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CARTILHA
Apresentação
A intenção da presente Cartilha, não parte em absoluto da simples vontade de ensinar algo, mas
sim, do desejo de ser útil, transcrevendo as observações vivencias práticas. Quanto mais se
estuda um assunto, seja qual for, aprendemos mais na razão direta de quanto mais nos
aprofundarmos no mesmo. Tenha em mente de que a Umbanda é rica em diversidade, culto, ritual.
E que cada Terreiro segue sua linha de trabalho.
“A Umbanda é forte, pois é diversa, plural. É sábia em fazer com que cada indivíduo possa achar
um tipo de Umbanda que mais o complete; então, ela também sabe ser singular.
E é essa diversidade, esse misto entre o plural e o singular que faz da Umbanda uma grande
religião, algo ilimitado, divino, místico e até profano.” Etiene Sales”.
Como Procedemos
Não somos médiuns apenas durante os trabalhos no Terreiro. Somos médiuns vinte e quatro horas
por dia, portanto, paute a sua vida dentro dos preceitos do Cristo e das Leis Universais, para que
possas progredir espiritualmente e oferecer um bom aparelho para os amigos da espiritualidade
trabalharem.
Não costumamos fazer críticas à Religiões ou à irmãos que professam Credos diferentes do
nosso. Todos merecem nosso respeito. “Há muitos caminhos que levam à morado do Pai”, cada
um tem o direito de exercer o seu livre arbítrio, escolhendo o caminho em que melhor se adapte.
História da Umbanda
CARTILHA
musculares. No dia 13, para espanto de todos que estavam à cabeceira do inválido, viram-no
resoluto, sentar-se e dizer na terceira pessoa: “Amanhã ele estará curado”. Deitou-se novamente
prostrado.
No dia seguinte, o insólito aviso foi cumprido. Zélio Fernandino de Morais estava de pé,
movimentando-se normalmente. O milagre acontecera através de estranha intervenção
sobrenatural. Sem explicações plausíveis, a família atendeu à sugestão de um amigo que se
ofereceu para acompanhar o jovem Zélio à Federação Espírita de Niterói, cujo presidente, na
época, era o Sr. José de Souza. O raro acontecimento ganhara as ruas e, no dizer popular, “era
coisa de espírito de outro mundo”. Realizou-se, então uma sessão inédita para os anais do
espiritismo e seguidores de Kardec no Brasil. À volta de uma extensa mesa retangular, os médiuns
- todos espíritas - foram tomados por almas desencarnadas que diziam ser de índios e de negros
escravos. O rude linguajar e posturas corporais não os desmentiam. O dirigente da reunião logo os
advertiu para que se retirassem do recinto.
Zélio de Morais que, antes, impulsionado por força estranha, tinha colhido no jardim da Federação
flores para o centro da mesa (na época não era admitido nenhum adorno) mais uma vez, sem
domínio consciente da própria voz, indagou em tom decidido o porquê da não aceitação das
mensagens da gente negra e indígena e o porquê de serem eles considerados atrasados apenas
pela cor e pela classe social que declinavam...
A observação de Zélio de Morais, já completamente mediunizado suscitou breve tumulto na
Instituição Espírita. Um médium solicitou, com todo o respeito, que a entidade manifestada no
moço se identificasse:
-“Se querem um nome, que seja este: Sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá
caminhos fechados para mim”.
Indagado por um vidente da Casa sobre o que desejava, declarou que trazia a missão do Plano
Astral de estabelecer um culto que simbolizasse a verdadeira igualdade que deve existir entre
encarnados e desencarnados. Sendo almas de origem humilde, não letradas, estavam
emocionalmente prontas para ajudar, na via prática, com severidade, paciência e bondade todos
os encarnados que a eles recorressem.
Sentindo a insensibilidade, o preconceito, a inflexibilidade dos praticantes de uma doutrina
codificada, intelectualizada, européia (hoje bastante modificada), a Entidade declarou que na noite
seguinte, estaria na residência do médium para fundar o 1º templo. Asseverou:
-“Levarei daqui uma semente para plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em
árvore frondosa”.
Na noite de 16 de novembro, em Neves, a Entidade se manifestou pontualmente. Ante a pergunta
sobre o nome do culto, respondeu: -“UMBANDA”.
Instado a dizer o que significava aquela palavra, afirmou sem titubeio:
-“Umbanda é a manifestação do Espírito para a Caridade”.
O novo culto não permitia sacrifício de animais. Apenas, cânticos, oferendas com flores, folhas,
frutos, raízes, etc. Era preciso, mais do que nunca, dissociar, separar terminantemente o novo
culto das famosas “macumbas” do Rio de Janeiro, que eram uma mistura de catolicismo,
fetichismo negro, crenças místicas, sem nenhuma base religiosa, que se multiplicavam
assustadoramente. O “trabalho feito” havia passado à ordem do dia, dando motivo a outro trabalho
de desmanche para destruir os efeitos maléficos. Generalizam-se os “despachos”, visando a obter
favores para prejudicar terceiros. Aves e animais eram mortos com as mais diversas finalidades;
exigiam-se objetos de valor para homenagear pseudas- entidades ou satisfazer almas do baixo
astral. O objetivo primordial era aumentar a renda do feiticeiro ou “derrubar” - termo muito em voga
na época - os que não se curvassem ante seus poderes ou pretendessem fazer-lhes
concorrência...
