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DIREITO CIVIL

1ª Aula – Prof. Roberto Figueiredo

LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL

1. CONCEITO, OBJETO E FINALIDADE


É um conjunto e regras que tem por objetivo disciplinar as outras normas, nos planos da
existência, validade, e eficácia. O objeto da LICC ao contrário das leis em geral, é a outra
lei. As leis em geral têm por objeto as pessoas e as relações.

2. BASE LEGAL
Decreto-lei 4.567/42.

3. VACATIO LEGIS
É lapso temporal entre a publicação da lei e o início da sua vigência, passando a ter
obrigatoriedade. Salvo expressa disposição em contrário, é de 45 dias no território
brasileiro e de 03 meses fora do território nacional. Havendo disposição em lei sobre a
data de início de sua vigência, esta previsão será válida. CONTAGEM DO PRAZO: o
primeiro dia (publicação) e o último são contados, se iniciando a vigência no dia seguinte.
Assim, o dia da publicação é contado. Caso haja alteração, republicação, da norma
durante a vacatio legis, o prazo será interrompido e sua contagem sua contagem
recomeçará do zero, a partir da republicação. Sendo a mudança posterior ao vacatio legis
haverá novo processo legislativo, com publicação de uma nova lei (com um novo
número). Na alteração durante a vacatio legis, será a mesma lei.

4. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS

I – OBRIGATORIEDADE: ninguém pode se descumprir a lei alegando o


desconhecimento da mesma. Isso não extingue o erro de direito (art. 139, inciso III, CC),

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haja vista que este princípio é mitigado em alguns pontos.

II – CONTINUIDADE: apenas uma nova lei pode revogar uma lei antiga. Usos e costumes
não revogam lei. Ab-rogação: revogação absoluta da lei. Derrogação: revogação parcial
da lei. A revogação pode ser expressa ou tácita, na primeira a lei nova prevê
expressamente a revogação da antiga. Critérios para identificar uma revogação tácita:

a) Cronológico (Lex Novalis): a lei nova tende a revogar a lei antiga;

b) Hirárquico (Lex superioris): a lei hierarquicamente superior tende a revogar a inferior;

c) Especialidade: (Lex especialis): a lei geral não revoga a lei especial e esta não revoga
aquela. Antinomia jurídica aparente: ocorre quando a ambigüidade/incoerência é
solucionada com os critérios supracitados. Pode ser de primeiro (o uso de apenas um
critério soluciona), segundo (o uso de dois critérios soluciona) e terceiro grau (o uso de
três critérios soluciona). Antinomia jurídica real: se dá quando a incoerência entre leis não
se soluciona com o uso dos três critérios.

III – NO LIQUET (arts. 4º e 126 do CC): o magistrado não pode deixar de solucionar a
lide alegando obscuridade, lacuna ou ambigüidade da lei. O juiz deve fazê-lo com base na
primeira fonte do direito, a lei. A decisão não pode ser feita com base na equidade, exceto
nos casos previstos em lei (art. 127 do CC). As exceções estão previstas no art. 1.109 do
CC (ex: jurisdição voluntária). Na falta da lei, com base no art. 1º da LICC, deve ser
utilizada a analogia, os usos e costumes e os princípios gerais do direito, nessa ordem.

REVISÃO TERMINOLÓGICA

1. REPRESTINAÇÃO
É a restauração de lei revogada por revogação da lei revogadora. A represtinação não
pode ser tácita, logo, precisa de expressa previsão legal. Assim, a represtinação é
admitida no direito, mas não é a regra e precisa ser expressamente prevista.

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2. EXEQUATUR
É a execução de sentença estrangeira no Brasil. Essa execução correrá no primeiro grau
da justiça federal, após a homologação da sentença pelo STJ.

