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Segundo Dubois, J. et alli, discurso é a linguagem posta em ação, a língua assumida pelo falante. Na sua
concepção lingüística moderna, o termo discurso designa todo enunciado superior à frase, considerado do
ponto de vista das regras de encadeamento das seqüências das frases. A perspectiva da análise do discurso
opõe-se, então, a qualquer ótica que tende a tratar a frase como a unidade lingüística terminal
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Instrutores na área técnica, em especial, empresarial.
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Segundo Weinrich (1964), texto “ é uma estrutura determinativa cujas partes são interdependentes, sendo
cada uma necessária para a compreensão das demais”.
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Vivências minhas por mais de dez anos.
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Poema épico em 24 cantos, atribuído a Homero. È a narrativa de um episódio da guerra de Tróia: Aquiles,
que se tinha retirado para sua tenda após uma querela com Agamenon, volta ao combate para vingar seu
amigo Pátroclo, morto por Heitor. Após ter vencido Heitor, Aquiles arrasta seu cadáver em torno do túmulo
de Pátroclo e depois o entrega a Príamo, que reclamara o corpo do filho. Poema guerreiro, a Ilíada contém
também cenas grandiosas ( funerais de Pátroclo) e comoventes ( as despedidas de Heitor e Andrômaca).
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Poema em 24 cantos, atribuído, como a Ilíada, a Homero. Enquanto Telêmaco vai à procura de seu pai (
cantos I-IV) , Ulisses, recolhido, após um naufrágio, por Alcinoo, rei dos feácios, conta suas aventuras, desde
a partida de tróia ( Cantos V-XIII): passou do país dos Lotófagos ao dos Ciclopes, esteve algum tempo na ilha
de Circe, navegou no mar das sereias, entre Caribde e Cila, e foi durante anos retido por Calipso. A terceira
parte do poema ( Cantos XIV e XXIV) narra a chegada de Ulisses a Ítaca e a astúcia que teve de empregar
para afastar os pretendentes que cortejavam sua mulher, Penélope.
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3ª. ed., 1999. Como está esgotado o VOLP, é mais fácil solicitar para www. submarino.com.br.
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Com o fito de simplificar os fechos e uniformizá-los, o Manual de Redação
estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de
comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
“Respeitosamente” ;
b) para autoridades superiores de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
“Atenciosamente” .
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Presidência da República do Brasil. Manual de Redação da Presidência da República; Gilmar Ferreira
Mendes [et al]. Brasília: Presidência da República, 1991.
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Brasília, 1988, p.33-4
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Academia Brasileira de Letras .
Como fazer isso? Relendo o texto com atenção, juntando parágrafos que se assemelham
quanto ao conteúdo, acertando frases fragmentadas, observando outras que têm ausência de
verbos, assegurando o tempo do verbo em comparação com a ação do texto, buscando o
sujeito, etc.
Será que o texto, após algumas observações, tem sentido? Para isso, é preciso
verificar a coesão e coerência textuais. Levar para a classe de uma empresa informações
acerca de tópicos que tratem da coesão e da coerência textuais e, mais além, falar sobre
argumentação, desponta como “ novidade” na abordagem realizada.
Sempre é bom lembrar que um texto não é apenas uma soma ou seqüência de frases
isoladas (cf. Koch, 2002, p. 14) e mostrar aos participantes que há mecanismos cuja função
é assinalar determinadas relações de sentido entre enunciados ou partes de enunciados,
como, por exemplo:
oposição ou contraste (mas, mesmo que , etc.);
finalidade ou meta (para, etc.);
conseqüência (foi assim que, e, etc.);
localização temporal (até que, etc.)
explicação ou justificativa (porque, etc.);
adição de argumentos ou idéias ( e, etc.)
E quando se usam os elementos acima, por meio desses mecanismos, é que se vai
tecendo o “tecido” (tessitura) do texto. A este fenômeno é que se denomina coesão textual.
Quando há tempo para aprofundar o assunto, dá-se prosseguimento ao tema, destacando
duas modalidades da coesão: a coesão referencial e a coesão seqüencial. A coesão
referencial é aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão a outro(s)
elemento(s) nela presente(s) ou inferíveis a partir do universo textual. É importante
observar que o referente representado por um nome ou sintagma nominal (SN) vai
incorporando traços que lhe vão sendo agregados à medida que o texto se desenvolve; ou
seja, como diz Blanche-Benveniste (1984), o referente se constrói no desenrolar do texto,
modificando-se a cada novo “nome” que se lhe dê ou a cada nova ocorrência do mesmo
“nome”. Isto é, o referente é algo que se (re)constrói textualmente. Exemplificando a cada
informação teórica, tem-se que “lugar” pode ser reconstruído por “ali”, “lá”, “naquele
local”, etc. Quanto à coesão seqüencial, ou seqüenciação, diz respeito aos procedimentos
lingüísticos por meio dos quais se estabelecem, entre segmentos do texto (enunciados,
partes de enunciados, parágrafos e seqüências textuais), diversos tipos de relações
semânticas e/ou pragmáticas, à medida que se faz o texto progredir.
Tem-se a seqüenciação parafrástica com recorrências de:
termos (reiteração de um mesmo item);
estruturas ( paralelismo sintático);
conteúdos semânticos – paráfrase;
recursos fonológicos segmentais e/ou supra-segmentais;
tempo e aspecto verbal.
Outros elementos, como mesmo, até, antes de mais nada, têm função
argumentativa, isto é, orientam os enunciados em que figuram para determinadas
conclusões.
No que se refere à coerência textual, fica evidente que a construção da coerência
decorre de uma multiplicidade de fatores das mais diversas ordens: lingüísticos,
discursivos, cognitivos, culturais e interacionais. O nosso conhecimento de mundo
A/C ou a/c (Aos cuidados de...); At. ( em atenção a...). Cuidado em não usar A.C.
ou a.C. ( = Antes de Cristo, que já tem duas abreviaturas consagradas), pois quem
receber não irá apreciar o emprego, considerando que saiba do que se trata. Não se
10h (dez horas); 10h30min (dez horas e 30 minutos) ou apenas 10h30, como se lê
em bons jornais e revistas. Esta é uma regra que deve ser respeitada e não seguir o
que dita a norma americana, isto é, instituída como norma internacional;
f. ou fl. ou fol ( folha) ou, no plural, ff. fls. fols. Observa-se “ff.”, no plural. Muitos
pensam em usar “fs.” , mas esta já é abreviatura de fac-símile(s).
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Associação Brasileira de Normas Técnicas
Bibliografia
BLANCHE-BENVENISTE, Claire. La dénomination dans lê francais parlé. In:
Recherches sur lê français parlé 6, Université de Provence, 1984.
DUBOIS, et al. Dicionário de Lingüística. 15ª. ed. São Paulo: Cultrix, 1997.
GOBBES, Adílson, [et al.] Erros correntes da língua portuguesa. São Paulo: Atlas,
1995.
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 17ª.ed. São Paulo: Contexto, 2002.
____& TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. 14ª. ed. São Paulo: Contexto,
2002.
LUFT, Celso Pedro. Novo guia ortográfico. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1986.
OLIVEIRA, Édison. Todo mundo tem dúvida, inclusive você. Porto Alegre: Sagra-
Luzzatto, 1994.