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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO

ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO


Constitui o conjunto de procedimentos (atos), pelos quais o Estado obtém recursos
financeiros. As chamadas RECEITAS PÚBLICAS.

RECEITAS PÚBLICAS.
Constitui toda e qualquer entrada de recursos financeiros na conta única do Tesouro
Nacional.

O principal meio de obter receitas públicas á através da arrecadação tributária. Mas


existe também uma fonte secundária de receita a qual se denomina CRÉDITO
PÚBLICO, através de operações de crédito.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Dá-se por meio de crédito ou financiamento, onde o Estado obtém recursos através da
criação de dívidas públicas. O recurso obtido por meio desse expediente denomina-se
RECEITA DE CAPITAL.

GERENCIAR
Planejar as receitas e despesas para gerir o ORÇAMENTO PÚBLICO por meio da Lei
Orçamentária Anual – LOA no período de um ano.

COMPETENCIA
CF-88. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, FINANCEIRO, penitenciário, econômico e urbanístico;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (Lei 4.320/64)
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão
a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

CF-88. DOS ORÇAMENTOS Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo


estabelecerão

§ 9º - Cabe à lei complementar:


I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual

A lei Ordinária 3.420/64 é materialmente uma lei complementar, a pesar de ser


formalmente ordinária, por ter sido recepcionada pela Constituição Federal de 1988.
1 ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL

É nada mais nada menos que uma previsão de gastos, obrigatoriamente contido na
LOA; documento legal que autoriza a Administração Pública a arrecadar recursos
financeiros (receitas públicas) e a aplicar tais recursos no financiamentos das demandas
sociais (são aplicados através da execução da despesa pública).

1.1 CARACTERISTICAS DA LOA

1.1.a) PERIÓDICA – somente produz efeitos dentro de um determinado período – um


exercício financeiro. Está balizada pelo artigo 35 da lei 4.320/64

lei 4.320/64 Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I - as receitas nêle arrecadadas;
II - as despesas nêle legalmente empenhadas.

O EXERCÍCIO FINANCEIRO NÃO É IGUAL AO ANO CIVIL, MAS COINCIDE


COM ELE, OU SEJA, DE 1º DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE CADA ANO.

1.1.b) AUTORIZATIVA – lei em sentido formal, mas não é lei em sentido material,
pois apenas autoriza a arrecadar as receitas e a fixar os gastos. Autoriza apenas o poder
público, não o obriga. É um ato condição não é um ato regra.

CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO - é a autorização que o Poder Legislativo consigna ao


Poder Executivo um gasto orçamentário dentro da DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA do
Estado (crédito disponível).

CF-88.Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.

1.1.c) NÃO GERA DIREITOS SUBJETIVOS, ou seja, não gera direito líquido e
certo, por isso não pode ser impugnado através de mandado de segurança.

1.1.d) INICIATIVA PRIVATIVA E INDELEGÁVEL DO CHEFE DO PODER


EXECUTIVO. De acordo com a CF de 1988,

A LOA é o plano OPERACIONAL


CF-88. DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 84. Compete
privativamente ao Presidente da República:

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o


projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
orçamento previstos nesta Constituição;

CF-88. Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva
do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a
carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e
eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

As propostas parciais de orçamento (PPO), de todos os poderes, do Tribunal de Contas


da União e do Ministério Público Federal, serão confeccionadas na base de dados do
Sistema Integrado de Orçamento – SIDOR, e encaminhados à Secretaria de Orçamento
Federal do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão – SOF/MPOG. Será
constituída a Proposta Consolidada de Orçamento e enviada ao Poder Legislativo com
Proposta de Lei Orçamentária Anual – PLOA.

CF-88. DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 127.

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro


dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na
lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados
na forma do § 3º. (Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº
45, de 08/12/2004)
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º,
o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual. (Parágrafo acrescido
pela Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004)

CF-88. Art. 99. Ao PODER JUDICIÁRIO é assegurada autonomia administrativa e


financeira.

§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos


limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais
interessados, compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos
respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios,
aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos
respectivos tribunais.