3. TERRITORIALIDADE MODERADA
O Brasil, em relação a aplicação da lei, adota o princípio da territorialidade moderada.

4. POLIANDRIA E POLIGAMIA
Poliandria ocorre quando a mulher é casada com vários homens. Poligamia ocorrer
quando o homem é casado com várias mulheres. Observação: a concubina não tem
privilégios, assim a pensão alimentícia do de cujus vai toda para o cônjuge mulher –
esposa e nada para a concubina. A concubina não pode receber doação. Os filhos fora do
casamento não podem ser discriminados. Observação: O prazo para contestar o pedido
de alimentos gravídicos é de 05 dias, contados da data da juntada do mandado.

5. IRRETROATIVIDADE DA LEI CIVIL (ART. 235 DO CC)


A lei civil não retroage, ainda que para beneficiar. A exceção a essa regra é a
retroatividade motivada da lei civil (ex: retroatividade da lei que prevê a impenhorabilidade
do bem de família – STJ). Observação: havendo estrangeiro na situação, será aplicada a
lei mais favorável ao brasileiro envolvido. Assim, a lei estrangeira tem que ser analisada.

2ª Aula Civil – 13/12/2010 – Prof. Pedro Barreto

PESSOA NATURAL:

a) Personalidade Jurídica – atributo que une ao mundo do Direito; identifica uma pessoa
no mundo jurídico; alguém que titulariza bens e direitos e que pode ser cobrado pelos
deveres; atributo que legitima a titularização de direitos e obrigações; pessoa física e
pessoa jurídica; não atinge coisas e animais; conceito absoluto, estático e não mutante;
adquire com o nascimento; Art. 2º CC/02; começa com o nascimento COM VIDA;

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b) Capacidade Jurídica – é a titulariza de certos direitos já contemplados pelo
ordenamento jurídico; conceito relativo, dinâmico e elástico; rol de direito que a pessoa
possui; titularidade dos direitos que possui;

c) Capacidade de Fato – é a capacidade de exercício; é um atributo que tem que ser


“alcançado”; permissão de exercer seus direitos; tem que ter a capacidade de
compreender, de discernimento, porque as condutas produzem efeitos jurídicos;
requisitos – maturidade e equilíbrio bio-psiquico mental; idade mínima de 18 anos;
liberdade de exercer os direitos, sem a necessidade de um terceiro;

d) Teoria das Incapacidades – incapaz; civilmente incapaz NÃO é a pessoa que não tem
capacidade de direito, e SIM aquele que tem CAPACIDADE DE FATO; essa Teoria é
protetiva, por entender que essa pessoa é carente de discernimento; existem dois tipos de
incapacidade – relativa (Art. 4º CC) e absoluta (Art. 3º CC); absolutamente incapaz = não
tem nenhuma capacidade de exprimir a sua vontade, tem que ter alguém ao seu lado,
representante; relativamente incapaz = tem capacidade diminuída de exprimir a sua
vontade, necessita de um terceiro para assistir; Nulidade (Absoluta) – absolutamente
incapaz e Anulabilidade (Nulidade Relativa) – ausência de assistência, relativamente
incapaz;

i) Absolutamente Incapaz = Representado = Nulidade Absoluta no negocio jurídico (sem


noção nenhuma do que está contratando) = pode ser DECLARADO DE OFÍCIO
(invalidando) / não importa o tempo = IMPRESCRITÍVEL; a sentença retroage e apaga
todos os efeitos (EX TUNC);

ii) Relativamente Incapaz = Assistido = Anulabilidade no negocio jurídico (capacidade


diminuída); há prazo decadencial, em regra de 04 anos, não retroage (EX NUNC); não
precisa ser de ofício;

iii) Louco – não é sinônimo de doença; é um desvio de comportamento; é um ser


diferente; louco é espécie; não é insanidade;

