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Para Kant todo conhecimento implica uma correlação entre um sujeito e um objeto,
integrados por dois ingredientes: matéria (o que depende do objeto, pois isso é variável ʹ a
posteriori) e forma (o que depende do sujeito, por isso é invariável ʹ a priori).
Juízos analíticos a priori ʹ conceitos onde o predicado exprime uma idéia que esta contida no
sujeito. Conceitos universais e necessários. Não provêm da experiência.
Juízos sintéticos a posteriori ʹ conceitos onde o predicado não exprime uma idéia contida no
sujeito e sim acrescenta alguma coisa ao seu conceito. Conceito a partir da experiência.
O direito diferencia-se da razão prática pelo seu objeto, pois enquanto o direito se ocupa da
legislação externa que regula a conduta humana da pessoa em sociedade, a ética se ocupa da
legislação interna e externa, se ocupa do dever.
O direito está ligado a legalidade, ou seja, para o direito o importante é o cumprimento das
normas, sem levar em consideração as motivações para este cumprimento. Já a razão prática
liga-se a moralidade, pois não é satisfatório para ética a simples conformidade com o dever, ou
seja, para a razão prática é necessário que a ação tenha sido realizada por dever e não por
outras motivações ou inclinações.
Apesar de suas diferenças, direito e moral perseguem o mesmo fim, a liberdade. O direito
busca a liberdade externa, liberdade nas relações intersubjetivas. Já a moral busca a liberdade
interna, liberdade de agir independente de outras motivações que não seja o dever autônomo.
Outra diferença entre direito e moral é que, o direito prescreve uma coação, para garantir a
liberdade, segundo uma lei universal de liberdade.
A filosofia do Direito kantiana está na metafísica dos costumes ( estudo das leis ) que regulam
a conduta humana sob um ponto de vista meramente racional.
- A moral obriga em foro íntimo, é o dever interno, aquele que damos a nós mesmos, por isso a
moral é autônoma. O Direito obriga em foro externo, dever externo, coercibilidade.
ßontade é a faculdade de desejar determinada coisa apenas pela razão. Logo vontade e a
razão prática são a mesma coisa.
A liberdade diz respeito a capacidade de ser racional , determinar por si próprias as leis a
seguir.
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Os deveres nascidos da legislação jurídica são externos, visto que não se preocupam com o
móbil da ação. A legislação ética ocupa-se do que é dever em geral, e não pode ser externa.
Existem deveres diretamente éticos (os que são deveres por razões internas) e indiretamente
éticos (os que são comuns ao direito externo).
São três os elementos que compõe o conceito de direito. 1) relação externa 2 )relação de
arbítrios 3)forma de arbítrio. Logo, direito é o conjunto de condições sob as quais os arbítrios
de cada um pode conciliar-se com o arbítrio dos demais, segundo uma lei universal da
liberdade. Ética ʹ conjunto de fins da razão pura prática.
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A coação garante a liberdade externa. A liberdade interna depende do próprio indivíduo, por
isso não pode ser afetada por outro indivíduo, dessa maneira a coação é desnecessária.
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Deveres jurídicos, honestidade jurídica ʹ manter nas relações com os demais homens, a
dignidade humana, não cause danos a terceiros; entra (não se pode evitar) em uma sociedade.
Com os homens na qual cada um possa conversar o que lhe pertence.
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O estado de natureza é um estado jurídico provisório, pois possui instintos do direito civil
privado, mas que não podem ser garantidos (inexistência de Estado). O Estado civil é um
estado jurídico permanente, pois possui institutos de direito civil privado e público que podem
ser garantidos por um poder comum (Estado)