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ETA - Estação de Tratamento de Água

- INTRODUÇÃO

ETA- Estação de Tratamento de Água, podendo ser um ETA industrial ou uma ETA de
água potável, são tratamentos diferentes mas vejamos abaixo o ETA industrial, um
tratamento para redução de custo dentro de uma empresa.

- OBJETIVO

O Objetivo de se ter uma ETA em uma empresa é a redução de custo, sendo que é
captada a água do rio Paraíba, passada por um processo de coagulação, floculação,
decantação, filtração, desinfectação e ao fim reservatório para a distribuição para a
produção.

- INFORMAÇÕES

Estação de Tratamento de Água Industrial (ETA)

MÉDIA DE CONSUMO DE ÁGUA NA INDÚSTRIA DE CELULOSE

Ano m³/adt

1959 240

1979 96

1999 60

RAZÕES PARA REDUÇÃO DO CONSUMO

• conservação de calor
• redução de efluentes
• conservação de um bem finito
• redução do custo de captação de água
• redução do custo de implantação da ETA
• redução do custo de operação da ETA
• redução do custo de implantação da ETE
• redução do custo de operação da ETE

UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NO PROCESSO

• água na polpa
• chuveiros de lavagem da polpa
• chuveiros de lavagem de telas
• diluição de químicos
• diluição de polpa
• vapor e condensado
• refrigeração em geral

MAIORES CONSUMIDORES DE ÁGUA

(fábrica convencional de 38 m³/tsa)

• Branqueamento 15 m³/tsa
• Secadora de celulose 8 m³/tsa
• Cozimento e Pré Branqueamento 5 m³/tsa
• Descascador 4 m³/tsa
• Outros 6 m³/tsa
• Máquina de Papel 35 m³/t

ETAPAS PARA REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA

1 – Avaliação da quantidade e qualidade da água por setor (mapa hídrico)

2 – Identificação das áreas onde ocorre o maior consumo de água

3 – Otimização dos processos onde ocorre maior consumo de água

4 – Verificação da possibilidade de reutilização da água

5 – Segregação da água (águas que podem ser tratadas ou não)

6 – Identificação da melhor tecnologia para tratamento do efluente gerado

QUALIDADE DA ÁGUA

COR – Característica da água devido a existência de substâncias dissolvidas

(geralmente orgânicas), Fe e Mn. Sua determinação é feita visualmente através da


comparação com concentrações conhecidas de cloroplatinado de potássio.

Cor real é medida após filtração pois os sólidos suspensos influenciam a análise.

TURBIDEZ – Característica devido a existência de substâncias em suspensão (estado


coloidal). Medido pelo processo de nefelometria, ou seja, através de uma fotocélula que
mede a quantidade de luz que emerge perpendicularmente de um feixe que atravessa a
amostra

SABOR E ODOR – Originado de matéria orgânica em decomposição, algas, gases


dissolvidos e despejos. Características que não devem existir.

TEMPERATURA – Para uso doméstico, deve ser fresca. Para o uso industrial,
dependendo do processo deve ser fresca ou não necessariamente. O importante é
sabermos que a temperatura elevada aumenta a taxa das reações químicas e diminui a
solubilidade dos gases
pH – Representa a concentração de íons hidrogênio. Indica as condições de acidez,
neutralidade ou alcalinidade da água. Importante em diversas etapas de tratamento de
água. Tem relação direta com características de agressividade, corrosividade e
incrustações além de afetar a vida aquática. É um fator importante no tratamento
biológico de efluentes.

ALCALINIDADE – Quantidade de ânions na água que reagirão para neutralizar os


íons H+ (capacidade tampão). É dado em mg/l de CaCO3. É importante no controle de
corrosividade da água

ACIDEZ – Capacidade da água em resistir as mudanças de pH causadas pela ação de


bases. Em geral é causada pela presença de CO2 livre (pH entre 4,5 e 8,2.

DUREZA – Concentração de cátions multimetálicos, mais freqüentemente Ca e Mg.


Pode ser classificada como carbonato (temporária) ou não carbonato. É dada em mg/l de
CaCO3. É importante pois causam incrustação (águas com altas temperaturas). Reduz a
formação de espuma.

