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Aquacultura:
- ao longo dos últimos 30 anos, tem aumentado muito a produção de peixes e animais
aquáticos em aquacultura;
- espécies aquacultivados: crustáceos, peixes, moluscos, répteis e anfíbios;
- espécies poiquilotérmicos: não gastam energia para produção de calor;
- diversos tipos alimentares: herbívoros, detritívoros, omnívoros e carnívoros. Por vezes
animais herbívoros são juntos a detritívoros e carnívoros, de forma a haver um melhor
reaproveitamento e limpeza de tanques.
Aspectos Anatomo-fisiológicos:
- Boca;
- Esófago;
- Estômago: monogástricos (mais comum) ou agástricos (como a carpa). Podem Ter ou não
esômago, que pode ser mais ou menos desenvolvido;
- Intestino anterior: aumenta a digestibilidade (cecos pilóricos, pâncreas e figado);
- Tubo digestivo longo;
- Existem peixes com HCl, pepsina e/ou quitinases (ausentes em vertebrados, permitem a
digestão da quitina dos crustáceos apesar da quitina não ter valor energético ou
nutricional, a eliminação da casca de crustáceos permite o acesso à parte interior e
energética do animal)
Peixes:
- de água doce ou salgada;
- de água quente ou fria.
Crustáceos:
- Braquíceros = caranguejos;
- Macrurus= camarão (maiores produtores na Columbia);
- Existência de hepatopâncreas e Aparelho GI desenvolvido;
- preços elevados (principalmente camarão e lagostas);
Moluscos:
- Bivalves: ostras, vierias, mexilhões, ameijoas, ...
- Cefalopodes;
- Gastropodes;
- em regiões costeiras;
- consome-se mais berbigões, a nível nacional, que qualquer outro tipo de molusco;
- no que diz respeito à comercialização de cefalópodes estamos um pouco atrasados
relativamente a outros países.
- Crocodilae:
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∗ crocodilos e aligatores (muito comuns no Sul dos E.U.A- ex.: Florida, onde a
existência de quintas para a produção intensiva destes animais, assim como o consumo
da sua carne e aproveitamento das matérias primas provenientes do mesmo, se encontra
bastante implementada)
∗ movimentam-se muito lentamente;
- Anfíbios:
∗ Rãs: “perninhas de rãs”;
Nutrientes ingeridos/digeridos:
- proteínas de origem animal: próximo de 90% da sua alimentação total- grandes
necessidades proteicas. As proteínas de origem animal são bem digeridas, contrariamente às
de origem vegetal;
- Apesar da facilidade que têm em digerir açúcares simples, a glicose que utilizam para a
manutenção das funções vitais, provém do catabolismo de ácidos aminados. Assim, e dado
a incapacidade mobilização do glicogénio após a sua acumulação no fígado, o alimento
consumido pelos peixes deve ser baixo em açúcares simples (após um certo valor de
acumulação de glicogénio no fígado, este atinge o seu máximo de capacidade, aumentando
os níveis de açúcar no sangue, processo irreversível para este tipo de animais, podendo
causar graves problemas de saúde- processo idêntico ao açúcar no sangue de indivíduos
diabéticos).
- Digestão de lípidos:
∗ Lipases muito activas e não específicas;
∗ Ácidos gordos essenciais devem ser incluídos na alimentação, não esquecendo os
ácidos gordos de cadeia longa, também essenciais para este tipo de animais, dado a
impossibilidade de alongarem cadeias de ácidos gordos;
∗ Inexistência de delta-5 desnaturase nos peixes marinhos (Ácido Araquidónico + EPA
+ DHA = n3 HUFA, um ácido gordo insaturado;
∗ Nos peixes de água doce, LA + ALA = C18 PUFA (ácido gordo poli-insaturado C18,
como o ácido linoleíco)
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∗ As quantidade de ácidos gordos fornecidos em aquacultura são maiores que na vida
natural- peixe em aquacultura tem mais calorias e gordura (nomeadamente AGE Omega
3 e 6), que os pescados no habitat natural.
- 90% do que necessitam é lhes fornecido e são lhes dados um grande número de refeições:
seis por dia, ou mais.
- A regulação da ingestão é feita com base no valor energético do alimento que consome.
Aspectos fisiológicos:
- excretam de azoto:
∗ 85% de amoníaco pelas guelras;
∗ 15% também sob a forma de amoníaco;
∗ este amoniaco é excretado tal e qual é produzido, não necessitando de sistemas de
desintoxicação (menor gasto energético);
Ciclo de vida:
1º- Postura e fecundação dos ovos;
2º- Eclosão e desenvolvimento larvar (não procuram alimento);
3º- Crescimento de juvenis a adultos.
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- Esta é uma altura crítica para os peixes, registando-se durante esta época, a taxa máxima de
mortalidade.
Fitoplanctôn:
- microalgas necessárias para a alimentação do zooplanctôn;
- necessidade de renovação frequente da água de cultura, dado o crescimento continuo do
fitoplactôn e produção cada vez maior de detritos e produtos de digestão;
- injecta-se CO2 e ar;
- necessidade de luz para o processo de fotossíntese;
- sistema fechado com passagem para recipientes sucessivamente maiores;
- isolamento de estirpes: manutenção em estado puro.
Zooplanctôn:
- alimentam-se de fitoplanctôn;
- deficientes em ácidos gordos essenciais;
- ex.: larvas de crustáceos e moluscos;
- adição de levedura de cerveja com o fitoplanctôn para enriquecer o zooplantôn em ácidos
gordos essenciais.
Matérias-primas:
- Farinhas de pescado e sangue;
- Bagaço de soja (nunca acima de 25%);
- Cereais (em quantidades reduzidas).