Professional Documents
Culture Documents
Organização da Produção
1. Introdução
Foram realizadas buscas a base de dados. Foram identificados 794 artigos sobre
o tema pesquisado, utilizando-se a seguinte busca:
• ((Engineering, Production, Construction) OR (Engineering Production
Construction) OR (Engineering, Production and Construction) OR
(Engineering Production and Construction)) AND (Organizational OR
Management OR Competitiviness).
Posteriormente, com base no método desenvolvido em Costa (2007), uma base
com 42 artigos foi selecionada para leitura inicial. É importante observar que o acesso
integral aos textos completos nem sempre foi possível (mesmo para os textos completos
indexados a partir de 1969), por depender:
• Da disponibilidade do texto completo no banco de dados – em geral, para
artigos anteriores a 1969 o texto completo não é indexado.
• Do nível de acesso contratado pelo Portal de Periódicos da CAPES ao
periódico específico – no caso de artigos.
• Do nível de acesso disponibilizado pelo banco de patentes, na qual a patente
estiver disponibilizada. Isto depende do tipo de registro da patente.
Para resolver essa questão adotou-se a estratégia de estabelecer comunicação
pessoal com o autores dos artigos que compunham a base inicial, solicitando maiores
informações sobre a pesquisa relatada no artigo selecionado. Isto possibilitou, na
maioria dos casos, o acesso a pesquisa reportada nos artigos.
Finalmente, a base inicial selecionada foi complementada por leitura e textos
publicados pelo CII e, também, por publicações que buscavam reportar experiências
ocorridas no Brasil.
2. Revisão bibliográfica
Vale registrar que, nesta pesquisa, a palavra cliente era associada ao representante da
organização contratante e, não a uma pessoa física.
Fator Pontos
1. Simplicidade 118
2. Credibilidade 111
3. Velocidade de retorno/retroalimentação 62
4. Orientação das ações 57
5. Eficiência e custo 31
6. Número reduzido de questões 22
7, Abrangência dos dados 16
8. Difusão de resultados 10
Na opinião o do autor do presente texto este aspecto pode eliminar os feitos compensatórios
inerentes aos sistemas de ponderação e que prejudicam a compreensão e análise de dados.
Também é importante destacar que a pesquisa indicou que aspectos associados a governança da
pesquisa são relevantes no processo de levantamento de dados e que as lições extraídas desta
leitura podem ser usada no desenvolvimento do presente projeto de pesquisa.
Vale ressaltar que, embora esse aspecto não tenha sido relatado pelos autores, o método de
cotejamento de dados utilizado na pesquisa é um método de base multidecisor do tipo Método
de Borda. Conforme relatado em (Costa 2006) esse tipo de abordagem tem como característica
Todo o vasto número dos fatores de sucesso apresentados na revisão da literatura pode
afetar o resultado dos projetos. Entretanto, há uma tendência de se usar e sugerir diferentes
aspectos de sucesso dos demais que conduzem aos grandes e confusos modelos.
Quando apresentada a lista de 140 fatores aos primeiros respondentes foram assinalados 82
ou menos. Além disso, as avaliações mais elevadas foram dadas somente a alguns fatores, que
sugerem que os fatores chaves do sucesso não são mais do que parecem à primeira vista. Ao
rever a literatura de projetos de construção são considerados frequentemente como uma
entidade, um tipo de projeto. Variáveis que estão apresentadas por exemplo o se o cliente é
público ou não (Chan e Tam, 2000) ou interesses ou urgência do projeto, como por exemplo
projetos executados após desastres naturais estão no foco de alguns estudos (Belassi e Tukel,
1996). Além disso, a definição de que o sucesso do ator deve ser considerado não está sempre
claro, por exemplo em Chan e outros. (2002) onde o alvo é conseguir os objetivos mas do
projeto não é especificado que objetivos são esses. Consequentemente, os modelos começam
grandes e confusos em vez de focalizar em um em um tipo particular do ator sucesso e de
produto a começar modelos gerenciáveis e utilizáveis. As demandas diferem entre organizações
públicas e privadas e não é provável que sejam as mesmas depois que um desastre natural como
sejam durante um projeto planeou sob circunstâncias normais.