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iv) Surdo-mudo – pode ser capaz, relativamente incapaz e incapaz absolutamente, mas
isso independe de sua deficiência;

v) Ausência – NÃO é incapacidade (Arts. 22 a 29 CC); é uma pessoa que desaparece; o


ato do ausente é um ato válido (não é nem nulo e nem anulável);

vi) Silvícola – pode ser relativamente incapaz,absolutamente incapaz e capaz; tem


legislação própria;

vii) Pródigo – é uma doença; é um viciado em consumo, pode dilapidar todo o patrimônio;
sofre uma delimitação; civilmente depende do caso concreto; o cerceamento que ele sofre
é apenas em relação ao seu próprio patrimônio; atos que interfere no patrimônio pessoal
dele, mas pode o prodigo pode ser mandatário, representante, e isso não interfere no ato
jurídico;

Discernimento Reduzido = Relativamente Incapaz


Ébrio + viciado em tóxicos + deficiência mental = RELATIVAMENTE Incapaz
Discernimento Necessário = Absolutamente Incapaz

e) Emancipação e Maioridade – capacidade plena = capacidade de direito + capacidade


de fato; Emancipação = é uma exceção; é a antecipação da capacidade de fato; exercer
sozinho os seus direitos; emancipação NÃO é maioridade; emancipado é um menor
capaz; é um reconhecimento da capacidade plena; Art. 5º c/c 9º CC/02; existem três tipos
de emancipação:

i) legal – está na lei; não precisa ser registrada; casamento (a gravidez autoriza o
casamento, independente dos pais, porque aqui a preocupação é com a criança que vai
nascer), colação de grau em curso superior, emprego público efetivo, ***menor com
economia própria (entre 16 a 18 anos / menor sócio); não precisa da autorização dos pais;

ii) judicial – quando da falta de UM DOS PAIS; tem que ser registrada; instrumento
público;

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iii) voluntária – aquela concedida pelo pai e pela mãe em iguais disposições de direito; é
uma FACULDADE dos pais e não do menor; o juiz NÃO pode emancipar; o juiz tem a
liberdade de ouvir a criança (pautado no melhor interesse do menor), tem o direito de
dirimir o conflito quando um dos pais não quer emancipar (decisão unilateral ou
homóloga); pai e mãe não podem emancipar filho para se livrar do dever alimentar e nem
para cessa a possibilidade de uma responsabilização civil (subsidiária); tem que ser
registrada;

OBS: a priori é irrevogável a emancipação, só em um caso pode revogar, quando do


casamento um dos nubentes estiver de má-fé / o efeito do registro tem duas correntes,
declaratória (informar) e constitutiva (segurança jurídica);

3ª Aula – 14/12/2010 – Prof. Pedro Barreto

MORTE:
A declaração de morte NÃO extingue a personalidade jurídica; na ausência não extingue
a personalidade jurídica; temos três espécies de morte:

a) Morte Real – aquele que se tem um cadáver, onde se constata a morte através dos
exames;

b) Morte Presumida com Indícios – presume-se a morte, não se tem o corpo, é uma
declaração no judiciário da morte; essa morte EXTINGUE a personalidade jurídica (Art. 7º
CC) SEM decretação de ausência; pessoa envolvida em um evento onde não há duvida
de que a pessoa esteja viva; ex: guerra;

c) ***Pegadinha da prova**** Arts. 22 a 39 CC/02  pessoas que desaparecem, sem


nenhum motivo, não há qualquer indício de seu paradeiro; há duvida quanto à morte,
porque a pessoa simplesmente desapareceu (saiu de casa e não voltou mais); primeiro se
tem um curador para que cuide dos patrimônios do ausente; abre-se a sucessão
provisória, depois de um determinado tempo (dez anos), mas sempre na esperança de
que o ausente volte. Passado os dez anos, abre-se a sucessão definitiva, onde se

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presume a morte, mas NÃO se extingue a personalidade jurídica, pois essa morte é uma
ficção; se o ausente voltar em ate dez anos, após aberta a sucessão definitiva, ele terá
todo o seu patrimônio de volta (no estado em que se encontrar ou que se sub-rogar);
Comoriência: quando duas pessoas, que tem vínculos sucessórios recíprocos, morrem
ao mesmo tempo; Art. 8º CC/02; sistema da ficção da comoriência – morre na mesma
hora, não há como saber quem morreu primeiro; a comoriência exclui o vínculo
sucessório entre eles, não há transmissão;