Enquanto isso, ocorriam milhares e milhares de curas através da mediunidade extraordinária de
Zélio de Morais com o Caboclo das Sete Encruzilhadas e de outras entidades manifestadas
também em médiuns, todos vestidos de branco, atraídos pelo novo movimento religioso.
CARTILHA
Zélio de Morais desencarnou em outubro de 1975, aos 83 anos de idade. Dedicara 66 anos de sua
existência ao culto da Umbanda...”
A Umbanda é uma religião que prega as mesmas verdades e busca a mesma paz de espírito que
todas as outras religiões. Em suas práticas, o bom senso, o respeito, a ética e a moral são
conceitos tão validos e importantes quanto em qualquer outro segmento. Mesmo sabendo de que a
Umbanda é uma religião, nos vemos cercados por práticas que nada manifestam de religiosidade,
e outras que não fazem parte dos fundamentos da Umbanda. Pessoas desavisadas e outras de má
fé, que não podem ser consideradas Umbandistas, vivem de profanar aquilo que para nós é
Sagrado. Por isso colocamos abaixo alguns elementos, práticas e comportamentos que em nada
refletem a religião de Umbanda.
Falta de moral e desrespeito aos que procuram ajuda espiritual – NÃO É UMBANDA !!!
Atalhos parra evolução e iluminação, sem trabalho espiritual - NÃO É UMBANDA !!!
UMBANDA É:
Umbanda é uma religião, como qualquer outra, mas com os fundamentos próprios;
CARTILHA
Umbanda é UM, o Todo, com todos nós, a sua BANDA, suas partes;
Umbanda é o Templo onde habita Olurun e seus Orixás, junto de nós e nossos guias.
Religião
Todo culto religioso, para ser reconhecido, tem que ter sua Liturgia e seus Sacerdotes, bases
fundamentais para desenvolver a crença religiosa entre seus adeptos. Tem a Umbanda os seus
Sacerdotes e sacerdotisas, podendo realizar batizados , casamentos e outras cerimônias dentro de
seus cultos. Se religião é todo culto que contém o seu cortejo de Divindade, ou melhor chamado,
Teologia (relação entre os deuses e os Homens), o seu cerimonial ou Liturgia (fórmulas
consagradas de orações) e seus praticantes ou a sua classificação hierárquica, a Umbanda é sim
uma religião.
A Umbanda não tem normas nem Leis que inibam a liberdade de ninguém. Ela não proíbe
ninguém de fazer isso ou aquilo, ela apenas nos mostra o caminho, e cabe a cada um de nós,
segundo nosso livre arbítrio, escolher por onde quer ir. As entidades sempre dizem: A
UMBANDA NÃO ESCRAVIZA, LIBERTA!
Ouvimos muitas pessoas dizerem: “isso minha religião não permite”, mas será
que você realmente acredita naquilo?
A nossa preocupação é dar formação espiritual, para que as pessoas possam levar
suas vidas com mais tranqüilidade, entendendo os porquês de certas coisas
acontecerem tão freqüentemente, pois tendo tais conhecimentos, seguramente suas
vidas serão mais amenas e mais intensivamente vividas.
A intenção das entidades de Umbanda é fazer com que a vida das pessoas possa
ser compreendida de uma forma melhor, que as pessoas não encontrem tanta dificuldade
em entender as coisas que a ciência não consegue explicar, tais como a morte, Deus e
etc.
Os umbandistas não são melhores nem piores que ninguém. Não temos qualquer
vocação para “santos”. Queremos ser apenas o que somos, pessoas normais como
todas as outras, que acreditam em um Deus e na imortalidade do espírito.
Presidente Espiritual Pai Carlos D’ogum
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TEMPLO DE UMBANDA GUERREIROS DA LUZ
CARTILHA
Dizemos isto porque muitas pessoas acham que ser religioso é ser santo, é privar-
se das coisas boas da vida. Conversa mole!!! Isto é pura preguiça, é falta de coragem de
encarar a vida de frente. Alguns têm até vergonha de dizerem que freqüentam ou que
são praticantes de alguma religião. Imaginem só!...
Acreditamos que a vida material é importante, mas não teria o menor sentido sem a
vida espiritual, pois só levaremos as nossas ações, nosso comportamento enquanto
encarnados, a nossa educação espiritual será a nossa maior riqueza.
Os mentores do Astral, irão nos direcionar após o desencarne segundo a nossa conduta, de
acordo com o grau de espiritualidade. Quando morrermos seremos todos iguais, o que irá nos
diferenciar uns dos outros é o nosso Aura, que reflete todas as nossas ações, pensamentos,
sentimentos através de sua coloração
A crença nos espíritos, dando condição aos mesmos de evoluir, sejam de qualquer classe ou
ordem, encarnados ou desencarnados. Encarnados: alma; Desencarnados: Espírito
propriamente dito em essência a Umbanda fundamenta-se nos seguintes pontos básicos :
CARTILHA
11 - Na crença de que o Homem vive num campo de Vibrações, que condicionam a sua vida
para o bem ou para o mal, conforme sua própria tônica vibratória.