FERRO E MANGANÊS – Origina da dissolução de compostos do solo ou de despejos


industriais. Causam cor na água e pode causar problemas de qualidade na polpa.

CLORETOS – É originado na dissolução de sais, da utilização de águas salinas eu em


despejos industriais. Favorecem a corrosão

OXIGÊNIO DISSOLVIDO – Essencial para os organismos aeróbicos (aquáticos)

Principal parâmetro para caracterização dos efeitos da poluição. Ponto de saturação ao


nível do mar e 20ºC – 9,2 ppm

MATÉRIA ORGÂNICA – Principal problema de poluição das águas (proteínas,


gorduras, carboidratos, etc). Pode ser biodegradável ou não biodegradável. Métodos
indiretos de medição: DBO5 e DQO

NOÇÕES BÁSICAS DE TRATAMENTO

FISICO-QUÍMICO DA ÁGUA

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Escolha do manancial

- qualidade e quantidade

Escolha do tipo de tratamento

- desinfecção simples e correção de pH

- aeração
- filtração direta

- membranas (osmose inversa)

Qual a utilização?

- Dependendo da utilização, tenho que ter padrões de qualidade elevados. O custo do


tratamento da água cresce com o aumento das exigências de qualidade.

A função principal de uma ETA

- A função principal de uma ETA é a remoção de turbidez. A turbidez aumenta muito


em períodos de chuvas.

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA

COAGULAÇÃO/FLOCULAÇÃO

OBJETIVO – Transformar impurezas em suspensão fina (coloidal) em partículas


maiores (flocos), que podem ser removidos por meio de flotação, sedimentação ou
filtração.

COAGULAÇÃO – É a desestabilização das cargas elétricas das partículas de modo


que estas tendam a se unirem. Sem o coagulante, as partículas se repelem. Após a
desestabilização, elas tendem a se unir. A coagulação podem ser feita em misturadores
rápidos ou em calhas Parshall

FLOCULAÇÃO – A floculação é um processo de aglutinamento das partículas que


foram previamente coaguladas. Deve ser efetuada em unidades de mistura lenta para
que os flocos formados não sejam destruídos. Em geral, os floculadores possuem
misturadores mecânicos pás ou os movimentos podem acontecer pela ação hidráulica.

PRINCIPAIS COAGULANTES

COAGULANTE FAIXA DE pH VANTAGENS E USOS

Sulfato de Alumínio 5,0 – 8,0 Custo baixo, fácil transporte e manuseio

Sulfato Ferroso 8,5 – 11,0 Águas com pH elevado

Sulfato Férrico 5,0 – 11,0 Águas coloridas ou ácidas


Cloreto Férrico 5,0 – 11,0 Bons flocos em amplo intervalo de pH

AUXILIARES DE FLOCULAÇÃO

POLÍMEROS OU POLIELETRÓLITOS – São polímeros de grandes cadeias


moleculares que podem ser necessário para boa performance da ETA. Porém são caros e
devem ser evitados.

Em algumas tecnologias, o uso do polímero é essencial para o bom funcionamento da


ETA

FATORES QUE AFETAM A FLOCULAÇÃO

• natureza e tamanho das partículas


• tipo e concentração de coagulante
• alcalinidade, pH e temperatura da água
• equipamento e operação

TIPOS DE FLOCULADORES

mecânicos

- turbina

- paletas

hidráulicos

- chicanas (fluxo vertical, fluxo horizontal

- Pulsator

DECANTAÇÃO

Processo de separação por gravidade dos flocos formados na unidade de floculação


prévia

DIMENSIONAMENTO DOS DECANTADORES

• Taxa de escoamento superficial (m³/m².h)


• Relação comprimento/largura

DECANTADOR PULSATOR
FILTRAÇÃO

Processo que utiliza um meio filtrante (areia) para reter partículas menores e leves que
não sedimentaram na unidade de decantação.