§ 3º - Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas


propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na
lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados
na forma do § 1º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Emenda
Constitucional nº 45, de 08/12/2004)
§ 4º - Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem
encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do §
1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual. (Parágrafo
acrescido pela Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004)
§ 5º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver
a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
ou especiais. (Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 45,
de 08/12/2004)

2. PLANO PLURIANUAL – PPA (plano estratégico)

2.1 VIGENCIA

Com vigência de 4 anos o PPA nunca coincide com o mandato do chefe do Poder
Executivo. Iniciando sempre no 2º ano do mandato do Presidente da República,
prolongando-se até o primeiro ano do mandato do Presidente da República subseqüente,
de acordo com o princípio da continuidade. (Art 35, 2º da ADCT)

2.2 CONTEÚDO (Art. 165, §1º)

Diretrizes, Objetivos e Metas – DOM; irão nortear as ações do governo para alcançar
resultados dentro dos recursos orçamentários.

Despesas de capital: expansão, aperfeiçoamento e aprimoramentos.

CF-88. DOS ORÇAMENTOS Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo


estabelecerão:

I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.

OBS
1. O MÓDULO INTEGRADOR entre PPA e LOA é o programa de
trabalho do Governo
2. O elo de ligação entre PPA e LOA é a LDO

3 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS, principal instrumento de


planejamento governamental com a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal. Deve ser
elaborada antes da LOA para orientar a elaboração desta.

3.1 FUNÇÕES:

CF-88 DOS ORÇAMENTOS Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo


estabelecerão:

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e


prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
CF-88 Art 165 §2º LDO
Metas e Prioridades Metas fiscais (Anexo de metas fiscais)
Nortear a elaboração da LOA
Dispor sobre as alterações na legislação tributária.
AFO – Ana Paula

1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO


Processo de auferir receitas para financiar as despesas do Estado. Visando a
promoção do bem comum ou interesse público primário

1.1 FUNÇÕES ECONOMICAS

1.1.a) FUNÇÃO ALOCATIVA


Existe para alocar receitas para financiamentos de despesas públicas. É
instrumentalizada pelo próprio orçamento público

1.1.b) FUNÃO DISTRIBUTIVA


Distribui rendas e riquezas entre camadas da população, visando a promoção da
justiça social. Essa promoção é desencadeada através da tributação (Função
Hobin Hood)

1.1.c) FUNÇÃO ESTABILIZADORA


Estuda a forma adequada para estabilizar a economia. Envolve taxa de juros,
moeda, importação e exportação etc.

FUNÇÃO ALOCATIVA
Pela política fiscal envolve TRIBUTAÇÃO e GASTO

SISITEMA DE PLENEJAMENTO GOVERNAMENTAL BRASILEIRO


A sociedade autoriza a alocação de recursos por meio das leis orçamentárias que são
três: PPA, LDO e LOA, Leis Orçamentárias são leis ordinárias temporárias.

PPA – plano estratégico (de longo prazo ou médio prazo)


LDO – plano tático
LOA (orçamento público) – plano operacional (curto prazo)

PPA – gere os programas de governo, esses programas representam o elo entre a LOA e
o PPA. Que programas deveram ser priorizados é competência da LDO. Os programas
são mensurados por indicadores estabelecidos no PPA. Os programas são elos de
ligação entre PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO e GESTÃO

PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO

CF ART 165 I, II e II e ART 166 (vinculando o Poder Executivo a conteúdos certos e


objetos determinados, para leis orçamentários). A essência das leis orçamentárias é de
ato administrativo e segundo o grau de abstração podem ser objetos de ADI.
As leis orçamentárias formalmente são leis, mas, em sua essência, constituem
verdadeiros “comandos” administrativos. Em tese não são passíveis de ADI. Porém, não
são “imunes”. Caso obtenham grau de abstração e violem a CF, poderão sofrer controle
de constitucionalidade pelo STF.