Teoria do Negócio Jurídico:


- Fato social: qualquer acontecimento da sociedade, e nem todos os fatos sociais
interessam para o direito; há dois tipos de fatos sociais, os fatos sociais em sentido
estritos senso sociais que não representam para o direito, e os fatos jurídicos latos senso,
e esse se subdivide:
i) Atos Jurídicos Estritos Senso – não é o homem que provoca; não decorre da ação
humana; eles podem ser extraordinários (quando decorrem da natureza – ex: caso fortuito
e força maior) e os ordinários (pelo simples passar do tempo – ex: a maioridade);

ii) Atos Jurídicos Lato Senso – eles podem se dividir em dois grupos:
1) Atos Jurídicos Ilícitos (Art. 186 a 188 CC) (que ocorrem pela ação do homem, mas
tem um efeito contrario aos limites da ordem jurídica); são duas as conseqüências
desse ato, a privação de eficácia e imputação de sanção;
2) Atos Jurídicos Lícitos (Art. 185 CC) – são três as características:
2.1) Ato Jurídico Sentido Estrito – o homem pratica ou não a conduta, mas os seus
efeitos já estão positivados (não podem ser alterados pelo homem); a eficácia é
exclusivamente decorrente da lei (ex lege), vem dá lei,não tem como alterar os
limites de direito dessa conduta; PARA A OAB: a eficácia vem da lei;
2.2) Negócio Jurídico – ferramenta que permite a liberdade de contratar, de criar,
de negociar; são os homens que criam seus efeitos; autonomia de vontade para
criar seus efeitos; auto-determinação da vontade; PARA A OAB: a eficácia vem
da vontade;
TEORIA GERAL DO NEGÓCIO JURÍDICO: é o acervo de normas, que visa
analisar essa estrutura criada pelo homem, e vê se ela está compatível com os

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limites legais ou não; a vontade precisa ser qualificada;
2.3) Ato Fato Jurídico – são analisados os requisitos do negócio jurídico, no intuito
de saber se são negócios jurídicos válidos ou nulos; a vontade do declarante é que
produz os efeitos, porém aqui a vontade NÃO precisa ser qualificada (diferente do
negócio jurídico);

NEGÓCIO JURÍDICO:

EXISTÊNCIA VALIDADE EFICÁCIA


Pressupostos cumulativos: Requisitos de validade: são Condição / termo / encargo
agente / forma / vontade / onze os requisitos / Art.104 (Art. 121 e seguintes CC);
objeto; CC = NÃO serve mais é para
RISCAR no código!!!!
Forma = meio de Art. 166, 167 e 421 CC – Reserva mental – tem
exteriorização de vontade / definem as causas de validade quando a outra parte
caminho de vontade nulidade / Art. 171CC – define não tem conhecimento; é
as causas de anulabilidade; inexistente quando a outra
parte tem conhecimento da
vontade;
Agente = pessoas (ser Anulabilidade – as duas
humano / não coisas) causas são: incapacidade
relativa do agente (não
assistidos) e vício por erro,
dolo, fraude, lesão e estado
de perigo (defeito do negócio
jurídico); prazo de quatro
anos (Art. 178 CC);
A regra é que o negócio É anulável a doação adúltera
jurídico é um contrato; (art. 550 CC), venda ou troca
entre ascendente e
descendente, sem o
consentimento dos demais
descendentes e conjugue

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(Art. 496 CC); troca de
ascedente e descendente
(Art. 533, II CC) desde que os
valores sejam desiguais;
OBS: a doação de
ascendente para descendente
é válida (colação /
antecipação de herança /
sobrepartilha em vida);
Tem que ter: pluralidade de
agentes, de vontades +
consentimento, forma e
objeto;
***Tem que ter tradição = a
entrega da coisa (depósito
(empréstimo) / mútuo e
comandato)
Se não entregar a coisa, NÃO
existe contrato;
Doação NÃO é contrato real;