Os fatores que parecem ter grande efeito de sucesso nos projetos de construção são, em
primeiro lugar, a habilidade do cliente decidir, em segundo, gerência da construção
compromissada com a força de trabalho, e, em terceiro lugar, a competência da gerência de
construção. Além desses tem-se outros, como: trabalhadores, o envolvimento dos clientes, o
compromisso com o projeto e o respeito dos trabalhadores às equipes de trabalho. Todos estes
fatores são relacionados à criação de objetivos relevantes e à disseminação destes.
Tornou-se também claro que os respondentes não dão nenhuma ou quase nenhuma importância
no número de aspectos que estão sendo avaliados contanto que os resultados sejam válidos.
Além disso, seria interessante verificar se os sistemas tem as características que foram
discutidas neste trabalho. Seria também interessante olhar mais profundamente os fatores de
sucesso e investigar os fatores subjacentes a este. Os projetos de construção bem sucedidos
acontecem ainda, como os projetos mal sucedidos. É conseqüentemente um desafio adicional
contribuir para o desenvolvimento de ferramentas da avaliação de desempenho e os métodos de
avaliação a fim suportar o desenvolvimento da alta qualidade na construção.
A robustez dos seguintes aspectos da pesquisa aumenta a confiança nos resultados obtidos:
• O método randômico usado para a definição da amostra.
• A escala (verbal) com cinco posições permite ao avaliador “contar nos dedos”, estando
em acordo com as orientações específicas existentes na literatura para a coleta de
julgamentos de valor – ver trabalhos de (Miller 1954), (Likert 1932) e (Costa, Mansur et
al. 2007).
• A construção do questionário foi baseada em uma aprofundada revisão da literatura a
respeito dos fatores que influenciam a produtividade de projetos de construção.
Observa-se ainda que, embora a coleta e análise de dados tenha sido feita em uma região
com características muito particulares (o que dificulta a extensão dos resultados a outras
regiões), esse artigo levanta aspectos que contribuem para elaboração da minuta do questionário
a ser aplicado no âmbito do presente projeto.
1. Falta de Materiais.
2. Falta de experiência no trabalho.
3. Falta de fiscalização do trabalho.
4. Falta de adequada comunicação entre os empregados e os encarregados.
5. Alteração de desenhos e especificações durante a execução.
6. Pagamento imediato.
7. Deslealdade no Trabalho.
8. Atraso de Inspeção no acompanhamento e liberação dos trabalhos.
9. Trabalho exaustivo de sete dias por semana sem feriado.
Universidade Federal Fluminense
Escola de Engenharia
Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D
São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240
Tel.: +55 21 2629-5564 7 | 29
Universidade Federal Fluminense
Outra questão que cabe ser ressaltada, e que tem forte impacto nas questões relacionadas à
produtividade é a que se refere ao ritmo de produção. Quando os orçamentos estão apertados, os
recursos pequenos e sem muitas folgas e as exigências dos clientes são grandes, principalmente
para a antecipação da produção, os empregados passam a trabalhar em ritmos cada vez mais
intensos. Os naturais dias de descanso são compensados por folgas futuras ou por abonos
salariais. Esse ritmo provoca naturalmente o stress físico e emocional dos empregados,
propiciando o surgimento de falhas ou problemas na qualidade dos serviços executados.
Além disso, foram divididos em 10 grupos, classificados de acordo com o índice de sua
importância 45 fatores considerados no estudo, como:
1. Materiais / ferramentas.
2. Supervisão.
3. Liderança.
4. Qualidade.
5. Jornada de trabalho.
6. Manpower.
7. Projeto.
8. Fatores externos.
9. Motivação.
10. Segurança.
As empresas contratantes devem dar mais atenção à qualidade dos materiais de construção e
das ferramentas empregadas em seus projetos, já que o correto emprego dessas reduz tanto o
tempo necessário para concluir o trabalho quanto o desperdício de materiais. O uso adequado
dos materiais e ferramentas também tem um efeito positivo sobre a qualidade de trabalho que,
consequentemente, melhora a produtividade do trabalho.
