impor a instalação de balanças com características apropriadas para a


pesagem das viaturas de transporte das misturas betuminosas, junto da central de fabrico, não tendo
o adjudicatário direito a qualquer pagamento pela eventual implementação da referida medida, a
menos que no projecto esteja contemplada a instalação de tais dispositivos, a coberto de rubricas
orçamentais específicas.

5.2.1.10 – Centrais para Fabrico das Misturas

O fabrico das misturas betuminosas será assegurado por centrais do tipo contínuo ou descontínuo.
Serão constituídas pelos seguintes elementos:

a) Tremonhas doseadoras

Deverão existir tantas tremonhas doseadoras quantas as fracções granulométricas constituintes da


mistura. A sua largura excederá sempre, em pelo menos 0,50 m, a largura do balde da pá mecânica
que as alimenta.

Cada tremonha disporá de anteparos com dimensões convenientes, por forma a evitar misturas de
agregados, assim como os respectivos sistemas de dosagem individuais, que poderão ser
volumétricos ou ponderais, excluindo-se qualquer outro processo mais grosseiro de pré-mistura.

A tolerância máxima admissível para os sistemas de dosagem será de ± 10% nas centrais
descontínuas e ± 5% nas centrais contínuas.

b) Tambor-secador e sistema de reciclagem de finos

As centrais disporão de meios mecânicos apropriados com vista à introdução da mistura de


agregados no tambor-secador de uma maneira uniforme, com vista a garantir o fabrico da mistura a
temperatura constante.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 37
O tambor-secador deverá permitir baixar o teor da humidade natural dos agregados a menos de
0,5%, sem ultrapassar a temperatura máxima fixada para o ligante betuminoso. Com este objectivo
existirá um termómetro entre a saída do tambor-secador e o misturador, que permita ao operador
verificar a temperatura da mistura seca de agregados.

A central deverá dispor, acoplados ao tambor-secador, de dispositivos de despoeiramento, não só


com vista a evitar-se a poluição atmosférica e das zonas adjacentes à central, mas sobretudo, para
permitir a recuperação e reciclagem de finos.

O sistema de recuperação de finos deve ser suficientemente eficaz para que não seja necessário
aumentar a proporção de filer comercial na mistura, relativamente à composição estudada, em mais
do que 20% (sobre o peso de filer). A reciclagem de finos recuperados deverá em principio fazer-se
através de circuito independente do utilizado para o filer comercial, muito embora a balança para
pesagem, no caso de centrais descontínuas, possa ser única. Caso o sistema de aspiração-
recuperação de finos não seja plenamente eficaz em termos de protecção do meio ambiente, poderá
a fiscalização impor a instalação complementar de um dispositivo de despoeiramento por via húmida.

c) Crivagem e armazenamento de agregados secos em centrais de tipo descontínuo.

Os agregados secos provenientes do tambor-secador serão introduzidos (através de um sistema de


transporte convenientemente protegido - elevador a quente) num conjunto de crivos capaz de separar
e armazenar, em silos intermédios (silos quentes), as fracções granulométricas em que se achou
conveniente, de acordo com a fiscalização, dividir a mistura de agregados, silos esses que deverão
ter capacidade superior à do misturador.

A central deverá dispor de um sistema de alarme ou segurança (luminoso ou acústico), que


funcionará sempre que o nível de agregados seja igual ou inferior a 1/3 (em volume) da capacidade
de cada um dos silos quentes.

d) Armazenamento e dosagem do filer

Quando se tornar necessária a adição de filer comercial à mistura, é obrigatório dispor, pelo menos,
um silo com dispositivos de alimentação e extracção apropriados.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 38
A capacidade do silo de filer será, pelo menos, correspondente a dois dias de fabrico e deverá,
aquele, estar dotado de sistema de alarme (com dispositivo acústico ou luminoso), que funcionará
sempre que se atinja 1/5 da sua capacidade máxima.

No caso das centrais contínuas, existirá um equipamento de dosagem intermédia, que poderá ser
volumétrico ou ponderal, enquanto que, nas descontínuas, o filer será sempre pesado
separadamente através de balança individual.

Em qualquer dos casos, a tolerância máxima admissível será de ± 10%.

e) Armazenamento e dosagem do ligante betuminoso

A central deverá dispor de cisternas para o armazenamento do ligante betuminoso, com uma
capacidade total que permita assegurar um fornecimento contínuo daquela e possuindo cada uma
delas, dispositivo próprio de aquecimento com uma precisão de ± 10% .

Quando, numa mesma obra, forem utilizados diferentes tipos de ligantes betuminosos, cada um
disporá de uma cisterna própria, uma vez que a mistura de dois ligantes diferentes, ainda que em
pequenas percentagens, modificará, notoriamente, as suas propriedades.

De igual modo, os sistemas de alimentação existentes deverão ser constituídos por um número
mínimo de tubagens comuns, munidos do respectivo sistema de segurança.

O fluxo contínuo do ligante no interior das cisternas, bem como a bomba doseadora, será assegurado
por um dispositivo próprio acoplado a medidor de caudais com uma precisão de ± 2% .

Todas as tubagens da cisterna, bomba doseadora e sistema de pulverização do misturador, serão


devidamente aquecidas.

O operador da central terá possibilidade de, em qualquer momento, verificar a temperatura do ligante
à saída da cisterna e antes de entrar no misturador, através de um termómetro com precisão de
± 5°C.

A dosagem do ligante será efectuada através de um dispositivo ponderal ou volumétrico, com uma
precisão da ordem dos ± 2%. Esta precisão será controlada através de amostragem correspondente
a:

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Uma amassadura, no caso das centrais descontínuas.

10 ton de mistura betuminosa, no caso das centrais contínuas.

O sistema de doseamento deverá ainda ser aferido à temperatura especificada, dado que a
viscosidade do betume varia com a temperatura.

f) Misturador

O misturador possuirá o número suficiente de pás ou lâminas de forma a assegurar uma mistura
homogénea, sendo convenientemente tapado por forma a evitar a perda dos elementos finos da
mistura.

Estará dotado de equipamento eficaz para manter constante o tempo de amassadura especificado e
contador automático do número de amassaduras, no caso das centrais descontínuas.

Para as centrais contínuas existirá um registo automático com as seguintes indicações:

Designação do tipo de mistura;

Peso de cada amassadura e respectivos componentes;

Temperatura do ligante;

Hora de fabrico.

g) Armazenamento da mistura betuminosa

O armazenamento da mistura fabricada será efectuado através de meios que limitem o mais possível
a sua segregação. A capacidade requerida dependerá da produção horária da central, no entanto, a
tremonha de armazenamento terá que estar dotada de meios eficazes de aquecimento, se for
superior a 100 m³.

5.2.1.11 – Unidade de Transporte

O adjudicatário deverá dispor de uma frota de camiões dimensionada de acordo com as distâncias de
transporte entre a central de fabrico e a obra a realizar.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 40
Todas as viaturas utilizadas, quer pertençam ou não ao adjudicatário, deverão estar providas de:

Caixa de recepção com altura tal que não haja qualquer contacto com a tremonha da
espalhadora;

Toldo plastificado capaz de evitar o arrefecimento das misturas.

5.2.1.12 – Espalhadora-Acabadora (“Finisher”)

O equipamento de espalhamento deve ser capaz de repartir uniformemente as misturas betuminosas,


sem produzir segregação e respeitando os alinhamentos, inclinações transversais e espessuras
projectadas.

A espalhadora terá sempre que dispor de uma régua vibradora capaz de produzir um grau de
compactação mínimo de 85% e, sempre que possível, estar munida de um termómetro colocado no
túnel de alimentação do sem-fim.