ORIXAS
ENTENDENDO OS ORIXAS
No Candomblé – Os Orixás são entendidos como seres divinos que se humanizar, tiveram
encarnação terrena, e que depois foram elevados novamente, mas que mantiveram suas
qualidades e seus defeitos (atributos e atribuições), e em alguns casos seus amores e ódios,
sempre cercados por lendas.
Na Umbanda – Os Orixás são entendidos na umbanda, como forças da natureza, que juntas
forma a força vital do planeta, uma completando a outra.
QUARTA-FEIRA - XANGÔ
QUINTA-FEIRA - OXOSSE
CARTILHA
SINCRETISMO
O sincretismo religioso surgiu através dos negros africanos que vieram escravizados para
o Brasil, onde não podiam cultuar seus orixás livremente como na África. Como escravos eles não
tinham direito de liberdade quanto mais de religião, o Brasil era um país cristão ( católico ) eles
assimilaram os santos católicos aos seus orixás.
A assimilação foi feita pelas características idênticas que os santos tinham com os orixás.
Exemplo: São Jorge Guerreiro – Santo Guerreiro, desbravador, fiel aos seus ideais etc sendo
assim orixá que mais se enquadra essa característica é Ogum.
CARTILHA
Oriente – Namastê.
Boiadeiros – Getrua
Marinheiros – Salve
Saravá é um termo genérico usado para todos, assim como a expressão “salve as suas forças”.
CARTILHA
Oxalá – canjica com mel, acaçá com mel, inhame branco com mel, pêra, coco verde, uva verde,
cravo branco, palma branca, flor de algodão, lírio da paz, crisântemo branco e rosas branca.
Oxum – feijão fradinho cozido com ovo, melão com mel, todos os tipos de lírios, margarida,
crisântemo branco e amarelo e rosas brancas e amarela.
Xangô – rabada com polenta e quiabo, pinha, cravos brancos e vermelhos, antúrio, dente de leão,
palmas brancas e vermelhas.
Iansã – acarajé sem vatapá, limão, manga, flor de sabugueiro, crisântemo amarelo, rosas
amarelas, vermelhas e cor de rosa.
Ogum – feijoada, inhame cozido regado com dendê e mel, manga espada, palma vermelha, cravos
vermelhos e branco.
CARTILHA
Iemanjá – Pescada branca, manjá doce, maça, uva verde, uva, Angélica, Hortência, rosas brancas
e cor de rosa, crisântemo branco.
Oxossê – espiga de milho com laranja e folha de louro, frutas variadas, todos os tipos de folhagem
e flores do campo.
Obaluaê – pipoca com coco, abacaxi, flor de girassol, rosas amarelas e brancas, palmas amarelas
e brancas.
Nana – inhame cozido com camarão na moranga ( bobó de camarão ), uva, lírio do brejo,
crisântemo roxo, e branco e rosa branca.
Ibejis ( Erês ) – doce em geral, caruru, frutas doces, flores de todas as cores.
Exu – farinha com pinga, dendê, 3 bifes com cebola (padê), frutas cítricas, cravo vermelho e palma
vermelha.
Pomba Gira – farofa de frango, farofa doce (frutas e mel), frutas cítricas, rosas vermelhas.
Exu mirim – doces pretos, balas com licor, frutas cítricas, cravo vermelhos e palma vermelha.
Caboclos – mandioca cozida, grãos ( milho, grão de bico ) com mel, frutas variadas, flores
diversas.
Pretos Velhos – mandioca frita ou cozida, torresmo, tapioca, tutu de feijão, frutas variadas, flores
diversas.
Baianos – tapioca, farofa de carne seca e muita pimenta, frutas típicas do nordeste e tropical,
flores diversas.
Marinheiros – todo tipo de frutos do mar, peixes variados, frutas tropical e flores diversas.
Oxalá – branca
Ogum – vermelha
CARTILHA
Inhassã – amarela.
Xangô – marron
Nanã – Lilás
Omulu - Roxa
CABOCLOS: A linha, chamada de Oxossi, por sincretismo e adaptação ou inovação aos cultos
afros, é constituída de índios, geralmente brasileiros. Há uma infinidade deles. Quando nos
terreiros, seus trabalhos são de desenvolvimento de mediunidade, descarga dos filhos, passes,
conselhos, curas através de ervas, orientações, limpeza da aura dos consulentes, desobsessões,
etc. São entidades autoritárias, enérgicas e às vezes intolerantes. Usam charutos, arcos, flechas,
penachos e objetos próprios dos indígenas.
CARTILHA
PRETOS VELHOS: constituída por espíritos que tiveram uma passagem encarnatoria no período
da escravidão, a linha de Preto Velho caracteriza-se pela simplicidade, bondade, paciência e
tolerância. Apresentam-se normalmente, curvados, capengando, como se os anos lhes pesassem
no corpo, mas que nada é que demonstração de humildade. Seus trabalhos consistem em
conselhos espirituais, materiais, psicológicos, curas através de ervas, passes, limpeza da aura do
consulente, resolução de problemas. Vêm com os nomes que tinham quando vivos. Usam
cachimbo, palheiro, fumos, velas, defumadores, aguardentes, vinhos, bengala, banquinhos,
colares, rosários, etc.