Projeto de gestão tem de ceder e recrutar as pessoas certas para a execução dos trabalhos, e
deve também manter uma estreita observação sobre os trabalhadores para certificar-se de que
compreendam corretamente a execução de suas atividades e as instruções apresentadas nos
locais de trabalho. Além disso, deveria manter relações amigáveis com o trabalho e que eles
saibam que são importantes à organização, envolvendo seus empregados nas decisões que
afetam o processo de melhorias.
É necessário que se realizem cursos de formação e seminários nos temas que irão melhorar
a produtividade nos projetos de construção. O esforço de formação deve ser adaptado à
melhoria da capacidade de utilização de técnicas de programação projeto tais como o Microsoft
Project e Primavera. O esforço para a formação também deve ser adaptado para melhorar os
métodos de estudo das formas e melhora da produtividade da construção.
empresas com número de empregados igual ou superior a 100 foram incluídas na pesquisa
É importante registrar que as empresas pesquisadas são empresas de manufatura - que tem
características próprias que diferem daquelas presentes no contexto de empresas atuantes em
EPC. Esse fato não é um ponto fraco da pesquisa, mas um fator limitante da aderência da
mesma ao âmbito do presente projeto.
Apesar desse fato, um estudo aprofundado do artigo permitiu extrair conceitos importantes
que influenciaram a elaboração do instrumento de pesquisa proposto para o projeto.
Larson e Gobeli (1989) investiga a percepção dos membros do PMI (Canadá e Estados
Unidos) a respeito da influência da estrutura organizacional sobre o sucesso do gerenciamento
do projeto. A pesquisa utilizou um questionário, que foi submetido a membros, escolhidos
aleatoriamente, filiados aos capítulos PMI no Canadá e dos Estados Unidos, correspondendo a
uma população com 5.000 elementos. Foram obtidos 547 formulários respondidos, o que
equivale a uma taxa de respostas em torno de 64% da população. Os dados obtidos foram
compilados e tratados com base em método de estatístico de análise multivariada.
Essa conclusão estabelece uma importante polêmica, visto que, em diversos setores de
produção há a crença de que a empresa deve se concentrar em seu negócio central (core
business). Essa crença se deve ao fato de que as empresas não conseguem eficiência máxima ao
longo de toda a cadeia produtivas do produto, sendo recomendada a terceirização ou sub-
contratação em, segmentos da cadeia onde hajam empresas mais eficientes atuando. Ou seja: a
prática da subcontratação implicaria em redução do custo final do produto com
acompanhamento de um ganho de qualidade – originado pelos ganhos decorrentes do
aprendizado.
modelo é experimentada em apenas dois casos. O que reduz a confiança na abrangência dos
resultados.
Ressalta-se ainda que, se por um lado o uso de métodos de pesquisa operacional dá maior
robustez a modelagem, esse fato pode dificultar a compreensão e o entendimento para um
profissional que seja leigo nesse tipo de modelagem.
Mesmo o autor não destacando esse aspecto, com base nos conceitos de microeconomia é
possível associar o aumento dos custos gerais do contratante no âmbito da sub-contratação em
construções pré-fabricadas está associado aos custos de transação e de controle das sub-
contratadas.
Mais especificmente, esse estudo compara as reconfigurações das unidades internas àquelas
oriundas das unidades adquiridas, explorando o tipo de combinação e interação ocorrida. O
aporte teórico desse estudo é fundamentado em textos sobre capacidade dinâmica, estruturas
organizacionais modulares e estratégia organizacional e industrial.
Este artigo foi ajustado de modo a analisar como as empresa perseguem a mudança
estrutural modular com a reconfiguração de unidades de negócios adquiridas e internamente
desenvolvidas. Este estudo teve três objetivos: explorar os diferentes processos, adotados pela
organização e implantados em suas unidades internas no que diz respeito à reconfiguração, a
fim de avaliar os efeitos dos mesmos em outras organizações e se os formulários do
recombinação modular eram comuns, e para explorar o benefício percebido com a
reconfiguração estudando tentativas do recombinação das empresa (ou falta de) antes do
aplicação das mudanças.
