You are on page 1of 12

1.

OBJETIVO

Aprimorar o senso de observação e a capacidade de dedução através da


investigação de um fenômeno. Utilizar-se das habilidades de percepção e
dedução, para que possam ser aprimoradas.

1
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

O processo de aquisição do conhecimento científico é freqüentemente


atribuído ao método científico, fundamento de toda a ciência.
O processo científico é iniciado com observações e esta é a mais útil quando
as condições afetam são controladas cuidadosamente. Uma condição é
controlada quando esta é fixa, conhecida, ou pode ser variada deliberadamente,
se o desejarmos. Esse controle é melhor obtido em um local especial: o
laboratório. Quando a observação é realizada sob controle cuidadoso, ela é
designada por um nome especial: uma seqüência controlada de observações é
chamada de EXPERIMENTO ou EXPERIÊNCIA.
Embora as observações sejam algumas vezes acidentais, são normalmente
realizadas sob condições rigorosamente controladas no laboratório. As
observações podem ser qualitativas, que tem relação com a natureza ou a
qualidade de uma coisa, sem considerar a quantidade (pode-se observar, por
exemplo, que a cor de uma certa rosa é simplesmente vermelha) ou
quantitativas, que tem relação com a quantidade de alguma coisa, expressa
numericamente (pode-se usar um instrumento para obter um valor numérico do
comprimento de onda da luz refletida nas pétalas de rosa).
Os registros das observações são chamados dados. Dados de observações
quantitativas são freqüentemente colocados em tabelas numéricas e podem ser
representados em gráficos ou por relações matemáticas.
A primeira etapa de uma investigação consiste na observação: atenção para
detalhes, engenhosidade e muitas vezes, simplesmente paciência, são as
características de um bom observador, apoiadas fundamentalmente em um
método criterioso de observação.
A segunda etapa consiste na formulação de hipótese. É necessário que a
hipótese formulada concorde com os fatos observados e com outros que iremos
eventualmente observar. Uma vez que esta condição seja satisfeita, a hipótese
passa a ser chamar teoria. Caso a hipótese não seja confirmada é necessário sua
reformulação. Esta atividade de observação, hipótese e verificação, estão
fundamentalmente contidas no método científico.
Análises cuidadosas dos dados científicos algumas vezes revelam
similaridades, regularidades ou coerências, que podem ser resumidas em uma
generalização conhecida com lei natural, ou simplesmente uma lei.
A curiosidade é uma característica humana natural, e assim dados es leis
conduzem à pergunta: “Por quê?”. Por exemplo, desejamos saber por que os
gases comportam-se de um certo modo. Por que o produto pressão volume para
os gases, em certas condições, tem sempre o mesmo valor? Respostas ou
explicações oferecidas para tais perguntas são denominadas teorias. No caso de
tentativas de respostas ou explicações, temos hipóteses. Estes dois termos, teoria
e hipótese, confundem-se em significado, não havendo significativa distinção entre
ambos.
Nesta experiência, através da observação detalhada e criteriosa, tentaremos
elucidas parcialmente o comportamento de um sistema em estudo.

2
3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Materiais utilizados

3.1.1 Vidrarias
 Proveta graduada – Vidrolabor (10,0 ± 0,5) mL
 Pipeta graduada – Roni-Alzi (5,0 ± 0,05) mL
 Becker – Vidrolabor 100 mL
 Tubo de ensaio
 Tubo em U

3.1.2 Outros utensílios


 Pêra
 Pinça de madeira
 Estante de tubo de ensaio
 Espátulas
 Tela de Amianto
 Tripé de ferro
 Bico de Bunsen

3.2 Reagentes

 Cloreto de amônio (NH4Cl) sólido PA – Reagente Analítico A.C.S;


fabricante: Reagen.
 Nitrito de sódio (NaNO2) sólido PA; 99% de pureza; fabricante: Vetec
Química Fina LTDA.
 Permanganato de potássio (KMnO4) sólido
 Oxalato de sódio (Na2C2O4) sólido PA; 99,5% de pureza; fabricante:
Vetec Química Fina LTDA.
 Solução aquosa de Permanganato de potássio (KMnO4) 0,1 M PA; 99%
de pureza; fabricante: CAAL Reagentes Analíticos.
 Solução aquosa de Ácido sulfúrico (H2SO4) 0,1M
 Solução aquosa de Peróxido de hidrogênio (H2O2) 3%

3
3.3 Toxicologia

 Cloreto de amônio (NH4Cl)

Perigoso mesmo em pequenas quantidades. Acumula-se no organismo e


provoca asfixia. Irritante para o nariz, garganta e para os olhos. Se inalado,
causará tosse ou dificuldade respiratória. Em caso de ingestão não provocar
vômito, não fazer lavagem gástrica (diluição com água, leite ou soro fisiológico).

