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O aumento da violência e da indisciplina na escola resulta, sobretudo, de uma crise de

autoridade familiar. Os pais não estabelecem regras e limites em casa e transferem essa
responsabilidade para os professores.
É necessário alertar para a situação de professores “psicologicamente esgotados” que se
transformam “em autênticas vítimas nas mãos dos alunos”, pois consideram que com
estes miúdos é impossível ensinar numa sala de aula”. Os alunos são ainda muito
pequenos mas nada parece intimidá-los. Respondem com o riso às ordens dos
professores e desobedecem deliberadamente na sala de aula. É impossível cativar a sua
atenção para ensinar. A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara, não
apenas no aspecto económico do problema, mas a todas as consequências que podem
resultar da indisciplina.
Por outro lado, o mimetismo nos comportamentos dos alunos é óbvio. O que era também
agradável nas escolas está a acabar, a saber: o desporto escolar, o teatro, a dança e a música,
disciplina essenciais à formação integral do aluno, disciplinas onde o aluno quase desenvolve
tudo, a prática à teoria, a motricidade ao pensamento e acima de tudo a uma saudável e
promissora vida.
Como é possível acabar-se com isto a troco de dinheiro?
Os desinvestimentos feitos na sociedade em geral e na Educação em particular, vão acarretar
graves prejuízos de toda a ordem para o nosso País, quando digo de toda a ordem é que
trazem consigo nefastas situações como, os assaltos que podem culminar com assassinatos,
destruição do Património Público e consequentemente do erário, desmotivação laboral que leva
ao desespero e a posteriori desemprego, entre tantas outras situações.
Acho que se estão a subverter todos os princípios da humanidade.
Caminhamos a passos largos para a nossa auto-destruição, sendo que os mais fortes
subreviverão.

A violência na escola não se combate castigando os alunos problemáticos.

O bullying e a violência escolares combatem-se com mais formação sobre o bullying e gestão de conflitos
e não com castigos aos alunos problemáticos ou reforço da autoridade dos professores.

Regra geral quem apresenta estes argumentos ou nunca deu aulas, há muito que fugiu das
salas de aula

a escola, que sempre adorei, se está a transformar numa prisão para os jovens,
obrigados a nela permanecer de manhã quase à noite, impedidos de sair
vigiados por câmaras... A realidade que espera os nossos jovens:
enclausurados todo o dia, emparedados em salas de aula em blocos de noventa
minutos. Para conviver, para namorar, ou o fazem na sala de aula, ou terão de
rentabilizar os intervalos, escassos e exíguos, dividindo-os entre as
necessidades fisiológicas, a alimentação e as relações humanas, condenados a
prisão das 8H15 da manhã às 17H05 da tarde!
Quem se admirará se a indisciplina se tornar explosiva?

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