CRIANÇAS: a linha de ibejada vêm aos terreiros para recordarem a infância e fazer toda a sorte
de traquinagens. Gostam de doces, refrigerantes, brinquedos, próprios das crianças. Descem nos
terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em
brincadeiras e divertimentos. Podem-se-lhes pedir ajuda para os nossos filhos, resolução de
problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles representam a pureza
e não atendem pedidos dessa natureza. Quando baixam, são usados flores, brinquedos, velas e
guloseimas.
MARINHEIROS: da linha do Povo D’água, geralmente baixam com sinais de embriaguês e/ou
maresia, por este motivo muitos não dão valor a seus trabalhos, são brincalhões e conversadores,
são eles os responsáveis por algumas das limpezas mais pesadas realizadas dentro do terreiro..
BOIADEIROS: incorporam somente para permanecerem um pouco na terra. Algumas tendas lhes
dão pequenos trabalhos para realizarem, geralmente são encarregados de “prender” obsessores
que estejam perturbando o ambiente.
CABOCLOS DE OGUM: são caciques guerreiros ou soldados. Sérios, enérgicos, muito utilizados
para demanda pesada, trabalhos de desenvolvimentos, desobsessões, curas, conselhos,
orientações, desmanche de magia negra e conselhos profissionais.
EXÚ: É de grande eficácia para o Terreiro, pois conhecendo bastante a magia, é empregado para
demandar com outros a fim de desmanchar trabalhos de quimbanda alem de realizar trabalhos e
descargas para os mais diversos fins. Trata-se de uma força de esquerda usada para equilíbrio
vibratório de um trabalho. Quando vêm ao terreiro, usa pemba, vela, pólvora, ponteiro, aguardente,
charuto e outros.
POMBA GIRA: Exú mulher. Popularíssima e muito solicitada para trabalhos das mais diversas
finalidades. Espíritos alegres, vaidosos, ambiciosos, muitas vezes brejeiros e sensuais. Gostam
de bons cigarros, bebidas finas, jóias, bijuterias, flores, belos vestidos, presentes e outros. Usam
de tudo em seus trabalhos, pemba, ponteiro, flores, cigarros, etc.
CARTILHA
alegres, festeiros, gostam de danças e canto, presentes e outros. Não gostam de trabalhar de
graça, por isso é aconselhável lhes dar um presente ou uma moeda.
Como podemos observar, a Umbanda difere totalmente dos cultos afros, embora tenha hoje
ramos oriundos daquele continente. Na Umbanda, o ato é mais prático e objetivo: o filho de fé fala
pessoalmente com os Guias, obtendo deles a resposta ou a solução do problema que o levou ao
terreiro.
OLORUM (nagô) - ZAMBI (banto) Deus supremo do céu (Obatalá) e da terra (odudua). Para ele
não há culto. É homenageado através de orixás secundários.
IEMANJÁ - rainha dos oceanos, mares e águas salgadas, protetora dos marinheiros, dos
pescadores, dos peixes, da flora marítima, das viagens por mar e do casamento, as mais velha
dos orixás; conta para auxiliá-la com outras entidades femininas: as sereias, ondinas, ninfas,
náiades espíritos aquáticos. È a geração da vida em todos os sentidos.
XANGÔ - orixá da justiça e também dos raios, relâmpagos, trovões e tempestades; com domínio
também sobre as pedras e pedreiras. É a irradiação da justiça divina em todos os sentidos.
OGUM - deus da guerra, das demandas, do embate físico, das disputas materiais e espirituais, do
aço, do ferro, do fogo, da espada e das armas bélicas. É a ordenação executa a lei divina em
todos os sentidos.
OXOSSE - orixá das matas, florestas e bosques, protetor dos caçadores, da fauna e da flora
vegetal. Guia através das matas a quem se acha perdido. É a irradiação do conhecimento divino
em todos os sentidos.
IBEJI OU IBEJADA - deus gêmeo, protetor das crianças em gral, chamado também de ERÊ, dos
brinquedos e das diversões infantis. Representa a pureza e o encantamento.
OXUM - deusa dos rios, lagos, cachoeiras, córregos e da água doce. É a irradiação do amor divino
em todos os sentidos.
OMULU - orixá das doenças, das pestes, e das epidemias, médico procurado para curar moléstias
tidas como incuráveis.É a evolução em todos os sentidos.
IANSÃ - Deusa dos ventos, raios, coriscos e tempestades. Algumas nações tem-na como guarda
dos eguns. É a ação que ordena a lei divino em todos os sentidos.
CARTILHA
EXÚ- Exú é o amigo que nos socorre quando somos atacados por forças maléficas,
desmanchando e protegendo-nos contra trabalhos de magia negra. É a força que nos ajuda a
progredir a lutar para crescer na vida.
BOMBOGIRA OU POMBA-GIRA- Exú mulher ou mulher de Exú. Para os leigos, mulheres da vida
que perturbam os casamentos, para nós, espíritos extremamente feminino, disposto a nos ajudar
em nossas dificuldades emocionais, sentimentais e muitos outros problemas, até mesmo sexuais.
