You are on page 1of 3

Skinner

Tecnologia do Ensino

Crescimento ou desenvolvimento

Algumas vezes o comportamento é atribuído à maturação. Estuda-se o comportamento da


criança através do tempo; tabelas e gráficos registram o momento am várias idades, em que as
respostas aparecem e os desempenhos típicos passam a ser tomados como normas. Os resultados
podem ser usados para predizer um comportamento, mas não para modificá-lo, uma vez que o
tempo não pode ser manipulado.
Ensinar é fomentar ou cultivar a criança em crescimento, dar-lhe exercícios intelectuais,
ou orientá-la no sentido de guiar ou dirigir seu crescimento.
O desenvolvimento dificilmente pode dar conta de muitos aspectos do comportamento
que são obviamente derivados do meio ambiente. A criança pode ter nascido com a capacidade
de aprender a falar português, mas certamente não nasceu falando a língua. O que cresce ou
desenvolve não pode ser comportamento enquanto tal.

Aquisição
As variáveis ambientais, negligenciadas pelo crescimento ou desenvolvimento, acham
lugar em uma segunda metáfora na qual o aluno adquire, do mundo que o cerca, conhecimento e
habilidade. Recebe educação. O processo de aprendizagem pode ser descrito em curvas de
aquisição. O professor desempenha o papel ativo de transmissor. Compartilha suas experiências.
Dá e o aluno recebe. O aluno aplicado capta a estrutura de fatos ou idéias. O estudante absorve
conhecimentos do mundo ao seu redor. Ensinar é uma espécie de alquimia: o aluno é imbuído de
amor ao estudo, as idéias são infundidas. O que é transmitido deve ser guardado, porém, o que
pode ser guardado na memória não é comportamento, mas sim precursores ou determinantes.
Nem o crescimento nem a aquisição retrata corretamente o intercâmbio entre o organismo
e o meio ambiente. O crescimento fica confinado a uma única variável – a forma ou estrutura do
comportamento- e a aquisição acrescenta uma segunda – o ambiente estimulante.

Construção

O aluno possui um dote genético que se desenvolve ou amadurece e seu comportamento


se torna cada vez mais complexo à medida que entra em contato com o mundo que o cerca.
Quando o professor ensina o aluno, instrui, seu comportamento ganha forma ou molde.
Três são as variáveis que compõem as chamadas contingências de reforço, sob as quais
há aprendizagem:
1- a ocasião em que o comportamento ocorre;
2- o próprio comportamento e
3- as conseqüências do comportamento.

Ensinar é simplesmente arranjar contingências de reforço. Ensinar é o ato de facilitar a


aprendizagem.

Aprender fazendo - o estudante não absorve passivamente o conhecimento do mundo que o


cerca, mas deve desempenhar um papel ativo e também que ação não é simplesmente falar.
Aprendemos na experiência – o estudante precisa saber a respeito do mundo que vive e deve ser
posto em contato com ele. O professor provê o aluno de experiências, salientando os aspectos
que devem ser observados ou grupos de características a serem associados unindo em geral uma
resposta verbal à coisa ou evento descritos.
Aprendemos por ensaio e erro – falta ainda levar em conta certos estímulos que ficam em
relação temporal diferente com o comportamento. Estes estímulos compõem um outro tipo de
experiência, cujo significado é, muitas vezes, expresso quando se diz que aprendemos por ensaio
e erro. A referência aponta para as conseqüências do comportamento, muitas vezes chamadas,
aludindo aos seus efeitos, recompensa e punição.
A noção de ensaio e erro tem uma longa história no estudo da resolução de problemas e
de outras formas de aprendizagem, é tanto em animais como homens. É comum construir curvas
de aprendizagem para mostrar as alterações no número de erros cometidos na realização de uma
tarefa. Uma amostra do comportamento é, em geral, chamada de tentativa. A fórmula é
facilmente aplicável nos afazeres diários, mas é inadequada para descrever o papel
desempenhado pelas conseqüências do comportamento nas contingências do reforço. Sem
dúvida, aprendemos com os nossos erros (pelo menos, a não comete-los outra vez), mas o
comportamento correto não é apenas o que sobra da eliminação dos erros. Quando se caracteriza
o comportamento como “tentado”, introduzimos uma referência às conseqüências no que deveria
ter sido uma descrição da topografia da resposta. O erro não indica as dimensões físicas das
conseqüências, nem mesmo das que chamamos castigo. É falso o pressuposto de que só ocorre
aprendizagem quando se cometemos erros.

As recentes melhorias nas condições que controlam o comportamento no campo da


aprendizagem são de dois tipos principais: A Lei do Efeito tem sido levada a sério; temo-nos
assegurado de que os efeitos aconteçam e de que aconteçam em circunstâncias ótimas para a
produção de modificações chamadas aprendizagem. Uma vez arranjado o tipo particular de
conseqüência chamado reforçador, as técnicas nos permitem modelar o comportamento de
organismo quase à vontade.
Um segundo e importante progresso na técnica permite manter o comportamento em
dado estado de força por longos períodos de tempo. Reforços, é claro, continuam a ser
importantes mesmo depois de o organismo ter aprendido como fazer algo, mesmo depois de ter
adquirido o comportamento. São necessários para manter o comportamento fortalecido.

A Máquina de Ensinar

A mais conhecida aplicação educacional do trabalho de Skinner é sem dúvida Instrução


programada, e máquinas de ensinar.
Existem várias espécies de máquinas de ensinar. Embora seu custo e sua
complexibilidade variem consideravelmente, a maioria das máquinas executa funções
semelhantes.
Skinner acredita que as máquinas de ensinar apresentam várias vantagens sobre outros
métodos. Estudantes podem compor sua própria resposta em lugar de escolhê-la em um conjunto
de alternativas. Exige-se que lembrem mais, e não apenas que reconheçam - que dêem respostas
e que também vejam quais são as respostas corretas. A máquina assegura que esses passos sejam
dados em uma ordem cuidadosamente prescrita.
Embora, é claro, que a máquina propriamente dita não ensine, ela coloca estudantes em
contato com o professor ou a pessoa que escreve o programa. Em muitos aspectos, diz Skinner, é
como um professor particular, no sentido de haver constante intercâmbio entre o programa e o
estudante. A máquina mantém o estudante ativo e alerta.
A máquina de Skinner permite que o professor dedique suas energias a formas mais sutis
de instrução, como discussão.

Materiais Programados (Instrução Programada)


O sucesso de tais máquinas depende, naturalmente, do material nelas usado. Podem hoje,
ser encontrados comercialmente numerosos programas em qualquer área de matéria, mas muitos
professores estão aprendendo a escrever seus próprios programas.
Os programas não precisam ser necessariamente usados em máquinas; muitos são escritos
em forma de livro. Todavia, um programa distingue-se de um livro de texto, pelo fato do livro
ser uma fonte de material a que o estudante se expõe.
A instrução programada leva o aluno a estudar sem a intervenção direta do professor.
As características deste método são: a matéria a ser aprendida é apresentada em pequenas
partes; estas são seguidas de uma atividade cujo acerto ou erro é imediatamente verificado. O
estudo é individual, "mas auxiliado pelo professor", sendo assim o aluno progride em sua própria
velocidade.
Em síntese, a instrução programada leva o aluno ao conhecimento e ao aprendizado. Ex:
(Fichas)

Mamífero é todo o animal que mama quando é filhote.

Todo animal que mama quando filhote é um mamífero

Quando um animal mama ao nascer, podemos afirmar que ele é um ___________

Mamífero

You might also like