5.2.1.13 – Compactadores

Os cilindros a utilizarem na compactação das misturas serão obrigatoriamente auto-propulsionáveis e


dos seguintes tipos:

Estáticos

Pneus

Vibradores

Mistos

Os cilindros estáticos disporão de sistema de rega adequado, e os cilindros de pneus serão


equipados com “saias de protecção” e, sempre que possível, de “side-roll”.

A caracterização de qualquer destes equipamentos far-se-á através do seguinte conjunto de


elementos, a fornecer à fiscalização antes do início dos trabalhos:

a) Cilindros-estáticos

Peso total (mínimo e máximo)

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Largura e diâmetro das rodas

Gama de velocidades

Tipo de transmissão (mecânica e hidráulica)

Tipo de lastro utilizável

Autonomia do sistema de rega

b) Cilindros vibradores

Os elementos referidos para o caso “a)”, adicionados de:

Carga por unidade de geratriz vibrante

Gama de variação das frequências e amplitude de vibração

c) Cilindros de pneus e mistos

E / ou adicionados ainda de:

Número de pneus por eixo

Número de pneus motrizes

Carga por pneu (mínima e máxima)

Pressão de enchimento (mínima e máxima)

5.3 – CAMADA DE REGULARIZAÇÃO EM MISTURA BETUMINOSA DENSA

5.3.1 – Estudo da Composição

5.3.1.1 – Granulometria da Mistura

Em princípio a solução apresentada pelo adjudicatário para a composição da mistura de agregados


da mistura betuminosa densa face aos materiais disponíveis, deve situar-se dentro da seguinte banda
granulométrica:

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 42
PERCENTAGEM ACUMULADA
PENEIRO ASTM DO MATERIAL QUE PASSA

25,0 mm ( 1” ) 100
19,0 mm ( 3/4” ) 88 - 100
12,5 mm ( 1/2” ) 76 - 85
4,75 mm (nº 4) 49 - 56
2,00 mm (nº 10) 35 - 43
0,425 mm (nº 40) 19 - 24
0,180 mm (nº 80) 12 - 15
0,075 mm (nº 200) 6-9

5.3.1.2 – Percentagem de Filer Comercial

A composição da mistura betuminosa, quando a areia e pó de granulação utilizado seja de natureza


granítica, deverá incluir obrigatoriamente uma percentagem ponderal de filer controlado não inferior a
3%. Caso se utilize como filer a cal hidráulica aquele limite poderá ser reduzido para 2%.

A percentagem de filer comercial controlado a introduzir, deverá ser ainda suficiente para garantir que
a mistura betuminosa, quando aplicada em obra, patenteie uma razão ponderal entre a percentagem
de material passado no peneiro ASTM nº 200 e a percentagem de betume ("filer/betume")
compreendida entre 1,2 e 1,5.

5.3.1.3 – Fabrico e Aplicação da Mistura

5.3.1.3.1 – Tolerâncias no Fabrico

As tolerâncias admitidas em relação à composição aprovada desde que se cumpra a condição da


curva granulométrica média, por cada jornada de trabalho e comprovada pelo controlo de qualidade
laboratorial, se integrar no fuso granulométrico de aplicação em obra especificado na parte III deste
caderno de encargos, são as seguintes:

Na percentagem de material que passa no peneiro ASTM de 0,075mm (nº 200)............... 1%

Nas percentagens de material que passa nos peneiros ASTM de 0,180 mm


(nº 80) e de 0,425 mm (nº 40)............................................................................................... 3%

Na percentagem de material que passa no peneiro ASTM de 2,00 mm (nº 10).................. 3%

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 43
Na percentagem de material que passa no peneiro ASTM de 4,75 mm (nº 4) ou
de malha mais larga.............................................................................................................. 4%

Na percentagem de betume .............................................................................................. 0,2%

Na razão "filer/betume" ..........................................................................................................0,1

5.3.1.3.2 – Particularidades do Processo Construtivo

A espessura mínima da camada deverá ser de 0,04 m quando se utiliza inertes provenientes de
rochas de textura fina e de 0,05 m quando se incorpore na composição inertes de origem granítica.

A espessura máxima da camada deverá ser de 0,10 m, após boa compactação. Assim, quando
utilizada a mistura em camadas de regularização, devem ser tomadas medidas para que, sempre que
as irregularidades do pavimento existente impliquem o espalhamento em espessura superior a 8 cm,
se passe a aplicar a mistura betuminosa densa em duas sub-camadas, sendo a primeira considerada
como “pré-regularização”.

A operação de pré-regularização deve ser planeada em acordo com a fiscalização e contabilizada à


parte, em conformidade com a respectiva rubrica orçamental.

Caso o projecto não contemple aquela operação, caberá à fiscalização decidir sobre a sua
oportunidade, tendo presente a sua importância para a obtenção de uma boa regularidade final,
quando existam riscos de forte recalque diferencial, por variação excessiva na espessura
efectivamente espalhada.

5.4 – CAMADA DE DESGASTE EM BETÃO BETUMINOSO 0/14 mm

5.4.1 – Estudo da Composição

5.4.1.1 – Granulometria da Mistura

Em princípio a solução apresentada pelo adjudicatário para a composição da mistura de agregados


do betão betuminoso face ao materiais disponíveis, deve situar-se dentro da seguinte banda
granulométrica:

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 44
PERCENTAGEM ACUMULADA
PENEIRO ASTM DO MATERIAL QUE PASSA

19,0 mm ( 3/4” ) 100


12,0 mm ( 1/2” ) 82 – 88
9,51 mm ( 3/8” ) 69 – 79
4,75 mm (nº 4) 49 – 61
2,00 mm (nº 10) 33 – 39
0,425 mm (nº 40) 14 - 18
0,180 mm (nº 80) 10 - 13
0,075 mm (nº 200) 6-9

5.4.1.2 – Percentagem de Filer Comercial

A composição do betão betuminoso, quando a areia e pó de granulação utilizado seja de natureza


granítica, deverá incluir obrigatoriamente uma percentagem ponderal de filer controlado não inferior a
4%. Caso se utilize como filer a cal hidráulica aquele limite poderá ser reduzido para 3%.

A percentagem de filer comercial controlado a introduzir, deverá ser ainda suficiente para garantir que
o betão betuminoso, quando aplicado em obra, patenteie uma razão ponderal entre a percentagem
de material passado no peneiro ASTM nº 200 e a percentagem de betume ("filer/betume")
compreendida entre 1,2 e 1,5.

5.4.1.3 – Fabrico e Aplicação da Mistura

5.4.1.3.1 – Tolerâncias no Fabrico

As tolerâncias admitidas em relação à composição aprovada desde que se cumpra a condição da


curva granulométrica média, por cada jornada de trabalho e comprovada pelo controlo de qualidade
laboratorial, se integrar no fuso granulométrico de aplicação em obra especificado na parte III deste
caderno de encargos, são as seguintes:

Na percentagem de material que passa no peneiro ASTM de 0,075mm (nº 200)............... 1%

Nas percentagens de material que passa nos peneiros ASTM de 0,180 mm


(nº 80) e de 0,425 mm (nº 40)............................................................................................... 2%

Na percentagem de material que passa no peneiro ASTM de 2,00 mm (nº 10).................. 3%

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 45
Na percentagem de material que passa no peneiro ASTM de 4,75 mm (nº 4) ou
de malha mais larga.............................................................................................................. 4%

Na percentagem de betume .............................................................................................. 0,2%

Na razão "filer/betume" ..........................................................................................................0,1

5.4.1.3.2 – Particularidades do Processo Construtivo

A espessura mínima da camada deverá ser de 0,04 m quando se utiliza inertes provenientes de
rochas de textura fina e de 0,05 m quando se incorpore na composição inertes de origem granítica.

5.5 – CAMADA DE DESGASTE DOS PASSEIOS E SEPARADORES

A camada superior será constituída por blocos de betão pré-fabricados do tipo “trief” assentes sobre
uma almofada de areia com 0.10 m de espessura.
A superfície da camada de desgaste deverá ser perfeitamente plana e terá as inclinações indicadas
no projecto.