É o desejo que unido a força que nos ajuda a progredir a lutar para crescer na vida.
NANÃ – Orixá da Sabedoria da calma e da evolução, é considerada a mais velha como uma avó.
Guarda em sua sabedoria o segredo da evolução do ser em todos os sentidos.
GUIAS UMBANDISTAS
PRETOS VELHOS: Espíritos de negros e negras que morreram à época do cativeiro. Também
vêem sob a irradiação de vários orixás. Para ser sermos repetitivos, que fique claro que todas as
linhas de trabalho (os guias) vêem sob a irradiação de vários orixás.
ERES: Espíritos que mantém o psiquismo infantil e crianças brancas, negras e índias que
morreram em tenra idade. Em casos expecionais há também os encantados que não tiveram ainda
uma encarnação e evoluem de forma paralela.
BAIANOS: Espíritos que quando encarnados na maioria habitavam a Bahia ou nordeste do Brasil.
CIGANOS: Espíritos de ciganos, pertencentes as mais variadas tribos, que querem difundir suas
crenças e costumes.
CARTILHA
POVO D AGUA: Espíritos ainda envoltos em mistérios, pois raramente falam e emitem um canto
triste e mavioso.
EXÚS: Entidade muito controvertida, uns acham que só trabalham para o mal. Não é verdade. Eles
têm um senso de justiça muito apurado conhecem a magia e a usam bem. Os Exus que ainda
estão em evolução, tanto fazem o mal, como podem fazer o bem, depende muito da direção que o
médium dá a essas entidades.
QUIUMBAS OU RABOS DE ENCRUZA: muitas vezes confundidos com Exú, são espíritos
malfeitores, ladrões, bêbados que só fazem o mal e obsedam criaturas. São almas errantes, com a
condição de serem maldosos.
EGUNS: espíritos de gente comum, tidas como sofredores, levianos, zombeteiros ou perturbados
que não aceitaram ou não perceberam ainda a condição de falecidos e que se encostam a
encarnados, transmitindo-lhes suas dores, idéias, doenças, sofrimentos físicos e morais que os
vitimaram, vícios e outras perturbações, sem, entretanto, terem conhecimento disso. Normalmente
depois de doutrinados e orientados, deixam a pessoa em paz e procuram o seu próprio
crescimento espiritual, vindo, muitas vezes a auxiliar a própria pessoa que antes obsedavam.
ERVAS
De acordo com a sua energia, a erva pode ser usada também para equilibrar as emoções e
sentimentos das pessoas. Muitas plantas são empregadas popularmente para a limpeza
energética de ambientes e pessoas, por meio de incensos e fumigações, justamente porque
algumas delas possuem qualidades transmutadoras que propiciam a modificação da vibração
atômica, devolvendo a harmonia e o equilíbrio.
Arruda: por Pretos Velhos (as), para seus benzimentos e passes, espirituais, afastando olho
grande e cargas negativas, pode-se tomar o banho mas não se deve banhar a coroa.
Guiné: usado por Pretos Velhos (as) e alguns caboclos, para seus benzimentos e passes
espirituais, e o seu chá com poucas folhas ou sua raiz possui propriedades antiflamatórias e
antibióticas, o banho como descarrego, mas não se deve banhar a coroa.
Alecrim: usado por Pretos Velhos (as) e alguns caboclos, para seus benzimentos e passes
espirituias, traz harmonia, fartura, retira quebranto, é usado nos cachimbos dos Pretos Velhos para
a chamada dessas entidades.
CARTILHA
Manjericão: usado por Pretos Velhos (as) e Caboclos, para seus benzimentos e passes espirituais,
banho, como descarrego, como chá calmante, harmonia espiriritual.
Samambaia:usada por Caboclos, Caciques, Pajés, Caboclos dos rios de dos mares, para seus
benzimentos, passes e trabalhos espirituais e banhos de descarrego.
Eucalipto: usado por Caboclos, Caciques, Pajés, Caboclas dos rios e dos mares, para seus
banhos.
Folha de coqueiro: usadas por Baianos (as), para seus benzimentos, passes e trabalhos
espirituais, costuma-se ser pendurado folhas de coqueiro na entrada de casas comerciais
particulares, para afastar maus olhados e espíritos obcessores como ( Eguns e Quiumbas).
Aqui estão as sete ervas mais usadas em nosso terreiro, isso é o básico que as entidades
trabalhem com harmonia e você filhos de santo e netos de santo para o seu conhecimento.
BANHOS
Desde épocas remotas é conhecida a forma mágica das plantas e ervas medicinais. Daí os
banhos serem considerados veículos de purificação do corpo e da mente, incluindo-se no
processo de mediunidade dentro dos centros e terreiros de Umbanda.
O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os
fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de acordo com os orixás que
a pessoa traz em sua cabeça.
O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com
sabão da costa, sabão neutro ou sabão de coco.
Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o
pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas ervas ali contidas.
RITOS CERIMONIOSOS
BATER CABEÇA
Antes de ser uma tradição, um rito (cerimônia), da Umbanda, é o principal ato de humildade e
resignação de um filho de fé.