TIPOS DE FILTROS

- Fluxo descendente

• baixa taxa de filtração (filtros lentos)


• alta taxa de filtração (filtros rápidos)

- Camada simples

- Camada dupla

Em geral, os filtros utilizam areia com granulometria variada e uma camada de


pedregulho. A retrolavagem pode ser feita manualmente ou através de uma lógica
programada. Para isso, as válvulas precisam ser automáticas.

DESINFECÇÃO

São necessário para minimizar a formação de algas no sistema e para eliminar bactérias
nocivas.

PRINCIPAIS DESINFECTANTES

• Cloro
• Hipoclorito de sódio
• Dióxido de Cloro

O cloro é o mais utilizado por ser o mais barato, ter alto poder oxidante e ser um
excelente bactericida.

pH DE FLOCULAÇÃO

Para cada tipo de coagulante empregado e para cada tipo de água a ser tratada, existe
um pH ideal de floculação. Normalmente corrige-se o pH adicionando nas unidade de
mistura do coagulante, hidróxido de sódio ou hidróxido de cálcio.

DETERMINAÇÃO DAS DOSAGENS IDEAIS

A determinação das dosagens ótimas para tratamento da água podem ser determinadas
através de teste em laboratório denominado JAR TEST
ILUSTRAÇÂO DE UM ETA

A foto a seguir mostra o ETA da empresa de celulose VCP de Jacareí

ILUSTRAÇÃO DE UM ETA DE AGUA POTAVEL (Sabesp)


Estação de tratamento de água (fonte: Sabesp)

A seguir, a água receberá os seguintes tratamentos:

1. Adição de coagulantes: são misturadas à água substâncias químicas (sulfato de


alumínio , sulfato ferroso, etc) e auxiliares de coagulação (hidróxido de cálcio =cal ,
carbonato de sódio= barrilha, etc) que irão ajudar na remoção das impurezas.

2. Coagulação e Decantação: a água é conduzida aos misturadores (tanto rápidos


quanto os lentos), que ajudam na floculação. Esta consiste na formação de flocos
coloidais de hidróxido de alumínio, resultantes da reação entre sulfato de alumínio e a
cal. Depois dos misturadores, a água é conduzida aos tanques de decantação, onde
permanecerá por três horas. Com este repouso prolongado, os flocos vão se depositando
no fundo destes tanques, levando consigo grande parte das impurezas, removendo assim
muitas substâncias e seres patogênicos maiores, responsáveis pela sua cor, odor e sabor
- melhorando a qualidade química e sanitária da água.

Tanques de decantação (foto: João Aramis dos S. Gírio)

3. Filtração: Ao sair do tanque de decantação, a água passa por um sistema de filtros,


utilizado para remover as impurezas que não ficaram retidas no fundo dos decantadores.
O tipo de filtro mais usado consiste em camadas de areia de diferentes diâmetros. Os
filtros servem para reter as impurezas restantes, assim como bactérias e devem possuir
dispositivos capazes de promover a lavagem da areia, quando ela fica muito suja. A
filtração permite que a água se torne límpida, com sabor e odor mais agradáveis. Porém,
não é suficiente para garantir a potabilidade da água, pois parte dos micróbios é capaz
de ultrapassar as camadas de areia dos filtros.

4. Desinfecção:O método mais utilizado é a adição de cloro , aplicado na forma de gás


cloro ou em solução de hipoclorito, geralmente com uma concentração de 2 a 3 g/cm3,
para se obter um residual médio de 1 g/m3 na rede de distribuição.

5. Fluoretação:O flúor e seus sais, tem se revelado notável no fortalecimento da


dentina, pois transforma a hidroxiapatita que ela contém, em flúorapatita, muito mais
resistente a ação de microorganismos. Os produtos mais utilizados para a fluoretação
são o fluorsilicato de sódio ou ácido fluorsilícico, aplicados na concentração de 0,7g/m3,
aproximadamente.

- CONCLUSÃO

O Objetivo principal de um ETA dentro de uma industria é a redução de custo, pois não
a necessidade de se pegar uma água já tratada pois tendo um ETA na industria o custo é
menor devido que se pega a água do rio.

A função principal de uma ETA na indústria é a remoção de turbidez. A turbidez


aumenta muito em períodos de chuvas.

Portanto tendo um ETA fica mais viável pela redução de custo.

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