5.6 – ASSENTAMENTO DE LANCIS

O lancil assentará sobre uma fundação de betão magro, de tal forma que apresente, na forma
definitiva, um espelho de 0,15 m acima do pavimento.

O lancil, quer em alinhamento recto quer em curva, deverá ficar perfeitamente alinhado e
desempenado, tanto no seu espelho como na face superior.

As juntas não deverão exceder 0,3 cm e serão preenchidas com argamassa.

6 – ESTRUTURAS DE SUPORTE

6.1 – ESCAVAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE MUROS DE SUPORTE

6.1.1 – Critérios de Medição e de Pagamento

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 46
A unidade de medição é o metro cúbico, sem empolamento e segundo os perfis teóricos definidos no
projecto. Esta natureza de trabalho inclui a escavação em terreno de qualquer natureza, manual ou
mecanicamente, eventuais entivações, desvio, escoamento ou bombagem de água a qualquer
profundidade, remoção dos materiais escavados para implantação de muros de suporte, a sua carga,
transporte a qualquer distância, descarga e colocação em depósito ou em vazadouro, espalhamento
e indemnizações.

6.1.2 – Disposições Gerais

A escavação para implantação de muros de suporte deve ser conduzida com especiais cuidados de
forma a não perturbar o maciço e a que a superfície de escavação fique o mais regular possível, em
particular nos casos em que se prevê a betonagem dos muros directamente contra o terreno e o
dreno, de modo a evitar sobreconsumos de betão.

A abertura da frente de escavação deve ser feita por troços individuais alternados, com um
comprimento máximo igual ao afastamento das juntas dos muros ou de acordo com o faseamento de
execução definido no projecto, devendo prever-se a sua entivação, onde necessário, de modo a
garantir a estabilidade da escavação.

Na época das chuvas o comprimento máximo da frente de escavação deverá ser reduzido a metade.

O intervalo de tempo entre o início da escavação e a betonagem deverá ser no máximo de uma
semana.

Durante o período de execução dos muros de suporte as superfícies de escavação deverão ser
mantidas a seco. As escavações não poderão ser executadas senão após a definição dos
dispositivos eficazes de drenagem, captação e evacuação das águas de qualquer natureza.

6.2 – ATERROS SOBRE AS SAPATAS E NO TARDOZ DE MUROS DE SUPORTE E SOBRE OS


SISTEMAS DE DRENAGEM SUBSUPERFICIAL

6.2.1 – Critérios de Medição e de Pagamento

Os aterros são medidos por metro cúbico, não considerando empolamento e segundo os perfis
teóricos e indicações do projecto.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 47
Para efeitos de pagamento não serão tidos em consideração os volumes em excesso do perfil, a
menos que estes tenham resultado de condicionamentos de ordem técnica, desde que devidamente
comprovados e aprovados ou determinados previamente pela Fiscalização.

Esta natureza de trabalhos inclui todos os trabalhos acessórios e complementares necessários,


nomeadamente todos os encargos com preparação da superfície de fundação, cargas, transportes a
qualquer distância, colocação, rega, compactação e regularização final das superfícies e, também,
com ensaios e remoção e condução a vazadouro dos materiais que a Fiscalização rejeitar.

6.2.2 – Disposições Gerais

Nos casos em que a execução de aterros não seja precedida de escavações, a preparação da
superfície de escavação inclui todos os trabalhos de limpeza, desmatação, desenraizamento e
decapagem.

Os solos a utilizar nos aterros sobre as sapatas e no tardoz de muros de suporte e sobre os sistemas
de drenagem subsuperficial serão os de melhores características provenientes das escavações.

Não é permitido o início da construção dos aterros sem que previamente a Fiscalização tenha
inspeccionado e aprovado a área respectiva.

Os aterros serão executados por camadas de acordo com o programa de trabalhos, com a espessura
e o grau de humidade adequados aos meios de compactação.

A espessura máxima das camadas deverá, em princípio, ser da ordem de 0,30 m e o grau de
compactação a atingir deverá ser no mínimo de 96%.

Os solos a utilizar nos aterros no tardoz de muros de suporte deverão ter as características indicadas
no projecto de execução. Estes materiais de aterro deverão ser compactados de forma a garantir um
teor em água entre o W ópt e o W ópt-2 e deverão ter um ângulo de atrito mínimo de 38º.

Após as operações de decapagem e saneamento a superfície de fundação deverá ser


cuidadosamente regularizada até se obter uma boa superfície para colocação e compactação do
aterro, tão limpa e suave quanto possível.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 48
Se houver que construir aterros com menos de 30 cm de espessura sobre o terreno natural a
superfície sobre a qual irá assentar o novo aterro deve ser escarificada, regularizada e recompactada.

Nos aterros a executar em taludes deverá criar-se na superfície de fundação um entalhe em degraus,
de modo a assegurar uma boa ligação entre esta e os aterros.

No caso do aterro a executar sobre sistemas de drenagem subsuperficial, a colocação e


compactação da 1ª camada de aterro sobre o geotêxtil far-se-á sempre de forma cuidadosa para
evitar o punçoamento ou corte do geotêxtil.

Os aterros têm sempre de ser construídos de forma a poderem dar perfeito escoamento às águas.

A qualidade dos materiais e do trabalho de colocação e compactação dos solos em aterro deve ser
verificada de modo contínuo durante o trabalho.

6.3 – BETÕES

6.3.1 – Critérios de Medição e de Pagamento

A unidade de medição é o metro cúbico avaliado segundo as secções teóricas definidas no projecto,
excepto nas naturezas de trabalho presentes no mapa de quantidades de trabalho onde se
especifique que o seu custo se considera incluído nos preços unitários fornecidos pelo Empreiteiro
para essas naturezas de trabalho.

No custo do betão incluem-se todos os aditivos (plastificantes, retardadores de presa, endurecedores,


etc) que se julguem necessários à boa execução da obra.

A medição do betão engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de betão,
nomeadamente fornecimento e transporte de materiais, preparação, carga, transporte, colocação em
obra, compactação (vibração), cura e preparação das juntas de betonagem.

6.3.2 – Normas e Regulamentos Aplicáveis

6.3.2.1 – Legislação

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 49
Decreto-Lei nº 349-C/83, de 30 de Julho, Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-
esforçado.

Decreto-Lei nº 445/89, de 30 de Dezembro, Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos.

6.3.2.2 – Normas portuguesas

NP 87 – Consistência do betão. Ensaio de abaixamento

NP 417 – Consistência do betão. Ensaio de espalhamento

NP 1383 – Betões. Preparação de provetes para ensaio de compressão e de flexão

NP 1384 – Betões. Determinação da massa volúmica do betão fresco

NP 1385 – Betões. Determinação da composição do betão fresco

NP 1386 – Betões. Determinação do teor em ar do betão fresco. Processo pneumático

NP 1387 – Betões. Determinação dos tempos de presa

6.3.2.3 – Especificações do LNEC

E 206 - Betão. Amostragem de águas de amassadura e de água em contacto

E 226 - Betão. Ensaio de compressão

E 227 - Betão. Ensaio de flexão

E 228 - Betão. Determinação de trabalhabilidade vêbê

6.3.2.4 – Prescrições Adicionais

6.3.2.4.1 – Especificações aplicáveis

a) Os materiais componentes do betão deverão satisfazer ao estipulado nas seguintes


Especificações deste Caderno de Encargos:

"Materiais de Construção Civil. Água"

"Materiais de Construção Civil. Inertes para betões de ligantes hidráulicos e argamassas


hidráulicas"

"Materiais de Construção Civil. Cimentos"

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"Materiais de Construção Civil. Aditivos para betões"

6.3.3 – Estudo da composição do betão

6.3.3.1 – Generalidades

a) Se nada em contrário for determinado no projecto ou pela Fiscalização, a composição dum betão
definir-se-á de acordo com os elementos seguintes:

a1) Dosagem do cimento, em quilogramas por m³ de betão;

a2) Dosagem de água, em litros por m³ de betão;

a3) Dosagem de inertes, em quilogramas ou litros por m³ de betão;

a4) Curva granulométrica de cada inerte e do conjunto por eles formado;

a5) Percentagens ou quantidades, em quilogramas ou litros, de cada uma das classes de


inertes que entram na composição do betão, com indicação da dimensão máxima e
mínima de cada uma das classes;

a6) Dosagem dos aditivos (se utilizados) em cm³ por m³ de betão ou em percentagem
referenciada ao peso de cimento.