 Nitrito de sódio (NaNO2)

Irritante para o nariz, garganta, olhos, pele. Se inalado causará dor de


cabeça, dificuldade respiratória ou perda da consciência. Se ingerido causará dor
de cabeça, náusea ou perda da consciência.

 Permanganato de potássio (KMnO4)

A ingestão de Permanganato de potássio produz transtornos digestivos


como náuseas, vômito, edema de lábios, tose, edema laríngeo acompanhada de
dores intensas. Podem ocorrer hemorragias, pulso lento e queda de pressão
sangüínea, etc.

 Ácido sulfúrico (H2SO4)

O ácido sulfúrico queima o tecido vivo, coagula a albumina e o sangue,


dissolve a hemoglobina. Pela ingestão ocorre agudíssima dor faríngea e
epigástrica. A dose letal é de 5 a 6g (com o estômago vazio seria 3g).

 Oxalato de sódio (Na2C2O4)

A ingestão de soluções concentradas pode causar irritações


gastrointestinais, depressão cardíaca e do sistema nervoso central e morte. A
solução diluída produz distúrbios gastrointestinais, mas pode causar fraqueza,
raramente convulsões, contrações musculares, coma e morte.
A ingestão de pequenas quantidades pode causar tetania e calculo urinário.

 Peróxido de hidrogênio (H2O2)

Provoca a queima se em contato com uma substância inflamável. É


incompatível com vários metais (ferro, cobre, prata, etc) e muitos compostos
orgânicos. Deve ser armazenado em recipientes de vidro, polietileno, alumínio.

4
3.4 Propriedades físico-químicas

 Cloreto de amônio

►Incolor, inodoro, pó branco granulado, gosto salino;


►Formula molecular: NH4Cl;
►Massa: 53,45 g/mol;
►Densidade: (25ºC): 1,5274g/mL;
►PH (solução aquosa à 25ºC): 1%=5,5 ; 3%=5,1 ; 10%=5,0;
►Ponto de fusão: 340ºC;
►Ponto de ebulição: 520ºC;
►Solúvel em água.

 Nitrito de sódio

►Branco ou insignificantemente amarelo, grânulos higroscópicos ou pó;


►Formula molecular: NaNO2;
►Massa: 68,69 g/mol;
►PH:9;
►Densidade: 2,17 g/mL;
►ponto de fusão: 271ºC;
►ponto de ebulição: 320ºC;
►A solução aquosa é alcalina;
►Solúvel em 1,5 partes de água fria.

 Permanganato de Potássio

► Cristal sólido; Roxo Escuro; Inodoro;


►Formula molecular: KMnO4;
►Massa: 158,04 g/mol;
►Densidade: 2,70 g/mL;
►Ponto de fusão: DECOMPÕE < 240 °C;
►Ponto de ebulição: Decompõe
► Solubilidade 8 g/100 mL.

 Ácido sulfúrico

►Incolor, inodoro, liquido oleoso;


►Extremamente corrosivo;
►Formula molecular: H2SO4;
►Massa: 98,02 g/mol;
►Densidade: 1,84 g/mL;
►Ponto de fusão: 10ºC;

5
►Ponto de ebulição: 330ºC

 Oxalato de sódio

►Branco, inodoro, pó cristalizado;


►Formula molecular: Na2C2O4;
►Massa: 133,94 g/mol;
►Densidade: 2,34 g/mL;
►Ponto de fusão: 250ºC à 270ºC;
►Solução aquosa praticamente neutra;
►Solúvel em 27 partes de água.

 Peróxido de hidrogênio

►Incolor liquido instável, sabor amargo, cáustico para a pele;


►Formula molecular: H2O2;
►Massa: 33,98 g/mol;
►Densidade: 1,463 g/mL;
►Ponto de fusão: 0,43ºC;
►Ponto de ebulição: 150,2ºC;
►Miscível com água.

6
3.5 Reações

1. Reação para obtenção do gás nitrogênio:

NH4Cl(s) + NaNO2(S) + H2O(L) → NaCl(s) + 3 H2O(l) + N2(g)

2. Reação para obtenção do gás oxigênio:

2KMnO4(s) + 3H2SO4(aq) + 5H2O2(aq) → K2SO4(aq) + 2MnSO4(aq) + 8H2O(l) + 5O2(g)

3. Reação para obtenção do gás carbônico:

5 Na2C2O4(s) + 2KMnO4(aq) + 8H2SO4(aq) → K2SO4(aq) + 2MnSO4(aq) + 8H2O(l) +


+ 5Na2SO4(aq) + 10CO2(g)