Este estudo destaca que as estruturas das empresas são dinâmicas e constantemente em
desenvolvimento, face à natureza experimental da mudança estrutural e do fato que as unidades
podem ser reconfiguradas muitas vezes.
Mais especificamente, este texto apresenta uma análise crítica dos princípios tradicionais de
gerenciamento de projetos e estabelece um quadro comparativo entre as possibilidades de
aplicação das abordagens baseadas em valores econômicos e as abordagens baseadas em
Segundo esse texto, é consenso entre os autores da área de construção enxuta de que a teoria
e a prática do gerenciamento de projetos não consideram, quando lidando com os conceitos e
princípios econômicos, conceitos e princípios usualmente aplicados no contexto do
planejamento e controle da produção em ambientes fabris. Segundo essa visão, esse fato traz
consequências negativas, pois induz um controle pobre, que acarreta em perda de credibilidade
e desalinhamento entre Engenharia, Suprimento e Construção (coincidentemente, o tripé do
EPC), reduzindo o valor agregado ao produto entregue e aumentando o desperdício.
Como pontos portes deste trabalho, destacam-se que o mesmo estabelece uma contribuição
significativa ao estabelecer um referencial para aplicação dos conceitos de sistemas de produção
fabris, baseados em princípios de produção enxuta, ao contexto de gerenciamento de projetos.
Referencial este que descreve com o proceder para aplicar os conceitos de lean production ao
gerenciamento de projetos e como a aplicação desses conceitos pode se traduzir em ganhos,
principalmente financeiros. Assim, as proposições apresentadas podem vir a contribuir
significativamente as empresas atuantes no âmbito do EPC
Apesar das críticas e ressalvas apresentadas a essa proposta em texto de Winch (2006). A
leitura desse trabalho contribuiu significativamente para a elaboração do instrumento de coleta
de dados proposto para o presente projeto.
Winch (2006) apresenta um debate teórico que contesta o emprego da teoria da produção,
mais especificamente a aplicação dos conceitos de produção enxuta, ao contexto do
gerenciamento de projetos. Mais especificamente, o artigo busca responder as críticas colocadas
por Koskela e Ballard (2006) referentes aos resultados negativos oriundos do emprego da teoria
de projetos proposta pelo PMI PMBOK e da abordagem econômica do gerenciamento de
projetos apresentada em textos anteriores escritos pelo próprio Winch.
Como método de pesquisa, Winch (2006) adota a discussão crítica das bases conceitual,
teórica e prática da aplicação das diferentes teorias investigadas: produção enxuta, conceitos do
PMI , análise econômica e projetos.
Após profunda revisão dos conceitos da produção enxuta, o artigo identifica os aspectos
mais críticos do emprego da construção enxuta no âmbito de projetos de construção, concluindo
que a construção enxuta possui limitações que demandam novos desenvolvimentos antes de sua
direta aplicação ao gerenciamento de projetos. Segundo o texto os aspectos mais críticos a essa
adaptação estão associados:
• A definição do processo
• Ao conceito de organização
• Aos riscos e incertezas envolvidas.
Este artigo estabelece um importante referencial teórico quanto aos conceitos estudados
oferecendo uma crítica substancial das diferentes “escolas” de gerenciamento da
produção,contrastando, de forma consistente e com boa fundamentação teórica, importantes
teorias de produção no contexto da construção. É importante registrar que este texto é fruto de
um acúmulo de conhecimento desenvolvido e acumulado sobre o tema gerenciamento de
Universidade Federal Fluminense
Escola de Engenharia
Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D
São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240
Tel.: +55 21 2629-5564 17 | 29
Universidade Federal Fluminense
projetos – o que pode ser comprovado pela vasta bibliografia ofertada pelo autor no contexto
desse tema.
Essa discussão “coroa” um conjunto de discussões que vem sendo ofertada por Koskela e
Ballard (2006) e por Winch (2006) em correntes de pensamento divergentes – que contribuem
significativamente ao entendimento do problema e formação de uma importante base de
conhecimento.