6.3.3.2 – Proposta de composição

a) A composição do betão a utilizar será proposta pelo Empreiteiro em função das características
pretendidas e dos componentes que se propõe empregar;

b) Nesta conformidade, deverá o Empreiteiro submeter à apreciação da Fiscalização as composições


a fim de serem aprovadas;

c) A relação A/C (água/cimento), para os casos correntes, não deverá ser superior a 0,45;

d) Em betonagens de grandes massas, deverão utilizar-se cimentos de alto forno 60/80. Para
melhorar a sua trabalhabilidade o Empreiteiro poderá propor a adição de super-plastificantes,
sujeitos à aprovação da Fiscalização.

6.3.3.3 – Ensaios prévios

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 51
a) Serão encargo do Empreiteiro todos os ensaios a efectuar para determinação de composição do
betão, o qual deverá submeter previamente à aceitação da Fiscalização a entidade que os
executará. Estes ensaios são considerados obrigatórios;

b) Para comprovação da composição do betão estudada, deverão fazer-se amassaduras prévias


com os meios definitivos de produção de betão, nas seguintes condições:

b1) Preparação, na presença da Fiscalização, de três amassaduras em dias diferentes para


cada composição de betão, com determinação da sua trabalhabilidade;

b2) Execução de 6 cubos de cada amassadura, fabricados e conservados de acordo com a


NP 1383;

b3) Ensaio de três cubos aos 3 dias, três cubos aos 7 dias e três cubos aos 28 dias, de acordo
com a E(LNEC) 226;

b4) Repetição do fabrico e ensaio, depois das afinações necessárias, no caso de a diferença
entre os valores extremos da resistência obtida no ensaio de três cubos de cada
amassadura exceder 15% do seu valor médio, ou de a diferença dos valores extremos
das resistências médias das três amassaduras exceder 20% da média geral dessas
resistências;

c) O valor médio das resistências obtidas nos cubos que satisfaçam a estas condições deverá
exceder a resistência média prevista para o betão, atendendo à dispersão máxima de resultados
permitida no Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos;

d) Compete ao Empreiteiro a elaboração dos relatórios dos estudos da composição dos betões, os
quais deverão ser submetidos à apreciação da Fiscalização antes da data prevista no respectivo
plano de trabalhos para o início do fabrico do material;

e) O Empreiteiro não poderá substituir no decorrer dos trabalhos quaisquer dos componentes
propostos e utilizados na mistura de ensaio, até que se façam ensaios com novos componentes e
o seu resultado seja aprovado pela Fiscalização.

6.3.3.4 – Programa de betonagem

a) Pelo menos duas semanas antes do começo das operações de betonagem em qualquer parte das
obras, o Empreiteiro deve apresentar para aprovação da Fiscalização um programa mostrando o
processo e o programa da moldagem previsto, o qual poderá ser revisto, com a concordância da
Fiscalização, se as exigências de trabalho o assim determinarem;

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 52
b) O Empreiteiro deverá inteirar-se dos condicionamentos das operações de betonagem impostos
pelas autoridades camarárias e outras sendo o único responsável pelo cumprimento do plano de
trabalhos aprovado pela Fiscalização;

c) Além disso, o Empreiteiro deverá apresentar um programa detalhado da betonagem a fazer em


cada dia;

d) O programa diário de betonagem deve conter os locais de colocação, dosagem e tempo estimado
de colocação e deve ser entregue à Fiscalização no dia anterior ao qual se aplica.

6.3.3.5 – Fabrico do betão

6.3.3.5.1 – Instalações de betonagem

a) A amassadura deverá ser sempre mecânica, utilizando uma instalação central de betonagem
montada no estaleiro, ou de betão pronto;

b) Todo o equipamento deve ser mantido em estado apropriado e deve estar livre de depósitos de
betão endurecido;

c) Qualquer equipamento deficiente ou com betão aderente não será aprovado pela Fiscalização até
que seja convenientemente reparado, substituído ou limpo;

d) A Fiscalização poderá exigir do Empreiteiro que nenhum período de trabalho seja iniciado sem
aviso prévio, a fim de poder certificar-se do estado do equipamento.

6.3.3.5.2 – Medição dos materiais

6.3.3.5.2.1 – Água

a) A água pode ser medida tanto por volume como por peso;

b) Quando a água for avaliada por volume, devem ser previstos dispositivos apropriados de medição
com os necessários controlos para calibragem e verificação do dispositivo, mas deve ser obtida a
prévia aprovação para o seu uso.

6.3.3.5.2.2 – Cimento

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 53
a) Pode ser usado cimento em sacos ou a granel;

b) Quando é usado cimento em sacos, as quantidades dos inertes para cada amassadura devem ser
as exactamente suficientes para um número exacto de sacos cheios de cimento e não será
permitida nenhuma amassadura que requeira parte dos sacos, a não ser que o cimento seja
pesado;

c) Todo o cimento a granel deverá ser pesado num aparelho aprovado, contendo um depósito e uma
tremonha graduada;

d) Esta tremonha deve ser convenientemente selada e ventilada para obstar à entrada de pó durante
a operação;

e) O tubo de descarga não deve estar suspenso da tremonha e deve ser disposto de forma que o
cimento não seja retido ou dele se escape.

6.3.3.5.2.3 – Inertes

a) Os inertes devem ser pesados;

b) A instalação de betonagem deve incluir receptáculos, tremonhas e balanças separadas para os


inertes finos e para cada dimensão de inertes grosseiros;

c) O Empreiteiro deve verificar e calibrar todos os dispositivos de peso/medição pelo menos duas
vezes por dia: antes do início das operações de manhã e antes de começar as operações da
tarde;

d) As balanças devem ser inspeccionadas e seladas pelo menos uma vez por mês ou com maior
frequência se a Fiscalização julgar necessário para assegurar a sua contínua precisão;

e) A proporção da humidade dos inertes, especialmente da areia, deve ser verificada várias vezes
por dia por meio de equipamento que permita uma determinação praticamente instantânea da
humidade;

f) A quantidade de humidade determinada deste modo deve ser considerada para correcção do
volume de água na amassadura.

6.3.3.5.2.4 – Execução da amassadura

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 54
6.3.3.5.2.4.1 – Em estaleiro

O equipamento e as instalações do estaleiro deverão permitir que se pratiquem as seguintes regras:

a) A entrada na betoneira dos materiais aglomerantes e aglomerados deverá ser feita


simultaneamente, de modo a que o período de permanência de cada um seja aproximada-
mente o mesmo;

b) A quantidade total de água a utilizar deverá ser dividida em 3 partes: o primeiro terço
entrará na betoneira antes dos materiais; outro terço entrará simultaneamente com os
materiais; e o restante a seguir;

c) A duração da amassadura dependerá do tipo de máquina utilizada; todavia, para betoneiras


de eixo horizontal que rodem a uma velocidade periférica de 1 metro por segundo, será por
um período nunca inferior a 90 segundos, depois de todos os materiais, incluindo a água,
estarem já dentro da betoneira;

d) No caso de dúvida quanto às características da maquinaria utilizada, o tempo da


amassadura será o necessário para que a massa fique perfeitamente homogénea;

e) Só poderá ser feita uma nova carga de betoneira quando a amassadura anterior tiver sido
completamente descarregada, num recipiente ou local de descarga da betoneira, de
material não absorvente;

f) A capacidade nominal do equipamento deverá ser rigorosamente respeitada;

g) A segregação dos materiais deverá ser sempre evitada, pelo o sistema adoptado para
recolha da massa à saída do equipamento de amassadura deverá ter em atenção este
objectivo.