FUNDAMENTAÇÃO
- CF 163 A 169
- Lei 4.320/64
- LC 101/2000 (LRF)

PRAZO PARA ELABORAÇÃO (CF/ADCT - Art 35, §2, I, II e III)


CF – 88, ADCT, Art. 35. § 2º - ATÉ A ENTRADA EM VIGOR DA LEI COMPLEMENTAR A
QUE SE REFERE O ART. 165, § 9º, I e II, SERÃO OBEDECIDAS AS SEGUINTES NORMAS:

I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa;

PPA - EXECUTIVO TEM ATÉ 31/08, LEGISLATIVO ATÉ 22/12 PARA DEVOLUÇÃO AO
EXECUTIVO

LDO - EXECUTIVO TEM ATÉ 15/04, LEGISLATIVO ATÉ TÉRMINO DO 1º PERIODO DA


SEÇÃO LEGISLATIVA (17/07) PARA DEVOLUÇÃO AO EXECUTIVO

LOA - EXECUTIVO TEM ATÉ 31/08, LEGISLATIVO ATÉ 22/12 PARA DEVOLUÇÃO AO
EXECUTIVO

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do
primeiro período da sessão legislativa;

III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.

ART 166/CF Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às


diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum.

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o


modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias

Projetos do Poder Executivo vai ao Poder Legislativo para a Comissão Mista


Permanente (CMP) onde ocorrem as emendas, depois vai ao plenário do Congresso
Nacional, sendo apreciado em seção conjunta do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum. A apuração dos votos, porém, é separada.

LIVRO: VALDECIR PASCAL – direito financeiro e controle externo, Ed. campos


Os projetos de lei de PPA, LDO e LOA são concebidos no Poder Executivo.

ART 166, §5º/CF modificação nos projetos, ENQUANDO NÃO INICIADA A


VOTAÇÃO MISTA, da parte cuja alteração é proposta.

ART 57 §2º/CF
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de
fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Artigo alterado pela
Emenda Constitucional nº 50, de 14/02/2006 - DOU 15/02/2006)

§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de


diretrizes orçamentárias.

Concepções orçamentárias

Orçamento Programa – controle de custos, enfatiza o objetivo do gasto. Linca o


plano ao orçamento

Orçamento Tradicional – lei de meios, enfatiza o objeto(elemento) de gasto e sua


autorização.

Com 4.320 mais DL 200 e depois a EC 19 começam a mudança do orçamento


tradicional para o orçamento programa.

SIDOR – sistema integrado de dados orçamentários, é um sistema de teleinformática do


governo federal, gerenciado pela rede SERPRO, vinculado à Secretaria de Orçamento
Financeiro SOF/MPOG. Elaboração e consolidação das propostas orçamentárias
parciais.

Art 127 CF, § 3º


Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites


estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

COMENTÁRIOS IMPORTANTES DA PROFESSORA ANA PAULA

“ATIVIDADES ORÇAMENTÁRIAS NO BRASIL: BREVE


HISTÓRICO.

03/11/2009

Oi, pessoal!
Seguem fragmentos de uma pesquisa sobre histórico das atividades
orçamentárias no Brasil que comecei a desenvolver a partir de 2004. Acho que
o conteúdo será uma "mão na roda" p/ a galera do AFR/2009.

Ano de 1963: formação de grupos encarregados da preparação de projetos de


reforma estatal, objetivando a reorganização ampla e geral da estrutura e das
atividades do governo; a expansão e o fortalecimento do sistema de mérito;
novas normas de aquisição de material no serviço público e a organização
administrativa do Distrito Federal.

Os governos militares pós-64 acirraram o centralismo político e consolidaram a


tendência intervencionista do Estado no setor produtivo, com a expansão da
administração indireta, operada pela instituição do Decreto-lei (DL) nº. 200 em
1967. Este decreto resultou de estudos desencadeados pelo Poder Executivo,
considerando projetos elaborados, mas não implementados, durante o governo
de Goulart (é bom recordar uma lei muito importante promulgada por João
Goulart: a Lei 4.320/64 – um verdadeiro manual de Direito Financeiro. A
“velha” 4.320, em boa parte, foi recepcionada pela Constituição Federal/1988,
de “quem” ganhou “status” de lei complementar).

-O planejamento torna-se um princípio dominante e, em decorrência, a


Secretaria de Planejamento (SEPLAN) adquire o status de agência central,
controlando o sistema de planejamento e o sistema de contabilidade e auditoria
interna. Além de manter unidades descentralizadas nos ministérios, autarquias
e fundações públicas, a SEPLAN encarregava-se, por meio da SEST (Secretaria
das Estatais), do controle das empresas estatais.