Vontade: silêncio - Art.111 CC/02; pode ser a inexistência de vontade ou omissão de


vontade perfeita; só será aceito o silêncio se a lei assim o permitir; o silêncio às vezes é
recusa e as vezes é consentimento; o silêncio é um comportamento, uma omissão de
conduta; reserva mental – a vontade externada, não é a mesma que a vontade querida; a
real intenção não era a mesma que a vontade externada; a verdade externada só produz
efeitos se a outra parte tem conhecimento da real vontade; não existindo a declaração da
vontade real, o NEGÓCIO JURÍDICO é INEXISTENTE; quando há uma declaração
diferente do que se quer na real, o negócio jurídico não existe, porém se mesmo sendo
declarado a vontade não desejada, e a outra parte sabe dessa reserva mental (sabe
desse desejo), o negócio jurídico é VÁLIDO;

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Simulação (Art. 167 CC); geralmente existem três pessoas; aqui duas pessoas se juntam
para simular, enganar um terceiro; é externada para a sociedade uma coisa que não
existe (pautada na mentira), não produz nenhum efeito, é u negócio NULO (pode ser ex
oficio) ≠ Reserva Mental (Art. 110 CC) geralmente são duas pessoas; inexistência ou
validade e eficácia;

Colação  junta a parte doada ao inventário; pode existe uma cláusula de dispensa de
colação (mas isso tem que está expressa), e nesse caso não entra no inventario a
doação; como regra o efeito da colação é o de traduzir uma mera antecipação de legitima;
este efeito fica afastado se houver expressa previsão de cláusula de dispensa de colação.
OBS: Arts. 544 CC c/c 2005 e 2006 do CC/02;

Defeitos do Negócio Jurídico  são vícios na formação do negócio jurídico; ora está na
vontade (consentimento), ora está no vício social (a vontade é perfeita, mas há um
atentado à lei especial); vício de vontade  erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão;
vício social  fraude contra credores; DICA de Pedro Barreto: ERDOLE ES FRACO =
ERRO/ DOLO/ LESÃO/ ESTADO DE PERIGO / FRAUDE/ COAÇÃO; OBS: simulação
NÃO é defeito do negócio jurídico.

4ª Aula – 10/01/2011 – Prof. Roberto Figueiredo

PRESCRIÇÃO e DECADÊNCIA

- Arts. 189 a 211 CC/02;


- importância do tempo para o direito, e prescrição e decadência estão dentro do fato
jurídico;
- ex: usucapião é um exemplo de direito adquirido com o tempo;
- Prescrição e Decadência são mecanismos jurídicos que destroem o direito no decorrer
do tempo; a PRESCRIÇÃO destrói uma PRETENSÃO; a DECADÊNCIA destrói o
DIREITO POTESTATIVO; pretensão = é a vontade que uma pessoa tem de submeter
alguém a uma determinada conduta, ela se manifesta por prestações (de dar, de fazer e
de não fazer), a pretensão nasce com a LESÃO e se extingue com a prescrição; a
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pretensão tem que ser exercida no espaço de tempo;
- TODOS os prazos prescricionais estão nos Arts. 205 (prazo máximo = 10 anos) e 206
CC/02 (prazos especiais);
- Decadência destrói direito potestativo = é um direito irresistível; ex: pedido de demissão
(não pode o patrão não aceitar esse pedido), renúncia de cargo público;

PRESCRIÇÃO:
- Regras Específicas:
1) É renunciável – pode ser expressa ou tácita, e depois que a prescrição se consumar;
ex: o pagamento é uma renúncia a prescrição (Art. 191 CC/02);

2) Os prazos são inalteráveis – Art. 192 CC/02; não pode ser alterados os prazos por
acordo das partes;

3) Ex Ofício – Art. 219, §5º do CPC; o juiz PODE pronunciar a prescrição de ofício;
ex:ajuizada a ação de consignação em pagamento, é VEDADO para o juiz decretar a
prescrição de ofício, pois já houve a renúncia;