6.3.3.5.2.4.2 – Betão pronto

a) Quando o betão é misturado em trânsito com os veículos de transporte, as operações de mistura


devem começar até 30 minutos depois do cimento ter sido misturado com os inertes;

b) Os camiões misturadores devem ser do tipo tambor rotativo.

6.3.3.5.2.5 – Controlo do fabrico

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 55
6.3.3.5.2.5.1 – Generalidades

a) Deverá ser feito um controlo estatístico permanente da composição dos betões, obedecendo ao
especificado no Regulamento de Betões de Ligantes hidráulicos.

6.3.3.5.2.5.2 – Divisão em lotes

A divisão do betão em lotes para efeitos do controlo deve ser estabelecido por acordo prévio entre a
Fiscalização e o Empreiteiro, podendo cada lote referir-se a partes de construção, a toda a
construção, a lotes de peças, a volumes de betão fabricado ou a intervalos de tempo de fabricação.

6.3.3.5.2.5.3 – Colheita de amostras

a) A colheita de amostras será realizada ao longo do período de fabrico do betão correspondente ao


lote respectivo e, sempre que possível, no próprio local da betonagem; quando as circunstâncias o
não permitam, será feita na própria instalação de fabrico;

b) O betão deverá ser sempre recolhido num recipiente estanque e impermeável, devidamente
protegido das condições atmosféricas desfavoráveis, e transportado o mais rapidamente possível
ao local de execução dos provetes.

6.3.3.5.2.5.4 – Moldes para o fabrico de provetes

a) Os moldes para o fabrico de provetes de betão deverão ser metálicos, indeformáveis, facilmente
desmontáveis e de superfícies rectificadas;

b) Compete ao Empreiteiro equipar-se com o número necessário de moldes, ficando, todavia, a sua
utilização dependente da aprovação da Fiscalização.

6.3.3.5.2.5.5 – Local de cura dos provetes

A conservação dos provetes para ensaio deverá ser feita em local em que sejam constantes tanto a
temperatura como a humidade.

6.3.3.5.2.5.6 – Ensaios

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 56
Os ensaios previstos para a recepção de betões do tipo BD das classes 1 e 2 são os especificados
no Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos e serão realizados de acordo com o determinado
nas seguintes Especificações do LNEC: E 226, E 227 e E 228.

Os betões em que o estudo da composição inclua especificações de consistência, esta serão


determinados pelo processo estabelecido numa das normas seguintes: NP 87 ou NP 414.

6.3.3.5.2.5.7 – Resultados dos ensaios

6.3.3.5.2.5.7.1 – Ensaios de provetes. Resistência aos 28 dias

a) Com base nos resultados dos ensaios, serão calculados o desvio padrão ou o coeficiente de
variação da distribuição estatística das tensões de rotura aos 28 dias e o valor característico desta
tensão;

b) No caso de, nos ensaios de resistência, se obter num cubo um valor inferior a 80% da resistência
característica do respectivo betão, o Empreiteiro deverá, por meio de ensaios do correspondente
betão aplicado, fazer prova, perante a Fiscalização, da conformidade do betão;

c) Sendo o número de amostras inferior a 10, o betão não será aceite se qualquer dos resultados da
determinação da tensão de rotura aos 28 dias for inferior ao valor característico especificado.

6.3.3.5.2.5.7.2 – Ensaios de betão fresco. Consistência

a) A relação água-cimento será mantida dentro dos limites acordados, em relação aos valores
definidos nas dosagens aprovadas. Para isso, o peso dos inertes será ajustado considerando o
peso de água neles contido;

b) A quantidade de água de amassadura será reduzida da quantidade contida nos inertes;

c) A consistência do betão será mantida, tendo em conta os valores definidos nas dosagens
aprovadas, dentro dos limites seguintes:

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 57
Ensaios Normas e Especificações Limites

Abaixamento NP 87 maior dos dois valores


+2mm ou +1/3 dos valores
das dosagens aprovadas

Espalhamento NP 414 +0,04

Trabalhabilidade E 228 +1/5 dos valores das


dosagens

6.4 – Utilização dos moldes

6.4.1 – Limpeza e tratamento das superfícies dos moldes

a) As superfícies dos moldes destinadas a entrar em contacto com o betão, devem, antes do
enchimento, ser limpas de detritos incluindo ferrugem e calda de cimento;

b) Depois da limpeza e antes da utilização, as mesmas superfícies devem ser tratadas com produtos
oleosos minerais incolores e isentos de petróleo - sujeitos a aprovação da Fiscalização - que
impeçam a aderência do betão aos moldes, facilitem a operação de desmoldagem, não
prejudiquem a aplicação posterior de revestimentos, não deixem manchas no betão e garantam as
condições exigidas pelos diversos tipos de acabamento pretendidos;

c) Não é permitida a utilização de óleo queimado porque é agressivo para as peças metálicas e
porque dificulta a aderência dos acabamentos.

6.4.2 – Reaplicação dos moldes

a) Na reaplicação dos moldes deverão observar-se integralmente todas as normas prescritas nos
regulamentos, como se tratasse da primeira aplicação;

b) A forma, a estanqueidade, a rigidez e a rugosidade das superfícies interiores dos moldes devem
ser mantidas durante o período de utilização. Qualquer taipal empenado deverá ser reconstruído
antes de tornar a ser usado;

c) Os moldes que deixam de satisfazer aos requisitos especificados não devem ser usados e devem
ser imediatamente retirados do local dos trabalhos.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 58
6.4.3 – Chanfros

As arestas das superfícies de betão serão chanfradas a 45°, tendo 2,0 cm de cateto a secção
triangular resultante do chanfro, quer esta corresponda a um enchimento, quer a um corte da peça
chanfrada.

6.5 – Transporte e transbordo do betão

6.5.1 – Equipamento

a) Todo o sistema a utilizar no transporte ou no transbordo do betão deverá ser previsto com a
finalidade de evitar a desagregação, a segregação e a perda de água, para o que deverá ter
dimensão apropriada em ordem a assegurar um fluxo contínuo de betão no local do emprego;

b) O Empreiteiro deverá, com a devida antecedência, submeter à aprovação da Fiscalização os


meios que utilizará nestas operações;

c) Deverão observar-se, nomeadamente, as regras que a seguir se indicam:

c1) O Empreiteiro deverá preparar todo o material a utilizar no transporte ou transbordo do


betão, tal como carros apropriados, baldes de abrir pelo fundo, bombas de betão, sistemas
pneumáticos ou quaisquer outros, para que não se apresentem ângulos ou arestas que
facilitem a desagregação ou a deposição do material;

c2) Os recipientes de transporte ou de transbordo terão capacidade para conterem um


número inteiro de amassaduras, de modo a evitar que o fraccionamento facilite a
segregação dos componentes do betão;

c3) O betão poderá ser transportado da instalação central de betonagem em veículos munidos
de tambores rotativos aprovados, rodando a uma velocidade não inferior a 6r.p.m.;

c4) Depois de o betão sair da instalação de fabrico, não lhe poderá ser adicionada nenhuma
água;

c5) Qualquer que seja o processo a utilizar, deverá evitar-se qualquer manuseamento que
imponha ao betão uma queda livre de altura superior a 1,5m;

c6) Será suspenso todo o transporte ou transbordo que provoque assentamento ou alteração
na granulometria dos aglomerados mais grossos, provoque exposição ao sol ou à água
prejudiciais ou que, de qualquer modo, possa afectar a qualidade do betão.