Mais especificamente, o estudo foi desenvolvido em bases teóricas, tendo como base central
os conceitos de aglomerados (clusters) e de sistemas de inovação setoriais e tecnológicos. Na
visão dos autores deste artigo, estes fato de possuírem esses uma maior correlação com
aglomerações industriais e por apresentar retrospecto recente de dinamismo e consolidação.
Para tal, empregou uma revisão bibliográfica anexa ao artigo, destacando modelo como o
proposto, testado em aglomeração industrial de petróleo e gás na região da Bacia de Campos,
esse com resultados promissores (SILVESTRE, 2006).
A origem desse processo de abordagem baseou-se nos conceitos de Marshall (1920), que
pressupões que todas as empresas localizadas dentro de um aglomerado industrial aproveitam
das vantagens ofertadas e do sinergismo das estratégias. É relevante registrar que o estudo de
aspectos referentes aos aglomerados têm originado na literatura mais recente os conceitos de
distritos industriais, milieus, clusters, arranjos produtivos locais (APL), sistemas produtivos de
inovação local (SPIL) dentre outros.
Em outra avaliação que serviu como base para o estabelecimento do modelo reportado em
Silvestre e Dalcol (2007), empregou-se conceito estabelecido por Albu (1997), no qual os
clusters podem ser conceituados, além do aspecto da aglomeração física, por sua especialização
produtiva e pela existência de uma rede de relacionamentos entre firmas, que podem ser de
natureza mais ou menos complexa e, conseqüentemente, mais ou menos dinâmica e geradora de
vantagens competitivas para as mesmas.
O modelo proposto foi aplicado com sucesso, segundo os autores, em estudo empírico
realizado na aglomeração industrial de petróleo e gás da região produtora da Bacia de Campos,
gerando resultados promissores no entendimento dos aspectos já citados (SILVESTRE, 2006)
Mesmo considerando estas limitações as pesquisas cobre clusters, o presete texto destaca
que na revisão ampliada sore este tema, identificou-se um núcleo comum de vantagens
competitivas que parecem estar fortemente vinculadas a formação de aglomerados, tais como a
redução de custos de transporte e disponibilidade de mão de obra qualificada.
Por esse motivo, da abordagem de sistemas de inovação, utiliza-se o elemento global (sem
fronteiras geográficas definidas) e sistêmico. O termo ‘sistêmico’ introduz a diversidade de
atores e a complexidade das relações e conexões como duas das principais características.
‘Diversidade de atores’ no sentido de analisar cuidadosamente, não somente as firmas, mas
também o papel das diversas organizações que contribuem para o desenvolvimento das
atividades do aglomerado (instituições de apoio), tais como: universidades, institutos de
pesquisa, organizações reguladoras, organizações públicas, organizações de financiamento, etc.
‘Complexidade das relações e conexões’ no sentido de dar ênfase às relações e conexões intra-
aglomerado (entre firmas ou entre firmas e organizações de apoio dentro do próprio
aglomerado) e extra-aglomerado (entre firmas ou organizações situadas dentro do aglomerado
com firmas ou organizações situadas fora do aglomerado – cross-bounderies).
O referido Modelo foi aplicado com sucesso em estudo empírico realizado na aglomeração
industrial de petróleo e gás da região produtora da Bacia de Campos gerando resultados
promissores no entendimento dos aspectos supracitados (SILVESTRE, 2006).
O acesso às firmas, como geralmente acontece, foi outra dificuldade encontrada ao longo do
trabalho. A conciliação entre o tempo para elaboração do estudo e a disponibilidade limitada nas
agendas dos executivos nem sempre é um problema simples de solucionar. Além disso, aspectos
como concorrência, segredo industrial e pesquisa para inovação fazem com que os assuntos
abordados neste trabalho não estejam na lista de preferência dos executivos para serem
revelados a pessoas de fora da firma.
competitividade, como forte fator para ganhos de concorrência e seus impactos na decisão de
novos empreendimentos, detalhando-se:
• a dinâmica concorrêncial;
• a impossibilidade do cálculo probabilístico mediante incertezas;
• o modelo estrutura, conduta, desempenho;
• barreiras à entrada;
• teoria do mercado contestável; diversificação; abordagens organizacional e institucional
da empresa;
• a formação da competitividade mediante constituição de redes de empresas ou sistemas
industriais de MPMEs como estratégias para a formação da eficiência coletiva e geração
competitiva.
para o fato de que o desempenho das empresas depende também da sua conduta, a qual
influencia e é influenciada pela estrutura do mercado e alicerçada por: política de preços,
práticas cooperativas entre empresas, estratégias adotadas, investimento em P&D - inovação.