4) Absolutamente incapaz – NÃO corre prazo prescricional (Art. 198, I CC/02); NÃO corre
decadência (Art. 207 CC);

5) Relativamente incapaz – CORRE prazo prescricional (Art. 195 CC); CORRE


decadência (Art.208 CC);

6) Causas Impeditivas x Suspensivas – no IMPEDIMENTO o prazo NEM COMEÇA A


CONTAR (ex: entre marido e mulher não corre prazo prescricional na constância do
casamento / tutela não corre prazo prescricional); na SUSPENSÃO o prazo começa,
PÁRA e depois recomeça onde parou (Arts. 200 e 201 CC);
Obs.: TUTELA = preenche os espaços vazios;
7) Causas Interruptivas – Art. 202 CC; recomeça do ZERO; os prazos prescricionais só
podem ser interrompidos APENAS UMA VEZ; Art. 204 CC = se a dívida for solidaria ou
indivisível a interrupção aproveita para todos, mas se for dívida divisível a interrupção não

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aproveitará para todos, intuito persona; pendendo ação de evicção não corre prescrição,
porque a evicção é a perda da coisa por decisão judicial (transito em julgado);
Obs.: Ação de evicção = rever a coisa

DECADÊNCIA:
- Arts. 207 a 211 CC/02;

- Regra GERAL não suspende e nem interrompe os prazos decadenciais;

- Decadência Convencional (é renunciável / não ocorre de ofício) x Legal (é irrenunciável /


é pronunciável de ofício) – é NULA a renúncia a decadência legal; Convencional = ex:
prazo de garantia, e renunciável quando não se cumpre o prazo;

RESPONSABILIDADE CIVIL

- São três tipos de responsabilidade civil:

1) Responsabilidade por Ato Próprio – Art. 927 CC; quem gera o prejuízo, tem o dever de
reparar; a responsabilidade é subjetiva como regra geral, salvo se for uma atividade de
risco ou se tiver uma lei especial (como o CDC), a responsabilidade será objetiva;

2) Responsabilidade por Ato de Terceiro – Arts. 932 e 933 CC; alguém praticou o ato e
“eu” tenho que reparar; ex: um filho menor que dirige o carro do pai, causando prejuízo, o
pai responderá civilmente no lugar do filho; essa responsabilidade é objetiva; doutrina
denomina de Responsabilidade Civil Complexa;

3) Responsabilidade decorrente de Fato – Art. 188 e 929 CC = fato lícito, ex: legítima
defesa; Art. 936 CC = fato de animal; o dono, o possuidor ou detentor terão
responsabilidade objetiva; Art.937 CC = fato da coisa, responsabilidade objetiva;
PEGADINHAS: Incapaz = Art. 928 CC, RESPONDE no alcance condicional e subsidiário,
se os seus responsáveis não tiverem capacidade ou não dispuserem de bens;
Profissional Liberal = regra geral é responsabilidade subjetiva (Art. 14 CDC), irá depender

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de sua atividade meio x fim; salvo quando o profissional garante o resultado, ex: cirurgião
plástico = responsabilidade objetiva;
Empresário = Art. 931 CC; responsabilidade é objetiva (regra);
Art. 950 e 952 CC = se o réu não for o autor do ato ilegal criminal, o juiz civil não pode
condenar o réu na área civil; § único do Art. 950 = o autor da ação civil poderá exigir o
pagamento da indenização de uma única vez;

OBRIGAÇÕES

- Art. 233 e seguintes CC;


- obrigação encerra uma relação jurídica subjetiva, entre dois ou mais sujeitos;
- pólo ativo = credores; pólo passivo = devedor; liame entre os sujeitos = prestação;
- essa obrigação quando não adimplida, autoriza a utilização do patrimônio penhorável do
inadimplente para a satisfação da relação jurídica;
- prestação de dar coisa certa ou incerta; prestação de não fazer e prestação de fazer;
- OAB gosta de perguntar desde o Art. 233 a 237 CC!!!!