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 59
6.5.2 – Duração do transporte e transbordo

Salvo casos especiais que serão objecto de decisão da Fiscalização, o intervalo de tempo que medirá
entre a saída do betão da betoneira e a sua colocação em obra, durante tempo quente, seco ou
ventoso, não deverá exceder 1,5 horas.

15.20.3.7.3 – Ritmo de entregas

a) O ritmo de fornecimento de betão durante as operações de betonagem, deve ser tal que
proporcione o conveniente manuseamento, e posterior colocação e acabamento do betão; esse
ritmo deve ser tal que o intervalo entre amassaduras não exceda 20 minutos;

b) Os métodos de entrega e manuseamento do betão devem ser tais que venham a facilitar a
colocação com o mínimo de perturbações e sem prejuízo para o betão.

6.5.3 – Colocação em obra do betão

6.5.3.1 – Equipamento

O Empreiteiro deverá submeter à apreciação da Fiscalização os processos e meios a utilizar para o


lançamento do betão dentro dos moldes, os quais deverão corresponder ao rendimento das restantes
instalações, ter capacidade adequada à perfeita execução do trabalho, e não poderão de forma
alguma facilitar a desagregação ou fractura dos materiais.

6.5.3.2 – Operações prévias

a) Imediatamente antes do início do lançamento do betão nos moldes, estes deverão ser
inspeccionados para a verificação das seguintes características: dimensão, forma, estanqueidade,
rigidez, rugosidade e limpeza;

b) Não deverá ser lançado betão antes que os moldes hajam sido aprovados pela Fiscalização.

6.5.3.3 – Enchimento dos moldes

a) O betão deve ser colocado por camadas horizontais de espessura não superior a 50 cm;

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b) Quando numa operação for colocada menos que uma camada completa, esta deve terminar em
parede vertical;

c) Cada camada deve ser colocada e compactada antes que a precedente massa tenha iniciado a
presa, para evitar prejudicar o betão fresco e evitar juntas imperceptíveis entre as camadas;

d) A compactação deve ser feita tendo em vista evitar a formação de juntas de construção com a
camada precedente que não tenha iniciado a presa;

e) Quando a colocação de betão for temporariamente suspensa, este deverá, depois de se ter
tornado suficientemente duro para manter a forma, ser devidamente limpo de leitada e de todo o
material nocivo, a uma profundidade suficiente para deixar exposto o betão são;

f) Para evitar juntas visíveis nas superfícies expostas, a face superior do betão adjacente às paredes
dos moldes deverá ser alisado e nivelado sempre que a moldagem for interrompida;

g) Logo a seguir a esta descontinuidade de colocação, dever-se-á retirar toda a argamassa


acumulada nas armaduras, assim como nas paredes dos moldes. Se todo o material acumulado
não for retirado antes do betão ter iniciar a presa, deve ter-se cuidado em não danificar ou quebrar
a ligação betão-aço, ao proceder à limpeza das armaduras;

h) No enchimento dos moldes em condições desfavoráveis, climatéricas ou não, deverá atender-se


às disposições que seguem:

h1) Sempre que os moldes se encontrem gelados ou cobertos de geada, não se deverá dar
início às operações, a não ser que com a aprovação da Fiscalização, sejam aquecidos a
fim de os libertar do gelo ou da geada;

h2) Quando, depois de iniciados os trabalhos, se verifique um acentuado abaixamento da


temperatura, inclusive a formação de gelo ou geada, deverão estes ser interrompidos e o
betão já colocado, ser devidamente protegido por qualquer processo julgado conveniente,
sugerindo-se areia, palha ou serapilheira;

h3) Se não existir protecção adequada, aprovada pela Fiscalização, não deve ser colocado
betão enquanto chover;

h4) Quando chover no decorrer da betonagem, deverá reduzir-se a quantidade de água


empregada no fabrico do betão, até que deixe de chover ou a Fiscalização decida a
suspensão das operações em curso, de modo que o betão não se torne demasiado fluido;

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h5) Sempre que chova não será permitida a realização de betonagens a menos que o
Empreiteiro efectue uma protecção adequada a aprovar pela Fiscalização;

h6) A temperatura do betão durante o período de mistura, transporte e/ou colocação não
poderá subir acima de 32°C. Qualquer massa de betão que tenha atingido uma
temperatura superior a 32°C, em qualquer altura das operações acima mencionadas, não
poderá ser colocada, devendo ser rejeitada;

h7) O Empreiteiro deverá controlar ou reduzir a temperatura do cimento, da água, dos inertes
e do equipamento de mistura e de transporte, a uma temperatura que, durante todas as
operações de mistura, transporte, manuseamento e colocação nunca ultrapasse os 32°C;

h8) Quando as precauções acima mencionadas não sejam suficientes para satisfazer as
exigências referidas, serão substituídas pela restrição do trabalho a períodos ao fim da
tarde e da noite;

h9) Os moldes poderão ser arrefecidos com água fria ou protegendo-os dos raios directos do
sol;

h10) Logo que seja possível, após a colocação, o betão deverá ser humedecido, a fim de evitar
o aparecimento de fendas devidas a rápida secagem da superfície;

h11) Quando por avaria das instalações mecânicas, ou qualquer outra causa fortuita, se seja
obrigado a interrupções de betonagem, deverão observar-se, na parte aplicável, as
indicações acima expostas;

h12) Todos os pedidos do Empreiteiro e decisões da Fiscalização sobre as operações e


medidas de emergência atrás enumeradas, deverão ficar devidamente registados.

6.5.3.4 – Compactação

a) O betão deve ser intensamente compactado durante e após a sua colocação nos moldes;

b) Se nada em contrário for determinado pela Fiscalização, a compactação do betão será efectuada
com vibração mecânica à massa, sujeita às seguintes regras:

b1) Os vibradores devem ser do tipo aprovado pela Fiscalização, devendo ser capazes de
transmitir vibrações ao betão, de frequência não inferior a 8000 impulsos por minuto;

b2) O comprimento das agulhas deve exceder em 10cm a máxima espessura da camada a
vibrar, de modo a permitir a vibração da camada imediatamente inferior à que acabou de
ser depositada;

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b3) A intensidade de vibração deve ser tal que afecte visivelmente a massa de betão,
produzindo-lhe um abaixamento de 3cm num raio pelo menos de 45 cm;

b4) O Empreiteiro deve dispor de um número suficiente de vibradores para compactar


devidamente o betão, após ter sido colocada nos moldes. Deverão estar disponíveis
vibradores suplementares para uso de emergência e quando outros vibradores estão a
ser assistidos;

b5) Os vibradores devem ser manobrados de modo a levarem o betão a todos os cantos e
ângulos dos moldes;

b6) A vibração deve ser de duração e intensidade suficientes para compactar


completamente o betão, mas não deve ser mantida logo que se formem bolsadas
localizadas de argamassa;

b7) A aplicação dos vibradores deve ser feita em pontos uniformemente espaçados e não
distanciados mais do que duas vezes o raio dentro do qual a vibração tiver efeito visível;

b8) A vibração não deve ser usada para fazer o betão deslizar nos moldes a distâncias tão
grandes que causem segregação, e os vibradores não devem ser usados para empurrar
ou distribuir o betão lateralmente nos moldes;

b9) Os vibradores devem ser usados em posição vertical;

b10) Os vibradores devem ser retirados completamente antes de se avançar para o ponto de
aplicação seguinte;

b11) Os vibradores deverão ter as dimensões adequadas aos espaços existentes nas
armaduras quando montadas sem que essas posições sejam afectadas;

b12) Para assegurar superfícies regulares e densas, livres de bolsas de inertes, a vibração
deve ser completada com o espalhamento manual, tanto quanto necessário para garantir
essa regularidade e densidade ao longo das paredes dos moldes e nos cantos ou
pontos impossíveis de atingir com vibradores mesmo com betão plástico;

b13) A compactação deverá ser feita de modo a conseguir-se que o betão fique tanto quanto
possível sem vazios, constituindo uma massa homogénea dentro dos moldes; só deverá
cessar quando se deixe de verificar o aparecimento de bolhas de ar e depois de se
verificar um ligeiro refluimento da água da argamassa;

b14) O Empreiteiro deverá dispor, no local da obra, de documentação do fabricante sobre os


vibradores, mostrando que os mesmos estão de acordo com as exigências acima
mencionadas.