Ou seja: a conduta organizacional pode afetar resultado como: lucro; eficiência alocativa;
decisão de colocar os produtos no mercado. Se as empresas planejam adequadamente suas
estratégias e ações têm melhores condições de competitividade, ou seja, as ações dependem
mais das próprias empresas do que dos concorrentes ou do mercado regulador.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estes aspectos são aspectos de “primeiro” nível, que podem e devem ser desmembrados
para uma análise mais aprofundada do sistema de produção;
Por exemplo, pode ser abrigada nesta disciplina a questão da organização do canteiro de
obras, da mesma forma que os processos de compras e de fornecimento de insumos para o
projeto. Por sua vez, a questão da organização do canteiro de obras pode abranger não só o
layout dos prédios como também o posicionamento dos equipamentos e instalações,
espaçamentos entre projetos, movimentação de materiais, áreas para a preservação e montagem
de instalações e outras mais.
Neste texto integrador fizemos uma compilação dos principais aspectos relativos a essas
questões que envolvem a Organização da Produção. Para tal, definimos alguns critérios de
apresentação, como a seguir:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHENG, M-Y.; TSAI, M-H.; XIAO, Z-W. Construction management process reengineering:
Organizational human resource planning for multiple projects. Automation in Construction,
Vol. 15, 785-799, 2006.
COSTA, H. G. (2006). Auxílio multicritério à decisão: Método AHP. Rio de Janeiro, Brasil,
Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO).
COSTA, H. G., A. F. U. Mansur, et al. (2007). "ELECTRE TRI aplicado a avaliação da
satisfação de consumidores." Produção 17(2): 230-245.
Economics, Marseilles, 2004.
ENSHASSI, A., S. Mohamed, et al. (1997). "The factors affecting labour productivity in
building projects in the Gaza strip." Journal of Civil Engineering and Management 1997(6):
163-174.
FRÖDELL, M., P. E. Jpsepson, et al. (2008). "Swedish construction clients’views on project
success and measuring performance." Journal of Engineering, Design and Technology 6(1): 21-
32.
HSIEH, T. Y. (1997). "The economic implications of subcontracting practice on building
prefabrication." Automation in Construction 1997(6): 163-174.
KARIM, S. (2006). "Modularity in organizational structure: The reconfiguration of internally
developed and acquired business units." Strategic Management Journal 27(9): 799-823.
Knowledge Economy, London, 2001.
KOSKELA, L. E. and G. BALLARD (2006). "Should project management be based on theories
of economics or production? ." Building Research and Information 34(2): 154-163.
LARSON, E. W. and D. H. GOBELI (1989). "Significance of Project Management Structure on
Development Success." IEEE Transactions on Engineering Management 36(2): 110-125.
Likert, R. A. (1932). "Technique for measurement of attitudes." Archives of Psychology 140(1):
5-55.
MARSHALL, A. Principles of Economics. Eight Edition, Macmillan, London, UK, 1920.
MARTIN, R.; SUNLEY, P. Deconstructing clusters. Paper presented at the RSA Conference
on Regionalising the
MASKELL, P.; MALMBERG, A. Localised Learning and Industrial Competitiveness.
Localised Journal of Economis 23, pp. 167-185, 1999.
Miller, G. A. (1954). "The Magical Number Seven, Plus or Minus Two: Some Limits on Our
Capacity for Processing Information." Psychological Review 101(2): 343-352.