-Apesar de suas deficiências, o DL 200/67 constituiu um marco na tentativa de


superação da rigidez burocrática, uma vez que deslocou atividades para
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, no
propósito de obter maior dinamismo operacional por meio de uma
descentralização funcional.

Período 1964 a 1985: promoveu uma descentralização empresarial do setor


público.

A retomada da democratização do país na segunda metade da década de 80,


alimentada pelas demandas de participação política dos diversos segmentos
sociais, e que culminou no estabelecimento de um novo texto constitucional em
1988, mostra-se incompatível com o modelo centralizador vigente nas décadas
anteriores, nos planos político-institucional e econômico.

A democratização opõe-se à centralização do período autoritário e impõe a


transformação do aparelho administrativo em um ente reduzido, orgânico,
eficiente e ágil para atender às demandas da sociedade.
Sob outro prisma: são muitos os analistas que consideram a Constituição
Federal de 1988 como responsável por um retrocesso burocrático em relação à
reforma administrativa de 1967, em razão da subordinação dos entes
descentralizados (fundações, autarquias, estatais) às mesmas regras de controle
formal utilizadas pela administração central.

Com o objetivo de fortalecer a administração direta, contra o que se avaliava


como o escapismo pela via da administração indireta, houve uma tentativa de
reverter o processo de crescimento desta e reduzir o número de órgãos e
entidades superpostos ou duplicados.

O foco das ações de reforma do período Collor concentrou-se no projeto de


privatização das empresas estatais. Do ponto de vista da administração direta,
embora se ressalte o papel de destaque dado à descentralização da gestão dos
serviços públicos, não havia uma orientação orgânica de reforma, a não ser a
extinção de órgãos e o corte de pessoal.

O advento da globalização e da internacionalização da economia coloca o


desafio de se redefinirem os padrões de funcionamento do Estado e da
Administração Pública, de modo a viabilizar a participação integrada e
competitiva do país na nova ordem internacional.

Período 1994 a 2002: reforma reguladora concebida durante o mandato do


Presidente Fernando Henrique Cardoso. Assimilou a doutrina de
gerenciamento público. Marco importante: Emenda Constitucional nº 19/1998 -
"aportou" ao texto constitucional o Princípio da Eficiência (marco histórico-
legal da administração pública gerencial no Brasil).

Até,

Ana Paula.

anapaula@euvoupassar.com.br”

CICLO ORÇAMENTÁRIO
Também conhecido como processo orçamentário. ELABORAÇÃO DE PROJETOS
DO PPA, LDO e LOA. DISCUSSÃO, VOTAÇÃO SANSÃO ou VETO.
APROVAÇÃO, EXECUÇÃO. CONTROLE INTERNO (anterior à execução da
despesa a cargo de cada órgão) e EXTERNO (posterior ou concomitante à execução da
despesa)

Controles: art 70 e 75 CF/88


2. CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA (no enfoque da despesa)

INSTITUCIONAL. Identifica o órgão responsável pelo gasto público.


FUNCIONAL (port 42/99) área do gasto, dividida em função e subfunção. A
classificação funcional identifica as várias áreas onde o recurso é alocado. Permite a
classificação por área do setor público
PROGRAMÁTICA. Identifica a demanda social a ser atendida. Organizada a ação
governamental em ATIVIDADE, PROJETO e OPERAÇÃO ESPECIAL (projeto inova
a atividade repõe, mantém). Ex. construções de hospitais e escolas – Projetos;
reparação, manutenção, pagamento de funcionários públicos – Atividade. Nas
Operações Especiais o governo gasta, cumpre com suas obrigações mas não recebe
contraprestação, sendo simples cumprimento de obrigação. Ex: pagamentos de
precatórios, pagamentos de serviços da dívida, remessa a fundo de participação,
pagamentos de aposentados e pensionista.
ECONOMICO – LEGAL (art 12 a 21 da lei 4.320). Classifica a despesa orçamentária
CORRENTE e de CAPITAL.