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6.6 – Juntas de construção

6.6.1 – Generalidades

a) As juntas de construção deverão apenas ser feitas nos locais fixados no programa da betonagem
aprovado, ou, sempre que por necessidade imprevista, a Fiscalização autorize a sua execução;

b) Serão usadas armaduras de esforços transversos, quando necessário, para transmitir a tensão de
corte ou para ligar as duas secções.

6.6.2 – Ligação entre betões de idades diferentes

a) Antes de depositar betão fresco sobre ou contra betão que já tenha feito presa, os moldes devem
ser apertados de novo;

b) A superfície do betão endurecido deverá ser tornada rugosa, tal como for exigido pela
Fiscalização, de modo a não deixar partículas soltas de inertes, ou betão danificado à superfície;

c) O mesmo betão deverá ser cuidadosamente limpo de corpos estranhos e saturado com água;

d) A colocação do betão deve ser efectuada continuamente de junta a junta. As arestas vivas de
todas as juntas que fiquem expostas à vista, devem ser cuidadosamente acabadas.

6.6.3 – Acabamento das superfícies moldadas

a) Imediatamente depois de desmoldadas, as superfícies do betão deverão apresentar-se


desempenadas e planas, sem quaisquer pedras ou ninhos de pedras à vista, nem tão pouco poros
ou concavidades;

b) Se os paramentos do betão não apresentarem as qualidades, a posição ou a forma requeridas, a


consolidação ou a demolição das partes defeituosas e a sua reposição serão da conta do
Empreiteiro, de acordo com as medidas fixadas pela Fiscalização;

c) No caso de se verificar a existência de chochos ou vazios, as medidas a fixar poderão ir desde o


seu simples enchimento dentro do prazo de 24 horas até à aplicação de multa equivalente à
desvalorização do trabalho, quando prevista no caderno de encargos, ou até a rejeição de peças
moldadas com todas as consequências inerentes;

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d) No caso da reparação ser autorizada pela Fiscalização, estes defeitos devem ser ainda limpos e,
depois de terem sido saturados com água por um período não inferior a 3 horas, devem ser
completamente preenchidos com argamassa de cimento e areia misturadas nas proporções
usados no betão a reparar;

e) A argamassa usada no reboco não deve ter mais que uma hora;

f) Nos casos omissos, o Empreiteiro deverá observar as normas prescritas pelo American Concrete
Institute - ACI.

7 - EQUIPAMENTOS DE SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA

7.1 – MARCAS RODOVIÁRIAS

7.1.1 – Material Termoplástico de Aplicação a Quente

7.1.1.1 – Pré-Marcação

A pré-marcação, é obrigatória, não sendo permitido o início da marcação sem que aquela tenha sido
revista e aprovada pela fiscalização.

Sempre que seja possível apoiar mecanicamente a marcação de uma linha na pré-marcação de outra
que lhe seja paralela, a pré-marcação da primeira pode ser dispensada (caso da marcação de guias
apoiada na pré-marcação do eixo).

A pré-marcação pode ser executada pelos processos:

a) Manual

Por meio de um cordel suficientemente esticado e ajustado ao desenvolvimento das respectivas


marcas, ao longo do qual, por intermédio de um pincel ou outro meio auxiliar apropriado, se executa a
piquetagem por pontos, por pequenos traços ou por linha contínua fina ou recorrendo a pintura de
referência ou contornos (quando haja lugar à utilização de moldes).

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b) Mecânica

Não dispensando a pré-marcação manual, sobre a qual ele se apoia, o processo mecânico é utilizado
a partir da máquina de marcação, mediante utilização de um braço com ponteiro de pintura que, à
direita e à esquerda, executa a piquetagem.

A pré-marcação deve prever, no pavimento a marcar, a definição de:

1) Nas linhas longitudinais

Piquetagem;

Indicação nos limites das zonas com diferentes relações traço-espaço;

Indicação dos limites das zonas de linhas contínuas.

2) Nas marcas diversas

Pintura de referência para implantação dos moldes de execução.

7.1.1.2 – Preparação da Superfície

A superfície que vai ser marcada deve apresentar-se seca e livre de sujidades, detritos e poeiras.

O adjudicatário será responsável pelo insucesso das pinturas causadas por deficiente preparação da
superfície.

Se se tratar de um pavimento velho e polido, deverá ser utilizado um aparelho com características
adesivas adequadas ao caso em presença, a fim de se garantir uma aderência conveniente das
marcas.

7.1.1.3 – Marcação Experimental

Para verificação da uniformidade da marcação das linhas longitudinais, quanto à dimensão, largura,
homogeneidade de aplicação do produto e das pérolas de vidro e ainda para se regular o
equipamento de aplicação (velocidade de avanço, pressão de ar nos bicos e no compressor,
temperatura) deverá ser feita uma marcação experimental, fora da zona da obra e em local a definir
pela fiscalização, tanto quanto possível, com características semelhantes de superfície.

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A passagem à marcação definitiva dependerá do parecer da fiscalização em face dos resultados
obtidos, quer em observação diurna quer nocturna (retro-reflexão).

7.1.1.4 – Marcação

7.1.1.4.1 – Aprovação da Pré-Marcação

A marcação não poderá ser iniciada sem que a fiscalização tenha aprovado a pré-marcação, como já
foi referido.

7.1.1.4.2 – Processo de Marcação

Para execução das marcas rodoviárias (marcação) devem ser utilizados, para aplicação de material
termoplástico, os seguintes processos:

a) Manual (por moldagem)

A utilizar na execução de:

Marcas transversais e barras, em zonas mortas;

Setas (de selecção, de desvio e outras);

Símbolos (sinais e outros);

Inscrições (números e letras).

As marcas rodoviárias serão executadas em sobreespessura, por colagem gravítica e com emprego
de moldes no espalhamento.

A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor entre 2,5 mm e 3,0 mm.

A temperatura de aplicação deve situar-se entre 165ºC e 190ºC, e o tempo de secagem (ausência de
pegajosidade com resistência à passagem de veículos) não deve ultrapassar os 2 a 3 minutos.

As caldeiras de aquecimento devem estar munidas de dispositivo de agitação mecânica, para se


evitar a segregação dos diversos constituintes.

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A utilização do sistema de pré-aquecimento da superfície a marcar não é permitida, por princípio, a
menos que a fiscalização o reconheça como indispensável.

b) Mecânica (spray)

A utilizar na execução de:

Marcas longitudinais;

Guias.

Deve ser concretizado com o emprego de máquinas móveis, com dispositivos manuais e automáticos
de aplicação do material termoplástico pulverizado (spray) e de projecção simultânea, sobre a
superfície do material, de esferas de vidro.

A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor uniforme não inferior a 1,5 mm.

A temperatura de aplicação deve situar-se entre os 200ºC e 220ºC e o tempo de secagem não deve
ultrapassar os 40 segundos, para as espessuras previstas.

A taxa de projecção de esferas de vidro deve estar compreendida entre 400 g/m² e 500 g/m².

7.1.1.4.3 – Aprovação das Marcas

As marcas que não se apresentem nas condições exigidas (geométricas, de constituição ou de


eficácia), serão rejeitadas e como tal removidas, podendo, contudo, ser repetida a execução, se
houver, da parte do adjudicatário, a garantia de rectificação conveniente susceptível de ser aceite
pela fiscalização.

