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Web 3.0: facilitador ou invasor?

Estar conectado já faz parte do cotidiano de muitas pessoas. Seja devido ao trabalho,
curiosidade, necessidade ou gosto, pesquisar no Google, twittar, encontrar os amigos no
Facebook, montar o portfólio no LinkedIn, ler conteúdo em sites, portais e blogs é rotina
de muita gente, que por vezes se sente até alheio ao mundo por estar longe do
computador, notebook ou smartphone.

Toda essa conectividade, essa interação e colaboração de conteúdos, é conhecido(não


seria é conhecida?) como web 2.0, onde sai a estática e entra o movimento e a
integração do digital ao real. Há quem diga que toda essa hiperconectividade já faz parte
da evolução dessa rede, um passo bem à frente, levando em consideração que a
interatividade foi iniciada com os sites de compras, em meados de 2000.

Mas o que tudo isso significa?

Já imaginou ter que organizar todas essas informações e conseguir gerar ótimos
resultados para sanar nossas necessidades? Eis que surgiu o conceito da web semântica,
ou web 3.0!

Semântica é o estudo do significado, onde há preocupação em saber o que significa, de


fato, o que está em pesquisa. Ou seja, a web 3.0 não buscará apenas a palavra, mas
sim o real significado pelo qual você está fazendo a busca através de uma análise de
contexto online.

Imagine a seguinte cena: você quer viajar com seus amigos, então vai ao Google (por
exemplo) e digita “apartamentos em Ubatuba”. A busca vai pesquisar muito mais que
essa frase, pois ela saberá (sim, saberá) quantas pessoas também vão, quais locais você
pesquisou anteriormente, comunidades que você faz parte sobre praias e te dará um
resultado muito mais preciso.

A web semântica traçará perfis por usuário, terá o cuidado de “conhecer” a pessoa que
está, naquele momento, sentado a frente do computador. Isso já acontece com contas
Google, mas de forma discreta. Quando você está logado em seu Gmail, e recorre ao
buscador da empresa, os links já acessados estarão em outra cor, suas pesquisas
recentes são levadas em considerações quando há ligação entre buscas (como pesquisar
em um dia restaurante e num outro pizza. Sua próxima pesquisa trará pizzarias quando
buscar novamente por restaurantes).

Num outro exemplo, citado no “How Stuff Works”, o jornalista Jonathan Strickland
escreve: “Em vez de múltiplas pesquisas, você poderá digitar uma ou duas frases
complexas no seu navegador Web 3.0 e a rede fará o resto. No nosso exemplo, você
poderia digitar "Eu quero ver um filme engraçado e depois comer em um bom
restaurante mexicano. Quais são minhas opções?". O navegador Web 3.0 irá analisar
sua pergunta, pesquisar a Internet por todas as respostas possíveis e então, organizar
os resultados para você”.

Isso é bom ou ruim?


Para quem gosta de tecnologia, essa evolução é mais do que bem-vinda! Ter um CRM
que te atenda direto de sua máquina ou smartphone é o sonho de muita gente, já que
por vezes essas pessoas não têm tempo para executar pesquisas mais demoradas.

Para os mais conectados, esse upgrade é só mais uma novidade para explorar ao
máximo o ciberespaço, interagindo das formas mais diferenciadas. Oportunidade para
testar o quanto a nova web é boa.

Mas, para quem preza pela privacidade e intimidade, a evolução pode trazer
complicações graves, já que seu perfil de pesquisas e conexões serão bases abertas de
dados. Hoje existem pessoas que se incomodam pelo simples fato do Google saber quem
é você, seus amigos e seus gostos. Imagine quando tudo isso estiver alinhado e chegar
á sua tela em pouquíssimos cliques?

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