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Resumo
Este artigo objetiva analisar as marcas históricas da mulher na sua constituição
de professora tendo por referência um itinerário voltado às seguintes questões:
Como historicamente a mulher foi vista na comunidade primitiva à sociedade
dividida em classes? De que forma a mulher foi educada no Brasil? Como o
trabalho fora do lar foi conquistado pela mulher? De que forma a mulher se
torna professora no sistema capitalista? As respostas registradas foram
baseadas na leitura e interpretação de fontes acerca do tema.
Introdução
Mas, não nos esqueçamos que a história não é linear, múltiplas são as
possibilidades de desvendá-la Marx e Engels (2007) registraram esta
característica como ninguém e no Manifesto Comunista lembram-nos da
realidade entre oprimidos e opressores denunciando o olhar da classe
burguesa para a mulher, pois “para o burguês, a mulher nada mais é do que
um instrumento de produção” (Marx e Engels, p. 55, 2007).
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Embora a historiografia oficial tenha ocultado por muitos anos outras
leituras sobre a mulher, cujas marcas de coragem, rebeldia e vigor intelectual
foram sufocadas elas emergem através dos documentos históricos, tais como:
cartas, testamentos, diários e registros realizados por viajantes.
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O homossexualismo estava presente tanto no índio quanto na índia
guerreira que se afastava de suas funções femininas na roça, para caçar e
participar das guerras com os índios. As índias-macho tinham direito a uma
mulher para servi-la e se consideravam casadas com estas. (Raminelli, 2006).
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exemplos mostrando que embora a educação feminina fosse (e ainda é para
muitos povos) repressora, transgressora foi à resposta das mulheres a este
modo de vê-las, a exemplo citamos:
Por tudo que já foi exposto, a saída da mulher do mundo privado para o
público gerou uma série de conflitos, principalmente por parte daquelas
pessoas mais conservadoras, entretanto,
Em pleno século XXI a mulher tem buscado ocupar seu espaço de forma
mais intensa em todos os setores sociais. A luta para este acesso é diária, pois
as dificuldades com o tempo tornaram-se sofisticadas e veladas exigindo
formas inteligentes de superação.
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Para a mulher-professora a inserção consciente no sistema capitalista
demanda algumas reflexões, explicitadas no próximo item.
Não tendo tempo para ler, fazer cursos e refletir sobre seu papel de
mulher e educadora, não consegue romper com o papel de
reprodutoras de modelos discriminadores, tanto nas relações
professora/aluno, direção/professora, quanto na parte pedagógica.
(BRABO, p. 135, 2005).
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Ao concentrar sua atividade na esfera cotidiana, a professora aproxima
seu trabalho da alienação, levando consigo os indivíduos que estão em seu
entorno.
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Considerações Gerais
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Concluímos com uma citação que a nosso ver é oportuna para este
momento, extraída do prólogo da obra “A Condição Humana” é reveladora da
importância de se refletir acerca das concepções, valores, ideologias e,
fundamentalmente sobre as práticas desenvolvidas pelos e para os seres
humanos, aqui realçamos esta reflexão para a constituição do ser professora,
onde Arendt (2008) nos diz:
REFERÊNCIAS
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ARAUJO, Emanuel. A arte da sedução: sexualidade feminina na colônia. In:
PRIORE, Mary Del. História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto,
2006.
LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na sala de aula. In: PRIORE, Mary Del.
História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2006.
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PORTAL DA PREFEITURA DE SÃO LUÍS. Disponível em:
http://www.saoluis.ma.gov.br/cultura/conteudo.aspx?idConteudo=418. Acesso
em: 03 jan. 2009.
RAMINELLI, Ronald. Eva Tupinambá. In: PRIORE, Mary Del. História das
mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2006.
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