A remoção deve ser efectuada no prazo de 3 dias a contar da data da notificação da rejeição, pelo
que, o adjudicatário, se o não fizer nesse prazo, ficará sujeito aos encargos resultantes da remoção
que a fiscalização mande executar por terceiros.

7.1.1.4.4 – Eliminação de Marcas

PROJECTO DE EXECUÇÃO
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Na eventualidade de se ter de apagar marcas rodoviárias pré-existentes com o fim de executar uma
nova marcação, o processo de eliminação a utilizar será escolhido de entre os seguintes:

Decapagem por projecção de um abrasivo sob pressão, não podendo aquele abrasivo ser
areia, excepto quando a decapagem seja feita em presença de água;

Decapagem mecânica, utilizando decapadores mecânicos ou máquinas de percussão


próprias.

No caso de as marcas a eliminar serem de material termoplástico, obtêm-se melhores


resultados com tempo frio, para ambos os processos indicados.
Quando aplicado qualquer dos processos descritos, devem ser tomadas as seguintes
precauções:

Quando a circulação se mantém, deverá a zona restrita dos trabalhos ser convenientemente
isolada, a fim de que a segurança da circulação de peões e veículos não seja afectada
pelos materiais ou agentes envolvidos na obra;

Após a decapagem, deverá ter-se o cuidado de remover quer os detritos do material


termoplástico, quer os abrasivos utilizados.

Não será permitida, em caso algum a utilização de processos de recobrimento como método de
eliminação de marcas.

7.1.1.4.5 – Lotes, Amostras e Ensaios

Durante a execução dos trabalhos, e sempre que o entender, a fiscalização reserva-se o direito de
tomar amostras e mandar proceder às análises e ensaios que julgar convenientes para verificação
das características dos materiais utilizados. As amostras serão, em geral, tomadas em triplicado, e
levarão as indicações necessárias à sua verificação.

As análises e ensaios necessários poderão vir a ser executados pelas entidades que o dono da obra
entender adequadas, por conta do adjudicatário.

7.2 – SINALIZAÇÃO VERTICAL E EQUIPAMENTO DE GUIAMENTO E BALIZAGEM

PROJECTO DE EXECUÇÃO
Alargamento e Pavimentação da E.M. da Cova dos Moleiros ao Lombo da Ilha - Ilha 69
7.2.1 – Armazenamento dos Sinais

Todos os sinais e seus componentes deverão ser armazenados em local fechado, limpo e arejado.

7.2.2 – Montagem dos Sinais

a) Sinais de pequena dimensão

Na montagem dos sinais de pequena dimensão devem ser seguidos os esquemas de montagem do
desenho de pormenor respectivo.

7.2.3 – Localização dos Sinais

A localização dos sinais será a indicada nos desenhos. Serão permitidos ligeiros ajustes de
posicionamento para melhor adaptação a condicionalismos locais, não podendo, contudo, ser
comprometidas as posições relativas de sinais aplicados em interligação e cujo posicionamento
esteja directamente relacionado com as marcas rodoviárias do pavimento adjacente.

7.2.4 – Implantação Transversal dos Sinais

a) Sinais de pequena dimensão e sinais complementares

Os sinais são implantados do lado direito, no sentido de tráfego a que respeitam, no limite da berma
em secção corrente.

Em ilhas, separadores materializados e passeios, os sinais são implantados com um afastamento


mínimo de 0,50 m ao limite da faixa de rodagem.
Sempre que for necessário utilizar sinais em duplicado, terão que surgir, forçosamente, sinais do lado
esquerdo da via, mas sempre em complemento de um outro colocado à direita.

Os sinais são implantados de molde que a sua superfície realize com a linha limite da faixa de
rodagem, um ângulo de 100º, medido pelo tardoz dos mesmos, quer se localizem do lado direito ou
do lado esquerdo da faixa de rodagem.

7.2.5 – Implantação Vertical dos Sinais

PROJECTO DE EXECUÇÃO
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Deverão ser respeitados os esquemas de implantação indicados nos documentos normativos sobre
sinalização vertical, que estiverem em vigor. Em qualquer caso, deverá a fiscalização, em tempo
oportuno, obter a ratificação da Secretaria Regional do Equipamento Social, relativamente à
implementação do esquema projectado, face à eventual conveniência em executar a sinalização em
moldes renovados.

Deverá ainda ser tido em conta o seguinte:

a) Sinais de pequena dimensão

Todos os sinais denominados de código deverão ser colocados a 1,10 m de altura (do solo à base do
sinal) devendo este valor ser reduzido para 1,00 m, no caso de dois sinais colocados no mesmo
poste.

Deverão estar colocados fora do limite da berma e, sempre que existe guarda de segurança,
protegidos por esta.

b) Sinais complementares

O seu posicionamento deverá respeitar o já exposto para os sinais de pequena dimensão, devendo a
altura entre o bordo do sinal e o solo ser de 0,60 m.

c) Outros sinais de demarcação

Os “chevrons” individuais ou duplos serão implantados de modo idêntico


Os marcos quilométricos são implantados no solo, do lado direito, no sentido da quilometragem, para
além da berma e com uma inclinação de cerca de 80º em relação à linha definida pelo limite da faixa
de rodagem e do lado direito da mesma, no sentido progressivo da quilometragem.

Os marcos miriamétricos respeitam o mesmo princípio dos quilométricos mas serão duplicados e
situar-se-ão a 1,20 m.

7.2.6 – Colocação

a) Sinais com uma placa num só poste

PROJECTO DE EXECUÇÃO
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Serão encastrados num maciço cúbico de betão B20, com 0,50 m de aresta, a uma profundidade que
permita um recobrimento na base do prumo de 0,10 m.

b) Sinais com duas placas num só poste

Serão encastrados num maciço paralelepipédico de betão B20, com 0,50 m por 0,90 m de secção e
0,50 m de altura, a uma profundidade que permita um recobrimento na base do prumo de 0,10 m.

c) Sinais com dois ou mais postes

Serão encastrados em um ou mais maciços de betão B20, com as dimensões dos quadros
respectivos e a profundidade de acordo com o desenho tipo respectivo.

7.2.7– Escavações para Maciços de Fundação de Sinais

Os caboucos para os maciços de fundação serão, em principio, levados até à profundidade indicada
nos desenhos de execução, podendo no entanto, de acordo com a fiscalização, a fundação ser
alterada de acordo com as condições reais reveladas.
A escavação será completada por um saneamento cuidado das soleiras e paredes dos caboucos, de
modo a que no final estas superfícies se apresentem completamente limpas e isentas de materiais
soltos, não podendo iniciar-se a betonagem sem autorização expressa da fiscalização.

As escavações serão conduzidas de forma a que fique salvaguardada a completa segurança do


pessoal contra desmoronamentos ou outros perigos e assegurada a correcta execução das
operações de betonagem, procedendo-se para isso às entivações e escoramentos que a fiscalização
reconheça necessários.

Nos preços contratuais encontram-se incluídos todos os trabalhos relativos à sua completa execução,
tais como: elevação, remoção, carga, transporte a vazadouro, a depósito e vice-versa, entivações,
esgotos, compactação, regularização e percentagens de empolamento ou quaisquer outros trabalhos
subsidiários necessários à segurança do pessoal e à correcta execução das operações de
betonagem, ficando bem esclarecido que o adjudicatário se inteirou no local, antes da elaboração da
sua proposta, de todas as particularidades do trabalho e que nenhum direito a indemnização lhe
assiste no caso das condições de execução se revelarem diferentes das que inicialmente previra.

Para efeitos de medição, o volume a considerar será obtido a partir dos perfis teóricos da escavação.

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7.2.8 – Betão

O fabrico, cura moldagem e desmoldagem do betão devem respeitar as condições estabelecidas no


Regulamento de Betões e Ligantes Hidráulicos.

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