Obrigação de Dar Coisa:


- Certa:
1) Perecimento da coisa – Por Culpa? Se houver CULPA = há responsabilidade civil;
perdas e danos (danos emergentes e lucros cessantes); Se NÃO houver CULPA = “res
perit domine”, não há responsabilidade civil obrigacional;

2) Frutos (a quem pertencerão os frutos da coisa certa) – são três tipos de frutos:
2.1. Frutos Pendentes – ex: cadela grávida; o acessório segue o principal;
2.2. Frutos Naturalmente Colhidos – ex: cadela pariu antes de entrar; o acessório segue o
principal, nesse caso os cachorrinhos serão de quem ainda tem a posse dele;
2.3. Frutos Precipitadamente Colhidos – ex: cadela sofre uma cessaria antes de ser
entregue; o acessório segue o principal, será daquele que tem a posse;
3) Valorização da coisa – Art. 237 CC; havendo a valorização até a tradição, os
melhoramentos pertencem ao seu devedor;

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- Obrigação Alternativa: Art. 252 CC; cabem ao devedor as escolhas, mas é possível que
a escolha seja feita pelo feito credor ou terceiro (exceção à regra); essa obrigação pode
ser instantânea ou periódica (podendo ser escolhida a cada mês uma das obrigações /
alternar as obrigações mês a mês); se uma das obrigações perecer, permanece a
obrigação da outra;

- Incerta: Perecimento da coisa – o gênero nunca perece;

- Obrigações Solidárias: quando ela é composta pela multiplicidade de sujeito; Art. 265
CC; obrigação NÃO se presume;
ATENÇÃO:
a) prevenção judicial – estando a relação obrigacional subjudice, o pagamento da
obrigação somente poderá ocorrer subjudice (Art. 268 CC);
b) refração do crédito na solidariedade – os herdeiros serão credores na força do limites
legais (Art. 1792 CC);
c) perdas e danos – a solidariedade se mantém nas perdas e danos;
Solidariedade – extrai o elemento subjetivo;
Indivisibilidade – concentração apenas na prestação; PS: a indivisibilidade NÃO se
mantém nas perdas e danos;

Pagamento:
Quem deve pagar? Solventes = devedor / terceiro (interessado – fiador / avalista /
seguradora / sócio / é aquele que se subrroga da obrigação jurídica e, não interessado –
pode pagar, DESDE que o devedor autorize / não subrroga, não tem direito a reembolso);
Art. 304 e 305 do CC;

A quem pagar? Accipiens = credor / representante legal / credor putativo (credor


aparente);

Onde pagar? Regra geral no domicilio do devedor, exceção = no domicilio do credor, tem
que está contratualmente prevista; Art. 330 CC; se o pagamento for habitualmente feito
em um local que não está no contrato, entende-se como renúncia tácita;

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Perdas e Danos:
- Art. 402 CC;
- direito a pedir dano emergente (o que efetivamente perdeu) + lucro cessante (o que
deixou de ganhar) + honorário de advogado + juros de mora + correção monetária;
- Mora = decorre de uma responsabilidade civil; decorre de um inadimplemento total =
inutilidade da prestação = perdas e danos; decorre de um inadimplemento parcial = ainda
há uma utilidade da prestação; responsabilidade civil pode ser:
a) extracontratual = ato ilícito; a mora incide desde a data do ato ilícito; Súmula 54 STJ;
b) contratual depende do tipo; têm dois tipos:
b.1. prazo certo = vencimento; a mora será “ex re”, é aquela que se manifesta a partir da
data do vencimento; o vencimento gera a incidência da mora;
b.2. prazo indeterminado = não tem vencimento; mora “ex persona”, é aquela que tem
interpelar, citar (desde a citação incide a mora);

ESTUDAR CLÁUSULA PENAL – ARTS 412 E 413 CC/02

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