7
3.6 Procedimento

Observou-se que uma determinada solução desconhecida ao sofrer


agitação constante em um balão volumétrico, mudava sua coloração de incolor
para azul.
A partir de reações conhecidas para obtenção de gases desejados, foram
realizadas experiências distintas para a obtenção de gases em contato com a
solução problema.
Inicialmente uma amostra foi transferida para um tubo de ensaio. Em um
outro tubo de ensaio foram colocados água, cloreto de amônio e nitrito de sódio.
Em seguida foi formado um sistema fechado entre os dois tubos por meio de um
tubo em “U” à parte do sistema que continha os reagente foi colocada em banho
Maria (utilizando-se um Becker com água, uma tela de amianto, tripé de ferro e
bico de bunsen).
Em outro tubo de ensaio foi adicionado uma amostra de permanganato de
potássio, peróxido de hidrogênio e por ultimo ácido sulfúrico (a solução problema
usada inicialmente foi reaproveitada tal como o tubo em “U”), fechou-se
rapidamente. Foi formado um sistema fechado entre os dois tubos de ensaio e
observou-se a coloração e o comportamento da solução desconhecida.
Novamente foi reaproveitada a solução problema e o tubo em “U” em um
novo tubo de ensaio foi adicionado oxalato de sódio, permanganato de potássio e
ácido sulfúrico. Observou-se o inicio de uma reação e a liberação de gás na
solução problema. Observou-se a coloração e o comportamento da solução
analisada.

8
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Reação Gás Cor após a observação


obtido inserção do
gás
NaNO2(aq) + NH4Cl(aq) → N2(g) + NaCl(aq) + 2H2O(l) N2 Não houve ______
mudança
2KMnO4(aq) + 5H2O2(aq) + 3H2SO4(aq) → 2MnSO4(S) + O2 azul Este é o gás
8H2O(l) + 5O2(g) + K2SO4(aq) causador da
mudança de
coloração
2KMnO4(aq) + 8H2SO4(aq) + 5Na2C2O4(aq) → 2MnSO4(S) CO2 Não houve
+ 10CO2(g) + 8H2O(l) + K2SO4(aq) + 5Na2SO4(aq) mudança _______

No laboratório foram levantadas inúmeras hipóteses sobre os fatores que poderia


estar agindo sobre a solução problema contida no balão volumétrico. No momento
em que a mesma sofria agitação, observava-se mudança instantânea da
coloração.
Para explicar tal fenômeno, supôs-se inicialmente que o contato com a rolha do
balão, possivelmente contaminada com algum reagente ou produto da reação,
poderia estar atuando sobre a solução. Essa suposição foi logo descartada, pois
parte da substância foi transferida para um erlenmeyer, e permaneceu
apresentando as mesmas características.
Restava ainda a possibilidade da superfície de contato influir na reação, ou ainda
a variação da coloração poderia ser resultado do contato da substância com gases
atmosféricos.
Para testar a participação dos gases atmosféricos (gás nitrogênio, gás oxigênio e
gás carbônico) na solução, estes foram um a um borbulhados em uma amostra da
substância. O argônio, por ser inerte, foi descartado.
Foram realizadas reações para a obtenção de cada gás atmosférico em questão.
Na reação para obtenção do gás nitrogênio, os reagente utilizados (cloreto de
amônio, água e nitrito de sódio) ao serem aquecidos e imersos em água quente,
liberou o gás, contudo não foi observada mudança na solução problema. O gás
nitrogênio foi descartado.
Na segunda reação obteve-se gás oxigênio. Os reagentes utilizados
(permanganato de potássio, ácido sulfúrico e peróxido de hidrogênio) sofreram
uma reação instantânea, fortemente exotérmica, liberando o que imediatamente
foi borbulhado na solução problema. Observou-se alteração significativa da
coloração da solução, deixando-a azulada.
Por fim, a terceira reação realizada objetivava a obtenção do gás carbônico, os
reagentes reagiram (permanganato de potássio, oxalato de sódio e ácido sulfúrico)

9
desprendendo o gás. Introduzido na solução problema, o gás não provocou
alterações na mesma.

10
5. CONCLUSÃO

O fenômeno em questão foi investigado, utilizando-se o senso de


observação humano, obtendo-se um resultado satisfatório com o uso de uma
metodologia científica simples. Buscou-se o causador da perturbação no sistema,
sem haver interesse em saber o porquê da perturbação especificadamente.
Com base nos resultados obtidos experimentalmente, chegou-se a
conclusão que o gás oxigênio foi o responsável pela mudança de cor na solução
problema.

11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RUSSEL, John Blair. Química Geral. 2. ed., São Paulo: Makron Books, 1994. V. 1,
p. 4-7.

THE MERCK INDEX. 11. ed., Nova Jersey: Merck & Co. Inc., 1989.

MELLOR, J. W. Química Inorgânica Moderna. 1. ed., Porto Alegre: Globo, 1967. V.


1, p. 28-30.

12

You might also like