Presidente Espiritual Pai Carlos D’ogum
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TEMPLO DE UMBANDA GUERREIROS DA LUZ
CARTILHA
Depois o Peji (conga) ,pedimos a proteção aos nossos Orixás de cabeça (quando conhecidos) e
nosso Anjo da Guarda.
GUIAS (colares)
Os colares usados na Umbanda são pólos de irradiação, pára-raios, defesa, patuás, bentinhos,
terços ou qualquer nome que queira dar, conforme crença, região ou língua. Na Umbanda há as
guias (colares), o seu comprimento deve passar um dedo do chacra umbilical.
DEFUMAÇÃO
O defumador é utilizado para a limpeza astral de ambientes e pessoas e deve ser feito com carvão
em brasas, e ervas secas. A finalidade do carvão é atrair as vibrações negativas enquanto as
ervas atrairão as vibrações positivas. O defumador também pode ser feito com incenso puro de
boa qualidade.Usamos normalmente antes das giras ou sessões, p/ "literalmente" fazer uma
limpeza na casa e na aura das pessoas, tornando assim o ambiente mais leve e harmonioso. A
defumação, é o último dos rituais, p/ a higienização, tanto dos médiuns como da Casa.
Os defumadores são feitos à base de ervas e de minerais, que são compostos energéticos que
quando liberados no braseiro interpenetram a dimensão espirituais e diluem agregados
energéticos negativos e dispensam condensações agregadas nos espíritos das pessoas, a ação
energética purificadora dos defumadores é tão poderoso que chega enfraquecer espíritos
obsessores, afastando-os dos ambientes domésticos e dos locais onde são realizados os trabalhos
espirituais, isso sem contarmos que um bom defumador dissolve miasmas e cascões astrais,
assim como, dissolvem larvas astrais que se alimentam das energias enfermas geradas por
pessoas ou espíritos doentes.
VELAS
A vela representa o elemento fogo, e fortalece as vibrações coloridas das nossas Entidades.
Sempre que queremos entrar em contato com o mundo astral (superior ou inferior), a vela é a
principal chave de acesso p/ isto (intimamente ligado a fé e mentalização) .
O ato de acender uma vela, deve ser um ato de fé, de mentalização e concentração p/ a finalidade
que se quer. É o momento em que o médium faz uma "ponte mental", entre o seu consciente e o
pedido ou agradecimentos à entidade, Ser ou Orixá, em que estiver afinizando.
O fato é a chama de uma vela é uma energia ígnea que se dimensionada mentalmente num ato
de fé. É projetada no astral e desloca-se na velocidade da luz, alcançando objetivo que
mentalizamos. Assim se acendemos uma vela em beneficio de um irmão este, no instante, começa
a receber a energia ígnea irradiada pela chama da vela e direcionada pela nossa mente.
CARTILHA
Muitas pessoas acendem velas para os guias , de forma automática e mecânica, sem nenhuma
concentração. É preciso ter consciência do que se esta fazendo, da grandeza e importância, pois
a energia emitida pela mente, irá englobar a energia ígnea (do fogo) e , juntas viajarão no espaço
p/ atender a razão da queima desta vela.
Mas se acendermos em homenagem a um orixá, este absorve a energia ígnea da chama da vela e
a transforma em energia vibratória e a projeta mentalmente até quem estiver carente de energia
ígnea e se acendermos uma vela a algum espírito desencarnado que é inundado de energia ígnea
que o fortalece, o utiliza e o ilumina, pois essa energia ígnea tem o poder de alcançar o intimo do
ser e alterar suas vibrações e sentimentos íntimos.
ÁGUA
É com certeza o elemento mais poderoso e o mais utilizado em nosso ritual, sendo que natureza
tem vários tipos de águas que no ritual de umbanda fundamenta-se harmoniasamente com Orixá
especifico como segue abaixo:
Água de poço: Nana e Omulu; Água do rio: Oxum e Oxumaré; da chuva: Iansã, Oyá e Xangô; do
Mar: Yemanjá, Omulu e Obaluaê; da cachoeira: Oxum e Oxmaré; da Fonte: Oxalá;do lago: Nana;
das corredeiras: Oxum e Ogum; dos mangues: Nana, Omulu e Obaluaê; de ferruginosa: Ogum; de
soloba: Egunitá e Oba e sulforosa: Exu e Pomba Gira.
ATABAQUE
É um instrumento de percussão, com aparência de um barril aberto nas duas extremidades com
couro em apenas uma das extremidades e é tocado com as mãos. Toca no RUM (grave), RUMPI
(grave e agudo) e no LE (agudo)
Como elemento da Umbanda, os atabaques também precisam ser devidamente preparados para a
finalidade a que se destinam.
Mas o toque também cria uma vibração sonoro cadenciada que proporciona os guias que giram
todo um campo vibratório por onde muito mais facilmente projetam suas irradiações energéticas e
mentais, já que não sofrem interferência por parte de seus médiuns.
OGÃ
CARTILHA
Aquele que fornece a devida sustentação aos trabalhos da Casa, juntamente com o Pai/Mãe de
Santos e demais Entidades, aquele que bate no couro com amor, respeito e responsabilidade.