NAGLIS, M. M. M.: Estudo de Caso para Localização de Armazéns Utilizando Programação
Linear Inteira; 1; 90; Português; HAMACHER, S. (Docente);GERÊNCIA DE PRODUÇÃO;
Gerencia de Operacoes e Logistica Industrial; Localização de Postos de Atendimento em Redes;
LUSTOSA, L.J. (Docente); PIZZOLATO, N.D. (Docente); Bolsa CNPq 6m.
NAHM, A. Y., M. A. Vonderembse, et al. (2003). "The impact of organizational structure on
time-based manufacturing and plant performance." Journal of Operations Management 21(3):
281-306.
NESSIMIAN, A. R.: Uma Visão da Flexibilidade no Nível Estratégico em Relação aos Níveis
Tático e Operacional; 1; 96; Português; DALCOL, P.R.T. (Docente);GERÊNCIA DE
PRODUÇÃO; Gerencia de Operacoes e Logistica Industrial; Tecnologia e Organização da
Produção: Emergência de Novos Sistemas de Manufatura; TEIXEIRA, J.P. (Docente); ZUKIN,
M. (Outro Participante); Bolsa CNPq 21m.
NEWCOMBE, R. (1996). "Empowering the construction project team." International Journal of
Project Management 14(2): 75-80.
NEWCOMBE, R. Empowering the construction project team. International Journal of Project
Management, Vol. 14, 75-80, 1996.
Nicoluci, M.V.; Mandelli, I.A.M.; Correia, P.C.; Shima, W.T. Organização industrial: Sistemas
industriais de MPME's como estratégia para a formação de empreendimentos competitivos.
RACRE – Revista de Administração, v.7, n.11, p.28-46, jan./dez. 2007.
ODUSAMI, K. T.; IYAGBA, R. R. O.; OMIRIN, M. M. The relationship between project
leadership, team composition and construction project performance in Nigeria.m International
Journal of Project Management, Vol. 21, 519-527, 2003.
PINTO, M.M.: Aspectos da Dinâmica do Sistema Nacional de Inovação - Uma Investigação a
Partir da Análise Estratégica de um Programa Mobilizador de Esforços para a Inovação; 1; 293;
Português; MELO, M.A.C. (Docente);GERÊNCIA DE PRODUÇÃO; Planejamento e
Organizacao de Sistemas Produtivos; Planejamento e Organização de Sistemas Sócio-Técnicos;
BEVILACQUA, L. (Outro Participante); BOTELHO, A.J.J. (Outro Participante);
CASSIOLATO, J.E. (Outro Participante); DIAS, A.B. (Outro Participante); Bolsa CAPES - DS
42m.
PROVERBS, D. G.; HOLT, G. D.; OLOMOLAIYE, P. O. The management of labour on high
rise construction projects: an international investigation. International Journal of Project
Management, Vol. 17, 195-204, 1999.
RAIDN, A. B.; DAINTY, A. R. J.; NEALE, R. H. Balancing employee needs, project
requirements and organisational priorities in team deployment. Construction Management and
Economics, Vol. 24, 883 – 895, 2006.
RAIDN, A. B.; DAINTY, A. R. J.; NEALE, R. H. Current barriers and possible solutions to
effective project team formation and deployment within a large construction organisation.
International Journal of Project Management, Vol. 22, 309-316, 2004.
SCOTT-YOUNG, C.; SAMSON, D. Project success and project team management: Evidence
from capital projects in the process industries. Journal of Operations Management, In Press,
Corrected Proof, Available online 9 November 2007
SILVA, V. P. M.: O Fator Humano nas Organizações - O Caso DNER; 1; 120; Português;
MELO, M.A.C. (Docente);GERÊNCIA DE PRODUÇÃO; Planejamento e Organizacao de
Sistemas Produtivos; Planejamento e Organização de Sistemas Sócio-Técnicos; SAMANEZ,
C.P. (Docente); SOARES, T.D.M. (Outro Participante); VISCONTI, T.S. (Outro Participante);
Bolsa CAPES - DS 24m.
Universidade Federal Fluminense
Escola de Engenharia
Rua Passo da Pátria, 156, sala 265, bloco D
São Domingos | Niterói | RJ | 24210-240
Tel.: +55 21 2629-5564 28 | 29
Universidade Federal Fluminense