2.1 CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


QUANTO A COERCITIVIDADE (classificação alemã ou clássica) subdivide a
receita orçamentária em:
DERIVADA – economia pública - (impositiva). Ex. receita derivada: imposto, multa,
custas judiciais e cartorárias, emolumentos referidos nas leis estaduais.
ORIGINÁRIA (preço público) – economia privada - (não impositiva); Ex. receita
originária: recebendo dividendos da Petrobrás, atos de arquivamentos nas juntas
comerciais.
Tarifas públicas. Lei. 8987/95

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL, (CF Art 145, I, II e III)


IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
CIP (contribuição para o custeio da iluminação pública), Art 149A CF
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS.

TRIBUTO À LUZ DA LEI 4.320/64 (Art 11, §4º)


a) RECEITA TRIBUTÁRIA
Impostos
Taxas (tributárias de serviços)
Contribuições de melhoria
b) RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES
Econômicas (Ex. CIDE)
Sociais
Seguridade social
Diversas (educação, previdência)

CLASSIFICAÇÃO ECONOMICO-LEGAL DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


Arts 9º ao 11 da Lei 4.320/64
CORRENTE, Manutenção e expansão
CAPITAL, operações de crédito, alienação de ativos (bens e direitos),
empréstimo compulsório,

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO é uma receita derivada contabilizada como


receita de capital, decorrente de uma operação de crédito

QUANTO A VINCULAÇÃO (obrigação)


VINCULADAS: contribuição de iluminação pública, convênios
DESVINCULADAS, não afetadas (CF Art 163, IV)

EXTRAORÇAMENTÁRIO
ARRECADAÇÃO X DISPÊNDIO
ARRECADAÇÃO - simples ingressos financeiros,
DISPENDIO – simples saídas de recursos,

EXTRAORÇAMENTÁRIO (características principais)


TRANSITORIEDADE
JAMAIS CONSTAM NA LOA
FIEL DEPOSITÁRIO (o Poder Público)

LOA
RECEITAS
CORRENTES
CAPITAL
DESPESAS
CORRENTES
CAPITAL
(reserva de contingência) – valor global alocado no orçamento que visa
atender contingências, de acordo com a LDO. É um percentual da receita
corrente líquida do governo (Art 4º e 5º da LRF)

LRF Art 44
CF Art 167, III – Regra de Ouro

Art. 167. São vedados:

III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das


despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta;

CONTA ÚNICA DO TESOURO ( Art 164, §3º)


O sistema da conta única do tesouro recebe diariamente todas as transações
orçamentárias e extra-orçamentárias. A Conta Única do Tesouro Nacional é complexa e
operacionalizada pelo Banco de Brasil, e gerenciada pela Secretaria do Tesoura
Nacional - STN, pois este é o órgão central de contabilidade do Governo Federal.
Há exceções ao princípio da unidade de caixa (unidade de tesouraria): convênios, os
fundos

Art 56 da Lei 4.320/64 (princípio da unidade de caixa / unidade de tesouraria)


Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao
princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação
de caixas especiais.

Todas as arrecadações do Governo Federal são controladas pelo SIAFI. Aliás


o SIAF é que Controla a execução orçamentária.

SIDOR – elaboração da LOA SOF/MPOG


SIAF – execução da LOA STN/MF

CF – Art 63. I Consagra o PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO FORMAL DO


ORÇAMENTO.

3. PARTICULARIDADE DAS RECEITAS E DESPESAS


 Favor fiscal LRF art 14
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita
deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua
vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das
seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei
orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo
próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do
aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
criação de tributo ou contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não
geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da
condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no
mencionado inciso.
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica:
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da
Constituição, na forma do seu § 1o;
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

 Função:> Art 1º, §1º - Portaria 42/99 Gov Federal.


 Sub-função:> Art 1º, §3º - Portaria 42/99 Gov Federal.
 Sub-função:> Art 1º, §4º - Portaria 42/99 Gov Federal.
 Programa:> Art 2º, a - Portaria 42/99 Gov Federal.
 Projeto:> Art 2º, b - Portaria 42/99 Gov Federal.
 Atividade:> Portaria 42/99 Gov Federal.
 Operações Especiais:> Portaria 42/99 Gov Federal.
 Convênios:> LRF Art 25.
Até aula 18

Elias Vieira dos Santos


Março - 2011

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