PONTOS CANTADOS
Cânticos ou chamados dos Orixás, verdadeiros mantras que são utilizados nas giras de Umbanda,
funcionam como elo de ligação entre os médiuns e o Plano Astral. Os pontos trazem em suas
letras fundamentos, ordens do Astral, chaves das Entidades, comandos etc.
O médium que brinca, permanece desatento ou deixa de entoar os pontos durante a gira, está
acarretando para si mesmo sérios problemas de comunicação com o Plano Astral e com suas
Entidades.
Os pontos ou cantos rituais têm que ter afinidade vibratória com a linha de força dos orixás ou
guias invocados pois é nessa afinidade vibratória que as manifestações acontecem mais
facilmente e o médium incorporam seu orixá ou guia, pois todo ponto cantado tem que ter
fundamento ou correspondência sonora vibratória, nergetica e magnética com o orixá ou guia
incocado senão passara de uma musica folclórica.
PEMBA
A pemba (verdadeira), é um giz branco, feita a partir de matéria prima chamada "cauim", um
calcário, parecido com o gesso, esse cauim é moído e adicionado também ao pó de algumas
sementes e ervas sagradas. Depois de misturados e peneirados, é feito uma "papa" onde se dará
o formato aproximado de um quibe, e colocado p/ secar. Ou pode ser comprada pronta, já colorida.
Tem a pemba a finalidade de riscar Pontos de segurança, confirmação, e muitos outros
trabalhos.
PONTOS RISCADOS
Um ponto ( conjunto de símbolos riscados com pemba), está p/ a Umbanda, assim como o peixe
está p/ a água. Tal a importância destes elementos nos rituais sagrados.
Infelizmente, sempre encontraremos médiuns (ou sacerdotes), que não conhecem a verdadeira
magia e significado destes pontos, usando e abusando, sem terem noção do que estão
manipulando.
Os ponteiros têm diversas aplicações dentro de um ritual, mas o mais utilizado é de direcionador
de energia. É como se fosse um fio terra para algumas cargas ou então como captor de energias
movimentadas em determinados locais.
Normalmente é utilizado pela Entidade para confirmar o ponto, de identificação, ou ponto de
CARTILHA
segurança. Usa-se ainda como elemento mágico, neste caso, somente médium com muito
conhecimento pode utiliza-lo para fins magísticos, pois são grandes condensadores de energias.
ADJÁ
Objeto parecido com um sino (badalo) que pode possuir de 1 a 3 bocas. Sua função é quebrar
campos magnéticos, é muito utilizado na incorporação de Orixás, principalmente quando estão
saudando o congá. Facilita o entrosamento entre médium e Guia.
É muito controvertido e mal interpretado o uso dentro dos terreiros. Geralmente quando as
Entidades estão em terra (incorporados), dão-lhes charutos, cigarros ou cachimbos p/ fumar. Vale
a pena observar, que eles na verdade não fumam (não tragam a fumaça) , como faria um usuário
ou viciado.... Apenas enchem a boca com a fumaça e a expelem sobre o consulente ou p/ o ar. O
fumo, age como uma defumação direcionada, atingindo "in loco", este local afetado pelas energias
nocivas , pelas baforados. Sendo a folha de fumo, um vegetal, acumula fluido, vibrações e
magnetismo solar, lunar, telúrico (terrestre) e astral. Quando queimado, libera estas energias,
somadas as vibrações e mentalizações da entidade , que irão desagregar e "limpar" a aura do
consulente (assistência).
Os charutos, cachimbos e cigarros usados pêlos guias espirituais, ao contrario do que muitos
pensam, não destinam-se a alimentar vícios, mas a diluírem as energias negativas que vão se
acumulando nos locais de trabalhos espirituais, pois o fumo, quando queimado, libera na sua
fumaça uma energia semelhante á que a libera, esse energia é balsâmica profilática, cumadora e
alojadora dos campos mediúnicos, das auras espirituais sobrecarregadas de energias negativas e
dos corpos energéticos em desequilibrio.
BEBIDA (MARAFO)
Da mesma forma que o cigarro, o marafo ou marafa (bebida alcoólica), tem uma imagem
totalmente negativa, na visão dos "especialistas" e "entendidos" do campo astral.
O mal principal, está no abuso e uso desenfreado em muitas Casas. De médiuns que se
aproveitam da situação e vão no "embalo", muitas vezes mistificando uma incorporação, e se
embebedam,
dando vexames e depois saem dizendo que foi a entidade que o deixou assim...
O álcool, tem emprego sério na Umbanda. Os Exús (principalmente) e a linha intermediária, são
os que mais fazem uso do marafo. Estas linhas utilizam muito de energias etéricas, extraídas de
matéria (alimentos, álcool, etc...), p/ manipulação de sua magias, p/ servirem como "combustível"
ou "alimento", encontrando então, uma grande fonte desta energia no marafo....
Explicando melhor: Estas linhas, estão mais próximas às vibrações da Terra (faixas vibratórias),
onde ainda necessitam destas energias, retiradas da matéria (marafo), p/ poderem realizar seus
trabalhos e magias! O marafo também é usado p/ limpar/descarregar pontos de pemba ou
pólvora.
CARTILHA
Todo despacho é uma oferenda, mas a recíproca nem sempre é verdadeira, ou seja ,nem toda
oferenda é um despacho!
A oferenda em si é um gesto de amor , enquanto o despacho pode ter um sentido mais diverso.
A oferenda, talvez seja uma das maneiras mais primitivas do homem, de se encontrar com seus
deuses...
PÓLVORA:
Muitos não entendem porque razão os médiuns de umbanda recorrem das descargas de pólvora
em determinados trabalhos espirituais, mas o fato cientifico é que a explosão da pólvora numa
descarga espiritual desloca um corpo energético tão poderoso que altera todo o corpo vibratório
local e expandem-se até outra dimensão onde, às vezes, ígneas negativas estão irradiando um
fluxo energético altamente nocivo a uma pessoa ou a um ambiente de trabalho, e mesmo, até
contra precedência.
OS PASSES
Os passes na tenda de umbanda são ricos em ciência, pois os guias tanto dão passes
magnetizadores, quanto fluideficadores e reenergizadores, por isso os guias usam charutos, água,
estalos de dedos, ervas, pólvora, guias de cristais etc....
Os passes padronizados, pois um guia das águas recorrem a alguns elementos de seu campo
atuação e outros, das matas, recorrem a outros elementos mais afins com seu elemento vegetal.
MEDIUNIDADE
CARTILHA
Somente nós, os encarnados, temos corpo físico, esse nosso mortal corpo de carne e osso. Os
desencarnados, como é óbvio, não têm corpo físico, e sim outro tipo de corpo, que não vem ao
caso.
O mundo dos encarnados é este nosso mundo, que chamamos de plano físico, onde vivemos e
podemos atuar utilizando o nosso corpo físico. O mundo dos desencarnados é outro, que não vem
ao caso.
Com raríssimas exceções, somente nós, os encarnados, podemos atuar diretamente aqui no plano
físico da Terra, utilizando o nosso corpo físico para realizarmos ações concretas e visíveis a olho
nu por nós próprios (as nossas ações normais do nosso cotidiano) por exemplo, andar, falar,
trabalhar, praticar esportes, ouvir, sentir, etc. Pois bem! Uma dessas raríssimas exceções é
justamente a mediunidade de “incorporação”...
Primeiro fato conhecido − Para “incorporar” no seu médium, o guia mediúnico atua naquele
médium de maneira tal que sempre repercute no sistema nervoso neurovegetativo do corpo físico
daquele médium.
Segundo fato conhecido − No nosso corpo físico, é o nosso sistema nervoso neurogetativo, ou
sistema nervoso autônomo, que produz, mantém e gerencia o funcionamento de todos os nossos
aparelhos e órgãos. Também é nesse nosso sistema nervoso que imediatamente repercutem as
nossas emoções de medo, aflição, preocupação, etc.
Portanto, considerando esses dois fatos conhecidos, podemos concluir que os sintomas
clássicos do despertar da mediunidade de “incorporação” são, no cotidiano, “inexplicáveis” e
súbitas alterações no funcionamento do nosso sistema nervoso neurovegetativo, por exemplo,
respiração ofegante, palpitação, suor frio ou quente, etc., e/ou “inexplicáveis” angústias,
ansiedades, tristezas, etc.
Outro sintoma clássico do despertar da mediunidade de “incorporação”, muito conhecido
nos centros espíritas, normalmente ocorre quando e enquanto o novo médium toma passes
magnéticos e principalmente mediúnicos: Ele tem momentos de semiconsciência e/ou a sua
cabeça e/ou todo o seu corpo físico fica balançando.
Observação − Como é evidente, logo após a mediunidade de “incorporação” ter se desenvolvido
satisfatoriamente, todos aqueles desagradáveis sintomas desaparecem.
Em outras palavras − Eu sou médium de “incorporação” porque determinados desencarnados
podem “tomar emprestado” o meu corpo físico para eles atuarem aqui nesse nosso mundo físico e
executarem, através do meu corpo físico, determinadas ações concretas e visíveis a olho nu.
TODO MUNDO É MÉDIUM DE “INCORPORAÇÃO”?
Não! Embora todo mundo seja médium de determinadas mediunidades − e embora essa
minha mediunidade seja, pelo menos aqui no Brasil, a mais comum, freqüente, conhecida e
popular − nem todas as pessoas são médiuns de “incorporação”.
Em outras palavras − Nem todos os encarnados têm a capacidade extrafísica que eu tenho
de poder “emprestar” o meu corpo físico a desencarnados para eles agirem aqui no mundo físico,
ou seja, aqui neste nosso mundo dos encarnados.
CARTILHA
O médium incorporante deve registrar aquilo que seu mentor guarda em seu subconsciente
durante as consultas, p/ que ele possa aplicar tais ensinamentos no seu dia a dia, em sua própria
vida.
Evidentemente sempre sob a supervisão direta e eficaz dos meus mentores espirituais, e dos
mentores espirituais da casa eu tanto posso “incorporar” guias espirituais, que auxiliarão muitas
outras pessoas com passes mediúnicos e/ou consultas e/ou palestras, etc., quanto posso
“incorporar” aqueles meus irmãos-em-Deus que ainda estagiam nas sombras e nas trevas
espirituais (obsessores e espíritos maus e/ou sofredores) para assim eles poderem ser
doutrinados, assistidos e auxiliados.